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CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA DE CONTABILIDADE TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA CLT E EVOLUÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO PROFESSORA: ELIZABETE LAZAROTTO elizabetelazarotto@cesurg.com Whats-app: 54 999772214 Revoluções na área trabalhista e previdenciária •1º Revolução: Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) - Decreto 5.452/43 assegurando direitos trabalhistas. •2º Revolução: GFIP Eletrônica (1999) - para recolhimento do FGTS, assegurando agilidade no recolhimento de benefícios. • 3º Revolução: E-Social – agrega direitos da CLT com os direitos previdenciários em uma declaração ao governos em ambiente nacional único. Fonte: Adaptado de Carvalho, 2018. COMO ERA A RELAÇÃO DE TRABALHO EMPREGADO/EMPREGADOR ANTES DAS LEGISLAÇÕES TRABALHISTAS E CLT? Legenda: Crianças trabalhadoras de uma fábrica de fiação de algodão em New Orleans (1913) • Trabalhadores não eram cidadãos nem sujeitos de direitos antes de 1930, eram apenas um fator produtivo, manejado pelos empresários como melhor lhes convinha. • Jornadas diárias extensas e exaustivas, sem direito a descanso semanal e férias. Trabalhava-se, muitas vezes, em troca de alimento e moradia. Não havia idade mínima para a contratação, uma vez que não era raro encontrar crianças com cerca de oito anos ocupando funções como se fossem adultos. •As relações de trabalho se mostraram presentes desde os tempos anteriores a Revolução Industrial, na sociedade Pré-industrial onde ainda não existia um sistema de normas que regulamentasse essa relação porém essa relação sempre existiu, por vezes de forma precária desconsiderando o trabalhador, como na Escravidão. Primeiras Leis Trabalhistas • Lei de Peel: surgiu na Inglaterra, em 1802 com o objetivo de proteger os trabalhadores, os aprendizes nos moinhos. Eles deveriam trabalhar no máximo 12 horas diárias, sempre após as 6 da manhã e antes das 21 horas. Além disso era observado a higiene e educação deles; • Trabalho Infantil - na França, em 1813, houve a proibição do trabalho de menores nas minas. Já em 1839, houve a proibição do trabalho de menores de 9 anos e a jornada de trabalho dos menores de 16 anos foi reduzida para 10 horas por dia. • Encíclica Rerum Novarum - a igreja também contribuiu para a defesa dos trabalhadores. O Papa Leão XIII, publicou uma encíclica em 15 de maio de 1891, a Rerum Novarum, que significa Das Coisas Novas, citando sobre previdência social, salário mínimo, jornada de trabalho e outras questões de caráter social onde houve a inclusão dos direitos trabalhistas • No México, com o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1917, a constituição limitou a jornada de trabalho para 8 horas e definiu outras regras. • Além disso, surgiu a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919, como parte do Tratado de Versalhes, em Genebra, que pôs fim à primeira guerra mundial. A OIT é responsável pela formulação e aplicação das normas internacionais do trabalho (Convenções e Recomendações). • No Brasil, suas regras são regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a Constituição Federal de 1988, - que é um conjunto de leis superior às demais - e também àquelas que não estão presentes nessa Lei, que são as específicas. • No Brasil a criação das leis trabalhistas foram impulsionadas pela abolição da escravidão, que trouxe um novo viés trabalhista e econômico para o país; • No final do século XIX, haviam movimentos no sentido de garantir avanços legais, como a Fundação da Liga Operaria no Rio de Janeiro e a lei que proibia o trabalho para menores de 12 anos. • No começo do século XX, houve estabelecimento de normas que previam férias (15 dias por ano) e alguns tipos de direito em relação aos acidentes de trabalho. • No início do século XX, o Brasil era um país eminentemente agrário. Cerca de 70% da população vivia na área rural, ainda se fazendo fortemente presentes as heranças de um passado escravocrata. A industrialização de nossa economia era incipiente. SURGIMENTO DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO - CLT • A CLT resultou da coletânea de inúmeras leis esparsas existentes que disciplinavam aspectos sobre direito individual do trabalho, direito coletivo, fiscalização do trabalho, direito processual do trabalho, além de legislações específicas de determinadas profissões; • Criada em 01/05 de 1943 pelo Decreto Lei nº 5.452, assinado pelo Presidente Getúlio Vargas, passa a vigorar a partir do dia 10 de novembro de 1943 devido a necessidade de regras que equilibrassem a posição de inferioridade do trabalhador diante da superioridade econômica do empregador. ▪ A CLT faz parte de um conjunto de medidas que foi sendo implementado no Brasil a partir dos anos 30. As iniciativas nos campos da legislação trabalhista, previdenciária e sindical, como a criação do Ministério do Trabalho, em 1930, e da Justiça do Trabalho, em 1941, figuram como elementos de uma complexa engrenagem de regulação das relações de trabalho do Brasil. • No Brasil, os movimentos reivindicatórios de direitos dos trabalhadores tiveram culminância com a elaboração da CLT. • Inicialmente, essas reivindicações estavam dispersas em várias novas categorias de trabalhadores, devido a crescente urbanização e industrialização da economia. A codificação das condições de trabalho constituiu a contrapartida legal do processo social de criação de um mercado de trabalho. • As políticas públicas adotadas a partir de 1937, com a implantação do Estado Novo, visavam a valorização do trabalho e do trabalhador, baseando-se em duas temáticas novas: as relações entre trabalho e riqueza e entre trabalho e cidadania. • O trabalho, como ideal do homem na aquisição da cidadania e da riqueza, e a implantação de direitos sociais, incluindo o devido cuidado no seu cumprimento legal, estariam na essência desta política de valorização. • A CLT proporcionou o conhecimento global dos direitos e obrigações trabalhistas, não só aos intérpretes e aplicadores das leis, mas, sobretudo, aos seus destinatários, os empregadores e empregados. • A elaboração da CLT também foi influenciada pelas resoluções das Convenções Internacionais do Trabalho, as quais serviam como parâmetro para organizar a nascente legislação trabalhista nos diversos países; RELAÇÃO DE TRABALHO EMPREGADO/EMPREGADOR APÓS CLT • Após a CLT a Justiça do Trabalho adquire força coercitiva legal para efetivar o pagamento de dívidas trabalhistas, conforme apuradas infrações previstas na CLT, tanto por parte do empregador quanto por parte dos empregados. • O funcionamento do parque industrial e de serviços brasileiro, desde então, teve na CLT uma ferramenta de garantia de racionalidade e diálogo nas tensas relações