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eLIANE vERONEZE
rOSA CAROLINA C. COSTA
ROSELY LEITE
ANÁLISE ECONOMICO-FINANCEIRA DA EMPRESA MARCOPOLO S/A.
 TRABALHO REALIZADO PELAS ALUNAS DE PÓS GRADUAÇÃO EM CONTABILIDADE E FINANÇAS, TURMA A, DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ, PARA A DISCIPLINA DE GESTÃO FINANCEIRA NAS EMPRESAS.
 Prof.º Moisés Prates Silveira.
CURITIBA
2008
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	ANÁLISE ECONÔMICA FINANCEIRA	4
2.1	BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ORIGINAL DA MARCOPOLO	4
2.2	REESTRUTURAÇÃO E ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DO BALANÇO PATRIMONIAL E DAS DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO DO EXERCÍCIO	5
2.3	ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL E DAS DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO	7
2.4	ANÁLISE ATRAVÉS DOS ÍNDICES	15
2.5	ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO E DA RENTABILIDADE	17
3	CICLOMETRIA	19
3.1	CALCULOS DA CICLOMETRIA	19
3.2	GRÁFICOS DOS CICLOS	35
4	DINÂMICA FINANCEIRA	37
4.1	RECLASSIFICAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL – FLEURIET	37
4.2	GRAFICOS E CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO	38
4.3	ANÁLISE DA DINÂMICA FINANCEIRA	39
5	CONSIDERAÇÕES FINAIS	41
6	ANEXOS	42
1. INTRODUÇÃO
 Este trabalho tem por objetivo apresentar a análise econômico-financeira da empresa Marcopolo S/A.
 Para tanto se utilizou-se dos relatórios contábeis originais da empresa no objetivo de obter dados os mais próximos da realidade possível.
 Num primeiro momento, o trabalho apresentará a análise econômico-financeira da empresa através da reclassificação das contas patrimoniais e posterior cálculo dos índices financeiros, estruturais e econômicos, bem como a análise de capital de giro e a rentabilidade apresentada pelo ativo e pelo capital próprio.
 Em seguida, por se tratar de empresa industrial, será demonstrada a ciclometria da empresa, ou seja, serão apresentados os ciclos operacionais, financeiros e de produção.
 Por último, demonstrará a dinâmica financeira da empresa utilizando-se do “Modelo de Fleuriet”. Este modelo apresenta uma reclassificação dos grupos de contas patrimoniais e demonstra sob uma ótica particular a interpretação dos índices tradicionais de liquidez calculados.
 Todos os três tópicos do trabalho apresentarão cálculos exatos, através de planilhas, formulários e gráficos ilustrativos para dar uma visão mais objetiva da situação econômico-financeira da empresa.
2. ANÁLISE ECONÔMICA FINANCEIRA
 1. BALANÇO PATRIMONIAL E DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO DO EXERCÍCIO ORIGINAL DA MARCOPOLO
Fonte: Marcopolo S/A.
 2. REESTRUTURAÇÃO E ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA DO BALANÇO PATRIMONIAL E DAS DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
 O Balanço Patrimonial demonstra a posição financeira e patrimonial da empresa em determinado momento. Esse é classificado e agrupado de modo a facilitar o entendimento da situação financeira da empresa. As contas do ativo são classificadas em ordem decrescente de liquidez e, no passivo, em ordem decrescente de exigibilidade.
 Para que a análise seja elaborada com maior precisão e aderência à realidade é necessário que se faça a reestruturação das contas, bem como, a atualização monetária dos valores apresentados nas demonstrações financeiras. Portanto, reestruturou-se os principais grupos de contas do balanço patrimonial divulgado pela empresa Marcopolo S/A referente aos exercícios de 2006 e 2007 e atualizou-se os valores do exercício 2006 E 2007 com base no Índice Geral de Preços de Mercado - IGP-M - divulgado pela Fundação Getúlio Vargas.
FONTE: Fundação Getúlio Vargas
 3. ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL DO BALANÇO PATRIMONIAL E DAS DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO
 A análise vertical fornece indicadores que facilitam a avaliação da estrutura do ativo (como os recursos estão sendo aplicados) e da suas fonte de financiamento. Esses indicadores correspondem às participações percentuais dos saldos das contas e dos grupos patrimoniais sobre o total do ativo (ou do passivo + patrimônio líquido).
