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Aula 1 A administração de pessoal: Neste primeiro encontro, o aluno conhecera e aprenderá a importância do Setor de Pessoal para uma Organização. O ponto central da Aula será a apresentação das principais atribuições do Setor de Pessoal, a relação do setor com os outros setores e a relação com os órgãos externos. Será apresentada uma planilha demonstrando o custo da mão de obra de uma organização. O aluno identificará as principais rotinas do Setor de Pessoal, dentre elas, admissão, demissão, pagamento de salário, etc. Terá a oportunidade de conhecer o processo de admissão, documentação a ser apresentada para os registros, anotação da CTPS SUBTÍTULOS A SEREM ABORDADOS NESTA DA AULA: Integração Interorganizacional; Imagem do Setor de Pessoal; Principais rotinas do Setor de Pessoal; Custo da Mão de Obra; Processo de Admissão – parte; Aula 2 : Jornada de Trabalho e o Controle de Frequência O Processo de jornada de trabalho. A jornada de trabalho é o período em que o empregado irá atender as necessidades do seu empregador, no cumprimento das suas ordens e das diretrizes traçadas. Conceitualmente, jornada de trabalho é o período em que o empregado fica a disposição do empregador cumprindo ou aguardando ordens. A jornada de trabalho deverá ser registrada no contrato de trabalho. Não podendo, todavia, ultrapassar os limites estabelecidos na legislação pertinente. A duração da jornada de trabalho, conforme estabelecido no art. 58 da CLT combinado com o Art. 7º, inciso XIII da CRFB/88, é limitada em 08 (oito) horas diárias, 44 (quarenta e quatro) semanais e 220 horas mensais. Considerando que em uma empresa haja expediente em todos os dias da semana, ou seja, de segunda-feira a sábado, com descanso no dia de domingo, a jornada diária será de 07:20 (sete horas e vinte minutos). Esta jornada diária é obtida dividindo-se 42 horas (das 44 horas) por 6 dias (2ª a sábado), resultando em 7 horas, e dividindo-se as 2 horas restantes (120 minutos) pelos mesmos 6 dias, resultando 20 minutos, totalizando então 7 horas e 20 minutos. Sendo do interesse do empregador, a jornada de trabalho poderá ser acrescida em um ou mais dias da semana, com a respectiva compensação em outro dia da mesma semana, limitando-se sempre à duração máxima semanal de 44 horas. A compensação de horário de trabalho consiste no aumento da jornada diária, observado o limite de 10 horas, visando a suprimir ou diminuir o trabalho em outro dia da semana. Assim, o empregado poderá trabalhar, por exemplo, de segunda à sexta 8 horas por dia e no dia de sábado ele terá de trabalhar mais 4 horas, ou seja, 8 horas vezes 5 dias resulta em 40 horas mais a 4 horas do sábado, totalizando 44 horas. Poderá também trabalhar de segunda a sexta feira 08:48 (oito horas e quarenta e oito minutos) e no dia de sábado não haverá expediente; esta jornada diária é obtida dividindo-se 40 horas (das 44 horas) por 5 dias (2ª a 6ª); Esta jornada diária é obtida dividindo-se 40 horas (das 44 horas) por 5 dias (2ª a 6ª), resultando em 8 horas, e dividindo-se as 4 horas restantes (240 minutos) pelos mesmos 5 dias, resultando 48 minutos, totalizando então 8 horas e 48 minutos Por determinação legal também existem jornadas menores de 08 (oito) horas diárias. São jornadas limitadas em 06 (seis) horas por dia, como por exemplo, as contratações de profissionais de telefonia, ascensoristas, digitadores, bancários. Algumas empresas costumam no inicio de cada ano apresentar aos trabalhadores um plano de compensação de horas, para os eventuais feriados de meio de semana, em que surge uma janela nas segundas ou sextas-feiras, criando transtornos tanto para a empresa quanto para o trabalhador, para isto programa-se com antecedência um plano de compensação, que evita os problemas de ultima hora, é uma medida que gera um clima positivo junto aos trabalhadores, que podem se programar melhor para aproveitar um descanso nestes feriados. Há também a determinação legal para que os trabalhos realizados em turnos ininterruptos de revezamento, a jornada diária seja limitada em 06 (seis) horas – Art. 7º. XIV, da CRFB. Trabalho por turno ininterrupto é aquele em que trabalhadores se sucedem nas máquinas do empregador, de tal forma que os horários de trabalho permitam que as máquinas funcionem ininterruptamente na empresa, sem parar. Como exemplo, podemos citar os funcionários de uma Siderúrgica, que fazem a alimentação do chamado alto forno, onde este equipamento não pode ser desligado. Assim, dessa forma, a equipe de trabalho se reveza em turnos de 06 horas cada – 4 turnos, anteriormente as empresas estabeleciam 3 turnos de 8 horas, porém, com a nova constituição de 1988, a jornada foi alterada em benefício do trabalhador obrigando as empresas a estabelecerem um quarto turno. Esclarecemos ainda que este turno de revezamento, nada tem a haver com a escala de revezamento, que ocorre em alguns segmentos do mercado, como por exemplo os hotéis em que a folga ocorre de 7 em 7 semanas coincidindo com o domingo. MENORES A Lei n° 10.097, de 19.12.2000, na esteira do inciso XXXIII do art. 7° CF, que proíbe qualquer trabalho a menores de 16 anos, mas libera o trabalho aprendizado para o menor, a partir dos 14 anos de idade – modificou a redação do art. 432 da CLT, estabelecendo diferenciada jornada de trabalho para o menor aprendiz: Em relação aos empregados menores (16 a 18 anos), a compensação de horas somente poderá ser firmada mediante existência de acordo coletivo celebrado com o sindicato da classe. Da jornada de trabalho – Controle. Neste processo o aluno compreenderá e administrará às jornadas de trabalho. Duração máxima das jornadas de trabalho e os intervalos obrigatórios para repouso e alimentação, em função da respectiva jornada de trabalho. Quando o empregador contar com mais de dez (10) empregados, será ele obrigado a controlar os horários de trabalho. Assim, o empregado terá que assinalar sua jornada diária, de forma manual, mecânica ou eletrônica. Em se tratando de marcação manual (folha ou livro de ponto) é desaconselhável que se tenha a marcação única de horário de entrada e saída, na forma chamada de “britânica”. Para essas situações, estes controles de freqüência não têm aceitação perante uma fiscalização do trabalho e na Justiça do Trabalho. Ainda que seja marcação manual, que haja a variação horária de chegada e saída. A Legislação Trabalhista (CLT) no art. 62, excepciona determinados empregados da marcação obrigatória da jornada de trabalho, tendo em vista suas peculiaridades funcionais, seja por exercerem cargos de chefias ou que o exercício de suas funções profissionais são incompatíveis com o controle de jornada de trabalho, àquelas que são exercidas externas. Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo (Jornada de Trabalho) I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. Parágrafo único. O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento). Para os empregados que se enquadram na exceção do Art. 62 da CLT, será necessário que em suas CTPS contenham as anotações com essa previsão. MARCAÇÃO COM ANTECEDÊNCIA Os referidos registros poderão ser considerados, em eventuais reclamatórias trabalhistas, como tempo à disposição da empresa e, por conseguinte, exigido o pagamento das horas suplementares.Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. É importante que a empresa faça um controle para que não ocorram marcações antecipadas, pois muitas vezes o trabalhador, antes de estar preparado para o inicio de sua jornada, realiza a marcação do ponto; no caso de empresas que utilizam uniformes, é dado ao trabalhador a condição de fazer a troca na própria empresa, para isto deverá utilizar um vestiário com armários apropriados, para guarda dos pertences, e para estes casos ele só deve marcar o cartão quando estiver devidamente uniformizado. REGISTRO DE PONTO COM RASURAS Para empresas que ainda se utilizam dos relógios de ponto em que o trabalhador utiliza um cartão para marcação, é importante que haja um acompanhamento da marcação, pois é comum que trabalhadores façam a marcação mecânica de forma incorreta, em especial quando não querem que o horário de atraso seja apontado e com isto invalidam o documento como prova para reclamações trabalhistas, caso seja necessário. O registro de ponto, nestes casos, poderá ser desclassificado como prova a favor da empresa, sob alegação de ter sido rasurado ou não corresponder com a realidade. Períodos de descanso – intrajornada – entre jornada. DESCANSO INTRAJORNADAS Nas jornadas de trabalho, cuja duração não ultrapasse 04 horas, não será obrigatória a concessão de intervalo intrajornada, ou seja, intervalo dentro da jornada de trabalho, destinado a repouso e alimentação. Para as jornadas diárias cuja duração seja maior que 04 horas e menor que 06 horas, o intervalo intrajornada será obrigatório e sua duração é de no mínimo de 15 minutos. (Observados categorias que tenham normas próprias – Operador de Telemarketing). Quanto aos intervalos previstos legalmente para repouso e