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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO 
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL 
Procuradoria Federal no Estado de Mato Grosso do Sul 
 
Rua Sete de Setembro nº 1.733 – Jardim Aclimação – Campo Grande/MS 
CEP: 79002-130 – Fone: (67) 3382-8500 
E-mail: pf.ms@agu.gov.br 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 12ª VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE CAMPO GRANDE/MS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autos n.º 0819314-32.2013.8.12.0001 
Autora: AMÉLIA MARCELO COTRIM 
Réu: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL 
 
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, Autarquia 
Federal criada nos termos da Lei 8.029/90, art. 14, e regulamentada pelo Decreto n.º 99.350/90, 
vem, à presença de Vossa Excelência, por seu procurador ex lege, que esta subscreve, apresentar 
sua 
CC OO NN TT EE SS TT AA ÇÇ ÃÃ OO 
à pretensão da parte autora, com fundamento no artigo 300 e seguintes do Código de Processo 
Civil e demais normas aplicáveis ao caso, pelos motivos de fato e de direito que passa a esposar: 
 I. DO PEDIDO E CAUSA DE PEDIR: 
 
A parte autora ajuizou a presente ação visando a condenação do Instituto-
Réu ao pagamento mensal do benefício de PENSÃO POR MORTE, ao argumento de que atende aos 
requisitos legais e regulamentares que lhe asseguram o respectivo direito, eis que seria dependente 
de seu suposto companheiro, José Alves de Souza. 
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PROCURADORIA-GERAL FEDERAL 
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CEP: 79002-130 – Fone: (67) 3382-8500 
E-mail: pf.ms@agu.gov.br 
 
 
 
Em que pesem os argumentos declinados, o pedido exordial não merece ser 
acolhido conforme se verá adiante. 
 
II. EM PRELIMINAR: 
 
1. INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUÍZO 
 
 
Este foro da justiça comum não é o competente para julgar a presente 
Ação previdenciária, por não ser caso de benefício de natureza acidentária, a teor do art. 109, 
inciso I da Carta Política de 88, que determina que nesses casos a Autarquia Federal (INSS), só 
pode ser aforada em uma das varas da Justiça Federal. 
 
É o que se extrai da Constituição da República Federativa do Brasil de 
1988: 
“Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
I - As causas em que a União, entidade autárquica ou empresa 
pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, 
assistentes ou opoentes, exceto as de falência, as de acidente de 
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do 
Trabalho;” 
 
 
Verifica-se que a concessão e a revisão de pensão por morte, 
independentemente das circunstâncias do falecimento do segurado, é de natureza 
previdenciária, e não acidentária típica, o que torna competente a Justiça Federal para o 
processamento e julgamento da demanda, afastando-se a aplicação da Súmula nº 15 do 
Superior Tribunal de Justiça. 
 
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Veja-se a propósito decisão proferida no Conflito de Competência nº 
89.282/RS, DJ de 18/10/2007, de relatoria da Desembargadora convocada do TJ/MG Jane 
Silva, in verbis: 
 
 “CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA ENTRE 
JUÍZO ESTADUAL E JUÍZO FEDERAL – REVISÃO DE 
PENSÃO POR MORTE DECORRENTE DE ACIDENTE DO 
TRABALHO – NATUREZA PREVIDENCIÁRIA DO 
BENEFÍCIO – NÃO INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 15/STJ E 
501/STF – COMPETÊNCIA DO JUÍZO FEDERAL. 
I – Na esteira dos precedentes desta Corte, a pensão por morte é 
benefício eminentemente previdenciário, independentemente 
das circunstâncias que cercaram o falecimento do segurado. 
II – Portanto, ainda que a morte decorra de acidente do 
trabalho, a pensão possui origem unicamente na condição que o 
cônjuge tinha de dependente do de cujus, mas não no motivo do 
falecimento, constituindo-se, portanto, em benefício 
previdenciário, e não acidentário. 
Precedentes. 
III – Competência da Justiça Federal. 
 
 
 
Recentemente, o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul em 
situação idêntica, suscitou conflito negativo de competência, pelo que se depreende do Conflito 
nº 112.710- MS (2010/0111987-8), que redundou em declaração do S.T.J. de competência da 
Justiça Federal (Juizado Especial Previdenciário), para processar e julgar a demanda, anulando 
sentença proferida pelo Juízo Estadual. 
 
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Embora a autora tenha asseverado que a propositura da demanda na 
Justiça Estadual, deu-se em virtude de acidente de trabalho sofrido pelo Sr. José Alves de 
Souza, não há nenhuma prova em tal sentido. 
 
