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Atestado Médico É a afirmação simples e por escrito de um fato médico e suas consequências. Tem por objetivo sugerir estado de sanidade ou doença para licença, dispensa ou justificativa de faltas de serviço. Pode ser classificado: Quanto a procedência ou destino: Oficioso: fornecido por um médico diretamente a uma pessoa física ou privada que justifica situações menos formais. Administrativo: é fornecido pelo médico e será utilizado por uma repartição pública, servindo aos interesses dos serviços públicos. Judicial: é expedido por solicitação do juiz ou que integra os autos judiciários, atendendo a administração da justiça. Quanto ao conteúdo: Idôneo: expedido por profissional habilitado, tendo como conteúdo a veracidade do ato descrito fielmente como relatado ou observado. Gracioso: é fornecido sem a pratica que o justifique. É sempre antiético e pode se transformar em imprudente ou falso. Ex.: atestado de saúde sem nem ter visto o paciente. Imprudente: é fornecido por um médico particular para fins administrativos de forma inconsequente, insensata e intempestiva em favor de terceiros. Ex.: atestado que justifique falta no trabalho de forma imprudente. Falso: é um crime previsto no código penal, como falsidade ideológica. É um atestado que falta com a verdade, dolosamente e tem seu uso indevido e criminoso. Pode ser expedido por alguém não medico, sendo falso por isso, ou afirmar algo que não existe ou negar que existe. Deve conter cabeçalho, solicitação do interessado, finalidade a que se destina, fato medico e consequência, e local, data e assinatura com carimbo. Atestado de óbito É o documento médico mais importe. A partir dele é registrado o óbito e por conseguinte cessada, juridicamente, a vida de uma pessoa. É um documento simples, escrito e fornecido apenas por médicos, que confirma a morte, determina sua causa e tem função civil, estatisco- demografica e politico sanitária. Quem declara o óbito? - Se morte natural com assistência médica: Médico do serviço de saúde onde o paciente faleceu. - Se morte natural sem assistência médica ou com assistência, mas sem diagnóstico: é necessária investigação anatomopatológica. - Se morte subida com ou sem testemunha: também é necessária investigação anatomo-patologica. - Se morte violenta (suicídio, homicídio ou acidentes) ou em custódia: é necessária necropsia no IML. Pontos de atenção: Sinceridade no diagnóstico da morte: se a causa é desconhecida, devemos ser honesto quanto a isso. Ter verificado pessoalmente o óbito: não podem te contar sobre o óbito, o médico tem que ir lá e conferir antes de declarar. Ter assistido o paciente ou ter delegação para isto: não pode ser dada a declaração de óbito a um paciente que você não assistiu, que não acompanhou mesmo que por poucos minutos ou que desconhece a história. Atestar o óbito é um ato obrigatório: não pode ser negado pelo médico, é um dever dele e direito da família do paciente. O atestado é gratuito: é um documento gratuito que não deve ser cobrado pelo médico ou instituição de saúde, nem pelo cartório que faz a certidão de óbito. Confirmar as informações da declaração: deve ser relida com atenção e confirmadas todas as informações presentes. Precauções a serem tomadas:Não assinar atestado de óbito em branco: é um documento sério e importante, que deve ser preenchido com cuidado pelo próprio médico. Júlia Malta Braga MED 01 FCM-TR Não deixar atestado de óbito previamente assinado: mesmo que o falecimento do paciente seja um destino claro e próximo, o atestado só pode ser feito após o óbito. Verificar, antes de assinar, todos os itens do formulário. Não assinar atestado de óbito do enfermo que não prestar assistência. Não assinar atestado de óbito a pedido de outro colega. Notificações É o documento que comunica às autoridades sanitárias a respeito do aparecimento de determinada doença ou situação que pode trazer consequências urgentes para saúde pública. Existem casos em que a notificação é compulsória, devendo ser enviada a Vigilância epidemiológica local. Doenças de notificação compulsória: ◦ Cólera ◦ Coqueluche ◦ Dengue ◦ Difteria ◦ Doença de Chagas (casos agudos ◦ Doença Meningocócica e Outras Meningites ◦ Febre Amarela ◦ Febre Tifoide ◦ Hepatite B ◦ Hepatite C ◦ Leishmaniose Visceral ◦ Leptospirose ◦ Malária ◦ Meningite por Haemophilus influenzae ◦ Poliomielite ◦ Paralisia Flácida Aguda ◦ Hanseníase ◦ Síndrome da Rubéola Congênita ◦ Sarampo ◦ Sífilis Congênita ◦ Infecção por HIV ◦ Tétano ◦ Tuberculose ◦ Peste ◦ Raiva Humana ◦ Rubéola ◦ Hantavírus Relatório É a descrição minuciosa de um fato médico e de suas consequências requisitadas por autoridade competente. Auto: relatório ditado ao escrivão. Não é o médico legista quem escreve. Laudo: relatório realmente feito pelo perito, ele mesmo escreve com suas próprias palavras. Organização: 1. Preambulo: identificação do perito com seus títulos e residências, de quem requereu e quem autorizou a perícia, e do examinado, além de hora, data e finalidade da perícia. 2. Quesitos: perguntas formuladas pela autoridade judiciaria ou policial, pela promotoria ou pelos advogados das partes. 3. Histórico: registro dos fatos mais significativos que motivam o pedido da perícia ou esclarecem e orientam a ação do perito. 4. Descrição: deve ser minuciosa, clara, metódica e singular, de forma a relatar todos os fatos apurados diretamente pelo perito. É a parte essencial do relatório. 5. Discussão: é a análise dos dados fornecidos pelo exame e registrados na descrição, comparando com os informes do histórico. Tem por objetivo encaminhar o raciocínio do leitor para o entendimento da conclusão. 6. Conclusão: é a dedução sintética e natural da discussão. 7. Resposta aos quesitos. Consulta médico-legal É a solicitação na qual os interessados ouvem a opinião de um ou mais especialistas a respeito do valor cientifico de determinado relatório médico-legal, quando o mesmo deixa dúvidas a respeito do seu conteúdo. Parecer médico-legal É a resposta escrita de autoridade médica, de comissão de profissionais ou de sociedade cientifica, a consulta formulada com o intuito de esclarecer questões de interesse jurídicos. Deve conter preambulo, exposição, discussão e conclusão. Depoimento Oral São esclarecimentos dados pelo perito, acerca do relatório, perante júri ou em audiência e instrução e julgamento. Prontuário Médico É o registro médico de toda a anamnese, exame físico e ações tomadas para com o paciente. É uma falta ética o médico deixar de elabora-lo. É um documento de interesse médico (antecedentes e acompanhamento) e de interesse jurídico. Devem obrigatoriamente conter Identificação, queixa e duração, anamnese, exame físico geral e especial, exames complementares, diagnóstico, conduta e prognóstico. Pode conter também a ficha de serviço social, a ficha de serviço de enfermagem, a ficha do serviço de nutrição, o controle metabólico, o controle de anestesia, a descrição da cirurgia realizada, as opiniões de especialistas solicitados, os exames específicos, as fichas de radioterapia e/ou quimioterapia, o prontuário do RN e a declaração de nascido vivo, o resumo de alta e o relatório necropsia, se ocorrer. Outros documentos médicos Receita médica. Boletim médico: documento emitido pelo médico ou equipe de médicos que informa sobre o estado atual de um paciente em atendimento ou já atendido, os procedimentos já realizados ou que serão realizados.
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