alimentação, não serão considerados na duração normal da jornada de trabalho. Art. 71 - Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. § 1° - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. § 2° - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. § 3° - O limite mínimo de 1 (uma) hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho quando, ouvido o Departamento Nacional de Segurança e Higiene do Trabalho (DNSHT) se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. § 4° - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo cinqüenta por cento sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. Destacamos um fato que não é muito observado por algumas empresas: torna-se necessário um novo intervalo quando da ocorrência de horas extras no final da jornada, em que o trabalhador fique mais duas horas, após ter cumprido a jornada normal, pois seria necessário antes de ter inicio a jornada extra que ele fizesse um intervalo de 15 minutos para um lanche; com isto estaria atendendo integralmente a legislação vigente, custeado pelo empregador, como uma forma de obter uma melhor produtividade destas horas extras. DESCANSO ENTRE JORNADAS É o descanso obrigatório que o empregador deve observar entre o término de uma jornada de um dia e o início de outra jornada no outro dia. Este descanso é de 11 horas consecutivas. Deverá ser observado rigorosamente, e a sua não concessão, integral ou parcial, acarretará autuação do Ministério do Trabalho, assim como pagamento de horas extras. DESCANSO SEMANAL A todo empregado é assegurado um descanso semanal remunerado de 24 horas consecutivas. Este descanso deverá, preferencialmente, coincidir com o domingo, salvo conveniência pública ou necessidade imperiosa de serviço. O descanso semanal remunerado não pode absorver o intervalo entre jornadas, ou seja, se o empregado trabalha de segunda-feira a sábado com jornada diária de 07:20, ele só poderá retornar ao trabalho após 35 (trinta e cinco) horas do término da última jornada de trabalho (11 + 24 = 35). INTERVALOS ESPONTÂNEOS Não sendo o intervalo concedido, previsto na legislação, o seu tempo será remunerado e consequentemente será tempo a disposição do empregador. O que acarretará um excesso de jornada de trabalho com a remuneração na forma de horas extras. Os intervalos estabelecidos na legislação para descanso e alimentação não serão computados na duração do trabalho, bem como não serão remunerados. DESCANSOS DIFERENCIADOS Para determinados tipos de atividades, as quais levam o empregado mais rápido à fadiga, são concedidos durante a jornada, descansos especiais. Estes descansos, diferentemente dos descansos para repouso e alimentação, são considerados de serviços efetivos. Assim eles contam normalmente na duração da jornada de trabalho. Como exemplo podemos citar: • Mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 minutos de trabalho consecutivo corresponderá um intervalo de 10 minutos. • Digitação – A cada 50 minutos de trabalho, intervalo de 10 minutos, conforme portaria do MTPS/90 nº 3.751. • Câmaras frigoríficas – Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas, bem como àqueles que movimentam as mercadorias do ambiente para o frio ou vice-versa, após 01:40 (uma hora e quarenta minutos) contínuo, será assegurado um intervalo de 20 minutos para repouso. Quadro de Horário de Trabalho O empregador deverá registrar, de forma resumida, os horários de seus empregados no quadro de horário de trabalho. Este documento deverá estar afixado em local visível. No quadro de horário de trabalho conterá nome do empregado, sua qualificação, e o resumo de sua jornada de trabalho, considerando sua entrada, saída para alimentação/descanso e o término da jornada diária e qual o dia destinado a repouso semanal. Da jornada noturna Desenvolveremos, neste tópico, a jornada noturna e sua particularidade. A jornada noturna tem seu início às 22:00 horas de um dia e o seu término às 05:00 do dia seguinte. Neste lapso de jornada de trabalho, temos que o empregado cumpriu uma jornada de 08 horas, ainda que, na contagem normal da hora observando o relógio, tem-se um lapso de 07 horas. Isto se dá em função da duração da hora noturna, que é de 52 minutos e 30 segundos (00:52:30). Para os empregados, que trabalham em jornada noturna, total ou parcial, sua remuneração sofrerá um acréscimo de no mínimo 20 % sobre a hora normal. Destacamos aqui a necessidade de redução de 7:30 sete minutos e trinta segundos por hora noturna trabalhada, para que isto não acarrete horas extras, em razão de ultrapassar a jornada diária, em razão da redução apresentada de 60 minutos da hora normal para 52 minutos e 30 segundos para a hora noturna. O Descanso Semanal Remunerado – DSR ou RSR O descanso semanal remunerado é um direito dos empregados, que advém de Lei Federal (Lei 605/49). O artigo 67 da CLT assegura aos trabalhadores um descanso semanal remunerado de duração de 24 horas que, preferencialmente, coincidirá com o dia de DOMINGO. A Lei 605/49, nos dá uma visão geral, na aplicação deste direito. Condiciona o direito ao DSR/RSR ao empregado que tenha trabalhado integralmente a semana anterior ao descanso. Determina também que o feriado – municipal – estadual– federal – é igualmente um DSR/RSR, sob as mesmas condições do Descanso Semanal Remunerado. Temos ainda que, o trabalho nestes dias não é de um todo proibido. Havendo necessidade de se escalar o empregado para laborar nestes dias, condiciona a lei que o empregador deverá conceder ao empregado, um outro dia, na mesma semana, para descanso. Frise-se, na mesma semana. Assim, em havendo necessidade de se trabalhar no domingo, deverá o empregado folgar em outro dia (segunda-feira à sábado) que antecede o domingo a ser trabalhado. Tratando-se de trabalho no dia de feriado, a nossa jurisprudência trabalhista, entende que o outro dia compensatório poderá ser dentro do mês corrente e não na mesma semana. Em relação ao direito do DSR/RSR, abre-se uma discussão sem fim nos Tribunais Trabalhistas. Trata-se da situação da perda do direito o DSR/RSR. O que ocorre quando o empregado não tenha trabalhado a semana anterior ao DSR/RSR integralmente. Nos parece uma situação clara, ou seja, faltou sem justificativa legal, perderá a remuneração deste dia (falta) assim como a remuneração do descanso. Mas, para determinados pesquisadores trabalhistas, essa regra não se aplica ao empregado que tenha sua condição remuneratória por mês, o mensalista, de tal forma que, este empregado só será descontado o dia de falta e terá a remuneração do descanso. Por outro lado, há também outros pesquisadores trabalhistas que defendem o desconto do dia da falta, por certo e também o desconto da remuneração do DSR/RSR. Já que a Lei 605/49 não deixa clara esta diferença de tratamento para os mensalistas. Ao nosso entendimento, não deverá ser remunerado o descanso semanal, tendo o empregado faltado ao trabalho, sem justificativa legal. Assim, perderá a remuneração da falta e do DSR/RSR. Destacamos que deverá ser adotado um critério único nas organizações, evitando sempre os tratamentos discriminatórios – para esse empregado há o desconto e para aquele empregado não haverá o desconto. Importante também é destacar que as horas extras incidem no valor do D.S.R., alterando seu valor. Do processo da hora extra Amparado pela CLT, em seu Art. 59, o empregador poderá acrescer na jornada de trabalho em até 02 horas diárias, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. Deste acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 50% superior à da hora normal. É a nossa hora extra. Está remuneração suplementar, instituída pelo mínimo de 50%, é para as prorrogações ocorridas nos dias úteis. Já, ocorrendo nos dias de domingos e feriados, essa remuneração suplementar deverá ser de no mínimo 100%. Ressalva-se as condições mais favoráveis estabelecidas nas Convenções e Acordos Coletivos da categoria. Do processo das Convenções e Acordos Coletivos de Trabalho Na forma prescrita no Art. 611 da CLT, Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais do trabalho. Já o Acordo Coletivo de Trabalho é a relação entre o Sindicato representativo da categoria profissional, com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, onde se estipulará condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das empresas acordantes às respectivas relações de trabalho. De modo geral as empresas costumam de forma errada utilizar a expressão dissídio coletivo, para a Convenção Coletiva na data base que determina o reajuste salarial da categoria e o piso salarial e outras clausulas que regulamentam a relação Capital x Trabalho. O dissídio só ocorre de fato quando as partes não chegam a um termo comum e a radicalização de posição leva a outra parte a instaurar um dissídio coletivo que neste caso sai da esfera administrativa do Ministério de Trabalho e vai para a esfera judicial do Tribunal Regional do Trabalho. Outro fato interessante de relatarmos é o fato de termos um número reduzido de dissídios na Convenção Coletiva que ocorre na data