capital-trabalho ao longo do século XX. • Ainda, a CLT aponta para a complementaridade entre trabalho e cidadania, tópico especialmente relevante para uma sociedade onde o trabalho escravo era legalizado até fins do século XIX. • Em seus 70 anos de existência, a CLT tem cumprido o papel de facilitar a divulgação, a aplicação e o cumprimento das leis que regulam as relações de trabalho no Brasil. • As constantes crises econômicas, o fenômeno da globalização e a revolução tecnológica têm provocado grande impacto nas relações de trabalho. A terceirização, o desemprego, a informalidade são, entre outros problemas, são reflexos das mudanças ocorridas e têm posto em xeque a eficácia da teia de proteção ao trabalhador. • Em 1977, houve a inserção na CLR, dos capítulo que tratam da Medicina do Trabalho, Férias e Segurança. • O Parlamento aprovou a Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467/2017), a modificação mais profunda na legislação trabalhista desde a edição da própria CLT. Entendeu-se que a legislação não havia acompanhado a evolução vivenciada nas relações de trabalho. Isso teria se dado, por exemplo, em relação às novas formas de trabalho que surgiram com as inovações tecnológicas ou em virtude da atuação mais presentedas entidades de classe. • Quando se fala em legislação do trabalho, podemos dizer que temos três tipos de destinatários das normas. Assim, além dos trabalhadores urbanos, regidos pela CLT, temos os trabalhadores rurais e os empregados domésticos. • Com as reformas tanto o trabalho rural quanto o trabalho doméstico possuem regras próprias. Quem pode ser Empregador? Artigo 2º da CLT: • Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação de serviços. • Equiparam-se a empregador, para os efeitos exclusivos de relação de emprego, os profissionais liberais, as entidades de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. E estas empresas ou a elas equiparadas tem obrigações a cumprir decorrentes das relações de emprego. Quem pode ser Empregado? Artigo 3º da CLT: • Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Da definição legal extrai-se os seguintes elementos: • O empregado é sempre pessoa física; • Há continuidade na prestação de serviços; • Existe subordinação(cumprimento de ordens),desde que não contrárias à lei; • Obrigatoriedade de pagamento de salários. • Os trabalhadores são contratados nas empresas sob o regime da CLT e são conhecidos como celetistas, isso quer dizer que, eles serão sujeitos às normas desta lei. CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA DE CONTABILIDADE TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA ROTINA DE ADMISSÃO DE PESSOAL PROFESSORA: ELIZABETE LAZAROTTO Admissão de Pessoal • O primeiro passo para uma empresa fazer a admissão de seus trabalhadores é o anúncio das vagas, recrutamento de candidatos e a seleção. ▪ Solicitar o preenchimento da solicitação de emprego ao candidato e comparar com os dados da carteira de trabalho. ▪ Para vagas mais qualificadas, realizar análise do currículo Vitae. Documentação necessária para Admissão • Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) para todos os tipos de contratação com vínculo empregatício, inclusive para contrato de experiência. A CTPS deve ser fornecida pelo empregado ao empregador mediante recibo e está precisa ser devolvida no prazo máximo de 48 horas, sob pena de multa. Na CTPS devem ser anotadas todas as informações relativas ao contrato de trabalho. • Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) fornecido pelo médico, relativo ao exame médico admissional ou de capacitação profissional; • Carteira de Identidade; • Cadastro de Pessoa Física CPF • Título de Eleitor; • Certidão de nascimento ou casamento; • Título de eleitor para maiores de 18 anos; Documentação necessária para Admissão • Certificado de Reservista para empregados brasileiros de sexo masculino com idade dentre 18 e 45 anos; • Comprovante de inscrição no Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor público (PIS/PASEP); • Cópia de certidão de nascimento de filhos menores de 14 anos ou inválido de qualquer idade para recebimento do salário-família; • Podem ser solicitados outros documentos, desde que sejam compatíveis com a função exercida, como por exemplo a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). • Menor estudante’’: declaração da escola que confirme estar frequentando algum curso. • Caderneta de Vacinação e comprovação escolar: até seis anos de idade caderneta de vacinação, e a partir dos sete anos de idade, comprovação semestral de frequência à escola para pagamento do salário-família. • Comprovante de residência atualizado (água, luz, gás ou telefone). • Fotografia Documentação PROIBIDOS para contratação • Certidão negativa trabalhista; • Exames de saúde como: teste de gravidez, de esterilização e exame de HIV; • Atestados de antecedentes criminais, a menos que sejam atividades que justifiquem, como: vigilância, atividades no setor financeiro e transporte de valores. O que muda com a carteira de trabalhos Digital? • CTPS Digital substitui a CTPS em papel. A Carteira de Trabalho Digital é alimentada com os dados do eSocial, a partir de setembro de 2019; • Não existe procedimento de "anotação" da CTPS Digital, uma vez que não há um sistema próprio da Carteira de Trabalho Digital a ser alimentado pelo empregador. • Todos os dados apresentados na CTPS são aqueles informados ao eSocial, o que facilita os processos nas empresas e reduz drasticamente a burocracia, visto que a partir de agora o empregador está dispensado de anotar na CTPS em papel. • Todos os contratos de trabalho novos ou já existentes e as anotações (férias, salário, etc) serão feitas apenas eletronicamente e é possível que o trabalhador acompanhe de qualquer lugar pelo aplicativo ou pela internet. O que muda com a carteira de trabalhos Digital? Para o trabalhador basta informar seu CPF no momento da contratação; O trabalhador poderá ver 48 horas após o envio em sua carteira digital se seu contrato de trabalho está correto. Para o empregador, as informações prestadas no eSocial substituem as anotações antes realizadas no documento físico. O empregador deve enviar os dados um dia antes da contratação do funcionário. Nesse envio deve constar o valor do salário; Documentação que a empresa deverá preencher • Preencher na página contrato de trabalho os dados da empresa. Em caso de o candidato proceder de outra empresa, verificar se deu baixa do registro anterior; caso não houver ocorrido a baixa, informar ao candidato. o CBO – O no da Classificação Brasileira de Ocupações encontra-se no site www.mtecbo.gov.br. o Observe-se, porém, que um empregado pode trabalhar em outra empresa, desde que seja em horários diferentes. • Registro e Anotações na Carteira de Trabalho e Previdência Social. • Se é prática rotineira da empresa fazer contrato de experiência, registrar em anotações gerais a existência do contrato. Esse prazo não poderá exceder a 90 dias. http://www.mtecbo.gov.br/ Registro de Empregados Artigo 41 da CLT: • “Em todas as atividades será obrigatório para o empregador o registro dos respectivos trabalhadores, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.’’ Porém com o eSocial é obrigatório adotar o sistema eletrônico. Registro de Empregados O Registro de empregados, de acordo com o artigo 41 da CLT, deve conter as seguintes informações: I - Nome do empregado, data de nascimento, filiação, nacionalidade e naturalidade; II - Número e série da Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS; III - Número de identificação do cadastro no Programa de Integração Social – PIS ou no Programa de Formação do Patrimônio do Serviço Público – PASEP; IV - data de admissão V - cargo e função VI - Remuneração VII - Jornada de Trabalho VIII - Acidente de Trabalho e doenças profissionais quando houver Antiga Ficha de Registro de Empregados Nova Ficha pelo eSocial É impresso uma nova ficha contendo todas as informações que antes constavam na antiga ficha; Essa inovação é possível em função da carteira de trabalho digital e do eSocial; Multa por falta de registro Empregado – reforma trabalhista A multa para empregador que mantém empregado não registrado passa a ser de R$ 3.000,00, acrescido de igual valor em caso de reincidência. No caso de microempresa e empresa de pequeno porte, é de R$ 800,00. Multa por falta de anotações no registro de empregados O empregador que não anotar todos os dados relativos à “admissão no emprego, duração do trabalho, férias, acidentes de trabalho e demais circunstâncias que interessem à proteção do trabalhador” nos livros, fichas ou sistemas eletrônicos, estará sujeitoà multa de R$ 600,00 por empregado prejudicado. Anotações da Carteira de Trabalho • Na Folha de contrato da CTPS devem ser preenchidos os dados da admissão que são os dados do empregador, data de admissão, cargo e remuneração. • O empregado pode, a qualquer tempo, solicitar a atualização e o fornecimento, impressos, de dados constantes na ficha de anotações Exame Médico • De acordo com o artigo 168 da CLT, é obrigatório exame médico por conta do empregador, nas seguintes condições: o Na admissão; o Na demissão; o Periodicamente. • Em casos que seja necessário, de acordo com o Ministério do Trabalho, poderão ser exigidos exames complementares a periodicidade varia de acordo com o risco de atividade e o tempo de exposição. Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional - PCMSO • Este programa trata o Atestado Médico Ocupacional que tem o caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho. • Portaria no 24, de 29-12-94 (DOU de 30-12-94), instituiu o programa de controle médico de saúde ocupacional, dando nova redação à Norma Regulamentadora no 7, onde trata do exame médico admissional, periódico, demissional, controle de saúde ocupacional bem como das responsabilidades do empregador e médico coordenador, a obrigatoriedade do acompanhamento médico, tais como avaliação médica, exames complementares etc. Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional - PCMSO •Este programa trata o Atestado Médico Ocupacional que tem o caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho •Trata do exame médico admissional, periódico, admissional, controle de saúde ocupacional bem como das responsabilidades do empregador e médico coordenador, a obrigatoriedade do acompanhamento médico, tais como avaliação médica, exames complementares. •Os dados obtidos nos exames médicos, incluindo avaliação clínica e exames complementares, as conclusões e as medidas aplicadas, deverão ser registradas em prontuário clínico individual e ser mantidos por período mínimo de 20 anos após o desligamento do trabalhador, conforme item 7.4.5.1 da NR-7. O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: Exame admissional Exame periódico Exame de retorno ao trabalho Exame de mudança de função Exame demissional Exame Admissional •Deve ser realizado antes de o empregado assumir as suas funções. •A contratação ficará condicionada ao resultado do exame, mas a aprovação do candidato no exame médico não obriga a empresa a contratá-lo, pois o mesmo não cria vínculo empregatício com a empresa. •Esse exame compreende: •-Avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exames físico e mental; •- Exames complementares a critério do médico. Exame Periódico •Anualmente para os menores de 18 anos e maiores de 45 anos •A cada 02 anos para os empregados de idade entre 18 a 45 anos •Em alguns casos ele pode ser realizado em menor tempo, de acordo com as determinações contidas no PCMSO Exame de Retorno ao Trabalho •O exame médico de retorno ao trabalho é obrigatório, somente, quando o empregado ficar afastado da atividade por período superior a 30 dias em virtude de doença ou acidente de trabalho, de natureza ocupacional ou não ou parto. •Este exame deve ser realizado, obrigatoriamente, no primeiro dia de volta ao trabalho. Exame de Mudança de Função •É exigido quando a nova função expor o empregado a riscos diferentes daqueles a que estava exposto antes da mudança. •Será obrigatoriamente realizada antes da data de mudança. Exame demissional •Deve ser realizado, obrigatoriamente, até a data da homologação da rescisão de contrato de trabalho. •Existem particularidades de acordo com o período do último exame. Todos os exames integrantes do PCMSO, inclusive o admissional, devem ser custeados integralmente pela empresa e realizados por médico com especialização em medicina do trabalho. Imagine o transtorno que seria admitir um empregado e depois verificar que ele não estava apto a ser admitido, ou ainda, uma admissão em um ambiente que pode agravar alguma lesão que o empregado tenha. Atestado de Saúde Ocupacional - ASO • Para cada um dos exames médicos realizados, vistos anteriormente, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional – ASO, em duas vias, sendo: A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, à disposição da fiscalização do trabalho. A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via O ASO deve conter os dados conforme modelo a seguir: Declaração de dependentes para fins de Imposto de Renda ▪ Trata-se de uma declaração de dependentes para fins de imposto de renda, que deve ser preenchida por empregados que tenham dependentes, para utilização no momento do calcula da folha de pagamento; ▪ Essa declaração deve ser preenchida no momento da contratação e fica em poder do empregador e a disposição da fiscalização do tributo. Quem é considerado dependente do empregado para fins de Imposto de Renda? •Cônjuge, o companheiro (a) com quem o contribuinte tenha