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03 - Meio ambiente e Segurança do trabalho

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MEIO AMBIENTE - 
SEGURANÇA DO TRA-
BALHO EM CANTEI-
RO DE OBRAS
Ficha Técnica
Elabroração - SENAI – Departamento Regional da Bahia - Gleice Maria de Araujo Ribeiro / 
Luciana Silveira de Melo
Capa / Diagramação - Gabriel Araújo Galvão
Diretor Pedagógico - Edilvo de Sousa Santos
Índice
Qualidade ..........................................................................................................05
Segurança e Saúde ........................................................................................13
Condições Ambientais ..................................................................................25
Medidas Preventivas .....................................................................................30
Gestão de Resíduos na Construção Cívil ................................................40
Referências .......................................................................................................50
5
www.ineprotec.com.br
Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras
	 Entender	sobre	uma	edificação	e	as	etapas	da	sua	
construção	é	muito	importante	para	todo	trabalhador	da	
Construção	Civil.	E	além	de	estar	atento	às	questões	téc-
nicas,	é	preciso,	também,	se	preocupar	com	a	qualidade	
do	produto,	com	os	cuidados	com	a	segurança	de	todos	e
com	o	meio	ambiente.
	 E	é	pensando	na	qualidade	e	na	segurança,	que	
todos	os	envolvidos	na	construção	civil	precisam	ter	sem-
pre	as	informações	corretas	e	estar	devidamente	treina-
dos,	tanto	no	saber	fazer	o	serviço,	quanto	na	qualidade	
do	produto	final.
	 Primeiro,	para	você	entender	sobre	o	tema	qua-
lidade,	é	preciso	estudar	os	principais	conceitos	associa-
dos a ela e todo este movimento das empresas constru-
toras	em	oferecer	um	bom	produto	ao	mercado.
1.1 CONCEITO
	 O	 que	 é	 um	 produto	 com	 qualidade?	 Dizemos	
que	um	produto	tem	qualidade	quando	ele	é	adequado	
ao	uso	e	 atende	às	 exigências	das	normas,	 das	 leis,	 do	
cliente,	dentre	outros.	É	um	produto	que	atende	ao	que	
o	cliente	precisa.	Em	outras	palavras,	qualidade	é	saber	
fazer	o	trabalho	correto	da	1ª	vez.	É	saber	o	que	o	cliente	
quer	e	precisa	e,	por	fim,	atender	a	estas	exigências.
 Mas como o trabalhador pode pensar em quali-
dade nas atividades?
Figura 1 -	Como	posso	realizar	o	trabalho	com	qualidade?
Fonte: SENAI, 2012
 
	 Para	se	ter	qualidade	nas	obras	é	preciso	ter	pro-
jetos	que	descrevam	as	características	da	construção	de	
forma	correta,	com	bons	materiais	e	equipamentos,	pro-
1. Qualidade cessos de trabalhos padronizados e pessoal treinado para 
executar	cada	tarefa.
	 Esses	cuidados	são	os	requisitos	básicos	que	de-
vem	ser	levados	em	consideração	na	hora	de	construir.
Requisitos	de	qualidade	são	características	principais	que	
a	obra	deve	apresentar.
	 Os	requisitos	devem	ser	definidos	de	forma	clara,	
entre	a	empresa	e	o	cliente.	Durante	o	processo	de	pro-
dução	o	prazo	de	entrega,	o	preço	e	a	qualidade	devem	
ser	sempre	levados	em	consideração.
	 Empresas	que	prestam	serviço	de	qualidade	ten-
dem	a	ter	mais	clientes	do	que	aquelas	que	não	apreciam	
a	qualidade	de	seu	produto	ou	serviço.
 Como você, trabalhador, pode então cooperar 
em relação à qualidade em suas atividades?
 
