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Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático)- Histologia

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Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 1
⚓
Órgãos Linfáticos (Tecido 
Linfático)
Em quais categorias os órgãos linfóides são classificados? Quais órgãos 
entram nessa classificação?
Os órgãos linfóides são classificados em duas categorias:
Os órgãos linfóides primários (centrais) são responsáveis pelo 
desenvolvimento e pela maturação dos linfócitos, tornando-os células 
maduras e imunocompetentes. O fígado fetal, a medula óssea prénatal e 
pós-natal e o timo constituem os órgãos linfóides primários. 
Os órgãos linfóides secundários (periféricos) são responsáveis pelo 
ambiente adequado no qual as células imunocompetentes podem reagir 
umas com as outras, assim como com antígenos e outras células, para 
montarem uma resposta imunológica contra antígenos ou agentes 
patogênicos invasores. Os linfonodos, o baço e os tecidos linfóides 
associados às mucosas (assim como a medula óssea pós-natal) constituem 
os órgãos linfóides secundários
Timo
O que é o Timo? Quais são suas principais características?
O timo é um órgão linfóide primário que é o local de maturação dos linfócitos T.
O timo, situado no mediastino superior e se estendendo por sobre os grandes 
vasos do coração, é um pequeno órgão encapsulado composto por dois lobos. 
Os linfócitos T originados do mesoderma penetram o timo e recebem instruções 
para se tornarem imunologicamente competentes.
O timo origina-se precocemente no embrião e continua a crescer até a 
puberdade, quando pode pesar de 35 a 40 g. Após os primeiros anos de vida, o 
timo começa a involuir (atrofiar) e torna-se infiltrado por células adiposas. 
Entretanto, ele pode continuar a funcionar até mesmo em adultos idosos.
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 2
Da cápsula do timo, composta por tecido conjuntivo denso não modelado, 
partem septos que penetram os lobos subdividindo-os em lóbulos incompletos. 
Cada lóbulo é constituído por um córtex e uma medula, embora o córtex e a 
medula de lóbulos adjacentes sejam confluentes.
Quais as principais características do córtex do Timo e as suas funções?
Histologicamente, o córtex do timo tem um aspecto muito mais escuro do que a 
medula, por causa da presença de um grande número de linfócitos T (timócitos). 
As células T imunologicamente incompetentes (células progenitoras das 
linhagens de linfócitos T) deixam a medula óssea e migram para a periferia do 
córtex do timo, onde elas proliferam intensamente e são instruídas a tornarem-
se células T imunocompetentes. Além dos linfócitos, o córtex contém 
macrófagos e células reticulares epiteliais. Três tipos de células reticulares 
epiteliais estão presentes no córtex do timo(I, II e III). Estes três tipos de células 
reticulares epiteliais isolam completamente o córtex do timo e, desta maneira, 
impedem as células T em desenvolvimento de entrarem em contato com 
antígenos estranhos.
É interessante observar que 98% das células T em desenvolvimento morrem no 
córtex e são fagocitadas pelos macrófagos residentes, que são denominados 
macrófagos de corpo tingível. As células sobreviventes penetram a medula do 
timo como linfócitos T virgens e de lá (ou da junção corticomedular) são 
distribuídos para os órgãos linfóides secundários através do sistema vascular.
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 3
Quais as principais características da medula do Timo e as suas funções?
"A medula é caracterizada pela presença dos corpúsculos de Hassall. Todos os 
timócitos da medula são células T imunocompetentes"
A medula do timo cora-se muito menos intensamente do que o córtex porque 
sua população de linfócitos não é tão abundante e porque contém um grande 
número de células reticulares epiteliais derivadas do endoderma. Existem três 
tipos de células reticulares epiteliais na medula (IV, V e VI).
As células do tipo VI constituem a característica mais típica da medula do timo. 
