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Antropologia Cultural---------------------------jorge

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Fátima Odete
Jorge Luís Daniel
Lurdes de Lemos Severino
Silvina Salomão Bila
Yoca Samantha Pedro Cadapita
Lobolo em Moçambique
	Trabalho de caractér avaliativo da cadeira de Antropologia Cultural, curso Psicologia Educacional, curso diurno, 2º ano, turma única, lecionada pelo docente:
dr : Luís Herinques Namwuera
Universidade Pedagógica
Nampula
2012
Índice
Introdução	3
Breve resenha histórica	4
Conceito de Lobolo	5
Factores do lobolo	5
Funções do Lobolo	6
Regiões que aderem mais ao lobolo	7
Objectivos de Lobolo	7
Regras de Realização da Cerimônia	8
O Lobolo e a sua Devolução	9
Algumas modificações contemporâneas do lobolo	10
Conclusão	11
Bibliografia	11
12
Introdução
O presente trabalho que tem como enfoque “Lobolo em Moçambique”, foi realizado a partir de várias pesquisas bibliográficas, com objectivo de descortinar esse tema que ainda constitui um grande assunto de debate, ou seja, a o interesse é basicamente procurar o que vem a ser de verdade o lobolo concretamente em Moçambique, visto que esse dilema não é somente registado em Moçambique mas sim, na maior parte dos países africanos. 
Assim sendo, o trabalho traz conhecimentos básicos e sobre o lobolo, com intuito de esclarecer as seguintes curiosidades: para que serve o lobolo (para que fins se realiza o lobolo), como se realiza o lobolo, implicações sociais (que impacto tem o lobolo a vista dos moçambicanos) onde é que o lobolo é praticado com mais frequência, suas regras, consequências drásticas e até mesmo fatais que o lobolo pode trazer caso estas regras não sejam cumpridas à risca, ou seja, os conflitos que são causados pelo lobolo e muito mais. 
Deste modo o trabalho ilustra a seguinte estrutura: 
· Breve resenha histórica
· Conceito de Lobolo
· Funções do Lobolo
· Regiões que aderem mais ao lobolo
· Objectivos de Lobolo
· Algumas modificações contemporâneas do lobolo.
Breve resenha histórica
Granjo afirmara que a antropologia é, de entre os saberes sociais academicamente reconhecidos, aquele em que existe maior grau de liberdade teórica e consequente liberdade de práticas de investigação (2001: 42) e Geertz (1997) também afirmara antes que não há disciplina mais favorável a nova tendências do pensamento do que a antropologia.
Ao longo do tempo, o lobolo em Moçambique foi sendo apresentado na literatura ora como prática retrógrada a eliminar, ora como prática e expressão cultural imaculada, parada no tempo e resistente a qualquer alteração, ora como instrumento de subjugação da mulher dentro do lar (Agadjanian, 1999; Osório e Arthur, 200), e ainda como cerimónia com função integradora da sociedade.
Durante esta cermónia de Lobolo, o noivo vem trazer presentes aos pais da noiva para poder levá-la com ele. O Lobolo é como um registo de casamento; antigamente sem lobolo o casamento não era legítimo. Quando um casal se separa os pais da noiva devem devolver o Lobolo pago pela filha. O significado do Lobolo vai mudando com o tempo… Ate os presentes que o noivo tem de dar vão mudando.
Primeiro era preciso oferecer esteiras e objectos de vime. Depois foram os grandes anéis de ferro ou de cobre ou então as missangas grandes que se arranjavam junto dos marinheiros. Um chefe pagava com dez punhados de missangas e um súbdito pagava cinco punhados de missangas. Mas os pais começaram a exigir o pagamento em bois; só que, por causa das guerras com os zulos e outras guerras, os bois começaram a desaparecer. Assim em 1840 e até 1860 os bois foram substituídos por enxadas e consequentemente o preço de lobolo passou a ser 10 enxadas. 
Os comerciantes portugueses costumavam pagar 20 a 50 enxadas, e às vezes mais, por um dente de elefante. Em 1870 as enxadas foram substituídas por libras. Isto aconteceu porque foram muitos homens foram trabalhar para a África do Sul, no Transval, nas minas.
Então estabeleceu-se que o lobolo era 10 libras e 10 xelins. Mas esta quantia subiu para 20 libras para uma rapariga do povo e 30 libras se a rapariga era filha de um chefe. Um homem branco ou indiano podia pagar só 10 libras. Dizia-se que a mulher ia ser mais bem tratada e alimentada! Além disso era considerado um casamento temporário porque, um dia, o marido ia voltar à sua terra. Assim a mulher ia voltar à sua família.