base, por interesse financeiro tanto do sindicato patronal (representando os patrões), quanto o sindicato laboral (representando os trabalhadores), que cobram a taxa assistencial, valor atribuído a sua participação de assistência aos seus representados, caso este processo é encaminhado ao TRT com a instauração de um dissídio, os sindicatos deixam de arrecadar estes valores. Cabe ressaltar que se o empregado se manifestar por escrito junto ao sindicato, este valor não poderá ser descontado em seu contra cheque PROFISSÕES PROIBIDAS DE CELEBRAR ACORDO Não podem celebrar acordos de compensação de horário de trabalho as seguintes profissões: ascensoristas (Lei nº 3.270/57); telefonistas (CLT, art. 227). Aula 3 Processo de Prorrogação e Compensação da Jornada de Trabalho e o Banco de Horas, Processo Disciplinar e o Processo de Suspensão e Interrupção do Contrato Do processo de Compensação e Prorrogação da Jornada de Trabalho e o BANCO DE HORAS Prorrogação e Compensação da Jornada de Trabalho O empregador poderá promover com seus empregados um acordo de prorrogação da jornada de trabalho com a respectiva compensação em outro dia da mesma semana. A celebração deste acordo de compensação deverá ser por escrito. Em sendo os empregados maiores, poderá ser acordo coletivo ou por convenção coletiva. Para os empregados maiores, masculinos ou femininos, admitidos após a celebração do acordo de compensação de horas, assinarão um termo de adesão. Tratando-se de empregado menor, há a necessidade da interveniência do sindicato da categoria profissional. Banco de horas Trabalhar no comércio, assim como em alguns outros ramos da economia, tem algumas particularidades: há dias e horários de grande movimento e outros nem tanto. Empregados nesses ramos de atividade vivem essa sazonalidade típica e aprendem a conviver com a necessidade de realizar horas extras com certa frequência. Mas se a disparidade de esforço nos vários meses do ano, dias da semana, ou mesmo nas horas do dia é inevitável, há agora uma nova forma de administrar o trabalho extra- jornada. A lei 9.601/98 passou a prever a possibilidade do trabalhador dar expediente com mais horas em um dia para compensar outro, eliminando horas extras trabalhadas. Cria-se, então, um "banco de horas", em que o supervisor registra como crédito as horas extras trabalhadas e vai debitando as horas de descanso concebidas como compensação. O sistema de jornada flexível permite equalizar o número de horas trabalhadas em um dia de pico de vendas com os de menor movimento, então vale a pena implantar o sistema, ele é muito importante para flexibilizar a gestão de despesas e adequar a estrutura humana da empresa às necessidades dos clientes. Para ser adotada, a compensação de horas extras depende de negociação entre patrão, empregados e sindicato. Pela negociação entre as partes pode-se chegar a prazos diferentes do prazo máximo para concessão do descanso. É que, pela lei, o período entre a realização da hora-extra e o gozo da folga não pode ultrapassar um ano, mas cabe às partes estabelecer limites menores se assim preferirem. Assim, há diferentes acordos com prazos maiores ou menores para fazer a compensação. Há quem prefira, por exemplo, acumular crédito de horas durante o ano e gozá-las junto às férias. Outros podem preferir usufruir o descanso o quanto antes para se evitar o estresse. O parágrafo 2º do Art. 59 da CLT, foi alterado pela Lei 9.601/98, criando a possibilidade de ser prorrogada a jornada diária de trabalho, no limite de 02 horas, para que seja compensado em outro dia, de maneira que não exceda o período máximo de um ano, porforça de acordo ou convenção coletiva de trabalho. Neste acordo poderá haver uma cláusula, em que essa compensação seja por um período menor, por exemplo, 8 meses, 6 meses, etc. Mais adiante, especificamente, o parágrafo 3º do Art. 59 da CLT, prevê que em havendo rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. Quadro de empregados na implantação e funcionamento do Banco de horas Se a empresa tem como objetivo, ao implantar o Banco de Horas, reduzir ou mesmo eliminar a despesa com horas extras, deve possuir um quadro de empregados que permita que haja prorrogação nas épocas de grande movimento e que haja compensação nas épocas de baixa atividade. Se o quadro de empregados for o mínimo necessário para o desempenho da atividade, haverá prorrogação nos momentos de “pico”, mas não haverá possibilidade de compensação nas épocas de pouco trabalho, visto que o quadro está dimensionado exatamente para este período. Se o quadro de empregados for o máximo necessário para o desempenho da atividade, não haverá prorrogação nos momentos de “pico” - visto que o quadro está dimensionado para este período – e consequentemente não haverá compensação nas épocas de pouco trabalho. Portanto o quadro ideal para a implantação do Banco de Horas é o quadro “médio”, e este quadro será o ideal quando as horas prorrogadas e as compensadas forem iguais, gerando saldo zero para o Banco de Horas. O processo disciplinar Compete ao empregador o poder diretivo dos contratos de trabalho. É o empregador quem dita as normas de execução do contrato de trabalho ficando, é claro, limitado às normas legais. Algumas empresas têm dúvidas na aplicação do processo disciplinar, lembramos o pensamento da Justiça, mais precisamente de alguns Juízes do Trabalho, que entendem que as organizações são parte do contexto social, tem que se integrar de forma plena e total nesse processo, assim sendo antes de punir devemos educar, este é o entendimento, temos que esgotar as chances de recuperar o colaborador, para, a partir deste ponto, iniciar o processo de punição propriamente dito. Para elucidar mais vejamos uma escala progressiva de penas disciplinares Quando o empregado comete uma falta, iniciamos o processo com uma advertência verbal registrando data e motivo na ficha do empregado, na segunda falta aplicamos uma advertência por escrito o mesmo fazendo na terceira falta, somente na quarta falta iniciamos o processo de suspensão de 1 dia e progredimos nas etapas seguintes, respectivamente, quinta 3 dias, sexta 5 dias, sétima 7 dias e por último a justa causa na oitava falta. Porém, se em qualquer das etapas o empregado demonstrar arrependimento e mudança de atitude, ficando um tempo razoável sem cometer erros, digamos seis meses pelo menos, devemos considerar o perdão iniciando novamente o processo do inicio. Dentro de nossa vivência pudemos notar que a punição, por si só, não causa muito impacto, se aplicada injustamente pode até causar revolta de todos os empregados, para que possamos agir de forma correta devemos ouvir o faltoso e fazer com que ele tenha consciência do erro cometido, a partir deste ponto temos grande possibilidade em recuperá-lo. ADVERTÊNCIA E SUSPENSÃO DISCIPLINAR Para manter a ordem e a disciplina no ambiente de trabalho, o empregador possui a faculdade de aplicar determinadas penalidades, mas dentro de um senso justo e moderado, uma vez que a CLT protege o trabalhador contra as arbitrariedades que ocorrer por parte do empregador. ADVERTÊNCIA A advertência é um aviso ao empregado para que ele tome conhecimento do seu comportamento fora das normas de procedimentos implantadas pela organização e das implicações que podem advir em caso de reincidência. Ele estará tomando ciência que seu contrato de trabalho poderá até ser rescindido por justa causa se não houver uma reiteração do seu comportamento. A advertência poderá ser aplicada verbalmente, mas recomenda-se, por cautela, fazê- la por escrito, pois eventualmente poderá necessitar-se de fazer comprovação futura. SUSPENSÃO A suspensão disciplinar atua como penalidade dada ao empregado como uma medida mais drástica. A suspensão visa disciplinar, resgatar o comportamento do empregado conforme as exigências da empresa. Ela pode ocorrer após advertências ou até mesmo logo após o cometimento de uma falta. Esta falta terá que ser bastante grave, pois haverá prejuízo ao empregado e ao empregador. Haverá prejuízo salarial ao empregado, uma vez que ele perde a remuneração correspondente aos dias de suspensão e a do descanso semanal remunerado correspondente, pois trata-se de falta injustificada; e o empregador será prejudicado no que diz respeito à prestação dos serviços. A suspensão deve ser aplicada de maneira moderada para ser justa. Sendo o motivo alegado injusto ou duvidoso, poderá o empregado pleitear em juízo seu cancelamento. O juiz analisará o assunto e determinará ou não o cancelamento da suspensão, através de sentença, sem intervir no grau da sanção. Ele nunca diminuirá a quantidade de dias impostos, pois os Tribunais não podem interferir nos assuntos disciplinares das empresas. REQUISITOS ESSENCIAIS O empregador deverá observar determinados requisitos no momento da aplicação da penalidade: 1. Atualidade da punição: a punição sempre deve ser imediata, exceto quando a falta cometida requeira apuração de fatos e das responsabilidades para se punir. A demora na aplicação da penalidade pode caracterizar perdão tácito do