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DERIVALDA DE MATOS LEMOS LAURIANO - TCC Unyleia

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37
FACULDADE UNYLEIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA CLÍNICA COM PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA
Derivalda de Matos Lemos Lauriano
A IMPORTÂNCIA DO FARMAÊUTICO NO ATO DA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS: ERRO DE PRESCRIÇÃO UMA REALIDADE QUE COMPROMETE A FARMACOTERAPIA
Bahia
4
2021
Derivalda de Matos Lemos Lauriano
A IMPORTÂNCIA DO FARMAÊUTICO NO ATO DA DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS: ERRO DE PRESCRIÇÃO UMA REALIDADE QUE COMPROMETE A FARMACOTERAPIA
Trabalho de conclusão de curso da pós-graduação apresentado a Faculdade Unyleya – como requisito a obtenção do título de Especialista em Farmácia Clínica com Prescrição Farmacêutica.
Orientador: Daniela Martins da Silva
Bahia
2021
“Dedico este trabalho ao meu Senhor Jesus que até aqui me ajudou, a minha família, amigos e colegas de trabalho que na vasta experiência contribui para este ser construído.” 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................6
2 A IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO...........................................................8
2.1 O farmacêutico no ambito do SUS..........................................................	10
2.2 O farmacêutico no serviço de Atenção Farmacêutica............	11
2.3 A importãncia do farmacêutico na área hospitalar................	12
2.4 O farmacêutico na farmácia de manipulação...............................	14
2.5 A importãncia do farmacêutico na dispensação em farmácia comunitária................................................................................................................	15
3 O ATO DE DISPENSAÇÃO MEDICAMENTOSA.............................................16
 3.1 Erro de prescrição.........................................................................................	18
3.1.1 Erro de prescrição afeta a farmacoterapia...........................................................18
3.1.2 Erro de dispensação.................................................................................................20
3.1.3 Reação Adversa Medicamentosa.........................................................................24
4 FARMACOVIGILANCIA.....................................................................................24 
5 CONCLUSÃO..........................................................................................................29
6 REFERÊNCIA..........................................................................................................31 
RESUMO
A dispensação de medicamentos faz parte do processo de atenção à saúde e deve ser considerada como uma ação integrada do farmacêutico com outros profissionais da área de saúde, em especial aqueles que os prescrevem. Erro de prescrição é um fato que ocorre durante a prescrição de um medicamento, em decorrência tanto da redação da prescrição como no processo de decisão terapêutica. Uma prescrição correta deve ter uma escrita em língua portuguesa, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por profissionais legalmente habilitados. Infelizmente o erro não sai apenas dos prescritores e sim também dos dispensadores, muitos farmacêuticos cometem erros na hora de dispensar o medicamento solicitado. Dada a importância de um sistema de prescrição, a possibilidade de ocorrência de erros nesta etapa e as consequências de tais erros ao tratamento farmacológico do paciente, este trabalho tem como objetivo intensificar a proposta já citada por outros autores de substituir o receituário médico comum por um modelo de receituário eletrônico e sua positividade na contribuição para a diminuição dos erros relacionados à redação da prescrição. Faz-se claro a presença das partes de onde vêm os erros de medicamento, tanto dos prescritores como dos dispensadores. A forma inelegível de se descrever uma receita não justifica que ela seja dispensada de maneira irresponsável, pois o farmacêutico tem total autonomia e preparo técnico em analisar e não dispensar esse medicamento quando observar que a receita não foi prescrita de maneira correta em relação aos vários aspectos farmacológicos. 
No entanto o Conselho Federal de Medicina (CFM), Conselho Federal de Farmácia (CFF), ANVISA e outros órgãos competentes deveriam por lei punir prescritores e instituições que permitam a prescrição de forma manual ou/e se for que seja em letra de forma para um bom entendimento na hora da dispensação medicamentosa, uma maior fiscalização por conta das farmácias que vendem sem receita e com receita de difícil entendimento para simplesmente contribuir no uso racional de medicamentos.
Palavra-chave: Erro de prescrição, dispensação, atenção farmacêutica, farmacoterapia.
ABSTRAT
The dispensing drugs is part of the health care process and should be considered as an integrated pharmaceutical action with other health professionals, especially those who prescribe them. prescription error is a fact that occurs during the prescription of a drug, as a result of both the composition of the prescription as in the treatment decision process. A correct prescription must be written in Portuguese, containing guidance of use for the patient, performed by legally qualified professionals. Unfortunately, the error does not come only from prescribers but also the dispensers, many pharmacists make mistakes at the time of dispensing the medication requested. Given the importance of a prescription system, the possibility of errors in this step and the consequences of such errors to the pharmacological treatment of patients, this study aims to enhance the proposal already mentioned by other authors to replace the common medical prescription for electronic prescription model and its positive contribution to the reduction of errors related to writing the prescription. It makes it clear the presence of the parties where they come from medication errors, both prescribers and dispensers of. The ineligible way to describe a recipe does not justify it to be dispensed irresponsibly because the pharmacist has full autonomy and technical training to analyze and not dispense this drug when you see that the recipe was not prescribed correctly in relation to various aspects pharmacological.
However, the Federal Council of Medicine (CFM), Federal Council of Pharmacy (CFF), ANVISA and other competent bodies should by law punishing prescribers and institutions that allow the prescription manually and / or if it is in print for a good understanding at the time of drug dispensing, greater oversight on behalf of the pharmacies that sell non-prescription and difficult to understand recipe to simply contribute to the rational use of medicines.
Keyword: Prescription error, dispensing, pharmaceutical care, pharmacotherapy.
1 INTRODUÇÃO
 A dispensação de medicamentos faz parte do processo de atenção à saúde e deve ser considerada como uma ação integrada do farmacêutico com outros profissionais da área de saúde, em especial aqueles que os prescrevem. Uma prescrição correta deve ter uma escrita em língua portuguesa, contendo orientação de uso para o paciente, efetuada por profissionais legalmente habilitados, que seja de formulação magistral ou de produtos industrializados. Erro de prescrição é um fato que ocorre durante a prescrição de um medicamento, em decorrência tanto da redação da prescrição como no processo de decisão terapêutica. O farmacêutico está se fazendo ser responsável pela avaliação farmacêutica do receituário onde somente será dispensada a receita que apresentar as informações exigidas nas resoluções tais como: nome e endereço residencial do paciente, forma farmacêutica, posologia, apresentação, método de administração e duração do tratamento, data, assinatura e carimbo do profissional, endereço do consultório e o número de inscrição no respectivo Conselho Profissional, ausência de rasuras e emendas, prescrição a tinta em português, em letra de forma,clara e legível ou impressão por computador, dentre outras e em especial requer uma importância maior no receituário específico e a notificação de receita para a dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial de acordo com a portaria 344. 
Infelizmente o erro não sai apenas dos prescritores e sim também dos dispensadores, muitos farmacêuticos cometem erro na hora de dispensar o medicamento solicitado tais como medicamento incorreto, medicamento dispensado diferente do prescrito exclui ou incluir substituição terapêutica, concentração incorreta, dispensação de uma dose que contenha a quantidade (em mg ou ml) e trocar um pelo outro , não obedecer de forma correta ao que está prescrito o ajuste apropriado das recomendações posológicas, forma farmacêutica errada, dispensação de um medicamento correto porém em forma farmacêutica diferente da prescrita. Fornecer uma formulação de liberação controlada quando esta não foi prescrita, dispensar uma quantidade maior de medicamentos (em número de unidades ou número de vezes ao dia) que a prescrita, dispensar uma quantidade (em número de unidades ou número de vezes ao dia) menor que a prescrita, omissão do medicamento, ou seja, não dispensar um medicamento prescrito, dispensar medicamento vencido ou armazenado em temperatura inadequada (fora das especificações do fabricante) ou embalagem danificada, omissão do nome do paciente ou nome diferente da prescrição médica, nome do medicamento incorreto como, por exemplo, o nome do medicamento no rótulo diferente do prescrito, (p.ex. prescrição com nome comercial e dispensação por nomenclatura genérica que não fazem parte da listagem da ANVISA para a realização da troca) dosagem incorreta do medicamento, dosagem do medicamento no rótulo diferente da prescrita, data incorreta, omissão da data de dispensação ou data errada de dispensação do medicamento, ausência ou documentação incorreta de controle para substâncias controladas ausência ou documentação incorreta do registro de drogas de acordo com a legislação vigente entre outros erros que por completa irresponsabilidade e falta de fiscalização são acometidos no âmbito de farmácias e drogarias.
