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ATIVIDADE AVALIATIVA Disciplina: Sementes Florestais Discente: Gustavo Rodrigues Jardim Diante ao conteúdo abordado em aula, descreva com suas palavras todo o processo de fecundação e formação da semente. Peço que deixe bem claro as funções de cada parte envolvida no processo. Para entender todo o processo de fecundação e formação é necessária saber onde se inicia, o processo de reprodução das plantas se inicia com a transição de fases da vegetativa para a reprodutiva, essa transição de fases se dá quando ocorre mudanças na atividade das gemas apicais e laterais, esse processo é chamado de florescimento. Ao se iniciar o florescimento os meristemas reprodutivos das plantas apresentam características morfológicas e anatômicas semelhantes as dos vegetativos, e com a evolução do processo vão se diferenciando tornando possível a identificação das partes da flor. A gema axilar precisa estar em condições favoráveis para assim vir a se tornar uma flor e posteriormente um fruto e semente. A flor é originada nas axilas das folhas e suas partes são adaptadas para a formação e desenvolvimento de células reprodutivas. A flor é composta por estruturas de sustentação no caso o pedicelo e o receptáculo, o pedicelo tem a função de levar água e nutrientes a flor o receptáculo é onde todas as estruturas da flor se ligam, masculinas e femininas. A parte masculina da flor denominada androceu é constituído por anteras e filetes já a parte feminina denominada de gineceu é composta por estigma, estilete, ovário e ovulo, as demais estruturas sépalas, pétalas corola, são estruturas polinizadores com a função de chamar a atenção de insetos polinizadores. Figura 1: Estruturas constituintes da flor Grão de Pólen Aparelho reprodutor masculino denominando androceu sendo constituído pelo conjunto de estames, estrutura que carrega o pólen, nesse local é produzido os grãos de pólen que em seu interior apresentam o gametófito masculino, outra estrutura presente no androceu é a anteras, a antera é a parte fértil e é nela que se encontra a célula mãe que está dentro dos sacos polínicos. A estrutura do grão de pólen é composta por parede interna também conhecida com intina e parede externa ou exina. A intina é constituída por celulose e pectina. A exina é composta por esporopolenina que é o equivalente a uma barreira. É de responsabilidade do grão de pólen a formação do tubo polínico, gametófito masculino no início da fecundação. Saco embrionário O aparelho reprodutor feminino denominado como gineceu é o conjunto de carpelos ou pistilos da flor é nele que se encontra o gametófito feminino, formado por estigma, estilete, ovário e ovulo. Estigma é a parte superior do gineceu, já o estilete é o tubo que liga o estigma ao ovário, que se encontra na parte inferior, sendo dilatado e oco e será nesse local que os óculos iram se originar. Os óvulos possuem um pedúnculo que tem por função o unir ao ovário, este pedúnculo é conhecido como funículo e está localizado no hilo. O ovulo possui integumentos protetores denominados de primina e secundina, entre esse integumentos se encontra um poro conhecido como micrópila. Dentro dos integumentos se encontram o megaesporângio (megaesporócito 2n) e nele se encontra possui uma célula volumosa chamada célula-mãe do megásporo, célula que se divide por meiose para formar quatro megásporo fértil, já o megásporo germina por meio de mitose do seu núcleo. Ocorrem 3 mitoses em sequência que acarretam a formação de 7 células, que assim iram organizar o saco embrionário que é gametófito feminino, dentro do saco embrionário se encontra a oosfera que é o gameta feminino, ao seu lado existem duas células chamadas de sinérges, sem sentido oposto a oosfera estão localizadas 3 células conhecidas como antípodas, e no centro do saco embrionário existe um citoplasma de 2 núcleos chamados de núcleos polares ou célula 2n. Figura 2: Estrutura do Saco embrionário Após a flor formada o passo seguinte para o processo de fecundação e formação das sementes é a polinização. A polinização é o encontro das partes masculina e feminina da flor, é o processo de processo de transferência de grãos de pólen das anteras de uma flor para o estigma da mesma flor ou de uma flor da mesma espécie, esse processo de polinização pode acontecer por meio de fatores bióticos (por intermédio de seres vivos) ou abióticos ( fatores do ambiente), os fatores são denominados como, anemofilia (vento), hidrofilia (água), entomifilia (insetos) , ornitofilia (aves), quiropterofilia (morcegos). A polinização pode acontecer de maneira direta, quando ocorre a autopolinização (grão de pólen cai diretamente no estigma da própria flor) quando ocorre a autopolinização os indivíduos gerados são homozigotos o que não é muito bom para sobrevivência dos indivíduos gerados, com isso existem mecanismo para impedir esta autofecundação. A forma indireta da autofecundação ocorre quando o pólen é transportado da antera da flor até o estigma de outra flor, essa flor poderá estar na mesma planta ou em outra planta assim seria chamado de polinização cruzada. Ocorrida a polinização acontecera a fecundação, a polinização é o primeiro passo para a fecundação, a fecundação é a entrada em contado do grão de pólen com o estigma da flor, ou seja a alocação do grão de pólen no estigma da flor. A parte externa do pólen possui exina que facilita a aderência do órgão reprodutor feminino e também oferece proteção e resistência ao grão de pólen, já o estigma possui em sua composição uma substância viscosa facilitadora a recepção e adesão do pólen, após estabelecido o contato e adesão do grão de pólen no gineceu, a intina promove o desenvolvimento de um tubo polínico com isso a parede interna se expande através de um dos poros do pólen e assim dando forma e recobrindo o tubo que se desenvolve por todo o estilete, atravessando a micrópila e chega ao óvulo. A célula vegetativa ocupa grande parte do grão a maior parte e esta age degradando outras estruturas celulares do estilete para assim dar espaço para a formação do tubo polínico. Com a expansão do tubo sua extremidade e norteado pelo núcleo da célula vegetativa, as células sinérgides que estão no saco embrionário, irão agir atraindo-o quimicamente e por consequência, irá direcionar as células ali presentes até o óvulo, as células sinérgides também são responsáveis por romper a extremidade do tubo polínico propiciando o contato entre as células reprodutivas presentes nela e no saco embrionário. Outras células situadas no saco embrionário são as antípodas e estão localizadas em sentido oposto a micrópila e tem por função o fornecimento de nutrientes para bancar gastos ocorridos durante os processos biológicos que envolvem o gametófito feminino. Já no interior do tubo polínico a célula germinativa irá se dividir por mitose e citocinese originando 2 células espermáticas, que são consideradas os gametas masculinos, ocorrido todo esse processo e perante o contato das células reprodutivas masculinas com o óvulo, um dos núcleos espermáticos fertilizara a oosfera formando assim um zigoto diploide, já o outro irá se fundir com os núcleos polares do saco embrionário formando uma célula triploide. Realizada a dupla fecundação, o zigoto irá dar origem a plântula, já a célula triploide dá origem ao endosperma. Posteriormente ao processo o óvulo fecundado desenvolvera uma semente e o ovário desenvolvera um fruto. A semente gerada é protegida pelo fruto que possui tegumento, endosperma e embrião. O tegumento é a camada externa, originada a partir dos envoltórios do óvulo, que confere proteção e atua como reguladora de trocas gasosas e da germinação. Se o fruto se desenvolver a partir de outra estrutura que não seja o ovário maduro irá se originar um pseudofruto..