 A análise horizontal consiste em uma comparação de cada conta ou grupo da demonstração financeira em dado período, com o valor da mesma conta em uma determinada data anterior tida como base. Essa tem como objetivo evidenciar o progresso histórico de cada uma das contas, permitindo acompanhar o seu desempenho.
 Para uma melhor visualização dos dados que afetam as análises horizontal e vertical do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultados, realizou-se uma composição gráfica conforme abaixo.
 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DO BALANÇO PATRIMONIAL
 Analisando trimestralmente os Balanços Patrimoniais referente aos exercícios 2006 e 2007, observou-se que:
 O disponível cresceu em 61%, 208% e 708% no primeiro, segundo e terceiro trimestre de 2007 em comparação ao exercício anterior. Já o segundo trimestre apresentou queda de 26%.
 Os estoques representam em média 10% de todo o circulante e apresentaram crescimento de aproximadamente 20% nos primeiro, terceiro e quarto trimestre de 2007 se comparados ao mesmo período de 2006, já no segundo trimestre do ano analisado apresentou queda de 8,85%.
 Os valores “Realizáveis a Curto Prazo” tiveram desempenho semelhante nos primeiro, segundo e terceiro trimestre de 2007, ou seja, aumentaram 19%, 10% e 4%, respectivamente, no entanto reverteram o quadro no último trimestre quando diminuíram 5% em relação ao período do ano anterior; o aumento nos valores realizáveis no curto prazo foi impulsionado basicamente pelo aumento de duplicatas a receber e outros créditos.
 Os créditos “Realizáveis a Longo Prazo” está representado basicamente pelos valores com pessoas ligadas e possuem pequena representatividade com relação ao total das aplicações dos recursos, em média representam 3% de todo o realizável.
 Tendo como base o exercício de 2006, a conta “Investimentos” aumentou em 2007 20% no primeiro trimestre, 52% no segundo trimestre, 27% no terceiro trimestre e 31% no quarto trimestre, demonstrando que a empresa constantemente vem aplicando recursos em empresas coligadas.
 O “Imobilizado” da empresa também subiu ao longo do período analisado média de 14% em 2007, com relação a 2006.
 Os “Empréstimos e Financiamentos” com exceção do 1º e do 2º trimestre de 2006 estão basicamente concentrados no curto prazo, ou seja, do endividamento total cerca de 70% dos recursos de terceiros estão aplicados no passivo circulante. No 2º trimestre de 2007 a empresa apresentou significativo crescimento de 345% nos recursos de terceiros concentrados no curto prazo.
 As obrigações com “Fornecedores” representaram cerca de 8% do total do passivo circulante e variou significantemente ao longo do exercício de 2007, isto é, apresentou nos 04 trimestres os seguintes crescimentos: 82%, 35%, 58% e 76%, respectivamente.
 As “Obrigações de Longo Prazo” composta basicamente por empréstimos e financiamentos, apresentaram queda em todos os trimestres do exercício de 2007, confirmando que a empresa concentra capital de terceiros no curto prazo.
 O “Patrimônio Líquido” da empresa cresceu em média 10% ao longo dos trimestres de 2007 e representaram aproximadamente 45% de todo o passivo. Analisando o endividamento da empresa percebe-se que para cada R$ 1,00 investido a mesma possui R$ 1,29 de capital de terceiros.
 ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL DAS DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
 A receita bruta permaneceu praticamente a mesma no 1º trimestre de 2007 em relação ao mesmo período do exercício de 2006, no entanto, nos três trimestres seguintes apresentou incremento de 14%, 10% e 34%. As deduções da receita bruta mantiveram a média de 15% na participação no resultado do exercício, porém, apresentaram crescimento no exercício de 2007, ocasionado basicamente pelo aumento das vendas.
 O “Custo do Produto Vendido - (CPV)” representaram cerca de 70% da receita líquida e se manteve praticamente inalterado ao longo dos trimestres analisados, demonstrando que a empresa possui gerenciamento de custos.As “Despesas Operacionais” cresceram ao longo do exercício de 2007 se comparadas ao exercício de 2006, o crescimento se deu basicamente pelo aumento com despesas com vendas e outras despesas operacionais.
