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@pequenamedicina 2º período @pequenamedicina toxoplasmose TAXONOMIA Filo: Apicomplexa Gênero: Toxoplasma Espécie: T. gondii FORMAS INFECTANTES TAQUIZOÍTOS Forma infectante ativa metabolicamente Encontrado na fase aguda da infecção Forma ploriferativa Podem ploriferar em células nucleadas e dentro do vacúolo parasitóforo Após se dividir: assume a forma de roseta Pouco resistentes a pH gástrico Atravessa a barreira transplacentária e hemato-encefálica MORFOLOGIA O apicoplasto faz com que ele sobreviva intracelularmente Micronemas: reconhecimento e adesão Roptrias: penetração Grânulos densos: remodelação do vacúolo parasitóforo para sobrevida do parasito Neutrófilo invadido por um taquizoíto Taquizoítos no vacúolo parasitóforo após a divisão endodiogênica @pequenamedicina 2º período @pequenamedicina BRADIZOÍTOS Fase crônica, metabolicamente inativos Encontrados dentro do vacúolo parasitóforo das células dos tecidos muscular esquelético, cardíaco, nervoso e retiniano Formam cistos: forma de resistência Multiplicação lenta dentro do cisto por endodiogenia que mantem a latência Permanecem viáveis nos tecidos por anos Altamente infectates quando consumidos Cistos teciduais: bradizoíto dentro dos cistos encontrados em tecidos OOCISTO Forma de resistência a fatores externos Não é infeccioso antes da esporulação Produzidos no intestino de felídeos Presentes nas fezes de gatos 3-5 dias após a ingestão de cistos teciduais Gatos não eliminam oocistos a vida inteira, apenas por 15 dias CICLO BIOLÓGICO FASE ASSEXUADA – HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO 1 – Ocorre a ingestão de oocitos esporulados contendo esporozoitos, merozoitos e bradizoítos, que adentram o trato gastro intestinal 2 – Ocorre diferenciação para taquizoitos @pequenamedicina 2º período @pequenamedicina 3 - Os taquizoitos sofrem grande multiplicação intracelular e invadem vários tipos de células formando um vacúolo parasitóforo 4 – Fase ploriferativa ou aguda: no vacúolo, sofrem divisões sucessivas por endodiogenia, formando novos taquizoitos 5 - Após a divisão no vacúolo, eles saem do vacúolo e da célula hospedeira atingindo diferentes órgãos 6 – Com o aparecimento da imunidade, os taquizoitos são eliminados no sangue, ocorrendo diminuição de parasitismo 7 – Fase cística ou crônica: alguns parasitos se diferenciam em bradizoítos nos cistos teciduais, para a formação de novos cistos FASE SEXUADA – HOSPEDEIRO DEFINITIVO 1 – Após a ingestão de cistos, oocistos ou taquizoitos, os parasitos liberados no estômago penetram nas células do epitélio intestinal do gato e sofrerão um processo de multiplicação por merogonia, dando origem a vários merozoítos 2 – O conjunto de merozoítos formados dentro do vacúolo parasitóforo é denominado esquizonte maduro 3 – O rompimento da célula parasitada libera os merozoítos que penetrarão em novas células epiteliais e se transformarão nas formas sexuadas masculinas ou femininas por gametogonia 4 – O macrogameta (feminino) permanecerá dentro de uma célula epitelial, enquanto os microgametas (masculino) móveis sairão de sua célula e irão fecundar o macrogameta, formando o zigoto 5 – O zigoto evoluirá dentro do epitélio, dando origem ao oocisto imaturo 6 – A célula epitelial sofrerá rompimento liberando o oocisto imaturo 7 – O oocisto imaturo alcançará o meio ambiente juntamente com as fezes 8 – A maturação do oocisto no meio extracelular ocorrerá por esporogonia, e apresentará dois esporocistos, cada um contendo quatro esporozoítos @pequenamedicina 2º período @pequenamedicina TRANSMISSÃO FECAL-ORAL Ingestão de oocistos maduros (contendo esporozoitos) eliminados pelas fezes de gatos ou de outros felinos CARNIVORISMO Ingestão de cistos contendo bradizoítos presentes em carne crua ou mal passada TRANSPLACENTÁRIA Taquizoítos na fase aguda, ou rompimento de cistos presentes no endométrio (ação mecânica) PATOGENIA 90% assintomático e 10% sintomático FATORES PREDISPONENTES Estado imunológico do hospedeiro Quantidade ingerida de oocistos Genética do parazito Idade gestacional da paciente grávida, ou seja, do tempo de gestação Condições socioeconômicas FORMAS DE TOXOPLASMOSE CONGÊNITA OU PRÉ-NATAL A gravidade da doença é inversamente proporcional com relação a idade gestacional Uma das formas mais graves da doença Coriorretinite (90% dos casos): problemas oculares Calcificações cerebrais (69%) Perturbações neurológicas: retardamento psicomotor (60%) Micro ou macrocefalia (50%) Outras possíveis manifestações clínicas são: epilepsia, anemia, rash cutâneo, icterícia, encefalite Primeiro trimestre: aborto Segundo trimestre: aborto, nascimento prematuro, perturbações neurológicas Terceiro trimestre: criança pode nascer normal, assintomática ou apresentar doença após o parto @pequenamedicina 2º período @pequenamedicina Deve-se evitar o consumo de carne crua ou mal passada, além de evitar contato com fezes de gatos PÓS-NATAL Depende da localização do parasito Ganglionar ou febril aguda Cerebro-espinhal ou meningoencefálica Ocular DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLOGIA Parasita intracelular obrigatório Distribuição mundial Prevalência alta OMS estima que 50-60% da população mundial esteja infectada Reservatórios naturais: mamíferos e aves Infecta quase todos os tipos de células nucleadas Hospedeiro definitivo: gato doméstico e outros felídeos Tem caráter oportunista em pacientes imunocomprometidos Estima-se que a prevalência de infecção crônica varie de 10-75% na população de diversos países do mundo A maioria das pessoas não apresentam sintomas ou somente sintomas benignos (dor de cabeça, dor de garganta, linfoadenite e febre) Doença severa: A) toxoplasmose congênita (transmissão materno-fetal) B) toxoplasmose ocular em adultos imunocompetentes C) neurotoxoplasmose (perda de um sistema imune funcional) TRATAMENTO Não existe fármaco eficaz Fármacos atuam somente contra as formas proliferativas (taquizoitos) Geralmente somente se trata os casos agudos Tratamento da Toxoplasmoses Ocular Associação de Pirimetamina com sulfadiazina ou sulfadoxina @pequenamedicina 2º período @pequenamedicina PROFILAXIA Saneamento (pessoal e ambiental). Educação sanitária Evitar contato com as fezes de gatos Controle de roedores Limpeza de caixas de areia: incinerar as fezes dos gatos Não ingerir carne crua ou mal cozida Não ingerir leite cru (direto da vaca/sem pasteurizar) Higienização adequada das verduras Exame pré-natal/ Estudo de gestantes com abortos espontâneos Leishmaniose Doença que afeta o Sistema Fagocítico Mononuclear Leishamniose tegumentar: - Leishmania braziliensis - Leishmania amazonenses - Leishmania guyamensis Leishmaniose visceral: - Leishmania infantum (L. chagasi) MORFOLOGIA AMASTIGOTA Intracelular - macrófagos Forma proliferativa Reprodução binária (assexuada) Presentes no hospedeiro vertebrado Células mononucleares PROMASTIGOTA Extracelular Presentes no inseto (vetor) Forma proliferativa ou procíclica (assexuada) Promastigota metacíclico: forma infectante VETOR Flebotomíneo: fêmea (apenas ela se alimenta de sangue) @pequenamedicina 2º período @pequenamedicina Hábitos: final