RESUMO - USUFRUTO PARTE INICIAL

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Usufruto – parte inicial
Artigos: 1390 a 1411 
∘ CONCEITO: 
É um direito real de gozo e fruição. O usufrutuário 
usa e frui da coisa alheia. 
O nu proprietário está desprovido dos poderes 
perante à coletividade, devido ao usufruto, por isso 
não é reconhecido como proprietário. 
∘ DAS PARTES 
USUFRUTUÁRIO: Quem tem o direito de fruir (gozar) 
e usar (utilizar) do bem alheio. Esse direito forma o 
domínio útil. 
NU PROPRIETÁRIO: Tem os atributos de reivindicar 
(ou buscar) e dispor (ou alienar) a coisa. Assim 
chamado por não ter todos os poderes em suas 
mãos. 
 
 
 
 
↳ Perguntas referentes ao usufruto: 
1) Pode ser de bem móvel e imóvel? Sim, 
ambos. 
2) O nu proprietário pode locar o imóvel objeto 
do usufruto? Não, somente o usufrutuário, 
que tem os poderes de gozar e fruir. 
3) O nu proprietário pode usar a coisa? Não, só 
o usufrutuário. 
4) O usufrutuário pode vender o bem? Não, 
somente o nu proprietário por ter o poder de 
dispor. 
5) Quem pode ingressar com ação 
reivindicatória da coisa em usufruto? 
Somente o nu proprietário pelo poder de 
reivindicar. Porém, há julgados que 
reconhecem a legitimidade do usufrutuário 
para a ação petitória. (STJ, REsp 
1.202.843/PR, 3ª turma) 
6) Quem pode ingressar com ação possessória 
relativa ao bem? Ambos, pois são 
possuidores, usufrutuário possuidor direto; 
nu proprietário indireto. 
 ⤿ Art: 1.390 e 1.391: O usufruto pode recair 
sobre mais de um bem, patrimônio inteiro ou em 
parte, abrangendo num todo ou em parte os frutos 
e utilidades. Quando não for por usucapião deve 
ser registrado em Cartório RGI. 
⤿ Definições: 
DA ORIGEM: 
 Usufruto legal: Decorre da lei e não das partes, 
não precisa de RGI. Exemplo: Usufruto dos pais 
sobre os bens dos filhos menores (art. 1689, I, CC), 
usufruto em favor do cônjuge que estiver na posso 
dos bens particulares do outro (art. 1652, I, cc) 
 Usufruto convencional: Decorre do exercício 
da autonomia privada, por testamento ou contrato; 
 Por alienação: Nu proprietário reserva o direito 
para si a propriedade. 
FRUIR 
USAR 
DISPOR
 
BUSCAR 
USUFRUTUÁRIO NU PROPRIETÁRIO 
 
Por deducto: O nu proprietário reserva para si o 
usufruto. 
 Usufruto misto: Por usucapião. 
 Usufruto judicial: arts. 867 a 869 CPC, hoje em 
dia se fale em penhora ded frutos e rendimentos da 
coisa. 
DA EXTENSÃO: 
 Usufruto total; abrange todos os acessórios da 
coisa (art. 1392, cc) 
 Usufruto Parcial: Tem se conteúdo delimitado 
na instituição. 
DA DURAÇÃO: 
 Usufruto Temporário: Quando na instituição já 
estabelece a duração (art. 1410, II, CC) 
 Usufruto vitalício: Estipulado a favor de pessoa 
natural, sem previsão, se extingue com a morte do 
usufrutuário. 
⤷ 3 características inerentes ao Usufruto: 
⤿ Essencialmente temporal: Mesmo quando não 
tratar da duração ele é temporário para a pessoa 
jurídica com máximo de 30 anos e pessoa física é o 
óbito do usufrutuário (art. 1410, II e III). 
⤿ Personalíssimo: Não existe herança de usufruto, 
somente de propriedade. Da pessoa física ele se 
extingue com a morte. 
⤿ Inalienável: O usufrutuário não pode vender/ doar 
seu direito real. Há a possibilidade de renúncia no 
art. 1410, I, cc. O nu proprietário pode alienar ou 
transferir a posse direta desde que não atrapalhe o 
direito de usufruto. 
Dos artigos da lei dessa parte inicial: 
TÍTULO VI 
Do Usufruto 
CAPÍTULO I 
Disposições Gerais 
Art. 1.390. O usufruto pode recair em um ou 
mais bens, móveis ou imóveis, em um patrimônio 
inteiro, ou parte deste, abrangendo-lhe, no todo ou 
em parte, os frutos e utilidades. 
Art. 1.391. O usufruto de imóveis, quando não 
resulte de usucapião, constituir-se-á mediante 
registro no Cartório de Registro de Imóveis. 
Art. 1.392. Salvo disposição em contrário, o 
usufruto estende-se aos acessórios da coisa e seus 
acrescidos. 
§ 1 o Se, entre os acessórios e os acrescidos, 
houver coisas consumíveis, terá o usufrutuário o 
dever de restituir, findo o usufruto, as que ainda 
houver e, das outras, o equivalente em gênero, 
qualidade e quantidade, ou, não sendo possível, o 
seu valor, estimado ao tempo da restituição. 
§ 2 o Se há no prédio em que recai o usufruto 
florestas ou os recursos minerais a que se refere o 
art. 1.230, devem o dono e o usufrutuário prefixar-
lhe a extensão do gozo e a maneira de exploração. 
§ 3 o Se o usufruto recai sobre universalidade 
ou quota-parte de bens, o usufrutuário tem direito à 
parte do tesouro achado por outrem, e ao preço pago 
pelo vizinho do prédio usufruído, para obter meação 
em parede, cerca, muro, vala ou valado. 
Art. 1.393. Não se pode transferir o usufruto por 
alienação; mas o seu exercício pode ceder-se por 
título gratuito ou oneroso.