 O Resultado da “Equivalência Patrimonial”, (resultado de investimentos em empresas controladas e coligada) apresentou ótimo desempenho no ano de 2007 com crescimento de 63,35%, 45,93% e 2.65,89% no quarto trimestre, no entanto, no terceiro trimestre do ano de 2007 sofreu redução de 30,66% em relação ao mesmo período do ano anterior. Houve, portanto alterações em sua representatividade com relação ao total da receita líquida: em 2006 representava 1,50% no primeiro trimestre, 1,66% no segundo trimestre, 5,77% no terceiro trimestre caindo para 0,10% negativo no quarto trimestre, esta participação teve aumento significativo em 2007 quando passou a representar nos quatro trimestre 2,34%, 2,12%, 3,57% e 1,96%, respectivamente.
 O “Resultado Operacional” apresentou oscilações ao longo do ano de 2007 e encerrou o quarto trimestre de 2007 com aumento de 45% em relação ao quarto trimestre de 2006.
 A empresa se manteve na margem líquida sobre as vendas líquidas, média de 9,54%, ou seja, para cada R$ 100,00 vendido obteve R$ 9,54 de lucro.
 4. ANÁLISE ATRAVÉS DOS ÍNDICES
 INDÍCES DE LIQUIDEZ
 A liquidez geral que em 2006 apresentou média de 1,36% sofreu em 207 queda de 08 pontos percentuais, ou seja, encerrou o exercício com média de 1,28%; apesar deste índice ter sofrido queda significativa a empresa demonstrou capacidade de pagamento, dispondo de recursos suficientes para a honrar seus compromissos de curto e longo prazo, utilizando o ativo circulante mais o realizável a longo prazo.
 Apresentou boa liquidez imediata, média de 1,72% do primeiro trimestre de 2006 ao terceiro trimestre de 2007; no quarto trimestre de 2007 teve uma ótima melhora, índice de aproximadamente 9%, demonstrando que a empresa teria R$ 9,00 em caixa para cada R$ 1,00 de dívida.
 A liquidez corrente diminuiu significativamente no exercício de 2007, passou de 2,38% em 2006 para 1,73%, de qualquer forma observa-se que durante os dois períodos analisados a empresa possui ativo circulante suficiente para cobrir totalmente o passivo circulante.
 A liquidez seca também apresentou queda significativa entre os dois exercícios analisados, sendo que em 2006 a média era de 2,05% chegando a 1,49% em 2007, tal queda demonstra que o desempenho deste índice piorou e que em 2007 a empresa possuía R$ 1,49 de ativo líquido para cada R$ 1,00 de passivo circulante contra R$ 2,05 de ativo líquido no exercício de 2006.
 ESTRUTURA DE CAPITAIS
 A participação de capital de terceiros permaneceu na média de 122,24% nos oito trimestres analisados, ou seja, a empresa tomou R$ 122,24 para cada R$ 100,00 investidos em capital próprio, não considerado como elevado, porém, representativo. Do total do endividamento cerca de 70% concentra-se no curto prazo.
 A imobilização do patrimônio líquido tem apresentado tendência de melhora a cada trimestre, evoluindo de 60,69% no primeiro trimestre de 2006 para 69,67% no quarto trimestre de 2007. Demonstrando que a empresa absorveu em parte seu patrimônio líquido não necessitando de capital de terceiros para imobilizar e ainda ficou com capital circulante próprio nos períodos estudados.
 O grau de capitalização apresentou pequenas oscilações em todos os trimestres analisados. No entanto passou de 38,18% no quarto trimestre de 2006 para 53,38% no quarto trimestre de 2007, demonstrando que a empresa passou a dispor de mais recursos destinados ao financiamento de suas atividades.
 ESTRUTURA ECONÔMICA
 A empresa vendeu mais do que investiu em todos os trimestres analisados, por exemplo, no quarto trimestre de 2007 a empresa vendeu R$ 31,17 para cada R$ 1,00 investido , apresentando crescimento de 82,82% em relação ao quarto trimestre de 2006 quando vendeu R$ 17,02 para cada R$ 1,00 investido.
 A margem líquida foi positiva em todos os períodos, média de 9,54% sobre a receita, o que significa que a empresa obteve R$ 9,54 de lucro para cada R$ 100,00 em faturamento líquido.