Conceito de Lobolo
NUNES, 2007). Lobolo: 
“é uma cerimónia em que a linhagem de origem de uma mulher é cerimonial e economicamente compensada pela passagem dos direitos sobre os eventuais descendentes dessa mulher para a linhagem do marido, pelo que os filhos dela passarão a ter plenos direitos de pertença à linhagem paterna. “
Alguns autores (ex: Cipire, 1996) consideram que no sistema patrilinear o lobolo é encarado como uma troca de serviços entre duas famílias pertencentes a clãs diferentes. 
De acordo com Cipire (1996: 58),
 “A origem do lobolo o valor que em África é dado à mulher. Antigamente o pagamento ao responsável pela jovem (o pai, o tio, o irmão) era uma forma de agradecer a família da esposa a honra dada ao rapaz e, além de ser uma forma de informar aos espíritos dos antepassados que a jovem ia sair da casa paterna.”
(Casqueiro citado por Cipire, 1996: 60). Considera-se também que o lobolo :
“Serve de mecanismo protector da mulher e dos seus filhos em caso de uma fatalidade que a deixe sem recursos. A mulher lobolada e com filhos, em caso da morte do marido, passa a ser um encargo da povoação onde vive, isto é, sente-se protegida e para ela a situação do lobolo é um amparo nas contingências da vida”
Factores do lobolo
O lobolo possui os seguintes factores na sociedade:
Factores económicos 
No lobolo, a mulher esta na berlinda, não é qualquer que a conquista, mas sim o que dispõe de poderes ou meios para o e poder fazer.
“Sendo a mulher considerada um valor pelos serviços que presta na povoação em que vive, se acaso ela sai da sua povoação, esta perde esse valor. Assim, é quando a mulher se casa, a qual tendo de acompanhar o marido abandona a sua povoação perde este valor e em seu lugar fica o lobolo que pode ser em dinheiro ou em vacas”. MECHTILD V.B. CASQUEIRO apud FELIZARDO CIPIRE (1996).
Factores Morais
 Organizado o novo lar, os filhos que representam novos lobolos, são tratados com mais carinhos, e recebem mais cuidados da assistência, o que vai implicar na moral da futura mulher.	 E a rapariga lobolada é fiscalizada. Há pois moralidade.
Factor Social
A mulher lobolada e com filhos, em caso da morte do marido, passa a ser um encargo da população onde vive, isto é, sente-se protegida e para ela a situação do lobolo é um amparo, nas contingências da vida. MECHTILD VON BOSSE CASQUEIRO, pag. 3 apud FELIZARDO CIPIRE (1996).
O lobolo é considerado tradicionalmente como de relevada importância principalmente para os aspectos sociais, legais e económicos do casamento. 
Funções do Lobolo
O lobolo possuía as seguintes funções:
· Em primeiro lugar representava uma compensação (no sentido lato) e não um “dote” nem um “preço de compra”, como de forma errada alguns o têm considerado.
· Em segundo lugar legalizava a transferência da capacidade reprodutora da mulher para o grupo familiar do marido, de que passava a fazer parte.
· Em terceiro lugar dava carácter legal e estabilidade à união matrimonial.
· Em quarto lugar tornava o marido e respectiva família responsáveis pela manutenção e bem-estar da mulher lobolada (esposa). 
· Em quinto lugar legitimava os filhos gerados, que se consideravam sempre como pertencentes à família que havia pago o lobolo.
· Em sexto lugar constituía um meio de aquisição de outra unidade reprodutora para o grupo enfraquecido (Rita - Ferreira, 1967/68: 292).
Rita - Ferreira (1967/68) faz referência a três outros detalhes que, segundo ele, revelavam o carácter do lobolo: a) – a orientação que pendia sobre o grupo familiar da mulher de apresentar uma substituta no caso de comprovada esterilidade da lobolada; b) – a obrigação dos irmãos mais velhos ajudar os mais novos na obtenção do lobolo; c) – a continuação da viúva no grupo familiar do marido(p. 292). Deste modo, ao casar-se, a mulher tornava-se mais do que esposa de determinado indivíduo. Tornava-se membro da família do marido.
Regiões que aderem mais ao lobolo
Rita-Ferreira (1967/68) afirma que no sul do Save o casamento é uma questão privada entre dois grupos, concluída sem intervenção das autoridades políticas ou religiosas. O seu fim era a produção de novos indivíduos que, no futuro, assegurassem a sobrevivência do grupo como um corpo organizado. As negociações são levadas a efeito entre as famílias interessadas e o consentimento dos noivos é pressuposto. Considerava-se, por conseguinte, como uma troca de serviços entre duas famílias pertencentes a clãs diferentes: uma delas cedia à outra a capacidade procriadora de um dos seus membros e, para ser compensada pela perda, recebia determinados bens (lobolo) que normalmente eram destinados à aquisição duma noiva para um dos irmãos da recém-casada (p.291-292). 
