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Tanatologia - Resumo para Concursos

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TANATOLOGIA – FENÔMENOS CADAVÉRICOS 
Tanatognose → Estudo do diagnóstico da morte, que vem acompanhado dos seguintes sinais:
Fenômenos cadavéricos
1. Abióticos (avitais ou vitais negativos)
a. Imediatos
Ocorrem logo após o término da vida. 
Ex. parada cardiovascular, parada respiratória, perda da consciência, atonia muscular com imobilidade, perda da sensibilidade, relaxamento dos esfíncteres, fáceis hipocrática, pálpebras parcialmente cerradas, midríase. 
Obs. Não confirmam o óbito, pois há casos em que podem ser revertidos através de manobras terapêuticas emergenciais. 
Obs. Por sua vez, os consecutivos caracterizam o óbito, mas a presença de alguns sinais isoladamente não tem valor absoluto. 
b. Consecutivos
São os sinais consecutivos aqueles que consecutivamente surgem aos sinais imediatos. Eles são: resfriamento cadavérico, evaporação tegumentar, hipóstase e rigidez. 
Resfriamento cadavérico (algor mortis) →O corpo humano geralmente tem de 35 a 37ºC, que são temperaturas ligeiramente superiores à temperatura ambiente. Com a morte, o corpo para de produzir calor e tende a atingir a temperatura do ambiente. Então, sofrerá um resfriamento. 
Obs. Em condições normais, o cadáver tende a atingir a temperatura do ambiente. 
Na primeira hora, há uma queda 1ºC em média.
Nas horas seguintes, a queda é de 1,5ºC, até atingir o equilíbrio com a temperatura ambiente. 
Obs. Antigamente era utilizado termômetro retal para estimar tempo de morte. Tal prática parou de ser utilizada porque causava muito constrangimento.
Evaporação tegumentar (desidratação) → Causa a nítida desidratação dos tecidos. Fica mais nítido na região dos globos oculares, que perdem o brilho, ficando opaco. Aparecem também manchas no globo ocular (sinal de Sommer-Lacher).
Hipóstase ou Livor → Manchas vermelhas que surgem após a morte. 
Com a cessação do fluxo sanguíneo, o sangue tende a acumular nas partes baixas do corpo, que ficam avermelhadas. Já as partes mais altas ficam pálidas. 
Obs. normalmente as partes pálidas correspondem às partes do cadáver que estão apoiadas no chão, na parede, na cama etc. 
Nas horas iniciais os livores são móveis. 
Surgem 2 a 3 horas após a morte.
Os livores tende a se fixar após 12 horas da morte.
Rigidez (rigor mortis) → Dureza do corpo do cadáver. Ocorre em razão da cessação da vida e do aumento da atividade microbiana nas células, acidificando-as. 
O acúmulo de ácido nas células musculares causa a rigidez no cadáver. 
Começa em 2 horas após a morte e permanece por até 12 horas.
Desfaz-se com o início da decomposição. 
Ocorre no sentido craniocaudal. A mandíbula é a primeira a ficar rígida. Em seguida, a nuca, os membros superiores (BRAÇOS) e termina nos membros inferiores (PERNAS). 
Espasmo cadavérico ou rigidez instantânea →É um tipo de rigidez cadavérica instantânea que ocorre logo após a morte e precede a rigidez e pode ser confundido com ela. Ele pode aparecer em vítima de violência e morte súbita e o cadáver mantém a posição do momento do óbito e é também conceituado como rigidez cadavérica cataléptica ou estuária.
FENÔMENOS TRANSFORMATIVOS TARDIOS OU DESTRUTIVOS
- Relacionados à decomposição do cadáver.
- A literatura divide essa decomposição em dois meios:
a) Autólise: desintegração dos tecidos que ocorre por conta da ausência de oxigênio (O2 ), pela acidificação por bactérias anaeróbias da decomposição; 
É um dos mecanismos de decomposição que ocorre de dentro para fora do corpo, em razão da presença de bactérias que atuam de forma anaeróbica. 
Assim, as bactérias anaeróbicas são ditas acidogênicas porque produzem ácido durante o consumo de células para obter energia. 
b) Putrefação: : destruição profunda dos tecidos por bactérias internas e externas, majoritariamente aeróbias, que se inicia por volta da 20º hora após a morte. 
FASES DA PUTREFAÇÃO OU DECOMPOSIÇÃO
1. Período de coloração:
Mancha verde abdominal, fossa ilíaca.
Ocorre em razão da presença de bactérias no intestino. Começa a surge entre 18 e 24 horas após a morte e dura cerca de uma semana. Distribuída por todo o tronco. 
Fenômenos Microbianos
-Decomposição: desintegração do cadáver por ação de microrganismos e de animais pequenos, como insetos. 
- Microrganismos de ação interna: agem de dentro para fora; microbiota do intestino.
2. Período gasoso (fase efisematosa): evolução da atividade bacteriana; produção acentuada de gases (dióxido de carbono, gás metano, gás sulfídrico etc.) que se acumulam; aspecto volumoso; rosto, ventre, genital masculino. Assim, ocorre um agigantamento do corpo segundo a literatura.
Dura em média duas semanas.
3. Período Coliquativo: Evolução da putrefação.
- Há um enorme acúmulo de gases no interior do corpo. O corpo rompe-se pelo aumento da pressão. Há rompimento das vísceras e demais tecidos. 
