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ATIVIDADE A3 - DIREITO DE POSSE E PROPRIEDADE E RITOS ESPECIAIS

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João celebrou promessa de compra e venda com Pedro, mediante instrumento particular. Na promessa de compra e venda, restou estabelecido que João venderia sua casa para Pedro pelo valor de R $500.000,00 (quinhentos mil reais). A promessa de compra e venda não previu a cláusula de retrato nem foi levada à registro no Cartório de Registro de Imóveis. Ocorre que o Banco “X” ajuizou na comarca de Porto Alegre, Capital, ação de cobrança contra João, correntista, julgada procedente por sentença transitada em julgado. Iniciada a fase de cumprimento de sentença, João não cumpriu espontaneamente a sentença condenatória. 
A penhora on-line é infrutífera. O Banco “X”, então, descobre a existência de um imóvel ( a casa que João prometeu à venda para Pedro), requerendo a sua penhora. OMagistrado da Capital, onde o feito tramita, determina, penhora do imóvel em questão, de propriedade do devedor, e a sua respectiva avaliação. Os atos são devidamente cumpridos pelo oficial de justiça. O Banco exequente “X”, postula o leilão judicial do imóvel. O magistrado nomeia leiloeiro para realização do certame. Designada data para o leilão judicial e publicados os editais, um dos interessados na arrematação comparece ao imóvel com o intuito de verificar o estado do bem, momento em que Pedro toma conhecimento do leilão judicial aprazado. Sobre a situação hipotética apresentada, responda:
a) A promessa de compra e venda, apesar de não ter sido levado à registro no Cartório de Registro de Imóveis, garante à Pedro a qualidade de detentor de um direito real de aquisição? Justifique fazendo um contraponto entre o previsto no Código Civil de 1916, no Código Civil de 2002 e o posicionamento doutrinário e jurisprudencial.
Não, apenas se ele efetuar o registro, pois de acordo com o CC de 2002, para o instrumento possuir eficácia e Pedro ser devidamente detentor da coisa, ele necessita do registro no Cartório de Registro de Imóveis. Da mesma forma que o CC de 2002, a doutrina analisada por Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho acompanha a ideologia de que é necessário o registro no Cartório. Em contrapartida, as súmulas vistas acham irrelevante a necessidade de registro. Além disso, o que constava no antigo CC, o de 1916, que a exigência do registro dava ao comprador o direito de desistir da compra, restituindo as perdas e danos. 
• Doutrina – “A forma deste contrato, como se pode perceber da simples leitura do art. 1.417, poderá ser pública ou particular, cabendo-nos advertir que este artigo é de aplicação específica em face do art. 108, que exige a escritura pública nos atos de alienação ou constituição de direitos reais imobiliários
que superem o teto de 30 (trinta) salários mínimos .” GAGLIANO; Pablo Stolze e Filho; Rodolfo Pamplona, Novo Curso de Direito Civil, volume 5 – Direitos Reais, Editora Saraiva Jur, Capítulo XXIII. 
b) No caso em tela, Pedro pode exercer o direito de arrependimento? Justifique
Não, de acordo com o enunciado “A promessa de compra e venda não previu a cláusula de retrato”, então Pedro não poderá exercer o direito de arrependimento, fixado como cláusula de retrato, pois a mesma deve estar expressamente contida no contrato firmado entre as partes.
c) Qual a providência a ser tomada por Pedro no momento em que tomou conhecimento da penhora sobre o imóvel? Justifique 
Pedro deve ingressar com ação de adjudicação compulsória contra os terceiros interessados no bem que lhe pertence, comprovando para tanto, o pagamento das parcelas e também efetuar o adimplemento das restantes, além disso, registrar seu contrato no Registro de imóveis.
d) Qual a providência a ser tomada por Pedro para evitar que o imóvel seja penhorado em outro processo de execução, considerando que resta apenas uma parcela a ser adimplida? Justifique 
Pedro deve adimplir a parcela para a coisa ser devidamente sua, também, efetuar o registro de seu imóvel para efetivamente, ser proprietário do bem, e aí, desvincular seu bem de qualquer outra pessoa.

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