filho, ou viva há mais de 5 anos; •A filho (a) ou enteado (a) de até 21 anos ou de qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho; ou maior, até 24 anos, se ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau; •O menor pobre, até 21 anos, que o contribuinte crie e eduque e do qual detenha a guarda judicial; •O irmão, o neto ou o bisneto, sem arrimo dos pais, do qual o contribuinte detenha a guarda judicial até 21 anos, ou de qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho; ou maior, até 24 anos, se ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau; Quem é considerado dependente do empregado para fins de Imposto de Renda? •Os pais, os avós ou os bisavós, desde que não aufiram rendimentos, tributáveis ou não, superiores ao limite de isenção mensal; •Menor pobre até 21 anos criado e educado pelo contribuinte e de quem este detenha a guarda judicial ou pessoa absolutamente incapaz, da qual o contribuinte seja tutor ou curador. •No caso de filhos de pais separados, o contribuinte pode considerar, como dependentes, os que ficarem sob sua guarda em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente. M odelo Declaração de Dependentes Termo de Responsabilidade para concessão de salário-família ▪ Para concessão e manutenção do salário-família, isto é, por ocasião de sua admissão na empresa, ou da solicitação da inclusão de nova cota, o segurado deve firmar termo de responsabilidade, no qual se comprometa a comunicar a empresa ou ao INSS qualquer fato ou circunstância que determina a perda do direito ao benefício, ficando sujeito, em caso de não cumprimento, às sanções penais cabíveis e à rescisão por justa causa, nos termos da CLT, nos termos do artigo 89 do RPS. ▪ Esse documento discrimina a relação dos dependentes que dão ao empregado o direito de receber o salário-família da Previdência Social. Quem tem direito a receber salário família? •A quota de salário-família é fixada pela previdência social. Têm direito a ela os filhos com até 14 anos ou inválidos, desde que a remuneração do empregado não ultrapasse o valor de R$ 1.425,56 (a partir de 01/01/20). Cada filho tem direito a uma quota de R$ 48,62. •O pagamento do salário-família será devido a partir da data da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado, estando condicionado à apresentação anual de atestado de vacinação obrigatória, até seis anos de idade, e de comprovação semestral de frequência à escola do filho ou equiparado, a partir dos sete anos de idade. •A empresa deverá conservar, durante dez anos, os comprovantes dos pagamentos e as cópias das certidõescorrespondentes, para exame pela fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social, conforme o disposto no § 7o do art. 225 do RPS. •As únicas parcelas que não compõe a remuneração para fins de direito do recebimento do salário família é o 1/3 de abono de férias e o 13º salário. Modelo do Termo de Responsabilidade ou ficha do salário família Vale Transporte •A matéria referente ao vale-transporte é tratada na Lei no 7.418/85 e no Decreto no 95.247/87 •O Vale transporte que é um benefício que o empregador antecipará mensalmente ao trabalhador para efetiva despesa de deslocamento RESIDÊNCIA-TRABALHO e TRABALHO-RESIDÊNCIA •O empregado deve ser orientado que ele só poderá solicitar o vale transporte, somente, se necessitar de transporte público para o seu deslocamento residência – trabalho e trabalho – residência. Caso contrário, este beneficio não é devido. •A empresa descontará a parcela de 6% do salário básico ou vencimento do empregado, independente dos dias de trabalho prestados. M odelo termo autorização desconto vale transporte Termo de autorização de desconto É referente a autorização de descontos em folha de pagamento, tais como: cartão alimentação, refeição, seguro de vida, assistência médica, entre outros. CONTRATO DE TRABALHO • O contrato de trabalho é um acordo verbal ou através de termo escrito, correspondente à relação de emprego. Pelo fato de ser um acordo bilateral, não poderá ser alterado sem a concordância de todas as partes envolvidas. • A regulamentação do contrato de trabalho está estipulada na Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, do artigo 442 ao artigo 456. • O contrato de trabalho deverá conter as seguintes informações: Dados da Empresa •Razão Social, CNPJ, endereço, espécie de estabelecimento (comercial, industrial, serviço). Dados do Empregado • Data de admissão, função e CBO e salário. CBO é a Classificação Brasileira de Ocupação, que classifica cada função com um código. Você pode encontrar o CBO e sua respectiva função acessando o site do Ministério do Trabalho, disponível em:http://www.mtecbo.gov.br/cbosite/pages/home.jsf Cláusulas de um contrato de trabalhoEspecificação do tipo de contrato – determinado, indeterminado, experiência;Data de vigência do contrato por prazo determinado e experiência; Prazo de prorrogação do contrato; Atividade desempenhada; Remuneração; Jornada de trabalho a ser cumprida; Local de trabalho e possibilidade de transferência Danos – o empregador só poderá descontar do empregado, os danos que este cometer dolorosamente, ou seja, os danos cometidos por má-fé, devidamente comprovados . Principais elementos do contrato Individual de trabalho •Jornada de Trabalho •Prevalece a jornada máxima definida pela Constituição, ou seja, 8 horas diárias e 44 horas semanais (art. 7o, XIII da CF/88). Exceções: gerente/diretor e trabalhador externo. •Salário •Será utilizado o denominado “salário supletivo”, ou seja, será pago o mesmo recebido por outro empregado da empresa que realize a mesma função ou o valor habitualmente pago na região. Não sendo possível, prevalecerá o salário mínimo. •Função / Cargo •Em caso de inexistência de acerto quanto à função, diz o art. 456 da CLT que presume-se que o empregado se propôs à prestação de todo o qualquer serviço compatível com sua condição pessoal. TIPOS DE CONTRATO DE TRABALHO Contrato por prazo Indeterminado • O contrato por prazo indeterminado não tem previsão para sua rescisão, ficando esta na dependência da vontade do empregado e do empregador • Possui as mesmas características que o contrato por prazo determinado, bem como as mesmas obrigações por parte do empregado e do empregador. No entanto, como já destacado, ela não possui data final para término. • A principal diferença entre o contrato com prazo determinado e indeterminado é quanto é a exigência do aviso prévio pela parte que tomar a iniciativa da rescisão, no contrato indeterminado. Quando um Contrato por prazo determinado se torna indeterminado: •Quando o contrato de trabalho por prazo determinado for prorrogado mais de uma vez; •Quando exceder o prazo de 2 anos ou 90 dias (contrato de experiência); •Quando extrapolados os objetivos do contrato, por exemplo, o