empregador; 2. Unicidade da pena: o empregador tem o direito de aplicar uma única vez a punição referente a um ato faltoso. Exemplificando, não se pode aplicar primeiro uma advertência e depois uma suspensão por uma única falta cometida; 3. Proporcionalidade: deverá a pena ser aplicada de forma proporcional à falta cometida pelo empregado, considerando ainda: • o passado funcional do empregado (se já cometeu outros atos faltosos); • os motivos determinantes para a prática da falta; • a condição pessoal do empregado (grau de instrução, necessidade, etc.). Havendo rigor na pena ou a advertência mediante humilhação do empregado, na presença de outras pessoas, poderá ensejar a rescisão indireta do contrato de trabalho, uma vez que caracteriza falta grave do empregador. O empregador não poderá aplicar penas pecuniárias (multas), exceto para atletas profissionais e transferências punitivas. RECUSA DO EMPREGADO EM RECEBER A PENALIDADE É comum, quando da aplicação de pena disciplinar ao empregado que, ao receber a penalidade, sem justo motivo se recusar a dar ciência. Neste caso o empregador ou seu representante deverá ler ao empregado o teor da comunicação, na presença de duas testemunhas. Após as duas testemunhas ouvirem a leitura, deverá se inserir no rodapé da comunicação, uma observação: "Em virtude da recusa do empregado em dar ciência do recebimento desta comunicação, seu conteúdo foi lido por mim (nome da pessoa), na sua presença e na das testemunhas abaixo, em (data)." DURAÇÃO DA SUSPENSÃO A Suspensão Disciplinar, por disposição legal (artigo 474 da CLT), não pode ser superior a 30 (trinta) dias consecutivos, sob pena de importar na rescisão injusta do contrato de trabalho, por parte do empregado (letra "b" do artigo 483 da CLT). SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - A suspensão do contrato de trabalho é a sua parada temporária. Os seus efeitos podem ser paralisados durante algum tempo sem que a paralisação acarrete a sua extinção. Nessa hipótese as partes ficam temporariamente impossibilitadas de praticar atos. O empregador não tem a obrigatoriedade de efetuar nenhum pagamento ao empregado,no período de suspensão. Embora permaneça intacta a cláusula de vínculo entre o empregado e o empregador, ficam suspensas as demais cláusulas do contrato de trabalho. Não acarreta a rescisão contratual. Durante o período que o contrato estiver suspenso, o trabalho não é prestado nem é devido o salário. O período de suspensão do contrato de trabalho não é computado como tempo de serviço. CASOS DE SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO: 1. O afastamento para o exercício de cargo de administração sindical; 2. O afastamento do empregado a partir do 16º dia em virtude de auxilio doença ou de acidente do trabalho, quando ficará sob encargo da Previdência Social; 3. Aposentadoria por invalidez provisória; 4. Suspensão disciplinar; 5. Participação pacífica em greve; 6. Suspensão para inquérito (estável) sendo julgado procedente; 7. Licenças concedidas pelo empregador sem remuneração; Chamamos a atenção do aluno para os casos de suspensão do contrato de trabalho quando houver o afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador. Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigência do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo que estava obrigado. INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – Na interrupção do contrato de trabalho, também permanece íntegro o vínculo entre as partes, continuando em vigor uma ou mais cláusulas contratuais. CASOS DE INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO – Os afastamentos do empregado discriminados no Art. 473 da CLT., são casos de interrupção, pois não acarretam prejuízos salariais ao empregado, são eles: Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, viva sob sua dependência econômica; II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; III - por 5 (cinco) dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana; IV - por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva; VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei n° 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. Desconto e punição de faltas justificadas, injustificadas e abonadas Falta injustificada desconta Aplica punição Falta justificada desconta Não aplica punição Falta abonada Não desconta Não aplica punição Afastamentos e Retornos Descanso parto – licença maternidade • Por ocasião do nascimento do filho, a empregada tem direito a descanso por 120 dias consecutivos (lei 8213/91 e Decreto 611/92). • Pode começar 28 dias antes do parto. • A gestante não pode sofrer desligamento imotivado desde a confirmação da gravidez até 5 meses do nascimento (este período pode ser prorrogado por Acordo ou Convenção coletiva). • Com o advento da Lei 9876/99, o salário maternidade pago pode ser compensando pela Guia de Recolhimento. Adoção ou guarda judicial – licença maternidade • Crianças até 1 ano – 120 dias consecutivos • Crianças de 1 a 4 anos – 60 dias consecutivos • Crianças de 4 a 8 anos – 30 dias consecutivos Aborto espontâneo ou não criminoso A empregada tem direito a 2 semanas consecutivas de licença. Amamentação A empregada para alimentar seu filho terá direito a dois descansos remunerados de meia hora cada um ou sair 1 hora mais cedo que o final do expediente. Licença Doença ou Acidente do trabalho • Os 15 primeiros dias do afastamento são remunerados pela empresa, a partir do 16o dia fica sob responsabilidade da Previdência Social. • O empregado que ficar mais de 6 meses afastado, dentro do mesmo período aquisitivo, perde direito as férias. • Para dar entrada ao INSS, a empresa deve encaminhá-lo com Requerimento de Benefício por Incapacidade. • O Salário Contribuição somente é necessário informar, caso não haja as informações do empregado no INSS. • Perde direito aos benefícios como Vale alimentação, Ticket, etc. • Mantém-se ativo no plano de saúde, caso haja. • Acidente de Trabalho ou Doença Ocupacional ou Acidente no Trajeto (contrato interrompido). O FGTS deve ser recolhido. O período de afastamento conta como tempo de serviço. Preencher CAT (comunicação de acidente de trabalho), e emitir pelo menos 4 cópias (empregado, sindicado, Previdência Social arquivo HR). A Empresa tem até o 1º. dia útil após a ocorrência do acidente para comunicar as autoridades. O empregado tem estabilidade de 12 meses, apenas se o empregado tiver recebido beneficio da Previdência Social, a partir do retorno ao trabalho. Licença Doença (contrato suspenso) O FGTS somente é depositado referente aos 15 primeiros dias do afastamento. Não conta como tempo de serviço. Carência de 12 meses de contribuição a Previdência Social. Retorno ao Trabalho O empregado deve apresentar a liberação do INSS com sua alta. Caso o médico do trabalho da empresa não aceite a alta, este deve encaminhá-lo ao INSS expondo os motivos, cabe a INSS nova análise. Licença – Serviço Militar O serviço militar obrigatório é considerado como prazo de interrupção de contrato de trabalho. É computado no tempo de serviço. Não recebe salário da empresa. Recolhe FGTS. Não há direito a férias nem 13o referente ao período de afastamento. Licença por liberalidade da empresa Podem ser remuneradas ou não. Se a licença for remunerada por mais de 30 dias, o empregado perde o direito as férias. Se a licença for não remunerada, não conta como tempo de serviço. Licença – Sindical Estabilidade de até 1 ano após o final do seu mandato. Suspensão Disciplinar É considerado período de suspensão do contrato de trabalho, portanto não sujeita a remuneração. Não pode ultrapassar 30 dias. Greve Se a greve não for abusiva e reconhecida pela Justiça do Trabalho ou Empregador, o período de afastamento é considerado como interrupção do contrato de trabalho e assegura o pagamento do salário dos dias parados. Demais: Licença Paternidade – 5 dias consecutivos Licença Casamento – 3 dias consecutivos Licença Falecimento – 2 dias consecutivos – cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa declarada na CTPS. Doação voluntária de sangue – 1 dia em cada 12 meses. Alistamento eleitoral – ausência por até 2 dias, consecutivos ou não. Os dias da prova de vestibular, comprovado. Aula 4 Interrupção e Suspensão do Contrato de Trabalho - Processo Férias O período de férias tem uma grande importância na gestão de pessoas de uma organização, muitas empresas não dedicam uma atenção especial neste sentido, pois as férias são um importante momento para que o trabalhador possa restabelecer suas condições de trabalho, utilizando este momento para uma relação maior com seus familiares e amigos e buscando atividades que lhe dêem satisfação, no sentido de recuperar sua força física e mental para um retorno em condições especiais. Apresentaremos os diversos aspectos do processo de férias. Você irá identificar quando o empregado terá direito a férias, quando deverá o empregador efetuar o pagamento, qual o prazo de aviso deférias; Identificar o período aquisitivo e período concessivo de férias. Forma de contagem dos