da tarde e amanhecer Se multiplicam perto de restos orgânicos, lixos, fezes deanimais Nome popular: mosquito palha ou birigui, tatuquira, asa dura, asa branca, etc CICLO BIOLÓGICO NO HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO NO HOSPEDEIRO DEFINITIVO FASE TEGUMENTAR EXISTEM 3 TIPOS: CUTÂNEA (LOCALIZADA) Forma mais comum de L..tegumentar Também chamada de leishmaniose tegumentar localizada Produz úlceras típicas em áreas expostas Facilmente associadas a infecção bacteriana Cura espontânea – cicatriz bem marcada Úlcera de Bauru DIFUSA Forma grave e rara Se dá em pacientes com alergia e deficiência em resposta imune celular Múltiplas nodulações não ulceradas em grande regiões cutâneas @pequenamedicina 2º período @pequenamedicina Evolução lenta Há muitos parasitas na lesão L. amazonenses CUTÂNEO – MUCOSA Lesões destrutivas localizadas nas vias aéreas superiores Pode ser secundária a lesão cutânea Destruição do tecido (resposta imune exacerbada) Há perfuração do palato e faringe havendo comprometimento da fala Comprometimento na nutrição Destruição do septo nasal Escassez de parasitas na lesão – difícil resposta terapêutica L. brasileinsis PATOGENIA Ocorre através dos histiócitos (macrófagos da pele) Amatigotas causam o processo inflamatório Forma uma pápula e posteriormente se transforma em úlcera Evolução da infecção dependerá: Da espécie da leishmania Das características intrínsecas do hospedeiro Resposta imune: controle da infecção ou estabelecimento da doença A úlcera pode ou cicatrizar espontaneamente ou após tratamento (parasitos no subcutâneo) FORMA VISCERAL Causada, em todo o mundo, por parasitos do complexo Leishmania donovani, o qual reúne duas espécies: - Leishmania (Leishmania) donovani; - Leishmania (Leishmania) infantum PATOGENIA Os macrófagos, neutrófilos e células dendríticas infectados podem se disseminar por via hematogênica ou linfática para outros órgãos @pequenamedicina 2º período @pequenamedicina Hiperplasia e hipertrofia do sistema macrofágico Esplenomegalia Anemia: desoxigenação tissular Leucopenia: infecção Plaquetas baixas: hemorragia Febre, perda de peso, etc Hepato - esfenomegalia: diminuição de albumina e gamaglobulina e aumento de bilirrubina Amastigotas afetam a pele causando lesões Fase cutânea geralmente é assintomática Parasitas nos diferentes órgãos fagocitados por macrófagos fazem multiplicação e proliferação dos macrófagos das vísceras levando ao aumento de volume dos órgãos Hipertrofia de linfonodos Na medula óssea ocorre lenta destruição do tecido hematopoiético que é substituído por macrófagos DIAGNÓSTICO TEGUMENTAR VISCERAL TRATAMENTO @pequenamedicina 2º período @pequenamedicina PROFILAXIA TEGUMENTAR Uso de Inseticida/repelentes Evitar lixo orgânico parado Evitar construções perto de matas Uso de tela mosqueteira Controle de reservatórios e animais silvestres VISCERAL Cão é o principal reservatório Vacinação para cães Coleiras repelentes Sacrificar os cães caso não tratados Casos identificados de Leishmaniose devem ser reportados ao ministério da saúde Ainda não existem vacinas para uso humano MANIFESTAÇÃO CLÍNICA Período de incubação 2-6 meses a) Assintomática b) Sintomática: fase aguda A cada uma pessoa sintomática existem 3-8 assintomáticos FASE AGUDA No início da doença: manifestações clínicas no baço, fígado, linfonodos, medula óssea Leve hepato-espelomegalia. Febre persistente e intermitente Importante diagnostico precoce FASE CRÔNICA Fadiga Anemia Palidez Dores abdominais Perda de peso Hepato-esplenomegalia
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