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RELATÓRIO TÉCNICAS B- Eduardo Azevedo, Rafaela Bellotto e Renata Rizzon

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
ENG 01172 – TÉCNICAS DE EDIFICAÇÃO B – 2021/1
Relatório e análise crítica:
Concretagem utilizando concreto usinado em edificações
Eduardo Azevedo, Rafaela Bellotto e Renata Rizzon
INTRODUÇÃO
Este relatório é constituído por uma análise de vídeos extraídos da internet
que abordam o tema da concretagem em edificações utilizando concreto usinado.
As etapas da concretagem que serão analisadas são: condições de aceitação do
concreto usinado; transporte do concreto dentro da obra; lançamento do concreto na
forma; adensamento do concreto; nivelamento e acabamento superficial do
elemento concretado e cura.
Os vídeos foram selecionados excluindo os que não se tratavam de
edificações, não utilizavam concreto usinado, não detalham com precisão ou deixam
dúvidas sobre o concreto ser usinado ou fabricado in loco. O limite de 15 minutos foi
respeitado, sendo a soma dos trechos selecionados igual a 10 minutos e 03
segundos.
1. CONDIÇÕES DE ACEITAÇÃO DO CONCRETO USINADO
No caso do concreto recebido em canteiro, os ensaios de aceitação devem
sempre ser executados, independentemente do tipo de obra. A obrigatoriedade é
detalhada na ABNT NBR 12655 – Concreto – Preparo, Controle e Recebimento.
A primeira coisa que deve ser feita ao receber o caminhão betoneira na obra
é conferir a integridade do lacre, para garantir que o concreto se encontra nos
mesmo estado que deixou a usina, e a nota fiscal, que contém informações como o
fck, os materiais utilizados, o abatimento e o horário que o concreto foi produzido.
As informações na nota devem estar de acordo com o requerido no projeto. No
vídeo 1, trecho 2:20-2:24, podemos ver o momento em que o lacre é rompido e
uma checagem do que parece ser a nota fiscal. Neste momento podemos ver que o
caminhão betoneira está fazendo uma última mistura, o que é indicado para que o
concreto fique mais homogêneo, evitando segregação. Não é possível visualizar se
todas as informações citadas acima foram analisadas pelo profissional na nota
fiscal, mas podemos dizer que a etapa foi feita corretamente.
Após isso, devem ser realizados testes para garantir que a qualidade do
concreto está de acordo com as especificações. O primeiro é o teste de abatimento,
que tem como objetivo avaliar a consistência do material recebido, e deve ser
executado logo que o concreto chega no canteiro, em estado fresco e plástico. Os
equipamentos utilizados devem ser lavados para que se dê início ao procedimento.
O molde cônico é preenchido em 3 etapas buscando manter o mesmo volume de
concreto nas mesmas, e sendo adensado a cada vez através de golpes com uma
haste metálica. Finalizado isso, o topo do molde é regularizado e a gola e o molde
são removidos lentamente e continuamente. O abatimento é medido através da
altura dessa massa de concreto em relação ao cone. Se o abatimento está de
acordo (com o projeto e com a nota fiscal vinda da concreteira), o concreto começa
a ser utilizado.
No vídeo 2, trecho 1:05-1:22, é realizado o teste de abatimento. É mostrada
apenas uma etapa do preenchimento do cone, então não é possível confirmar se a
mesma quantidade foi mantida nas 3 conchadas. Após isso podemos observar a
retirada e a medição. Esses procedimentos foram executados de maneira correta.
Nesse trecho também podemos ver o preenchimento dos dois moldes
metálicos de corpo de prova, que devem ser retirados de cada caminhão vindo da
usina, e que serão enviados para o laboratório e rompidos em diferentes estágios
para conferência de sua resistência. Essas amostras devem ser retiradas após
aproximadamente ⅓ do concreto ser descarregado, pois é quando a mistura fica
mais homogênea. Os moldes são cilíndricos de 10x20cm preparados com uma
camada de desmoldante, para facilitar a retirada. Devem ser preenchidos em duas
camadas, com adensamento com golpes de haste metálica entre cada uma. Após a
regularização da superfície, os corpos de prova são devidamente etiquetados e
identificados. No vídeo, a maneira que o profissional fala dá a entender que a
separação dos corpos de prova foi realizada logo após o teste de abatimento, o que
seria equivocado. Não é mostrado aplicação de desmoldante, o adensamento e a
etiquetação, então não podemos afirmar se esses procedimentos foram realizados
corretamente ou se foram de fato realizados.