	 Antes	de	iniciar	os	serviços	é	necessário	refletir,	
planejar,	 analisar	 as	 sequências	das	 atividades	 e	princi-
palmente	passar	 por	 treinamentos.	O	 trabalho	 feito	 de	
forma	 correta	 evita	desperdício	de	materiais	 e	 retraba-
lhos	que	refletem	em	aumento	de	custo	para	a	empresa	
e	interferência	no	prazo	de	entrega	para	o	cliente.	
 Os retrabalhos	 são	 atividades	 relacionadas	 ao	
ato	de	refazer	alguma	tarefa	que	não	foi	realizada	dentro	
dos	requisitos	de	qualidade	estabelecidos	entre	o	cliente	
e	a	empresa.	Esses	 retrabalhos	estão	 relacionados	 com	
perdas	de	material	e	tempo	na	realização	das	atividades.	
Diminuir perdas faz parte da Gestão de Qualidade da em-
presa,	e	deve	ser	um	objetivo	de	todos.
Figura 2 -	Fique	atento	às	suas	atividades	para	evitar	retrabalhos	
Fonte: SENAI, 2012
Fique Alerta!
Toda obra deve ser entregue ao cliente de acordo 
com	 os	 requisitos	 e	 prazo	 de	 entrega	 combinados.	
Quando	o	cliente	receber	o	imóvel,	precisa	ficar	satis-
feito	por	ter	seus	requisitos	atendidos.
www.ineprotec.com.br6
Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras
	 Como	exemplo	de	retrabalho	na	construção	civil,	pode-
mos	destacar	a	seguinte	situação:	o	cliente	solicitou	uma	pintura	
fosca,	mas	por	um	erro	de	comunicação	foi	comprada	uma	tinta	
com	brilho,	sendo	usada	pelo	pintor.	Haverá	necessidade	de	refa-
zer	o	trabalho	para	adequar	ao	que	o	cliente	solicitou.
	 Existe,	na	maioria	das	empresas,	uma	equipe	de	pes-
soas	que	cuida	para	que	tudo	saia	conforme	combinado	com	
o	cliente.	Essas	pessoas	fazem	parte	da	Gestão da Qualidade e 
organizam	o	trabalho	para	que	o	cliente	receba	o	produto	e	fi-
que	satisfeito.	É	essa	equipe	que	trabalha	para	que	você	tenha	
todas	as	informações	necessárias	para	exercer	a	sua	função,	
evitando	retrabalho.	Além	disso,	a	Gestão	da	qualidade	orien-
ta	e	fiscaliza	a	obra	para	que	a	empresa	diminua	as	perdas.
	 Vamos	 entender	melhor	 o	 que	 significa	 gestão	 da	
qualidade	e	a	sua	importância	para	a	empresa.
1.2 GESTÃO DA QUALIDADE
 Gestão da qualidade	é	o	modo	de	gestão	pela	qual	a	
empresa	procura	implementar	a	política	e	os	objetivos	definidos.
 Por sua vez, a política da qualidade da empresa con-
tém	as	principais	diretrizes	relacionadas	à	qualidade.	A	admi-
nistração,	ou	diretoria	é	responsável	por	elaborar	e	divulgar	a	
política	e	os	objetivos	por	toda	a	empresa.
	 A	gestão	da	qualidade	para	as	empresas,	em	resumo,	
tem	como	objetivos	a	satisfação	dos	seus	clientes,	a	participação	
das	equipes	de	colaboradores	nas	ações	e	a	produtividade	nas	
atividades.
	 Você	deve	conhecer	a	política	de	qualidade	da	empresa	
em	que	trabalha	e	contribuir	para	que	ela	seja	cumprida.	Como	
você	pode	fazer	 isso?	É	simples!	Fazendo	o	seu	trabalho	com	
qualidade,	 evitando	desperdícios	ou	 retrabalhos,	 contribuindo	
com	seus	colegas	e	com	as	metas	estabelecidas	pela	diretoria.
	 Você,	 também,	 pode	 procurar	 saber	 mais	 sobre	 a	
política	da	qualidade	na	empresa	que	trabalha,	procurando	a	
pessoa	responsável.	O	setor	da	qualidade	oferece	treinamen-
tos	básicos	para	os	funcionários,	mostrando	o	que	a	empresa	
espera	de	cada	trabalhador.	Aproveite	e	tire	todas	as	suas	dú-
vidas	em	relação	a	isso.
Figura 3	-	Bate-papo	com	as	pessoas	da	gestão	da	qualidade
Fonte: SENAI, 2012
1.3 PRINCÍPIOS DE GESTÃO DA QUALIDADE: SATISFAÇÃO 
DO CLIENTE, PARTICIPAÇÃO E PRODUTIVIDADE
	 Para	que	você	entenda	de	forma	mais	fácil	sobre	
a	gestão	da	qualidade	é	importante	saber	quais	os	princí-
pios	que	estão	relacionados	a	ela.
	 Os	Princípios	de	Gestão	da	Qualidade	são	práti-
cas	indispensáveis	para	qualquer
empresa	que	deseja	iniciar	uma	gestão	focada	na	quali-
dade de seu produto
e/ou	serviço.	Vamos	abordar	os	três	principais:	satisfação	
do cliente, participação e produtividade.
Figura 4 -	Princípios	da	gestão	da	qualidade
Fonte: SENAI, 2012
• Satisfação do cliente
	 O	 primeiro	 princípio	 é	 a	 satisfação do clien-
te.	 Satisfazer	os	clientes	é	uma	necessidade	atual	de	
qualquer	empresa,	pois	eles	estão	cada	vez	mais	exi-
gentes.
	 E	que	exigências	são	essas?	Os	clientes	querem	
um	produto	que	dure	mais,	 que	 seja	bonito	e	que	não	
apresente	problemas.	As	empresas	que	não	buscam	qua-
lidade	em	seus	produtos	têm	ficado	para	trás	diante	des-
tas	exigências.
	 Os	clientes	são	a	razão	para	a	existência	da	em-
presa.	As	necessidades	deste	cliente,	com	relação	ao	pro-
duto	ou	serviço	oferecido,	devem	ser	atendidas.	Afinal,	
Fique Alerta!
	 As	empresas	que	atuam	com	qualidade	podem	
possuir	uma	certificação	chamada	de	ISO	9001!
	 A	ISO	9001	é	uma	norma	utilizada	como	refe-
rência	para	certificar	o	sistema	de	gestão	de	qualidade	
de	uma	empresa.	Empresas	que	atuam	com	qualidade	
e	atendem	aos	requisitos	da	ISO	9001	têm	seu	sistema	
de	gestão	certificado.7
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satisfazer	o	cliente	é	o	ponto	inicial	para	garantir	o	suces-
so	da	empresa	no	mercado.
• Participação
 A participação dos	trabalhadores	é	essencial	para	
garantir	a	qualidade	da	obra.	Todos	devem	se	envolver	no	
trabalho	de	modo	a	colaborar	com	a	equipe.
	 Para	a	empresa	chegar	a	essa	qualidade	é	preciso	
fazer	 uma	mudança	 cultural,	 implantar	 novos	 valores	 e	
eliminar	os	 conceitos	ultrapassados.	 Empresas	que	não	
garantem	a	participação,	dificilmente	terão	qualidade	em	
seus	produtos	e	serviços	prestados.
	 É	por	isso	que	cada	trabalhador	precisa	conhecer	
e	ajudar	a	cumprir	a	política	de	qualidade	da	empresa.	A	
qualidade	da	obra	depende	da	qualidade	do	trabalho	de	
cada	um.
	 A	 participação	 também	 envolve	 os	 clientes,	 os	
fornecedores	e	a	comunidade!
	 Isso	 mesmo!	 Assim	 como	 os	 trabalhadores,	 as	
pessoas envolvidas com a empresa devem estar atentas 
às	atividades	realizadas	por	ela,	para	que	a	qualidade	seja	
alcançada.
• Produtividade
 Em linhas gerais, produtividade é	a	relação	entre	
o	esforço	feito	e	o	resultado	do	trabalho.	Na	Construção	
Civil	 é	muito	 comum,	 por	 exemplo,	 se	 falar	 em	h.h/m²	
(homem	hora	por	metro	quadrado).	Por	exemplo,	quanto	
tempo	de	trabalho	dos	pedreiros	foi	necessário	para	le-
vantar	tantos	metros	quadrados	de	alvenaria.
	 Esta	 produtividade	 possui	 relação	 direta	 com	 o	
tempo	gasto	para	a	fabricação	de	um	produto	e/ou	reali-
zação	de	um	serviço.	Quanto	mais	você	economizar	tem-
po	em	suas	atividades,	maior	será	a	produtividade.
	 Se	você	consegue	realizar	uma	atividade	em	um	
tempo	 menor	 do	 que	 o	 especificado,	 você	 conseguirá	
produzir	mais	em	seu	dia	de	trabalho.	Com	isso,	todos	ga-
nham!	A	obra	é	entregue	no	prazo	e	o	cliente	fica	satisfeito.
1.4 A QUALIDADE COMO PROCESSO
	 Para	uma	empresa	alcançar	a	qualidade,	ela	deve	
buscar	controlar	todas	as	atividades	desenvolvidas	pelos	
seus	trabalhadores,	desde	o	diretor	até	os	operários.
 Dessa maneira, cada trabalhador da empresa 
deve assumir suas próprias responsabilidades no desem-
penho	de	suas	atividades.	Quando	há	um	bom	resultado
com	 relação	 à	 qualidade	 do	 produto	 de	 uma	 empresa,	
houve,	por	 trás,	um	conjunto	de	processos	 interdepen-
dentes	que	levaram	a	isso.
	 Desde	 a	 ideia	 de	desenvolver	 um	edifício	 até	 a	
sua	entrega	final	podemos	identificar	diversos	processos.	
Entre	eles,	destacam-se	quatro:
 O processo de projetos,	 no	 qual	 são	 definidas	
todas	as	características	do	edifício.	Neste	processo	há	vá-
rios	projetistas	envolvidos,	como	o	arquiteto,	o	projetista	
de	estruturas	e	instalações,	o	incorporador,	o	construtor,	
e	são	tomadas	as	decisões	que	vão	influenciar	a	venda	e	
a	construção	do	edifício.
 O processo de comercialização (venda), por sua 
vez,	recebe	as	informações	do	processo	de	projeto	e	tem	
como	resultado	final	a	venda	das	unidades	(apartamen-
tos,	salas,	dentre	outros)	para	os	clientes.	O	processo	de	
venda	 também	 tem	 influência	 na	 obra,	 por	 exemplo,	 é	
neste	 processo	 que	 são	 definidas	 modificações	 que	 os	
clientes	querem	executar	nas	suas	unidades.
 O processo de produção do empreendimento, 
que,	a	partir	das	 informações	dos	processos	de	projeto	
e	venda,	e	das	aquisições	dos	materiais	e	equipamentos	
são	executados	todos	os	serviços.	Podemos	dividir	o	pro-
cesso	de	produção	em	vários	sub-processos,	como:	exe-
cução	 de	 fundações,	 estruturas,	 vedações,	 instalações,	
dentre	outros,	como	você	já	viu	na	disciplina	de	“Tecno-
logia	Básica	para	a	Construção	Civil”.
	 Por	fim	temos	o processo de entrega do produto ao 
cliente.	Além	destes	processos,	há	vários	outros	que	auxiliam	
a	execução	do	edifício	como	o	processo	do	sistema	de	quali-
dade,	auditorias,	gestão	de	pessoas,	dentre	outros.
	 A	produtividade	é	importante,	mas	todas	as	ati-
vidades no canteiro de obras devem ser realizadas com a 
devida	segurança.	A	boa	segurança	na	obra	também	re-
flete	na	qualidade	do	produto	ou	serviço	oferecido.
	 Veja	 no	 diagrama	 a	 seguir	 um	 exemplo	 desses	
processos:
Figura 5 - A Qualidade passa por todos os processos da empresa
Fonte: SENAI, 2012
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1.5 NÃO CONFORMIDADES E SUAS CAUSAS
	 Você	já	ouviu	falar	de	não-conformidade?	Dizemos	que	há	uma	não-conformidade	sempre	que	não	se	cumpre	
um	requisito	que	foi	especificado.	Por	exemplo,	se	no	projeto	há	um	requisito	que	diz	que	as	paredes	devem	estar	ali-
nhadas	e	aprumadas	e	isso	não	acontecer,	dizemos	que	elas	estão	não-conformes!	Da	mesma	forma,	uma	fôrma	deve	
seguir	exatamente	o	que	está	no	projeto	estrutural.	Se	um	elemento	(viga,	por	exemplo)	estiver	com	a	largura	menor	
ou	maior	que	a	do	projeto,	também	estará	não-conforme.
	 Quando	estes	tipos	de	problemas	acontecem	é	preciso	investigar	as	suas	causas	e	tratá-las	de	forma	que	os	
problemas	(não	conformidades)	não	voltem	a	acontecer.	Este	é	o	processo	de	melhoria!	Vamos	fazer	cada	vez	melhor.	
E	é	para	controlar	a	qualidade	dos	produtos	que	são	feitas	inspeções.
	 Perceba	que	você,	trabalhador,	tem	um	papel	de	grande	importância	do	seu	trabalho	para	a	conformidade 
dos	produtos.
	 Para	investigar	as	causas	dos	problemas,	podemos	nos	perguntar	“por	que”!
	 Veja	o	exemplo	a	seguir:
Figura 6 -	A	importância	de	perguntar	o	porquê	na	investigação	das	não-conformidades
Fonte: SENAI, 2012
	 Viu?	Ao	nos	perguntarmos	“por	que”,	chegamos	à	causa	raiz	dos	problemas!
	 Outra	forma	de	chegarmos	à	causa	dos	problemas	é	o	Diagrama	de	Ishikawa.
9
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	 Esse	 diagrama	 é	 também	 conhecido	 como	Dia-
grama	de	espinha	de	peixe.
Observe:
Figura 7 -	Diagrama	de	Ishikawa	ou	Espinha	de	Peixe
Fonte:SENAI,	2013.
	 Através	do	diagrama,	podemos	perceber	6	(seis)	
diferentes causas da não conformidade:
	 •	Método;
	 •	Matéria-prima;
	 •	Mão	de	obra;
	 •	Máquinas;
	 •	Medição	(medidas);	e
	 •	Meio	Ambiente.
	 O	exemplo	visto	anteriormente	(espaçamento	er-
rado	dos	estribos	da	viga)	pode	ser	representado	através	
deste diagrama:
Figura 8 -	Diagrama	com	o	problema	especificado
Fonte: ADAPTAÇÃO SENAI, 2012
1.6 OS 5’S
	 Agora	que	você	já	se	familiarizou	com	a	qualida-
de	e	os	seus	princípios,	vamos	conhecer	mais	sobre	os	5S.	
Você	já	ouviu	falar	dos	5S	na	sua	vida	profissional?
 Veja a seguir como eles podem contribuir no seu 
trabalho.
	 Os	 “s”	 são	 iniciais	 de	 palavras	 japonesas.	 Cada	
palavra	é	um	senso,	no	total	de	cinco.
	 Observe	o	quadro	abaixo:
Quadro 2 -	Os	5	“S”
Fonte: SENAI, 2012
 O senso de utilização ajuda a selecionar as coisas 
que	não	são	necessárias,	enquanto	o	senso de ordena-
ção busca	colocar	cada	coisa	em	seu	lugar.
Figura 9 -	Senso	de	utilização
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013
Figura 10 -	Senso	de	ordenação
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013
 Manter o ambiente de trabalho sempre limpo 
tem	relação	com	o	senso de limpeza,	 já	o	senso de as-
seio	possibilita	as	condições	de	trabalho	favoráveis,	como	
Você Sabia?
	 Existe	uma	regulamentação	para	a	produção	e	
uso	da	argamassa	ARDM.	Procure	se	informar	melhor	
através	das	NBR’s	13530,	13529	de	1995	e	NBR	13749	
de	1996.
www.ineprotec.com.br10
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conservar	o	refeitório	e	o	banheiro	limpos	e	fazer	exames	
médicos	periódicos.
Figura 11 - Senso de limpeza
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013
Figura 12 - Senso de asseio
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013
	 Por	último,	o	senso de disciplina	está	relacionado	
com	o	cumprimento	das	normas	e	de	tudo	que	for	esta-
belecido	pelo	grupo.	Pelo	senso	da	disciplina,	mantemos
todos	os	outros	sensos.
Figura 13 - Senso de disciplina
Fonte: SENAI, 2013
11
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	 Veja,	no	quadro	a	seguir,	algumas	atividades	relacionadas	aos	5S:
Quadro 3 -	Atividades	relacionadasaos	5S
Fonte: SENAI, 2013
	 A	aplicação	dos	5S	pode	evitar	desperdícios,	liberar	áreas,	melhorar	relacionamentos	no	trabalho,	facilitar	as	
atividades	no	canteiro	e	melhorar	a	localização	de	recursos	utilizados.	Tem	sido	uma	excelente	ferramenta	para	im-
plantação	da	qualidade	nas	empresas.
	 São	muitos	os	benefícios	alcançados	pelas	empresas	quando	é	implantado	o	programa	5S.	Além	dos	já	citados	
acima, podemos destacar:
	 •	Redução	de	acidentes	na	obra;
	 •	Economia	de	tempo;
	 •	Reaproveitamento	de	recursos	na	obra;
	 •	Ambiente	de	trabalho	mais	agradável	e	saudável;
	 •	Estímulo	ao	trabalho	em	equipe.
	 A	prática	dos	5S	deve	ser	exercida	diariamente	em	seu	trabalho	e	todos	devem	colaborar	e	fazer	a	sua	parte.	
É	importante	que	percebam	a	melhoria	das	suas	ações,	que	interferem	no	produto	final	com	qualidade,	e	se	sintam	
orgulhosos	por	terem	mudado	os	seus	hábitos,	terem	contribuído	com	o	processo	e	construído	um	ambiente	de	tra-
balho	melhor	para	todos.
SENSO O QUE FAZER COMO FAZER 
Senso de Utilização Definir a quantidade de mate-
rial necessária para a obra. 
Faça a seleção dos materiais 
que servem e os que não 
servem, dando fim ao que 
não servir. Somente o que é 
essencial aos trabalhos deve 
ser selecionado. 
Senso de ordenação Ordenar o ambiente de traba-
lho para melhorar a execução 
das atividades pelos trabalha-
dores. 
Divida o canteiro em setores, 
identificando os responsáveis 
por cada setor. Demarque e 
separe áreas de movimen-
tação. Os locais de descarte 
devem estar bem definidos 
e sinalizados para facilitar as 
ações e evitar acidentes. 
Senso de Limpeza Providenciar material de lim-
peza e a limpeza dos equipa-
mentos e ferramentas. 
Faça uma pesquisa dos mate-
riais necessários em cada se-
tor, estabelecendo momentos 
diários de limpeza. Elimine o 
lixo e a sujeira do ambiente de 
trabalho, sempre colocando 
lixeiras espalhadas pela obra, 
inclusive nos andares. 
Os equipamentos também 
devem estar sempre limpos 
Senso de Asseio Conservar a higiene pessoal e 
a higiene de seu ambiente de 
trabalho. 
Participe de ações de cons-
cientização de higiene 
pessoal, tanto física quanto 
mental, em seu trabalho. Man-
tenha as roupas e os unifor-
mes limpos e procure sempre 
dialogar com os seus colegas. 
O trabalho diário deve ser, 
antes de tudo, agradável. 
Senso de Disciplina Reforçar o treinamento com 
os funcionários. 
Participe de palestras educa-
tivas e assista aos vídeos que 
demonstrem os 5S na empre-
sa. Siga as normas estabeleci-
das pela empresa, inclusive as 
normas de segurança. O local 
de trabalho deve ser bem 
disciplinado. 
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	 Um	dos	grandes	problemas	da	construção	civil	é	o	desperdício	relacionado	a	armazenamentos	inadequados	
de	materiais,	utilização	incorreta	dos	equipamentos,
dentre	outros.	Estes	desperdícios	aumentam	os	custos	de	produção.	
	 Saiba	também	que	não	adianta	ter	muitos	recursos	se	não	souber	utilizá-los,	ordená-los,	limpá-los,	conservá-
-los	e,	finalmente,	descartá-los	no	local	correto	ou	reciclá-los.	Diminuir	o	uso	de	recursos	também	é	muito	importante.
	 Veja	se	sua	empresa	pratica	os	5S.	Pratique	os	5S	no	seu	curso.	É	importante	que	todos	tenham	conhecimento	
destas	ações	na	empresa,	pois	elas	interferem	diretamente	nos	resultados	dos	trabalhos.
	 E	não	é	só	isso!	Os	5S	também	trazem	benefícios	para	a	vida	social	de	todos	os	trabalhadores.
Recapitulando
	 Neste	capítulo,	você	aprendeu	a	importância	da	gestão	de	qualidade	para	a	empresa	e	a	função	dos	5S:	
Senso	de	Utilização,	Senso	de	Ordenação,	Senso	de	Limpeza,	Senso	de	Asseio	e	Senso	de	Disciplina.	Os	5S	promo-
vem	uma	mudança	no	canteiro	de	obra	e	os	resultados	alcançados	refletem	tanto	na	qualidade	do	trabalho	quanto	
no	custo	das	obras.	Além	disso,	influencia,	de	forma	positiva,	no	processo	de	produção	de	maneira	geral,	do	início,	
entrega	do	produto	final	até	a	satisfação	do	cliente.
	 A	prática	dos	5S	também	pode	ser	feita	na	escola,	na	vida	em	comunidade,	inclusive	em	sua	própria	casa.	É	
um	processo	educativo	que	precisa	de	pratica	e	atenção.	Vamos	ver	se	você	se	lembra	de	tudo	que	estudou.	Realize	
os	exercícios	e	teste	seus	conhecimentos.	No	próximo	capítulo,	você	irá	estudar	a	necessidade	da	segurança	no	
trabalho	e	os	benefícios	para	a	saúde	do	trabalhador.
	 Continue	estudando!
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	 A	segurança	no	trabalho	e	a	saúde	são	aspectos	
tão	importantes	na	empresa	quanto	à	gestão	de	qualida-
de	e	a	entrega	de	produtos	ou	prestação	de	serviços.
 Todos, na obra, devem estar sempre atentos para 
as	normas	de	segurança	da	empresa.	O	trabalhador	que	
se	descuidar	com	relação	à	segurança	pode	colocar	a	sua	
vida e de seus colegas de trabalho em perigo
 Mas você sabe o que é um acidente?
	 O	acidente	é	algo	que	acontece,	de	forma	não	es-
perada	e	que	pode	causar	danos	pessoais,	materiais	e	até	
financeiros	para	o	trabalhador	e	para	a	empresa.
	 É	importante	que	você	saiba	quando	um	aciden-
te	é	considerado	acidente	de	trabalho,	quais	as	causas	e	
consequências,	e	como	podemos	evitá-lo.
2.1 ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS
	 Conceito	Legal	(LEI	8213/91	Art.	19	o	da	CLT):
	 Acidente	do	Trabalho	é	aquele	que	ocorre	pelo	
exercício	 do	 trabalho	 a	 serviço	 da	 empresa,	 provocan-
do	lesão	corporal	ou	perturbação	funcional	que	cause	a	
morte,	ou	perda,	ou	redução	permanente	ou	temporária	
da	capacidade	para	o	trabalho.
Figura 14 -	Acidente	de	trabalho:	queda	de	andaime
Fonte: SENAI, 2013
2. Segurança e Saúde
	 O	acidente	mostrado	na	figura	13	pode	provocar	
lesão	corporal,	doenças	e	até	morte	do	trabalhador,	a	de-
pender	da	sua	gravidade.
	 Exemplo:	um	trabalhador	está	realizando	um	ser-
viço,	em	cima	de	um	andaime	não	guarda	adequadamen-
te	sua	ferramenta	e	a	deixa	cair.	Caso	esta	ferramenta	não	
atinja	ninguém	será	considerado	um	 incidente causado 
por um desvio (o empregado não protegeu a ferramenta 
de	acordo	com	as	 instruções	de	segurança),	mas	caso	a	
mesma	ferramenta	caia	e	quebre,	será	um	acidente, po-
rém	sem	lesão	com	perda	material.	
 Nos momentos destinados a descansos e refei-
ções,	por	exemplo,	estando	no	local	de	trabalho,	o	tra-
balhador	é	considerado	a	serviço	da	empresa.	Portan-
to,	se	ocorrer	um	acidente,	será	considerado	acidente	
de	trabalho.	Se	o	acidente	Se	uma	queda	não	causar	
lesão ou perda para o trabalhador ou para empresa, 
ela	 é	 considerada	 um	 incidente,	 e	 não	 um	 acidente!	
ocorrer com o trabalhador no percurso de sua casa 
para	o	trabalho	ou	vice-versa,	este	acidente	é	conhe-
cido como acidente de trajeto, não importando o meio 
de	transporte	usado	para	locomoção:	carro	próprio,	a	
pé,	transporte	coletivo	urbano	e	até	transporte	forne-
cido	pela	empresa.
	 Deixa	de	ser	um	acidente	de	trajeto	quando	o	
trabalhador, por seus próprios interesses, modifica o 
seu	caminho	para	o	trabalho.
	 Veja	 alguns	 exemplos	 de	 situações	 onde	 pode	
ocorrer acidente fora do local e do horário de trabalho:
	 •	 Realização	 de	 serviço	 sob	 a	 autoridade	 da	
empresa;
	 •	 Viagem,	 inclusive	 para	 estudo,	 quando	 for	
financiada	pela	empresa,	para	melhor	capacitação	da	
mão	de	obra.
	 Alguns	 atos	 e	 condições	 são	 considerados	
abaixo	do	padrão	no	ambiente	de	 trabalho	e	podem	
se tornar mais graves, a depender da empresa e de 
como	o	trabalhador	está	cuidando	da	sua	segurança,	
seja	de	forma	individual	ou	em	grupo.
 As condições abaixo do padrão de segurança 
se	referem	ao	ambiente	em	que	o	trabalho	é	realiza-
do, e os atos abaixo do padrão de segurança são as 
ações	ou	desvios	do	trabalhador	na	realização	de	suas	
tarefas.
Fique Alerta!
 ASe	uma	queda	não	causar	lesão	ou	perda	para	o	traba-
lhador	ou	para	empresa,	ela	é	considerada	um	incidente,	e	não	um	
acidente!
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Figura 15	-	Condições	abaixo	do	padrãode	segurança
Fonte: SENAI, 2013
	 Se	o	funcionário	de	um	estádio	estiver	trabalhando	na	arquibancada	e	cair,	será	considerado	um	acidente	de	
trabalho.	Entretanto	se	ele	estiver	no	mesmo	estádio	e	durante	sua	folga	cair	da	arquibancada,	não	será	considerado	
um	acidente	de	trabalho.
	 Normalmente,	a	condição	abaixo	do	padrão	de	segurança	está	associada	à	falta	de	cuidado,	que	torna	o	am-
biente	de	trabalho	inseguro.
	 Exemplos	de	condições	abaixo	do	padrão:
Quadro 4 -	Condições	abaixo	do	padrão
Fonte: SENAI, 2013
	 Exemplos	de	atos	abaixo	do	padrão:
Quadro 5 -	Atos	abaixo	do	padrão
Fonte: SENAI, 2013
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ETAPAS NA OBRA EXEMPLOS DE CONDIÇÕES 
ABAIXO DO PADRÃO 
EXEMPLOS DE ATOS ABAIXO 
DO PADRÃO 
Na construção e instalação da 
empresa (arranjo físico inade-
quado) 
áreas pequenas para a quanti-
dade de pessoas e materiais; 
pisos escorregadios; 
falta de limpeza; 
desorganização dos materiais; 
falta de sinalização; 
andaimes de obras feitos com 
materiais inadequados; 
falta de treinamento. 
deixar de retirar entulhos; 
deixar de fazer coleta seletiva 
de materiais utilizados; 
sinalização inadequada. 
No maquinário (máquinas e 
equipamentos) 
máquinas e equipamentos 
com defeito e/ou sem prote-
ção; 
máquinas em estado precário, 
aquecidas; 
localização inadequada de 
máquinas e equipamentos; 
equipamentos com falta de 
aterramento. 
retirar proteções de maquinas 
e equipamentos; 
fazer manutenção com equi-
pamentos ligados; 
Utilização de ferramentas de-
feituosas ou inadequadas; 
manuseio incorreto, improvi-
sações. 
Na proteção do trabalhador proteção inadequada, insufi-
ciente ou ausente. 
instalação elétrica com fios 
desencapados. 
não utilizar o cinto de segu-
rança quando for trabalhar 
em altura ou o capacete de 
proteção contra impactos na 
cabeça, 
deixar de usar os EPI’s obriga-
tórios e específicos ao traba-
lho a ser executado. 
 Veja,	no	quadro	abaixo,	condições	e	atos	abaixo	do	padrão	relacionados	a	algumas	etapas	de	serviços	existen-
tes em uma obra:
Quadro 6 -	Condições	e	atos	abaixo	do	padrão	em	uma	obra
Fonte: SENAI, 2013
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 É	necessário	que	o	trabalhador	tenha	condições	seguras	de	trabalho	e	entenda	que	os	atos	abaixo	do	padrão	
são	causadores	de	acidentes	graves.
	 É	necessário	que	todos	os	envolvidos	como:	pedreiros,	pintores,	ajudantes,	engenheiros	e	também	os	visitan-
tes,	sigam,	de	forma	correta,	as	ações	que	devem	ser	tomadas	para	evitar	acidentes	de	trabalho.
	 Mas	em	relação	às	doenças	ocupacionais	o	que	é	preciso	saber?
Figura 16 -	Doença	ocupacional
Fonte: SENAI, 2013
	 As	doenças	ocupacionais	são	causadas	por	fatores	relacionados	com	a	atividade	e	o	ambiente	do	trabalho	ou	
em	razão	da	execução.
	 As	doenças	ocupacionais	se	subdividem	em:
 Doença Profissional	-	é	causada	pelo	exercício	da	profissão,	onde	o	trabalhador	tenha	ficado	exposto	ao	risco	
no	ambiente,	condições	e	técnicas	do	trabalho	que	exerce.
 Doença do trabalho	-	é	adquirida	ou	desencadeada	em	função	de	condições	especiais,	onde	o	trabalhador	se	
relacione	diretamente	com	o	agente	causador.
	 Ex:	Perda	auditiva	(surdez)	em	trabalho	realizado	com	muito	ruído.
	 Aqui	no	Brasil,	a	doença	ocupacional	também	pode	se	igualar,	em	condições	e	benefícios,	a	um	acidente	de	
trabalho.	Isso	porque,	a	doença	ocupacional	pode	afastar	o	trabalhador,	tanto	quanto	o	acidente.	Inclusive,	em	alguns	
casos,	o	trabalhador	pode	não	voltar	a	trabalhar.
	 É	sempre	muito	importante	estar	atento	aos	pequenos	sintomas	que	você	possa	sentir	nas	suas	atividades	de	
trabalho.	Procurar	o	médico	pode	garantir	que,	caso	haja	algum	problema	de	saúde,	seja	rapidamente	detectado	e	
tratado.
	 As	doenças	respiratórias	e	de	pele	são	as	doenças	ocupacionais	mais	comuns.	Como	exemplos,	temos	a	Sili-
cose	que	é	uma	doença	pulmonar	que	pode	aparecer	em	quem	trabalha	com	a	substância	química	conhecida	como	
Sílica.	Outra	doença	comum	é	a	Dermatite	de	Contato,	que	é	a	inflamação	da	pele	provocada	por	substâncias	químicas,	
como	o	cal.
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	 Na	construção	civil,	as	principais	doenças	ocupacionais	são:
Quadro 7 -	Principais	doenças	ocupacionais
Fonte: SENAI, 2013
2.2 PRIMEIROS SOCORROS
	 Os	primeiros	socorros	são	as	ajudas	prestadas	às	vítimas	de	um	acidente,	assim	que	ele	acontecer.	É	preciso	
que	a	pessoa	que	vai	socorrer	esteja	em	segurança	para	prestar	os	primeiros	socorros	a	uma	vítima	e,	antes	de	qual-
quer	ajuda,	verificar	os	feridos	e	que	tipo	de	ajuda	pode	prestar	nesse	momento.	
	 Os	acidentados	que	possuírem	ferimentos	mais	graves	deverão	ser	socorridosprimeiro.	Mas	atenção!	Antes	
de	começar	a	prestar	essa	ajuda	inicial,	a	pessoa	que	prestar	o	socorro	deve	ligar	para	os	serviços	de	ajuda	mais	pró-
ximos:	ambulâncias,	bombeiros	e	policiais.
	 Caso	você	não	tenha	treinamento	para	efetuar	primeiros	socorros,	melhor	não	prestar	a	ajuda.	Muitas	vezes,	
ao	invés	de	ajudar,	a	situação	do	ferido	pode	piorar.		Peça	ajuda	a	um	especialista	ou	a	uma	pessoa	que	tiver	sido	trei-
nada!
	 Se	a	vítima	for	removida	de	forma	inadequada,	ela	pode	sofrer	traumas	na	coluna	e	até	morrer.	Portanto,	
tenha	certeza	do	que	está	fazendo	porque	os	primeiros	socorros	se	forem	bem	sucedidos	podem	salvar	muitas	vidas,	
mas	se	forem	feitas	por	uma	pessoa	sem	experiência,	podem	causar	danos	irreversíveis.
DOENÇAS OCUPACIONAIS CAUSAS COMO EVITAR 
Perda de audição Exposição prolongada a ruídos 
acima de 85 db. (decibéis) 
Utilizar abafadores de ruídos. 
LER/DORT (Lesões por Esforço 
Repetitivo) / (Distúrbios Os-
teo-musculares relacionados 
ao Trabalho). 
Trabalhos repetitivos e por 
longos períodos 
Realizar exercícios no ambien-
te de trabalho. 
Pneumoconioses (silicose e 
asbestose). 
Inalação de partículas, sílica 
ou amianto. 
Uso de máscaras apropriadas 
Embolia gasosa ( bolhas de ar 
na corrente sanguínea). 
Trabalho embaixo d’água, com 
permanência ou equipamen-
tos indevidos. 
Utilizar os equipamentos cor-
retos, passar por descompres-
são antes de subir a superfície 
e evitar ficar muito tempo 
embaixo d’água. 
Lombalgia Carregamento de peso de 
forma inadequada. 
Evitar pegar peso em excesso, 
usar equipamento de trans-
porte. 
Insolação Exposição prolongada ao calor 
do sol. 
Utilizar protetor solar e evitar 
realizar tarefas embaixo do 
sol muito quente, ingestão de 
líquidos. 
Dermatite de contato (contato 
com cimento). 
Contato com cimento ou pro-
dutos que causem irritação 
da pele. 
Usar botas, luvas, tyvec, 
equipamentos adequados de 
proteção. 
Saiba Mais!
	 Existem	números	de	emergência	que	qualquer	pessoa	em	caso	de	emergência
pode	pedir	ajuda.	Procure	se	informar	sobre	os	telefones	do	SAMU,	Polícia
Militar	e	Bombeiros	e	ajude	a	salvar	vidas.
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Desmaio 
Ao perceber que a pessoa está prestes a des-
maiar: 
Sentar a pessoa e colocar a cabeça entre as per-
nas, ou deitá-la e elevar as pernas; 
Molhar a testa com água fria; 
Afrouxar as roupas. 
Se a pessoa já estiver desmaiada: 
Deitar a pessoa de barriga para cima e elevar as 
pernas acima do tórax, mantê-la com a cabeça 
de lado e mais baixa em relação ao restante do 
corpo; 
Afrouxar as roupas e manter o local arejado; 
Mantê-la confortavelmente aquecida; 
Logo que ela recuperar os sentidos é preciso 
mantê-la sentada por 10 minutos, caso contrário 
ela poderá voltar a desmaiar; 
Consultar o médico posteriormente. 
Não se deve dar de beber a vítima antes que ela 
recupere seus sentidos, pois ela pode sufocar ou 
até afogar-se com o líquido. 
	 Veja	como	realizar	os	primeiros	socorros	nas	situações	abaixo:
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Hemorragias (cortes) 
Coloque luvas de borracha ou de látex para evitar o 
contato com o sangue e o contagio de doenças; 
Observe a ferida para avaliar se a situação é grave; 
Seque a ferida com uma gaze ou um tecido limpo; 
Lave o corte com água e sabonete, principalmente nos 
locais sujos; 
Aperte a ferida com firmeza ou use uma atadura, para 
controlar a hemorragia; 
Se o sangramento não parar, coloque outra atadura 
por cima e aperte mais; 
Elevar o membro afetado acima do nível do tórax e 
manter a compressão direta; 
Não retirar objetos perfuro cortantes, evitando assim 
um sangramento maior; 
Se o ferimento for muito grave, chame uma ambulân-
cia ou vá até o pronto socorro mais próximo.
Queimadura 
Deixar o local queimado sob água corrente da torneira 
(não use gelo); cubra a área com um pano limpo úmi-
do; 
No caso de queimadura nas mãos, remova anéis, reló-
gio, pulseiras, antes que a área afetada inche; 
Se a queimadura for nos braços ou nas pernas, mante-
nha-os elevados para diminuir o inchaço; no caso de 
queimadura química nos olhos, enxágue abundante-
mente com água corrente, retire quaisquer lentes de 
contato; 
Nunca estoure bolhas, nem remova a pele descolada; 
Se a roupa colou na pele, não a descole, apenas corte 
o tecido ao redor; 
Dependendo da localização e da extensão, procure o 
mais rápido possível um pronto-socorro. 
Quadro 8 - Como realizar os primeiros socorros
Fonte: SENAI, 2013
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	 As	queimaduras	podem	ser	de	1º,	2º	e	3º	graus.	
Isso	varia	de	acordo	com	a	gravidade!	Queimaduras	leves	
que	saram	sozinhas	são	as	queimaduras	de	1º	grau.	Se	os	
primeiros socorros não forem realizados de forma corre-
ta,	pode	haver	piora	na	situação	do	acidentado!
2.3 PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIO
Teoria da Combustão
	 Você	sabe	como	o	incêndio	começa?	Para	enten-
der	melhor	essa	definição,	primeiro	você	precisa	saber	o	
que	é	fogo.
 Fogo	é	uma	reação	química	chamada	combus-
tão	(queima),	caracterizada	pelo	desenvolvimento,	ao	
mesmo tempo, de luz, calor e chamas de forma con-
trolada.
Figura 17 - Fogo
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013
	 Ponto	de	Combustão	é	a	temperatura	mínima	em	
que	o	combustível	começa	a	liberar	vapores	que,	em	con-
tato	com	o	oxigênio	se	inflama.
	 O	 Incêndio	é	a	presença	de	fogo,	de	forma	não	
controlada,	que	pode	causar	destruição	e	prejuízos	para	
os	 trabalhadores,	 como	queimaduras	 e	 intoxicação	 por	
fumaça.
Fique Alerta!
	 Em	caso	de	queimaduras	não	se	deve	colocar	
gelo e nem recorrer a medidas caseiras como: clara de 
ovo,	manteiga,	pasta	de	dente	e	óleo	de	cozinha.
Figura 18 - Combate a incêndio
Fonte: SENAI, 2013
 
