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Unidade do centro cirúrgico

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Unidade do centro cirúrgico:
É definida como conjunto de elementos destinados à atividade cirúrgica e à recuperação anestésica, localizado dentro de uma estrutura hospitalar.
Centro cirúrgico (CC): é definida como um conjunto de elementos destinados à atividade cirúrgica e á recuperação anestésica. É um dos sistemas mais importantes do hospital, além da infraestrutura, recursos materiais e humanos é preciso integração entre todas as áreas do hospital para par um funcionamento eficiente eficaz. 
Todo centro cirúrgico precisa ter: 
· Prestar assistência integral ao paciente cirúrgico em todo período perioperatório;
· Realizar intervenções cirúrgicas e encaminhar o paciente à unidade, na melhor condição possível de integridade;
· Proporcionar recursos humanos e materiais para que o procedimento anestésico cirúrgico seja realizado em condições e técnicas assépticas ideias;
· Favorecer o ensino e servir como campo de estágio para formação e aprimoramento de recursos humanos;
· Desenvolver programas e projetos de pesquisa voltados para o progresso científico e tecnológico.
Meta: Ambiente terapêutico.
O enfermeiro deve elaborar um plano de cuidados identificando questões peculiares de cada paciente.
CC Ambulatorial: Estrutura mais simples, destinada ao público externo (onde a pessoa não precisa submeter a uma internação), pensando na redução de infecções, e o alto custo das internações hospitalares, os centros cirúrgicos de características ambulatoriais tornam-se mais populares. (Ex.: Blefaroplastia, amigdalectomia, prostectomia, curetagem uterina, vasectomia e cistoscopia.)
	Vantagens: Redução de custos, redução do afastamento familiar, da escola e do trabalho, menor interferência na rotina diária, menos índice de infecção.
	Desvantagem: Redução da relação cliente X profissional (menor vínculo), cuidados pós sendo realizados por pessoas despreparadas e maior ônus do paciente referente a mat/med.
UNIDADE TIPO I: Consultório médico independente de hospital, onde podem ser realizados procedimentos clínicos ou diagnósticos sob anestesia local, sem sedação e sem necessidade de internação. (independente de hospital)
UNIDADE TIPO II: Estabelecimento de saúde independente, destinado à realização de procedimentos clínicos e cirúrgicos de pequeno e médio porte, com condições para internação de curta permanência em salas de cirurgias adequadas, deve ter sala de recuperação ou observação. Procedimentos sob anestesia locorregional. Deve ter hospital de apoio no caso de necessidade de internação. (anestesia local, precisa de um hospital de apoio)
UNIDADE TIPO III: Estabelecimento de saúde independente, destinado à realização de procedimentos clínicos e cirúrgicos com internação de curta permanência, em salas de cirurgias adequadas, Procedimentos sob anestesia locorregional, com ou sem sedação e anestesia geral com agentes de eliminação rápida. Previsão de internação máx 24h. Deve ter hospital de apoio no caso de necessidade de internação prolongada. (anestesia local, sedação ou não, ter um hospital de apoio)
UNIDADE TIPO IV: Unidade anexada a um hospital que realiza procedimentos cirúrgicos. Características semelhantes a unidade III. (anexado dentro do hospital, realiza todos de natureza da unidade III)
TODA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR DEVE TER A APROVAÇÃO DE FUNCIONAMENTO JUNTO À VIGILÂNCIA SANITÁRIA LOCAL COM A DECLARAÇÃO DAS ATIVIDADES, DAS INSTITUIÇÕES, DOS RECURSOS E DOS EQUIPAMENTOS EM ACORDO COM AS NORMAS ESTABELECIDAS. QUALQUER MODIFICAÇÃO OU ALTERAÇÃO NA PLANTA FÍSICA DO HOSPITAL E EM ESPECIAL NO CC DEVE SER COMUNICADO A VIGILÂNCIA SANITÁRIA LOCAL.
*************Conhecer a finalidade de cada elemento que compões as áreas, características arquitetônicas e de Bioengenharia pertinentes a elas, as quais são previstas na legislação vigente (RDC n.50/2002 – regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde trás as estruturas físicas do Centro Cirúrgico e RDC n.307/2002 – regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde ) para embasar assistência perioperatória e proporcionar um ambiente seguro para os pacientes e profissionais que atuam no setor.
Área crítica: Ambientes onde existe maior probabilidade de infecção, onde se realizam procedimentos.
Área semi-crítica: Todos os compartimentos ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não infecciosas. 
Área não crítica: Demais compartimentos não ocupados por pacientes, onde não se realizam procedimentos de risco.
Area critica tem uma planta física especifica, dentro desse setor tem uma divisão de área irrestrita (circulação livre de pessoas), semi restrita (precisa ta de uniforme, circulação reduzida, pessoas ligadas ao setor), restrita (precisa ta de uniforme, um ambiente privativo)
Planta Física: A planta física do setor tem de proporcionar barreiras que minimizem a entrada de microrganismos e por ser um local crítico (risco de infecção) delimitam-se três áreas para a movimentação de pacientes e da equipe -> fluxo do trabalho.
Áreas irrestritas: Circulação livre de pessoas sem necessidade de cuidados ou roupas especiais. Ex.: Elevadores, vestiários, corredores.
Áreas semirrestritas: Circulação de pessoas e de equipamentos de modo que não interfira no controle e na manutenção da assepsia cirúrgica. Uso de uniforme privativo e de propés. Ex.: Secretarias, salas de conforto e de guarda de equipamentos.
Áreas restritas: Limites definidos para circulação de pessoas e equipamentos, onde emprega-se rotinas próprias para controlar e manter assepsia local. Além de uniforme privativo é necessário o uso de máscaras que cubram boca e nariz. Ex.: salas cirúrgicas, antessalas, lavabos e corredores internos.
ÁREA RESTRITA OU ZONA ESTÉRIL ACESSO APENAS PELOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS DIRETAMENTE NO PROCEDIMENTO ANESTÉSICO-CIRÚRGICO VESTIDOS COM ROUPA PRIVATIVA, GORRO, PROPÉ E MÁSCARA. 
LAVABOS: Estar o mais próximo possível às SO e ser exclusivos para higienização das mãos e eliminação de germes de mãos e antebraços, com pia de profundidade suficiente para realização da degermação sem contato com torneiras e bordas. Quanto às dimensões, quando com torneira única deve ter 50 cm de largura, 100cm de comprimento e 50 cm de profundidade, a cada torneira inserida é necessário acrescentar 80 cm ao comprimento do espaço. Devem conter torneiras e dispensadores de sabão que com comando que não seja utilizado através das mãos. Na maioria dos CC o lavabo localiza-se no corredor interno.
• SALAS DE OPERAÇÕES (SO): Destinadas a realização do procedimento anestésico-cirúrgico propriamente dito, têm dimensões variadas dependendo das especialidades às quais se destinam. Com os avanços tecnológicos na robótica e realização de procedimentos minimamente invasivos as SO precisam possuir dimensões adequadas para acomodar tais equipamentos. Quanto ao tamanho podem ser de pequeno porte (cirurgias oftálmicas e endoscópicas), médio porte (cirurgias gerais, ginecológicas, do sistema digestório, respiratório e infantis) e grande porte (ortopédicas, cardiológicas, transplantes).
Conforme Legislações as instalações mínimas para o CC são: 
· Água fria, água quente, Vapor, Gás combustível; 
· Oxigênio não canalizado ou portátil, Óxido Nitroso; 
· Vácuo clínico canalizado ou portátil; 
· Ar comprimido medicinal canalizado ou portátil, ar comprimido industrial; 
· Ar-condicionado; 
· Coleta e afastamento de efluentes direcionados com tratamento especial; 
· Sistema elétrico de emergência, sistema elétrico diferenciado das demais áreas, exaustão; 
· Em áreas restritas e semirrestritas não deve haver tubulações aparentes nas paredes e no teto. 
Sala de cirurgia: 
· Paredes: Cantos arredondados, revestimento de material resistente, superfície lisa e lavável. 
· Piso: Resistente ao uso de água e desinfetante. Não poroso e de superfície lisa e de fácil limpeza. 
· Janelas: localizadas de forma permitir a entradade luz natural no ambiente, lacrada, vidro fosco e de fácil limpeza. 
· Portas: Devem ser amplas, revestidas de material lavável, providas de visor, cor neutra.
· Instalação elétrica: Localizadas a 1,5m do piso, devendo possuir sistema de aterramento para prevenir choque e queimadura no paciente e equipe. 
· Ventilação: função de exaustão, remoção de odores, calor e gases anestésicos voláteis. Controle bacteriológico. Filtragem do ar; retirada e impedir entrada de partículas contaminantes, troca do ar. 
· Iluminação: Artificial realizada através da luza geral de teto, com lâmpada fluorescente e luz direta. (central, frontal, auxiliar)
Equipamentos fixos: Foco Central, Negatoscópio, Sistema de canalizaçãode ar e gases, suporte fixo de soro, ar condicionados.
Equipamentos móveis: Mesa cirúrgica e acessórios, aparelho de anestesia, mesas auxiliares, bisturi elétrico, Aspirador de secreções, foco auxliar, banco giratório, balde inoxidável, suportes de braço e hamper, escada de dois degraus, aparelhos monitores, carro ou mesa de material estéril, equipamentos de ajuda de posicionamento com coxins, talas e etc.
O CC DEVE TER SISTEMA DE EMERGÊNCIA COM GERADOR PRÓPRIO, CAPAZ DE ASSUMIR AUTOMATICAMENTE O SUPRIMENTO DE ENERGIA EM, NO MÁXIMO 0,5 SEGUNDOS E MANTÊ-LA POR, NO MÍNIMO, 1 HORA. A ROTA DE FUGA PARA EMERGÊNCIA DEVE SER DE CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS E PRECISA ESTAR SINALIZADOS NA DEPENDÊNCIA DO SETOR.
Metas e valores: Compreende a filosofia da instituição e permeia todos os subsistemas, influenciando as ligações e as interações que ocorrem. 
Tecnológico: Baseia-se nas tarefas e é determinado pelos requisitos para execução, representado pelos aspectos físicos (equipamentos, instrumentos, maquinários e dispositivos) e pelo conhecimentos específicos (conjuntos de técnicas de operações utilizadas em CC). 
Estrutural: Divisão de Tarefas em unidades operacionais e a coordenação entre estas unidades, utiliza-se de organogramas, fluxogramas, descrição de cargos e serviço, normas regras, regulamentos e regimentos.
Psicossocial: É constituído de interações, expectativas, aspirações, opiniões e valores das pessoas que fazem parte do sistema. 