No vídeo 4, trecho 2:12-2:30, podemos ver a organização dos corpos de
prova. Eles estão próximos ao local de descarregamento do concreto, o que torna a
logística mais simples, pois o material não tem que circular pelo canteiro para ser
moldado nem para ser levado para o laboratório. O trecho dá a entender que o
molde foi preenchido em duas camadas, mas não mostra o adensamento entre elas.
O interessante desse vídeo é que ele mostra a etiquetação e identificação dos
corpos de prova, que é essencial e deve ser feito com muita atenção e organização,
para que não ocorra equívocos e confusões entre lotes.
No caso do concreto auto adensável deve-se realizar também o teste de
espalhamento, que avalia a deformabilidade da mistura fresca sobre efeito do peso
próprio, através da velocidade e diâmetro de espalhamento. É utilizado o mesmo
cone do teste de abatimento, mas deve ser feito sobre placa metálica com
marcações que indicam a dimensão desse espalhamento. Não é necessário que o
preenchimento seja feito em etapas, o cone deve ser preenchido integralmente de
uma vez só. Após 15 segundos o topo é regularizado e o cone deve ser retirado em
velocidade uniforme, não ultrapassando 5 segundos. É cronometrado o tempo que
leva para a massa atingir a maior marcação da placa e é medido duas dimensões
do espalhamento. Com essas informações deve-se checar se os parâmetros estão
de acordo com as especificações do projeto.
No vídeo 3, trecho 1:39-1:42, é mostrado o que parece ser um teste de
espalhamento, pela forma que o concreto é depositado no cone, porém, está sendo
realizado em uma superfície de compensado de madeira, logo, inadequada. Não é
mostrado a cronometragem, nem a medição. A mistura mostrada apresenta
bastante fluidez, o que pode ser justificado pela densidade das armaduras, porém é
válido apontar que água em excesso compromete a resistência do concreto, pois a
evaporação desse excesso deixa o concreto mais poroso, logo, mais frágil.
O vídeo corta para uma imagem de uma prancheta onde podemos ler “ficha
de verificação do material (concreto usinado)” e outro papel que parece ser a nota
fiscal. Podemos então assumir que os resultados dos testes estão sendo
cuidadosamente checados com a nota fiscal, como deve ser feito.
Em sequência, vemos uma pessoa medindo a temperatura utilizando um
aparelho portátil que mede a taxa de evaporação da água do concreto com a
finalidade de controlar a fissuração superficial. Esse passo não é obrigatório, mas é
vantajoso, pois dá uma boa estimativa de quando deve ser iniciado o processo de
cura. Esse procedimento também é realizado no vídeo 1, trecho 1:21-1:25.
Ainda no vídeo 3, trecho 1:39-1:42, são retirados 2 corpos de prova em
moldes plásticos que aparentam ser um cano de PVC cortado para atender a
medida. Segundo a NBR 5738: “As laterais e a base do molde devem ser de aço ou
de outro material não absorvente, que não reaja com o cimento Portland, e
suficientemente resistentes para manter sua forma durante a operação de
moldagem”. Esse tipo de molde é uma opção barata, porém não reutilizável, além
de precisar de certos cuidados. O corte do cano deve ser feito com muita precisão
para que a forma do corpo de prova esteja de acordo. Um topo inclinado já
impossibilitaria a sua utilização em testes. Por se tratar de um material leve
necessita de mais atenção no manuseio, o ideal é firmar o molde com os pés para o
seu preenchimento. No vídeo o funcionário não está firmando o molde, mas
podemos ver que o corte foi muito bem feito. Não podemos atestar se as medidas
no molde estão de acordo. Como no outro trecho que analisamos a retirada dos
corpos de prova não é mostrado a aplicação do desmoldante, o adensamento ea
etiquetação.
2. TRANSPORTE DO CONCRETO DENTRO DA OBRA
Após os testes o concreto é deslocado pela obra para o seu local final. Nesse
relatório detalharemos três métodos diferentes pelos quais esse deslocamento se
dá: através de uma bomba lança, uma bomba estacionária e um carrinho de mão.
Os métodos devem ser escolhidos de acordo com a situação e cada um apresenta
suas vantagens e desvantagens.