Estas células grandes, palidamente coradas, coalescem umas em torno das 
outras, formando os corpúsculos tímicos (ou corpúsculos de Hassall) cujo 
número aumenta com a idade da pessoa. As células do tipo VI podem tornar-se 
altamente queratinizadas e até mesmo calcificadas. A função dos corpúsculos 
tímicos é desconhecida, embora eles possam ser o local de morte dos linfócitos 
T na medula.
Como é feita vascularização do Timo? E o que é a barreira hematotímica?
O timo recebe numerosas artérias pequenas, que atravessam a cápsula e são 
distribuídas por todo o órgão através das trabéculas presentes entre os lóbulos 
adjacentes. Ramos destes vasos não têm acesso direto ao córtex; em vez 
disso, das trabéculas eles penetram a junção corticomedular, onde formam 
leitos capilares que penetram no córtex. 
Os capilares do córtex são do tipo contínuo, possuem uma lâmina basal 
espessa e são revestidos por uma bainha de células reticulares epiteliais tipo I 
que forma uma barreira hematotímica. Desta maneira, as células T em 
desenvolvimento do córtex são protegidas de entrar em contato com 
macromoléculas estranhas presentes no sangue. Entretanto, as 
macromoléculas próprias do organismo podem atravessar a barreira 
hematotímica (provavelmente controlada pelas células reticulares epiteliais), 
possivelmente para eliminar aquelas células T programadas contra antígenos 
próprios. A rede de capilares corticais drena para pequenas vênulas situadas na 
medula.
As células T recém-formadas, imunologicamente incompetentes, derivadas da 
medula óssea, deixam os vasos sangüíneos na junção corticomedular e migram 
para a periferia do córtex. Quando estas células se tornam maduras, elas se 
deslocam para o córtex mais profundo e penetram a medula como células 
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 4
virgens, mas imunocompetentes. Elas deixam a medula através das veias que 
drenam o timo.
Quais as principais características histofisiológicas do Timo?
A função primária do timo é instruir as células T imunoincompetentes a 
adquirirem 
imunocompetência.
As células T em desenvolvimento proliferam intensamente no córtex, começam 
a expressar seus marcadores de superfície, e são testadas para a sua 
habilidade de reconhecer moléculas do MHC próprias e epitopos próprios.
O timo é um local de formação e de seleção de linfócitos T. Durante esse 
processo, os linfócitos proliferam ativamente, passando por diversos ciclos 
mitóticos. No entanto, mais de 95% dos linfócitos formados são eliminados por 
apoptose. São eliminados os linfócitos que não reagem a antígenos e os que 
reagem a antígenos do próprio organismo (autoantígenos). Quando persistem 
linfócitos T que reagem com autoantígenos, eles causam doenças autoimunes.
Após atravessarem a parede das vênulas pós-capilares e saírem do timo, pelo 
sangue, os linfócitos T se estabelecem em determinadas áreas de outros 
órgãos linfoides, denominados secundários ou periféricos. Essas áreas são, 
portanto, timodependentes (ricas em linfócitos T) e estão representadas 
principalmente pela zona paracortical dos linfonodos, pelas bainhas periarteriais 
da polpa branca do baço e pelo tecido linfoide frouxo situado entre os nódulos 
linfáticos das placas de Peyer e das tonsilas. O restante do tecido linfoide 
contém linfócitos B e é timoindependente.
Quais os principais hormônios que influenciam na função do Timo?
As células reticulares epiteliais do timo produzem pelo menos quatro hormônios 
que são necessários para a maturação das células T. Provavelmente estes são 
hormônios parácrinos, atuando a curta distância, embora se acredite que alguns 
sejam liberados na corrente sangüínea. Estes hormônios incluem timosina, 
timopoetina, timulina e o fator tímico humoral, e eles facilitam a proliferação das 
células T e a expressão de seus marcadores de superfície. Além disso, 
hormônios provenientes de fontes extratímicas, especialmente das gônadas, 
hipófise, tireóide e supra-renal, influenciam a maturação das células T. Os 
efeitos mais potentes são causados por adrenocorticosteróides, os quais 
diminuem o número de células T no córtex do timo; tiroxina, a qual estimula as 
células reticularesepiteliais corticais a aumentarem a produção de timulina; e 
somatotrofina, que promove o desenvolvimento de células T no córtex do timo.
