Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Autor: Rafael Zardo Crevelari Ficou com alguma dúvida? Entre em contato com a gente nas redes ao lado. Durante a Segunda Guerra Mundial, o matemático Alan Turing foi fundamental no processo de desvendar códigos nazistas. Contudo, apesar de sua contribuição na guerra, foi condenado a ser esterilizado, pelo fato do preconceito existente contra gays na Inglaterra. Hoje, atitudes preconceituosas como esta são habituais na sociedade brasileira, seja por problemas culturais, bem como sociais. Diante disso, faz-se necessário debater sobre os desafios para a proteção da população LBGT. Em primeiro lugar, é preciso entender que as relações familiares LGBTs diferem-se do padrão histórico vigente no Brasil. Nesse sentido, em sua teoria das Teias de Dependência, o sociólogo Norbert Elias define que as teias biológicas, isto é, familiares, são fundamentais para facilitar o processo de socialização. Todavia, o fato de as famílias LGBT divergirem-se do padrão cultural – pai e mãe - é duramente criticado e reprimido pela sociedade, através de ofensas ou agressões, favorecendo, então, a exclusão deste grupo, como também a impossibilidade de viver de forma segura em sociedade. Por conseguinte, é evidente que a proteção desses indivíduos é ameaçada em detrimento da cultura familiar no Brasil, tornando-o o país que mais violenta esse grupo no mundo, de acordo com o Grupo Gay da Bahia. Outrossim, a não aplicação dos direitos dos civis de forma ampla no ambiente nacional agrava esse panorama. Segundo a concepção clássica desenvolvida pelo sociólogo T.H. Marshall, a cidadania moderna prevê a garantia e usufruto pleno dos direitos civis. Infelizmente, esse direito não se aplica aos LGBTs, já que o acesso pleno aos meios de transporte ou saúde é considerado inviável para estes indivíduos, muitas vezes pelo fato da população sentir-se incomodada coma presença destes em ambientes públicos, situação que prejudica o desenvolvimento em locais de trabalho ou escola por essa parcela da população. Dessa forma, as relações sociais dos LGBTs tornam-se frágeis, urgindo medidas para minimizar esta problemática. Portanto, é mister intervenções a fim de solucionar esta situação. Logo, cabe ao Ministério da Cultura, com parceria ao instituto Casa Rosa, importante ONG que apoia os cidadãos LGBT, por meio de subsídios, criar canais de denúncias contra a homofobia acessíveis por celular, como também propor peças teatrais e novelas com famílias LGBT, com o fim de inserir tais mudanças na cultura e evitar casos como o de Alan Turing.
Compartilhar