 Em 2006 a rentabilidade do ativo oscilou entre 1,11% a 1,94% nos quatro trimestres, em 2007 apresentou no primeiro semestre rentabilidade de 1,22% chegando a 3,26% no quarto trimestre,
 A rentabilidade do patrimônio líquido passou de 4,32% no quarto trimestre de 2006 para R$ 7,48% no quarto trimestre de 2007, o que significa que a empresa obteve R$ 13,35 de lucro para cada R$ 100,00 de capital próprio investido, ótimo índice quando comparado a rendimentos de mercado no mesmo período, em 2002 o índice apresentou grande queda chegando a 5,69% e em 2003 recuperação parcial chegando a 9,83%.
 Nas três análises efetuadas (análise estrutural, financeira e econômica) conclui-se que o desempenho da empresa apresentou significativa melhora no ano de 2007 em relação ao exercício de 2006.
 5. ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO E DA RENTABILIDADE
 Através dos gráficos acima observou-se longo de todos os trimestres analisados o capital de terceiros de curto e longo prazo foram sustentados pelo capital circulante; o capital próprio da empresa amparou com folga todo o ativo permanente, bem como, o realizável a longo prazo.
 Apresentou em todos os períodos CCL e CGP positivos e em média 55% do seu passivo é representado por capital de terceiros.
3. CICLOMETRIA
 1. CALCULOS DA CICLOMETRIA
 2. GRÁFICOS DOS CICLOS
 Analisando o comportamento dos gráficos ciclométricos, verificou-se que um dos principais problemas que a empresa apresenta é o alto desvio entre o prazo médio de duplicatas a receber e o prazo médio de duplicatas a pagar.
 No primeiro ano a empresa apresentou uma média de 21,47 dias de prazo para pagamento de fornecedores e de 71,74 dias para o recebimento da venda dos produtos acabados, dando uma margem de 50,27 dias de desfalque no fluxo de caixa.
 No segundo ano a empresa demonstrou uma leve reação, porém, não suficiente para corrigir o problema, uma vez que conseguiu aumentar em 7,82 dias o prazo para pagamento de fornecedores com relação ao período anterior porém o prazo médio para recebimento também apresentou uma elevação de 3,64 dias a mais.
 Uma solução para este problema operacional, seria a negociação por parte do departamento de compras junto aos fornecedores no quesito prazo para pagamento, bem como a otimização do departamento comercial com relação a prazos menores nos recebimentos.
 Quanto à necessidade financeira, relacionada ao ciclo financeiro, observa-se a alta necessidade crescente de recursos, durante todo o período de 2006, mantendo-se a tendência em 2007.
 Cabe ainda destacar o quarto trimestre de 2007 no qual a empresa apresentou um aumento na necessidade de recursos de R$ 1.263,11 ao dia com relação ao mesmo período do ano anterior.
 Quanto ao ciclo de produção, com exceção do primeiro e do quarto trimestres de 2007 que apresentaram aumentos de 4,88 e 7,41 dias no prazo médio de matéria prima, todos os outros fatores como o prazo médio de produtos em elaboração e prazo médio de produtos acabados sofreram leves alterações pra mais ou para menos não influenciando significativamente no desempenho financeiro da empresa.
4. DINÂMICA FINANCEIRA
 1. RECLASSIFICAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL – FLEURIET
 2. GRAFICOS E CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO TIPO
 3. ANÁLISE DA DINÂMICA FINANCEIRA
 O CCL no ano de 2006 apresentou os seguintes valores :
 1º trimestre R$ 505.430; 2º trimestre R$ 599.323; 3º trimestre R$ 443.271;
 4º trimestre R$ 551.141;
 No ano seguinte, o CCL apresentou os seguintes valores :
 1º trimestre R$ 480.287; 2º trimestre R$ 428.292; 3º trimestre R$ 409.950;
 4º trimestre R$ 362.753;
 Observou-se que o CCL encontra-se positivo em todos os trimestres analisados, significando que as exigibilidades de curto prazo estãocobrindo parte, apenas do ACF e ACC, resultando em folga financeira a empresa.