empregado continua trabalhando embora a obra já esteja terminada. Contrato por prazo determinado • É o contrato de trabalho que tem a vigência estipulada ou seu término vinculado ao término dos serviços especificados ou, ainda, vinculado à realização de certo acontecimento que tenha previsão aproximada. • Seu prazo não poderá ser superior a dois anos; • O contrato por prazo determinado só será válido nos seguintes casos: o Serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo (permite prorrogação desde que a soma não ultrapasse anos); o Atividades empresariais de caráter transitório (não pode ultrapassar 2 anos); o Contrato de Experiência. Fazem parte desse tipo de contrato também: Contrato temporário; contrato de estagiários e contrato de aprendizes. Exemplos de Contrato por prazo determinado Serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo •Indústria de fogos de artifício contrata trabalhadores para vender os mencionados fogos por ocasião dos festejos juninos; ou fábricas de panetones contrata vendedores para vender o mencionado produto no final do ano. atividades empresariais de caráter transitório; •Contratação de intérpretes para a realização anual de feira internacional ou contratação de demonstradoras para presentação de produtos novos em supermercados. contrato de experiência. •A finalidade do contrato de experiência é permitir mútuo conhecimento entre os contratantes. A empresa observa o desempenho do empregado e o empregado analisa as condições de trabalho oferecidas, bem como sua adaptação ao ambiente. Contrato de Experiência • É um tipo de contrato por prazo determinado, que tem o objetivo de verificar se o empregado tem aptidão para exercer a função para a qual foi contratado, e também é a oportunidade que o empregado tem para analisar se vai se adaptar à estrutura e às condições impostas pela empresa. • Ao final da vigência do contrato o empregado ou o empregador poderão manifestar o desejo de encerrar o vínculo e, caso não seja rescindido, o contrato passará a vigorar como contrato por prazo indeterminado Características do Contrato de Experiência: •Duração máxima de 90 dias corridos. Poderá ser prorrogado uma única vez. Porém caso a vigência inicial seja de 90 dias, não poderá ser prorrogado. •Não existe determinação legal da quantidade de dias do contrato inicial e da prorrogação. Portanto, a quantidade de dias do contrato original somada aos dias da prorrogação não poderão ultrapassar 90 dias.; •Atingindo o prazo fixado, o contrato de experiência se extingue, ou seja, termina automaticamente pelo decurso de prazo. Assim, se até o dia após o do término nenhuma das partes se manifestar em sentido contrário, o referido contrato passará a vigorar por prazo indeterminado (art. 481 – CLT). •Caso a empresa não queira dar continuidade ao contrato, deve comunicar ao empregado no último dia útil de trabalho, dentro da experiência, evitando que ele compareça ao serviço no dia seguinte. •Se houver acordo de compensação de horas de trabalho, relativa ao dia que recaia após o término, a empresa deve impedir que o empregado faça a compensação Exemplo de um Contrato de Experiência Rescisão Antecipada • Se qualquer das partes, empregador ou empregado, rescindir o contrato, sem justa causa, antes do seu término, não caberá aviso prévio, mas sim indenização prevista nos arts. 479 e 480 da CLT. • Caso a rescisão seja promovida pelo empregador, ele pagará ao empregado, a título de indenização, metade daquilo que o empregado ganharia até o final do contrato. • O art. 481 da CLT dispõe que se no textodo contrato de experiência incluir-se uma cláusula que permita a rescisão antecipada, operando-se a rescisão antes do término previsto, o cálculo das verbas rescisórias será efetuado como se o contrato fosse por prazo indeterminado, ou seja, com o pagamento do aviso prévio que integrará o tempo de serviço para efeito de pagamento das demais verbas rescisórias Grupo 01 – Contrato de Estágio: Jaine, Franieli, Marina, Agora vamos trabalhar!!! Grupo 02 – Contrato de Menor Aprendiz: Nicoli, Sabino, Viviane Chaves Grupo 03 – Contrato de Temporário: Kricia, Luis Henrique, Samara, Gabriel Grupo 04 – Contrato Intermitente: Talia, Viviane Dalacorte, Luana REGISTRO PONTO Marcação obrigatória do ponto • De acordo com o art. 74 da CLT: “para os estabelecimentos de mais de vinte trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, devendo haver pré-assinalação do período de repouso” (Parágrafo com redação dada pela Lei n. 13.874, de 20.09.2019). • Deve estar de acordo com instruções expedidas pelo Ministério do Trabalho. Registro do ponto manual • É realizado por meio de fichas de registro do ponto manual, que devem ter anotações diárias dos registros de entrada, saída e intervalo e posteriormente assinadas pelo empregado. Registro do ponto eletrônico O registro de ponto for mecânico ou eletrônico, deverá ser feito através de relógio de ponto e, sendo registro eletrônico, o modelo do relógio de ponto deverá ser homologado pelo Ministério do Trabalho, estando de acordo com a portaria 1510 de 21 de agosto de 2009, que normatizou a utilização do REP (Registrador Eletrônico de Ponto), com registro do ponto biométrico ou por código de barras (no caso dos crachás) Registro do ponto eletrônico • De acordo com o art 58 da CLT, “não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários” (BRASIL, 1943, s.p.). • Ou seja, até cinco minutos antes do horário de entrada e até cinco minutos após o horário de saída do funcionário, totalizando 10 minutos, a empresa não é obrigada a computar como horas extraordinárias. Modelo de ficha do registro do cartão ponto Exemplos de Registro Você acha possível registrar o ponto todos os dias exatamente no mesmo horário, sem nenhuma variação de minutos TAREFA DIFÍCIL NÉ!!! Exemplos de Registro Esses três minutos são considerados horas extras, de acordo com a Legislação? Entrada Saída Entrada Saída 07:59 12:01 14:00 18:01 +1 minuto +1 minuto No horário +1 minuto O horário do empregado é das 08:00 – 12:00/14:00 – 18:00. Registro do ponto em 01/02: Não!!! Exemplos de Registro Esses quatro minutos negativos serão descontados do funcionários, de acordo com a Legislação? Entrada Saída Entrada Saída 08:03 12:02 13:58 17:59 -3 minutos +2 minutos -2 minutos -1 minuto O horário do empregado é das 08:00 – 12:00/14:00 – 18:00. Registro do ponto em 07/02: Não!!! Exemplos de Registro Na 1ª entrada ele excedeu 5 minutos, somando e diminuindo os minutos, teremos 8 minutos excedentes, esses minutos serão considerados como extra, de acordo com a Legislação? Entrada Saída Entrada Saída 07:55 12:01 14:02 18:04 +5 minutos +1 minuto -2 minutos +4 minutos O horário do empregado é das 08:00 – 12:00/14:00 – 18:00. Não!!! Exemplos de Registro Na 1ª entrada ele excedeu 6 minutos. Somando