Classes de incêndio
	 Os	 materiais	 combustíveis	 têm	 características	
diferentes	 e,	 portanto,	 queimam	 de	 modos	 diferentes.	
Conforme	o	tipo	de	material	 existem	quatro	 classes	de	
incêndio.
 Classe A - incêndio em materiais sólidos, como 
madeira,	papel,	tecido,	etc.
Figura 19 - Incêndio classe A
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013
 Esses materiais apresentam duas propriedades:
	 •	 Deixam	 resíduos	 quando	 queimados	 (brasas,	
cinzas,	carvão).
	 •	Queimam	em	superfícies	e	em	profundidade.
 Classe B -	incêndio	em	líquidos	inflamáveis,	como	
óleo,	gasolina,	querosene,	etc.
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 Esses materiais apresentam duas propriedades:
Figura 20 - Incêndio classe B
FONTE: SENAI, 2013
	 •	Não	deixam	resíduos	quando	queimados.
	 •	Queimam	somente	em	superfície.
 Classe C	 -	 incêndio	em	equipamentos	elétricos	
energizados,	como	máquinas	elétricas,	quadros	de	for-
ça,	etc.	Ao	ser	desligado	o	circuito	elétrico,	o	incêndio
passa	a	ser	de	classe	A.
Figura 21 - Incêndio classe C
FONTE: SENAI, 2013
 Classe D	-	incêndio	em	metais	que	inflamam	fa-
cilmente,	como	potássio,	alumínio	em	pó,	etc.
Figura 22 - Incêndio classe D
Fonte: SENAI, 2013
Métodos de extinção do fogo
 