● BOMBA LANÇA
Em diversos vídeos selecionados a bomba lança é o método escolhido. As
vantagens desse sistema são a alta produtividade, sendo capaz de transportar
grandes volumes de concreto em pouco tempo e a eliminação da necessidade de
outros equipamentos de transporte, já que ele é capaz de levar o concreto usinado
diretamente ao seu local definitivo, tornando a obra mais limpa e organizada e
necessitando de menos mão de obra. A bomba lança também minimiza os efeitos
da segregação e da exsudação, já que dispensa depósitos intermediários, ajudando
o concreto a manter sua coesão.
Para exemplificar a utilização de bomba lança separamos trechos do vídeo 3.
O vídeo retrata a concretagem do bloco central de um edifício residencial Aurora
Exclusive Home, de 52 andares, que é considerado um dos mais esbeltos do Brasil.
Podemos ver que é uma obra de grande porte e complexidade, e necessitou de
muito planejamento e organização. Foram utilizados 2.227 m ³ de concreto e o
processo se estendeu por apenas dois dias, prazo só pode ser atingido com a
utilização da bomba lança, que pode concretar até 45 m³ por hora.
No trecho 0:45-1:00, temos uma vista aérea do canteiro que permite que
vejamos o seu layout. A bomba lança é acoplada em um chassi de caminhão e o
mesmo é erguido do chão por quatro patolas para liberar os pneus da pressão de
reação advinda do bombeamento. Isso toma bastante espaço e em alguns casos
pode até necessitar tomar parte do passeio público.
O canteiro apresenta uma boa organização. As duas bombas lança que estão
sendo utilizadas conseguiram ser comportadas dentro do canteiro por conta dos
grandes recuos de cada lado do terreno que se estende por uma quadra, ligando
duas ruas. Em uma delas há dois caminhões betoneira depositando concreto ao
mesmo tempo, e em outra apenas um, enquanto outro caminhão aguarda em uma
faixa da via reservada para a obra, o que mostra que houve um bom planejamento
prévio para manter o passo da obra. A produtividade de bombeamento depende da
descarga dos caminhões, então pode-se assumir que a que está recebendo material
de dois caminhões está com um fluxo maior.
No próximo trecho 1:27-1:34, podemos ver o operário que controla o mastro
distribuidor articulado em 4 partes e mais dois operários conduzindo a mangueira de
borracha na ponta, o que é ideal pois é um trabalho bastante cansativo,
principalmente se feito individualmente.
A escolha do sistema de bomba lança para esse caso é muito adequada,
devido ao grande volume de concreto que teve que ser empregado. O método foi
utilizado de maneira organizada e correta.
● BOMBA ESTACIONÁRIA
A bomba estacionária é um equipamento bem mais compacto que a bomba
lança (ocupa menos espaço no canteiro de obra) e permite transportar o concreto
para alturas muito superiores. O alcance da bomba é determinado pela dimensão da
tubulação metálica que vai ser utilizada, que pode ser emendada conforme a
necessidade. A bomba estacionária também dispensa depósitos intermediários,
permitindo que o concreto mantenha sua coesão.
Tem praticamente a mesma produtividade que a bomba lança, que também
depende da descarga dos caminhões, porém, por não ter mastro distribuidor,
mobiliza mais mão de obra. O vídeo 5 foi selecionado para apresentar a bomba
estacionária em ação pois é um exemplo de situação em que o sistema deve ser
utilizado.
No trecho 1:25-2:05, é mostrada a altura onde a concretagem está sendo
feita. Trata-se do último pavimento de uma edificação de 81 andares,
aproximadamente 280 metros de altura. Nesses casos a bomba estacionária se
torna essencial. Podemos observar que a tubulação está atravessando os
pavimentos por um lugar reservado no meio, permitindo que a ponta flexível de
borracha seja manipulada pelos operários chegando em todo os cantos que
necessitam ser concretados. Isso mostra um bom planejamento e organização.
Percebemos que estão sendo utilizadas cordas amarradas formando uma
espécie de “alça” para facilitar o manuseio, tornando mais prático e fácil de
movimentar e guiar a ponta de borracha. Aqui também temos a comprovação do
que apontamos anteriormente, há pelo menos 6 pessoas fazendo esse manuseio,
em oposição das 3 que guiavam a bomba lança (o que controla o mastro e os dois
que controlam a ponta).