Administrativo: Compreende a coordenação de esforços de um grupo de pessoas que, por meio de técnicas específicas, almeja atingir objetivos prefixados. Engloba os processos de tomada de decisão e controle, em uma estrutura de padrões, valores e critérios relevantes.
Hospital: significa aquele que recebe e define o estabelecimento próprio para internação e tratamento de doentes e feridos. Hoje, é considerado como empresa, cuja a principal característica é a prestação de serviços e por isso chamamos “pacientes” atualmente de “clientes”. 
Para o funcionamento da UCC é necessário que esse setor esteja ligado em outros setores do hospital, para que as normas de qualidade determinem um bom resultado final.
Desde a antiguidade as cirurgias são realizadas, claro que não com tanta precisão de cunho científico, sendo formas de tratamento de forma manual e instrumentos. Inicialmente, realizadas nas casas dos “cirurgiões” (não tinham estudo prático para isso), em convés de navio, e nos campos de batalha. 
Os principais desafios enfrentados era a dor, a hemorragia e infecção. A hemorragia era estancada com óleo quente ou ferro em brasa. A infecção passou a ser mais estudada com advento dos antibióticos.
Após muitas descobertas contribuíram para prevenção da infecção, com uso de máscaras e avental cirúrgicos, assim como a higienização das mãos. 1890 foi introduzido o uso de luvas. 1846 descobriu-se a anestesia (possibilidade do controle da dor), utilizando a inalação de éter, foi uma importante evolução.
Evolução histórica das cirurgias em enfermagem: 
Durante toda a história a enfermagem esteve presente. Nos primórdios a enfermagem era responsável pelo ambiente seguro, confortável e limpo para o procedimento. Atualmente além dessas competências há uma necessidade de um conhecimento técnico-científico.
“PACIENTE CIRÚRGICO AQUELE CUJO TRATAMENTO IMPLICA UM ATO CIRÚRGICO”
Uma situação cirúrgica não envolve apenas o ato cirúrgico em si. O enfermeiro desse setor, ele precisa ter um olhar que vai além de todos os processos da cirurgia.
A enfermagem está presente desde a época dos “cirurgiões barbeiros” até os dias de hoje. 
Os pacientes ficam bastantes vulneráveis ao ambiente hospitalar, para prestar uma assistência individualizada ao cliente cirúrgico o profissional de enfermagem deve considera-lo um indivíduo com vulnerabilidades diante dos riscos do procedimento. 
O tratamento cirúrgico pode ser classificado de acordo com o momento operatório, finalidade, risco cardiológico, duração, e potencial contaminação.
Momento Operatório: 
· Cirurgia de EMERGÊNCIA: Intervenção imediata, devido a gravidade. Ex: Hemorragias, ferimento por arma branca ou de fogo.
· Cirurgia de URGÊNCIA: Pode aguardar algumas hora, sendo a pessoa mantida sob avaliação e observação clínica. Ex: Abdome agudo inflamatório.
· Cirurgia ELETIVA: Indicadas para um tratamento de condição clínica que pode ser pré agendado. Ex: Cirurgia de varizes.
Finalidade da cirurgia:
· Cirurgia PALIATIVA: Melhorar as condições clínicas do paciente, contribuindo para qualidade de vida ou alivio da dor. Ex: Simpatectomias.
· Cirurgia RADICAL: Retirada parcial ou total de um órgão ou segmento corporal. Ex. Apendicectomia, mastectomia.
· Cirurgia PLÁSTICA: Finalidade estética ou corretiva. Ex. Blefaroplastia.
· Cirurgia DIAGNÓSTICA: Extração de fragmentos de tecidos para exame microscópico. Ex. Laparoscopia.
Risco Cardiológico: 
· Cirurgia de PEQUENO PORTE: Probabilidade reduzida de perda de fluidos e sangue. Ex. Cirurgias oftálmicas.
· Cirurgia de MÉDIO PORTE: Probabilidade média de perda de fluidos e sangue. Ex. Histerectomia.
· Cirurgia de GRANDE PORTE: Probabilidade grande de perda de fluidos e sangue. Ex. transplante, cirurgia cardíaca.
Duração da cirurgia: 
· Cirurgia de PORTE I: Até duas horas de duração. Ex. Curetagem Uterina e amigdalectomia.
· Cirurgia de PORTE II: De 2 até 4 horas de duração. Ex. Histerectomia.
· Cirurgia de PORTE III: De 4 até 6 horas de duração. Ex. Revascularização do miocárdio.
· Cirurgia de PORTE IV: Ultrapassa 6 horas de duração. Ex. Transplante.
Potencial de contaminação: 
· Cirurgia LIMPA: Realizadas em tecidos estéreis, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local. Ex. Cirurgia cardíaca.
· Cirurgia POTENCIALMENTE CONTAMINADA: Realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana residente pouco numerosa. Ex. Histerectomia.
· Cirurgia CONTAMINADA: Realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana abundante ou que foram traumatizados e abertos recentemente. Ex. Cirurgia dentaria, apendicectomia.
· Cirurgia INFECTADA: Realizada em qualquer tecido ou órgão com processo infeccioso e/ou tecido necrótico. Ex. Amputação de pé diabético, Nefrectomia com infecção.
Na terminologia cirúrgica, os termos são formados por um PREFIXO, que designa a parte do corpo relacionada com a cirurgia, e por um SUFIXO, que indica o ato cirúrgico realizado.
Principais objetivos da terminologias: Fornecer por meio da forma verbal ou escrita uma definição do termo cirúrgico; Descrever os tipos de cirurgia; Preparar os instrumentais e equipamentos cirúrgicos de forma apropriada para cada tipo de cirurgia.
	Prefixo:
· Oto: ouvido;
· Oftalmo: olho;
· Rino: nariz;
· Bléfaro: pálpebra;
· Adeno: glândula;
· Tráqueo: traquéia;
· Gastro: estômago;
· Êntero: intestino delgado;
· Espleno: baço;
· Laparo: parede abdominal;
· Nefro: rim;
· Hístero: útero;
· Colpo: vagina;
· Ósteo: osso;
· Angio: vasos sanguíneos;
· Flebo: veia;
· Cólon: intestino grosso;
· Hepato: fígado;
· Procto: reto e ânus;
	Sufixo:
· Otomia: abertura de um órgão com ou sem dreno;
· Ectomia: remover um órgão;
· Ráfia: suturar ou reparar;
· Pexia: fixação de um órgão;
· Scopia: olhar o interior;
· Centese: punção;
· Dese: fixação;
· Imobilização;
· Lise: dissolução;
· Stasia: detenção;
· Grafia: desenhar, obter;
· Tripsia: esmagamento;
· Síntese: composição;· Punctura: perfuração;
· Cele: hérnia.
TIPOS DE CIRURGIAS TERMINADAS EM ECTOMIA: 
APENDICECTOMIA – RETIRADA CIRÚRGICA DO APÊNDICE VERMIFORME. 
CISTECTOMIA – RETIRADA DA BEXIGA. 
COLECISTECTOMIA – REMOÇÃO CIRÚRGICA DA VESÍCULA BILIAR. 
ESPLENECTOMIA – RETIRADA DO BAÇO. 
GASTRECTOMIA – RETIRADA TOTAL OU PARCIAL DO ESTÔMAGO. 
HEMORROIDECTOMIA – REMOÇÃO DAS HEMORROIDAS. 
HISTERECTOMIA – EXTIRPAÇÃO DO ÚTERO. 
LARINGECTOMIA – EXTIRPAÇÃO DA LARINGE. 
MASTECTOMIA – RETIRADA DA MAMA. 
ORQUIDECTOMIA – RETIRADA DOS TESTÍCULOS. 
PNEUMECTOMIA – REMOÇÃO DOS PULMÕES. 
PROSTATECTOMIA – REMOÇÃO DA PRÓSTATA.
TIPOS DE CIRURGIAS TERMINADAS EM RAFIA (sutura): 
COLPORRAFIA – SUTURA DA VAGINA. 
GASTRORRAFIA – SUTURA DO ESTÔMAGO. 
HERNIORRAFIA – SUTURA DA HÉRNIA. 
PALATORRAFIA OU ESTAFILORRAFIA – SUTURA DA FENDA PALATINA. 
OSTEORRAFIA – SUTURA DO OSSO OU COLOCAÇÃO DE FIO METÁLICO EM OSSO. 
PERINEORRAFIA – SUTURA DO PERÍNEO. 
TENORRAFIA – SUTURA DO TENDÃO. 
TIPOS DE CIRURGIAS TERMINADAS EM PEXIA: 
HISPEROPEXIA – FIXAÇÃO DO ÚTERO NA PAREDE ABDOMINAL OU NA VAGINA. 
NEFROPEXIA – FIXAÇÃO DO RIM NA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR. 
ORQUIDOPEXIA – FIXAÇÃO DO TESTÍCULO NO ESCROTO.
TIPOS DE CIRURGIAS TERMINADAS EM SCOPIA: 
BRONCOSCOPIA – EXAME COM VISÃO DIRETA DOS BRÔNQUIOS. 
CISTOSCOPIA - EXAME COM VISÃO DIRETA DA BEXIGA. 
COLPOSCOPIA - EXAME COM VISÃO DIRETA DA VAGINA. 
ESOFAGOSCOPIA - EXAME COM VISÃO DIRETA DO ESÔFAGO. 
GASTROSCOPIA - EXAME COM VISÃO DIRETA DO ESTÔMAGO. 
LARINGOSCOPIA - EXAME COM VISÃO DIRETA DA LARINGE. 
LAPAROSCOPIA - EXAME COM VISÃO DIRETA DOS ÓRGÃOS ABDOMINAIS. 
URETOSCOPIA - EXAME COM VISÃO DIRETA DA URETRA
TIPOS DE CIRURGIAS TERMINADAS EM OTOMIA: 
ARTROTOMIA – ABERTURA CIRÚRGICA DE ARTICULAÇÃO. 
CARDOTOMIA – OPERAÇÃO DE CORTAR A CÁRDIA, EM CASOS DE ESTENOSE DO ESÔFAGO. 
COLEDOCOTOMIA – EXPLORAÇÃO E DRENAGEM DO DUCTO BILIAR. 
HEPATOTOMIA – INCISÃO CIRÚRGICA NO FÍGADO. 
LAPAROTOMIA – ABERTURA DA CAVIDADE ABDOMINAL.
TIPOS DE CIRURGIAS TERMINADAS EM OSTOMIA: 
CISTOSTOMIA - ABERTURA DA BEXIGA PARA DRENAGEM DE URINA. 