e diminuindo os minutos, teremos apenas 5 minutos excedentes, esses minutos serão considerados como extra, de acordo com a Legislação? Entrada Saída Entrada Saída 07:54 11:58 14:02 18:03 +6 minutos -2 minutos -2 minutos +3 minutos O horário do empregado é das 08:00 – 12:00/14:00 – 18:00. Sim!!! Por que??? Empregados desobrigados a marcar ponto Ocupam cargo de confiança, bem como os que realizam trabalhos essencialmente externos e não sujeitos a horário, desde que anotado na CTPS e na ficha registro de empregados; Os empregados que trabalham em regime de teletrabalho, desde que seja incompatível o controle da jornada (art. 75-A a 75-E da CLT Os empregados que exercem atividades externas, sujeitos a horário devem utilizar mensalmente a ficha de horário de trabalho externo, que ficará em poder do empregado, para anotação de sua jornada de trabalho. Quanto à marcação do ponto no horário destinado às refeições (intervalos dentro da jornada), o art. 74 da CLT, tornou facultativa tal anotação, desde que referidos intervalos sejam pré-assinalados no próprio cartão. Planilha eletrônica para registro do ponto • Mesmo que a empresa não seja obrigada a manter o registro do cartão ponto, por ter menos de 10 funcionários, é interessante que mantenha um controle de horário de seus funcionários, este pode ser feito em planilhas eletrônicas, utilizando Excel, conforme pode ser observado no modelo abaixo do link: O que teletrabalho? • Conforme artigo 175-B da CLT, “considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo” • De acordo com o Art. 75-C, “a prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado”. Conversão de Horas Horas centesimais De 1 a 100 e são utilizadas para efeito de remuneração Horas do Relógio De 1 a 60 e são as efetivamente anotadas e apuradas nos controles de marcação • Exemplo: Considere um empregado que trabalhou cinco hora e meia (5:30) e recebe R$ 5,00 por hora. Qual será o valor recebido? Solução: 5 horas x R$ 5,00 = R$ 25,00 0,30 minutos x R$ 5,00 = R$ 1,50 Esse cálculo está correto? Solução correta: Para calcular corretamente é necessário efetuar a conversão: 30 minutos ÷ 60 = 0,50 Em seguida multiplica-se pelo salário-hora = 0,50 x R$ 5,00 = R$ 2,50 Valor recebido pelo funcionário por cinco horas e meia de trabalho = R$ 25,00 + R$ 2,50 = R$ 27,50 Ah agora faz sentido!!! Realizando a conversão de horas Nº de horas Transformar em Centésimo Nº total relógio 1h e 20min 20 min / 60 = 0,33 1 h + 0,33 = 1,33 1h e 35min 35 min / 60 = 0,58 1 h + 0,58 = 1,58 1h e 18min 18 min / 60 = 0,30 1 h + 0,30 = 1,30 1h e 27min 27 min / 60 = 0,45 1 h + 0,45 = 1,45 1h e 48min 48 min / 60 = 0,80 1 h + 0,80 = 1,80 Total horas trabalhadas na semana 7,46 Para transformar/voltar o total de centésimo para hora relógio, ou seja, fazer o processo inverso, multiplica-se por 0,60. Exemplo: 0,46 x 0,60 = 27 minutos, Então o funcionário trabalhou 7 horas e 27 minutos na semana. JORNADA DE TRABALHO CLT Art. 58- Não deverá ultrapassar o limite de 8 horas diárias, para os empregados de qualquer atividade privada. CF Art. 7º- Duração normal da jornada de trabalho é de 8 horas diárias e 44 horas semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Observe os parágrafos 1º e 2º do art. 58 da CLT: Parágrafo 1º • Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. • Até cinco minutos antes do horário de entrada e até cinco minutos após o horário de saída do funcionário, totalizando 10 minutos, a empresa não é obrigada a computar como horas extraordinárias. Parágrafo 2º • O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador (Lei 13.467 de 2017) • Esteparágrafo eliminou as chamadas horas in itinere. • Quanto ao tempo de troca de uniforme, este será computado na jornada de trabalho somente quando o empregador obrigue seus empregados a trocarem os uniformes no início e final da jornada, caso não seja obrigatória a troca, não deverá computar. • Com a alteração da jornada semanal imposta pela Constituição Federal, para 44 horas semanais, correntes jurisprudenciais passaram a adotar o raciocínio com base na média de trabalho diário semanal (6 dias por semana). 44 horas ÷ 6 dias = 7,3333 (centesimal) Para saber em horas e minutos: 0,3333 x 60 minutos = 20 minutos Carga horária diária 7 horas e 20 minutos Carga horária mensal: 7,33333 x 30 dias = 220 horas. Como calcular outra jornada de trabalho mensal? É possível calcular outra jornada de trabalho mensal tendo como base jornadas de trabalho semanais inferiores a 44 horas, utilizando o critério de proporcionalidade ou regra de três simples, conforme abaixo: Jornada de trabalho com regime parcial Nova CLT, no art. 58-A - a duração não pode exceder a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares semanais; ou que não exceda 26 horas semanais, com possibilidade de acréscimo de mais 6 horas semanais suplementares. O salário será proporcional a jornada de trabalho, em relação a funcionários que cumprem a mesma função em tempo integral. Existem outros limites de jornada que são fixados pela própria lei, por exemplo, quanto aos turnos ininterruptos de revezamento, em que a jornada de trabalho é de seis horas, salvo negociação coletiva. Outras Jornada de Trabalho Trabalham em turnos ininterruptos de revezamento aqueles que laboram ora no período da manhã, ora no período vespertino, ora no período noturno. Para caracteriza-lo é necessário que haja a ininterrupção, não da atividade da empresa, mas sim do trabalho do empregado que ora labora, por exemplo, das 6 às 14, ora das 14 às 22, ora das 22 às 6 horas. De acordo com a CLT é válida, em caráter excepcional, a jornada de doze horas de trabalho por trinta e seis de descanso, prevista em lei ou ajustada exclusivamente mediante acordo coletivo de trabalho ou convenção coletiva de trabalho, assegurada a remuneração em dobro dos feriados trabalhados. Exemplo: Se o empregado trabalha na segunda-feira das 10h00 às 22h00, seu próximo dia de trabalho será na quarta-feira, também das 10h00 às 22h00. É importante lembrar que sempre deve ser concedido o intervalo intrajornada (almoço/jantar) de 1 hora, caso contrário são devidas horas extras pelo intervalo suprimido ou não concedido. Intervalos, período de descanso e DSR Jornada de Trabalho Intervalo Jornada de até 4 horas Não há intervalo Jornada de 4 a 6 horas Intervalo obrigatório de 15 minutos Jornada superior a 6 horas Intervalo mínimo de 1 hora e máximo de 2 horas Entre duas jornadas de trabalho Intervalo mínimo de 11 horas consecutivas, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo Jornada semanal Descanso semanal de 24 horas consecutivas DSR Mensalista X Horista • O descanso semanal remunerado já está incluso no pagamento mensal, pois considera-se o pagamento de trinta dias (contando os domingos e/ou feriados). Mensalista • Deve ser