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Resenha - NOÇÕES SOBRE AMOSTRAGEM

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RESENHA DO CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO A BIOESTATÍSTICA
Aluna: Júlia Carpenter da Paixão
A 4° edição do livro “Introdução a Bioestatística”, escrito por Sônia Vieira, têm o intuito de levar a compreensão da Bioestatística - Estatística aplicada às ciências da saúde - em sua totalidade, mediante a apresentação de conceitos e de diversos exemplos e exercícios, a fim de facilitar a absorção do tema. Diante disso, têm- se no capítulo 1, o primeiro contato com as noções sobre amostragem, no qual é abordado a definição de estatística, população e amostra, bem como uma análise da amostragem e da sua representatividade.
Quando entende-se que a estatística fornece os princípios e os métodos para coleta, organização, resumo, análise e interpretação de dados, fica claro a importância dessa ciência para sair do plano da especulação. Nela, o conceito de população e amostra são muito presentes. Entende-se população como um “conjunto de unidades sobre o qual desejamos obter informação” e amostra como um “subconjunto de unidades retiradas de uma população para obter a informação desejada”. Preferencialmente, os pesquisadores optam por trabalhar com amostras por terem um custo menor e serem menos demoradas, ao comparadas com os censos - levantamento de dados de toda a população. Ademais, faz-se evidente que um estudo criterioso de uma amostra, tenha maior valor científico que uma avaliação sumária de toda a população.
A autora, de forma bem sucedida, aprofunda a temática da amostragem, ao explicitar os tipos de amostras e as técnicas a serem usados para selecionar as unidades que a comporão. Uma amostra probabilística ou chamada de aleatória é constituída por n unidades que são retiradas ao acaso da população, podendo ser uma amostra simples- adquirida por sorteio entre uma população homogênea - ou estratificada – obtida por sorteio dos subgrupos da população em estudo -. Apesar de ser preferível do ponto de vista do estatístico, pode- se perceber que a realização desse método aleatório nem sempre será possível, tendo em vista que exige conhecimento total das unidades da população, sendo praticamente impossível dependendo do estudo.
Por outro lado, em uma amostra semiprobabilística, as unidades não são obtidas por um processo totalmente aleatório. Em uma amostra semiprobabilística sistemática, as unidades são retiradas da população segundo um sistema preestabelecido e sequencial. Já a amostra semiprobabilista por conglomerados é composta por unidades que estão agrupadas por apresentarem características em comum ao que é requerido na pesquisa. Por fim, a classificação de amostra por quotas é estabelecida, quando as unidades são selecionadas por julgamento e depois confirmadas as características em pauta.
Além das classificações citadas anteriormente, a amostra pode ser não-probabilística ou de conveniência. Para que haja representatividade desse tipo de amostra - obtida simplesmente porque o pesquisador teve fácil acesso as unidades selecionadas- precisa ser muito bem descrita porque representam apenas a população de indivíduos semelhantes àqueles incluídos na amostra.
Os valores que são obtidos da amostras possuem distinção aos obtidos da população, o primeiro é resumido pela estatística e o segundo pelo parâmetro. Essas estimativas obtidas com base nos dados da amostra não possuem garantia de valor igual, ou mesmo próximo do valor verdadeiro na população, o que pode levantar um questionamento a respeito da confiança nos resultados, entretanto, isto será recorrente - contando que a amostra tenha sido obtida de acordo com a técnica correta e tenha sido bem dimensionada.
Outrossim, a qualidade de uma estimativa vai depender do número de unidades que compõe a amostra, em que as amostras devem ser grandes para dar maior confiança às conclusões obtidas. Elas podem ser definidas por uma critério estatístico. A fórmula utilizada envolve o nível de confiança, a possível margem de erro e a porcentagem estimada para a resposta esperada, representada por: n= z2 . p(lOO-p) /d2.
Trazendo para realidade, o tamanho da amostra é determinado mais por considerações condicionais a respeito do custo de cada unidade amostrada do que por métodos estatísticos. Da mesma forma, não é recomendável que as amostras sejam muito grandes, porque isso seria perda de recursos, mas também que não sejam muito pequenas, pois o resultado do trabalho seria de pouca utilidade.
A compreensão da bioestatística é fundamental para os pertencentes a área da saúde, mas também para toda população, que na falta de conhecimento, pode ser induzida por resultados tendenciosos. Um pensamento errôneo é o de que todas as pesquisas não são confiáveis, mas sabe-se que apesar de algumas inconsistências (que são possíveis de ocorrer), elas que são responsáveis pela qualidade de diversos produtos e serviços diários e pela possibilidade de sua aplicação, como as vacinas que está em foco na atualidade.
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
VIEIRA, Sonia. Introdução a Bioestatística. 4ª ed.

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