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Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 1 APOSTILA- TEORIA E PRÁTICA- VERSÃO 1 – 2017/2 MECÂNICA DOS SOLOS (120H) PROFESSORES: GISELE SANTOS CUSTÓDIO LUANA MARIS PEDROSA CRUZ VEROÕNICA ALVES MOTA CRISTIANO BENÍCIO Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 2 _______________________________________________________________ ANÁLISE TÁTIL-VISUAL DO SOLO ________________________________________________________________ I. OBJETIVOS O objetivo de se caracterizar e classificar os solos em geologia de é o de poder prever os seus comportamentos, mecânico e hidráulico, em obras de engenharia, mineração e meio ambiente, conhecendo-se, ao mesmo tempo, as suas formas de ocorrência e a geometria das camadas nos locais em estudo II. ABORDAGEM TEÓRICA Quando são retiradas amostras deformadas e indeformadas de um terreno, o solo pode ser identificado em relação às características através do que chamamos de identificação tátil-visual. Isto é feito à medida que o solo vai sendo retirado no processo de amostragem em campo e eventualmente confirmado em laboratório. Este relatório vai abordar o reconhecimento de algumas destas características, que serão: a) Diferenciação de argilas, siltes e areias; b) Cor natural; c) Estado de umidade; d) Odores estranhos; e) Cimentação. III. PROCEDIMENTO PRÁTICO A). As diferenciações podem acontecer dos seguintes modos: I. Através de análise visual: 1) Areias: São ásperas ao tato, quando misturada com água. Quando seca, suas partículas são visíveis a olho nu e permitem, muitas vezes o reconhecimento de minerais. Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 3 2) Siltes: Quando secos são menos ásperos que a areia, mas perceptíveis ao tato. 3) Argilas: Quando secas tem uma sensação de farinha ao tato. Com água, tem a semelhança de uma pasta de sabão escorregadia. II. Teste de sujar as mãos Esfregar uma pasta de solo com água na palma da mão, colocando-se em seguida a mão sob água corrente: 4) Areias: Lava-se facilmente. 5) Siltes: Leve fricção após tempo de fluxo de água superior ao anterior. 6) Argilas: Rigorosa fricção após logo tempo de fluxo de água. Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 4 III. Teste de desagregação do solo submerso Coloca-se um torrão de solo em um recipiente com água, sem deixá-lo totalmente submerso. 7) Areias: Não formam torrões. 8) Siltes: Rápida desagregação. 9) Argilas: Lenta desagregação. IV. Teste de resistência a seco Apertar entre os dedos torrões de solo seco. 10) Areias: Nenhuma resistência. 11) Siltes: Média resistência, 12) Argilas: Grande resistência, Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 5 V. Teste de dispersão em água Coloca-se o solo desagregado em uma proveta com água, agita-se o conjunto e se observa o tempo de deposição das partículas: 13) Areias: De 15 a 30 segundos 14) Siltes: de 30 a 60 segundos. 15) Argilas: Horas VI. Mobilidade da água intersticial (Shaking teste) Mistura-se o solo com água até a formação de uma bola, macia, mas não pegajosa; coloca-se a amostra na palma de uma mão e sacudir com a outra mão, através de batidas vigorosas, a água pode, ou não (reação negativa), aparecer na superfície (que ficará úmida e brilhante), caso a reação seja positiva, então apertase a amostra entre os dedos: Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 6 16) Areias: Água desaparece rapidamente 17) Argilas: Água desaparece lentamente. B). Cor natural: Casualmente as cores mais claras indicam presença de solos ricos em minerais, como gipsita, sílica ou caulinita. A cor de um sólido e o resultado das cores predominantes dos minerais que o constituem e deve ser referida a condição do solo seco. As cores mais escuras como cinza e preto podem indicar solos orgânicos, a cor vermelha, amarela e um tom marrom indicam geralmente um solo originado de intemperismo químico, o vermelho escuro indica a presença de óxido de ferro não hidratado, enquanto as tonalidades mais claras indicam marrom e amarelo, indicam a presença