remunerado separadamente, ou seja, verificar a quantidade de domingos e/ou feriados e calcular a quantidade de horas. Horistas Exemplo: Considerando que determinado empregado trabalhou em um mês com 4 domingos e 1 feriado, quantas horas ele recebeu referente ao DSR? Para cada domingo ou feriado é adotado um padrão de 7:20, ou 7,33 em número centesimal, resultante do seguinte cálculo: 220 horas ÷ 30 dias = 7,33 0,33 x 0,60 + 7 horas = 7 horas e 20 minutos 5 dias (DSR) x 7 h e 20 min ou 5 x 7,33 = 36,65 em número centesimal Jornada de Trabalho: Mensalistas Para o empregado mensalista serão considerados para cálculo de dias de trabalho sempre 30 dias por mês , mesmo que um mês venha a ter um número de dias superior ou inferior. O empregado mensalista trabalha com Regime de trabalho com compensação de horário, ou seja, o empregado trabalha mais durante a semana para não trabalhar aos sábados. Quando o empregado trabalha , 8 horas e 48 minutos por dia de segunda a sexta-feira para compensar os sábados é necessário preencher e assinar o acordo de compensação de hora. Jornada de Trabalho: Horista Sua diferença com relação ao mensalista ocorre no cálculo das horas trabalhadas, para o horista, a diferença acontece quando o mês possui 28, 30 e 31 dias. Para o cálculo da folha de pagamento do horista se observa o calendário. Exemplo: janeiro/20 tem 31 dias e fevereiro/20 tem 29 dias. O cálculo da jornada ocorre pelo cálculo das horas efetivamente trabalhadas. Exemplo 1 - Levantamento da carga horária efetivamente trabalhada pelo registro do ponto, considerando a planilha vista anteriormente, de registro do ponto: Total de horas trabalhadas = 193 horas e 56 minutos Total DSR = 44 horas Total de horas a receber = 237 horas e 56 minutos Horas Extras = 20 minutos Exemplo 2: Uma forma mais simples, quando o funcionário trabalha apenas dentro de seu horário, sem horas extras e adicional noturno, é adotar o seguinte cálculo (geralmente utiliza-se dessa forma para fazer projeções de gastos futuros com Mão de obra): Verificar a quantidade de dias úteis no mês; Verificar a quantidade de domingos ou feriados (DSR) do mês; Somar a quantidade de dias e multiplicar por 7h20min (horas) ou 7,33 centesimal Exemplo prático: Considerando com 30 dias, sendo 25 dias úteis e 5 domingos. 30 dias x 7,3333 = 220 horas Na tabela abaixo percebe-se a diferença entre as horas de um funcionário horista e mensalista: Para o cálculo do salário diário sempre será usado o divisor “30”, e para calcular o salário-hora será usado o divisor “220” Para calcular salário do horista é necessário aplicar o seguinte cálculo: Quantidade de horas trabalhadas no mês de Janeiro/2020 = 26 dias x 7,3333 = 190 h e 40 min ou 190,66 Valor do salário hora: R$ 5,50 Dias úteis no mês: 26 dias (considera-se o sábado também) Domingos e feriados: 5 dias Após apuradas as informações, efetua-se o cálculo: • 190,66 horas x R$ 5,50 = R$ 1.048,63 • R$ 1048,63 / 26 dias úteis = R$ 40,33 por dia trabalhado • R$ 40,33 x 5 (domingos e feriados) = R$ 201,65 (DSR ou RSR) • Total a receber: R$ 1.047,63 + R$ 201,65 = R$ 1.249,28(salário horas + DSR) Vamos aos Exercícios !!! Cálculo da Folha de Pagamento Apesar das constantes mudanças na área trabalhista e com o advento do eSocial, os eventos que compreendem a folha de pagamento praticamente não sofreram impacto, visto que as alterações na legislação influenciam mais sobre as regras e não sobre direitos e deveres, e a fórmula de cálculo As empresas são obrigadas, por lei, a elaborar mensalmente a folha de pagamento da remuneração paga, devida a todos os trabalhadores a seu serviço, contendo todos os proventos e descontos dos empregados. A folha de pagamento deve ficar à disposição da fiscalização e/ou das auditorias (internas e externas), e seus lançamentos devem ser expressos do modo mais simples e transparente possível, para facilitar a sua compreensão por parte dos empregados. A demonstração de cada parcela deve ser isolada das demais e com o nome determinado. Proventos Salário Horas Extras Adicional de Insalubridade Adicional de Periculosidade Adicional Noturno Salário-família 13º salário Férias Aviso prévio Ajuda de custo Outros proventos previstos em Lei Descontos INSS Imposto de Renda Contribuição Sindical Desconto assistencial Seguro de vida Vale refeição e vale transporte Faltas e atrasos Adiantamento de salários Outros descontos Composição da Folha de Pagamento Proventos • Proventos sãotodos os valores devidos ao empregado em virtude de um contrato de trabalho, que deverão ser pagos mensalmente através da folha de pagamento, dessa forma entende-se que provento é tudo o que é bom para o funcionário, ou seja, tudo o que “soma” no salário do empregado. Salário • Salário é uma parcela básica correspondente ao valor previamente acordado em contrato de trabalho e fixado pela contraprestação de serviços prestados. • É a contraprestação devida e paga diretamente pelo empregador a todo empregado, podendo ser pago mensal, quinzenal, semanal ou diariamente, por peça ou tarefa; • o salário nunca pode ser inferior ao salário mínimo, inclusive para o aprendiz. • Para alguns profissionais, como médicos, dentistas, engenheiros, químicos, arquitetos, contadores, agrônomos, veterinários etc., existem leis específicas que definem pisos salariais das respectivas profissões. Salário • De acordo com a Lei nº 13.467/17, em seu art. 457, integram o salário não só a importância fixa estipulada, como também as comissões, gorjetas, gratificações legal pagas pelo empregador (art. 457, § 1o da CLT). • As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado o pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário (art. 457, §2o da CLT). Salário • O pagamento do salário, qualquer que seja a modalidade de trabalho, não deve ser estipulado por período superior a um mês, salvo no que concerne a comissões, percentagens e gratificações. • Quando se estabelece que o pagamento será mensal, deve-se efetuá-lo o mais tardar até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencimento, mesmo que não haja expediente ou a empresa tenha um acordo de compensação, o sábado é considerado dia útil. O pagamento pode ser feito em dinheiro, em moeda corrente nacional, ou cheque. • O artigo 464 da CLT determina que o pagamento do salário deverá ser efetuado contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou não sendo esta possível, a seu rogo. “Parágrafo único. Terá força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crédito próximo ao local de trabalho”. Salário Mensalista • O salário-hora normal, no caso de empregado mensalista, será obtido dividindo o salário mensal por 220 horas, limite máximo, ou número inferior, dependendo do contrato. Exemplo 1: Um empregado recebe salário mensal de R$ 1.540,00, trabalha 7h20min de segunda