COLECISTOSTOMIA – INCISÃO DA VESÍCULA BILIAR PARA DRENAGEM. 
COLOSTOMIA – OPERAÇÃO PARA FORMAR ABERTURA ARTIFICIAL NO CÓLON. 
GASTROSTOMIA – FORMAÇÃO CIRÚRGICA DE FÍSTULA GÁSTRICA NA PAREDE ABDOMINAL PARA INTRODUZIR ALIMENTOS. 
ILEOSTOMIA – FORMAÇÃO DE ABERTURA ARTIFICIAL NO ÍLEO. 
JEJUNONOSTOMIA – FORMAÇÃO DE ABERTURA ARTIFICIAL NO JEJUNO. 
TIPOS DE CIRURGIAS TERMINADAS EM PLASTIA: 
ARTROPLASTIA – RECONSTRUÇÃO DA ARTICULAÇÃO COM A FINALIDADE DE RESTAURAR O MOVIMENTO E A FUNÇÃO DA MESMA. 
QUEILOPLASTIA – REPARA OS DEFEITOS DOS LÁBIOS. 
RINOPLASTIA – CIRURGIA PLÁSTICA DO NARIZ. 
TORACOPLASTIA – CIRURGIA PLÁSTICA DO TÓRAX. 
SALPINGOLPLASTIA – OPERAÇÃO PLÁSTICA NA TROMPA DE FALÓPIO.
Terminologias diversas: 
AMPUTAÇÃO: REMOÇÃO DE UM MEMBRO OU DE PARTE NECROSADA DO CORPO 
ANASTOMOSE: CONEXÃO E SUTURA DE DOIS ÓRGÃOS OU VASOS. 
ARTRODESE: FIXAÇÃO CIRÚRGICA DE ARTICULAÇÕES. 
BIÓPSIA: REMOÇÃO DE UM TECIDO VIVO PARA FINS DIAGNÓSTICOS. 
CAUTERIZAÇÃO: DESTRUIÇÃO DE TECIDO ATRAVÉS DE AGENTE CAUSTICO. 
CESARIANA: RETIRADA DO FETO POR INCISÃO ATRAVÉS DA PAREDE ABDOMINAL. 
CISTOCELE: QUEDA DA BEXIGA. 
TERMINOLOGIAS DIVERSAS: CURETAGEM UTERINA: RASPAGEM DO CONTEÚDO UTERINO. 
• DISSECÇÃO: CORTE, RETALHO. 
• DIVERTÍCULO: BOLSA QUE SAI DA CAVIDADE. 
• ENXERTO: TRANSPLANTE DE ÓRGÃO OU TECIDO. 
• EVISCERAÇÃO: SAÍDA DE VÍSCERA DE SUA CAVIDADE. 
• FÍSTULA: ORIFÍCIO QUE PÕE EM COMUNICAÇÃO PARTE DE UM ÓRGÃO, CAVIDADE OU FOCO SUPURATIVO, COM A SUPERFÍCIE CUTÂNEA OU MUCOSA. 
• PARACENTESE: PUNÇÃO CIRÚRGICA DA CAVIDADE PARA RETIRADA DE LÍQUIDOS. 
• TORACOCENTESE: PUNÇÃO CIRÚRGICA NA CAVIDADE TORÁCICA.
Conceitos básicos de enfermagem perioperatória:
O período perioperatório é a soma dos tempos, formado por pré-operatório, transoperatório, e pós-operatório. 
1) Pré-operatório:
· Mediato: A partir do momento em que se determina que vai realizar um procedimento cirúrgico. Não tem tempo determinado.
· Imediato: quando falta 24h para realização dessa cirurgia. É realizado os cuidados de enfermagem.
2) Transoperatório: quando o paciente entra no centro cirúrgico.
· Intraoperatório: quando o paciente é anestesiado. 
3) Pós-operatório:
· Imediato: quando está 24h após o ato cirúrgico.
· Mediato: após 7 dias é caracterizado pós-operatório tardia, o pós-operatório se encerra com a alta médica. Enquanto houver ferida cirúrgica, o paciente está em pós operatório. 
Quando o paciente está no pré-operatório deve-se atentar aos eventos adversos para que ocorra um bom pós operatório. Investigar e ter um olhar cauteloso. (Evento adverso é uma assistência a saúde que vai gerar um dano a saúde, é aquilo que pode acontecer, mas não deve acontecer).
Fases pré-operatório: 
· TABAGISMO: o tabaco faz com que a pessoa perda o reflexo de tosse, podendo ficar com secreções acumuladas. (podendo evoluir para uma pneumonia). Não é só risco cardiovascular. Ideal é que pare de fumar durante o período de 30 dias antes de uma cirurgia.
· DESNUTRIÇÃO: além de dificultar na cicatrização, pode facilitar infecções oportunistas.
· OBESIDADE: aumenta o risco de descencia, dificulta a irrigação sanguínea, dificultando a cicatrização. Potencial maior para desenvolvimento de lesão por pressão.
· FAIXA ETÁRIA ELEVADA: o idoso tem um metabolismo diferente, quanto maior a idade, mais lento fica o metabolismo. E o fato de estar lento, dificulta a cicatrização
· HAS: Débito cardíaco estará aumentado, se tiver uma hemorragia, o paciente pode perder muito sangue.
· DM: por conter a hiperglicemia, dificulta o processo de cicatrização.
· HIGIENE PRECÁRIA: é muito comum em idoso, devemos tomar cuidado especial, estimulando o autocuidado, se a pessoa não tem o hábito de higiene pode prejudicar na recuperação. Não pode de maneira nenhuma mandar o paciente de cabelo molhado para o centro cirúrgico. (condutor de energia)
· CONDIÇÕES AMBIENTAIS E SOCIAIS: para que não haja interferências no tratamento, precisamos saber sobre as condições do paciente de acesso ao medicamento.
· MEDICAÇÕES EM USO: saber se o paciente tem alguma alergia medicamentosa, tendo em alguns momentos pausar um medicamento avaliando o risco e benefício, relacionada a interações medicamentosas.
· TUMORES MALIGNOS.
É importante narrar passo a passo do que vai acontecer e o que pode acontecer com o paciente, a ansiedade é gerada pelo medo de não saber o que vem pela frente. 
PREVENÇÃO DE INFECÇÃO: Paramentação cirúrgica -> higienização das mãos -> limpeza do ambiente -> banho e preparo da pele -> esvaziamento vesical ou intestinal
PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES ANESTÉSICAS: 
· Jejum: é para prevenção de infecção quando é cirurgia no trato digestório, outras cirurgias, é pelo anestésico, podendo bronco aspirar, evitar que o paciente evolua para uma pneumonia.
· REMOÇÃO DE PRÓTESES DENTÁRIAS.
· ADMINISTRAÇÃO DO MEDICAMENTO PRÉ ANESTÉSICO.
Caso clínico
M.A.S., sexo feminino, 62 anos, aposentada, viúva, católica, tabagista, HAS, obesa, vinha evoluindo com dor em região pélvica e sangramento vaginal em grande quantidade, após uma consulta médica acompanhada pela filha e avaliação de alguns resultados de exames foi diagnosticada com câncer do corpo do útero. Após diagnóstico médico a mesma internou às 08:00h de 21/05/2020 para realização de cirurgia de retirada total do útero no dia seguinte à internação. Observações importantes: identificado na paciente condições de higiene precária, ANSIEDADE e utilização de prótese dentária.
1. De acordo com a terminologia cirúrgica, qual o nome do procedimento que será realizado? Histerectomia total. (retirada do útero)
2. Em qual período perioperatório a paciente se encontra? Pré-operatório imediato. Pois falta 24h para ser realizada a cirurgia. 
3. Como essa cirurgia pode ser classificada de acordo com a finalidade, duração e risco cardiológico? Cirurgia RADICAL, 2 até 4 horas de duração, Cirurgia de MÉDIO PORTE (porte ll). 
4. Quais fatores podem contribuir para que a cirurgia tenha alguma complicação no pós-operatório? A paciente ser tabagista orientadaa parar de fumar no período anterior a 30 dias, reduzindo o reflexo de tosse para não acumular secreção; Hipertensa - débito cardíaco estará aumentado, se tiver uma hemorragia, o paciente pode perder muito sangue; Higiene precária, podendo causar infecção; Obesa – o que dificulta a irrigação sanguínea dificultando a cicatrização, risco aumentado de lesão por pressão; Ansiedade – sentimento de ser menos mulher; Idade – relação com o entendimento do paciente; Se atentar aos sinais vitais;
5. Quais os cuidados de enfermagem cabem para esse caso? Retirada da prótese dentária; 
Recursos Humanos do Centro Cirúrgicos:
· As atribuições das equipes que atuam no Transoperatório (no momento que o paciente entra no centro cirúrgico).
· Compondo a equipe de enfermagem destacam as ações do enfermeiro coordenador e do assistencial, assim como do circulante de sala (auxiliar e técnico).
· Equipes que atuam efetivamente: médicos cirurgiões, médicos anestesiologistas e equipe de enfermagem.
Lei do exercício profissional da enfermagem n° 7498/86 que descreve a função de cada um.
Cirurgião Titular – principais atribuições:
· Compor equipe cirúrgica com outros médicos, como assistentes ou instrumentadores ou ainda com acadêmicos de medicina;
· Observar a qualificação do médico assistente para o caso de um eventual impedimento do titular durante o ato cirúrgico;
· Avaliar previamente as situações de segurança do ambiente hospitalar, somente iniciando o ato cirúrgico se condições mínimas estiverem asseguradas;
· Participar da realização do checklist cirúrgico, antes da cirurgia/incisão, e ao término da cirurgia/ antes do paciente sair da sala;
· Responsabilizar-se integralmente pelo ato operatório;
· Responsabilizar-se diretamente por todas as consequências decorrentes do ato cirúrgico;
· Responsabilizar-se pelo planejamento, pela execução e pelo comando da cirurgia, mantendo a ordem no campo operatório;
· Conduzir a intervenção cirúrgica e realizar as manobras básicas da cirurgia, do início ao término do ato operatório;
· Manter a ordem, a disciplina e a harmonia durante o ato operatório;
Cirurgião Assistente – Profissional capacitado para o procedimento, tendo a função de prestar auxílio ao cirurgião titular. Em cirurgia de grande porte pode ser necessário a presença de mais de um cirurgião assistente. Principais atribuições:
· Providenciar que cheguem à SO juntamente com o paciente o prontuário e os exames pré-operatórios
· Realizar técnicas do pré-operatório imediato, como sondagem vesical, sondagem nasogástrica ou nasoentérica, posicionamento cirúrgico.