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 5
O que é a síndrome de DiGeorge?
A incapacidade congênita do timo de se desenvolver é denominada síndrome 
de DiGeorge. Os pacientes com esta doença não são capazes de produzir 
células T. Por este motivo, a resposta imunológica de base celular não é 
funcional, e estes pacientes morrem com pouca idade por causa de infecção. 
Como estes pacientes também não possuem as glândulas paratireóides, a 
morte também pode ser causada por tetania (distúrbio caracterizado por 
contrações musculares tônicas intermitentes, acompanhadas de tremores, 
paralisias e dores musculares, devido a problemas gastrintestinais ou à 
deficiência de sais de cálcio.)
Linfonodos 
O que são os linfonodos e quais são suas principais características?
Os linfonodos são pequenos órgãos encapsulados e ovais, interpostos no 
trajeto dos vasos linfáticos, que servem como filtros para a remoção de 
bactérias e outras substâncias estranhas.
Os linfonodos estão localizados em várias regiões do corpo, mas são mais 
freqüentes no pescoço, nas axilas, nas virilhas, ao longo dos grandes vasos e 
nas cavidades do corpo. Seu parênquima é constituído por coleções de 
linfócitos T e B, APCs e macrófagos. Estas células linfóides reagem à presença 
de antígenos através da montagem de uma resposta imunológica na qual 
macrófagos fagocitam bactérias e outros microrganismos que chegam ao 
linfonodo através da linfa. Cada linfonodo é um órgão macio, relativamente 
pequeno, com menos de 3 cm de diâmetro, e que tem uma cápsula de tecido 
conjuntivo fibroso, geralmente envolvida por tecido adiposo. Ele tem uma 
superfície convexa perfurada pelos vasos linfáticos aferentes, dotados de 
valvas, que garantem que a linfa vinda dos vasos entre no linfonodo. A 
superfície côncava do linfonodo, o hilo, é o local em que as artérias e as veias 
entram e saem do linfonodo. Além disso, a linfa sai do linfonodo através dos 
vasos linfáticos eferentes, que também estão localizados no hilo. Os vasos 
linfáticos eferentes têm valvas que previnem o refluxo da linfa para o linfonodo.
Na presença de antígenos ou bactérias, os linfócitos do linfonodo proliferam 
rapidamente e o linfonodo pode aumentar várias vezes seu tamanho normal, 
tornando-se duro e palpável ao toque.
Como os linfonodos são subdivididos histologicamente?
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 6
Histologicamente, o linfonodo é subdividido em três regiões: córtex, paracórtex 
e medula. Todas as três regiões têm abundantes espaços dilatados revestidos 
por células reticulares, que formam um revestimento semelhante a um 
endotélio, através dos quais a linfa circula; estes espaços são caracterizados 
como os seios do linfonodo.
Quais as principais características do córtex do linfonodo?
O córtex do linfonodo é subdividido em compartimentos que abrigam nódulos 
linfóides primários e secundários, ricos em linfócitos B.
A cápsula, constituída por tecido conjuntivo denso não modelado, envia 
trabéculas para o tecido linfóide do linfonodo, subdividindo a região externa do 
córtex em compartimentos incompletos, que se estendem até as proximidades 
do hilo. A cápsula é mais espessa no hilo, e à medida que os vasos que entram 
no parênquima do linfonodo, eles vão sendo revestidos por uma bainha de 
tecido conjuntivo derivado da cápsula.