	 A	maioria	dos	incêndios	começa	com	um	peque-
no	foco,	fácil	de	debelar.	Conheça	os	métodos	de	extinção	
do	fogo	e	ajude	os	bombeiros	a	evitar	que	um	incêndio	se	
transforme	numa	catástrofe.
	 Em	todo	incêndio	ocorre	uma	reação	de	combustão,	
envolvendo três elementos:
	 o	combustível,	o	comburente	e	o	calor.	Os	métodos	
de	extinção	do	fogo	consistem	em	“atacar”	cada	um	desses	
elementos.
	 a)	Retirada do material	-	Trata-se	de	retirar	do	local	
o material (combustível)	que	está	pegando	fogo	e	também	
outros	materiais	que	estejam	próximos	às	chamas.
Figura 23	-	Retirada	do	material	combustível
Fonte: SENAI, 2013
	 b)	 Abafamento -	 Trata-se	 de	 eliminar	 o	 oxigênio	
(comburente)	da	reação,	por	meio	do	abafamento	do	fogo.
Figura 24	-	Retirada	do	material	comburente
Fonte: SENAI, 2013
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	 c) Resfriamento - Trata-se de diminuir a temperatura (calor)	do	material	em
Figura 25 -	Retirada	do	calor
Fonte: SENAI, 2013
Quadro 9 -	Tipos	de	extintores
Fonte: SENAI, 2013
 
Fique Alerta!
Não	use	água	em	fogo	de	classe	C	(material	elétrico	energizado)	porque	a	água	é	boa	condutora	de	eletricidade,	
podendo	aumentar	o	incêndio.	Em	produtos	químicos,	como	pó	de	alumínio,	magnésio,	carbonato	de	potássio,	
a	água	reage	de	forma	violenta,	podendo	causar	explosões.
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Recomendações
	 •	Aprenda	a	usar	os	extintores	de	incêndio.	Geralmente,	as	empresas	dão	treinamentos	básicos.
	 •	Conheça	os	locais	onde	estão	instalados	os	extintores	e	outros	equipamentos	de	proteção	contra	fogo;
	 •	Nunca	obstrua	o	acesso	aos	extintores	ou	hidrantes;
	 •	Não	retire	lacres,	etiquetas	ou	selos	colocados	no	corpo	dos	extintores;
	 •	Não	mexa	nos	extintores	de	incêndio	e	hidrantes,	a	menos	que	seja	necessária
a	sua	utilização	ou	revisão	periódica.
	 Siga	os	passos	e	veja	como	usar	os	extintores,	mas	não	esqueça	que	um	treinamento	prático	é	mais	eficaz.
Quadro 10 -	Como	usar	os	extintores
Fonte: SENAI, 2013
 
 A prevenção contra incêndio	é	muito	importante	para	a	segurança	do	trabalhador.	Essa	prevenção	pode	vir	
através	de	treinamentos	dos	trabalhadores	e	tem	como	objetivo	a	proteção	da	vida.
	 Toda	empresa	com	20	funcionários	ou	mais	deverá	manter	uma	brigada	de	incêndio.	A	Brigada	de	Incêndio	
deverá	ser	constituída	de	acordo	com	o	ramo	de	atividade	da	empresa,	quantidade	de	funcionários	e	grau	de	risco.
	 Nas	atividades	relacionadas	a	Construção	Civil,	existem	vários	materiais	e	atividades	que	representam	risco	
de	incêndio,	como	madeiras,	equipamentos	elétricos	energizados	e	depósitos	de	produtos	químicos	como	tintas	e	
solventes,	que	são	materiais	inflamáveis.
	 Você	também	tem	suas	responsabilidades	no	combate	ao	incêndio.	Todos	os	trabalhadores,	independente	
da	atividade	que	exerçam,	devem	ser	treinados		contra	incêndios	e	devem	conhecer	o	programa	de	prevenção	contra	
incêndios	da	sua	empresa.
Fique Alerta!
Há	vários	tipos	de	extintores	de	incêndio	cada	um	contendo	uma	substância	diferente	e	servindo	para	diferentes	
classes	de	incêndio.	Fique	atento	antes	de	usar.
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Fique Alerta!
Em	uma	empresa,	o	controle	e	a	extinção	do	incêndio	pode	ser	mais	rápido	para	o	corpo	de	bombeiros,	se	exis-
tirem	ações	de	controle	por	parte	dos	trabalhadores.	Por	isso	a	importância	dos	treinamentos!
	 Na	prevenção	de	incêndios,	sempre	fique	atento	às	seguintes	informações:
	 •	Organize	e	armazene	de	forma	correta	os	materiais	inflamáveis.	Os	depósitos	devem	estar	em	locais	de	fácil	
acesso	e	visualização;	
	 •	Participe	dos	treinamentos	da	brigada	de	incêndio,	que	deve	ser	formada	por	trabalhadores	da	obra;
	 •	Obedeçam	sempre	as	sinalizações	de	segurança;
	 •	Evite	o	pânico,	ande	sempre	perpendicularmente	à	direção	do	vento;
	 •	Siga	sempre	as	rotas	de	fuga	paraescapar.	Essas	rotas	são	definidas	pela	brigada	de	incêndio.
 