· Colaborar ao instrumentador na montagem da mesa e no pedido de materiais ao circulante de sala.
· Participar da realização do checklist cirúrgico, antes da cirurgia/incisão, e ao termino da cirurgia/ antes do paciente sair da sala.
· Realizar antissepsia da pele do paciente de acordo com a solicitação do cirurgião.
· Substituir o cirurgião titular exercendo atividades delegadas.
· Substituir o cirurgião titular, em caso de necessidade.
· Permanecer junto ao paciente após a cirurgia, até sua colocação no leito.
Anestesiologista – principais atribuições:
· Realizar visita pré-anestésica, com realização do exame físico e fazer entrevista com o paciente e família.
· Conhecer com antecedência as condições clínicas do paciente a ser submetido a anestesia e decidir de modo soberano e intransferível a prática ou não do ato anestésico.
· Conferir a disponibilidade e o funcionamento de materiais e equipamentos necessários à anestesia, antes do inicio do procedimento.
· Manter vigilância permanente ao paciente anestesiado durante o ato operatório.
· Responsabilizar-se diretamente por todas as consequências decorrentes do ato anestésico.
· Avaliar previamente as situações de segurança do ambiente hospitalar, somente iniciando o ato cirúrgico se condições mínimas estiverem asseguradas. 
· Colaborar ao instrumentador na montagem da mesa e no pedido de materiais ao circulante de sala.
· Participar da realização do checklist cirúrgico, no primeiro momento, antes da indução anestésica.
· Verificar sinais vitais durante o ato anestésico. Monitorar continuamente os parâmetros necessários conforme a complexidade do procedimento.
· Verificar a disponibilidade de equipamentos, gases e fármacos que permitam a realização de qualquer ato anestésico com segurança.
· Encaminhar todos os pacientes, após a cirurgia, para Sala de Recuperação Pós-Anestésica(SRPA), cuja capacidade operativa deve guardar relação direta com a programação do CC.
· Responsabilizar-se pelos critérios de alta do paciente durante sua permanência na SRPA, juntamente com o enfermeiro da recuperação.
Auxiliar de anestesia: As finalidades de atuação são relativas a auxiliar à equipe de anestesia, assegurando cumprimento das rotinas estabelecidas e promovendo consequentemente um atendimento de qualidade. 
· Conferir a correta ligação na rede de energia dos equipamentos.
· Posicionar as braçadeiras de tecido ou almofadadas. 
· Auxiliar na venopunção e na fixação do acesso venoso, auxiliar no posicionamento e no procedimento propriamente dito.
· Montar as infusões venosas. 
· Manter o aspirador montado e ligado.
· Repor as medicações ou trazer aquelas que forem solicitadas pelo anestesiologista.
· Auxiliar o circulante de sala na limpeza e desinfecção dos equipamentos após o uso.
· Encaminhar ao Centro de Material e Esterilização (CME) os materiais reprocessáveis usados na SO.
· Agendar manutenção dos equipamentos.
Equipe de enfermagem: É composta por enfermeiros (coordenador e assistencial), técnicos e auxiliares de enfermagem e, em algumas instituições, pelo auxiliar administrativo, que está sob a responsabilidade do enfermeiro do CC.
O enfermeiro é o profissional capacitado para exercer tanto a função de coordenador como a função assistencial, que envolve o ato anestésico-cirúrgico.
Em algumas instituições de saúde, a organização das atividades do enfermeiro tem suas funções bem definidas conforme a descrição de cargos que assume, seja ela voltada para as ações de coordenação, seja para as ações as assistenciais, Em outras, o enfermeiro assume a responsabilidade por ambos os papéis, fato que exige maior organização para a priorização de suas atividades.
"A coordenação de todas as funções relacionadas com o cuidado de enfermagem aos pacientes submetidos à intervenção cirúrgica" - Sociation of periOperative Registered Nurses
O enfermeiro deve ser o responsável pela administração do CC e, para tanto, deve ter experiência e especialização na área, além disso, deve reconhecer o equilíbrio entre a execução do serviço e o atendimento às necessidades humanas básicas, por meio do relacionamento interpessoal.
O enfermeiro, tem suas ações voltadas para a coordenação, o ensino, a assistência e a pesquisa. Assim, as ações a seguir serão descritas conforme o cargo que o enfermeiro ocupa e seguem as Recomendações Práticas da Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC).
Enfermeiro Coordenador:
· As habilidades necessárias para que o enfermeiro gerencie a unidade de CC incluem: planejar (determinar com antecedência o que deve ser feito), organizar (determinar quando e em que sequência o trabalho deve ser feito), dirigir ou executar o plano (aplicar “força” humana ao trabalho), controlar (determinar se o trabalho foi feito) e avaliar (Verificar o cuidado prestado). 
· Dependendo do plano de carreira institucional, o cargo de enfermeiro coordenador tem uma denominação diferente, podendo ser: sênior, master, gerente, dentre outros.
· A SOBECC divide as atribuições do enfermeiro coordenador em: atividades relacionadas ao funcionamento da unidade, atividades técnico-administrativas, atividades assistenciais e atividades administrativas de pessoal".
Principais atribuições: 
· Participar da elaboração de instrumentos administrativos, como normas, rotinas e procedimentos do setor.
· Realizar o planejamento estratégico de atuação da equipe de enfermagem. 
· Participarde reuniões de gerenciamento de enfermagem, das equipes multiprofissionais e da própria equipe de enfermagem do CC.
· Participar do planejamento, do treinamento e das atividades de educação continuada da equipe de enfermagem, conforme as normas da instituição. 
· Cumprir e fazer com que as equipes cumpram as normas e os regulamentos estabelecidos na unidade de CC e na instituição.
· Colaborar com a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), sendo parte integrante e atuante na prevenção de infecção do paciente e da equipe.
· Realizar a previsão e a provisão de materiais, de equipamentos e de recursos humanos para a realização do ato anestésico-cirúrgico com segurança para o paciente e para as equipes que atuam no CC.
· Participar do processo de seleção, integração e treinamento admissional de novos funcionários.
· Realizar a avaliação de desempenho dos integrantes da equipe de enfermagem, conforme as normas estabelecidas pela instituição. 
· Atualizar-se quanto às normas de alvará de funcionamento dos Estabeleci mentos de Assistência à Saúde (EAS) da Vigilância Sanitária.
· Elaborar escalas mensais e diárias das atividades dos funcionários. Implementar programas de melhoria da qualidade do serviço aos pacientes internos e externos.
· Desenvolver e implementar o Sistema de Assistência de Enfermagem perioperatória (SAEP) junto ao paciente e sua família no período perioperatório.
· Realizar e implementar pesquisas, proporcionando base científica para a atuação do enfermeiro de CC.
· Incentivar e oferecer condições para a equipe de enfermagem participar de eventos e de atividades científicas. 
· Elaborar relatórios mensais de produção e de indicadores (estrutura, processo e resultados) e apresentá-los quando solicitado.
· Zelar pelas condições ambientais de segurança, visando o bem-estar do paciente e da equipe multidisciplinar, assim como atuar nas situações de emergência.
· Controlar a dinâmica da equipe de enfermagem quanto à presença, faltas, atrasos e licenças.
· Manter o controle administrativo, técnico-operacional e ético sobre as diversas atividades desenvolvidas no CC.
· Notificar as ocorrências adversas ao paciente e à equipe, controlar as intercorrências administrativas e propor soluções para as situações.
· Orientar quanto à importância do preenchimento correto dos impressos referentes ao cuidado do paciente.
· Acompanhar o agendamento cirúrgico diário.
· Zelar pelo bom relacionamento interpessoal entre a própria equipe de enfermagem e as demais equipes multiprofissionais que atuam no setor.
· Promover assistência segura para o paciente e para os colaboradores.
Enfermeiro assistencial:
· Supervisionar as ações dos profissionais da equipe de enfermagem.
· Elaborar o plano de cuidados de enfermagem para o período transoperatório rio e supervisionar sua implementação.
· Prever e prover o CC de recursos humanos necessários para o atendimento das SO. 
· Conferir previamente a programação cirúrgica e providenciar os materiais necessários, incluindo materiais especiais e consignados.
· Realizar as escalas de atividades diárias ou semanais para os funcionários.
· Orientar a montagem e a distribuição dos materiais e equipamentos em SO.
Circulante: O técnico/auxiliar de enfermagem trabalha em colaboração com o enfermeiro assistencial, e suas atividades no CC são as que ele desempenha como circulante de SO.
A SOBECC recomenda que "atividades específicas e que envolvam procedimentos anestésico-cirúrgicos complexos sejam realizadas, preferencialmente, pelo enfermeiro assistencial ou, na falta deste, pelo técnico de enfermagem, com conhecimentos técnico-científicos especializados para tais.
· Estar ciente das cirurgias marcadas no mapa cirúrgico na SO sob sua responsabilidade.
· Seguir as orientações descritas no plano assistencial do enfermeiro e providenciar os materiais e equipamentos para serem utilizados durante o ato.
· Estar ciente das cirurgias marcadas no mapa cirúrgico na SO sob sua responsabilidade.
· Seguir as orientações descritas no plano assistencial do enfermeiro e providenciar os materiais e equipamentos para serem utilizados durante o ato anestésico-cirúrgico.
· Assumir o plantão, conforme a regra institucional, e assumir a circulação da SO sob sua responsabilidade.
· Prover a SO com recursos adequados às necessidades do paciente e segundo as especificidades de cada intervenção anestésico-cirúrgica.
· Fazer a verificação de temperatura e iluminação da SO.
· Testar o funcionamento do sistema de gases, equipamentos e materiais a serem utilizados nos procedimentos anestésico-cirúrgicos sob sua responsabilidade.
Instrumentador: pode fazer parte da equipe cirúrgica, quando contratado pelo cirurgião responsável, estando subordinado a ele. Como funcionário da instituição hospitalar, fazendo parte da equipe de enfermagem e, portanto, subordinado ao enfermeiro responsável pelo CC.
 Outra modalidade de instrumentador é o terceirizado, ou seja, funcionário de uma empresa fornecedora de material que, por ocasião da venda e da utilização de seu produto, atua como instrumentador. 
· Conferir os materiais e equipamentos necessários ao ato cirúrgico.
· Reconhecer os instrumentos cirúrgicos por seus nomes e acomodá-los sobre a mesa, de acordo com sua utilização nos tempos cirúrgicos.
· Preparar agulhas e fios de sutura adequados a cada tempo operatório.