Os vasos linfáticos aferentes perfuram a superfície convexa da cápsula do 
linfonodo e lançam a linfa no seio subcapsular, que está localizado logo abaixo 
da cápsula. Este seio é contínuo com os seios corticais (seios peritrabeculares 
ou corticais), que são paralelos às trabéculas, e destes a linfa vai para os seios 
medulares, e finalmente entra nos vasos linfáticos eferentes. Estes seios são 
formados por tecido linfonóide frouxo, que possuem uma rede de células 
reticulares estreladas cujos prolongamentos estão em contato com os de outras 
células e um revestimento semelhante a um endotélio. Os macrófagos, ligados 
às células reticulares estreladas, fagocitam avidamente partículas estranhas. 
Além disso, as células linfóides podem entrar ou sair dos seios passando por 
entre as células reticulares que os revestem
O que são os Nódulos ou Folículos Linfóides? Quais são as suas 
principais características e funções?
Existem dois tipos de nódulos linfóides: primário e secundário. Os nódulos 
linfóides 
secundários possuem um centro germinativo.
Os compartimentos incompletos dentro do córtex contêm nódulos linfóides 
primários, os quais são agregados esféricos de linfócitos B (tanto células B 
virgens quanto células B de memória) que estão em processo de entrada ou 
saída do linfonodo. Freqüentemente, os centros dos nódulos linfóides são mais 
palidamente corados e contêm os centros germinativos, e estes nódulos 
linfóides são então denominados nódulos linfóides secundários. Os nódulos 
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 7
linfóides secundários formam-se somente em resposta a um estímulo 
antigênico; acredita-se que eles sejam locais onde são gerados os linfócitos B 
de memória e os plasmócitos.
A região do nódulo linfóide periférica ao centro germinativo é constituída por um 
acúmulo denso de pequenos linfócitos que estão migrando do seu local de 
origem dentro do centro germinativo. Esta região periférica é denominada coroa 
(ou manto).
Os centros germinativos apresentam três zonas: uma zona escura, uma zona 
basal clara e uma zona apical clara. A zona escura é o local de intensa 
proliferação das células B intimamente compactadas. Estas células, 
denominadas centroblastos, migram para a zona basal clara, expressam sIgs, 
mudam a classe de imunoglobulinas e são denominadas centrócitos. Estas 
células são expostas às células dendríticas foliculares, portadoras de antígenos 
e sofrem uma hipermutação, tornando-se mais proficientes na formação de 
anticorpos contra o antígeno. As células que não sintetizam as sIgs adequadas 
são forçadas a entrar em apoptose e são destruídas pelos macrófagos. Os 
centrócitos recém-formados autorizados a sobreviver entram na zona apical 
clara, onde se tornam células B de memória ou plasmócitos e, 
subseqüentemente, saem do folículo secundário.
O que é o Paracórtex dos linfonodos e quais são as suas principais 
características e funções?
A região do nódulo linfóide entre o córtex e a medula é o paracórtex. Ele contém 
principalmente células T e é a zona timo-dependente do linfonodo.
As vênulas de endotélio alto (HEVs) estão localizadas no paracórtex. Os 
linfócitos saem dos vasos sangüíneos migrando por entre as células cubóides 
deste endotélio incomum e entram no tecido linfóide do linfonodo. As células B 
migram para o córtex externo, enquanto as células T permanecem no 
paracórtex.
A membrana plasmática dos linfócitos expressa moléculas de superfície, 
denominadas 
selectinas, que auxiliam a célula no reconhecimento das células endoteliais das 
HEVs e permitem o rolamento ao longo da superfície destas células. Quando o 
linfócito entra em contato com as moléculas sinalizadoras adicionais que estão 
localizadas na membrana plasmática da célula endotelial, as selectinas tornam-
se ativadas, ligando-se firmemente à célula endotelial e interrompendo a ação 
de rolamento do linfócito. Então, através de diapedese, o linfócito migra entre as 
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 8
células endoteliais cubóides para sair do lúmen de uma vênula pós-capilar e 
entrar no parênquima do linfonodo.