Objectivos de Lobolo
A realização da cerimónia “lobolo” não resultava apenas das motivações do casal, mas da conjugação dos interesses de três grupos diferentes, movidos por objectivos também eles diferentes, que são:
· Para a família do noivo, realizar o lobolo era, antes de mais, uma questão de honra. Tratava-se de deixar de estar em falta numa situação considerada irregular e de dívida uma dívida que atingia toda a família.
· A família da noiva, pretendendo regularizar a situação matrimonial dela, expressava como razão principal desse desejo a necessidade de apaziguar os antepassados, de forma a assegurar a sua protecção.
· Os noivos, sendo embora sensíveis às preocupações das respectivas famílias, tinham uma motivação conjunta e específica, sua enquanto casal. Essa motivação era ultrapassar dificuldades conjugais por si sentidas.
· Estas motivações mostram mais uma vez o carácter de “situação social” em que se jogou estrategicamente a dignificação de todas as partes envolvidas (os noivos, a família do noivo e a família da noiva). Manipulando regras, procedendo a reajustes sociais, o objectivo fundamental era o de criar alternativas viáveis de manutenção de um status definido.
· Granjo faz referência a três particularidades que destacam o casamento (lobolo) analisado de um hipotético “lobolo típico”, a saber:
· A utilização de «notas grandes» para pagar. Inovação que, segundo o autor, acaba por enfraquecer um pouco a habitual retórica cénica da cerimónia, que tende a enfatizar a dificuldade em reunir a soma exigida – soma que dessa maneira é valorizada, valorizando com isso a noiva.
· A profusão de orações a Deus ocorrida durante a cerimónia. O autor afirma ter sido “surpreendido” por orações a Deus em vários momentos da cerimónia.
· As variações que foram impostas à cerimónia pelo facto de a mãe da noiva não ter sido lobolada.
· Outro elemento importante referir é o facto de que “o esposo não mantém amantes, o que é um facto razoavelmente raro”. Isto leva à constatação de que “trata-se de um casal com uma relação conjugal bastante inovadora face ao quadro habitual no seu contexto”. 
· O costume é tão enraizado no costume moçambicano que o governo, há alguns anos, aprovou o simples acto de realizar o lobolo como prova de casamento – já que muitos casais só realizam a tradição e não se registam civilmente. 
Regras de Realização da Cerimónia
A tradição diz que o noivo deve pagar o preço pela mulher – que varia dependendo da região e dependendo também de se ela é virgem ou não e da idade da noiva, e esperar por uma reunião entre os pais dos dois. Essas reuniões, às vezes podem durar um dia inteiro, em que há muita discussão. No fim, os dois são chamados à casa do pai da noiva, que é quem dá o veredicto final sobre o casamento. (Ah, o dinheiro não é reembolsável!). Em algumas províncias, no entanto, o processo é o oposto, e é a noiva que paga pelo noivo.
O Lobolo e a sua Devolução
Se vê, pois, que em Moçambique existiam dois sistemas familiares, o matriarcal e o patriarcal, sendo que o “lobolo”, o pagamento de uma compensação pela saída de uma filha do convívio da família, só acontecia  na família patrilinear, porquanto na matrilinear era o homem que passava a conviver na casa da família da mulher, ajudando nos serviços para a manutenção da própria  família: tomar conta do gado, se houvesse, arrumar madeira, etc.
O “lobolo”, valor pago pelo pretendente a marido, não pertencia à jovem que iria casar, ficava pertencendo à sua família, e seria utilizado pelo pai, caso ele tivesse filhos homens, na compra da mulher para este, somente não existindo filho varão o “lobolo” ficaria pertencendo ao pai.
De acordo com Gonçalves Cota, (1944:227) houve casos em que os pais não respeitaram esta regra e com o dinheiro do “lobolo” da filha compraram uma nova mulher para si próprios.
O pagamento do “lobolo” gerava uma série de consequências, que incluía a devolução do mesmo em diversos casos:
 De acordo com JEFFREYS (1951:53) 
“É o preço da criança e não o da mulher, pois, segundo ele com o pagamento do “lobolo” o marido adquire o direito de ficar com os filhos: “a criança torna-se sua quando ele paga para transferir o seu “status” de membro do grupo da mãe para o seu próprio”.