 O IOG no ano de 2006 no 1º trimestre foi de R$ 571.009, 2º trimestre foi de R$ 649.143, 3º trimestre foi de R$ 629.731 e 4º trimestre foi de R$ 665.163, no ano seguinte, apresentou-se os seguintes valores, 1º trimestre foi de R$ 663.217, no 2º trimestre foi de R$ 693.680, no 3º trimestre foi de R$ 676.064 e 4º trimestre foi de R$ 588.303.
 O IOG positivo apresentado em todos os anos demonstra que o ativo cíclico é maior que o passivo cíclico e, portanto a empresa precisa buscar financiamento (próprio ou de terceiros) para suprir sua necessidade de capital de giro.
 O ST 2006 no 1º trimestre foi de R$ (65.579), 2º trimestre foi de R$ (49.820), 3º trimestre foi de R$ (186.460) e 4º trimestre foi de R$ (154.022), no ano seguinte, apresentou-se os seguintes valores, 1º trimestre foi de R$ (182.930), 2º trimestre foi de R$ (265.388), no 3º trimestre foi de R$ (266.114) e 4º trimestre foi de R$ (225.550).
 A empresa possui ST negativo em todos os períodos analisados, demonstrando que a empresa tem fontes de recursos de curto prazo não relacionadas a seu ciclo operacional, conseqüentemente, não financiando suas atividades operacionais.
 A empresa não apresentou o efeito tesoura, surgindo um crescente saldo de tesouraria negativo, demonstrando que a empresa financia de forma inadequada seus investimentos operacionais em giro, trabalhando com recursos financeiros em prazo incompatível com suas necessidades.
 A situação financeira da empresa é insatisfatória visto que suas fontes de recursos operacionais não são suficientes para financiar suas atividades operacionais, além de que a empresa possui alta dependência de recursos de terceiros a curto prazo.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Este trabalho utilizou-se das demonstrações contábeis originais da empresa Marcopolo S/A, bem como das notas explicativa de auditoria independente para realizar a análise econômico-financeira desta.
 Após atualizar monetariamente os valores das demonstrações contábeis e proceder a padronização das mesmas, foram calculadas as análises horizontais e verticais tanto do balanço patrimonial quanto da DRE. Ambos os cálculos se deram para que fosse possível a realização da análise avançada do capital de giro.
 Num segundo momento, os cálculos da ciclometria foram realizados, com a finalidade de obter os valores relativos aos ciclos de produção, operacional e financeiro. Com a obtenção destes valores, pôde-se verificar que a empresa apresenta uma deficiência no que diz respeito aos prazos de duplicatas a pagar e a receber, uma vez que, num geral, a empresa mantém uma lacuna de 50,27 dias em seu fluxo de caixa entre o pagamento de fornecedores e o recebimento das vendas.
 Finalmente, utilizando-se do “Modelo de Fleuriet”, foi realizada a análise da dinâmica financeira da empresa. Após reclassificação do balanço patrimonial, segundo a técnica de Fleuriet, realizou-se a análise dos índices denominados ST, IOG e CCL e posteriormente houve a confrontação entre os resultados de liquidez apurados da maneira tradicional e através do Modelo de Fleuriet.
 Desta forma, foi possível chegar à conclusão de que há controvérsias quanto a apuração da liquidez, pois em todos os períodos, segundo Fleuriet, a empresa apresentou um comportamento que a classificou como portadora de uma situação financeira insatisfatória, enquanto que apurando-se a liquidez da maneira convencional, a empresa demonstrou-se detentora de uma liquidez invejável.
 Para que a empresa melhore sua situação financeira de insatisfatória para sólida no método de Fleuriet recomenda-se que suas fontes de recursos operacionais sejam reestruturadas visando que estes possam financiar suas atividades operacionais, também será necessário reduzir a dependência de recursos de terceiros a curto prazo,
6. ANEXOS
 Estaríamos anexando a este trabalhado as Notas Explicativas de todos os trimestres analisados, porém, por se tratar de documento extenso estamos enviando os mesmos em arquivo digital.
 Além destes documentos, segue no arquivo digital o Balanço Patrimonial e as Demonstrações de Resultado de Exercícios original da empresa MARCOPOLO S/A, bem como, todas as planilhas com as devidas fórmulas utilizadas na elaboração deste trabalho.

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