Buscar

Documentos Médico Legais - Resumo para Concurso Público

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS 
Atestado – declaração de um fato médico, por exemplo, consulta ou comparecimento. 
- É um documento médico com valor legal, para declarar um fato médico.
- Declara o estado de saúde que repercute na execução de atividades.
Classificação do atestado: 
a. Oficiosos: têm como destinatários entidades privadas.
• Para organizações privadas; exemplo: trabalhador apresenta atestado ao seu empregador por doença que justifica ausência ao trabalho; 
• Justificativas simples; por exemplo, ausências por motivos médicos. 
b. Administrativos: solicitados por entidades públicas – servidores, órgãos da Administração Pública direta ou indireta. Servem para justificar a ausência do servidor, em virtude de problemas de saúde. 
c. Judiciários: Administração da Justiça; requisitados por juízes para justificar ausência em audiências. 
Obs. O paciente somente autoriza o médico a declarar a doença no atestado, se assim preferir, em virtude do sigilo do código de ética médica. 
Relatório.: descrição e discussão minuciosa de qualquer exame médico-legal. 
É um relato minucioso do exame médico-legal. 
Duas categorias principais de relatório: 
a. Laudo: exame e redação pelo próprio perito legista. O legista tem um auxiliar, e este analisa o órgão. O auxiliar relata e o legista redige. Consiste na descrição minuciosa do exame. 
b. Auto: redigido pelo escrivão e assinado pelo médico legista. O escrivão escreve o que o médico legisla dita ao realizar o exame. Geralmente o legista está ocupado com o exame – exumações, por exemplo. 
LAUDO OU AUTO – partes 
a. Preâmbulo: é uma introdução das circunstâncias que ensejaram a produção do documento. 
• Data, hora, local dos exames; 
• Nome do perito; 
• Qualificação do examinado; 
• Autoridade requerente/solicitante; 
• N. da requisição de perícia e n. do Boletim de Ocorrência; 
• Nome do diretor da repartição pericial. 
b. Quesitos – homicídio, por exemplo. São perguntas feitas ao perito médico-legista a fim de que sejam esclarecidos os principais pontos. Geralmente, são quesitos padrões, retirados dos manuais de medicina legal. Após o exame, o perito responde a esses quesitos. 
• Houve morte? 
• Qual a causa da morte? 
• Qual o instrumento ou meio que produziu a morte? 
• Foi produzida com veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel? Esse quesito investiga as circunstâncias qualificadoras do crime de homicídio, conforme dicção do art. 121 do CP. Trata-se de informação juridicamente relevante, podendo aumentar a pena do crime de homicídio. 
c. Histórico ou comemorativo: informações não técnicas, colhidas da vítima, testemunhas, policiais e de responsabilidade dos declarantes. São informações passíveis de verificação posterior, ao longo da investigação, tais como: o relato da vítima, do socorrista, do policial etc. 
d. Descrição: o perito descreve detalhadamente – visum et repertum: verificar, constatar e repetir no papel. Serve para documentação para o futuro. Pois, quem vai julgar o processo não está presente no momento da realização do exame.
• A pessoa que examinou, viva ou morta; 
• As vestes, adereços e sinais particulares; 
• Todos os demais vestígios no corpo: sujidades, desalinhos nas vestes, lesões, manchas de sangue etc; 
• Descreve as cavidades examinadas: cabeça, tórax e abdômen; 
• Corpos estranhos retirados do cadáver: PAFs, lâminas, drogas etc. 
e. Discussão: vestígios e hipóteses prováveis para a morte ou lesão, de forma lógica, científica, com justificativas racionais e fundamentos na literatura especializada; o legista fundamenta o que constatou na realização do exame. 
f) Conclusão: síntese da descrição e da conclusão. Exemplo: “Diante do exposto e discutido, o legista conclui que o periciando em vida foi vítima de tiros de arma de fogo, que o levaram à morte por traumatismo cranioencefálico.” A conclusão é uma parte muito importante do laudo, pois em razão da extensão dos inquéritos e dos processos, as autoridades (MP, advogado e magistrado) procuram ler a conclusão. Por isso, ela deve ser sucinta, objetiva, clara e precisa. 
