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Acetilcolina 1 Acetilcolina Caracterização Básica A acetilcolina é um neurotransmissor formado por pequenas moléculas. Foi o primeiro a ser descoberto, em 1921 e é o neurotransmissor que mais foi estudado até então. Ela se apresenta em diversas regiões do SNP e SNC, e nas junções neuromusculares, onde promove a contração do músculo. Ela pode possuir atuação inibitória ou excitatória a depender dos receptores da região em que atua. Produção e atuação na sinapse e processo de recaptação: Vai ser sintetizada nos neurônios pré-sinápticos, na parte do terminal axonal. A Ach é produzida dentro de um neurônio colinérgico, onde ocorre ligação de uma molécula de colina e de um grupo acetato doado por uma molécula de acetil-coa proveniente normalmente da mitocôndria isso é feito na presença da enzima Colina Acetil Transferase. A ACh é sintetizada e, então, armazenada em vesículas dentro do próprio neurônio para ser liberada posteriormente caso haja um estímulo. Esse estímulo acontece após um impulso nervoso nessa célula, que estimula a abertura dos canais de cálcio com a entrada do cálcio dentro região terminal do axônio, que vai acelerar a fusão das vesículas que estão ali dentro com a membrana plasmática do axônio e vai permitir a liberação do neurotransmissor. Após liberada, a acetilcolina é degradada por uma enzima chamada de Acetilcolinesterase, que vai vir do tecido conjuntivo na região de sinapse e ficar preparada na membrana do neurônio pós-sináptico. Ela vai promover sua hidrólise em ácido acético e colina, o que vai evitar que a acetilcolina continue agindo constantemente nessa junção e ocasionando múltiplos impulsos nervosos em sequência. A colina que foi produto dessa degradação vai retornar ao neurônio pré-sináptico através de um Co transportador de Na+ para ser reutilizada na fabricação da ACh. Dois tipos de receptores de acetilcolina: 1. Muscarínico – São metabotrópicos, ou seja, de ação indireta unida pela proteína G e possuem 5 tipos (M1 a M5). A ação que eles exercem é Acetilcolina 2 dependente da região em que se localizam. A muscarina é um agonista desses receptores e mimetiza a ação da acetilcolina. M1, M3 e M5 – Receptor de Ação Excitatória, acoplados pela proteína Gq/11, Ativam fosfolipase C(PLC), que vai provocar o aumento na quantidade de Ca++ e estimulando a estrutura. M2/M4 - Proteína Gi/0, de ação Inibitória. Atuam pela inibição da Adenil ciclase. Atuam abrindo canais de K+, que levam esses íons para fora da célula e hiper polarizam ela, inibindo a ativação dos canais de cálcio, que promoveriam a exocitose das vesículas contendo os neurotransmissores ou, no caso do músculo cardíaco. M1- Estômago, gânglios autônomos e SNC. Fecha canal de K+, Aumentando o cálcio, promovendo excitação. M2 – Músculo Cardíaco – Abre Canais de K+, que levam os íons para fora da célula e hiperpolarizam ela, inibindo a ativação de canais de Ca++, inibitório a ação no músculo cardíaco M3- Músculo Liso e Glândulas – Excitatório M4 – SNC- Inibitório no neurônio pré-sináptico pelo sistema de hiperpolarização com saída do K+, que não permite a ação dos canais de Ca++ voltagem dependentes. M5- SNC - Excitatório 2. Nicotínico – São ionotrópicos, ou seja, de ação direta. Divididos em neuronais (N1) e musculares (N2). A ligação de duas moléculas de ACh a um nAChR desencadeia mudança na conformação do receptor, criando um poro seletivo para cátions monovalentes através da membrana celular. Igualmente permeáveis aos íons K+ e Na+, mas como o Na+ está muito mais distante do seu equilíbrio, ele é o que mais atravessa o canal, entrando na célula, despolarizando-a e gerando a condução inicial do impulso nervoso. Também permitem a passagem de Ca++, que pode ativar outros processos fisiológicos dentro da membrana. A nicotina é o principal agonista desses receptores e mimetiza a ação da ACh. Nicotina É encontrado nas folhas secas do tabaco. Acetilcolina 3 Quando atinge o cérebro, ela promove estímulos ao centro de prazer e gratificação Estimula e posteriormente bloquear os receptores nicotínicos em nível comportamental, a nicotina produz uma mistura de efeitos inibitórios e excitatórios. Em virtude deste bloqueio ocorre a síntese de mais receptores nicotínicos para suprir os que estão bloqueados, que não é permanente, assim, aumenta o número de receptores (principalmente no cérebro) levando à tolerância e aos fenômenos da abstinência. A nicotina também provoca a liberação de noradrenalina e adrenalina e aumenta a quantidade do neurotransmissor dopamina, o que reforça o seu próprio consumo. Outro fenômeno que ocorre com o uso da nicotina é a retenção de fluidos e constrição dos vasos sanguíneos, mediados pelo hormônio Vasopressina, liberado pela ação da nicotina no SNC. O uso da nicotina ocasiona: 1. Aumento da pressão arterial 2. Aumento da frequência de pulso 3. Constrição dos vasos sanguíneos Os efeitos no SNC, que tornam a nicotina uma droga tão desejada, incluem: 1. Diminuição da fome 2. Diminuição do cansaço 3. Diminuição da ansiedade e do tédio 4. Promoção momentânea de uma melhora da capacidade física e do raciocínio. Efeitos adicionais da nicotina tanto no SNC como fora dele devem- se à liberação de outros neurotransmissores e hormônios. Os efeitos dessa droga fora do SNC estão relacionados ao sistema nervoso periférico, que inclui os nervos motores para os músculos do esqueleto e dois grupos de nervos: os simpáticos e os parassimpáticos que controlam sistemas como o coração, os vasos sanguíneos e várias glândulas. Os nervos do simpático aumentam a Acetilcolina 4 velocidade do coração enquanto os do parassimpático a reduzem. Com relação ao sistema motor, a acetilcolina é o neurotransmissor.
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