Aliás, é importante frisar, que o extinto nunca auferiu nenhum 
benefício junto ao INSS, seja de natureza previdenciária muito menos acidentária, 
conforme comprova o documento em anexo (doc. 01). 
 
Com efeito, não sendo caso de benefício oriundo de acidente de 
trabalho, é caso de incompetência absoluta do Juízo, onde a aferição pode se dar “ex officio”, e 
não se exige como regra processual, a instauração do incidente de exceção. 
 
Portanto, utiliza-se o INSS da presentepreliminar, com o fito de que 
haja o declínio de competência desta vara da Justiça comum de Campo Grande/MS, para o 
Juizado Especial Federal Previdenciário da Capital. 
 
 
III. DO DIREITO: 
 
1. Requisitos do benefício de PENSÃO POR MORTE 
 
Se ultrapassada for a preliminar de incompetência do juízo 
anteriormente arguida, no que não acredita o INSS, em homenagem ao princípio da 
eventualidade, passaremos a discorrer sobre o mérito do pedido. 
 
A pensão por morte é o benefício pago aos dependentes do segurado 
que falecer, aposentado ou não, conforme previsão do art. 201, V, da Constituição Federal, 
regulamentada pelo art. 74, da Lei 8.213/91. 
 
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Diz o art. 74, acima referido: 
Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos 
dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a 
contar da data: (Redação alterada pela MP nº 1.596-14/97, 
convertida Lei nº 9.528/97) 
 
Assim, nota-se que três são os requisitos para a concessão da pensão 
por morte: 
 
a) o óbito; 
 
b) a qualidade de segurado daquele que faleceu; 
 
c) a dependência econômica em relação ao segurado falecido. 
 
1.1 – Da Não comprovação da União Estável: 
 
A Lei nº 8.213/91, ao tratar da condição de dependente, dispõe em seu 
art. 16, que: 
“Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência 
Social, na condição de dependentes do segurado: 
I – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não 
emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) 
anos ou inválido; 
II – os pais; 
III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 
21 (vinte e um) anos ou inválido. 
§ 1º A existência de dependentes de qualquer das classes deste 
artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. 
[...] 
§ 4º A dependência econômica da pessoas indicadas no inciso I é 
presumida e a das demais deve ser comprovada. 
 
 
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A dependência econômica do companheiro é presumida; entretanto, a 
relação de companheirismo deve ser comprovada. Nesse sentido: 
 
ADMINISTRATIVO - PENSÃO POR MORTE - 
COMPANHEIRA - UNIÃO ESTÁVEL COMO ENTIDADE 
FAMILIAR NÃO COMPROVADA - IMPOSSIBILIDADE - 
ART. 16, I E §3º, DA LEI Nº 8.213/91 E ART. 13, I E §§5º E 6º, 
DO DECRETO Nº 611/92. [...] 
II - No entanto, a qualificação de companheira, cuja 
dependência econômica é presumida, depende da 
comprovação da existência de união estável como entidade 
familiar com o segurado, a teor do disposto no §3º do artigo 
16 da Lei nº 8.213/91 e nos §§5º e 6º do Decreto nº 611/92. [...] 
III - Apelação e remessa necessária providas. 
 
(TRF 2ª R. - AC 1999.50.01.001256-7 - 6ª T. - Rel. Des. Fed. 
Sérgio Schwaitzer - DJU 20.08.2003 - p. 232) JCF.226 JCF.226.3 
 
 
 
Para a comprovação da RELAÇÃO DE COMPANHEIRISMO, o § 6º do art. 
16 do Decreto nº 3.048/99, alterado pelo Decreto nº 6.384/08 prevê que “Considera-se união 
estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a 
mulher, estabelecida com intenção de constituição de família, observado o § 1º do art. 1.723 
do Código Civil, instituído pela Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002." 
 
O § 3º do art. 226 da CF/88 foi regulamentado pela Lei 9.278/96, que 
assim dispôs: 
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E-mail: pf.ms@agu.gov.br 
 
 
Art.1º - É reconhecida como entidade familiar a convivência 
duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, 
estabelecida com o objetivo de constituição de família. 
 
O referido diploma legal definiu quais são os requisitos necessários 
para o efetivo reconhecimento do que seja uma união estável: convivência duradoura, pública, 
contínua, entre um homem e uma mulher, com o objetivo de constituição de uma família. 
 