O erro é um assunto de difícil abordagem e geralmente as discussões se direcionem para a responsabilização de um culpado e não propiciam oportunidades que visem à melhora do sistema com o objetivo de prevenir falhas (REASON, 2000, p.320).
Atualmente, verifica-se a necessidade do resgate das relações médico-paciente e farmacêutico-paciente, como um aspecto chave para a melhoria da qualidade do serviço de saúde, no qual a atenção básica, farmacêutica e assistencial, a humanização do atendimento e o direito à informação são componentes cruciais deste processo.
Para Arrais (2007, p. 927), “Ter acesso à assistência médica e a medicamentos não implica necessariamente em melhores condições de saúde ou qualidade de vida, pois os maus hábitos prescritivos, as falhas na dispensação, a automedicação inadequada pode levar a tratamentos ineficazes e pouco seguros”.
Dada a importância de um sistema de prescrição, a possibilidade de ocorrência de erros nesta etapa e as consequências de tais erros ao tratamento farmacológico do paciente, este trabalho propôs a substituição do receituário médico comum por um modelo de receituário e sua avaliação na contribuição para a diminuição dos erros relacionados à redação da prescrição na Unidade Básica de Saúde. 
"A atenção farmacêutica é o componente da prática profissional onde o farmacêutico interage diretamente com o paciente para atender suas necessidades relacionadas aos medicamentos (PARETTA E CICCIA, 1998 apud FARINA et al ,2007)." 
"Independentemente das estratégias de redução de erro de medicamento, segundo Briggs (2009 apud GIMENES et al, 2010), erros de medicação representam grave problema nos atuais serviços de saúde, sendo considerados um dos principais eventos adversos sofridos por pacientes hospitalizados. Dentre todos os erros de medicação ocorridos nos hospitais, aquele de dosagem parece ser um dos mais frequentes."
Na versão de alguns autores se faz claro a presença das partes de onde vêm os erros de medicamento, tanto dos prescritores como dos dispensadores. A forma inelegível de se descrever uma receita não justifica que ela seja dispensada de maneira irresponsável, pois o farmacêutico tem total autonomia e preparo técnico em analisar e não dispensar esse medicamento quando observar que a receita não foi prescrita de maneira correta em relação aos vários aspectos farmacológicos. 
No entanto o Conselho Federal de Medicina (CFM), Conselho Federal de Farmácia (CFF), ANVISA e outros órgãos competentes deveriam por lei punir prescritores e instituições que permitam a prescrição de forma manual ou/e se for que seja em letra de forma para um bom entendimento na hora da dispensação medicamentosa, uma maior fiscalização por conta das farmácias que vendem sem receita e com receita de difícil entendimento para simplesmente contribuir no uso racional de medicamentos.
2 A IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUtico
A profissão de farmacêutico é uma das mais antigas da humanidade. Há milhares de anos, já buscavam a cura de doenças através de remédios feitos com extrato de plantas e banha de animais. Atualmente, no Brasil a profissão pode ser exercida em mais de 70 diferentes áreas, todas elas regulamentada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), mas é no balcão da farmácia que mais conhecemos esse profissional, responsável por orientar no uso correto dos medicamentos prescritos e fazer o acompanhamento durante todo o tratamento do paciente (ABCFARMA, 2016).
Ser farmacêutico vai além de levar ao paciente o medicamento indicado pelo médico. É zelar pela saúde e pelo bem-estar da população, prestando toda a assistência farmacêutica e sendo um elo entre a população e a indústria farmacêutica, promovendo o uso correto e racional dos medicamentos. Faz parte também do seu trabalho verificar se o paciente faz uso de outros medicamentos que poderão conflitar em suas fórmulas, causando resultado ineficaz e até mesmo reações indesejadas. 
Os últimos dados divulgados pela Fio Cruz, em 2012, apontam que no Brasil ocorreram mais de 27 mil casos de pessoas com intoxicação causada por medicamentos. O papel do farmacêutico é fundamental para diminuir esse número, uma vez que o seu trabalho é o de cuidar e proteger a saúde humana.
Os medicamentos são produzidos com o intuito de beneficiar as pessoas, mas se não forem utilizados corretamente podem desencadear reações indesejáveis e até causar riscos severos à saúde. O farmacêutico entra nesse processo como o profissional especializado capaz de minimizar e até barrar esses riscos através de um trabalho correto de assistência farmacêutica. (ABCFARMA, 2016).
Assistência farmacêutica é um conjunto de ações desenvolvidas pelo farmacêutico, e outros profissionais de saúde, voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto no nível individual como coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao cesso e o seu uso racional (CFF, 1997).
 Segundo relata Dr. Gilberto Dutra, presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-ES, 2014), sempre faz uma comparação a outro importante profissional de saúde, o médico. 
Uma pessoa jamais se contentaria em ser atendido pela secretária em um consultório médico. Então, por que não exigir o atendimento pelo farmacêutico? (...) O farmacêutico é capaz de interpretar uma prescrição médica e fazer uma análise mais detalhada do caso específico daquele paciente (CRF – ES, 2014).
Por meio de uma conversa, ele verifica se o paciente faz uso de outros medicamentos que poderão conflitar em suas fórmulas, causando resultado ineficaz e até mesmo reações indesejadas. O farmacêutico é também um profissional habilitado para indicar um medicamento para uma doença recorrente, assim como alguns analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios, fitoterápicos e até o uso de plantas medicinais, onde por fim acontece o ato da dispensação que é o ato profissional farmacêutico de proporcionarum ou mais medicamentos a um paciente, geralmente como resposta à apresentação de uma receita elaborada por um profissional autorizado. Neste ato o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento. - Política Nacional de Medicamentos - Portaria MS nº 3916/98.
O farmacêutico não é só importante na atenção básica e assistência farmacêutica como também no âmbito do SUS, farmácia hospitalar, manipulação, demo – cosmética farmácia comunitária assim como toda área que envolva o uso de medicamentos e seus correlatos.
2.1 A IMPORTANCIA DO FARMACÊUTICO NO SUS
O Sistema Único de Saúde é constituído pelo conjunto de ações e serviços de saúde prestados por órgãos e instituições públicos federais, estaduais e municipais e, complementarmente, por iniciativa privada que se vincule ao Sistema (BRASIL, 1998). 
De acordo com o artigo 196 da Constituição da República Federativa do Brasil: "A Saúde é direito de todos e dever do Estado, garantida mediante políticas sociais e econômicas, que visem à redução dos riscos de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação." (BRASIL, 1988).
Contemplando os preceitos constitucionais a Lei Orgânica da Saúde (Lei n.º 8.080, de 19 de setembro de 1990) estabelece que, entre seus campos de atuação, está incluída a execução da assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica e entre as ações, a formulação da Política Nacional de Medicamentos (PNM). (BRASIL, 1990).
A PNM tem como finalidade principal garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais. (BRASIL, 1998). 