de óxido de ferro hidratado C) Umidade: Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 7 Para ser analisado a umidade de um solo em campo é necessário pegar uma porção e identificar as seguintes condições: a) Seco – Ausência de umidade seca ao toque b) Úmido – Úmido, mas a água não estará visível c) Saturado – Água livre (normalmente abaixo do lençol freático) D) Odores estranhos A presença de odores é uma característica de solos orgânicos, E) Cimentação É a forma de agregação das partículas do solo por agentes cimentantes como óxido de ferro e de alumínio: Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 8 a) Fraco- Quebra-se facilmente com a pressão dos dedos b) Moderado- Quebra-se moderadamente com a pressão dos dedos c) Forte- Não se desintegra com a pressão dos dedos. IV. REFERÊNCIAS PASTORE, ERALDO LUPORINI; FONTES, RITA MOURA. CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS. GEOLOGIA DE ENGENHARIA. SÃO PAULO: ABGE, P. 197- 210, 1998. DE ALMEIDA, GIL CARVALHO PAULO. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E CLASSIFICAÇÃO DOS SOLOS. 2005. PIRES, PATRÍCIO. CARACTERIZAÇÃO TÁCTIL VISUAL, GRANULOMÉTRICA E DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE.2013 SITES: https://www.youtube.com/watch?v=y6u41ptRUKo https://www.engenhomaster.com/engenharia-de-solos http://www.fassina.eng.br/servicos http://www.aliancasondagens.com.br/empresa-sondagem-solo https://www.youtube.com/watch?v=y6u41ptRUKo https://www.youtube.com/watch?v=y6u41ptRUKo https://www.engenhomaster.com/engenharia-de-solos https://www.engenhomaster.com/engenharia-de-solos https://www.engenhomaster.com/engenharia-de-solos https://www.engenhomaster.com/engenharia-de-solos https://www.engenhomaster.com/engenharia-de-solos https://www.engenhomaster.com/engenharia-de-solos http://www.fassina.eng.br/servicos http://www.fassina.eng.br/servicos http://www.aliancasondagens.com.br/empresa-sondagem-solo http://www.aliancasondagens.com.br/empresa-sondagem-solo http://www.aliancasondagens.com.br/empresa-sondagem-solo http://www.aliancasondagens.com.br/empresa-sondagem-solo http://www.aliancasondagens.com.br/empresa-sondagem-solo http://www.aliancasondagens.com.br/empresa-sondagem-solo Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 9 DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE DO SOLO I. OBJETIVOS Determinar a quantidade de água, em massa, em relação a quantidade de solo seco. II. ABORDAGEM TEÓRICA Definimos teor de umidade (w) de uma amostra de solo como a razão entre a massa da água (Mw) contida em certo volume de solo e a massa da parte sólida/seca (Ms) existente nesse mesmo volume, expressa em porcentagem. A nomenclatura internacional utiliza o símbolo w. Umidade é a relação entre a massa total de água presente no agregado e a sua massa seca: 𝑤 = 𝑀𝑤 𝑀𝑠 𝑥 100 Onde Mw = Massa de água presente na amostra Ms = Massa do material seco. Teores de umidade devem ser expressos com aproximação de pelo menos 0,1%, exceto quando definem limites de consistência. O teor de umidade de um solo, embora expresso como tal, não é uma porcentagem. Imagine uma amostra seca, à qual vão adicionadas porções de água. O peso da água aumenta, mas o peso das partículas sólidas é constante. Portanto o limite inferior para a umidade de um solo é zero (0 %),mas não há limite superior para este índice. Conhecido o teor de umidade de um solo, pode ser calculado o fator de correção de umidade (fc), também chamado fator de conversão, que ao ser multiplicado pelo peso de uma amostra com esse teor de umidade fornece o peso que tal amostra teria se estivesse seca. (Talvez seja a aplicação mais freqüentemente usada em toda a geotecnia.). fc = 100 / (100 + w) Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 10 Nesta apostila serão apresentados os seguintes métodos e processos para a determinação do teor de umidade de um solo: estufa, banho de areia, álcool etílico, densímetro nuclear e “speedy”. III. MÉTODOS DE DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO SOLO a) Determinação da umidade pelo processo da estufa (Referências: NBR 6457; M1 – 61 (DER/SP) ) a.1) Materiais e equipamentos necessários 1. Balança com capacidade de 1 kg e precisão de 1 g ou menos; 2. Estufa capaz de manter temperatura entre 105-110o C; 3. Amostra: 500 g do material úmido; 4. Recipientes adequados, confeccionados com material não corrosível, como: cápsulas metálicas com tampa ou pares de vidro de relógio com grampo, de dimensões adequadas; 5. Separador mecânico (quarteador) de amostras. Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 11 a2) Procedimento do ensaio 1- Pesar 300 a 500g de solo previamente quarteado; 2- Colocar a amostra na estufa, a temperatura entre 105º a 110ºC; 3- Após a secagem, determinar a massa da amostra em intervalos de pelo menos 2h até a constância de massa. (Constância de massa: considera-se que uma amostra atingiu constância de massa, quando em duas pesagens consecutivas, permanecendo a amostra na estufa por um intervalo de tempo razoável entre elas, apresentar mesma leitura na pesagem.) Alguns autores consideram que o intervalo de 12 a 24h é o suficiente para se determinar a constância de massa seca do solo. Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 12 a3) Resultados A umidade do agregado expressa em porcentagem de material seco será calculada pela equação abaixo e seu valor deverá ser o valor médio entre os resultados obtidos em dois ensaios. Esses resultados não devem diferir entre si mais que 0,5%. 𝑤 = 𝑀𝑢 − 𝑀𝑠 𝑀𝑠 . 100 Onde: w= teor de umidade; Mu= massa úmida; Ms= massa seca. Quando existe a necessidade de grande acurácia no resultado do ensaio de determinação da umidade pelo processo da estufa (p. exemplo, ao executá-lo como parte do ensaio de granulometria ou na determinação da densidade dos grãos), exige-se que pelo menos duas das determinações não difiram mais que 0,2 %. A média dos resultados válidos será adotada como teor de umidade da amostra. (A probabilidade de que dois resultados falsos apresentem mesmo valor é considerada pequena. Esta regra funciona como um controle para a qualidade do ensaio). Há casos em que tal precisão não pode ser exigida (por exemplo, quando a amostra não pode ser homogeneizada). É preciso distinguir entre casos em que se determina a média entre as determinações válidas de uma amostra (homogeneizada) e casos em que se determina a média entre teores de umidade de amostras diferentes de um mesmo solo (tomar como exemplo uma amostra indeformada, coletada com o objetivo de determinação da massa específica aparente seca, da qual se colhem três amostras distintas para a determinação do teor de umidade médio). Dois ensaios (cada um com um mínimo de três determinações da umidade), efetuados pelo mesmo operador para uma amostra de solo, não deverão diferir mais de 0,2 %. Tendo sido utilizado este critério, o teor de umidade adotado deverá ser a média dos resultados. Sempre que a temperatura de secagem do material for diferente de 100-105ºC, o fato deve ser indicado na ficha do ensaio. Exemplo de ficha de ensaio, válida para os processos da ESTUFA, ÁLCOOL ETÍLICO E BANHO DE AREIA. Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 13 FICHA PARA DETERMINAÇÃO DE TEOR DE UMIDADE TEOR DE UMIDADE E FATOR DE CONVERSÃO DE SOLOS Amostra Cápsula número Tempo em estufa (preenchimento opcional) Massa do solo úmido + tara M1 Massa do solo seco + tara M2 Massa do recipiente (com tampa) M3 Massa de solo seco Ms= (M2-M3) Massa de água Mw= (M1-M2) Teor de umidade 𝑤 = ( 𝑀𝑤 𝑀𝑠 ) . 