Figura 26 -	Medidas	de	precaução	e	para	combate	ao	incêndio	
Fonte: SENAI, 2013
Não	esqueça!	Ao	usar	o	extintor	lembre-se	de	manter-se	calmo,	afastar	as	pessoas	despreparadas	no	combate	ao	incêndio	e	
manter	a	distância	adequada.	Agir	com	rmeza,	tomando	as	decisões	corretas	não	arrisca	sua	vida	nem	a	dos	demais.
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RECAPITULANDO
	 A	segurança	é	fundamental	para	que	você	possa	
desempenhar	as	suas	atividades,	ajudando	a	empresa	a	
alcançar	uma	produção	com	qualidade.
	 Segurança	 e	 saúde	 do	 trabalhador	 devem	 ser	
prioridades	dentro	de	qualquer	organização,	diminuindo	
os	fatores	de	risco	com	ações	de	combate	e	prevenção	a	
acidentes	de	trabalho	e	doenças	ocupacionais,	garantin-
do	a	integridade	física	do	individuo.
	 Fique	atento	sobre	as	condições	e	atos	abaixo	do	
padrão	e	observe	se	na	construção	em	que	 trabalha	as	
condições,	máquinas	e	equipamentos	de	proteção	estão	
em	ordem.
	 O	próximo	passo	é	conhecer	os	principais	riscos	
no	ambiente	de	trabalho.
	 Vá	em	frente!
	 A	construção	civil	possui	atividades	que,	devido	
as	suas	características,	são	consideradas	perigosas,	pois	
expõe	seus	trabalhadores	a	riscos	ocupacionais.	Esses	ris-
cos	podem	ser	maiores	ou	menores	dependendo	do	tipo	
e	do	porte	do	empreendimento.	
	 Mas	 somente	o	tipo	e	porte	da	 construção	 são	
suficientes	para	que	o	trabalhador	esteja	seguro	em	seu	
ambiente	de	trabalho?	A	resposta	é	não!
Figura 27	-	As	condições	do	ambiente	também	oferecem	riscos
Fonte: SENAI, 2013
	 As	condições	ambientais,	isto	é,	as	condições	do	
ambiente	 em	 que	 se	 encontra	 o	 trabalhador,	 também,	
são	importantes	quando	se	fala	em	segurança.
	 A	empresa	deve	sempre	buscar	conduzir	as	ações	
contidas	nos	programas	de	segurança	e	saúde	dos	traba-
lhadores	com	a	participação	de	todos.	Dessa	forma,	redu-
zir	os	riscos	no	trabalho	será	mais	fácil.
	 Visando	a	saúde	e	a	segurança	no	trabalho,	é	ne-
cessário	que	a	empresa	adote	o	Programa	de	Condições	e	
Meio	Ambiente	de	Trabalho	(PCMAT),	conforme	a	norma	
NR-18	-	Norma	Reguladora	(NR),	estabelecida	pelo	Minis-
tério	do	Trabalho	e	Emprego.
3.1 RISCOS AMBIENTAIS NO TRABALHO
	 Os	 riscos	 ambientais	 são	 aqueles	 causados	 por	
agentes	físicos,	químicos	e	biológicos,	existentes	no	am-
biente	de	trabalho,	e	que	podem	causar	danos	à	saúde	e
a	integridade	física	do	trabalhador.	Contudo,	somente	a	
presença	 destes	 agentes	 não	 é	 suficiente.	 As	 suas	 con-
centrações	e	o	tempo	de	exposição	do	trabalhador	a	de-
terminado	agente	também	interfere	nesses	riscos.
Figura 28	-	Trabalhador	exposto	à	poeira	e	ruído	excessivo	por	muito	tempo
Fonte: SENAI, 2013
Fique Alerta!
	 A	segurança	é	fundamental	para	que	você	pos-
sa	desempenhar	as	suas	atividades,	ajudando	a	empre-
sa	a	alcançar	uma	produção	com	qualidade!
	 Segurança	e	 saúde	do	 trabalhador	devem	ser	
prioridades	em	uma	empresa!
3. Condições Ambientais
Fique Alerta!
Se	a	obra	em	que	você	trabalha	ou	pretende	trabalhar	
possui	 mais	 de	 20	 operários,	 mesmo	 que	 estes	 não	
pertençam	 a	 mesma	 empresa,	 é	 obrigatório	 que	 ela	
possua	o	Programa	de	Condições	e	Meio	Ambiente	de	
Trabalho	–	PCMAT.
Saiba Mais!
Busque	informações	com	o	seu	encarregado	sobre	este	
programa	e	saiba	mais	sobre	as	ações	para	diminuir	os	
riscos	em	seu	ambiente	de	trabalho.
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	 Estes	agentes	físicos,	químicos	e	biológicos,	rela-
cionado ao ambiente de trabalho, podem ser percebidos 
nos	riscos	conhecidos	como	ocupacionais.
3.2 RISCOS OCUPACIONAIS
 Os Riscos ocupacionais são	aqueles	que	surgem	
da	 organização,	 dos	 equipamentos,	 das	 máquinas,	 dos	
processos,	das	relações	existentes	no	ambiente	de	traba-
lho	e	dos	ambientes,	podendo	comprometer	a	segurança	
e	a	saúde	dos	trabalhadores.
	 Estes	riscos	são	classificados	em	cinco	categorias:	
físicos,	químicos,	biológicos,	ergonômicos	e	de	acidentes.	
Com	exceção	dos	riscos	de	acidentes,	os	demais	riscos	es-
tão relacionados a determinados agentes:
	 a)	Físicos
	 b)	Químicos
	 c)	Biológicos
	 d)	Ergonômicos
	 e)	Acidentes
	 A	seguir	você	verá	o	que	são	esses	agentes	e	a	
associação	destes	com	os	seus	riscos	específicos:
	 a)	Agentes físicos
Figura 29 -	Situações	em	que	predominam	os	agentes	físicos
Fonte: SENAI, 2013
	 Os	principais	agentes	classificados	nesta	catego-
ria são o ruído, a temperatura e as radiações.
 O ruído é	um	som	 indesejado,	 como	o	barulho	
de	um	som	muito	alto	ou	o	roncar	do	motor	de	um	trator.	
Na	construção	de	edificações	o	ruído	está	muito	presente	
nas	máquinas	como	a	furadeiras,	esmerilhadeiras,	pistola	
finca-pino,	serras	circulares,	dentre	outros.
	 Este	ruído	pode	prejudicar	a	sua	saúde,	ocasionando	
problemas	como	perda	auditiva	e	o	desequilíbrio	do	sono.
 A temperatura	é	a	intensidade	do	calor	que	exis-
te	no	ambiente.	A	exposição	do	trabalhador	a	umidade,	
calor	e	frio,	elementos	relacionados	à	temperatura,	tam-
bém	ocasionam	um	risco	ao	trabalhador.	Problemas	res-
piratórios	podem	ser	causados	pela	exposição	à	umidade,	
a	um	período	de	tempo	prolongado,	em	locais	encharca-
dos	ou	alagados.
	 O	 frio	 traz	 transtornos	 à	 saúde	 do	 trabalhador	
através	de	rachaduras	na	pele,	doenças	das	vias	respira-
tórias	e	até	feridas	na	pele.	E	o	calor	afeta	o	desenvolvi-
mento	das	atividades,	provoca	erros	de	raciocínio,	desi-
dratação,	dentre	outros.	
 A radiação	é	uma	forma	de	energia	que	se	trans-
mite	pelo	espaço,	como	ondas	eletromagnéticas	que	po-
dem	 causar	 lesões	 quando	 absorvidas	 pelo	 organismo.	
Não	podemos	ver,	mas	elas	podem	causar	alterações	na	
pele	e	até	queimaduras.	
	 Na	soldagem,	por	exemplo,	pode	haver	risco	de	
radiação	ao	trabalhador,	através	das	ondas	eletromagné-
ticas	da	luz.	Estas	ondas	podem	causar	até	queimaduras
na	pele.
b)	Agentes químicos
Figura 30 -	Situações	em	que	predominam	os	agentes	químicos
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013
Você Sabia?
Para	ambientes	com	nível	de	ruídos	de	85	dB,	tolera-se	
a	 exposição	máxima	diária	 de	8	horas	de	 trabalho.	A	
depender	do	tempo	e	exposição,	do	nível	do	ruído	e	da	
sensibilidade	de	cada	trabalhador	exposto,	os	prejuízos	
podem	ser	maiores	à	saúde.
Fique Alerta!
As	radiações	solares	sempre	expõem	o	trabalhador	que	
realiza	atividades	a	céu	aberto	a	riscos	físicos.	Se	você	
realiza	 atividades	nesse	ambiente	é	melhor	 fazer	uso	
de	um	protetor	solar.
Radiações	ultravioleta	causadas	pela	solda	elétrica	po-
dem	trazer	problemas	sérios	aos	olhos,	principalmente	
em	pessoas	que	utilizam	lentes	de	contato.
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 Os agentes químicos são	substâncias	que	intera-
gem	com	os	tecidos	existentes	no	corpo	humano	e	pro-
vocam	alterações	na	 sua	estrutura.	Podem	penetrar	no	
organismo	pelo	contato	com	a	pele,	ingestão	e	inalação	
de	poeiras,	fumos,	fumaça	ou	névoa,	neblina,	gases	e	va-
pores.
	 São	exemplos	de	riscos	químicos:
	 •	 Poeiras	 resultantes	 de	 trabalhos	 com	 cal,	 ci-
mento,	gesso,	varrição	e	do	corte	de	madeiras;
	 •	Fumaças	 resultantes	das	 soldagens	e	cortes	a	
quente;
	 •	 Vapores	 orgânicos	 desprendidos	 das	 tintas	 e	
solventes;
	 •	Produtos	corrosivos	utilizados	na	limpeza.
	 É	bom	ficar	atento	para	substâncias	que	causem	
irritações,	como:	ácido	clorídrico,	ácido	sulfúrico,	amônia,	
soda	cáustica	e	cloro,	e	as	substâncias	asfixiantes	como:	
hidrogênio,	nitrogênio,	hélio,	metano,	acetileno,	dióxido	
de	carbono	e	monóxido	de	carbono.	Elas	podem	irritar	as	
suas	vias	aéreas,	causar	dores	de	cabeça,	náuseas,	con-
vulsões	e	até	matar.	Os	solventes	clorados,	aromáticos	e	
cetônicos,	que	podem	ser	encontrados	em	algumas	tintas	
e	vernizes,	são	exemplos	de	substâncias	irritantes	e	que	
afetam	a	respiração	humana.
	 Os	agentes	químicos	podem	penetrar	no	seu	or-
ganismo das seguintes formas: cutânea	(pele),	digestiva(pela ingestão acidental ou não, de alimentos contamina-
dos)	e	respiratória (penetram pelo nariz e boca, afetando 
garganta,	pulmões	e	outros	órgãos	relacionados).
	 Os	órgãos	mais	atingidos	pelos	agentes	químicos	
são:	fígado,	rins,	sistema	nervoso	e	circulação	sanguínea.
c)	Agentes biológicos
Figura 31	-	Situações	em	que	predominam	os	agentes	biológicos
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013
 Os agentes biológicos	 são	microrganismos	que,	
em	contato	com	o	homem,	através	da	pele,	via	respirató-
ria ou com a ingestão de alimentos contaminados, podem 
causar	doenças	e	infecções	de	diversos	tipos.	Os	agentes	
biológicos	mais	comuns	são:	vírus,	bactérias,	fungos,	ba-
cilos,	parasitas,	dentre	outros.
	 As	doenças	mais	comuns	são	a	tuberculose,	ma-
lária,	leptospirose	e	febre	amarela.
	 Abertura	 de	 poços,	 serviços	 em	 tubulações	 de	
esgoto, recipientes sem tampa e entulhos e materiais de-
sorganizados	no	canteiro	favorecem	os	riscos	biológicos.
	 A	higiene	pessoal	do	trabalhador	e	as	condições	
favoráveis	para	manter	esta	higiene	no	ambiente	de	tra-
balho podem reduzir os riscos biológicos provocados por 
animais	que	vivem	em	ambientes	sujos,	como	o	rato.
d)	Riscos ergonômicos
	 Você	já	ouviu	falar	de	riscos	ergonômicos?
 Os riscos ergonômicos referem-se	 à	 adaptação	
das	condições	de	 trabalho	às	características	psíquicas	e	
fisiológicas	do	trabalhador,	relacionadas	ao	seu	ambiente
de	trabalho	e	a	organização	desse	ambiente.
 Para você entender melhor sobre os riscos ergo-
nômicos,	veja	o	que	é	Ergonomia:
	 Ergonomia	-	é	uma	ciência	que	estuda	as	relações	
entre	o	homem	e	seu	ambiente	de	trabalho.
 