Quais as principais características da medula dos linfonodos?
A medula é constituída por seios linfáticos largos e tortuosos, envolvidos por 
células 
linfóides que estão organizadas em grupos denominados cordões medulares.
As células dos cordões medulares (linfócitos, plasmócitos e macrófagos) estão 
emaranhadas em uma rede de fibras reticulares e células reticulares. Os 
linfócitos migram do córtex para os seios medulares, de onde eles entram nos 
vasoslinfáticos eferentes e saem do linfonodo. Cortes histológicos da medula 
também mostram a presença de trabéculas, originadas da cápsula espessa do 
hilo, contendo vasos sangüíneos que entram e saem do linfonodo.
Como ocorre a vascularização dos linfonodos?
Os vasos arteriais entram no parênquima do linfonodo através do hilo. Estes 
vasos percorrem toda a medula dentro de trabéculas e tornam-se menores à 
medida que se ramificam repetidas vezes. Finalmente, eles perdem sua bainha 
de tecido conjuntivo, penetram o tecido linfóide dos cordões medulares e 
contribuem para a formação dos leitos capilares da medula. Os pequenos 
ramos das artérias permanecem nos cordões medulares até alcançarem o 
córtex. No córtex eles formam um leito de capilares corticais, que é drenado 
pelas vênulas pós-capilares (HEVs). O sangue das vênulas pós-capilares é 
drenado para veias maiores, que saem do linfonodo pelo hilo.
Quais são as principais características histofisiológicas dos linfonodos?
Os linfonodos filtram a linfa e atuam como locais de reconhecimento de 
antígenos.
À medida que a linfa entra no linfonodo, a velocidade de seu fluxo é reduzida, o 
que dá aos macrófagos residentes nos seios (ou que têm prolongamentos que 
penetram nele) mais tempo para fagocitar partículas estranhas. Desta maneira, 
99% das impurezas presentes na linfa são removidas.
Os linfonodos também funcionam como locais de reconhecimento de antígenos, 
porque as APCs que entram em contato com antígenos migram para o linfonodo 
mais próximo e apresentam seu complexo epitopo-MHC aos linfócitos. Além 
disso, antígenos que circulam pelos linfonodos são capturados pelas células 
dendríticas foliculares, e linfócitos que estão presentes no linfonodo, ou que 
migram para o linfonodo, reconhecem o antígeno. Se um antígeno é 
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 9
reconhecido e uma célula B torna-se ativada, esta célula B migra para um 
nódulo linfóide primário e prolifera, formando um centro germinativo, e o nódulo 
linfóide primário passa a ser denominado nódulo linfóide secundário. As células 
recém-formadas se diferenciam em células B de memória e plasmócitos, saem 
do córtex e formam os cordões medulares. Cerca de 10% dos plasmócitos 
recém-formados permanecem na medula e liberam anticorpos os seios 
medulares. Os plasmócitos restantes penetram os seios e vão para a medula 
óssea, onde eles continuam a produzir anticorpos até morrerem. Algumas 
células B de memória permanecem nos nódulos linfóides primários do córtex, 
mas a maioria deixa o linfonodo e passa a residir em outros órgãos linfóides 
secundários do corpo. Por isso, quando ocorre uma segunda exposição ao 
mesmo antígeno, um grande número de células de memória está disponível, de 
modo que o corpo possa montar uma resposta secundária imediata e potente.
Os linfonodos estão localizados ao longo do caminho dos vasos linfáticos e 
formam uma cadeia de linfonodos, de modo que a linfa flui de um linfonodo para 
o seguinte. Por esta razão, uma infecção pode espalhar-se e células malignas 
podem estabelecer metástases através de uma cadeia de linfonodos em regiões 
distantes do corpo.
Baço
O que é o baço e quais as suas principais funções?