· Auxiliar o cirurgião principal e os assistentes na paramentação cirúrgica. 
· Auxiliar na colocação dos campos operatórios estéreis sobre o paciente. 
· Prever e solicitar material complementar ao circulante de sala antes e durante o procedimento cirúrgico.
· Responsabilizar-se pela assepsia, limpeza e acomodação ordenada e metódica do instrumental, desde o início até o fim da operação.
· Entregar o instrumento com presteza, de acordo com sinal manual ou pedido verbal do cirurgião e do assistente. 
· Sincronizar tempos e ações manuais com o cirurgião e o assistente Separar, em local apropriado e protegido, o material perfurocortante.
· Observar e controlar para que nenhum material permaneça no campo operatório.
· Conferir gazes, compressas e agulhas que permanecem em campo, junta mente com o circulante de sala, antes do fechamento da ferida operatória. 
· Auxiliar no curativo e no encaminhamento do paciente à devida unidade.
Auxiliar administrativo: Em algumas instituições, o auxiliar administrativo fica sob a responsabilidade do enfermeiro. Sua função é executar procedimentos administrativos específicos da área de atuação, sendo também denominado de escriturário ou secretário da unidade.
Destacam-se como atribuições do auxiliar administrativo:
· Prestar apoio no atendimento ao paciente e aos seus familiares.
· Colaborar para manter a organização da unidade.
· Realizar atendimento telefônico.
· Digitar escalas e comunicados. 
· Fazer requisições de materiais de consumo.
· Protocolar as peças enviadas à anatomia patológica, segundo rotina institucional. 
· Realizar agendamento cirúrgico por telefone ou informatizado e auxiliar o enfermeiro a organizar o mapa cirúrgico.
· Atender solicitações das equipes médicas e de enfermagem, de acordo com suas atribuições.
Os profissionais de maior atuação no cc compõem três principais equipes: médicos-cirurgiões (titular e assistente), médicos anestesiologistas e equipe de enfermagem (enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem). O instrumentador cirúrgico pode fazer parte da equipe médica, da equipe de enfermagem ou ainda ser contratado por uma empresa fornecedora de materiais.
Nas instituições onde há o auxiliar de anestesia, este pode fazer parte da equipe de anestesia ou da equipe de enfermagem. O auxiliar administrativo geralmente é subordinado ao enfermeiro coordenador do setor.
Infecção hospitalar: infecção relacionada à assistência a saúde (pode ser de outros ambientes)
É adquirida na admissão, se manifesta durante a internação ou na alta, desde que esteja relacionado com a assistência.
Complicação após a realização do procedimento de assistência em saúde, o que ocorre com a quebra de barreirapara a prevenção de infecção. (não higienização das mãos, não adesão de algum protocolo do serviço)
Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) estão intimamente relacionadas ao tema segurança do paciente, exercendo forte pressão sobre as organizações de assistência à saúde.
São consideradas eventos adversos que geram várias consequências deletérias, como elevação dos custos, aumento do tempo de internação, aumento da morbidade e da mortalidade.
Orientações para a prevenção e o controle das infecções:
· O Center for Disease Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, referência mundial, publica periodicamente Guidelines que indicam medidas preventivas para o controle das infecções. 
· No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) segue as orientações do CDC, visto que os Guidelines são atualizados com embasamento técnico-científico, trazendo recomendações de medidas preventivas categorizadas por grau de evidência.
· O Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), implantado de acordo com as normas da vigilância sanitária, é responsável por executar as atividades definidas pela CCIH (Comissão de Controle de Infecção hospitalar). O SCIH desenvolve ações em conjunto com a CCIH, visando prevenir ou reduzir a incidência ou a gravidade das infecções hospitalares(controle). 
Biossegurança: conjunto de ações destinadas a prevenir, controla ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente; prevenção e controle = pensar em higienização das mãos.
Precaução padrão: aplicar em todos os pacientes, independente de suspeita ou confirmação da presença de um agente infeccioso. Sempre que tiver contato com sangue, fluido corpóreo, pele não íntegra, mucosa.
A UCC tem como particularidade uma alta rotatividade de pacientes sem um diagnóstico definido quanto a doenças de alta transmissibilidade. 
A rotina do preparo pré-operatório do paciente não inclui a investigação de sua sorologia, buscando a condição de portador de doenças de alta transmissibilidade. Mesmo se isso acontecesse, as cirurgias de emergência ficariam sem essa possibilidade. Adicionalmente, perguntar ao paciente a sua condição de portador de doenças de alta transmissibilidade, na maioria das vezes, não oferece segurança, pois ele pode desconhecê-las ou omiti-las
1) Unha precisa estar curta, pois uma das etapas é ponta do dedo com palma da mão.
2) Retirar adorno;
3) Pia de higienização das mãos deve ser distinta da pia de lavagens;
4) O USO DAS LUVAS NÃO EXCLUI A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS.
As atividades cirúrgicas caracterizam-se por invasividade ao corpo biológico do paciente, com quebras de barreiras protetoras importantes contra microrganismos, especialmente a pele. Essas considerações justificam a importância das PP, porém elas não excluem as precauções baseadas na transmissão a serem implementadas no cuidado aos pacientes suspeitos ou confirmados, com infecções por microrganismos conhecidos e epidemiologicamente importantes. 
Precaução – Transmissão: 
1. Contato: indicadas em doenças transmitidas pelo contato direto da pele do indivíduo doente ou colonizado com a de um suscetível (p. ex., escabiose) ou então contato indireto, por meio de fômites ou objetos de uso comum, como instrumenta cirúrgico, aparelhos para anestesia e seus acessórios, instrumentos de monitoração do paciente, como esfigmomanômetro, transdutor de oxímetro de pulso, máscara de inalação, etc.
2. Gotículas: indicadas em doenças transmitidas, vias diretas e indiretas, por gotículas respiratórias que transportam agentes infecciosos. As gotículas respiratórias são geradas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou conversa, ou durante certos procedimentos como aspiração de secreções das vias aéreas, entubação endotraqueal.. Essas gotículas não permanecem em suspensão por tempo prolongado. São exemplos: vírus influenza. 
3. Aerossóis: indicadas em doenças transmitidas por microrganismos com menos de 5 micra (aerossóis), que permanecem em suspensão por tempo maior, podendo ser dispersos a longas distâncias por correntes de ar e ser inalados por indivíduos suscetíveis que não tiveram contato face a face com o indivíduo infeccioso. São exemplos: vírus responsáveis pela varicela e, tuberculose.
Muito mais do que saber se paramentar, precisamos saber desparamentar.
Infecções do sítio cirúrgico: É de fundamental importância os profissionais da saúde que atuam na UCC terem conhecimentos sobre os fatores de risco que contribuem para desencadear a ISC e aplicar medidas preventivas que possam reduzir as taxas de infecção.
As PP não abrangem todas as especificidades da UCC. No caso das ISC, causadas principalmente por microrganismos da microbiota endógena, questiona-se quais formas de transmissão e de precauções deverão ser consideradas. Uma vez que as PP e as precauções por contato são definidas como insuficientes para a prevenção das ISC, a conclusão é que tais medidas de precaução, preconizadas pelo CDC, estão voltadas mais para a proteção do trabalhador do que para a proteção dos pacientes. 
Estudos demonstraram que a aplicação das melhores práticas pode prevenir a ISC, como administração de profilaxia antimicrobiana pré-operatória; escolha do agente antimicrobiano apropriado; momento da administração e duração da profilaxia antimicrobiana
Quando a limpeza ocorre de modo adequado, ela diminui a transmissão por contato.
Hospital: Ambiente apontado como reservatório de microrganismos nos serviços de saúde, especialmente dos multirresistentes.
Processos inadequados de limpeza e desinfecção de superfícies podem disseminar microrganismos, colocando em risco a segurança dos pacientes e dos profissionais.
Participação da higiene hospitalar no controle de infecções hospitalares:
· Diminuição da suspensão de partículas e microrganismos de superfícies fixas no ar em situação de movimento.
· Controle de vetores
· Diminuição da transmissão por contato.
Finalidades da limpeza
· Remoção da sujidade visível.
· Remoção, redução ou destruição de microrganismos.
· Controle de disseminação de contaminação biológica.
· Remoção de substância pirogênica.
TIPOS DE LIMPEZA
· Limpeza concorrente: realizada diariamente, inclui pisos, sanitários, superfícies horizontais de equipamentos e móveis, esvaziamento e troca de lixo e roupas, arrumação em geral. Em condições especiais, pode e deve ser realizada mais de uma vez ao dia, como na SO e em centro obstétrico, locais onde ocorre ao término de cada procedimento.
· Limpeza imediata: remoção e limpeza local de sujidade acidental após limpeza concorrente, em qualquer período. Ela se refere à sujidade orgânica, química ou radioativa, com risco de disseminação e contaminação. Limpeza de manutenção: limpeza de piso, banheiros e esvaziamento de lixo em locais de alto fluxo de pessoal e de procedimentos; deve ser realizada pelo menos uma vez, em todos os turnos, por meio de vistoria contínua. Os locais onde essa limpeza ocorre com frequência são PS e ambulatório, em virtude da alta rotatividade de atendimentos. 
· Limpeza terminal: limpeza mais completa, que inclui pisos, paredes, equipa mentos, móveis (leitos, macas, colchões), janelas, portas, peitoris, varandas, grades do ar-condicionado, luminárias, teto, entre outros. A periodicidade depende da área onde esses itens se encontram e da ocorrência de sujidade.
A limpeza da SO deve proporcionar um ambiente limpo para os pacientes e ser realizadas de forma que minimize as exposições destes e dos profissionais aos microrganismos potencialmente infecciosos.
· Ela destina-se, principalmente, à contenção da presença de microrganismos exógenos (que não pertencem à microbiota humana) e ao controle da sua transmissão por contato.
· Uma premissa básica é que todos os pacientes são considerados potencialmente infectados por patógenos do sangue e por outras substâncias orgânicas. 
· Todos os procedimentos cirúrgicos são considerados contaminados, independentemente da sua classificação pelo potencial decontaminação. 
O preparo da SO antes de cada cirurgia e antes da chegada do paciente, de materiais e de equipamentos deve incluir a inspeção visual da limpeza.
· Equipamentos de áreas externas precisam estar isentos de poeira antes de entrar na SO. 
· Embora seja difícil definir o nível de contaminação necessário para aumentar os índices das ISC, um ambiente cirúrgico limpo reduzirá o número de microrganismos presentes.