Figura 32 -	Situações	em	que	predominam	os	riscos	ergonômicos
Fonte: SENAI, 2013
	 Os	fatores	associados	a	organização	podem	estar	
relacionados ao processo desenvolvido no trabalho, ao 
ritmo	da	produção,	às	pausas	e	revezamentos	nas	ativi-
dades,	a	duração	excessiva	da	jornada	diária	de	trabalho	
e	às	instruções	operacionais.	
	 Já	 os	 fatores	 ambientais	 envolvem:	 característi-
cas	espaciais	e	dinâmicas	da	tarefa;	condições	dos	pisos;	
vias	de	circulação,	ruído	e	poeiras,	iluminação,	dentre	ou-
tros.
	 O	 trabalhador	 da	 construção	 civil	 deve	 estar	
atento	à	existência	de	posturas	inadequadas	no	trabalho,	
Você Sabia?
Algumas	substâncias	químicas	são	cancerígenas,	como	
o	níquel,	por	exemplo.
Beber	leite	também	não	evita	intoxicações.
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devendo-se	evitar	a	permanência,	por	período	prolonga-
do,	em	uma	determinada	posição.
	 Os	 riscos	 ergonômicos	 podem	 gerar	 vários	 dis-
túrbios	 que	 comprometem	 a	 produtividade,	 saúde	 e	
segurança	 do	 trabalhador,	 como	 por	 exemplo:	 dores	
musculares,	fraquezas,	doenças	nervosas,	tensão,	medo,	
ansiedade, gastrite, hipertensão arterial, úlcera, proble-
mas	de	coluna,	dentre	outros.
e) Riscos de acidente
	 Os	riscos	de	Acidente	são	fatores	que	colocam	
em	perigo	o	 trabalhador	e	que	afetam	sua	 integrida-
de	física	e	moral	podendo	 levar	a	morte	ou	não.	São	
fatores	de	riscos:	arranjo	físico	inadequado,	máquinas	
e	equipamentos	sem	proteção,	ferramentas	inadequa-
das	ou	sem	proteção,	eletricidade,	incêndio	ou	explo-
são,	animais	peçonhentos,	armazenamento	inadequa-
do.
Figura 33 -	Situações	em	que	predominam	os	riscos	de	acidente
Fonte: SENAI, 2013
	 Programas	como	qualidade	total	e	5s	contri-
buem	para	a	diminuição	dos	acidentes,	além	de	con-
tribuir	para	que	tanto	a	empresa	quanto	seus	traba-
lhadores sejam partes atuantes de um processo de 
melhoria	 contínua,	 contribuindo	 para	 a	 imagem	da	
empresa	perante	a	sociedade	e	também	a	satisfação	
de	seus	funcionários.
	 A	prevenção	é	a	melhor	solução	para	se	evi-
tar	 problemas	 ergonômicos	 e	 a	 melhoria	 pode	 vir	
através	 de	 treinamentos,	modernização	 de	 equipa-
mentos	e	máquinas,	redução	nas	horas	de	trabalho,	
alteração	 do	 ritmo	 das	 tarefas,	 utilização	 das	 fer-
ramentas	 corretas	 e	 adequação	 da	melhor	 postura	
para	cada	tarefa.
	 As	medidas	de	prevenção	mais	eficazes	atu-
am	sempre	nos	três	principais	níveis	que	são:	o	con-
trole na fonte de emissão	 (ruído,	gás	ou	poeira);	O	
controle na trajetória dos materiais e energias e o 
controle no corpo do trabalhador	 com	 a	 utilização	
do	EPI.
	 A	solução	para	estes	problemas	está	na	pre-
venção.	Veja	abaixo	algumas	informações	importan-
tes:
	 •	Busque	melhores	condições	de	higiene	no	
local	de	seu	trabalho;
	 •	Melhore	o	relacionamento	com	os	seus	co-
legas;
	 •	Converse	com	os	encarregados	sobre	a	mo-
dernização	de	máquinas	e	equipamentos;
	 •	 Escolha	 as	 ferramentas	 adequadas	 para	
cada	atividade;
	 •	Alterne	o	ritmo	de	suas	tarefas;
	 •	Mantenha	a	postura	adequada.
	 Abaixo,	veja	o	quadro	que	demonstra	a	rela-
ção	entre	os	agentes	ambientais	de	 risco,	as	 fontes	
causadoras,	seus	efeitos	sobre	a	saúde	e	as	possíveis	
medidas	de	controle.
Saiba Mais!
Procure saber, com os encarregados na obra, se suas 
atividades	 possuem	 riscos	 ergonômicos.	 Participe	 de	
treinamentos,	quando	forem	oferecidos,	e	evite	postu-
ras	inadequadas	quando	estiver	trabalhando.
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	 Relação	entre	tipos	de	riscos,	agentes	ambientais,	causas	e	medidas	de	controle:
Quadro 11 -	Relação	entre	tipos	de	riscos,	agentes,	causa	e	medidas	de	controle
Fonte: SENAI, 2013
	 As	medidas	preventivas,	citadas	na	4ª	coluna	do	quadro	acima,	serão	explicadas	com	mais	detalhe	no	próximo	
capítulo.	Enquanto	isso,	vamos	ver	o	que	você	aprendeu	sobre	condições	ambientais	e	riscos	no	trabalho!
RECAPITULANDO
	 Em	qualquer	profissão	o	trabalhador	está	sujeito	a	riscos.	No	caso	da	construção	civil,	existem	muitas	
atividade	perigosas,	que	precisam	ser	realizadas	com	bastante	atenção.	Como	vimos	anteriormente,	as	condi-
ções	ambientais	também	influenciam	na	saúde	e	segurança	do	empregado.	Como	exemplo,	podemos	citar	são	
os	 riscos	ocupacionais	que	estão	 relacionados	a	agentes	 físicos,	químicos,	biológicos	e	 riscos	ergonômicos	e	
acidentes.
	 Se	tiver	alguma	dúvida,	retorne	ao	conteúdo	e	revise	novamente.	
TIPOS DE RISCO FONTE CAUSADORA EFEITO MEDIDAS PREVEN-
TIVAS 
Stress	físico	e	psíquico	
(ergonômico)	
Movimentação	de	ma-
teriais (carregamento 
de	descarregamento)	
Dor lombar, desconfor-
to local 
Utilização	de	equipa-
mentos	de	proteção	
individual - EPI, ado-
ção	de	proteção	co-
letivas,	revezamento,	
pausas, treinamentos 
e	outros.	
Levantamento e trans-
porte manual de peso 
(ergonômico)	
Movimentação	de	ma-
teriais (carregamento 
de	descarregamento)	
Dor lombar, desconfor-
to local 
Utilização	de	EPI,	ado-
ção	de	proteção	co-
letivas,	revezamento,	
pausas, treinamentos 
e	outros.	
Postura	inadequada	
(ergonômico)	
Movimentação	de	ma-
teriais (carregamento 
de	descarregamento)	
Dor lombar, desconfor-
to local 
Utilização	de	EPI,	ado-
ção	de	proteção	co-
letivas,	revezamento,	
pausas, treinamentos 
e	outros.	
Calor 
(físico)	
Tanques	com	água	
aquecida	para	cura	das	
peças	pré-moldadas	
Dermatite	,	
câimbras	por	calor	e	
desconforto	térmico	
Utilização	de	EPI,	
adoção	de	proteção	
coletiva,	revezamento,	
pausas, treinamentos 
e	outros.	
Ingestão	de	líquidos	
durante a jornada de 
trabalho.	
Vibração	
(físico)	
Vibrador	pneumático	
(quebra	de	piso)	
Câimbras	por	calor	e	
desconforto local 
Realização	de	ginástica	
no local de trabalho 
(ginástica	laboral)	
Poeiras minerais 
(químico)	
Mistura de massas, 
lixamento	de	peças,	
fabricação	de	peças	
pré-moldadas	
Irritação	das	vias	respi-
ratórias 
Utilização	de	EPI,	
(proteção	respiratória,	
respiradores)	adoção	
de	proteção	coletiva,	
sinalização	de	seguran-
ça	(utilização	de	água	
e	exaustores).	
Máquinas	e	equipa-
mentos 
(acidentes)	
Processo	de	fabricação	
das	peças,	materiais	
Lesões	e	escoriações	
diversas 
Treinamentos, sinaliza-
ção	de	segurança,	uso	
de	EPI,	inspeções	nas	
máquinas	e	equipa-
mentos.	
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	 As	medidas	preventivas	têm	por	objetivo	evitar	que	um	ou	mais	trabalhadores	sofram	acidentes	ou	adoeçam.	
Elas	devem	sempre	fazer	parte	das	ações	de	segurança	porque	evitam	que	ocorram	acidentes.	Dentre	as	medidas	
preventivas,	podemos	citar:
	 •	A	utilização	de	Equipamentos	de	Proteção	Individual	(EPI’s)
	 •	A	utilização	de	equipamentos	de	Proteção	Coletiva	(ECP’s)
4.1 UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI’S)
	 Os	equipamentos	de	proteção	individual	–	EPI’s	são	aqueles	usados	individualmente	pelo	trabalhador.	São	de	
uso	obrigatório,	contínuo,	permanente	e	possuem	extrema	importância	na	prevenção	de	acidentes.
	 A	Norma	Regulamentadora	nº	06	-	NR-6,	uma	norma	do	Ministério	do	Trabalho	e	emprego	–	define	que	o	EPI	
visa	à	proteção	de	possíveis	riscos	relacionados	à	saúde	e	segurança	no	trabalho.
	 Todo	EPI	deve	estar	em	perfeito	estado	de	conservação	e	funcionamento,	e	deve	possuir	Certificado	de	Apro-
vação	(CA),	Certificado	de	Registro	do	Fabricante	(CRF)	ou	de	Certificado	de	Registro	de	Importador	(CRI).
 
	 Os	equipamentos	de	proteção	individual	podem	ser	subdivididos	em:
	 a)	proteção	da	cabeça;
	 b)	proteção	dos	olhos	e	faces;
	 c)	proteção	auditiva;
	 d)	proteção	respiratória;
	 e)	proteção	de	membros	superiores;
	 f)	proteção	de	membros	inferiores;
	 g)	vestimentas	de	segurança;
	 h)	sinalização;
	 i)	proteção	contra	quedas	com	diferença	de	nível.
 
