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MODELO PETIÇÃO - pensão por morte

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA FEDERAL PREVIDENCIÁRIA E JUIZADO ESPECIAL PREVIDENCIÁRIO DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE ____________
 
_________________, brasileiro, maior, viúvo, inscrito no CPF sob o n° __________ e RG nº_________, residente e domiciliado na Rua ______, nº __, Bairro _____, CEP _____ em _______ - UF, vem a Vossa Excelência, por sua procuradora signatária, propor
AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO (PENSÃO POR MORTE)
contra o 
 Instituto Nacional do Seguro Social –INSS-, Autarquia Federal, com endereço nesta cidade, representado pela sua Procuradoria, para o que expõe e requer:
I - DOS FATOS
[...]
Do exposto, resta demonstrado que o casal vivia em união estável desde o casamento religioso até a data do óbito e, não havendo controvérsia sobre a qualidade de segurada da falecida, é mister que seja reformada a decisão administrativa para fins de conceder o benefício da pensão por morte, desde a DER.
Por fim, caso os Ilustríssimos Julgadores não entendam suficientemente comprovada a união estável em questão, os arts. 574 e seguintes da Instrução Normativa INSS/PRES nº 77/2015 disciplinam que, em caso de falta ou insuficiência de documentos probatórios, DEVE ser oportunizada ao beneficiário a justificação administrativa perante o INSS.
Conforme a dicção do art. 575 do referido diploma, para que seja admitida a justificação administrativa é necessário início de prova material:
Art. 575. O processamento da JA ou Justificação Judicial -JJ, para fins de comprovação de tempo de serviço ou de contribuição, dependência econômica, união estável, identidade e relação de parentesco, só produzirão efeitos quando baseadas em início de prova material, não sendo admitida prova exclusivamente testemunhal. (grifos nossos)
Diante do exposto, havendo provas inclusive suficientes ao reconhecimento imediato da união estável entre o Recorrente e a segurada falecida, há inquestionável início de prova material, permitindo a justificação administrativa no presente caso.
Portanto, a parte Autora requer seja o INSS compelido a conceder benefício da Pensão por Morte, o qual deve ser pago desde a data do requerimento administrativo.
II - DO DIREITO
É direito da parte Autora o benefício de pensão por morte, pois, conforme demonstrado acima, o Sr. ______ era companheiro da Segurada Sra. _______. 
O direito da parte Autora, à pensão por morte, está previsto no Art. 201, V da Constituição Federal, vejamos:
 “ A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
(...)
 V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.
Portanto, arbitrária a decisão do Réu, pois conforme consta nos autos, a parte Autora, Sr._______, era dependente da mesma e assim sendo, mantinham uma união estável, como já supracitado. 
 A dependência do companheiro é legalmente presumida, conforme preconiza o art. 74 da Lei 8.213/91. É devida a pensão por morte ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, sendo que, no Art. 16, inciso I, da referida lei, é beneficiário, na condição de dependente, o companheiro, vejamos:
Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data: 
(...)
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;   
Ademais, nos termos do art. 16, § 4º, da lei 8213/91, a dependência econômica da companheira é presumida, 
“(...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.”
Portanto, uma vez demonstrado que a parte Autora era companheiro da Segurada, faz jus à pensão por morte.
Outro requisito para a concessão da pensão por morte é de que a falecida tivesse a condição de segurada na época do óbito, o que é incontroverso nos autos, haja vista a negativa do INSS, que, irregularmente indeferiu o pedido de pensão por morte do Autor, apenas por falta de qualidade de que os cônjuges mantinham união estável, bem como tendo em vista que o de cujus era beneficiária de aposentadoria perante o INSS.
Portanto, comprovada a união estável entre a parte Autora e a Segurada falecida, e, diante disso, presumida a dependência econômica do Autor (beneficiário), bem como comprovada a qualidade de segurada da falecida, faz jus a parte Autora ao benefício da pensão por morte.
Logo, para a concessão do benefício de pensão por morte é necessário o preenchimento dos seguintes pressupostos:
a) Ocorrência do evento morte;
b) A demonstração da qualidade de segurado do de cujus e;
c) A condição de dependente de quem objetiva a pensão, requisitos preenchidos pelo Autor, conforme demonstrou-se. 