dias de aviso e quitação das férias. Você terá condições aprender o processo de férias coletivas. DAS FÉRIAS CONCEITO: Férias é o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por um período de 12 meses, período este denominado "aquisitivo". As férias devem ser concedidas dentro dos 12 meses subsequentes à aquisição do direito, período este chamado de "concessivo". O objetivo das férias é o descanso. Descanso este que vem reparar e repor as energias gastas após 12 meses de trabalho. O corpo do ser humano necessita de descanso. Em virtude disto, a lei não permite a conversão de todo o período de férias em pecúnia, ou seja, a tão famosa situação "vender as férias". É apenas autorizado que o empregado converta 1/3 do direito a que fizer jus de férias em pecúnia - dinheiro. DIREITO ÀS FÉRIAS Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração, convém esclarecer que ele não recebe um salário específico de férias mas que os valores que correspondem as férias são antecipados e no final do mês são descontados a titulo de adiantamento de férias, computando-se este período inclusive como tempo de serviço. O período a ser gozado de férias está diretamente relacionado ao número de faltas sem justificativa legal, ocorridas no período aquisitivo, conforme se extrai do art. 130 da CLT, conforme a seguinte regra: a) 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes dentro do período aquisitivo; b) 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas dentro do período aquisitivo; c) 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas dentro do período aquisitivo; d) 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas dentro do período aquisitivo; Por consequencia, o empregado que faltar, dentro do período aquisitivo mais de 32 (trinta e dois) dias, não terá direito a férias. CRITÉRIO DE FALTAS A CONSIDERAR NA PROPORÇÃO DE FÉRIAS Os dias de faltas que serão considerados para a tabela de duração das férias, são os dias de faltas ocorridas no período aquisitivo. As faltas consideradas são as não justificadas, descontadas do salário mensal do empregado. Não se soma o desconto do DSR. Veja: Empregado teve uma falta na semana, sem justificativa legal. Em função dessa falta, perdeu a remuneração do DSR dessa semana. Assim para efeito da tabela de dias a serem considerados de faltas, computa-se apenas o dia da falta, deixando-se de computar o desconto do dia do Descanso. DA PERDA DO DIREITO A FÉRIAS Perderá o direito a férias o empregado que, no curso do período aquisitivo: A) deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 (sessenta) dias subsequentes à sua saída; B) permanecer em gozo de licença, com percepção de salários, por mais de 30 (trinta) dias; C) deixar de trabalhar, com percepção do salário por mais de 30 (trinta) dias em virtude de paralisação parcial ou total dos serviços da empresa. Neste caso a empresa comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com antecedência mínima de 15 dias, as datas de início e fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, em igual prazo, comunicará nos mesmos termos, ao sindicato representativo da categoria profissional, bem como afixará aviso nos respectivos locais de trabalho; D) tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente do trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora descontínuos. A interrupção da prestação de serviços deverá ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social. Em acontecendo quaisquer das situações acima previstas, será anotado, na CTPS e na Ficha de Registro de Empregado, novo período aquisitivo, iniciando quando o empregado retornar ao serviço. Exemplo Empregado admitido em 01.10.2008 que se afastou por doença em 02.01.2009, descontados os primeiros 15 dias de responsabilidade do empregador, tem-se que este empregado retornou ao trabalho no dia 25.07.2009. Verifica-se que o afastamento se deu por mais de 6 (seis) meses no período aquisitivo, vejamos: - admissão: 01.10.2008 - Período afastado: 02/02/2009 até 24/07/09 - retorno: 25.07.2009 - início de novo período aquisitivo: 26.07.2009 Neste caso o afastamento do empregado foi superior a 6 meses dentro do período aquisitivo, perdendo assim o direito às férias. DA CONCESSÃO A época da concessão das férias corresponderá ao melhor período de interesse do empregador, salvo as exceções. Entretanto, há exceções, conforme a seguir discriminadas. O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, desde que não haja prejuízo para o serviço. FRACIONAMENTO DO PERÍODO As férias deverão ser concedidas por ato do empregador, em um só período, durante o período concessivo. Apenas em casos excepcionais as férias poderão ser concedidas em 2 (dois) períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 (dez) dias corridos. Menores de 18 Anos e Maiores de 50 Anos É proibido ao empregador fracionar o período de férias dos empregados menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 50 (cinquenta) anos. O PROCESSO DE CONCESSÃO Comunicação ao Empregado da concessão de férias A concessão das férias deverá ser comunicada ao empregado, por escrito, com antecedência mínima de 30 dias, mediante "aviso de férias", mencionando o período aquisitivo a que se refere e os dias em que serão gozadas, o empregado dará ciência à este comunicado de férias. A contagem dos 30 dias de antecedência ao gozo de férias se dá normalmente, ou seja, são 30 dias corridos, contando com domingos e feriados. A exigência é que o primeiro dia desse prazo seja em dia útil normal de trabalho. Ex.: O empregado foi avisado que sairá de férias no dia 01/07/2011. A data do aviso de férias deverá ser o dia 01/06/11. Carteira de Trabalho e Previdência Social – Apresentação e Anotação A legislação trabalhista determina que o empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. Caso o empregado não apresente sua CTPS, o empregador poderá não fazer o respectivo pagamento dessas férias. Registro de Empregados Quando da concessão das férias, o empregador, inclusive de microempresa e empresa de pequeno porte, deverá efetuar, também, a anotação devida no livro ou nas fichas de registro de empregado ou ainda no sistema informatizado, se a empresa assim o adotar. As anotações na CTPS podem ser feitas também com o uso de etiquetas gomadas, autenticadas pelo empregador ou seu representante legal. ABONO PECUNIÁRIO O empregado tem a faculdade de converter 1/3 (um terço) do período de férias em abono pecuniário. O abono de férias deverá ser requerido até 15 (quinze) dias antes do término do período aquisitivo. Após este prazo, caberá ao empregador aceitar ou não a solicitação do empregado de converter 1/3 do seu direito em abono pecuniário. PRAZO PARA PAGAMENTO O pagamento das férias, do adicional de 1/3 (um terço) constitucional e do abono pecuniário deverá ser feito até dois dias antes do início do período de férias., conta-se sempre considerando 02 dias úteis de trabalho. O quê faz excluir os dias de domingos, feriados e, quando compensados, os dias de sábado. Neste momento, o empregado dará quitação do pagamento, em recibo, no qual deverão constar as datas de início e términodo respectivo período. Seguindo o exemplo dado acima, temos que: o pagamento dessas férias, que tem data para início em 01/06/10, deverá ser até o dia 29/05, considerando que a empresa trabalha nos dias de sábado. Caso contrário, não sendo o sábado dia normal de trabalho, o pagamento deverá ocorrer até o dia 28/05/10, sexta-feira. Vencido o prazo de concessão, sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado fará jus a receber as férias correspondentes em dobro, tendo ainda o direito de ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, da época do gozo das mesmas, sendo que essa sentença cominará pena diária de 5% do salário mínimo, devida ao empregado até que seja cumprida (art. 137, §§ 1º e 2º da CLT). ADIANTAMENTO DO 13º SALÁRIO Fazem jus ao adiantamento do 13º salário os empregados que gozarem férias a partir do mês de fevereiro do correspondente ano. O empregado que quiser receber o adiantamento do 13º salário deverá requerê-la até o dia 31 de janeiro do ano correspondente. SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO Durante o período de afastamento para o serviço militar obrigatório não será computado o tempo para efeito de férias. Será computado o período anterior ao afastamento, desde que o empregado compareça à empresa dentro de 90 dias contados da respectiva baixa. Exemplo: Empregado admitido em 01.04.2010, tendo sido convocado para o serviço militar obrigatório em 04.10.2010, retornando dia 01.06.2011. O empregado já trabalhou 07 meses, quando então cumpriu 7/12 avos de férias. Ao seu retorno, deverá trabalhar mais 5 meses, para adquirir o direito às férias, ou seja, até 31.10.2011, iniciando-se novo período aquisitivo dia 01.11.2011. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DURANTE O PERÍODO DE FÉRIAS Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele. FÉRIAS E PARTO Se, durante as férias da empregada gestante, ocorrer o nascimento da criança, o gozo das mesmas ficará suspenso e será concedida a licença-maternidade. Após o término do respectivo benefício, as férias serão retomadas, efetuando-se o pagamento das diferenças salariais ocorridas durante o período da licença- maternidade, se for o caso. FÉRIAS E DOENÇA O empregado que ficar doente durante as férias não terá seu período de gozo suspenso ou interrompido. Após o término das férias, se o empregado continuar doente, começará a contar a partir dali os 15 dias para a empresa efetuar o pagamento, competindo à Previdência Social conceder o auxílio-doença previdenciário após referido período. FÉRIAS E AVISO PRÉVIO O aviso prévio não poderá ser concedido durante o período de férias, tendo em vista que as férias é um período para descanso do empregado e aviso prévio é um período para que o empregado procure um novo emprego por ter sido demitido, desligado da empresa. Férias Coletivas Férias coletivas referem-se a férias concedidas a todos os empregados de uma empresa ou a determinados estabelecimentos ou setores da empresa. Elas poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. Para tanto, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida. Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho. Para os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo a partir da data da concessão destas férias. Quando o empregador contar com um número de empregados contemplados com as férias coletivas superior a 300 (trezentos) poderá ele promover, mediante carimbo, anotações referente a férias. O carimbo, cujo modelo será aprovado pelo Ministério do Trabalho, dispensará a referência ao período aquisitivo a que correspondem, para cada empregado, as férias concedidas. Adotado o procedimento do carimbo, caberá à empresa fornecer ao empregado cópia visada do recibo correspondente à quitação mencionada. Quando da cessação do contrato de trabalho, o empregador anotará na Carteira de Trabalho e Previdência Social as datas dos períodos aquisitivos correspondentes às férias coletivas gozadas pelo empregado. Férias vencidas: São as que se referem a período aquisitivo já completado e que não foram ainda concedidas ao empregado; “na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente às férias cujo direito tenha adquirido” (art. 146 da CLT). Férias proporcionais: Se refere ao pagamento em dinheiro na cessação do contrato de trabalho, pelo período aquisitivo não completado, em decorrência da rescisão; em se tratando de empregados com mais de 1 ano de casa, aplica-se o disposto no art. 146, § único da CLT: “na cessação do contrato de trabalho após 12 meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias; para empregados com menos de 1 ano de casa, a norma aplicável é o art. 147 da CLT: “o empregado que for despedido sem justa causa ou cujo contrato se extinguiu em prazo predeterminado, antes de completar 12 meses, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o artigo anterior”. Prescrição: Extinto o contrato, é de 2 anos o prazo para ingressar com o processo judicial, e durante a relação de emprego é de 5 anos; a prescrição, durante o vínculo empregatício, é contada a partir do fim do período concessivo e não do período aquisitivo. Exemplo de Remuneração das Férias com as respectivas datas legais Conforme estabelecido pela Constituição de 1988 todo empregado tem direito à remuneração das férias, de forma antecipada, correspondente à remuneração percebida acrescida de 1/3 do mesmo valor. Considere então os seguintes exemplos: Férias marcadas para 01/06/2011, com duração de 30 dias, e salário de R$ 1.800,00: Período Aquisitivo : 03/02/2010 a 02/02/2011 Período Concessivo : 03/02/2011 a 02/02/2012 Data do Aviso de Férias : 02/05/2011 Data do Pagamento das Férias : 30/05/2011 Data do Retorno das Férias : 01/07/2011 Valor das Férias : Férias 30 dias = 1.800,00 1/3 de Férias = 1.800,00 / 3 = 600,00 Valor do Salário de Junho no retorno das Férias : Não tem valores a receber Férias marcadas para 11/06/2011, com duração de 20 dias, e salário de R$ 1.800,00: Período Aquisitivo : 03/02/2010 a 02/02/2011 Período Concessivo : 03/02/2011 a 02/02/2012 Data do Aviso de Férias : 12/05/2011 Data Pagamento das Férias : 09/06/2011 Data do Retorno das Férias : 01/07/2011 Valor das Férias : Férias 20 dias = 1.800,00 / 30x20 = 1.200,00 1/3 de Férias = 1.200,00 / 3 = 400,00 Abono 10 dias = 1800,00 / 30 x 10 = 600,00 1/3 Abono = 600,00 / 3 = 200,00 Valor do Salário de Junho no retorno das Férias : Salário correspondente aos 10 dias trabalhados em junho, de 01/06 a 10/06. 1.800,00 / 30 x 10 = 600,00 Identificação do Setor de Pessoal e sua importância na organização: O Setor de Pessoal, assim como outros Setores – Seleção e Recrutamento; Treinamento e Desenvolvimento; Medicina e Segurança do Trabalho; etc. fazem parte do organograma do Departamento de Recursos Humanos de uma Organização.O Setor de Pessoal é o responsável por toda a movimentação de pessoal na Organização, de forma que, toda e qualquer contratação de empregado terá que ser submetida a ele. O objetivo deste Setor da Administração de Recursos Humanos é efetuar todas as contratações de empregados, recolhimento de encargos sociais trabalhistas, manutenção dos contratos de trabalho, verificação e fiscalização do cumprimento das Leis trabalhistas. Este comportamento leva, na grande maioria das empresas, um ponto de equilíbrio jurídico trabalhista, ou seja, um Setor que orientará, tanto o empregador quanto ao empregado, afim de que todos se relacionem dentro dos limites legais. Da integração com os outros setores da organização e órgãos externos: O sucesso das organizações – empresas – grupos empresariais, dependem, e muito, das relações internas de seus departamentos e setores. Não há estrutura organizacional com departamentos que não são integrados socialmente e profissionalmente. As atividades de um grupo de trabalho dependem do inter- relacionamento de seus integrantes e da capacidade de adequação dos processos de comunicação às suas aptidões pessoais e profissionais administrativas. Muitos problemas profissionais são resolvidos pelo processo de comunicação. Este processo consiste em receber informações, avaliá-las, tomar decisões, dar ordens, transmitir as decisões e ordens aos demais setores/departamento da organização. O setor de pessoal, em muitas das vezes, é o arrimo jurídico de uma organização. Sempre que uma conduta da empresa envolver os empregados, seja na permanência, manutenção ou no seu desligamento será efetuada uma consulta ao setor de pessoal, de maior ou menor complexidade. Devendo então, o setor de pessoal, receber tal informação processá-la e decidi-la. Devemos destacar que o setor de pessoal não é um setor destinado a aplicar punições em seu sentido amplo, ou seja, não é de sua obrigação original aplicar penas disciplinares, sejam suspensões ou advertências. Tais atribuições são inerentes a cada departamento/setor em que é lotado o empregado a ser punido. Assim, é comum, mas erradamente, que os chefes de outros setores/departamentos encaminhem seus subordinados empregados ao setor/departamento de pessoal para que seja aplicada uma punição disciplinar. Nessas situações, a função mais acertada do setor/departamento de pessoal, é orientar aos outros setores/departamentos se tal conduta punitiva está ou não correta, através das comunicações internas. Esse comportamento do setor/departamento de pessoal é que determina o seu grau de importância dentro de uma organização empresarial. Pois, de certa forma, sendo ele omisso ou alheio aos acontecimentos da empresa, sejam internos ou externos, certamente trará prejuízos à organização empresarial e em acontecendo também será de sua responsabilidade tais prejuízos. Em todas as estruturas organizacionais, os Setores Profissionais têm o dever de se relacionarem. Desta forma ter-se-á o sucesso absoluto das organizações. Esta integração está também ligada aos órgãos externos – Sindicatos – Bancos – Órgãos governamentais. É muito comum que o Setor de Pessoal tenha relações profissionais os outros órgãos externos à organização. A Caixa Econômica Federal é a instituição bancária que administra o PIS – Programa de Integração Social; FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, assim, tais responsabilidades, obrigatoriamente faz-se necessário o relacionamento entre o Setor de Pessoal e esta instituição bancária. Seguindo o mesmo apontamento, é muito comum e quase obrigatório que o Setor de Pessoal mantenha contatos também com as associações sindicais – Sindicato Representativo da Categoria Profissional e com o Sindicato Representativo da Classe Patronal. Também há de ser destacado as relações profissionais entre o Setor de Pessoal e as DRTs – Delegacias Regionais do Trabalho. Este Órgão Governamental é o responsável pelas Auditorias Trabalhistas – Fiscais do Trabalho, que periodicamente fazem fiscalizações nas empresas, buscando o cumprimento da legislação trabalhista. Encontrando alguma irregularidade, será aplicada penalidade à Organização e, são multas que têm um peso financeiro bastante