No vídeo 4, trecho 1:39-2:10, temos a perspectiva da bomba no pavimento
térreo. É mostrado o caminhão betoneira despejando o concreto diretamente na
bomba estacionária, que está localizada em via pública, de maneira correta. É
interessante também ver a tubulação passando pela obra e outro ângulo de como
ela atravessa os pavimentos, com um local previamente organizado para isso, como
deve ser.
● CARRINHO DE MÃO
Os carrinhos de mão e giricas são opções manuais de transporte do
concreto, logo necessitam de mais mão de obra, porém são menos custosos por
conta da economia de equipamentos mais elaborados. São utilizados em obras de
menor porte, por ser uma forma pouco eficaz e sujeita a diversos percalços e
problemas.
Escolhemos o vídeo 6 para mostrar esse sistema como um exemplo negativo
de emprego dele. Apesar de ter alguns pontos positivos, como um percurso curto e
a utilização de roda de borracha para diminuir a trepidação, ainda vemos diversas
práticas prejudiciais à qualidade do concerto. O carrinho passa por uma área
bastante inclinada e com muitas irregularidades, sem nenhuma passadeira ou
caminho apoiado. Isso pode causar tanto tombamento do carrinho quanto
segregação do material.
Outro fator que pode causar segregação é a maneira como o conteúdo é
despejado na forma. Ele é jogado em queda livre sem auxílio de um tubo. A
segregação causa perda de coesão e diminui a resistência mecânica, portanto deve
ser evitada ao máximo.
3. LANÇAMENTO DO CONCRETO NAS FORMAS
A descarga do concreto nas formas deve ser feito de modo que não haja
segregação dos componentes, sendo necessário, assim, um cuidado especial
principalmente na concretagem de elementos verticais, como pilares. Para isso, é
preciso restringir a altura de lançamento (uma vez que a queda não deve ser
superior a 1,5m), o que pode ser feito com um tubo flexível. Deste modo, com uma
girica ou carrinho de mão, despeja-se o concreto no tubo, o qual o conduz até a
base da forma de maneira apropriada. No caso de concreto usinado, a mangueira
deve ser posicionada na base.
O preenchimento deve ser feito em camadas, sendo a primeira com 30cm de
altura e as seguintes com altura igual a ¾ do tamanho da agulha do vibrador, para
que haja a vibração adequada, evitando bicheiras e ninhos de concretagem.
Também, em superfícies planas, como lajes, é fundamental que o concreto
seja lançado de maneira uniforme, evitando concentrações ou escassez, o que pode
provocar aprisionamento de ar ou exceder a capacidade de carga do escoramento.
Posto isso, ao analisar a concretagem de laje no vídeo 3, trecho 3:10-3:20,
observa-se o lançamento do concreto com bomba lança e um dos operários
segurando e guiando o mangote, para que a concretagem seja feita de maneira
uniforme, sem áreas de concentração de material. Ao lado, é possível notar a
presença de outro funcionário, o qual faz a vibração do concreto lançado - etapa
detalhada no tópico 4. No trecho 3:16-3:18, do mesmo vídeo, nota-se a presença
de operários que auxiliam no nivelamento do concreto logo após o lançamento,
dando um acabamento superficial (desempenamento). Também, pelos cortes, não é
possível dizer se a concretagem da laje em questão ocorreu toda no mesmo dia, o
que evitaria juntas de concretagem.
O vídeo 10, trecho 0:04-0:50, retrata uma situação similar, de uma obra de
grande porte, na qual o concretoé lançado na forma por meio de uma bomba lança,
porém o funcionário apenas observa ao lado, sem guiar o mangote. Um pouco mais
distante, no canto direito, observa-se outro operário fazendo a vibração do concreto
já depositado com um vibrador de imersão, com o equipamento suspenso nas
costas, logo, o procedimento - detalhado no próximo tópico - está sendo feito de
maneira ideal. Por se tratar de uma laje espessa, o mangote fica na mesma região
por um tempo considerável, mas sempre em movimento, até que se atinja um bom
nível, não havendo, desse modo, concentração de material.