Neste contexto, os profissionais farmacêuticos precisarão estar preparados para suprir as necessidades do sistema de saúde com conhecimentos e competências que viabilizem a implementação da assistência farmacêutica como uma política de saúde, e o seu papel é fundamental para a promoção do acesso aos medicamentos com o uso racional.
Em 1994, a Organização Mundial de Saúde - OMS solicitou a todos os países membros que definissem a função do farmacêutico na promoção e na aplicação da política farmacêutica nacional, para proporcionar saúde para todos. Ficou definido que os farmacêuticos e suas entidades exerçam a vigilância sanitária a fim de assegurar a qualidade dos produtos e dos serviços farmacêuticos, se encarreguem da gestão dos sistemas de aquisição e administração dos medicamentos e forneçam informações sobre os medicamentos, a fim de promover o seu uso racional, a participação ativa na prevenção de doenças e na promoção da saúde. Dessa forma se torna fundamental o trabalho do farmacêutico na assistência farmacêutica no âmbito do SUS.
 A Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF), de maio de 2004, engloba, entre os seus eixos estratégicos, a garantia de acesso e equidade às ações de saúde, que inclui, necessariamente, a Assistência Farmacêutica; e a manuntenção de serviços de assistência farmacêutica na rede pública de saúde, nos diferentes níveis de atenção, considerando a necessária articulação e a observância das prioridades regionais definidas nas instâncias gestoras do SUS (CFF,2015).
 Entre as diretrizes do PNM e do PNAF está a reorientação da assistência farmacêutica, definida como: “um grupo de atividades relacionadas ao medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade. Envolve o abastecimento de medicamentos em todas e em cada uma de suas etapas constitutivas, a conservação e controle de qualidade, a segurança e a eficácia terapêutica dos medicamentos, o acompanhamento e a avaliação da utilização, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade para assegurar o uso racional de medicamentos.” E em todo esse processo de aplicabilidade prática das “normas” que regem a assistência farmacêutica no SUS está sempre presente, o farmacêutico (CFF,2015).
2.2 O FARMACÊUTICO NO SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA
Nas publicações de ciências farmacêuticas a primeira definição de atenção farmacêutica apareceu em 1980 em um artigo publicado por Brodie et al: “em um sistema de saúde, o componente medicamento é estruturado para fornecer um padrão aceitável de atenção farmacêutica para pacientes ambulatoriais e internados. Atenção farmacêutica inclui a definição das necessidades farmacoterápicas do indivíduo e o fornecimento não apenas dos medicamentos necessários, mas também os serviços para garantir uma terapia segura e efetiva. Incluindo mecanismos de controle que facilitem a continuidade da assistência “. O conceito clássico de atenção farmacêutica “a provisão responsável da farmacoterapia com o objetivo de alcançar resultados definidos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes” foi publicado por Hepler & Strand em 1990. Esta definição engloba a visão filosófica de Strand sobre a prática farmacêutica e o pensamento de Hepler sobre a responsabilidade do farmacêutico no cuidado ao paciente. Os resultados concretos são: cura de uma doença; eliminação ou redução dos sintomas do paciente; interrupção ou retardamento do processo patológico, ou prevenção de uma enfermidade ou de um sintoma. Em 1997, Linda Strand afirmou que conceito de atenção farmacêutica estava incompleto passando a defender a seguinte definição: “prática na qual o profissional assume a responsabilidade pela definição das necessidades farmacoterápicas do paciente e o compromisso de resolvê-las”. Enfatiza que a atenção farmacêutica é uma prática como as demais da área de saúde. Possui uma filosofia, um processo de cuidado ao paciente e um sistema de manejo. É diferente do conceito de 1990 que foca os resultados. Mas para Strand resultados não têm significados fora do contexto de uma prática assistencial (PHARMACEUTICAL,1997). 
Na Espanha a atenção farmacêutica está desenvolvendo intensamente. O Consenso de Granada definiu atenção farmacêutica como: “a participação ativa do farmacêutico na assistência ao paciente na dispensação e seguimento do tratamento farmacoterápicas, cooperando com o médico e outros profissionais de saúde, a fim de conseguir resultados que melhorem a qualidade de vida dos pacientes. Também prevê a participação do farmacêutico em atividades de promoção à saúde e prevenção de doenças” (CONSENSO 2001). 
buscando a promoção da prática da atenção farmacêutica de forma articulada com a assistência farmacêutica, no marco da Política Nacional de Medicamentos foi definido pelo Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica que “atenção farmacêutica é modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da assistência farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, 8 promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades biopsicossociais sob a ótica da integralidade das ações de saúde” (OPAS 2002).
2.3 A IMPORTÂNCIA DO FARMACÊUTICO NA ARÉA HOSPITALAR
Ter domínio sobre gerenciamento de estoque de materiais médico-hospitalares é essencial ao farmacêutico do setor, cuja atuação garante segurança a processos.
A legislação que regulamenta o exercício profissional do farmacêutico em unidade hospitalar é a norma do CFF nº 492, de 26 de novembro de 2008. De acordo com esta Resolução, “Farmácia hospitalar é uma unidade técnico-administrativa dirigida por um profissional farmacêutico, ligada funcional e hierarquicamente a todas as atividades hospitalares”.
No âmbito hospitalar a farmácia hospitalar tem por objetivo garantir o uso seguro e racional dos medicamentos que serão prescritos pelo médico. Para garantira segurança dos pacientes devesse fazer um planejamento na compra dos medicamentos e materiais hospitalares. Apenas os produtos inclusos na relação de medicamentos padronizados são adquiridos de forma programada pelo Hospital, estando disponíveis para uso. O objetivo da padronização é racionalizar o uso de medicamentos, adquirir somente produtos com valor terapêutico comprovado, diminuir o número de medicamentos em estoque, aumentar seu controle e agilizar a dispensação, racionalizar espaços de armazenamento, viabilizar a distribuição pelo sistema de dose unitária. (SBIB). Planejar e controlar a distribuição de medicamentos dentro de um hospital é uma das formas que podem garantir que a instituição hospitalar sobreviva financeiramente. A importância do gerenciamento dos estoques implicará em lucros para o hospital, pois um bom controle evitará perdas e desperdícios de medicamentos. Estes serviços de controle e distribuição serão de inteira responsabilidade da farmácia (BARBOSA, 2014)
O farmacêutico hospitalar deixou de ter apenas o papel administrativo de organizar medicamentos e recursos financeiros. Com os resultados positivos das intervenções farmacêuticas, tendo a melhora dos regimes terapêuticos e a diminuição de custos assistenciais, a importância de uma assistência farmacêutica de qualidade vem tendo seu reconhecimento (BRANDÃO; CUNHA, 2010). Em agosto de 2013 foi publicada a resolução 585 do CFF que regulamenta a atribuição do farmacêutico clínico (CFF, 2013). O farmacêutico também está inserido na Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e no Programa de Controle de Infecção Hospitalar. Através da farmácia hospitalar consegue-se monitorar os antimicrobianos e a utilização de saneantes e germicidas nos diversos setores do hospital. O controle da infecção hospitalar é de competência de toda a equipe de saúde, e o papel do farmacêutico é reduzir o número de infecções através do uso racional de antimicrobianos e da educação continuada para profissionais da saúde e pacientes. A farmácia clínica também tem sua participação neste controle, o farmacêutico contribui na elaboração de protocolos clínicos para a profilaxia antimicrobiana e para uso terapêutico em infecções bacterianas, avaliando a qualidade de prescrição, e levando sempre em conta os dados farmacoeconômicos disponíveis. Deve-se lembrar de que a única maneira de conter a resistência das bactérias é através do uso racional de antimicrobianos (DANTAS, 2011). Outra área em que o farmacêutico vem se destacando é na unidade de terapia intensiva (UTI), pois participa da visita multidisciplinar a beira do leito, colaborando com uma prescrição segura e adequada, da dispensação de medicamentos, traz informações técnicas a equipe, efetua sua atividade em protocolos clínicos e ajuda a reduzir custos associados à terapia medicamentosa. Até porque com as complexidades encontradas na UTI, como pacientes nefropatas, transplantados, etc. são necessários maiores cuidados, pois o tratamento é longo, há uma grande combinação de medicamentos potencialmente inapropriados, todos estes fatos exigem um profissional farmacêutico qualificado, atualizado e experiente (ALMEIDA, 2008). Além disso, o farmacêutico é de grande importância na alta hospitalar, pois é o momento em que o paciente fica vulnerável à riscos, já que precisa dar continuidade ao tratamento iniciado no hospital e fica inseguro, nesse período de transição do hospital para casa. A falta de uma boa orientação pode causar eventos adversos relacionados ao medicamento e aumenta a utilização dos serviços de saúde. Estudos demonstram que a orientação do farmacêutico na alta hospitalar diminui os riscos destes eventos adversos, reduz a necessidade de uma readmissão hospitalar e o uso de serviço de saúde. (FURTADO; MARQUES; MONACO, 2010).