considerável. “É muito importante evitá- las.” Custo da mão de obra trabalhista Normalmente um empresário quando faz a opção por uma determinada atividade econômica, nem sempre, a faz sabendo dos custos da mão-de-obra operária, tendo apenas uma noção. Assim, no quadro abaixo o aluno terá um amplo o conhecimento do custo médio de uma mão de obra trabalhista, conforme o quadro abaixo: Principais rotinas do Setor de Pessoal: Como, de certa forma já percebido, o Setor de Pessoal, após ter sido o empregado selecionado, é a parada obrigatória, para que seja colhido do empregado os documentos e as devidas anotações. Dentre tantas rotinas do Setor de Pessoal, destacamos algumas de maior importância, vejam: Admissão de empregados; Registro e Anotações nas FRE/LRE – Ficha ou Livro de Registro de Empregado; Anotações nas CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social – dos empregados; Contratos de Trabalho – Contrato de Experiência; Aplicação e Manutenção da Legislação Trabalhista; Controle de Jornadas de Trabalho; Controle e Administração de Férias; Folha de Pagamento, mensal e 13º Salário; Vales Transportes; Demissões de empregados – Cálculo – Pagamento – Homologação. Processo de admissões de empregados Normalmente as grandes empresas têm um departamento de recrutamento e seleção, onde são observados os procedimentos de contratação da mão-de-obra, no que se refere a identificar os documentos. Já em outras empresas, de menor porte, é de responsabilidade do Departamento de Pessoal solicitar os documentos necessários à contratação. Neste sentido, destacamos a relação dos principais documentos a serem apresentados no ato da contratação. • Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS • Fotografias – pelo menos 02 • Carteira de identidade • Título de eleitor • Cadastro de pessoa física – CPF • Certificado de reservista – para homens • Comprovante de cadastramento no PIS, se já tiver sido cadastrado • Exame médico admissional – custeado pelo empregador • Comprovante de residência • Certidão de casamento se for casado (a) • Certidão de nascimento de filhos menores de 14 anos ou inválidos de qualquer idade, para o recebimento do salário-família • Cadernetas de Vacinação e comprovação escolar, até 06 anos de idade, sendo que a partir dos 07 anos comprovação semestral de frequência escolar • Declaração de dependentes para fins de Imposto de Renda Assim, para o processamento do registro de empregado, o então candidato selecionado, de posse desses documentos, comparece ao departamento de pessoal para concretizar a contratação. Registro e Anotações nas FRE/LRE – Ficha ou Livro de Registro de Empregado Os empregadores são obrigados a registrar a contratação dos empregados em Livro ou Ficha de Registro de Empregado ou até mesmo eletronicamente. Anteriormente, os Livros e/ou as Fichas de Registro de Empregados (LRE/FRE) eram autenticadas junto a DRT – Delegacia Regional do Trabalho. Com a edição da Lei 10.243/01, que alterou o Art. 42 da CLT, deixou de ser obrigatória a autenticação destes documentos pela DRT. Nas FRE/LRE o empregador fará as anotações pertinentes ao contrato de trabalho e, no decorrer do labor profissional, fará as anotações referentes às alterações contratuais, gozo de férias, afastamentos, controle de contribuição sindical, salários novos, etc. As fichas e/ou os livros deverão seguir um sequencial numérico crescente. Em sendo livro, esta ordem respeitará a quantidade de livros e em cada folha se fará o registro de cada empregado. Anotações nas CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social – dos empregados Por determinação legal, a CTPS é obrigatóriapara o exercício de qualquer emprego. A CTPS será emitida pelas DRTs – Delegacia Regional do Trabalho – ou, mediante convênio, por órgãos federais, estaduais e municipais das administrações direta e indireta. O empregado apresentará sua CTPS ao departamento de pessoal para que seja procedida a devida anotação em relação ao contrato de trabalho. Todo e qualquer trabalho sob o regime da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – será obrigatório anotar a CTPS. Na CTPS deverão ser registrados todos os dados do contrato de trabalho, onde configurarão direitos básicos, amparados pela Justiça do Trabalho e direitos Previdenciários. Torna-se importante lembrar que a CTPS será obrigatoriamente apresentada contra- recibo, pelo empregador, o qual terá o prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas para proceder as anotações devidas pela contratação, como: • Dados do empregador: razão social, CNPJ, endereço completo e a atividade econômica. • Cargo e CBO – Classificação Brasileira de Ocupacional • Data de admissão • Número de registro de empregado e, se for o caso, livro de registro e folhas • Remuneração – Salário • Assinatura do empregador ou seu preposto devidamente autorizado • Anotação quanto ao tipo de contrato de trabalho – Contrato de Experiência. Depois de procedida a anotação na CTPS, será imediatamente devolvida ao empregado, respeitado o prazo das 48 horas, também contra-recibo, mas dessa vez, passado pelo empregado, declarando ter recebido de volta o documento. O empregado contratado deverá apresentar o atestado médico admissional, a custo do empregador, onde o médico do trabalho declarará estar ele apto a exercer o cargo ao qual está sendo contratado. O empregado do setor de pessoal solicitará ao empregado contratado que, em sendo de seu desejo, forneça quais os meios de transportes mais adequados ao seu deslocamento residência-trabalho e vice-versa, para efeito de recebimento do vale transporte. Está declaração será renovada a cada período de um ano ou sempre que houver alterações, seja pelo meio de transporte ou por mudança de endereço. Há de se destacar que, a declaração falsa do empregado ou o uso indevido do vale transporte, constituirá em falta grave, podendo dessa forma o empregador punir o empregado, até mesmo, demiti-lo por justa causa. No ato da admissão/contratação, será solicitado ao candidato que apresente o cartão ou comprovante de cadastramento no PIS – Programa de Integração Social. Caso o candidato não tenha sido ainda cadastrado, por ser este o primeiro emprego, deverá então, o empregador, efetuar o cadastramento junto à CEF – Caixa Econômica Federal. Também, no ato da admissão/contratação, o empregado do setor/departamento de pessoal verificará se o empregado que está sendo contratado, naquele ano, já fez sua contribuição sindical, caso positivo, deverá anotar na ficha/livro de registro tal condição. Se não houve a contribuição, está deverá ser efetivada pelo empregador, após ser descontada do empregado no mês seguinte à contratação. Será, no próximo mês à contratação, comunicado ao Ministério do Trabalho e Emprego, por meio eletrônico (internet ou disquete), admissão, demissões ou transferências havidas em seu quadro de funcionários, através do documento do CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – Lei 4.923 de 23/12/1965. Neste encontro, após apresentação do conteúdo de aprendizagem, os alunos serão capazes de entender e compreender sobre contratos de trabalhos; conceituar empregados; identificar os prazos dos contratos por prazo certo, quando expira o prazo e suas consequências, quando da ruptura antecipada do prazo; Serão capazes de identificar e administrar os outros tipos de trabalhadores, avulsos; temporários; estagiário; etc. CONTRATO DE TRABALHO Juridicamente, na forma do Art. 442 da CLT, o conceito de contrato individual de trabalho é: “O acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego”. Em sentido estrito, conforme doutrina do mestre Délio Maranhão, podemos conceituar o contrato individual de trabalho como sendo: “Negócio jurídico de direito privado, pelo qual uma pessoa física (empregado) se obriga à prestação pessoal, subordinada e não eventual de serviço, colocando sua força de trabalho à disposição de outra pessoa física ou jurídica, que assume os riscos de um empreendimento econômico (empregador) e que se obriga a uma contraprestação (salário)”. Extrai-se pois, desse conceito que: • Empregado só poderá ser uma pessoa física; • Na execução do trabalho, terá que ser aquela pessoa; • Na relação com o empregador (patrão) ele acatará ordens – subordinação; • Os serviços não serão eventuais e sim constantes, efetivos; • Pelos serviços prestados haverá uma remuneração. CONTRATO DE TRABALHO POR PRAZO DETERMINADO Em sua concepção filosófica, tem-se que os contratos de trabalhos firmados entre trabalhadores e empregadores não se encerrarão, serão por prazos indeterminados. Não se admite que se tenha trabalhador sem contrato de trabalho. Mas, como toda regra tem sua exceção, não poderia ser diferente para os contratos de trabalho. Se não vejamos: suponhamos que o empregado não se adaptou ao empregador e vise versa; o empregador fez determinado investimento em seu seguimento econômico e não obteve êxito em uma licitação; o empregado foi contratado para uma colheita, uma safra e ao final da colheita ou da safra como fazer; e assim tantas outras coisas