Nos casos de adultério, que somente poderia ser praticado pela mulher, dado que o homem  era polígamo,  se fazia necessário a devolução do “lobolo”, fosse qual fosse o tempo que durou o casamento. Os pais da mulher, ou os seus sucessores, tinham de devolver o preço pago por ela, ficando os filhos, havidos no período do casamento, com o homem.
Nos casos de abandono do lar, também, o “lobolo” era devolvido, e, em havendo filhos, estes podiam ser requisitados pelo marido.
Em todos os demais casos acima indicados, o “lobolo” tinha de ser devolvido, e se isto não acontecia, os pais da mulher tinham que fazê-la voltar a viver com o “marido”, ou eram obrigados a dar outra filha ao homem,  muito particularmente, nos casos de não procriação, ou seja, o comprador da mulher tinha que ter a sua mercadoria à disposição. Observe-se que o importante não era a mulher em si, e sim a satisfação do homem que a adquiriu.
Algumas modificações contemporâneas do lobolo
Rita-Ferreira (op. cit. 293) faz notar também que o lobolo sofreu algumas modificações. As regras da economia monetária degradaram as relações entre os indivíduos e entre os grupos familiares. Onde outrora se processava uma repartição que o autor considera coerente de mulheres e de alianças, passaram a surgir competições e ganâncias onde só entra o factor material. Este autor notou já na altura em que fez o inquérito (publicado em 1967/68), que a procriação, que permitia ao homem realizar-se orgulhosamente como genitor, continuava a ser a finalidade principal do casamento, e que a criança mantinha-se no âmago da sociedade. Afirmava-se já uma crescente espontaneidade na selecção sexual, sendo frouxamente respeitada a autoridade e a opinião dos parentes. Este incremento das tendências individualistas, acelerado pelo facto de os jovens dependerem pouco do auxílio dos parentes para conseguir a importância necessária ao lobolo, não deixava, por vezes, de dar origem a conflitos.
O lobolo deixou de ser considerado como meio de aquisição de uma mulher para o irmão da noiva e, por pressão da economia monetária, passou a ser pago predominantemente em dinheiro, que é dispendido do mesmo modo que o obtido com os salários ou a venda de produtos agrícolas. Ao lobolo passou a ser dada uma utilização meramente especulativa, ansiando os pais, por pura avidez de lucro, exigir importâncias maiores.
Hoje, para além de continuar a ser exigido não só pelos pais devido aos lucros que auferem mas também pelas mulheres que o julgam como factor de protecção e como uma afirmação do seu valor pessoal, o lobolo é também desejado pela maioria dos homens que o consideram como prova indiscutível dos seus direitos sobre as mulheres e sobre os filhos gerados. 
Conclusão
No fim deste trabalho, que resulta de uma árdua pesquisa bibliográfica, com objectivo de trazer ao conhecimento a essência do termo“lobolo”. O grupo vem dar a conhecer a seguinte conclusão, o lobolo é uma cerimónia que em muitas regiões moçambicanas tem o mesmo valor 
Ao contrário do que muita gente pensa o lobolo não é somente uma forma de pagamento do dote ou da esposa (pagamento de uma mulher) para tela como se fosse a sua escrava. Ele é concebido como uma tradição e regra cultural, dentro deste vínculo existem muitas exigências tanto para o homem como para a mulher. O valor pago pelo dote é um símbolo de agradecimento aos pais da noiva e ainda a legitimação da posse dos filhos gerados no casamento caso existam, ou seja, os filhos passam a pertencer a família paternal. 
Para a realização deste ate aos dias de hoje é necessário que as duas famílias entrem em concordância e os próprios noivos. Acerca de todos detalhes de cerimónia e ainda as condições monitorias necessárias para a sua efectivação.
Em fim, o lobolo não é exactamente um negócio, é uma cerimónia tradicionalmente como forma de legitimar a união matrimonial de um homem e uma mulher, que por tanto ser efectivado pela população chegou a ser aprovado pelo governo, tendo ele o mesmo valor de um casamento civil, razão pela qual ele tem as suas regras, exigências, e condições tradicionalmente (inculturação). 
 
Bibliografia
NUNES, Rossano Carvalho. Anthopology – Instituto Grupo Veritas de Pesquisas em História e Antropologia.2007.
GRANJO, Paulo. Lobolo em Maputo – um velho idioma para novas vivências conjugais.
CIPIRE, Felizardo, A educação tradicional em Moçambique, 2ª edição, Maputo, 1996
www.google.com O Lobolo em Moçambique. Acessado no dia 18/10/2012 pelas 10h:15min.

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