· SO, áreas de utilidades e de degermação devem ser limpas diariamente, no final das cirurgias. Essa limpeza é reconhecida como limpeza terminal, incluindo itens como focos cirúrgicos e seus trilhos ou suportes; equipamentos montados ou fixados no teto; todos os móveis e equipamentos, incluindo as rodas e as gavetas; grades do sistema de ventilação; superfícies horizontais e lavabos.
Dispensadores de sabão líquido precisam ser abertos e limpos antes de serem preenchidos com nova solução, pois podem se tornar contaminados, servindo como reservatórios para microrganismos.
Todas as demais áreas e equipamentos devem ser periodicamente limpos, de acordo com rotina previamente estabelecida, incluindo: ductos e filtros; equipamento de ar-condicionado; armários, gabinetes; esterilizadores, refrigeradores, aquecedores e máquinas de gelo; paredes e teto; salas administrativas, de guarda de material e de medicamentos.
Cabe ao enfermeiro conhecer os princípios e o uso de substâncias, o controle e a implementação de medidas de limpeza, que, muitas vezes, são realizados em trabalho conjunto com o serviço de higiene hospitalar, mas cuja finalidade é sempre voltada para a melhoria da qualidade da assistência prestada, tanto para o paciente e sua família, como para os profissionais.
Sistematização da assistência em enfermagem no perioperatório:
· O processo de trabalho: entendimento histórico e social de organizar as atividades laborais, que conjuga fatores financeiros, materiais, tecnológicos e humanos. 
· Processo de trabalho em saúde: no qual a enfermagem está inserida, é possível compreender os conflitos e o funcionamento das atividades pois o trabalho é coletivo, desenvolvido por equipe multiprofissional. Todos possuem uma finalidade comum, apesar de cumprirem atividades que possam parecer isoladas, busca-se o mesmo objetivo.
· O processo de trabalho desenvolvido no centro cirúrgico faz parte do trabalho em saúde e tem como características tarefas coletivas, realizadas pela equipe multiprofissional.
Ao se desdobrar em diferentes categorias profissionais, a enfermagem gera dificuldades para definição de um processo de trabalho único, tendo em vista que cada trabalhador executa uma parcela de trabalho. Isto pode resultar em fragmentação do trabalho com diferenças entre o planejar e o fazer que induz ao cuidado direto e ao gerenciamento por profissionais diferentes, que pode ser uma grande problemática. 
Uma das estratégias para minimizar a prática de enfermagem mecânica, executora de ordens médicas e regras institucionais, utilização de um método de trabalho que favorece a individualização e a continuidade da assistência de enfermagem. Desenvolver uma enfermagem científica que busca corpo próprio de conhecimento, estabelecendo diagnósticos, planejamento da assistência e prescrição de cuidados aos pacientes.
Uma das ferramentas que o profissional utiliza é o Processo de Enfermagem. Este possui etapas a serem cumpridas que direcionem e sistematizem as atividades de enfermagem, dando caráter científico e profissional, deixando de lado apenas o fazer empírico. Método de trabalho para planejar, executar e avaliar suas atividades planejando a assistência baseada em conhecimento científico. 
SAE: Etapas metodológicas que são articuladas entre si, complementando-se, ocorrendo simultaneamente ou não.
· Levantamento de dados ou histórico de enfermagem: é a primeira etapa, tem a finalidade de conhecimento do paciente e da família, na busca de informações para continuidade do processo. As técnicas utilizadas para a coleta de dados, a entrevista, a observação e o exame físico.
· Diagnostico de enfermagem ou levantamento de problemas: reflexo sobre as informações obtidas, análise dos dados para identificar as necessidades de assistência para dar embasamento na prescrição de Enfermagem.
· Planejamento ou prescrição de enfermagem: planejamento da assistência a ser prestada. Para esta etapa é essencial que as duas anteriores sejam cumpridas e atualizadas constantemente. 
· Execução ou implementação: as ações seguem a prescrição de enfermagem proposta e executada pela enfermagem, de acordo com a habilidade e competência exigidas. 
· Acompanhamento/avaliação ou evolução de enfermagem: desenvolvido(a) de maneira dinâmica, interligada e continua, avalia a evolução do paciente no processo saúde/doença importante o registro das ações desenvolvidas pela equipe de enfermagem, para atualizar e avaliar o planejamento da assistência.
A SAE contribui para a organização do trabalho da equipe de enfermagem, porém é complexa, por ser diferente em cada setor. 
A SAE é um método que visa aprimorar o cuidado prestado pelo enfermeiro ao paciente, buscando proporcionar uma assistência segura e com qualidade, melhorando a comunicação entre as equipes, possibilita um cuidado humanizado e individualizado, tornando-se importante o uso de indicadores de qualidade da assistência de enfermagem no CC, identificando as intervenções de enfermagem de acordo com as necessidades de cada paciente, realizando um planejamento de suas atividades.
O Conselho Federal de Enfermagem (COFEM) preconiza que a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é uma atividade privativa da Enfermeira. A ela cabe a implantação, planejamento, organização, execução e avaliação do Processo de Enfermagem, sendo exclusivas a esta profissional as etapas do histórico (entrevista), exame físico, diagnostico, prescrição e evolução de enfermagem.
SAEP compreende três fases assim designadas: a pré-operatória, na qual é realizada a visita de enfermagem; a transoperatória e a pós-operatória. Ressalta-se que a assistência é complexa e individualizada em todas as etapas.
A classificação dos diagnósticos mais frequentes por especialidades é uma prática que auxilia nos estudos e discussões acerca da implementação da SAE no perioperatório.
SAEP:
· Pré-operatória na qual é realizada a visita de enfermagem, a partir destas informações ser· possível enfermeira, orientar pacientes e seus familiares e prescrever os preparos necessários, por exemplo: tricotomia, lavagem intestinal, higiene corporal, retirada de adornos e etc.
· Transoperatória ser dividida em dois momentos diferentes; o primeiro acontece na recepção do paciente no centro cirúrgico, e o segundo ser· a sua permanência na sala cirúrgica. por meio de ações que visem minimizar a perda da integridade física do paciente cirúrgico, devido a diversos fatores. Entre eles cita-se o posicionamento cirúrgico, ansiedade e riscos de infeção de sítio cirúrgico 
· Pós-operatória. aparato tecnológico, a observação de sinais vitais, controle da dor e o restabelecimento da consciência, também estão somados os inúmeros conhecimentos necessários de manutenção dos sistemas cardiovascular, respiratório, renal, neurológico, etc. Tem-se ainda que dominar conhecimentos peculiares a cada intervenção cirúrgica que demanda assistência imediata e individualizada. Ressalta-se que a assistência é complexa e individualizada em todas as etapas e preparo para alta.
PREPARO DA UNIDADE CIRÚRGICA: 
CUIDADOS INDIRETOS da equipe no preparo do CC e da SO, com previsão e provisão de todos os recursos necessários para a realização do ato anestésico-cirúrgico, bem como os CUIDADOS DIRETOS prestados pela equipe de enfermagem desde a entrada do paciente no CC, no auxílio às equipes até a sua saída da SO e o encaminhamento para Sala de recuperação pós-anestésica.
O procedimento anestésico-cirúrgico é considerado o momento mais importante da hospitalização para o paciente cirúrgico, pois, ao mesmo tempo em que representa a resolução de sua doença, traz consigoa possibilidade de risco à sua própria vida.
Com o intuito de diminuir os riscos inerentes ao procedimento e tornar a experiência cirúrgica menos traumática, numerosas ações devem ser planejadas e realizadas pela equipe de enfermagem no período perioperatório.
Ressalta-se a importância da avaliação pré-operatória pelo enfermeiro do CC, com o objetivo do planejamento individualizado da assistência.
Com o avanço das técnicas cirúrgicas minimamente invasivas e uso de tecnologia a admissão do paciente pode acontecer diretamente no CC, o que indica a necessidade de se desenvolver um protocolo de avaliação pré-operatória que possa ser aplicado na recepção do CC ou até mesmo na SO. Considerando as restrições dessas condições, a avaliação pré-operatória torna-se mais dirigida a problemas imediatamente relacionados ao ato anestésico-cirúrgico, como a avaliação do conteúdo gastrintestinal e o preparo da área operatória. 
Em relação ao transoperatório: Enfermeiro exerce inúmeras atividades para que o ato anestésico-cirúrgico seja realizado com êxito (Cuidados diretos e indiretos).
Ressalta-se que o foco das atividades do enfermeiro no CC é CENTRADO NO PACIENTE, e ações realizadas visam atender às suas necessidades. Esse profissional deve adquirir o conhecimento técnico-científico para atuar, tanto no desempenho do papel expressivo como no desempenho do papel instrumental, por meio da sua própria capacitação e do treinamento de sua equipe.
· MAPA CIRÚRGICO - O mapa cirúrgico deve ser visível no CC, para consulta da equipe de enfermagem em lousa específica ou por painel eletrônico, devendo conter as seguintes informações: nome e idade do paciente, cirurgia a ser realizada (cirurgia programada), cirurgião responsável, anestesista responsável, número da SO, circulante de sala responsável, bem como informações especiais, como a necessidade de equipamentos ou exames específicos em SO. 
· DIMENSIONAMENTO - O dimensionamento de sala e de funcionários é realizado segundo as cirurgias marcadas para um período de 24 horas ou de acordo com os turnos de trabalho (manhã, tarde ou noite), devendo-se levar em conta: especialidade da cirurgia; tamanho da sala; número de profissionais envolvidos; equipamentos utilizados e espaço disponível; materiais necessários, tanto do hospital quanto os especiais e/ou consignados: habilidades do circulante de sala e número de circulantes de sala por plantão.
PREPARO DA SALA CIRÚRGICA, CIRCULANTE: A montagem da SO é de responsabilidade e atribuída ao circulante de sala, que é um profissional da enfermagem.
1) Higienizar as mãos, verificar as condições de limpeza e higiene da SO, providenciar etiquetas de identificação do paciente, verificar e promover insumos necessários nos lavabos próximos à SO, como solução antisséptica e escovas para degermação.
2) Testar o funcionamento de todos os equipamentos a serem utilizados; verificar a existência de bancos, suportes de soro, braçadeiras, arcos, hampers, mesas para instrumental.
3) Colocar a mesa cirúrgica na posição ideal para a cirurgia programada e providenciar os acessórios necessários para o posicionamento do paciente; conferir o carro de anestesia: se há circuitos/traqueias adaptados para idade do paciente e a disponibilidade de materiais e equipamentos; montar mesa auxiliar de anestesia, deixando sempre disponível o material necessário para anestesia geral.