- Os tecidos do cadáver se liquefazem em razão da acentuada atividade dos microrganismos. 
- Essa atividade libera uma série de substâncias do metabolismo que decompõe os tecidos.
O cadáver literalmente se liquefaz, ou seja, literalmente derrete. 
É nessa fase que se encontra presença marcante da fauna cadavérica, a entomofauna. Moscas, larvas, besouros etc.
4. Esqueletização: final da decomposição.
- Presença de ossos e da decomposição quase completa.
- Pode-se dizer que há a decomposição completa dos tecidos moles, somente sobrando os tecidos fibrosos – pelos, cabelos, ossos e dentes.
Depende do ambiente, mas pode levar semanas, meses ou anos. 
Outros fenômenos cadavéricos relacionados à destruição:
Maceração Séptica
Fenômeno destrutivo resultante do excesso de umidade. Comum em afogamentos.
Depende do tempo que o corpo permanece na água. Ocorre o destacamento dos segmentos cutâneos.
Maceração Asséptica
Fenômeno resultante do excesso de contato com líquido estéril, líquido amniótico. 
Comum em caso de morte de recém-nascidos, quando há morte no útero.
Ocorre o destacamento da epiderme.
PROCESSOS TRANSFORMATIVOS CONSERVADORES
Mumificação
Dessecação natural do cadáver; calor, ventilação acentuada, ambiente seco.
Ocorre porque há uma desidratação progressiva, intensa e rápida do corpo, o que não favorece os microrganismos que fazem a decomposição, que precisam de um ambiente devidamente hidratado. 
Saponificação
Aparência de cera ou sabão (adipocera); coloração de esbranquiçada a amarelo escura. 
Ocorre em ambientes argilosos, úmidos.
Cronologia da morte
1. Corpo flácido, quente, s/ livores; até 2 horas;
2. Rigidez nuca e mandíbula; início livores; 2 a 4 h;
3. Rigidez braços; aumento dos livores; 4 a 6 h;
4. Rigidez total; manchas de hipóstase; 8 a 36 h;
5. Mancha verde; início flacidez; 24 a 36 h;
6. Mancha verde; flacidez geral; mais de 48h; 
7. Mancha verde em todo o corpo; 3 a 5 dias;
8. Desaparecimento de partes moles; 2 a 3 anos;
9. Esqueletização total; meses – anos. 
A Interpol sugere a seguinte sequência de identificação: papilas dérmicas (impressões digitais), arcada dentária (em caso de haver prontuário odontológico) e exame de DNA (em caso de a família fornecer material genético para comparação). 
Lesões em Vida 
Apresentam reações vitais: infiltrações hemorrágicas; coagulação de sangue; feridas com bordas afastadas (por conta do tônus); equimose com coloração do espectro; escoriações com crosta (casca); eritema cutâneo; flictenas com líquido seroso. 
Lesões Pós-morte
Não apresentam reações vitais: ferimentos sem infiltrações hemorrágicas (lesões brancas); sem coagulação de sangue; feridas com bordas juntas (sem tônus); escoriações sem crosta (casca) 
NECROPSIA (autópsia, necroscopia, necrotomia)
- Perícia médica feita no cadáver.
- Finalidade principal → examinar o cadáver, a fim de elucidar a causa da morte.
Obs. O cadáver esqueletizado também passa por necropsia.
- Procedimento realizado por um médico, junto de auxiliares.
- É feito um exame externo do cadáver – do corpo e das vestes.
- Examina-se as cavidades craniana, torácica e abdominal.
Obs. Conforme a literatura, a necrópsia se dá com a abertura dessas cavidades.
Obs. O CPP diz que quandoo médico legista não julgar necessário abrir tais cavidades, poderá emitir seu laudo e informar que as evidências externas dos sinais de morte permitem que o profissional tome conclusões acerca da causa da morte. Por exemplo, mortes derivadas de acidente de trânsito. 
Obs. O CPP dispõe que a necrópsia deve ser feita após 6h do óbito. 
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que declararão no auto. 
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante. 
Em caso de morte violenta ou de morte suspeita, o corpo será encaminhado para o IML. 
Em caso de morte natural, que é aquela decorrente de velhice ou doença, a necropsia não é obrigatória. O procedimento é feito no SVO.
Morte violenta ou suspeita → IML
Morte natural → SVO.
EXUMAÇÃO
Inumação → ato de sepultar o cadáver.
Exumação → Retirar o cadáver de sua sepultura.
A exumação administrativa é aquela procedida pelo diretor do cemitério, na figura dos funcionários do cemitério, quando há a necessidade de desocupar o túmulo para sepultar outra pessoa. Esta exumação pode ocorrer depois de determinado prazo definido por lei. (05 anos)
Exumação médico-legal → Qualquer tempo após o sepultamento. Determinação judicial. É uma perícia médica e deve ser realizada por um médico.
Conforme o CPP, deve ser acompanhado pela autoridade policial.
É feito quando há dúvida sobre a causa da morte ou sobre a identidade do cadáver.
Por fim, a exumação serve para coleta de vestígios comuns: lesões em ossos, projéteis de arma de fogo não coletados anteriormente, traços de substâncias tóxicas, dados odontológicos, antropológicos e DNA.

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