Ao longo do primeiro minuto do vídeo 7, há a concretagem de um pilar,
porém de maneira errônea, uma vez que o mangote não está posicionado próximo à
base e não observa-se a presença de um tubo flexível para conduzir o concreto,
sendo esse jogado em queda livre, assim como no vídeo 6, trecho 0:02-0:08,
citado anteriormente. Também, não há a concretagem em camadas para que se
faça o adensamento adequadamente, sendo feito apenas no final do processo.
4. ADENSAMENTO DO CONCRETO
O adensamento nada mais é do que a vibração do concreto, que tem como
objetivo remover o ar aprisionado no interior da mistura, favorecer o preenchimento
das formas e o contato do concreto com a armadura, proporcionando maior
aderência. Para isso, a vibração pode ser feita com mesa vibratória (pré-moldados),
régua vibratória (grandes superfícies horizontais), vibradores de parede (paredes)
ou vibradores de imersão (lajes e pilares - o mais usado), e é importante que ocorra
logo após o concreto ser lançado, sendo assim, as atividades de lançamento e
adensamento devem acontecer de forma simultânea.
O tempo de vibração varia de acordo com a trabalhabilidade do concreto.
Quanto mais plástica for a mistura, menor será o tempo necessário.
Quando a vibração é feita com agulha, deve-se retirá-la e inseri-la
novamente, sempre na vertical, e nunca arrastá-la.
Ao analisar o vídeo 8, trecho 4:40-4:45, é possível observar que a vibração
não foi feita em conjunto com o lançamento do concreto e, também, que o operário
no canto direito do vídeo deveria estar segurando o equipamento de vibração, para
evitar o haja contato com a armadura e a consequente propagação da vibração para
regiões já adensadas, o que pode provocar segregação e exsudação do concreto.
Diferente do que ocorre no vídeo 9, trecho 0:00-0:24, no qual nota-se, no canto
superior esquerdo, a presença de um funcionário suspendendo o equipamento,
assim como a mangueira. Entretanto, durante o trecho 0:13-0:21, o operário inclina
a agulha para auxiliar no preenchimento, o que não é recomendado, porém, no
começo, faz o manuseio de forma correta, colocando a agulha verticalmente e entre
as armaduras.
No vídeo 10, trecho 0:58-1:14 e 2:22-2:47, percebe-se o grande trabalho em
equipe que ocorre, no qual um operário guia o mangote para o lançamento do
concreto, ao lado, outro faz a vibração, suspendendo o equipamento nas costas, de
maneira correta, porém, inclinando a agulha de vibração, o que é errado. Ainda, dois
funcionários auxiliam no espalhamento do concreto enquanto outros dois fazem o
nivelamento superficial com uma régua apoiada sobre guias, as quais outro operário
segura com os pés, não sendo adequado.
O vídeo 11, trecho 5:22-6:02, traz o exemplo de adensamento por régua
vibratória. Entretanto, alguns erros são cometidos, como a vibração sem um
planejamento, pois o operário posiciona a régua numa região sem qualquer critério
e, depois, a movimenta em diferentes direções, adensando locais já vibrados
anteriormente, podendo causar prejuízo à resistência devido à segregação e
exsudação.
5. NIVELAMENTO E ACABAMENTO SUPERFICIAL DO ELEMENTO
CONCRETADO
O nivelamento é uma parte fundamental para uma boa execução de
elementos concretados, bem como para seu acabamento. Utilizamos como guias os
elementos adjacentes à peça a ser concretada, tal como as laterais das formas, os
guias de nivelamento e as taliscas. Por este motivo, todos esses elementos devem
ser corretamente nivelados e posicionados previamente. É importante frisar que o
nivelamento e o acabamento devem ser feitos ainda na fase plástica do concreto.
No vídeo 12, trecho 0:00-0:10, pode se observar que nessa obra foi
escolhido para realizar o sarrafeamento uma régua de metal. Observando o vídeo,
nota-se que faltam as guias que mantêm o nivelamento correto da laje. Por este
motivo podemos considerar que a execução deste nivelamento da não está correta,
já que a falta das mestras pode prejudicar diretamente na execução das peças de
concreto.