O Decreto 3.048/99, em seu art. 22, mantendo as exigências dos 
antigos Decretos 2.172/97 e 611/92, enumera quais são as provas materiais hábeis para 
comprovar a existência de vida em comum, bem como a dependência econômica. 
“Art. 22. A inscrição do dependente do segurado será promovida 
quando do requerimento do benefício a que tiver direito, 
mediante a apresentação dos seguintes documentos: 
I - para os dependentes preferenciais: 
a) cônjuge e filhos - certidões de casamento e de nascimento; 
b) companheira ou companheiro - documento de identidade e 
certidão de casamento com averbação da separação judicial ou 
divórcio, quando um dos companheiros ou ambos já tiverem sido 
casados, ou de óbito, se for o caso; 
c) equiparado a filho - certidão judicial de tutela e, mediante 
declaração do segurado, em se tratando de enteado, certidão de 
casamento do segurado e de nascimento do dependente, 
observado o disposto no § 3° do art. 16; 
II - pais - certidão de nascimento do seguradoe documentos de 
identidade dos mesmos; 
III - irmão - certidão de nascimento. 
(...) 
§ 3º Para comprovação do vínculo e da dependência 
econômica, conforme o caso, devem ser apresentados no mínimo 
três dos seguintes documentos: 
I - certidão de nascimento de filho havido em comum; 
II - certidão de casamento religioso; 
III - declaração do imposto de renda do segurado, em que conste 
o interessado como seu dependente; 
IV - disposições testamentárias; 
V - anotação constante na Carteira Profissional e/ou na Carteira 
de Trabalho e Previdência Social, feita pelo órgão competente; 
VI - declaração especial feita perante tabelião; 
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VII - prova de mesmo domicílio; 
VIII - prova de encargos domésticos evidentes e existência de 
sociedade ou comunhão nos atos da vida civil; 
IX - procuração ou fiança reciprocamente outorgada; 
X - conta bancária conjunta; 
XI - registro em associação de qualquer natureza, onde conste o 
interessado como dependente do segurado; 
XII - anotação constante de ficha ou livro de registro de 
empregados; 
XIII - apólice de seguro da qual conste o segurado como 
instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua 
beneficiária; 
XIV - ficha de tratamento em instituição de assistência médica, 
da qual conste o segurado como responsável; 
XV - escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em 
nome de dependente; 
XVI - declaração de não emancipação do dependente menor de 
vinte e um anos; 
XVII - quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a 
comprovar. 
(...)” 
 
Por tudo que foi exposto, verificamos que não há nos presentes autos 
PROVA SUFICIENTE que justifique a concessão do benefício pleiteado. Isto porque, dispõe 
o artigo 143 do Decreto nº 3.048/99 que: 
Decreto nº 3.048/99 - Art. 143. A justificação administrativa ou 
judicial, no caso de prova exigida pelo art. 62, dependência 
econômica, identidade e de relação de parentesco, somente 
produzirá efeito quando baseada em início de prova material, não 
sendo admitida prova exclusivamente testemunhal. 
 
Nesse sentido: 
“PREVIDENCIÁRIO - PENSÃO POR MORTE - PROVA DE 
DEPENDÊNCIA ECONÔMICA - COMPANHEIRA. 
I - A prova exclusivamente testemunhal, isolada da vida em 
comum, não e suficiente para o reconhecimento do direito a 
pensão por morte do companheiro, sendo necessário um 
mínimo de prova material. 
II - Tendo a autora pleiteado o beneficio nove anos apos a morte 
de seu companheiro, demonstra que não era sua dependente 
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econômica. 
III - Recurso improvido 
(AC 202126, TRF 2ª Região, 4ª Turma, Rel. Juiz Carreira Alvim, 
in DJ, Seção 2, pag. 56729, 13/08/96) “ 
 
Assim, apenas se comprovada a união estável é que a parte autora terá 
direito ao benefício de pensão por morte, REQUISITO ESSE QUE NÃO FOI PLENAMENTE 
CARACTERIZADO, INCLUSIVE NA SEARA ADMINISTRATIVA DA AUTARQUIA, 
CONFORME COMPROVA O PROCESSO ADMINISTRATIVO EM ANEXO (DOC. 
02). 
 
IV. CONCLUSÃO 
 
 
 DIANTE DO EXPOSTO, requer-se em primeiro plano, o acolhimento da 
preliminar arguida, com o consequente declínio de competência em favor da Justiça Federal, para o 
julgamento da demanda, e acaso superada, que seja julgada IMPROCEDENTE a presente ação, 
condenando-se a parte autora nos consectários de estilo. 
 
 O alegado será provado por todos os meios de prova em direito admitidos, 
sem exceção, notadamente pelo depoimento pessoal da parte autora, desde já requerido. 
 
Termos em que, p. deferimento. 
 
 Campo Grande, 19 de agosto de 2013. 
 
 
RENATO FERREIRA MORETTINI 
Procurador Federal 
OAB/MS nº 6.110 – Mat.1094994 
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