a sábado, atendendo 44 horas semanais. Cálculo do salário / hora = R$ 1.540,00 ÷ 220h = R$ 7,00 • Salário-hora normal = R$ 7,00 Salário Horista/diárista • No caso de empregado diarista, o salário-hora normal será obtido dividindo o salário diário, correspondente à duração do trabalho (7h20min ou menos, dependendo do contrato), pelo número de horas efetivamente trabalhadas. Exemplo 2: Um empregado ganha R$ 51,33 por dia: R$ 51,33 ÷ 7,33 = R$ 7,00 OBS: Nesse caso deve ser utilizado 7,33, que são as horas centesimais. Subcategoria de Salário • É a contraprestação mínima a ser recebida pelo empregado por uma jornada normal de trabalhoSalário mínimo • É instituído por meio de Convenção Coletiva de Trabalho, mediante acordo entre sindicatos patronais e sindicato de trabalhadoresPiso salarial ou salário normativo • É o valor devido aos profissionais liberais Salário mínio profissional • salário utilidade, ou seja, compreende tudo que não for dinheiro, mas é útil, dessa forma, a utilidade precisa ser benéficaSalário in natura • É o valor acordado entre as partes, que não sofre variação. Salário fixo • Empregados comissionados, cujo contrato de trabalho prevê um percentual sobre as vendas concretizadas Deve ser garantido um piso salarial. Salário variável • É a contraprestação constituída de salário fixo mais salário variável, por exemplo: Salário fixo: 1.000,00 + comissõesSalário misto Horas Extras • A Legislação prevê que a duração normal do trabalho poderá ter o acréscimo de duas horas diárias, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho, desde que estas sejam pagas com pelo menos 50% de acréscimos sobre a hora normal do empregado (CLT, art. 59). Horas Exras – Art. 59 CLT: § 1o A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. § 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias Horas Extras – compensação de horas • Se os sindicatos acordarem, mediante negociação coletiva, as horas extras praticadas em um certo período não precisarão ser pagas, desde que sejam compensadas no período máximo de um ano. • Também o banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses. • Ainda, se houver compensação de horário semanal (por exemplo para compensar as horas do sábado, trabalhando a mais durante a semana), para fazer a prorrogação de horas de trabalho é necessário saber qual é o excesso de tempo de trabalho por dia. Esse tempo excedente não deverá ultrapassar a duas horas diárias. Horas Extras • Tratando-se de serviços inadiáveis, a jornada poderá ser aumentada em até 4 (quatro) horas diárias, exclusivamente para os empregados maiores, com acréscimo de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) da hora normal. • De acordo com o art. 61 da CLT, ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. Isso pode ser exigido, independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. Cálculo das Horas Extras Salário-base/220 x Quantidade de horas trabalhadas no mês + 50% Exemplo: Cálculo da Horas Extra Quantidade de horas extras no mês de fevereiro/2018: 22 horas Valor do salário mensal: R$ 1.300,00 Dias úteis no mês: 24 dias (considera-se o sábado também) Domingos e feriados: 4 dias Após apuradas as informações, efetua-se o cálculo: Valor da Hora Normal = 1.300,00/220 = R$ 5,91 5,91 x 22 horas = 130,00 + 50% HE = R$ 195,00 Cálculo do DSR sobre a Horas Extras DSR = (valor total das horas extras do mês / dias úteis no mês) x domingos e feriados do mês Exemplo: CÁLCULO DO DSR S/HORA EXTRA 195,00 / 24 dias úteis = R$ 8,13 8,13 x 4 (domingos e feriados) = R$ 32,50 (DSR ou RSR) Total a receber: R$ 195,00 + R$ 32,50 = R$ 227,50 (HE + DSR/RSR) Hora extra de Domingos e Feriados ▪ De acordo com o Art. 70 da CLT e nova redação dada pela MP n. 905, de 11.11.2019, trabalho aos domingos e aos feriados será remunerado em dobro, exceto se o empregador determinar outro dia de folga compensatória. ▪ Dessa forma, não há mais a necessidade de se negociar o trabalho aos domingos e aos feriados com o sindicato patronal e o sindicato profissional, devendo-se apenas observar as regras instituídas em acordo e convenções coletivos de trabalho que versem sobre o tema Adicional Noturno ▪ De acordo com o Parágrafo 2º do art.73 da CLT, considera-se noturno, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 5 horas do dia seguinte, dessa forma, o empregado que trabalhar nesse período terá direito ao adicional noturno. ▪ Para o trabalhadoragrícola, o trabalho noturno é das 21 às 5 horas; para o pecuário, das 20 às 4 horas (Lei n. 5.889/73); e, para o advogado, das 20 às 5 horas (Lei n. 8.906/94). ▪ Parágrafo 1º do art.73 da CLT determina que a hora do trabalho noturno seja computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos e não 60 minutos como uma hora diurna normal. Hora Noturna Horas Trabalhadas Horas efetivamente trabalhadas (relógio) 1 De 22h às 22h 52m 30s 2 De 22h 52m 30s às 23h 45m 3 De 23h 45m às 00h 37m 30s 4 De 00h 37m 30s às 1h 30m 5 De 1h 30m às 2h 22m 30s 6 De 2h 2m 30s às 3h 15min 7 De 3h 15m às 4h 7m 30s 8 De 4h 7m 30s às 5h 7 horas noturnas 8 horas noturnas Remuneração da hora noturna • trabalho noturno terá um acréscimo de no mínimo 20% (vinte por cento) sobre a hora diurna. Art.73 da CLT Coeficiente de conversão = 60 minutos / 52,5 minutos, ou 8 horas / 7 horas. Exemplo: Total de jornada diurna / Total de jornada noturna Coeficiente de conversão = 8 horas / 7 horas = 1,1428571 Coeficiente de conversão = 60 minutos/ 52,5 minutos = 1,1428571 Horas noturnas trabalhadas = 7 horas x 1,148571 (coeficiente de conversão) = 8 horas Adicional Noturno • São as jornadas que se iniciam no período diurno e se estendem para o período noturno, serão computadas como hora noturna e, consequentemente, com o adicional de 20%, todas as horas trabalhadas após as 22 horas. Horário Misto • As jornadas que se iniciam em período noturno e se estendem até o período diurno são consideradas horas suplementares, como se fossem horas noturnas, com o mesmo adicional e redução da hora, no período trabalhado até as 05 horas da manhã. Horas Suplementares Cálculo do Adicional Noturno Exemplo: Suponha um empregado que trabalha até às 23h45min e ganha R$ 9,00 por hora, considerando uma carga horária de 8 horas/dia. Cálculo: 2 horas por dia com 20% de adicional noturno (das 22 horas as 23:45, considerando hora reduzida) Adicional Noturno = R$ 9,00 x 20% = R$ 1,80 Hora Noturna = R$ 9,00 + R$ 1,80 = R$ 10,80. •Hora Extra noturna: deve ser paga com o adicional de 20% (adicional noturno) mais o adicional de hora extra. •O adicional noturno pago com habitualidade integra o salário para todos os efeitos (férias, descanso remunerado, 13o salário, FGTS etc). •É proibido menores de 18 anos trabalharem em horário noturno, independente do gênero.
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