O baço é o maior acúmulo de tecido linfoide do organismo e, no ser humano, o 
único órgão linfoide interposto na circulação sanguínea. Em virtude de sua 
riqueza em células fagocitárias e do contato íntimo entre o sangue e essas 
células, o baço representa um importante órgão de defesa contra 
microrganismos que penetram o sangue circulante e é também o principal órgão 
destruidor de eritrócitos (hemácias) desgastados pelo uso. Como os demais 
órgãos linfáticos, origina linfócitos que passam para o sangue circulante. Por 
sua localização na corrente sanguínea, o baço responde com rapidez aos 
antígenos que invadem o sangue, sendo um importante filtro fagocitário e 
imunológico para o sangue e grande produtor de anticorpos.
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 10
Quais as principais características histológicas, macroscópicas e 
microscópicas do baço?
O baço contém uma cápsula de tecido conjuntivo denso, a qual emite trabéculas 
que dividem o parênquima ou polpa esplênica em compartimentos incompletos. 
A superfície medial do baço apresenta um hilo, onde a cápsula mostra maior 
número de trabéculas, pelas quais penetram nervos e artérias. Saem pelo hilo 
as veias originadas no parênquima e vasos linfáticos originados nas trabéculas, 
uma vez que, no ser humano, a polpa esplênica não contém vasos linfáticos.
Observando-se a olho nu a superfície de corte do baço, a fresco ou fixado, 
observam-se em seu parênquima pontos esbranquiçados, que são nódulos 
linfáticos que fazem parte da polpa branca, que é descontínua. Entre os nódulos 
há um tecido vermelho-escuro, rico em sangue, a polpa vermelha. O exame 
microscópico, em pequeno aumento, mostra que a polpa vermelha é formada 
por estruturas alongadas, os cordões esplênicos ou cordões de Billroth, entre os 
quais se situam os sinusoides ou seios esplênicos. Toda a polpa esplênica 
contém células e fibras reticulares, macrófagos, células apresentadoras de 
antígenos, células linfáticas e algumas outras células em menor proporção.
Como ocorre a vascularização do Baço?
A artéria esplênica divide-se ao penetrar o hilo, originando ramos que seguem 
as trabéculas conjuntivas (artérias trabeculares). Ao deixarem as trabéculas 
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 11
para penetrarem o parênquima, as artérias são imediatamente envolvidas por 
uma bainha de linfócitos, chamada de bainha linfática periarterial. Esses vasos 
são chamados de artérias centrais ou artérias da polpa branca. Ao longo de seu 
trajeto a bainha linfocitária, que é parte da polpa branca, espessa-se diversas 
vezes, formando nódulos linfáticos, nos quais o vaso (agora uma arteríola) 
ocupa posição excêntrica. Apesar disso, continua a ser chamado de artéria 
central. Durante seu trajeto na polpa branca, a arteríola origina numerosos 
ramos, que irão irrigar o tecido linfático que a envolve. Depois de deixar a polpa 
branca, as arteríolas se subdividem, formando as arteríolas peniciladas. Elas 
são formadas por endotélio que se apoia em espessa lâmína basal e uma 
delgada adventícia. Alguns ramos da arteríola penicilada apresentam, próximo à 
sua terminação, um espessamento, o elipsoide, constituído por macrófagos, 
células reticulares e linfócitos. Aos elipsoides seguem-se capilares arteriais que 
levam o sangue para os sinusoides ou seios da polpa vermelha, situados entre 
os cordões de Billroth.
Dos sinusoides o sangue passa para as veias da polpa vermelha, que se 
reúnem umas às outras e penetram as trabéculas, formando as veias 
trabeculares. Estas dão origem à veia esplênica, que sai pelo hilo do baço.
As veias trabeculares não têm paredes próprias, isto é, suas paredes são 
formadas pelo tecido das trabéculas. Elas podem ser consideradas como canais 
escavados no conjuntivo trabecular e revestidos internamente por endotélio.
Quais a principais características e função da polpa branca?
