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1 UNIVERSIDADE POTIGUAR ESCOLA DA SAÚDE CURSO DE PSICOLOGIA DISCIPLINA: INTERVENÇÕES PSICANALÍTICAS – 7NA DOCENTE: MARIA APARECIDA DE FRANÇA GOMES DISCENTE: DAYANE XAVIER DE LIRA RESENHA CRÍTICA FULGENCIO, Leopoldo. O brincar como modelo do método de tratamento psicanalítico Rev. bras. psicanál v.42 n.1 São Paulo mar. 2008 de Psicanálise Winnicottiana. FRANCO, Sérgio. O brincar e a experiência analítica Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica Ágora (Rio J.) vol.6 no.1 Rio de Janeiro Jan./June 2003 Leopoldo Fulgencio, professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da puc Campinas; membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise Winnicottiana. Sérgio de Gouvêa Franco, Psicanalista, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae de São Paulo; professor doutor do Curso de Psicologia da Universidade Paulista; membro pesquisador do Laboratório de Psicopatologia Fundamental da PUC-SP. Os autores de “O brincar como modelo do método de tratamento Psicanalítico” e “O brincar e a experiência analítica”, trazem como foco principal fornecer uma compreensão e mostrar de forma objetiva o contexto de tratamento psicanalítico com ênfase no brincar de acordo com a obra de Donald W. Winnicott e destaca seus principais conceitos, sem deixar de lado as características do método de tratamento psicanalítico tradicional, como Freud e Melanie Klein o compreendia. Algumas das subdivisões contidas nos textos são: O brincar em Winnicott, A noção de psicopatologia de Winnicott, O brincar e a sessão analítica, Winnicott e o brincar como metodologia clínica. O artigo “O brincar como modelo do método de tratamento psicanalítico”, é composto por 13 páginas e foi publicado em 2008, e “O brincar e a experiência analítica”, contém 15 páginas com ano de publicação 2003. 2 Na primeira parte dos dois artigos, os autores explicitam o “brincar” na visão de Winnicott, para ele o brincar era objeto de estudo, e fugia daquela ideia popular da brincadeira sem importância alguma, mas sim algo a ser olhado com potencialidade própria. Winnicott conceituava a brincadeira de maneira diferente de Melanie Klein, que a vê como forma de comunicação importante para as sessões com crianças, ele focava no brincar (verbo) e não na brincadeira (substantivo), que não se limita às crianças, mas aplica-se também aos adultos, caracterizando a clínica psicanalítica como uma forma altamente especializada de brincar1. O campo que está entre o mundo psíquico e o mundo socialmente construído é a transicionalidade, campo intermediário, que é de fundamental importância para se compreender a noção do brincar de Winnicott. A transicionalidade explicada pelos autores é um período que se inicia quando a criança começa a se separar da mãe (separação que já se iniciou no processo de desmame), fazendo com que ela substitua a mãe por outro objeto. Não obstante, para que ocorra esse momento é necessário que nas fases anteriores o bebê viva em ambiente propício ao desenvolvimento da confiança em si e no mundo. O brincar e brincadeira na fase adulta se refere a relação do sujeito com o mundo, com as pessoas de sua convivência, com seu trabalho e suas atividades, o campo intermediário nos adultos está manifesto nas artes, religião e cultura. Sobre o que antecede a transicionalidade Winnicott diz: A mãe adapta-se às necessidades de seu bebê e de seu filho, que gradativamente se desenvolve em personalidade e caráter, e essa adaptação concede-lhe certa medida de fidedignidade. A experiência que o bebê tem dessa fidedignidade, durante certo período, origina nele, e na criança que cresce, um sentimento de confiança. A confiança do bebê na fidedignidade da mãe e, portanto, na de outras pessoas e coisas, torna possível uma separação do não-eu a partir do eu. Ao mesmo tempo, contudo, pode-se dizer que a separação é evitada pelo preenchimento do espaço potencial com o brincar criativo, com o uso de símbolos e com tudo o que acaba por se somar a uma vida cultural (Winnicott, 1971q, p. 151). A subdivisão textual que disserta sobre o brincar e a sessão analítica, traz detalhes de como se desenvolve o modelo de tratamento psicanalítico para Winnicott. 1 “O natural [universal] é o brincar, e o fenômeno altamente aperfeiçoado do século xx é a psicanálise” (Winnicott, p. 63). 3 Se institui não só na interpretação do que é manifesto na análise da transferência do imaginário, mas na brincadeira como uma linguagem singular que a criança traz consigo, no encontro de si. Sendo, ao permitir que a brincadeira aconteça livremente, que o inconsciente, presente em tudo e em todos se manifesta. O analista precisa ter comparência e comunicação de forma afetiva e não rigorosamente técnica, com o nítido despertamento de trazer maturidade, o diferencial na clínica psicanalítica com crianças consiste objetivamente no método sem efetivamente enfatizar os princípios básicos. unindo na clínica o sujeito interno em sua forma subjetiva e o externo ao que lhe é dado como objeto, traduzindo o fazer do brincar com o desejo no despertar inconsciente da criação. Em concordância com os temas abordados presente nos dois artigos, no qual os autores trazem a luz da clínica psicanalítica o brincar em Winnicott, asseveramos em comum acordo com o que hora foi descrito no texto acima concluímos ser de suma importância na clínica com criança o brincar. Embora Freud não tenha abordado esse método de análise com criança no setting analítico na forma tradicional, mas abrindo precedentes para tal na teorização da sexualidade infantil (Complexo de Édipo) e no caso clínico do pequeno Hans. Várias foram as contribuições e concepções em torno do brincar entre psicanalistas infantis, destacamos Winnicott, que evidenciaram a importância do brincar constituinte do sujeito, e que são essenciais para a estruturação psíquica da criança, exercitando sua capacidade criativa e imaginativa, constituindo seu eu, através do brincar amparado transferêncialmente pelo analista. O público a qual possa interessar os artigos, são profissionais ligados a educação infantil, psicopedagogos, profissionais das áreas clínicas, psicanalistas, psicólogos, e aos admiradores da psicanálise a nível de conhecimento. Amelice Furini Da Silva Câmara, Erich Hoffimester Gomes De Sousa, Fabiane Rodrigues Do Nascimento, Rogério Jorge Guimarães Santos, são graduandos do Curso de Psicologia, sétimo período, da Universidade Potiguar – UNP.
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