4) Solicitar ao CME carro montado para a cirurgia (campos cirúrgicos, aventais, caixas de instrumental, instrumentos avulsos etc.), checando a validade da esterilização, a integridade das embalagens e a presença do indicador externo/classe I ("fita zebrada").
5) Solicitar à farmácia o kit de materiais descartáveis e consignados, segundo a necessidade do procedimento; organizar os materiais e equipamentos para o início da cirurgia.
6) Aguardar a chegada do paciente e da equipe cirúrgica para iniciar a abertura de materiais, a fim de evitar desperdícios, caso o procedimento seja cancelado.
PREPARO DA SALA CIRÚRGICA, ENFERMEIRO: Após a montagem da SO e antes da entrada do paciente e da equipe cirúrgica cabe ao enfermeiro assistencial: 
· Checar a limpeza e a temperatura da sala; verificar o posicionamento correto da mesa cirúrgica para o procedimento;
· Verificar a presença e funcionamento dos materiais e equipamentos solicitados; disponibilidade do material para anestesia completo e organizado segundo a idade, o tamanho e o peso do paciente, sendo de grande importância que a mesa esteja montada para a anestesia geral, que poderá ser usada em casos de emergência.
· Conferir, ainda, a presença de solicitações especiais e de material consignado, reserva de hemocomponentes e reserva de vaga na UTI, se solicitados pela equipe.
Instrumental cirúrgico: 
Estrutura – O desenvolvimento do instrumental cirúrgico partiu de uma base, de um designer padrão, a partir dessa “anatomia” e as necessidades de utilização.
Ponta – Parte ativa do instrumento, um ramo e dentro do ramo existem as serrilhas, ponto de articulação, em seguida, uma haste, “catraca” e anéis de empunhadura.
GERALMENTE A DIFERENÇA ESTÁ NOS RAMOS E NAS PONTAS.
Degermação das mãos: Escovação é diferente de higienização das mãos, busca-se promover a redução da flora bactéria residente e eliminação da flora transitória. Escovação de 3 a 5 minutos em todas as regiões das mãos até o cotovelo. Escova impregnada com clorexidina 2% ou PVPI, antigamente reutilizava a escova esterilizando novamente e para utilização era necessário impregnar com as soluções.
Paramentação cirúrgica: Processo específico e padronizado que envolve técnicas de degermação das mãos, vestir avental cirúrgico e calçar luva estéril. Conjunto de barreiras destinada a impedir ou evitar a migração do microrganismo no sítio cirúrgico, ou o profissional ser contaminado. Forma de proteção! Constitui de uniforme privativo (pijama- primeiro item) para entrar no ambiente cirúrgico. Não é para colocar o pijama por cima da roupa que estava sendo utilizada no ambiente externo, colocar o pijama sob roupa íntima. Pijama, touca(gorro), máscara, óculos de proteção, propé, avental cirúrgico, campos.
ATENÇÃO PARA A DEGERMAÇÃO DAS MÃOS!!
Posições Cirúrgicas: O posicionamento dos pacientes no CC deve ser encarado como um procedimento de grande complexidade, que envolve sérios riscos que, se não observados com responsabilidade e competência, podem comprometer definitivamente a saúde física e mental do paciente. Em decorrência disso, deve ser individualizado e adaptado às necessidades de cada pessoa e aos procedimentos previstos. Essas necessidades devem ser estabelecidas em conjunto com a equipe cirúrgica e de enfermagem, uma vez que o posicionamento promove alterações que poderão repercutir nos períodos subsequentes ao transoperatório. A melhor maneira de prevenir riscos e oferecer conforto e segurança aos pacientes é reconhecer as diferentes posições cirúrgicas e os eventos adversos provenientes do posicionamento cirúrgico inadequado, além de avaliar e planejar com cuidado, intervindo com cada paciente individualmente.
De acordo com as características de cada paciente e do procedimento cirúrgico a que será submetido, ele poderá estar posicionado de diversas maneiras. No entanto, essas variedades de posicionamentos originam-se de três posições básicas: decúbito dorsal ou posição supina, decúbito ventral ou prona e decúbito lateral, pois os procedimentos operatórios são realizados com o paciente repousando o dorso, o abdome ou a lateral.
A ANESTESIA E SUAS IMPLICAÇÕES PARA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM:
OS ANESTÉSICOS SÃO USADOS PARA QUE OS PACIENTES NÃO TENHAM CONSCIÊNCIA, NEM RESPONDAM AOS ESTÍMULOS DOLOROSOS DURANTE OS PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS. 
Administrados sistemicamente exercem seus principais efeitos no SNC em contraste com os anestésicos locais que bloqueiam a condução dos impulsos nos nervos sensitivos periféricos.
Muitos fármacos, como por exemplo, o etanol e a morfina, podem produzir um estado de indiferença à dor, porém não são usados como anestésicos. Para que um fármacoseja útil como anestésico, ele tem que ser prontamente controlável, de forma que a indução e a recuperação sejam rápidas, permitindo que o nível de anestesia seja ajustado conforme o necessário durante a cirurgia. Por esta razão, foi apenas quando os anestésicos inalatórios foram inicialmente descobertos, em 1846, que a maioria das operações cirúrgicas se tornou uma possibilidade prática. Até aquele tempo os cirurgiões confiavam ser capazes de operar pacientes em contenção e a maioria das cirurgias eram amputações. A inalação é, ainda, a via de administração mais comum para os anestésicos, embora a introdução seja executada, usualmente, com agentes intravenosos.
O uso do óxido nitroso para aliviar a dor da cirurgia foi sugerido por Humphrey Davy, em 1800. Ele foi a primeira pessoa a testar seus efeitos observando que o fármaco causava euforia, analgesia e perda da consciência. O uso do óxido nitroso, rotulado como "gás hilariante", tornou-se um entretenimento popular e chegou ao conhecimento de um dentista americano, Horace Wells, que teve um dente extraído sob a influência dele, enquanto ele mesmo apertava a bolsa de inalação. O éter também ganhou publicidade com pouca reputação, através da vulgarização das "farras de éter", em que este era usado para produzir euforia entre os convidados, William Morton, também dentista e estudante da Escola de Medicina de Harvard, usou-o com sucesso para extrair um dente em 1846 e, em seguida, sugeriu para Warren, o ilustre cirurgião, que ele deveria administrá-lo em uma das suas operações. Warren concordou e em 16 de outubro de 1846, uma grande audiência reuniu-se na principal sala de operações, a demonstração de Morton foi um sucesso.
Os anestésicos são os responsáveis por “pavimentar” os caminhos da cirurgia moderna. Envolve três principais alterações neurofisiológicas: inconsciência, perda da resposta aos estímulos dolorosos e perda dos reflexos. 
Divididos em dois grandes grupos:
· Agentes inalados: (gases ou líquidos voláteis) são usados para a manutenção da anestesia. Os pontos a observar são: os líquidos voláteis (p. ex., halotano, sevoflurano) são vaporizados com o ar, com o oxigênio ou com misturas oxigênio-óxido nitroso como gás transportadora. Os anestésicos inalatórios podem desencadear a hipertermia maligna, tratada com dantroleno.
Os anestésicos inalatórios atualmente utilizados nos países desenvolvidos são halotano, óxido nitroso, enflurano, isoflurano, desflurano e sevoflurano. O éter, agora amplamente obsoleto, ainda é usado em algumas partes do mundo. Ele é explosivo e altamente irritante, causa náuseas pós operatórias e complicações respiratórias.
Halotano: Já foi amplamente utilizado, hoje em declínio sendo substituído pelo isoflurano. Não é explosivo nem irritante, indução e recuperação rápida. Eventos adversos: Causa hipotensão, predispõe arritimias, pode levar a insuficiência respiratória e cardiovascular. Se usado repetidas vezes pode ocasionar hepatite e hipertermia maligna.
Óxido nitroso: Baixa potência, precisa ser combinado com outros agentes, rápida indução e recuperação. Boas propriedades analgésicas. Apresenta poucos efeitos tóxicos, porém se exposição prolongada(maior que 6h) pode levar a depressão da medula óssea.
Enflurano: Anestésico similar ao halotano. Menor metabolizado por isso menos toxicidade. Indução e recuperação mais rápida que o halotano. Como desvantagem, pode causar convulsão.
Isoflurano: Similar ao enflurano porém sem propriedade epileptogênicas. Irritante para o trato respiratório, de difícil fabricação.
Desflurano: Similar ao isoflurano, porém com indução e recuperação mais rápida. Irritante para o trto respiratório pode causar tosse. Utilizados para pequenas cirurgias(alta no mesmo dia).
Sevoflurano: Parece com o desflurano, porém mais potente, não causa irritação respiratória.
· Agentes intravenosos: são usados para indução da anestesia (tiopental, etomidato) manutenção da anestesia durante a cirurgia (p. ex., propofol administrado em combinação com relaxantes musculares e analgésicos. Geralmente utilizados para indução da anestesia, seguidos por um agente inalatório.
O proporfol também é usado para manter a anestesia durante a cirurgia. O tiopental, o etomidato e o propofol são os mais comumente utilizados: todos agem em 20- 30 segundos, se administrados intravenosamente.
Tiopental: Ação rápida, metabolizado com probabilidade de acumular-se na gordura corporal, portanto, pode causar efeito prolongado se administrado repetidamente sem efeito analgésico, margem estreita entre a dose anestésica e a dose que causa depressão cardiovascular.
Etomidato: Similar ao tiopental, porém mais rapidamente metabolizado menos risco de depressão cardiovascular pode causar movimentos involuntários durante a indução possível risco de supressão das supra-renais.
Proporfol: Rapidamente metabolizado- recuperação muito rápida; sem efeito acumulativo útil para cirurgias simples (alta no mesmo dia).
Cetamina: Produz anestesia "dissociativa", na qual o paciente pode permanecer consciente, embora com amnésia e insensível à dor alta incidência de disforia, alucinações etc. durante a recuperação; usada, principalmente, para procedimentos pequenos em crianças. Aumenta a pressão intracraniana.
	Propriedades dos agentes anestésicos intravenosos
	Fármaco
	Velocidade de indução e de recuperação
	Principal(ais) efeito(s) adverso(s)
	Observações
	Tiopental
	Rápida (ocorre acúmulo, levando à recuperação lenta)
	Depressão cardiovascular e respiratória
	Amplamente usado como agente indutor na prática
	Etomidato
	Início rápido, recuperação relativamente rápida 
	Efeitos excitatórios durante a indução e a recuperação. Supressão adrenocortical
	Menos depressão cardiovascular e respiratória que o tiopental. Causa dor no local da injeção.