que fogem o controle da previsibilidade. Assim, desta forma, a legislação do trabalho criou exceções para que se faça entre trabalhador e empregador um contrato a termo, por prazo certo. Conforme se tem previsto nos artigos 443, parágrafos 1º e 2º, 445, 451 e 452, todos da CLT. Para os contratos por prazo determinado desde o momento de sua celebração as partes já estabelecem o seu término. Ou seja, é uma modalidade de contrato que no ato da assinatura se determina a data de início e fim do contrato. Como já informado acima, a regra geral é a de que o contrato de trabalho deve ser de prazo indeterminado, e somente por exceção se admite a existência de contrato de prazo determinado, em casos especificamente previstos na lei. Em se tratando de contrato de trabalho por prazo determinado, este não poderá ser estipulado por período superior a dois anos. O contrato de trabalho por prazo determinado poderá ser prorrogado uma única vez. Caso seja prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo - (prazo indeterminado). Os contratos por prazo certo, não poderão suceder outro contrato por prazo certo, dentro de um período de 06 meses. Caso venha ocorrer tal situação, será o segundo contrato considerado por prazo indeterminado. Salvo, se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. Ou seja, a celebração de outro contrato por prazo determinado deverá obedecer ao intervalo de seis meses, sob pena de transformar-se automaticamente em contrato por prazo indeterminado. Outra observação que se faz necessário, sobre contrato por prazo certo, que está previsto na legislação, é que o contrato só será válido em se tratando de: Serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo – exemplo: contratação de um técnico para treinar os empregados a manusearem uma máquina nova da linha de produção da empresa. Atividades empresariais de caráter transitório – exemplo: empresas do ramo de recreações, em alta temporada, nas regiões de turismo. Contrato de experiência – exemplo: contrato, que via de regra, as partes estarão se experimentando e cujo prazo máximo permitido por lei é de 90 (noventa) dias. Contrato de aprendizagem – exemplo: a contratação de estudante, inscrito no programa de aprendizagem, menor de 18 anos e maior de l4 anos, sempre por escrito, cujo prazo máximo é de 02 anos e a natureza dos serviços prestadospelo menor aprendiz deverá ser uma extensão da aprendizagem metódica escolar. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA Os contratos de trabalho podem ser classificados em contratos por prazo indeterminado ou por prazo determinado. Atrelado aos contratos por prazo determinado, identificamos os contratos de trabalho, que contém clausula de prazo de experiência. Trata-se de um tipo de contrato de trabalho destinado à avaliação do empregado para o desempenho de funções dentro de uma empresa, bem como, da avaliação subjetiva deste para com o seu empregador. O contrato de trabalho por prazo determinado deverá ser anotado na CTPS, ter um instrumento escrito e assinado pelas partes contratantes. Não observando estes requisitos, o contrato de trabalho será considerado por prazo indeterminado. O contrato de experiência é também chamado de contrato de prova. Ele constitui uma das formas de contrato por prazo determinado, como afirmado acima. Sendo que sua duração é limitada ao prazo máximo de 90 (noventa) dias. Chamamos a atenção do aluno que a lei limitou o prazo máximo de duração do contrato de experiência, assim, nada impede que se celebre contrato de experiência por prazo menor. Tendo sido o contrato de experiência firmado por prazo inferior a 90 (noventa) dias, poderá haver prorrogação do prazo. Mas, tal prorrogação será permitida por uma única vez, mesmo que ainda, após a prorrogação, tenhamos um prazo inferior aos 90 (noventa) dias. Assim, por exemplo, se um contrato de experiência foi celebrado, inicialmente por 30 (trinta) dias e ao final do trigésimo dia verificada a possibilidade de se prorrogar por mais um período de 30 (trinta) dias, ao final deste, não poderá haver outra prorrogação, se mantido o contrato de trabalho, este será por prazo indeterminado. Dessa forma, os contratos de trabalho por prazo de experiência, transformará em contrato de trabalho por prazo indeterminado na ocorrência de mais de uma prorrogação ou simplesmente na continuação dos serviços após o prazo predeterminado. • Estabilidade ou garantia de emprego O contrato de trabalho por prazo de experiência, como já afirmamos é um contrato de trabalho por prazo determinado, por tanto, ao celebrar o contrato as partes já sabem a data do seu término. Com isso, vale dizer que o contrato de experiência de prazo determinado extingue-se no termo final, vencido o prazo estabelecido. Independentemente de fatos ocorridos no curso do contrato de trabalho. Assim, conclui-se que durante o contrato de trabalho por prazo determinado, nenhuma estabilidade será alcançada pelo empregado. Sendo que ao final do prazo pré- estabelecido, se rescindido o contrato será de forma normal, não cabendo nenhuma indenização ou garantia de emprego. • Rescisão antecipada nos contratos por prazo certo Nos contratos de trabalho com prazo determinado, havendo rescisão antecipada, a parte que, sem justa causa, promover a sua rescisão deverá indenizar a outra, a metade do tempo que estiver faltando para o prazo final. Assim, por exemplo, um contrato de trabalho com cláusula de prazo de experiência de 90 (noventa dias) que venha a ser rescindido depois de decorridos 50 (cinquenta) dias, por tanto, faltando 40 (quarenta) dias, deverá ser indenizado, pela parte que deu causa, o equivalente a 20 (vinte) dias, a metade do tempo que faltava – 40 dias – a indenização será devida a outra parte, conforme disposto nos artigos 479 e 480 da CLT. Será anotado na CTPS do empregado, na parte destinada a anotações gerais, o contrato de experiência com o seguinte dizer: “Contratado por” “x” dias em caráter experimental, a partir do dia “x”, na forma do documento assinado entre as partes. O empregado deverá ficar com uma cópia do contrato e outra é arquivada junto à empresa contratante. Procedimentos na contratação de empregado por tempo determinado. 1. Celebração de contrato escrito; 2. Anotação do contrato na Carteira de Trabalho e Previdência Social; 3. Anotação do contrato no Livro de Registro de Empregados, ou Ficha de Registro de Empregado; OUTROS TIPOS DE TRABALHADORES QUE NÃO SE ENQUADRAM COMO EMPREGADOS CELETISTAS; O ESTAGIÁRIO Conceitualmente estágio é: O ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos. Há estágio obrigatório e estágio não obrigatório. Obrigatório é aquele exigido no projeto do curso, onde a carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. Já o Estácio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. O estágio, tanto o obrigatório como o não obrigatório, não cria vínculo empregatício de qualquer natureza, desde que a empresa concedente, observe os seguintes critérios: matrícula e frequência regular do educando em curso de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e nos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos e atestados pela instituição de ensino; celebração de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do estágio e a instituição de ensino; compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso. celebrar termo de compromisso com a instituição de ensino e o educando, zelando por seu cumprimento; ofertar instalações que tenham condições de proporcionar ao educando atividades de aprendizagem social, profissional e cultural; indicar funcionário de seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente; contratar em favor do estagiário seguro contra acidentes pessoais, cuja apólice seja compatível com valores de mercado, conforme fique estabelecido no termo de compromisso; por ocasião do desligamento do estagiário, entregar termo de realização do estágio com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho; manter à disposição da fiscalização documentos que comprovem a relação de estágio; enviar à instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 (seis) meses, relatório de atividades, com vista obrigatória ao estagiário. A não observação dos itens acima ou a de qualquer obrigação contida no termo de compromisso caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre a instituição de ensino, a parte concedente e o aluno estagiário ou seu representante legal, devendo constar do termo de compromisso ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar: 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos; 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 (dois) anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência. O estagiário poderá receber bolsa ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, sendo compulsória a sua concessão, bem como a do auxílio-transporte, na hipótese de estágio não obrigatório. A eventual concessão de benefícios relacionados a transporte, alimentação e saúde, entre
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