100 Teor de umidade (média entre determinações válidas)* Fator de conversão 𝐹𝑐 = 100/(100 + 𝑤) A diferença entre duas determinações de umidade para uma mesma amostra homogênea, pelo método de estufa, não deverá diferir em mais de 0,2% Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 14 Em laboratório, o processo da estufa deverá ter preferência sobre qualquer outro. A possibilidade de controle da temperatura permite seu uso com amostras de solos orgânicos outros materiais sensíveis a altas temperaturas. Por exemplo, em algumas argilas, temperaturas na ordem de grandeza de 90ºC podem iniciar um processo de quebra de sua estrutura cristalina (cracking), com perda de água de constituição. Solos orgânicos podem começar a calcinar-se a partir de 70º C. Nestes casos, recomenda-se que a estufa seja regulada para que a temperatura oscile entre 60 e 65ºC, ainda que isto obrigue um tempo maior de secagem, a qual só terminará quando se observar constância de peso (ver observação anterior). A utilização mais frequente em laboratório para o teor de umidade é o cálculo do fator de conversão, utilizado para se obter o peso seco de uma amostra. O peso seco é utilizado nos cálculos de quase todos os demais ensaios de Mecânica dos Solos. Os processos de campo são utilizados para decisões imediatas, como verificar se um solo está pronto para ser trabalhado, se deve ser aumentado ou diminuído seu teor de umidade antes de uma compactação, etc. Para tais finalidades, geralmente não é necessária uma precisão tão grande quanto no processo da estufa, que é mais demorado. b) DETERMINAÇÃO DA UMIDADE PELO PROCESSO BANHO DE AREIA (também chamado de frigideira ou do fogareiro) b1) Introdução Conceitualmente semelhante ao processo da estufa, utiliza a mesma ficha de ensaio. É um processo usado no campo. A falta de controle da temperatura desaconselha seu uso com solos orgânicos. b2) Materiais e equipamentos necessários a) Frigideira (ou outro recipiente) com camada de areia de espessura de pelo menos 3 cm; b) Fonte de calor para aquecer o recipiente mencionado em (a). A fonte de calor pode ser um bico de gás ou um fogareiro. Daí o nome do ensaio. c) Cápsulas metálicas com tampa; d) Pinças para manipular as capsulas à quente. e) Balança com capacidade 200g e resolução 0,01 g. Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 15 b3) Procedimento do ensaio: 1) Pesar as cápsulas com tampa e anotar números e pesos (P3); 2) Colocar cada amostra (~1/3 da cápsula) na cápsula, sem tampa. Pesar e anotar (P1); 3) Apoiar a cápsula sobre a camada de areia quente até que pareça estar completamente seca. Tampar a cápsula e esperar atingir a temperatura ambiente. Pesar e anotar; 4) Repetir (3) até que se observe constância de peso; anotar (P2). (A secagem do solo dura entre vinte minutos e uma hora. Quando se trabalha com um mesmo tipo de solo (obras longas usando uma mesma jazida), sem matéria orgânica, a longa prática com aquele solo permite que, às vezes, a constância de peso seja substituída por um período fixo de tempo de aquecimento.) Cálculos: Peso da água na amostra: Mw= M1– M2 Peso do solo seco: Ms= M2 – M3 Teor de umidade: W = 100 .Mw / Ms Não são definidos critérios de aprovação para o ensaio. É um processo expedito, usadopara tomar decisões imediatas. A precisão cede lugar à urgência, e não é incomum a perda de um trabalho por não ser executada repetição de ensaios para controle. Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 16 c) DETERMINAÇÃO DA UMIDADE PELO DO ÁLCOOL ETÍLICO c1) Introdução Este procedimento pode ser usado no campo, quando autorizado pela fiscalização. Restrições são devidas à falta de controle da temperatura, que causa queima de matéria orgânica e pode provocar “cracking” em partículas de argila por perda de água de constituição. Como a queima de álcool comum deixa água como resíduo, só deve ser usado álcool etílico não hidratado. c2) Materiais e equipamentos necessários a) Balança com capacidade 200 g e sensibilidade 0,01g; b) cápsulas metálicas com tampa, com numeração marcada de forma permanente; c) espátula de aço de ponta arredondada (~ 8 cm de comprimento); d) pinça com tamanho suficiente para manipular a cápsula utilizada. c3) Procedimento do ensaio 5) Pesar cada cápsula (seca e limpa) com tampa (P3); 6) Colocar cada amostra (~1/3 da cápsula) na cápsula, sem tampa. Pesar e anotar (P1); 7) Adicionar álcool etílico à amostra, revolvendo-a com a espátula; 8) Atear fogo à amostra, estando a cápsula presa com as pinças e revolvendo continuamente a amostra para evitar grumos de solo, até que toda a água se evapore. 