2.4 O farmacêutico na farmacia de manipulação
A farmácia magistral ou de manipulação costuma ser alvo de um grande elogio e de uma terrível crítica. Para elogiar, diz-se que ela dá o medicamento na dose certa para a pessoa certa; para criticar, diz-se que a concentração do princípio ativo pode sair diferente numa e noutra cápsula. Quanto ao elogio, é claro que toda a atenção farmacêutica se volta para o atendimento individualizado, mas a especificidade da farmácia magistral é acentuar essa individualização.
Para quem precisa de 20 cápsulas de um determinado medicamento, por exemplo, a farmácia magistral manipula essas 20. O mesmo medicamento pode só estar disponível na indústria em caixas de 15 cápsulas. Nesse caso, o paciente teria que comprar duas caixas e guardaria as dez cápsulas restantes. Estas talvez viessem a ser tomadas indevidamente em outro momento.
Manipulação é alternativa para falta de alguns medicamentos 
O trabalho do farmacêutico magistral também possibilita ao médico prescrever doses não disponíveis na indústria. Recorre-se à farmácia de manipulação, digamos, no tratamento de crianças que não toleram os medicamentos nas doses usuais. Além disso, a atuação do farmacêutico magistral pode ser importante para suprir uma falta na indústria. Há cerca de um ano, aliás, falta o Dapsona 100 mg para os pacientes do SUS – Sistema Único de Saúde. Então, uma das alternativas adotadas pela farmácia do Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (IPEC – Fiocruz/RJ) é o aviamento do medicamento em farmácias particulares de manipulação (ANFARMAG,2016)
Proprietária de uma dessas farmácias, Roseana Seabra Nogueira conta que costuma atender também diretamente a pacientes do SUS. Nesses casos, ela faz um desconto nos preços dos medicamentos: “Eles nos procuram quando as farmácias do governo não têm o que eles precisam”, explica. “A vantagem do nosso trabalho é que é bem personalizado”, observa.
Confirmado o elogio, falta avaliar a crítica. Dizer que a concentração pode variar de uma cápsula manipulada a outra é, na opinião de Roseana, “uma lenda”. Ela explica que é quase impossível que ocorra esse tipo de erro pois as substâncias são distribuídas pelo manipulador com a ajuda de máquinas bastante precisas. “Quem entra numa farmácia de manipulação logo vê que não tem como errar”, garante. “Somos fiscalizados pela Vigilância Sanitária, temos uma associação para discutir um sistema único de qualidade, só compramos matéria-prima de fornecedores credenciados e ainda mantemos um laboratório de controle de qualidade”, enumera (ANFARMAG,2016). 
O farmacêutico magistral utilizando-se de seus conhecimentos de farmacotécnica, é o responsável pela manipulação de medicamentos nas farmácias magistrais, de manipulação ou também conhecidas como galênicas.
Respeitando as normas de boas práticas de manipulação (publicada por autoridades sanitárias), produz medicamentos que têm como grande atrativo a possibilidade de serem obtidos de forma personalizada (tanto na dose, quanto na forma farmacêutica), e poder alterar componentes, de fórmulas industrializadas, que causem alergias em alguns pacientes.
2.5 A importancia do farmaceutico na dispensação em farmacia comunitaria
A Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, estabelece que o processo de dispensação de medicamentos na farmácia está sob a responsabilidade do profissional farmacêutico (Brasil, 1973).
Segundo Petty (2003), a profissão farmacêutica está mudando da simples oferta de medicamentos para uma função clínica de fornecimento de informações. Neste contexto, Pepe e Castro (2000) ressaltam que o farmacêutico, como um profissional capaz de interagir com os prescritores e os pacientes, deve possuir o quesito informação como alicerce desta relação.
Naves, Merchan-Hamann e Silver (2005) indicam que a capacitação do farmacêutico passa a ser uma importante estratégia de saúde pública quando se busca a prevenção de doenças e o uso racional de medicamentos. Correr et al. (2004) enfatizam este caminho e apresentam que é o farmacêutico comunitário, que atua na dispensação, quem tem procurado formação na área de Atenção Farmacêutica. 
Alano (2005) demonstra que os farmacêuticos apresentam diversos desafios perante mudança de prática na farmáciacomunitária, entre eles se destacam: a priorização dos interesses econômicos e a exigência do cumprimento de tarefas administrativas no processo de trabalho, em detrimento das atividades clínicas e de educação em saúde. Os próprios pacientes reivindicam por um profissional farmacêutico que não promova a prestação do serviço somente pensando no seu retorno financeiro (West et al., 2002).
Com a publicação do conceito de Atenção Farmacêutica por Hepler e Strand (1990) como sendo: “a provisão responsável da farmacoterapia com o objetivo de alcançar resultados satisfatórios que melhorem a qualidade de vida dos pacientes”, surge também o conceito de Problemas Relacionados à Farmacoterapia. Este último conceito é apresentado como sendo “qualquer evento indesejável em que o paciente apresente-se envolvendo ou com suspeita de envolvimento do tratamento farmacológico e que interfira de maneira real ou provável na evolução do paciente”. Estes problemas foram sistematizados por diversos grupos, sendo que os mais aceitos são os descritos pelo grupo de Granada (Comité del Consenso, 2002), que os classificam em três categorias que são: necessidade, efetividade e segurança. O processo de identificação de Problemas Relacionados à Farmacoterapia requer a análise minuciosa dos problemas de saúde dos pacientes e dos medicamentos em uso pelos mesmos (Comité del Consenso, 2002; Cipolle, Strand, Morley, 1998), sendo realizado durante a Atenção Farmacêutica. A realização deste processo na farmácia comunitária apresenta limitações, principalmente relacionadas à carga de trabalho dos farmacêuticos, à falta de tempo e de estrutura física dos estabelecimentos (Alano, 2005; Oliveira et al., 2005). Contudo, na prestação do serviço de dispensação farmacêutica pode ser possível prevenir, identificar e resolver problemas relacionados à farmacoterapia.
3 O ATO DE DISPENSAÇÃO MEDICAMENTOSA
A dispensação é o ato farmacêutico de distribuir um ou mais medicamentos a um paciente em resposta a uma prescrição elaborada por um profissional autorizado (Arias, 1999). Trata-se de uma oportunidade para o farmacêutico contribuir para o uso racional de medicamentos (Marin et al., 2003), pois na interação com o paciente é possível identificar a necessidade do mesmo e orientar tanto sobre o medicamento quanto sobre educação em saúde, atuando desta forma como um agente de saúde.