	Proporfol
	Inicio rápido, recuperação muito rápida
	Depressão cardiovascular e respiratória
	Rapidamente metabolizado. Uso possível como infusão contínua. Causa dor no local da injeção.
	Cetamina
	Inicio lento, pós-efeitos comuns durante a recuperação
	Efeitos psicotomiméticos depois da recuperação. Náuseas, vômitos e salivação pós-operatórios. Aumento da pressão intracraniana
	Produz boa analgesia e amnésia
	Midazolam
	Mais lento que os outros agentes
	-
	Pequena depressão respiratória ou cardiovascular
EFEITOS DOS ANESTÉSICOS NO SISTEMA NERVOSO: No que tange a célula o efeito do anestésico é principalmente inibir a transmissão sináptica. (sinapse: Região localizada entre neurônios onde agem os neurotransmissores (mediadores químicos), transmitindo o impulso nervoso de um neurônio a outro, ou de um neurônio para uma célula muscular ou glandular.
· O estado anestésico compreende vários componentes, incluindo inconsciência, perda dos reflexos(relaxamento muscular) e analgesia.
· Os anestésicos mesmo em baixas concentrações causam amnésia de curto prazo, isto é, experiências vivenciadas durante a ação do fármaco não são lembradas ainda que o individuo esteja responsivo.
· A medida que a concentração do anestésico é aumentada, todas as funções cerebrais são afetadas, incluindo o controle motor e a atividade reflexa, a respiração e a regulação autônoma.
ALTAS CONCENTRAÇÕES DE QUALQUER ANESTÉSICO AFETAM PARTES DO SNC, CAUSANDO COLAPSO TOTAL E NA AUSÊNCIA DE RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL, MORTE POR INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA. A MARGEM ENTRE A ANESTESIA CIRÚRGICA E A DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA E CIRCULATÓRIA POTENCIALMENTE FATAIS É ESTREITA, EXIGINDO MONITORIZAÇÃO CUIDADOSA PELO ANESTESISTA E RÁPIDO AJUSTE DO NÍVEL DA ANESTESIA SE NECESSÁRIO.
EFEITOS DOS ANESTÉSICOS NOS SISTEMAS CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIO: Todos os anestésicos diminuem a contratilidade cardíaca, porém seus efeitos sobre o débito cardíaco e a pressão sanguínea variam por causa das ações concomitantes no sistema nervoso. O óxido nitroso se usado sozinho, aumenta a frequência cardíaca e a pressão sanguínea. O halotano e outros anestésicos halogenados têm efeito oposto. Muitos anestésicos, especialmente o halotano, causam extra sístoles ventriculares. A monitoraçãoeletrocardiográfica mostra que batimentos extra-sistólicos ocorrem muito comumente em pacientes anestesiados com halotano, sem prejuízo para o paciente. Com exceção do óxido nitroso e da cetamina, todos os anestésicos deprimem marcantemente a respiração.
USO CLÍNICO DOS ANESTÉSICOS GERAIS:
O estado anestésico consiste em três componentes: a perda da consciência, a analgesia e o relaxamento muscular. Na prática, estes efeitos são produzidos com uma combinação de fármacos. Um enfoque comum para um procedimento cirúrgico seria produzir inconsciência rapidamente com um agente indutor intravenoso (p. ex., propofol); para manter a inconsciência e produzir analgesia com um ou mais agentes inalatórios (p. ex., óxido nitroso e halotano), que podem ser suplementados com um agente analgésico intravenoso e para produzir paralisia muscular com um fármaco bloqueador neuromuscular. Este tipo de procedimento resulta em indução e recuperação muito mais rápidas, evitando longos (e perigosos) períodos de semiconsciência e permitindo que a cirurgia seja executada com relativamente pouco comprometido dos reflexos homeostáticos.
A anestesia envolve três principais alterações neurofisiológicas: inconsciência, perda da resposta aos estímulos dolorosos e perda dos reflexos. Em doses supra-anestésicas os agentes anestésicos podem causar morte por perda dos reflexos cardiovasculares e paralisia respiratória. Em nível celular, os agentes anestésicos afetam a transmissão sináptica. 
Embora todas as partes do sistema nervoso sejam afetadas pelos agentes anestésicos, os principais alvos parecem ser o tálamo, o córtex e o hipocampo. 
A maioria dos agentes anestésicos (com exceções, como a cetamina e os benzodiazepínicos) produz efeitos neurofisiológicos similares e diferem, principalmente, em respeito às suas propriedades farmacocinéticas e à toxicidade. 
A maioria dos agentes anestésicos causa depressão cardiovascular pelos efeitos no miocárdio e nos vasos sanguíneos, bem como no sistema nervoso. Os agentes anestésicos halogenados têm a probabilidade de causar arritmias cardíacas.
Recuperação anestésica:
SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA: 
Local onde o paciente submetido ao procedimento anestésico-cirúrgico (tempo médio 2 horas) vai permanecer sob uma observação até que haja uma recuperação da sua consciência e de seus sinais vitais, prevenindo intercorrências do período anestésico-cirúrgico. Tem como objetivo proporcionar a recuperação dos pacientes, prevenindo e detectando precocemente complicações. Devendo atender normas vigentes quanto a sua estrutura física, bem como o possuir suporte de equipamentos e materiais especializado, além de profissionais altamente treinados para prestar assistência de qualidade aos pacientes no período Pós-Operatório Imediato (POI), visando a segurança e o restabelecimento do paciente cirúrgico.
Os objetivos da SRPA é proporcionar a recuperação dos pacientes, prevenir e detectar precocemente complicações relacionadas ao procedimento anestésico-cirúrgico. O foco da assistência de enfermagem na SRPA é assistir o paciente até que ele tenha se recuperado dos efeitos dos anestésicos, isto é, até que os seus sinais vitais, consciência e as suas funções motoras e sensitivas retornem aos níveis pré-operatórios.
A Sala de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA) é destinada a pacientes que se encontram sob efeitos anestésicos.
Planta física e localização: 
· Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n. 50, de 21 de fevereiro de 2002 a SRPA pertence à planta física da unidade de Centro Cirúrgico. Caso seja necessário, o paciente poderá ser encaminhado novamente à SO.
· A SRPA deve ter dimensão mínima de 6 m², permitindo adequada distribuição e mobilidade dos recursos humanos e equipamentos. Ter um número de leitos proporcionais à especificidade do CC e à quantidade de salas existentes.
· Recomenda-se o número de SO acrescido de um, para cálculo do número de leitos de recuperação. Exemplificando: um CC com 15 SO deve ter, minimamente, uma SRPA com 16 leitos.
· A SRPA deve ter, no mínimo, dois leitos, com distâncias entre eles de 0,8 m, e entre os leitos e as paredes 0,6 m (exceto a cabeceira), permitindo espaço suficiente para acesso da equipe e manobra de equipamentos.
· Deve-se ter acesso fácil às unidades de apoio, como lavanderia, farmácia, banco de sangue e laboratórios, entre outros.
· O posto de enfermagem deve estar situado de modo a permitir a visualização de todos os leitos da unidade.
Por pertencer à planta física da unidade de CC, a SRPA deve possuir as mesmas características arquitetônicas relacionadas ao tipo de piso, paredes e instalações elétricas.
As paredes devem ser de cor neutra, suave e fosca para manter um ambiente claro e auxiliar na detecção de alterações na coloração da pele dos pacientes, além de colaborar com a redução do estresse visual no setor.
O piso deve ser de cor clara, revestido de material resistente à lavagem com produtos químicos, não poroso e livre de frestas.
O teto tem que ser contínuo, sem exposição de tubulações que podem acumular sujeira, mas acessível a manutenções, quando necessárias.
As portas precisam ser largas o suficiente para permitir a passagem de camas ou macas e aparelhos.
A iluminação deve ser feita com o uso de lâmpadas fluorescentes, por se rem mais econômicas e para minimizar a fadiga na visão, além de colaborar com a avaliação do paciente, facilitar a preparação de cuidados e da realização de registros; também deve haver iluminação de emergência.
Os sistemas de temperatura, ventilação e umidade devem ser iguais aos da SO, porém com regulação independente. A temperatura deve variar entre 20 e 24ºC e a umidade relativa entre 50 e 60%. É importante manter essa recomendação, pois, temperatura corporal na recuperação do paciente ao sair da SO apresenta geralmente hipotermia, que pode levar a complicações como extrassístoles, hipoxemia, náuseas e vômitos.
O sistema elétrico requer tomadas situadas a 1,5 m do chão, com voltagens 110 e 220 V devidamente identificadas, sem sobrecarga da rede elétrica. Os gases (oxigênio, ar comprimido e vácuo) devem ser canalizados para maior segurança e facilidade no manuseio durante o uso.
A SRPA também deve conter em sua área física uma sala de guarda de materiais e equipamentos, expurgo, equipamentos e materiais básicos em cada leito.
A SRPA deve ser provida de equipamentos básicos, em perfeitas condições de uso para atender os pacientes em qualquer situação, inclusive nas emergências. Os equipamentos podem ser divididos em:
1) Equipamentos básicos: Geralmente são fixos na parede, acima da cabeceira de cada leito: duas saídas de oxigênio com fluxômetro; uma saída de ar comprimido; uma fonte de aspiração a vácuo; um foco de luz; tomadas elétricas de ambas voltagens (110 e 220 V); monitor cardíaco; oxímetro de pulso; esfigmomanômetro e estetoscópio. (Aquilo que precisa conter do ponto de vista básico)
2) Equipamentos e materiais de suporte respiratório: Incluem ventiladores mecânicos, máscaras e cateteres para oxigênio, sondas para aspiração, carrinho de emergência com material completo para intubação orotraqueal e ventilação manual. (Tudo que se pensar no ponto de vias aéreas, é suporte respiratório)
3) Equipamentos e materiais de suporte cardiovascular: Contemplam equipos de soro e transfusão, cateteres, seringas e agulhas e equipos para medida de pressão venosa central (PVC). É necessária, também, uma variedade de soluções venosas, fármacos utilizados rotineiramente e aqueles relacionados à reanimação cardiovascular. (volemia= volume sanguíneo)
Outros materiais também são necessários na sala de recuperação, como bandeja de cateterismo vesical; sondas vesicais; sistema de drenagem vesical; pacotes de curativos; bolsas coletoras para drenos e ostomias; gazes; chumaços e adesivos; termômetros; frascos e tubos esterilizados para coleta de sangue; medicamentos e soros; travesseiros; almofadas; cobertores, mantas térmicas e talas.
A equipe de enfermagem da SRPA é composta por enfermeiros e técnicos de enfermagem, sendo

Outros materiais