9) Repetir os procedimentos (3) e (4) até observar constância de massa. (Geralmente isto ocorre a partir da terceira pesagem. Depois de cada queima, a cápsula é imediatamente tampada, e a pesagem é feita com a cápsula à temperatura ambiente.). 10) Pesar a cápsula com o solo seco e anotar (P2). Cálculos Peso da água na amostra: Mw= M1– M2 Peso do solo seco: Ms= M2 – M3 Teor de umidade: W = 100 .Mw / Ms Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 17 O DNER (atual DNIT) utiliza cápsula metálica perfurada no fundo e com suporte padronizado, tendo padronizado este ensaio pela ME 088/94 para amostras com cerca de 50 g passante na peneira de 2,0 mm. d) DETERMINAÇÃO DA UMIDADE PELO MÉTODO DENSÍMETRO NUCLEAR (CAMPO) Baseia-se na propriedade da água de moderar a velocidade das emissões de nêutrons. Colocando um emissor de neutrons rápidos em uma sonda e usando um contador de nêutrons lentos, este registrará valores proporcionais à umidade no espaço entre eles. O instrumento é aferido para a água pura e para a areia seca. A variação da umidade é expressa em gráfico correspondente à leitura do contador Geiger. A principal função do aparelho é avaliar a densidade aparente do solo. Este método é mais usado em agronomia, e não está muito difundido no Brasil devido ao elevado custo do equipamento. a) DETERMINAÇÃO DA UMIDADE PELO MÉTODO “SPEEDY” e1) Introdução A determinação do teor de umidade de solos e agregados miúdos com utilização do aparelho “Speedy” tem base na reação química da água existente em uma amostra com o carbureto de cálcio, realizada em ambiente confinado. CaC2 + 2 H2O → C2 H2 + Ca (OH)2 (carbureto de cálcio + água → acetileno e hidróxido de cálcio) Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 18 O gás acetileno ao expandir-se gera pressão proporcional à quantidade de água existente na amostra. A leitura dessa pressão em um manômetro permite a avaliação da quantidade de água em uma amostra, e em conseqüência, do seu teor de umidade. e2) Materiais e equipamentos necessários a) Conjunto speedy completo (modelo alemão); b) Ampolas de carbureto de cálcio (CaC2) com cerca de 6,5g; c) O peso da amostra a ser utilizada é escolhido pela umidade que se admite a amostra possuir, de acordo coma tabela seguinte: Peso da amostra em função da umidade estimada Umidade estimada, em % Peso da amostra, em g 5 10 20 30 ou mais 20 10 5 3 e3) Procedimento do ensaio 1) Pesar a amostra e colocar na câmara do aparelho; 2) Introduzir na câmara duas esferas de aço, seguidas da ampola de carbureto de cálcio, deixando-a deslizar com cuidado pelas paredes da câmara, para que não se quebre; 3) Fechar o aparelho e agitá-lo repetidas vezes para quebrar a ampola, o que se verifica pelo surgimento de pressão assinalada no manômetro; 4) Ler a pressão manométrica após esta se apresentar constante, o que indica que a reação se completou. Instituto Politécnico UNA- Curso Engenharia Civil- Disciplina Mecânica dos Solos 19 5) (Se a leitura manométrica for menor que 20 KPa [0,2 kg/cm2], o ensaio deve ser repetido com peso de amostra imediatamente superior ao empregado, conforme a tabela. Se a leitura for maior que 150 kPa [1,5 kg/cm2], interromper o ensaio, afrouxando a tampa do aparelho devagar, e repetir o ensaio com um peso imediatamente inferior. Apenas na faixa de 0,2 a 1,5 kg/cm2 o aparelho fornece leituras confiáveis.) 6) Entra-se na tabela de aferição própria do aparelho com a leitura manométrica e o peso da amostra utilizada no ensaio, obtendo a percentagem de umidade em relação à amostra total úmida (w1). Resultado Como a umidade é definida por w = 100 Mw/Ms é necessário fazer a conversão deste falso valor (W1=100. Mw/M) para o real valor do teor de umidade (w=100 Mw/Ms). w1 = 100 * Mw / Mt ; w = 100 * Mw / Ms e Mt = Mw + Ms w1 = 100 * Mw / (Ms + Mw) ou w1 * (Ms + Mw) = 100 * Mw Desenvolvendo e dividindo por Ms, w1 * (1 + w /100) = w → 100 . w = h1 * h + 100 * w1 w * (100 - h1) = 100 * w1 → w = 100 * w1 / (100 - w1) Resultado final: w = 100. w1 / (100 – w1)
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