O óbito do companheiro da Requerente resta comprovado por meio da certidão de óbito anexa. 
A condição de segurada do de cujus, por sua vez, também restou devidamente comprovada, uma vez que possuía a qualidade de segurado a época do óbito. 
No que tange à qualidade de companheiro, a Constituição Federal de 1988, estendeu a proteção dada pelo Estado à família para as entidades familiares constituídas a partir da união estável entre homem e mulher, nos seguintes termos:
Art. 226 – A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
[...]
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. (grifo nosso)
O legislador ordinário, por sua vez, regulamentou tal dispositivo constitucional na Lei n. 9.278/96, in verbis:
“Art. 1° - É reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de constituição de família.” (grifo nosso)
Logo, comprovada a relação afetiva com intuitu familiae, isto é, aquela que apresenta convivência duradoura, pública, contínua, com intenção de formar família e reconhecida como tal pela comunidade, presume-se a dependência econômica, como referido alhures, impondo-se á Previdência Social demonstrar que esta não exista, o que, entretanto, não fez. 
De tais dispositivos, extrai-se que dois são os requisitos para a concessão do benefício pleiteado: a qualidade de segurado do instituidor da pensão e a dependência dos beneficiários. Relacionando aos escritos do Mestre Daniel Machado da Rocha, Juiz Federal Presidente da 2ª Turma Recursal do Rio Grande do Sul, ainda pontua que: “O benefício é uma prestação previdenciária continuada, de caráter substitutivo, destinado a suprir, ou pelo menos minimizar, a falta daqueles que proviam as necessidades econômicas dos dependentes”[footnoteRef:1], o que se configura no caso em questão. [1: ROCHA, Daniel Machado da. Comentários à lei de benefícios da previdência social. Revista GEN. Editora: Atlas, 2021. ] 
Nesse sentido, vejamos a jurisprudência do TRF da 4ª Região:
“EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE DE COMPANHEIRO. UNIÃO ESTÁVEL COMPROVADA. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA PRESUMIDA. QUALIDADE DE SEGURADO INCONTESTE. TUTELA ANTECIPADA. MANUTENÇÃO. 1. Na vigência da Lei nº 8.213/91, dois são os requisitos para a concessão de benefício de pensão por morte, quais sejam, a qualidade de segurado do instituidor e a dependência dos beneficiários que, se preenchidos, ensejam o seu deferimento. 2. Demonstrada a união estável e, portanto, presumida a dependência econômica, assim como comprovada a qualidade de segurado, é de ser mantida a sentença que concedeu o benefício de pensão por morte a contar do requerimento administrativo. 3. Atendidos os pressupostos legais, quaissejam: a verossimilhança do direito alegado e o fundado receio de dano irreparável (art. 273 do CPC), é de ser mantida a antecipação da tutela deferida na sentença. (TRF4, APELREEX 0011546-88.2014.404.9999, Sexta Turma, Relator João Batista Pinto Silveira, D.E. 17/04/2015)”
“EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. QUALIDADE DE DEPENDENTE. UNIÃO ESTÁVEL COMPROVADA. BENEFÍCIO DEVIDO. SENTENÇA MANTIDA. TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO NA DER. CORREÇÃO DE OFÍCIO. 1. Para a obtenção do benefício de pensão por morte, deve a parte interessada preencher os requisitos estabelecidos na legislação previdenciária vigente à data do óbito, consoante iterativa jurisprudência dos Tribunais Superiores e desta Corte. 2. É presumida a dependência econômica da companheira que vivia em união estável com o de cujus. 3. A união estável pode ser demonstrada por testemunhos idôneos e coerentes, informando a existência da relação more uxório. A Lei n. 8.213/91 apenas exige início de prova material para a comprovação de tempo de serviço. 4. Comprovadas a união estável e, por conseguinte, a dependência econômica da autora em relação ao de cujus, além dos demais requisitos, deve ser mantida a sentença que concedeu a pensão por morte a requerente. Mantida a tutela antecipada deferida em sentença para a concessão do benefício. 5. Requerido o benefício por morte após o prazo de trinta dias do óbito, o termo inicial do benefício deve ser a data do requerimento administrativo, nos termos do art. 74, inc. II, da Lei n. 8.2131/91 com a redação da Lei n. 9528/97. 6. Corrigido de ofício erro material da sentença para indicar a data de 29/09/2011, como data do requerimento administrativo (DER). (TRF4, APELREEX 0014549-17.2015.404.9999, Sexta Turma, Relatora Vânia Hack de Almeida, D.E. 12/02/2016).”
