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O impacto negativo das redes sociais para a saúde mental do brasileiro - Redação exemplar (Rafael)

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Autor: Rafael Zardo Crevelari 
 
 
Ficou com alguma dúvida? 
Entre em contato com a gente nas redes ao lado. 
 
O escritor Carlos Heitor Cony define a internet como um meio de poluição espiritual. 
Infelizmente, tal afirmação representa grande parte dos sujeitos que utilizam a internet, uma vez que 
o meio virtual gera impasses socioemocionais, bem como sociais. Em suma, faz-se necessário debater 
sobre o impacto negativo das redes sociais à saúde mental do brasileiro. 
Em primeiro lugar, é preciso entender que as redes sociais são um local de diversas mudanças 
e acompanha-las é o principal objetivo dos internautas. Nessa perspectiva, o filósofo Bauman 
determina o conceito de “modernidade líquida”, a qual consiste na fragilidade das relações sociais. Da 
mesma forma, sem dúvida, tal liquidez está presente no meio virtual, já que novas tendências são 
comuns nesse ambiente, que, por sua vez, impulsiona a necessidade dos usuários de segui-los. Desse 
modo, decerto, acompanhar tais mudanças requerem atitudes extremas – como dietas extensas – as 
quais a pessoa pode não ter êxito, gerando frustração e baixa autoestima. 
Além disso, as redes sociais deixaram de ser um local de socialização para transformarem-se 
em uma bolha de discurso de ódio. Nesse sentido, em seu livro “A casa e a rua”, Roberto DaMatta 
questiona o comportamento dos usuários na internet, posto que assimila-se ao de casa, que é 
caracterizado por ser cordial. Sob esta ótica, é evidente a polarização de opiniões no meio virtual, 
uma vez que este é um ambiente cordial, o qual cria a sensação de liberdade, fator que potencializa 
discursos ofensivos. Dessa forma, infelizmente, adolescentes, que muitas vezes são alvos dessas 
calúnias, desenvolvem problemas de socialização, como também transtornos psicológicos, como 
depressão. 
Assim, é mister a intervenção privada a fim de diminuir a necessidade dos jovens de estarem 
sempre atualizados e conter o discurso de ódio nas redes sociais. Logo, cabe ao Google, juntamente 
ao Facebook, por meio de aplicativos acessíveis, criar portais que identifiquem internautas com mau 
uso das redes sociais, além de desenvolver filtros de tendências, para que os jovens possam se 
identificar e não sentir mais a necessidade de estar sempre mudando. Somente assim as redes sociais 
irão deixar de ser poluidoras espirituais.

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