No vídeo 13, trecho 0:57-2:00, podemos ver que o processo é realizado de
forma correta. Nesse vídeo é possível perceber que se trata de uma grande obra,
com uma equipe bastante grande para realizar a atividade, facilitando assim sua
execução. No vídeo percebe-se que se cumprem os requisitos desta etapa, que é
executada em pilares e lajes. É retirado todo o excesso de concreto, mantendo a
superfície uniforme. É possível observar a utilização correta das guias, onde se
apoiam as réguas para que o nível seja parelho em todos os pontos da laje. Esse é
o ponto crucial da etapa, já que uma laje mal nivelada pode apresentar rachaduras e
fissuras, além de pontos sensíveis na estrutura. Nessa obra foi utilizado
conjuntamente uma régua de madeira e uma régua metálica, sendo as duas
utilizadas em sentidos opostos. Além disso, outro ponto correto é que depois do
sarrafeamento é utilizada a desempenadeira manual para realizar o melhor
acabamento da peça. Além disso, no vídeo 14, trecho 0:10-1:20 é possível ver a
utilização de uma alisadora elétrica, que pode atingir um nível de alisamento do
concreto ainda maior que a desempenadeira manual, e que é bastante importante
em peças que pretendem ser mantidas à mostra.
6. CURA
Para que uma estrutura seja durável ela não deve possuir rachaduras. Um
dos principais problemas no concreto é o desenvolvimento de fissuras de
encolhimento. Isso pode ser evitado através do processo de cura, que consiste em
manter o concreto úmido enquanto ele endurece.
No vídeo 15, trecho 0:06-0:20, pode-se perceber que optou-se por manter a
umidade da peça através da molhagem com uma mangueira. Existe um sério
problema nesse método, considerando que dessa forma a evaporação acontece
muito rapidamente, o que acaba prejudicando o umedecimento constante e
uniforme. É possível observar no vídeo diversos pontos em que o concreto está
seco. Essa situação faz com que, mesmo com o umedecimento, a evaporação
natural acarreta na retração, e como o concreto ainda ainda não possui capacidade
de suportar, gerando fissuras. Por esse motivo, se optado por manter o
umedecimento apenas com a mangueira, é necessário que se mantenha uma
molhagem constante e uniforme.
No vídeo 16, trecho 2:20-2:40, é proposto um método para que a
evaporação não ocorra tão rapidamente, onde a laje foi inundada com uma lâmina
de água de altura de 6cm. Dessa forma, se garante que ainda com a evaporação
natural, a peça fique em constante contato com a água garantindo a umidade
durante todo o processo de cura. Dessa forma também diminui a quantidade de
vezes que se faz necessário molhar novamente a peça.
No vídeo 17, trecho 0:25-1:00, é possível ver como se resolve o problema
de manter a umidade constante em peças verticais ou que não tenham uma
superfície grande o suficiente para serem alagadas. Através da molhagem de
tecidos postos nessas superfícies, se garante que a água não evapore nem escorra
tão rapidamente. A umidade presa no tecido garante a umidade dessas peças em
que são postos. Já no trecho 1:11-1:20, é possível perceber que a forma correta de
fazer a cura global de uma obra é combinando o método de alagamento com o
método dos tecidos, dessa forma garantindo que cada peça tenha uma cura
adequada, garantindo a integridade mecânica da estrutura como um todo.
REFERÊNCIAS
VÍDEO 1: CONDIÇÕES DE ACEITAÇÃO DO CONCRETO USINADO
“Timelapse Concretagem New York Apartments- EMBRAED Empreendimentos”-
EMBRAED Empreendimentos
Link paraacesso: https://www.youtube.com/watch?v=dbKQiPtAMcQ&t=54s
VÍDEO 2: CONDIÇÕES DE ACEITAÇÃO DO CONCRETO USINADO
“Diário de obra: a concretagem”- Construtora Monte Bello
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=mieNLbeKwgY
VÍDEO 3: CONDIÇÕES DE ACEITAÇÃO DO CONCRETO USINADO,