A dispensação deve ser entendida como integrante do processo de atenção ao paciente, ou seja, como uma atividade realizada por um profissional da saúde com foco na prevenção e promoção da saúde, tendo o medicamento como instrumento de ação. Em um trabalho desenvolvido recentemente por Arrais, Barreto e Coelho (2007) foi demonstrado que não existe, na maioria das vezes, por parte dos dispensadores, a preocupação em coletar informações dos pacientes que podem ser utilizadas na prevenção de agravos. Neste mesmo estudo, foi observado que a participação dos pacientes no processo de dispensação é considerada nula (grifo nosso), pois em 97% dos atendimentos os mesmos não tomam a iniciativa de realizar nenhum questionamento. Esta atitude até pode ser cômoda para o paciente, mas o coloca diante de possíveis riscos para o uso irracional do medicamento.
Referência do artigo ato de dispensação.
É sabido que o uso de medicamentos, além de trazer benefícios na recuperação e manutenção da saúde, também pode causar problemas. Com isto, observa-se a necessidade de racionalização do uso de medicamentos, fazendo com que a dispensação adquira um caráter de serviço (ANGONESI, 2008). Segundo a Ordem dos Farmacêuticos (2006), os farmacêuticos têm o dever de assegurar a máxima qualidade dos serviços que prestam. Com a qualificação dos serviços, o paciente percebe a melhora de sua qualidade de vida, o que fortalece o vínculo com o farmacêutico e com a farmácia. Simultaneamente, quando a dispensação é realizada de forma ética, legal e tecnicamente correta, a população passa a reconhecer o farmacêutico como agente de saúde e a farmácia como um verdadeiro estabelecimento de saúde. O sucesso da dispensação e a concomitante valorização pela população dependem da capacidade, por parte do farmacêutico, de absorver o máximo de conhecimento durante a graduação e educação continuada ao longo de sua vida profissional (OF, 2006). É fundamental que o conhecimento técnico (fisiopatologia, farmacodinâmica, farmacocinética, interações, efeitos adversos, entre outros) e jurídico (regulamentação sanitária e profissional, além do código de ética da profissão), bem como as habilidades e atitudes voltadas para o uso racional de medicamentos, sejam transpostos para a prática profissional.
Tendo em vista que a dispensação é uma atividade realizada em um contexto multiprofissional, o farmacêutico, profissional capaz de interagir com os prescritores e os pacientes, deve possuir o quesito informação como alicerce desta relação, a qual deve envolver aceitação e confiança mútuas, ou seja, deve-se estabelecer uma parceria terapêutica. A informação repassada deve ser confiável e baseada em evidências (CORRER et al, 2004; GALATO, 2008). De acordo com a Resolução CFF nº 357/01, a presença e atuação do farmacêutico é requisito essencial para a dispensação de medicamentos aos pacientes, cuja atribuição é indelegável, não podendo ser exercida por mandato nem representação (BRASIL, 2001).
3.1 Erro de prescrição
A segurança dos pacientes passa pela preocupação de como os medicamentos são prescritos, dispensados, administrados e monitorados nos estabelecimentos de saúde. Quanto melhor preparado estiver um serviço de saúde visando à prevenção de erros, mais seguro estará o paciente. Uma das abordagens sobre esse tema é o desenvolvimento de programas de avaliação e prevenção de erros de mediação em todas as instituições de saúde.
Erro de medicação é qualquer evento evitável que, de fato ou potencialmente, pode levar ao uso inadequado de medicamento. Isso significa que o uso inadequado pode ou não lesar o paciente, e não importa se o medicamento se encontra sob o controle de profissionais de saúde, do paciente ou do consumidor (ANVISA,2016).
O erro pode estar relacionado à prática profissional, produtos usados na área da Saúde, procedimentos, problemas de comunicação, incluindo-se prescrição, rótulos, embalagens, nomes, preparação, dispensação, distribuição, administração, educação, monitoramento e uso de medicamentos (ANVISA,2016).
A possibilidade da prevenção é uma das diferenças marcantes entre as reações adversas e os erros de medicação. Os erros de medicação são por definição preveníveis.
As causas mais comuns dos erros são as comunicações insuficientes ou inexistentes; ambiguidade nos nomes dos produtos, semelhanças físicas entre produtos; semelhanças na forma de escrita dos nomes dos produtos; semelhanças entre a sonoridade dos nomes de produtos e procedimentos; formas de recomendações de uso, abreviações médicas ou formas de escrita; procedimentos e técnicas inadequadas ou incorretas; uso indevido pelo paciente pela pouca compreensão do seu uso adequado (ANVISA,2016).
Geralmente, os erros de medicação são eventos complexos, envolvendo múltiplas etapas, procedimentos e pessoas.
Por isso, é necessária uma revisão de todas as etapas do ciclo do medicamento para a identificação da cadeia de falhas, quando da investigação de um erro. 
3.1.1 Erro de prescrição interfere na farmacoterapia
De acordo com Quinilha e Correr (2010), são os idosos as pessoas que possuem maior número de diagnósticos e de uso de medicamentos; assim, a possibilidade do surgimento de problemas relacionados aos medicamentos é superior quando comparada à de pessoas jovens. Portanto, há necessidade de profissionais com conhecimento sobre as alterações fisiológicas e farmacológicas que ocorrem nos idosos, bem como sobre o uso de medicamentos por este grupo, a fim de avaliar a terapia prescrita e, quando necessário, sugerir alterações para otimização do tratamento.
Visando as faixas etária e principalmente a dos idosos a prescrição medicamentosa envolve o atendimentodas mudanças naturais da idade, tanto estrutural quanto funcional, de órgãos e sistemas que podem alterar a farmacocinética e a farmacodinâmica do medicamento, desta forma, a prescrição inadequada (erro de prescrição) no paciente idoso pode acarretar um aumento de reações adversas (ROMANO-LIEBER et al., 2002).
A polifarmácia, ou polimedicação, consiste na utilização simultânea de múltiplos fármacos/medicamentos. Este conceito tem habitualmente uma conotação negativa porque está, muitas vezes, associado à utilização inapropriada de medicamentos, mais que à sua utilização racional. O que importa é avaliar se o perfil da medicação é excessivo ou desnecessário. A combinação de fármacos pode ser benéfica, apropriada e suportada por evidência, em diversas situações clínicas como, por exemplo, a prevenção primária da doença macrovascular na diabetes, que pode justificar o tratamento com um ou mais hipoglicemiantes orais e/ou insulina, um ou mais anti-hipertensores, terapêutica hipoglicemiante e ácido acetilsalicílico. A polifarmácia tem maior prevalência em pacientes com idade mais avançada, devido ao maior número de doenças crônicas que se manifestam com o avançar da idade e de opções farmacológicas voltadas para essa faixa etária (BROEIRO et al., 2008; ROUTLEDGE et al., 2004).
Para além das medidas importantes acima descritas, segundo Wannmacher (2005), os erros com medicamentos associam-se a fatores relacionados a: pacientes, profissionais da saúde, sistemas de saúde, formação graduada e educação continuada dos profissionais envolvidos, polifarmácia, uso de preparações injetáveis, automedicação e outros. Alguns erros ocorrem mais frequentemente com determinados fármacos administrados a pacientes de alto risco (na dependência de gênero, idade, peso, função renal, comorbidades) que devem ser mais estritamente monitorizados.
Muitas são as condições facilitadoras para que os erros aconteçam no sistema de saúde e, em geral, existe em relação a eles uma espécie de silêncio consentido entre as partes envolvidas: organizações provedoras de serviços, órgãos de classe, instituições reguladoras, profissionais da área e pacientes. Cada uma acredita que a outra está fazendo o que deve ser feito até o momento em que os erros acontecem. A partir daí, principalmente quando o erro é grave, desencadeia-se uma forte pressão para se descobrir o culpado, normalmente representado por um indivíduo (ROSA e PERINI, 2003).