Quadro 12 -	Equipamentos	de	proteção	para	a	cabeça
Fonte: SENAI, 2013
Fique Alerta!
Os	riscos	de	acidentes	variam	de	acordo	com	a	obra	e	suas	características.
Porém	a	sua	atitude	no	uso	dos	EPI’s	é	fundamental.	A	empresa	deve	fornecer,	sem	nenhum	custo,	o	EPI	que	você	necessitar.
PROTEÇÃO DA CABEÇA 
Capacete de proteção tipo aba frontal e capacete de 
proteção tipo abas laterais 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Protegem o trabalhador contra impactos de 
choques no topo e nas laterais da cabeça, seja 
em trabalhos a céu aberto e/ou ambientes 
fechados. 
Quando usar: você usará este equipamento a 
todo instante, dentro da obra. 
Capacete de proteção tipo aba frontal com viseira
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Protege não somente a cabeça, mas também a 
face contra riscos de ser atingindo por algum 
objeto e até queimaduras provocadas por 
algum equipamento e seus efeitos. 
Quando usar: você usará este equipamento 
quando trabalhar com soldas. 
4. Medidas Preventivas
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Quadro 13 -	Equipamentos	para	proteção	de	olhos	e	faces
Fonte: SENAI, 2013
Quadro 14 - Equipamentos	para	proteção	auditiva
Fonte: SENAI, 2013
Você Sabia?
Existem	várias	cores	para	capacetes	de	proteção	com	abas.	Estas	cores	identificam	a	função	dos	operários	na	obra	
e	podem	variar	a	depender	da	região	onde	a	obra	está	sendo	realizada.
PROTEÇÃO DE OLHOS E FACES 
Óculos de segurança para proteção (lente 
incolor) 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Equipamentos utilizados para proteção dos 
olhos contra impactos de objetos que causem 
danos na área dos olhos e face. 
Quando usar: você usará este equipamento 
quando for cortar o aço, madeira, cerâmica e 
outros materiais que possam projetar partícu-
las para os olhos. 
Óculos de segurança para proteção (lente 
com tonalidade escura) 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Usado para proteção dos olhos contra impac-
tos de objetos que causem danos na área dos 
olhos e face. A lente escura também protege 
contra os raios ultravioletas. 
Quando usar: você usará este equipamento 
quando for trabalhar com soldas e em am-
bientes externos com muita incidência de luz. 
Existem lentes especialmente escuras para 
trabalhos com soldas. 
PROTEÇÃO	AUDITIVA 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Servem para proteger os ouvidos em ativida-
des que apresentem ruídos excessivos. 
Quando usar: você usará estes equipamentos 
quando for operar alguma máquina que emita 
ruídos excessivos. 
Fique Alerta!
As	máscaras	com	filtros	são	equipamentos	que	exigem	treinamento	adequado	para	seu	uso	e,	também,	reque-
rem	cuidados	especiais	de	manutenção	e	limpeza.	Quando	a	sua	atividade	exigir	o	uso	de	máscaras	e	proteção	
respiratória	tome	cuidado	com	a	higiene	dos	seus	equipamentos,	pois	a	falta	de	cuidado	pode	prejudicar	a	sua	
saúde.
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PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA 
Respirador purificador de ar com ou sem 
válvula respiratória PFF14 / PFF25 (máscara 
descartável)
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Protege a respiração, principalmente da poeira. 
Quando usar: você usará este equipamento quando 
estiver trabalhando com partículas6 sólidas filtro de 
classe P17 e P28. 
Atenção! Não pode ser usada na presença de conta-
minantes químicos ou poeiras tóxicas. 
Respirador purificador de ar (máscara com 
filtro)
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Protege a respiração do trabalhador, principalmente 
contra substâncias químicas e partículas prejudiciais 
à saúde. O filtro serve para reter estas partículas e 
filtrar as substâncias prejudiciais que não podem ser 
respiradas. 
Quando usar: você usará este equipamento contra a 
inalação de partículas sólidas, gases e vapores. 
Respirador de adução de ar ou supridores 
de ar 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Protege e auxilia a respiração do trabalhador em 
locais onde haja dificuldades para respirar ou diante 
de substâncias que são prejudiciais à saúde. 
Quando usar: em ambiente com concentração ime-
diata perigosa para a saúde em ambientes confina-
dos. 
Quadro 15 -	Equipamentos	para	proteção	respiratória
Fonte: SENAI, 2013
PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES
 
	 O	par	de	luvas	é	um	dos	equipamentos	individuais	mais	importantes	na	construção	civil.	Vários	tipos	de	luvas	
podem	ser	encontrados	no	mercado	e	variam	de	acordo	com	o	produto	que	será	manuseado	ou	o	serviço	que	será	
executado.	A	escolha	correta	da	luva,	para	cada	atividade	é	essencial	para	a	segurança	e	saúde	dos	trabalhadores	nas	
obras.
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	 Alguns	tipos	de	luvas	merecem	ser	destacados.	Veja	a	seguir:
Quadro 16	-	Equipamentos	de	proteção	dos	membros	superiores
Fonte: SENAI, 2013
Luva isolante de borracha e manga de prote-
ção isolante de borracha 
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013	
Protegem	as	mãos	e	os	braços	do	trabalhador	
contra	choques	devido	ao	contato	com	a	ener-
gia	elétrica.	
Quando usar: você	usará	estes	equipamentos	
para	fazer	instalações	elétricas.	Fique	atento	
aos	cuidados	para	uso.	
Luva de proteção em raspa 
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013	
Protege	as	mãos	e	os	braços	do	trabalhador	
contra	agentes	cortantes.	
Quando usar: você	usará	este	equipamento	
para manusear ferros (armazenamento, corte 
e	dobra).	
Luva de proteção tipo Vaqueta 
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013 
Protege	as	mãos	e	os	braços	do	trabalhador	
contra	agentes	cortantes.	
Quando usar: você	usará	em	montagens	onde	
seja	necessário	obter	sensibilidade	de	manu-
seio	de	peças.
Luva de proteção tipo condutiva 
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013	
Protege as mãos e os punhos do trabalhador, 
quando	os	trabalhos	exigirem	maior	utilização	
da	força.	
Quando usar: você	usará	este	equipamento	
para	segurar	uma	corda	com	peso.	
Luva de proteção em pvc 
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013	
Protege as mãos e punhos do trabalhador 
contra	recipientes	contendo	óleo,	graxa	e	
solvente e no preparo e uso de argamassas e 
concretos.	
Quando usar: você	usará	este	equipamento	
para	execução	de	alvenaria,	assentamento	
cerâmico,	dentre	outros.	
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PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES 
Calçado de proteção tipo botina de couro 
e calçado de proteção tipo bota de couro 
(cano médio) 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Protegem os pés do trabalhador contra tor-
ções, escoriações, derrapagens e umidade. 
Quando usar: você usará estes equipamentosna obra a todo momento. 
Calçado de proteção tipo bota de borracha 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Protege os pés e pernas contra substâncias 
químicas agressivas e derrapagens. 
Quando usar: você usará este equipamento 
para concretagem.
Perneira de segurança 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Protege as pernas contra objetos perfurantes 
e cortantes. 
Quando usar: você usará este equipamento 
para o transporte de aço. 
Quadro 17 -	Equipamentos	de	proteção	para	os	membros	inferiores
Fonte: SENAI, 2013
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Quadro 18	-	Equipamentos	de	proteção	individual	-	vestimenta	de	segurança
Fonte: SENAI, 2013
Quadro 19 -	Equipamentos	de	proteção	-	sinalização
Fonte: SENAI, 2013
VESTIMENTAS DE SEGURANÇA 
Blusão em tecido impermeável 
Fonte:	INDUSTRIAL	WEAR,	2013	
Protege os membros superiores do trabalhador 
contra	chuva,	umidade	e	produto	químico.	
Quando usar: você	deverá	usar	este	equipamento	ao	
realizar	trabalhos	na	chuva	e	umidade.	
Vestimenta de proteção tipo condutiva 
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013	
Protege	o	trabalhador	na	realização	de	trabalhos	
que	envolvam	eletricidade.	
Quando usar: você	deverá	utilizar	este	equipamento	
quando	for	realizar	instalações	elétricas.	
Calça em tecido impermeável 
Fonte: DYBAOXIN, 2013 
Protege os membros inferiores do trabalhador con-
tra	chuva,	umidade	e	produto	químico.	
Quando usar: você	deverá	usar	este	equipamento	ao	
realizar	trabalhos	em	ambientes	úmidos.	
SINALIZAÇÃO 
Colete de sinalização refletivo 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Auxilia na sinalização do trabalhador, pois faci-
lita que outras pessoas possam vê-lo, quando 
for necessário. 
Quando usar: você usará este equipamento 
quando for trabalhar em locais com movimen-
tação de veículos. 
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PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL 
Cinturão de segurança tipo pára-quedas 
com talabarte 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Tem por finalidade a proteção do traba-
lhador contra quedas onde exista dife-
rença de nível. 
Quando usar: você usará este equipa-
mento quando for trabalhar em alturas 
superiores a 2 metros. 
Dispositivo trava-quedas 
 Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Tem por finalidade a proteção do tra-
balhador contra quedas onde exista 
diferença de nível. É usado em conjunto 
com o cinturão de segurança. 
Quando usar: você usará este equipa-
mento quando for trabalhar em alturas 
superiores a 2metros. 
 
Quadro 20 -	Equipamentos	de	proteção	contra	quedas	com	diferença	de	nível
Fonte: SENAI, 2013
	 Assim	como	os	equipamentos	de	proteção	individual,	os	equipamentos	de	proteção	coletiva	–	EPC´s	também	
são	muito	importantes	para	a	segurança	do	trabalhador	em	seu	ambiente	de	trabalho.	Veja	a	seguir	quais	são	eles	e	
para	que	servem.
4.2 UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC’S)
 Os equipamentos de proteção coletiva	–	EPC´s	servem	para	tornar	mais	seguro	o	ambiente	de	trabalho	
para	um	grupo	de	pessoas.	Protegem	mais	de	uma	pessoa	ao	mesmo	tempo	e	são	utilizados	para	prevenir	aci-
dentes.
	 Como	exemplos	EPC´s	temos:	extintores	de	incêndios,	placas	de	sinalização,	cones,	fita	de	isolamento,	telas	de	
proteção,	andaimes,	alarmes,	dentre	outros.
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	 Saiba	mais	sobre	eles	no	quadro	abaixo:
Quadro 21	-	Equipamentos	de	proteção	coletiva	-	ECP’s
Fonte: SENAI, 2013
EPC PARA	QUE	SERVE	 IMAGEM 
Placa de sinalização Alertar o trabalhador sobre 
riscos existentes e a neces-
sidade de proteção. 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Cone Sinalizar a área de trabalho 
em obras em vias públicas. 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013
Fita de isolamento Delimitar e isolar locais de 
trabalho. 
Fonte: SENAI, 2013 
Tela de proteção Impedir que detritos ou 
ferramentas caiam das 
obras podendo vir a atingir 
alguma pessoa. 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013
Andaime Auxiliar o trabalhador para 
que possa alcançar locais 
mais altos na obra. 
Fonte: DREAMSTIME, 2013
Bandeja 
Fonte: SHUTTERSTOCK, 2013 
Restringe ou limita os efei-
tos de queda de objetos, 
protegendo pessoas, ma-
teriais e equipamentos. 
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 As sinalizações na obra garantem um bom an-
damento	das	atividades	que	cada	trabalhador	executa.	A	
empresa deve fornecer ao empregado, sem nenhum cus-
to,	o	EPI	e	o	EPC	necessários.
	 Agora	que	você	já	sabe	quais	são	e	para	que	ser-
vem	os	equipamentos	de	proteção	individual	e	coletiva,	
é	preciso	saber	também	que	todo	material	deve	ser	con-
servado.	Veja	como	mais	abaixo.
4.3 CONTROLE E CONSERVAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS 
DE PROTEÇÃO
	 É	 papel	 de	 cada	 trabalhador	 conservar	 o	 seu	
equipamento	 individual	 e	 ajudar	 na	 conservação	 dos	
equipamentos	coletivos.
	 No	momento	de	receber	o	seu	equipamento,	se	
identificar	algum	defeito	de	imediato,	faça	a	troca	por	ou-
tro	perfeito.	Lembre-se	que	todo	EPI	que	você	receber	é	
de	sua	responsabilidade.
	 Veja,	no	quadro	a	seguir,	alguns	EPI’s	e	o	como	
cuidar deles:
Quadro 22 -	Como	cuidar	do	seu	equipamento	de	proteção	individual	–	EPI
Fonte: SENAI, 2013
 
	 Juntos,	os	EPI’s	e	EPC’s	devem	receber	os	cuida-
dos	necessários,	tanto	no	uso	quanto	no	armazenamen-
to.	Cuidar	de	seu	equipamento	individual	é	tão	importan-
te	quanto	cuidar	dos	equipamentos	que	todos	utilizam.	A	
segurança	em	primeiro	lugar!
4.4 TRABALHO EM ALTURA
	 As	medidas	de	proteção	contra	quedas	de	altura	
são	obrigatórias	ao	trabalhador	que	precisar	exercer	esta	
atividade.	 Para	 isso,	 as	 estruturas	 devem	 ser	montadas	
no	ambiente	de	trabalho	para	evitar	riscos	de	acidentes.
	 Alguns	cuidados	devem	ser	tomados	quando	for	
trabalhar em altura:
	 •	Instalar	bem	os	andaimes	metálicos,	amarran-
do-os	bem	nas	estruturas;
	 •	Proteger	os	taludes9,	valas,	poços	e	escavações	
com	guarda-corpos	(parapeito);
	 •	Sinalizar	as	escavações	com	barreiras	de	isola-
mento;
	 •	Instalar	redes	e	telas	de	proteção;
	 •	Utilizar	os	equipamentos	de	segurança	de	for-
ma	correta	como,	por	exemplo,	Equipamentos	de	segu-
rança	para	trabalho	em	altura
	 a)	Guarda-corpo
	 b)	Linhas	da	vida
	 c)	Ancoragem
 