TRANSPORTE DO CONCRETO DENTRO DA OBRA, LANÇAMENTO DO
CONCRETO NAS FORMAS
“Concretagem Aurora Exclusive Home- Balneário Camboriú”- EMBRAED
Empreendimentos
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=4Pdx3K8pupQ&t=50s
VÍDEO 4: CONDIÇÕES DE ACEITAÇÃO DO CONCRETO USINADO,
TRANSPORTE DO CONCRETO DENTRO DA OBRA
“A CURA DO CONCRETO- EP.9- DIÁRIO DE OBRA”- Construtora Monte Bello
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=OGznWAvM2to
VÍDEO 5: TRANSPORTE DO CONCRETO DENTRO DA OBRA
“heliponto yatchouse concretagem”- grua operações 100% seguro
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=Jn5VGBF1q5I
VÍDEO 6:TRANSPORTE DO CONCRETO DENTRO DA OBRA, LANÇAMENTO DO
CONCRETO NAS FORMAS
“Edifício Costa Blanca, concretagem, Marília-SP, 30-03-2012”- SilvioBazzo
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=tu5WDA5oH9E
VÍDEO 7: LANÇAMENTO DO CONCRETO NAS FORMAS
“Concretagem de pilar com bomba lança” - VM Engenharia
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=pLJOl8Ovfk8
VÍDEO 8: ADENSAMENTO DO CONCRETO
“Ready mix concrete process” - Marcelino Jr. de Peralta
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=IKpcyW0L1dU
VÍDEO 9: ADENSAMENTO DO CONCRETO
https://www.youtube.com/watch?v=dbKQiPtAMcQ&t=54s
https://www.youtube.com/watch?v=mieNLbeKwgY
https://www.youtube.com/watch?v=4Pdx3K8pupQ&t=50s
https://www.youtube.com/watch?v=OGznWAvM2to
https://www.youtube.com/watch?v=Jn5VGBF1q5I
https://www.youtube.com/watch?v=tu5WDA5oH9E
https://www.youtube.com/watch?v=pLJOl8Ovfk8
https://www.youtube.com/watch?v=IKpcyW0L1dU
“Vibrador de Concreto Wacker Neuson serie IRFU” - Genticenter-Generac
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=DsR6HrFn-cs
VÍDEO 10: ADENSAMENTO DO CONCRETO
“Medley of concrete-pumping clips” - Hospital Construction
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=b9iDvyTVZ3k
VÍDEO 11: ADENSAMENTO DO CONCRETO
“Concretagem com régua vibratória e nivelamento a laser” -
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=2CesWkXoCrA
VIDEO 12: NIVELAMENTO E ACABAMENTO SUPERFICIAL DO ELEMENTO
CONCRETADO
“Como é a execução da concretagem de uma laje”- PÉ NO BARRO ENGENHARIA
Link para acesso:
https://www.youtube.com/watch?v=BBWYzZDjpuc&lc=UgxZAJHyesTFiYPYqTJ4AaA
BAg.9LIC-mso70R9LJZ80IoOBG%3E
VÍDEO 13: NIVELAMENTO E ACABAMENTO SUPERFICIAL DO ELEMENTO
CONCRETADO
“Concrete pour and finishing, construction of GOOGLE office building in Seattle”-
Local 528 Cement Masons & Plasterers
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=4aqeLCngEKU&t=16s
VÍDEO 14: NIVELAMENTO E ACABAMENTO SUPERFICIAL DO ELEMENTO
CONCRETADO
“Alisadora Acabadora de Piso de Concreto PT 36 | Petrotec Equipamentos para
Construção”- Prototrec Equipamentos
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=JtisxF4YolY
VÍDEO 15: CURA DO CONCRETO
“Como fica o acabamento da laje depois de cheia e a cura térmica”- Pé no Barro
Engenharia
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=_SKAJ9PMmLk
VÍDEO 16: CURA DO CONCRETO
“cura de laje da forma correta”- CJ CONSTRUÇÕES
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=uq--IiA0dC0
VÍDEO 17: CURA DO CONCRETO
“Curing” - UltraTech Cement
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=3j1W_rHbVIg
https://www.youtube.com/watch?v=DsR6HrFn-cs
https://www.youtube.com/watch?v=b9iDvyTVZ3k
https://www.youtube.com/watch?v=2CesWkXoCrA
https://www.youtube.com/watch?v=BBWYzZDjpuc&lc=UgxZAJHyesTFiYPYqTJ4AaABAg.9LIC-mso70R9LJZ80IoOBG%3E
https://www.youtube.com/watch?v=BBWYzZDjpuc&lc=UgxZAJHyesTFiYPYqTJ4AaABAg.9LIC-mso70R9LJZ80IoOBG%3E
https://www.youtube.com/watch?v=4aqeLCngEKU&t=16s
https://www.youtube.com/watch?v=JtisxF4YolY
https://www.youtube.com/watch?v=_SKAJ9PMmLk
https://www.youtube.com/watch?v=uq--IiA0dC0
https://www.youtube.com/watch?v=3j1W_rHbVIg