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Redação superexposição nas redes sociais

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Na obra “Utopia”, do escritor Thomas More, é retratada uma sociedade perfeita, caracterizada pela ausência de conflitos. Fora das páginas do livro, entretanto, a sociedade brasileira enfrenta uma realidade oposta: a superexposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. Esse cenário tem como causas a falta de abordagem da temática nas escolas e a naturalização da problemática pela sociedade. 
Sob esse viés, é evidente que a falta de discussão nas escolas sobre a superexposição de crianças e adolescentes nas redes sociais é uma das causas dessa problemática. Esse fato pode ser observado, por exemplo, na escassez de palestras e discussões frequentes com os alunos sobre a temática. Nesse sentido, é válido levar em consideração o pensamento do escritor Paulo Freire, o qual diz: “se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”. Sob essa perspectiva, nota-se a importância e a responsabilidade que as instituições escolares possuem. No entanto, infelizmente, as escolas brasileiras não estão usando essa influência para orientarem os alunos a se protegerem dos perigos da superexposição na internet, como a pedofilia. Em consequência disso, os jovens ficam desinformados e utilizam as redes sociais de maneira equivocada, o que pode ser nocivo. Diante disso, sabendo que esse cenário interfere na vida de muitos brasileiros, uma intervenção positiva faz-se necessária para superar a exposição exagerada nas redes. 
Além disso, é notório que a naturalização pela população da superexposição nas redes sociais contribui com a problemática. Nesse contexto, pode-se salientar a ideia da filósofa Hannah Arendt, a qual retrata a passividade das pessoas quanto aos impasses que assolam a sociedade. Sob esse viés, é possível observar que o corpo social brasileiro naturalizou os perigos da exposição exagerada de crianças e adolescentes na internet, visto que é considerado normal pais exporem imagens íntimas e a rotina de seus filhos nas redes sociais. Dessa forma, infelizmente, esses hábitos podem acarretar consequências na vida das crianças e jovens, pois eles podem ser alvos de crimes, além de que futuramente podem se sentir constrangidos. Assim, se essa naturalização da problemática se mantiver, o Brasil permanecerá colocando a segurança de crianças e adolescentes em risco. 
Diante do exposto, portanto, é inegável que medidas são necessárias para resolver esses impasses. Para isso, as escolas - responsáveis por estimular o pensamento crítico na população - devem orientar os alunos sobre os perigos existentes na internet. Isso deve ser realizado por meio de palestras que promovam uma reflexão nos jovens, a fim de que eles fiquem conscientes e se protejam nas redes sociais. Ademais, a mídia precisa promover uma discussão na sociedade sobre a superexposição de crianças e adolescentes na internet, através de propagandas, para que a sociedade pare de naturalizar a problemática. Desse modo, talvez algum dia o Brasil se torne a sociedade perfeita retratada na obra “Utopia”.

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