Os erros na medicação podem acarretar sérias consequências aos pacientes, profissionais e instituições de saúde. Estes erros resultam de múltiplas causas, dentre elas a ilegibilidade e falta de informações das prescrições. Em um hospital de Fortaleza foram analisadas 167 prescrições. 78 (46,7%) das prescrições foram consideradas pouco legíveis ou ilegíveis. As principais informações ausentes nos itens medicamentos foram: forma farmacêutica (84,0%) e concentração (61,5%) e a abreviaturas foram mais utilizadas na via de administração (37,2%) e posologia (35,2). A denominação esteve presente em 63,4% das prescrições. A identificação do prescritor estava ilegível em 147 (88,0%) prescrições. Estes resultados sugerem que se faz necessário instituir, junto aos prescritores, medidas que reforcem os benefícios de uma prescrição correta e completa, para diminuir o risco de erros de medicação (AGUIAR et al.,2006).
3.1.2 Erro de dispensação
As farmácias têm como sua principal função a dispensação dos medicamentos de acordo com a prescrição médica, nas quantidades e especificações solicitadas, de forma segura e no prazo requerido, promovendo o uso seguro e correto de medicamentos e correlatos. As farmácias hospitalares no Brasil, nas últimas duas décadas, têm evoluído e se organizado com o objetivo principal de contribuir para a qualidade da assistência à saúde e, tendo o medicamento como instrumento para o pleno exercício dessa função, devem ter como foco de sua atenção o paciente e suas necessidades (CFF, 2006). Assim, sua organização e sua prática devem prevenir que erros de dispensação aconteçam.
O erro de dispensação é definido como a discrepância entre a ordem escrita na prescrição médica e o atendimento dessa ordem. No ambiente hospitalar, são erros cometidos por funcionários da farmácia (farmacêuticos, inclusive) quando realizam a dispensação de medicamentos para as unidades de internação (COHEN, 1999; FLYNN et al., 2003). Podem gerar oportunidades de erros de administração de medicamentos, e muitos destes erros podem ser interceptados pelos profissionais de enfermagem, não atingindo os pacientes. Os erros de dispensação podem ser assumidos como um indicador da qualidade do serviço prestado pela farmácia hospitalar.
Alguns procedimentos foram preconizados por Leape et al. (2000) e pela Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations – JCAHO (2001) e pelo National Quality Forum – NQF (LÓPEZ, 2004) com o objetivo de reduzir e prevenir os erros de medicação. São eles: diminuir a complexidade, simplificando e padronizando procedimentos – reduzir o número de passos ou etapas no processo de trabalho, limitar a variedade de medicamentos, equipamentos, suprimentos e regras no processo de trabalho; aperfeiçoar padrões de comunicação – facilitando a transferência de informação e a comunicação clara; respeitar limites de vigília e atenção e reduzir as tarefas que dependam do uso da memória – os sistemas e tarefas devem ser desenhados de modo que respeitem a carga de trabalho, o ritmo circadiano, a pressão do tempo, os limites de memória e as propriedades de vigília humana; encorajar relatos de erros e condições de risco – o conhecimento dos erros pode reduzir os riscos de ocorrência; automatizar os processos e incorporar barreiras ou restrições (automatizadas ou não) que limitem ou obriguem a realização dos procedimentos de determinada forma; antecipar e analisar os possíveis riscos derivados de mudanças nos processos de trabalho, para prevenir erros antes e não depois que ocorram; aperfeiçoar o acesso às informações relativas a medicamentos.
 Nas farmácias, os farmacêuticos são responsáveis pela dispensação da medicação com precisão e para isso devem desenvolver e seguir procedimentos operacionais que previnam erros e garantam que os medicamentos sejam distribuídos com segurança aos pacientes.
 Dez passos são considerados fundamentais para promoção de uma dispensação segura (COHEN, 1999): 1. armazenar em local seguro e diferenciado aqueles medicamentos que possam causar erros desastrosos, utilizando sinais de alerta e armazenando-os em locais separados dos demais; 2. desenvolver e implantar procedimentos meticulosos para armazenamento dos medicamentos, armazenando-os por ordem alfabética segundo a denominação genérica; prateleiras, armários e gaveteiros organizados de acordo com a forma farmacêutica, colocando em áreas separadas sólidos orais, líquidos orais, injetáveis de pequeno volume e de grande volume e medicamentos de uso tópico; implantação de normas de conferência dos medicamentos armazenados para evitar que sejam guardados em locais errados ou misturados com outros itens; 3. reduzir distrações, projetar ambientes seguros para dispensação e manter um fluxo ótimo de trabalho – no momento da separação da medicação distrações como telefone, música e conversas paralelas devem ser evitados no ambiente de trabalho; 4. usar lembretes para prevenir trocas de medicamentos com nomes similares, tais como rótulos diferenciados, notas no computador ou no local da dispensação; 5. manter a prescrição e a medicação dispensada juntas durante todo o processo, procedimento importante na prevenção de trocas de medicamentos, evitando que uma medicação prescrita para um paciente seja dispensada para outro; 6. efetuar a conferência do conteúdo da prescrição – a avaliação das prescrições deve ser realizada pelo farmacêutico antes do início da separação dos medicamentos, evitando que possíveis erros de prescrição se tornem erros de dispensação, e esclarecendo dúvidas em relação à caligrafia médica (a interpretaçãoou dedução do conteúdo da prescrição nunca deve ser feita e dúvidas esclarecidas pelo prescritor devem ser documentadas por escrito); 7. comparar o conteúdo da medicação com a informação do rótulo e a prescrição, procedimento que previne a dispensação de medicamentos por ventura armazenados junto com outros ou que apresentem problemas na rotulagem; 8. registrar o código de identificação do produto prescrito no computador – em farmácias informatizadas este registro permite a verificação automatizada da prescrição e dos medicamentos separados para dispensação; 9. efetuar a conferência final da prescrição com o resultado da dispensação – o uso da automação, tal como código de barras, é efetivo nessa fase; nas farmácias sem informatização a conferência deve ser manual, sendo que algumas estratégias podem facilitar o trabalho de conferência e torná-lo mais eficaz na detecção dos erros, como por exemplo a conferência das prescrições de grupos de pacientes de alto risco, como pediatria e insuficientes renais crônicos. Pode-se optar também pela conferência das prescrições com medicamentos que apresentem maior risco de causar danos aos pacientes, como os medicamentos potencialmente perigosos ou com índice terapêutico reduzido (PEDERSEN et al., 2003);10. aconselhamento ao paciente – os pacientes devem ser informados sobre o tratamento terapêutico, saber para que e porque estão utilizando os medicamentos, quais os seus efeitos, os horários de administração e as reações adversas que poderão ocorrer. Existem técnicas adequadas para repassar estas informações a eles ou a seus cuidadores, em caso de pacientes incapacitados ou hospitalizados sem condições de participação. O paciente bem informado pode ser um aliado na prevenção de que um erro de dispensação se configure em um erro de administração.