	 a)	Guarda-corpo:	é	um	dos	principais	itens	de	se-
gurança	nas	obras	e	protege	o	trabalhador	de	quedas	e	
acidentes.	É	também	conhecido	como	parapeito,	
 A norma NR-18,	norma	que	regulamenta	as	con-
dições	e	meio	ambiente	de	trabalho	na	indústria	da	cons-
trução,	é	bem	rígida	com	relação	a	colocar	os	guarda-	cor-
pos	na	obra.
 Os guarda-corpo devem ser resistentes para 
aguentar	o	impacto	de	uma	pessoa	que	esteja	caindo.
Figura 34 - Guarda corpo ou parapeito
Fonte: SENAI, 2013
	 b)	Linhas de vida: as linhas de vida, como o pró-
prio	nome	já	diz,	são	linhas	que	facilitam	o	acesso	seguro	
do trabalhador de um local para outro, em pontos mais 
altos.	Podem	ser	fixas	e	temporárias,	a	depender	da	ati-
vidade	executada.	A	instalação	dessas	linhas	é	vista	como	
uma	 importante	 solução	 de	 segurança	 para	 o	 trabalho	
em	altura.
 As linhas de vida ajudam o trabalhador a se des-
locar	vertical	e	horizontalmente	em	altura, ou seja, aju-
dam a descer, subir e andar de um lado para outro na 
obra.	
	 Muitos	trabalhadores	acham	essa	solução	muito	
complicada,	pois	entendem	que	atrasa	e	atrapalha	a	exe-
cução	das	tarefas,	mas	entendem	também	que	o	uso	da	
EPI COMO CUIDAR 
Capacete Evite derrubar, jogar, pintar ou perfurar o 
seu capacete; Lave o sistema de suspensão 
mensalmente. 
Luvas de proteção Mantenha as luvas longe da luz e das tem-
peraturas muito elevadas. Evite locais com 
excesso de umidade quando não estiver 
usando. 
Máscara com filtro Troque os filtros sempre que precisar. Siga 
as instruções do fabricante. 
Sapatos Se o calçado estiver úmido, seque antes de 
usar. 
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linha	é	muito	importante.	A	não	instalação	dessas	linhas	
pode causar grandes
acidentes,	com	sérios	riscos	à	saúde	do	trabalhador.
Figura 35 - Linha de vida horizontal
Fonte: SENAI, 2013
	 As	linhas	de	vida	podem	ser	do	tipo	vertical	e	ho-
rizontal	e	permitem	que	o	trabalhador	fique	em	seguran-
ça	e	exerça	melhor	suas	atividades.
	 Veja	 exemplo	 de	 situação	 onde	 foi	 evitado	 aci-
dente	devido	à	linha	de	vida	instalada	de	forma	correta:
	 Um	 trabalhador	 estava	 carregando	 material,	
quando	o	motorista	do	caminhão,	não	viu	que	ele	estava	
ali	e	movimentou	o	caminhão.	Se	ele	não	estivesse	preso	
a Linha da vida, certamente sofreria um acidente de tra-
balho.	Logo,	o	acidente	foi	evitado	devido	ao	uso	equipa-
mento.
Figura 36 -	A	importância	da	utilização	da	linha	da	vida
Fonte: SENAI, 2013
	 Os	equipamentos	de	proteção	 individual	anti-que-
das	como	o	cinturão	de	segurança	e	dispositivo	trava-quedas	
devem	ser	ancorados	nas	linhas	de	vida	instaladas.
	 Mas	você	sabe	o	que	é	ancoragem?
	 c)	Ancoragem:	é	a	técnica	de	fixar	cabos	para	ins-
talação	de	sistemas	verticais,	para	descer	ou	subir	barrei-
ras,	ou	também	para	poder	transportar	pessoas	e	cargas	
com	segurança.
 Pontos de ancoragem são pontos seguros para 
que	você	possa	fixar	os	seus	equipamentos	de	segurança	
contra	quedas.	Eles	devem	ser	instalados	em	toda	a	edifi-
cação.	
Figura 37 - Pontos de ancoragem
Fonte: SENAI, 2013
	 Os	vários	pontos	de	ancoragem	por	toda	a	obra	
são	conhecidos	como	sistema	de	ancoragem.	O	sistema 
de ancoragem deve ser de material resistente, como o 
aço,	capaz	de	segurar	andaimes	e	cabos,	podendo	supor-
tar	pesos	de	até	1,2	mil	quilos.	
	 Empresas	 que	 não	 instalam	 sistema	de	 ancora-
gem estão colocando a vida de seus trabalhadores em 
risco.	Muitos	acidentes	ocorrem	por	não	instalarem	cor-
retamente	pontos	de	ancoragem	na	obra.
	 Além	dos	equipamentos	de	proteção	individual	e	
coletiva	os	trabalhadores	também	podem	contar	com	a	
CIPA.	Veja	o	que	é	e	qual	sua	função	mais	abaixo.
Esteja	 sempre	 seguro	 ao	 realizar	 atividades	 em	 altura.	
Verifique	se	o	sistema	de	ancoragem	foi	instalado	e,	em	
caso	de	dúvidas,	pergunte	aos	encarregados	da	obra.	Não	
corra	riscos!
4.5 A CIPA
 
 A CIPA	é	uma	Comissão	Interna	de	Prevenção	de	
Acidentes.	Tem	por	objetivo	observar	e	relatar	condições	
de riscos ambientais de trabalho, solicitando medidas 
para	reduzir	até	eliminar	os	riscos	existentes.	Além	disso,	
é	responsável	por	conscientizar	o	trabalhador	que	a	pre-
venção	de	acidentes	é	muito	importante	no	trabalho.
	 A	CIPA	é	formada	por	um	grupo	de	pessoas	en-
carregadas	em	promover	ações	que	previnam	acidentes.	
Possui representantes indicados pela empresa e repre-
sentantes	eleitos	pelos	empregados.	Para	a	CIPA	ser	for-
mada	é	necessário	o	apoio	da	empresa
	 A	Norma	que	regulamente	a	CIPA	é	a	NR-05,	do	
Ministério	do	Trabalho	e	Emprego.
	 O	trabalhador	que	faz	parte	da	CIPA	é	conhecido	
como	Cipista.
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Figura 38 - O Cipista
Fonte: SENAI, 2013
 Se você for escolhido para fazer parte da CIPA na 
empresa	que	trabalha,	saiba	quais	são	as	suas	atribuições:
	 •	Estar	sempre	atento	às	condições	de	risco	nos	
ambientes	de	trabalhos;
	 •	 Investigar	 e	 analisar	 acidentes	 ocorridos	 para	
solicitar	medidas	que	previnam	acidentes	semelhantes;
	 •	Realizar,	mensalmente,	 reunião	 com	 todos	os	
membros	da	CIPA.
	 •	Orientar	 os	 outros	 trabalhadores	 sobre	 como	
se	prevenir	de	acidentes;
	 •	 Solicitar	medidas	 para	 reduzir	 ou	 eliminar	 os	
riscos	existentes;
	 •	Buscar	sempre	se	atualizar	no	que	diz	respeito	
à	prevenção	de	acidentes;
	 •	Participar	dos	treinamentos	para	membros	da	
CIPA	toda	vez	que	ele	ocorrer;
	 •	Buscar	ajuda	de	outros	membros	da	CIPA	em	
caso	de	dificuldades.
 Mostrar para os trabalhadores os procedimentos 
do	trabalho	e	a	importância	de	seguir	esses	procedimen-
tos,	 em	 cada	 atividade	 é	muito	 importante	 para	 evitar	
acidentes.	 Lembre-se	que	nem	todos	os	que	 trabalham	
na	obra	são	conscientes	dos	riscos	que	correm	se	não	se-
guirem	as	normas	de	segurança	da	empresa.
	 A	 empresa	 é	 obrigada	 a	 realizar,	 anualmente,	
conforme	a	NR-5,	a	Semana	Interna	de	Prevenção	de	Aci-
dentes	do	Trabalho	–	SIPAT.
 O SIPAT pode realizar palestras, concursos, ginca-
nas, cursos, treinamentos, dentre outros, buscando des-
pertar o interesse dos trabalhadores para o assunto da 
prevenção	de	acidentes	e	doenças	ocupacionais.	
RECAPITULANDO
 
	 Agora	que	você	já	sabe	as	normas	e	a	importân-
cia	da	segurança	no	trabalho	para	evitar	doenças	e	aci-
dentes,	não	deixe	de	usar	os	seus	equipamentos	de	se-
gurança	 individual	na	obra.	Como	diz	o	ditado	popular:	
“melhor	prevenir	do	que	remediar”.
	 Compareça	aos	encontros	marcados	pela	CIPA	de	
sua	empresa.	Os	Cipistas	buscam	informações	para	man-
ter	você	e	os	seus	colegas	em	segurança.
	 Informe-se!
	 No	próximo	capítulo	a	gente	vai	falar	sobre	como	
reduzir,	reutilizar	e	reciclar.
	 Pratique	os	exercícios	e	continue	estudando!
	 Ah!	Qualquer	dúvida,	pergunte	ao	seu	professor	
ou	monitor	de	treinamento.
	 O	setor	da	Construção	Civil	possui	grande	impor-
tância	para	o	país,	pois	ajuda	no	crescimento	da	econo-
mia	e	no	desenvolvimento	da	população.	Por	outro	lado,	
tem	grande	responsabilidade	em	relação	ao	consumo	dos	
recursos	naturais	do	planeta	e	na	geração	dos	resíduos.	
Esses	resíduos	vêm	da	ocupação	de	terras	para	constru-
ção	de	grandes	empreendimentos,	extração	de	matérias-
-primas	e	transporte	de	materiais.
Figura 39 - Agregados naturais
Fonte:	SHUTTERSTOCK,	2013
 Agregados são materiais granulosos e inertes re-
sultantes	da	britagem11	de	rochas	que	entram	na	com-
posição	de	argamassas	e	concreto.
 Os resíduos da construção civil	são	aqueles	pro-
venientes	 de	 construções,	 reformas,	 reparos	 e	 demoli-
ções	de	obras,	 gerados	muitas	 vezes,	 pelo	próprio	 pro-
Saiba Mais!
Procure saber sobre outros direitos e deveres do Cipis-
ta,	consultando	a	NR-05	ou	o	Ministério	do	Trabalho	e	
Emprego.
5. Gestão de Resíduos na Construção Cívil
41
www.ineprotec.com.br
Técnico em Mineração - Meio Ambiente - Segurança do Trabalho em Canteiro de Obras
cesso	construtivo.
	 Veja	 alguns	 exemplos:	 paredes	 mal	 planejadas	
que	 resultam	em	quebra	de	blocos	para	 embutir	 insta-
lações	ou	fechar	vão,	acondicionamento	inadequado	de	
materiais	e	transporte	em	equipamentos	inadequados.
Figura 40 - Rasgos em alvenaria
Fonte: SENAI, 2013
Figura 41	-	Transporte	inadequado	de	tijolos	na	gerica
Fonte: SENAI, 2013
	 Os	resíduos	gerados	devem	ser	separados	de	acordo	
com	a	classificação	do	Conselho	Nacional	de	Meio	Ambiente	–	
CONAMA,	para	evitar	que	sejam	descartados	de	qualquer	for-
ma	no	meio	ambiente12.	Falaremos	sobre	descarte	mais	adian-
te.
5.1 CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS
	 Veja	 abaixo	 como	 esses	 resíduos	 são	 classifica-
dos, segundo o CONAMA:
Quadro 23	-	Classificação	dos	resíduos
Fonte: SENAI, 2013
	 O	CONAMA	é	um	órgão	relacionado	ao	Ministé-
rio	do	Meio	Ambiente	que	possui	resoluções	que	tratam	
da	questão	ambiental.	A	Resolução	que	fala	sobre	as	obri-
gações	que	as	empresas	devem	ter	com	os	seus	resíduos	
é	a	307,	publicada	no	ano	de	2002,	complementada	pela	
348/2004	e	431/2011.
	 A	 Resolução13	 348/2004	 complementa	 que	 te-
lhas	e	materiais	que	contenham	amianto	passam	a	ser	re-
síduos	perigosos	(Classe	D)	e	a	Resolução	431/2011,	mo-
dificou	a	classificação	do	gesso	de	Classe	C,	para	Classe	B.	
Ou	seja,	o	gesso	passa	a	ser	resíduo	reciclável	e	pode:
	 •	ser	moído	e	enviado	para	a	indústria	concretei-
ra,	pois	ele	retarda	a	pega	do	concreto;
	 •	 ser	 utilizado	 na	 agricultura	 para	 melhorar	 o	
solo;
	 •	 ser	 utilizado	 na	 própria	 fabricação	 do	 gesso	
novo.
	 Para	a	reciclagem	do	gesso,	é	 importante	que	o	
resíduo	esteja	devidamente	segregado,	não	estando	con-
taminado	nem	misturado	com	outros	materiais.
	 Os	resíduos	Classe	D	são	perigosos	e	como	exem-
plos	podemos	destacar:	solventes,	tintas,	amianto,

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