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 12
A polpa branca é constituída pelo tecido linfático que constitui as bainhas 
periarteriais e pelos nódulos linfáticos que se formam por espessamentos 
dessas bainhas. No tecido linfático das bainhas periarteriais predominam os 
linfócitos T, mas nos nódulos existe predominância dos linfócitos B. Entre a 
polpa branca e a polpa vermelha existe uma zona mal delimitada, constituída 
pelos seios marginais. Nesses seios encontram-se linfócitos, macrófagos e 
células dendríticas (apresentadoras de antígenos) que retêm e processam 
antígenos trazidos pelo sangue. A zona marginal contém muitos antígenos 
transportados pelo sangue e desempenha importante papel imunitário. Muitas 
arteríolas derivadas da artéria central drenam nos seios marginais e outras 
estendem-se além da polpa branca, mas fazem um trajeto curvo e retornam, 
desembocando também nos seios marginais. Assim, essa zona tem papel 
importantena "filtragem" do sangue e na iniciação da resposta imunitária.
Quais a principais características e função da polpa vermelha?
A polpa vermelha é formada por cordões esplênicos, separados por sinusoides. 
Os cordões esplênicos, também chamados cordões de Billroth, são contínuos e 
de espessura variável, conforme o estado local de distensão dos sinusoides. 
São constituídos por uma rede frouxa de células reticulares e fibras reticulares 
(colágeno tipo III) que contêm outras células, como macrófagos, linfócitos B e T, 
plasmócitos, monócitos, leucócitos, granulócitos, além de plaquetas e 
eritrócitos.
Quais são as principais funções do Baço? (Histofisiologia)
As funções mais conhecidas do baço são a formação de linfócitos, a destruição 
de eritrócitos, a defesa do organismo contra invasores e o armazenamento de 
sangue. A polpa branca do baço produz linfócitos, que migram para a polpa 
vermelha e alcançam o lúmen dos sinusoides, incorporando-se ao sangue Já 
contido.
No feto, o baço produz também granulócitos {neutrófilos, basófilos e eosinófilos) 
e hemácias; porém, essa atividade cessa no fim da fase fetal. Em determinadas 
condições patológicas (leucemias, por exemplo), o baço pode voltar a produzir 
granulócitos e hemácias, sofrendo um processo chamado de metaplasia 
mieloide. Metaplasia é a transformação patológica de um tipo de tecido em 
outro. Chama-se metaplasia mieloide o aparecimento de tecido mieloide fora da 
medula óssea vermelha.
Como ocorre o processo de destruição de eritrócitos feito pelo Baço?
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 13
Os eritrócitos têm uma vida média de 120 dias e, quando envelhecidos, são 
destruídos principalmente no baço. Esse fenômeno da remoção das hemácias 
em via de degeneração é denominado hemocaterese e ocorre também, embora 
com intensidade muito menor, na medula óssea. Há indicações de que a 
redução da flexibilidade das hemácias e modificações de sua membrana sejam 
os sinais para a destruição das hemácias envelhecidas. Os macrófagos dos 
cordões esplênicos fagocitam hemácias inteiras e pedaços das hemácias que 
frequentemente se fragmentam no espaço extracelular. 
As hemácias fagocitadas são digeridas pelos lisossomos dos macrófagos, e a 
hemoglobina é desdobrada em diversos fragmentos, dando origem a um 
pigmento desprovido de ferro, a bilirrubina, a qual é devolvida ao sangue, 
captada pelas células hepáticas e por estas excretada como um dos 
constituintes da bile. Outro produto do desdobramento da hemoglobina é a 
proteína globina, que é digerida no macrófago ao estado de aminoácidos, que 
são reaproveitados. O ferro formado pelo desdobramento da hemoglobina pode 
ser imediatamente armazenado nos macrófagos, sob a forma de ferritina, ou 
passar para o sangue, onde se combinará com a transferrina, proteína 
plasmática transportadora de ferro. O complexo ferro-transferrina será captado 
por endocitose pelas células que contêm, em suas membranas, receptores para 
transferrina, como os eritroblastos, e reutilizado para a síntese de hemoglobina. 