A prescrição informatizada é um sistema no qual o médico redige a prescrição diretamente no computador, enviando-a para a farmácia por via eletrônica. O procedimento evita dificuldades em relação à caligrafia e às prescrições ambíguas e incompletas. Uma trava eletrônica impede e avisa se faltam informações que permitam a finalização da prescrição. Segundo Bates et al. (1999), aproximadamente 80% dos erros de medicação podem ser prevenidos por esse processo, principalmente aqueles devidos ao esquecimento da definição da dose do medicamento. Existem formatos padronizados de prescrições eletrônicas integradas aos testes laboratoriais. Por exemplo, se o médico prescreve digoxina, o último resultado do exame laboratorial de potássio é colocado na tela. A implantação desse tipo de sistema em um hospital americano resultou em diminuição de 81% nas taxas de erros de medicação. As informações fornecidas pelo computador podem ser genéricas ou específicas do paciente e dão suporte rápido às decisões médicas. Alertas notificam aos médicos sobre interações medicamentosas, alergias ou mudanças fisiológicas recentes do paciente.
O NQF, organização americana que reúne mais de 190 organizações vinculadas à saúde, tem como objetivo encontrar estratégias em nível nacional para melhorar a qualidade da assistência sanitária. Em 2003 publicou um conjunto de práticas de segurança para prevenir erros assistenciais nas quais se destacam, em relação ao papel do farmacêutico, as seguintes (LÓPEZ, 2004): participação ativa em todos os processos do sistema de utilização dos medicamentos, incluindo sua disponibilidade para interconsultas com os prescritores sobre os medicamentos prescritos, revisão de prescrições, preparação e dispensação dos medicamentos e monitorização dos tratamentos; os farmacêuticos devem revisar todas as prescrições e o perfil completo da medicação do paciente antes de dispensar os medicamentos, exceto naquelas circunstâncias nas quais a revisão poderá causar atraso clinicamente inaceitável; a revisão da prescrição deve ser documentada no prontuário do paciente; devem ser estabelecidas normas e procedimentos sobre o papel do farmacêutico no sistema de utilização de medicamentos; quando não se dispõe da presença continua de um farmacêutico na farmácia, deve-se disponibilizar comunicação telefônica ou acesso a outra farmácia que disponha do profissional durante 24 horas. Vários trabalhos, ao longo dos anos, têm demonstrado que o envolvimento do farmacêutico nas atividades clínicas produz resultados surpreendentes. De acordo com Raehl et al. (1996), o desenvolvimento da farmácia clínica em hospitais dos Estados Unidos, até o ano de 1992, mostrou uma associação estatisticamente significativa entre o número de farmacêuticos com atividades clínicas e a redução na taxa de mortalidade hospitalar. Além disso, outros estudos avaliando o impacto dos serviços farmacêuticos clínicos em hospitais mostram uma diferença no período de hospitalização entre grupos de pacientes monitorizados por farmacêuticos e grupos controle, sugerindo que as atividades de vigilância farmacêuticas diminuem o período de hospitalização através da prevenção do aparecimento de reações adversas a medicamentos (KELLEY et al., 1980; HERFINDAL et al., 1983; CLAPHAN et al., 1988). A incorporação e a integração do farmacêutico na equipe de saúde, exercendo atividades clínicas, favorece a prática de uma terapia segura e eficaz e possibilita maior interação com o paciente (ASHP, 1991). Estudo realizado em uma unidade de terapia intensiva mediu o efeito da participação do farmacêutico na incidência de erros de medicação causados por erros na prescrição. O trabalho do farmacêutico consistia no acompanhamento das visitas médicas, com posterior esclarecimento ou correção das prescrições, sugestões de terapias alternativas, informações sobre os medicamentos e identificação de interações medicamentosas. O estudo registrou redução significativa dos erros com economia de U$ 270.000 dólares por ano e boa adesão por parte dos médicos (LEAPE et al., 1999). Scarsi et al. (2002) demonstraram que farmacêuticos clínicos treinados para reconhecer, entender e prevenir os erros de medicação, e que participaram das visitas médicas realizadas diariamente em um hospital americano de 600 leitos, promoveram uma redução dos erros de medicação de 51%. 
3.1.3 Reação adversa medicamentosa
embora os medicamentos sejam formulados, indiscutivelmente sob critérios de proteção e segurança, convive-se com o risco associado ao seu uso. Motivos diversos expõem as pessoas a efeitos indesejados. A utilização de medicamentos em situações não indicadas ou em circunstâncias que desrespeitem os critérios de uso racional pode provocar danos. É comum haver consequências como intoxicação. Ainda que sejam respeitados os critérios de segurança, pode-se deparar com uma RAM (reação adversa ao medicamento), definida como “reação nociva e não-intencional (...), que ocorre em doses normalmente usadas no homem para profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou para a modificação de funções fisiológicas” (OMS,2004). Para prevenir ou reduzir os efeitos nocivos manifestados pelo paciente e melhorar as ações de saúde pública, é fundamental dispor de um sistema de farmacovigilância (OMS,2004). Conforme define a OMS (Organização Mundial de Saúde), farmacovigilância é a “ciência relativa à identificação, avaliação, compreensão e prevenção dos efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados a medicamentos” (ANVISA,2016).
4 FARMACOVIGILANCIA
De acordo com o conceito da Organização Mundial de Saúde (OMS), a farmacovigilância é definida como “a ciência e atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos”. 
Cabe à farmacovigilância identificar, avaliar e monitorar a ocorrência dos eventos adversos relacionados ao uso dos medicamentos comercializados no mercado brasileiro, com o objetivo de garantir que os benefícios relacionados ao uso desses produtos sejam maiores que os riscos por eles causados.
Além das reações adversas a medicamentos, são questões relevantes para a farmacovigilância: eventos adversos causados pordesvios da qualidade de medicamentos, inefetividade terapêutica, erros de medicação, uso de medicamentos para indicações não aprovadas no registro, uso abusivo, intoxicações e interações medicamentosas
Para que um novo medicamento seja registrado na Anvisa, sua qualidade, eficácia e segurança devem ser comprovadas por meio de estudos clínicos realizados de acordo com padrões de evidência científica. Entretanto, embora retratem o perfil do medicamento de maneira satisfatória, esses estudos possuem certas limitações, especialmente no que se refere ao conhecimento sobre a segurança do produto. Isso porque existe uma limitação no número de indivíduos que participam de tais estudos e no tempo de exposição dos indivíduos ao tratamento. Ademais, alguns grupos populacionais, como crianças, gestantes e idosos são excluídos desses estudos devido a questões éticas. Após a comercialização do medicamento e a sua utilização por uma grande quantidade de indivíduos, eventos raros e eventos decorrentes de uma exposição em longo prazo passam a ocorrer.
Um sistema de farmacovigilância deve ser capaz de identificar possíveis problemas relacionados ao uso de medicamentos de forma efetiva e oportuna, a fim de prevenir ou minimizar eventuais danos à saúde dos indivíduos.
 As ações de farmacovigilância no Brasil já eram amparadas por legislações gerais, como a Lei Federal nº 6360/76, a Lei Federal n º 9782/99, a Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 3/89 e a Portaria do Ministério da Saúde 3916/98. Além disso, diversas legislações de registro de medicamentos solicitavam dados de farmacovigilância na ocasião da renovação do registro.  
Em 2009, a Anvisa publicou a primeira norma específica de farmacovigilância destinada aos detentores de registro de medicamentos, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 04, de 10 de fevereiro de 2009. No mesmo ano, foram publicados – por meio da Instrução Normativa (IN) nº 14, de 27 de outubro de 2009 – os Guias de Farmacovigilância para Detentores de registro de Medicamentos relacionados à RDC 04. A partir da vigência da RDC nº 04, a notificação de eventos adversos relacionados ao uso de medicamentos passou a ser compulsória a todos os detentores do registro de medicamentos em território nacional. Estabeleceu-se a inspeção em farmacovigilância – procedimento realizado pela agência reguladora para verificar a existência de um sistema de farmacovigilância nas empresas farmacêuticas, além do cumprimento de outras exigências legais. Ademais, foi exigido o envio de Relatórios Periódicos de Farmacovigilância (RPF) e de Planos de Farmacovigilância à Anvisa de forma periódica. Nos casos de problemas específicos relacionados à segurança dos medicamentos, a Anvisa pode exigir, ainda, a elaboração de Planos de Minimização de Risco.
