Buscar

disforia pré menstrual

Prévia do material em texto

Um evento marcante na fisiologia feminina é o ciclo menstrual. Ele tem início no primeiro dia do fluxo menstrual, decorrente da descamação endometrial por quatro a seis dias. Segue-se a fase folicular ou proliferativa, por sete a 14 dias, para ter início a última fase, luteal ou secretória, a qual inicia com a ovulação e finda no fluxo menstrual subsequente. Essas fases são marcadas por flutuação na concentração de hormônios sexuais estrogênicos e progesterona, porém suas ações fisiológicas não estão restritas ao ciclo menstrual. 
Na atualidade, cerca de 75% das mulheres apresentam, no período reprodutivo, algum sintoma pré-menstrual físico, emocional e/ou comportamental, caracterizando a síndrome pré-menstrual (SPM), que se resolve com mudança de estilo de vida e/ou terapias conservadoras, tais como analgésicos e relaxantes musculares. Mas 3% a 8% delas serão diagnosticadas como portadoras de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM), em que sintomas somáticos (fisicos) também estão presentes, mas os psíquicos são mais relevantes. 
As hipóteses etiológicas ou seja das causas desse transtorno são várias e elas se somam. Entre as consideradas pela literatura, temos: Déficit e sensibilidade à serotonina: mulheres com transtornos do humor no período pré-menstrual têm comprovadamente níveis menores de serotonina, havendo maior sensibilidade ao receptor 5-HT1a. 
Flutuações dos níveis de estrogênio e progesterona: esses hormônios influenciam a neurotransmissão no sistema nervoso central (vias serotoninérgicas, noradrenérgicas e dopaminérgicas). No hipotálamo, o estrogênio induz a flutuação diária da serotonina, enquanto a progesterona aumenta seu metabolismo. 
 
Além de alterações genéticas, estresse, Dieta, consumo de álcool, cafeína bem como deficiência de vitamina B e magnésio são relacionadas.
Os sintomas do TDPM podem aparecer desde a menarca até a menopausa e encontram-se presentes na vida das mulheres ao longo de todo o período reprodutivo, sendo muitas vezes interpretados como sintomas de um transtorno imaginário e resultantes da cada vez mais estressante vida moderna. O TDPM incide em mulheres no período reprodutivo (25-35 anos). O quadro clínico se caracteriza por sintomas somáticos, comportamentais (podendo incluir menor disponibilidade para a atividade sexual) e de humor recorrentes (cefaleia, enjoo, vertigem, sensação de fadiga e desânimo, irritabilidade extrema, dificuldade de concentração insônia ou hipersonia). Tais sintomas duram entre 5 e 15 dias, agravando-se com a proximidade do período menstrual e regredindo com o início do fluxo. A sintomatologia marca presença na maioria dos ciclos menstruais dos últimos 12 meses e tem intensidade suficiente para impactar o cotidiano da mulher (vida profissional e social, relacionamento interpessoal).
Os critérios diagnósticos do TDPM são abrangentes, não havendo exames físico ou laboratorial para confirmação. O diagnóstico de exclusão é feito após minuciosa anamnese e exame físico, em que não é constatada a presença de outras condições, como exacerbação de doença clínica ou algum transtorno psiquiátrico. Auxilia no diagnóstico a avaliação de respostas a diários prospectivos, preenchidos pela paciente por pelo menos dois ciclos consecutivos onde são observadas questões como: irritabilidade/tensão Raiva/temperamento explosivo Ansiedade/nervosismo Depressão/tristeza Choro fácil Problemas de relacionamento.
TRATAMENTO
Várias são as opções disponíveis, mas nenhuma delas é efetiva para todas as pacientes. Pode ser realizado: mudanças no estilo de vida Devem ser estimuladas tanto a prática de exercícios físicos regulares, a supressão de tabaco, o uso moderado de bebida alcoólica, sono suficiente e redução da ingestão de cafeína, o tratamento medicamentoso com antidepressivos os Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS) por Promovem remissão de sintomas somáticos e adequam o humor, uso de contraceptivos orais atentando-se e monitorando o risco de trombose venosa, embolia pulmonar e hipertensão arterial, além dessa mulher utilizar suplementos vitamínicos e nutricionais.
Então como vimos, p transtorno disforico pré menstrual é um agravamento da síndrome pré menstrual interferindo nas atividades diárias da mulher. Logo todos precisamos conhecer esse transtorno para que melhorias sejam alcançadas.

Continue navegando