Após a remoção cirúrgica do baço (esplenectomia) aparecem hemácias 
deformadas nos esfregaços de sangue e aumenta a concentração de plaquetas 
no sangue, uma indicação de que o baço, além de destruir hemácias, também 
elimina plaquetas.
De que forma o Baço participa na defesa contra invasores no organismo?
Graças aos seus linfócitos T e B, macrófagos e células apresentadoras de 
antígenos, o baço é um importante órgão de defesa imunitária. Do mesmo modo 
que os linfonodos "filtram" a linfa, o baço atua como um "filtro" para o sangue. 
De todos os macrófagos do organismo, os do baço são os mais ativos na 
fagocitose de microrganismos e partículas inertes que penetram o sangue.
Tecido Linfático associado às mucosas
O que são os tecidos linfáticos associados às mucosas e a quais as suas 
funções?
Os tratos digestivo, respiratório e geniturinário estão sujeitos a invasões 
microbianas frequentes, porque são expostos ao meio externo. Para proteger o 
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 14
organismo, existem acúmulos de linfócitos (nódulos linfáticos) associados a 
tecido linfático difuso localizados na mucosa e na submucosa desses tratos que, 
em alguns locais, formam órgãos bem estruturados, como as tonsilas e as 
placas de Peyer do intestino delgado (íleo). O tecido linfático das mucosas é 
denominado de MALT (mucosaassociated lymphatic tissue). A pele também 
apresenta muitas células do sistema imunitário, como linfócitos, macrófagos e 
células de Langerhans. O tecido linfático das mucosas e da pele está em 
posição estratégica para proteger o organismo contra patógenos do meio 
ambiente.
Tonsilas
O que são as Tonsilas? Quais as suas funções? Quais são os seus tipos?
As tonsilas são órgãos constituídos por aglomerados de tecido linfático, 
incompletamente encapsulados, colocados abaixo e em contato com o epitélio 
das porções iniciais do trato digestivo. De acordo com sua localização na boca e 
na faringe, distinguem-se a tonsila faringiana, as tonsilas palatinas e as linguais. 
As tonsilas estão localizadas em posição estratégica para defender o organismo 
contra antígenos transportados pelo ar e pelos alimentos, iniciando uma 
resposta imunitária. São órgãos produtores de linfócitos, que podem infiltrar o 
epitélio.
Tonsilas Palatinas
As tonsilas palatinas são em número de duas, localizadas na parte oral da 
faringe. Nelas o tecido linfático forma uma faixa sob o epitélio estratificado 
plano, com nódulos linfáticos, em geral com centros germinativos. Cada 
tonsila palatina tem 10 a 20 invaginações epiteliais que penetram 
profundamente o parênquima, formando as criptas. As criptas contêm 
células epiteliais descamadas, linfócitos vivos e mortos e bactérias, 
podendo aparecer como pontos purulentos nas tonsilites (amidalites).
Tonsilas Faringiana
A tonsila faringiana é única e situa-se na porção superoposterior da faringe, 
sendo recoberta pelo epitélio típico das vias respiratórias, epitélio 
pseudoestratificado cilíndrico ciliado. Podem ocorrer áreas de epitélio 
estratificado plano. A tonsila faringiana é formada por pregas da mucosa e 
contém tecido linfático difuso e nódulos linfáticos. Essa tonsila não contém 
criptas.
Tonsilas Linguais
Órgãos Linfáticos (Tecido Linfático) 15
As tonsilas linguais são de pequeno diâmetro, porém mais numerosas do 
que as outras tonsilas. Situam-se na base da língua, sendo recobertas por 
epitélio estratificado plano. Em cada tonsila, o epitélio forma uma 
invaginação que se aprofunda muito, originando uma cripta.

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