Como consequência do fortalecimento das bases legais da farmacovigilância no Brasil, a Anvisa tem incluído cada vez mais ações de vigilância pós-comercialização de medicamentos. Têm-se, como exemplos dessas ações, a publicação de normas que estabelecem a notificação, pelos profissionais de saúde, de eventos adversos associados ao oseltamivir (RDC 45/2009), à talidomida (Resolução do MS 11/2011) e à sibutramina (RDC 50/2014).
A Anvisa também publicou a RDC 36/2013, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e torna compulsória a notificação de eventos adversos pelo Núcleo de Segurança do Paciente do serviço.
Além das legislações já citadas, várias outras leis, portarias e resoluções federais dão suporte legal às ações de farmacovigilância no Brasil. Essas legislações estão citadas no Quadro:
 
	Outras legislações que dão suporte às atividades de farmacovigilância no Brasil
	Portaria n.º 802, de 08 de outubro de 1998
	Determina que, em caso de reclamações, observações e reações adversas, os distribuidores devem imediatamente separar o lote e comunicar ao detentor do registro e à autoridade sanitária.
	Portaria n.º 06, de 29 de janeiro de 1999
	Define que a autoridade sanitária local deve estabelecer mecanismos para a farmacovigilância dos medicamentos a base das substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS nº 344/98 (e atualizações), instituindo um modelo específico de ficha de farmacovigilância para os medicamentos retinóides de uso sistêmico e de formulário de notificação de suspeita de reação adversa.
	 Portaria do Ministério da Saúde nº 696, de 7 de maio de 2001
	Institui o Centro Nacional de Monitorização de Medicamentos (CNMM), sediado na Unidade de Farmacovigilância da Anvisa.
	Decreto nº 3.961, de 10 de outubro de 2001
	Altera o Decreto nº 79.094/77, que regulamenta a Lei nº 6.360/76, incluindo a farmacovigilância nas ações de vigilância sanitária, como forma de investigar os efeitos que comprometem a segurança, a eficácia ou a relação risco-benefício de um produto.
	Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº. 233, de 17 de agosto de 2005
	Determina que o fabricante de extratos e produtos alergênicos disponha de um sistema de registro e estatística para estudo de farmacovigilância e que, quando houver experiência clínica, os dados farmacotoxicológicos sejam substituídos por estudos de farmacovigilância ou ensaios clínicos.
	Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 67, de 8 de outubro de 2007
	Define, como atribuição do farmacêutico na farmácia de manipulação, participar de estudos de farmacovigilância e informar às autoridades sanitárias a ocorrência de reações adversas e/ou interações medicamentosas não previstas.
	Portaria nº 1660, de 22 de julho de 2009
	Institui o Sistema de Notificação e Investigação em Vigilância Sanitária - Vigidos, no âmbito do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, como parte integrante do Sistema Único de Saúde - SUS.
	Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009
	Estabelece que o farmacêutico das farmácias e drogarias deve contribuir para a farmacovigilância, notificando a ocorrência ou suspeita de evento adverso ou queixa técnica às autoridades sanitárias.
	Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 47, de 8 de setembro de 2009
	Determina que a Anvisa pode exigir alterações nos textos de bulas, sempre que julgar necessário, com base em informações provenientes da farmacovigilância.
	Resolução - RDC nº 60, de 26 de novembro de 2009
	Estabelece que os procedimentos adotados para as notificações de eventos adversos a medicamentos devem ser os mesmos para as amostras grátis.
	Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 64, de 18 de dezembro de 2009
	Inclui, na documentação para o registro de radiofármacos, a apresentação do Relatório de Farmacovigilância atualizado, de acordo com a legislação em vigor, com dados obtidos de estudos clínicos e da comercialização do produto em outros países, quando aplicável. Para a renovação do registro, devem ser apresentados dados de farmacovigilância. Esses dados podem ser requisitados pela Anvisa antes dos prazos definidos.
	Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 49, de 20 de setembro de 2011
 
	Exige, na ocasião de renovação do registro de medicamentos biológicos, a apresentação do Relatório Periódico de Farmacovigilância, do Plano de Farmacovigilância e do Plano de Minimização de Risco em situações específicas relacionadas à segurança do medicamento.
	Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 26, de 13 de maio de 2014
 
	Inclui, na documentação para o registro de fitoterápicos, o Documento de Descrição do Sistema de Farmacovigilância da empresa. Para a renovação do registro, devem ser seguidas as exigências da RDC 04/2009.
	Portaria nº 650, de 29 de maio de 2014
	Aprova e promulga o Regimento Interno da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa e da outras providências.
No Brasil, a farmacovigilância até pouco tempo não passava de um conceito de pouca ou nenhuma aplicação prática. Atualmente, para mudar esta situação estão sendo disponibilizados meios para a sistematização das notificações. Este esforço tem sido verificado, principalmente, nos Estados de Santa Catarina e São Paulo com a realização das oficinasde notificação, programa este conhecido como Farmácia Notificadora. Nestes treinamentos, os farmacêuticos são motivados a realizar as notificações de problemas relacionados à farmacoterapia, sejam eles referentes às reações adversas ou aos desvios de qualidade (Anvisa, 2006). Igualmente, vários países já têm destacado o processo de identificação de Problemas Relacionados à Farmacoterapia como um possível fornecedor de informações para a realização de notificações, em especial, de reações adversas (Herrera Carranza, 2002). Quando se observam os tipos de problemas que podem ser identificados no processo de dispensação observasse que, muitas vezes, as causas podem estar relacionadas às questões de notificação apresentadas anteriormente. A prioridade deve ser sempre dada a notificações de problemas relacionados a novos medicamentos e a desvios de qualidade que realmente possam prejudicar a saúde da população. No entanto, reforça-se a necessidade da criação de bancos de dados sobre o perfil de morbidade e mortalidade relacionado com medicamentos no Brasil, e a relevante contribuição para a saúde pública que os farmacêuticos em hospitais e farmácias comunitárias podem realizar em termos econômicos e sociais para o país.
5 CONCLUSÃO
Através das citações de diversos autores ficou provado que o conhecimento e a informação são aliados na prevenção dos erros. Um paciente bem informado sobre tudo a ele prescrito minimiza a ineficácia farmacoterápicas pois, o coloca na posição de elemento principal na cadeia de prevenção de erros. Da mesma forma, um corpo de profissionais que conhece todos os procedimentos o complexo sistema de dispensação e a utilização de medicamentos em uma instituição, bem como seus respectivos riscos potenciais, e se mantém informado sobre eventos que acontecem e que providências devem ser tomadas estará bem preparado para orientar o paciente na promoção a saúde. E certamente mais propenso a agir de forma orgânica e solidária.
A tecnologia não será o fim de erros de prescrições e de dispensações medicamentosas por mais que o sistema seja informatizado e moderno os erros continuam acontecendo por falta de união multidisciplinar, falta de sensibilização por parte do corpo de saúde pelos pacientes gerando assim ineficácia farmacoterápicas.
 No entanto, a presença do farmacêutico exercendo atividades clínicas, como medida isolada, não é suficiente para minimizar os erros de medicação. É fundamental que o âmbito que envolva o uso de medicamentos adote um sistema seguro e eficiente de dispensação medicamentosa, com participação ativa do farmacêutico, englobando as diversas medidas de prevenção citadas neste trabalho, principalmente o mesmo adotando condutas morais, não sendo conivente aos erros de prescrição e analisando-as cautelosamente, usando a ética e as boas práticas farmacêutica principalmente em se tratando de receitas de controle especiais. 
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