Pelo exposto, a parte Autora, que é beneficiária da falecida - Segurada da Previdência Social, faz jus à pensão por morte, na razão de 100% do salário de benefício.
III- DA TUTELA DE URGÊNCIA – DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA 
Consoante prevê o art. 294 do Código de Processo Civil/2015, a tutela provisória pode fundar-se em urgência ou evidência, sendo que para o deferimento das tutelas de urgência, como a tutela antecipada, é necessário o preenchimento dos requisitos previstos no art. 300, vejamos:
Art. 300: “A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciam a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.” 
A probabilidade do direito da Autora resta perfectibilizada na medida em que os documentos comprovam que a parte Autora e o de cujus viviam em união estável. 
Além disso, os requisitos estabelecidos pela Lei para o deferimento do benefício de pensão por morte restam plenamente preenchidos, pois o de cujus era segurada da Previdência Social.
É o que sustenta o Professor Luiz Guilherme Marinoni, em sua já consagrada obra sobre antecipação dos efeitos da tutela:
“O procedimento ordinário é injusto às partes mais pobres, que não podem esperar, sem dano grave, a realização dos seus direitos.” [footnoteRef:2] [2: MARINONI, Luiz Guilherme. A Antecipação da Tutela. 5ª Edição p. 16.] 
Por fim, o perigo de dano resta demonstrado na medida em que deve o benefício pleiteado é de caráter não-patrimonial, de caráter alimentar.
Assim, requer, nos termos do o deferimento da tutela antecipada, que poderá ser concedida liminarmente, nos termos do parágrafo 5º do referido artigo.
Diante o exposto, restou demonstrada a necessidade de antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, vez tratar-se de direito advindo da lei, bem como pela iminência de imensuráveis danos à parte Autora, de sorte que o benefício concedido, estará resguardado e protegido o bem de maior valor existente, ou seja, o direito à vida, uma vez, que a finalidade maior do benefício é a manutenção da pessoa beneficiada. 
Neste ínterim se vê que todos os requisitos autorizadores da concessão da antecipação de tutela estão presentes, motivo bastante para ser deferido seu pedido liminarmente, nos termos do caput e parágrafo 5º art.300 do CPC/2015. Entretanto, caso Vossa Excelência entenda que há necessidade outras provas, requer a medida liminar para o momento da sentença, e o deferimento da tutela final.
IV- DA JUSTIÇA GRATUITA
A Autora é pobre no sentido literal da palavra, não tendo, portanto, condições financeiras para arcar com as despesas processuais sem o prejuízo do próprio sustento, consoante declaração de pobreza, anexa.
Assim, desde já requer o benefício da gratuidade da justiça.	
V- DO PEDIDO
Por todo o acima exposto, REQUER:
1. A condenação do INSS:
a) A concessão liminarmente, do benefício de Pensão por Morte;
2. Provendo em definitivo o pedido liminar, conceder o benefício de Pensão por Morte, desde a data do requerimento administrativo, no valor equivalente a 100% do salário de benefício, e, a pagar à Autora, de uma só vez, as prestações vencidas e vincendas, acrescidas de correção monetária e juros legais.
3. A condenação do Réu ao pagamento das custas e despesas processuais e dos honorários advocatícios à razão de 20%;
4. A citação do Instituto Nacional de Seguro Social – INSS – para, querendo contestar a ação, sob pena de revelia e presunção de verdade quanto aos fatos articulados;
5. A concessão do benefício da justiça gratuita, tendo em vista que a parte Autora não possui as mínimas condições de arcar com os ônus processuais, bem como, seja deferida a isenção de custas previstas no art. 128, da Lei 8.213/91;
6. Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial, a prova testemunhal, para fins de corroborar às demais provas carreadas aos autos.
7. Por fim, a procedência de todos os pedidos da presente ação.
Dá-se a causa o valor aproximado de R$ XXXXXX (referente às X vincendas e X prestações vencidas) conforme art. 292, § 1º.
Nestes termos,
Pede Deferimento.
___________, __ de ____________ de 202_.

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