PARECER
- Também é um documento médico.
- O parecer é a opinião técnica do perito acerca de fatos analisados indiretamente, por intermédio de documentos. 
- No parecer, o médico examina outros laudos ou outros documentos relacionados ao processo, é um exame indireto, realizado na documentação.
- O profissional com notoriedade profere sua opinião técnica acerca do fato.
- O parecer é solicitado quando existe dúvida ao longo do inquérito ou processo, quando os laudos iniciais não são suficientes. 
Os interessados podem ser: delegado, juiz, promotor, CRM (antes de julgar casos de erro médico). 
Características 
• Geralmente designado a um perito de renome, ex.: Professor Genival Veloso de França, professor Fortunato Badan Palhares (atuou no caso PC Farias); 
• O corpo de delito geralmente não existe mais e não é reexaminado; 
• A opinião técnica é dada com base no exame dos autos: laudos, depoimentos, do inquérito e do processo. 
Partes: 
a. Preâmbulo; 
b. Histórico ou comemorativo; 
c. Documentos analisados;
d. Exposição:transcrição dos quesitos (consultados ao parecerista) e do objeto da consulta;
d. Discussão;
e. Conclusão: opinião técnica (“impressão”) acerca dos fatos consultados e analisados (estudados). 
OUTROS DOCUMENTOS MÉDICOS
• Notificação: É um comunicado expedido pelo médico ao tomar conhecimento de feto juridicamente, socialmente ou sanitariamente relevante, tais como:
- Necessidade social ou sanitária, como acidente de trabalho, doenças infectocontagiosas;
- Crimes de ação pública que tiverem conhecimento. 
CP, art. 269. Deixar o médico de comunicar à autoridade pública doença de notificação compulsória 
• Boletim médico: documento ou relatório expedido pelo médico para ciência do estado de saúde de uma pessoa hospitalizada. Ex.: quando um presidente da república se submete à cirurgia, a cada 24 horas, o hospital emite um boletim, informando o estado de saúde; 
• Prescrição: quando o médico escreve a indicação de determinado tratamento – medicamentoso ou não – para uma enfermidade; 
• Atestado x declaração: atestado médico é emitido exclusivamente pelo médico, o dentista emite atestado odontológico, o fonoaudiólogo emite declaração de comparecimento. 
Declaração de óbito: Documento médico preenchido e assinado exclusivamente pelo médico. Formulário padronizado produzido pelo ministério da saúde, no qual o médico informa a data e horário do óbito, causa da morte, qualificação da vítima e demais aspectos relevantes.
Esse documento gera a certidão de óbito, que possui relevância para fins de sucessão e herança. 
• Documento médico que atesta o óbito; 
• Confirmar a morte e determinar a causa da morte; 
a. a declaração de óbito pode ser expedida pelo médico perito do IML (mortes violentas – acidentes, suicídios, violência, suspeitas de crime e cadáveres em decomposição); ou 
b. pelo médico de verificação de óbito, em casos de mortes relacionadas à velhice ou doença 
• O preenchimento e a assinatura são prerrogativas médicas; 
• Identifica a pessoa falecida, a causa e as circunstâncias da morte; 
• Formulário padrão do Ministério da Saúde, com número de série. 
Declaração de Óbito, Lei n. 6.126/1975:
 “Nenhum sepultamento será feito sem certidão oficial de registro do local de falecimento, extraída após lavratura doassento de óbito, em vista de atestado médico, se houver no lugar, ou, em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem presenciado ou verificado a morte.” 
Art. 9º Código Civil. Serão registrados em registro público: 
I – os nascimentos, casamentos e óbitos. 
Lei dos Registros Públicos 
Art. 29. Serão declarados nos Registros Civis de Pessoas: 
I – os nascimentos 
II – os casamentos 
III – os óbitos 
RESOLUÇÃO CFM N. 1.779/2005 Art. 1º O preenchimento dos dados constantes na declaração de óbito são da responsabilidade do médico que a atestou.

Outros materiais