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ESCOLA DA SAÚDE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA TÉCNICAS DE PESQUISA PROFESSOR: DANIEL SANTOS ALUNO(A): DAYANE XAVIER DE LIRA Artigo Transtorno de ansiedade e a Terapia Cognitiva Comportamental Natal/2020 Introdução Este artigo traz o resultado de pesquisa bibliográfica do transtorno de ansiedade juntamente com o tratamento de terapia cognitiva comportamental (TCC), cujo objetivo não constitui em demostrar o processo terapêutico, mas sim discutir como o terapeuta pode levar o sujeito a descobrir as suas possibilidades de escolha e consequentemente de autonomia através da TCC utilizando a psicoeducação, a conceituação cognitiva, junto com paciente a reestruturação cognitiva, teste de evidências análise das vantagens e desvantagens das tomadas de decisões possíveis, e solução de problemas, esse foi o objetivo pelo qual nós escolhemos esse tema. 1. sintomas do transtorno de ansiedade. A ansiedade é uma reação normal de cada ser humano diante de ocorrências que podem provocar medo, dúvida ou expectativa, mais quando esse sentimento continua por longos momentos de tempo e passa a comprometer as atividades do dia a dia, a ansiedade deixa de ser natural e passa a ser um motivo para ser preocupar. O principal sintoma do Transtorno da ansiedade generalizada (TAG), é um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, de acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV). O transtorno da ansiedade generalizada pode estar diretamente relacionado a alguns neurotransmissores que ocorrem naturalmente em nosso cérebro, a exemplo da serotonina, dopamina e norepinefrina. Outra crença é a de que um conjunto de fatores possam estar envolvidos nas razões pelas quais um indivíduo possa vir a apresentar a doença, entre eles genética e fatores externos, como o estresse do dia a dia e a qualidade de vida da pessoa. Algumas condições físicas também podem ser associadas à ansiedade. Os exemplos incluem: Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) Doenças cardíacas Hipotireoidismo e hipertireoidismo Menopausa O principal sintoma do transtorno de ansiedade generalizada é a presença quase permanente de preocupação ou tensão, mesmo quando há poucos motivos ou quando não existe um motivo algum para isso. As preocupações parecem passar de um problema para outro, como questões familiares, amorosas, relacionadas ao trabalho, à saúde ou de várias outras origens. Mesmo quando as pessoas com esse transtorno têm consciência de que suas preocupações ou medos são mais fortes do que o necessário, elas ainda têm dificuldade para controlar essas reações. 2. A importância de procurar um profissional de saúde na área de psicologia que tenha a abordagem em terapia cognitiva comportamental. Diante de uma crescente procura dos profissionais de Psicologia na área da saúde, tem surgido, uma necessidade de compreender o campo da Psicologia aplicada à saúde. Aferindo que a Psicologia da Saúde é uma área atual, desenvolvida a partir da década de 70, no Brasil, as instituições de saúde formam um novo campo de atuação para os psicólogos. O crescente interesse pela atuação nessa área específica surge da necessidade de entender e pensar o processo saúde/doença numa dimensão psicossocial e de compreender e intervir sobre os contextos do indivíduo ou grupos, expostos a diferentes doenças e condições de saúde impróprias. A Psicologia da Saúde busca compreender o papel das variáveis psicológicas sobre a manutenção da saúde, o desenvolvimento de doenças e seus comportamentos associados. Além de desenvolver pesquisas sobre cada um desses aspectos, os psicólogos da saúde realizam intervenções com o objetivo de prevenir doenças e auxiliar no manejo ou no enfrentamento das mesmas (Miyazaki, Domingos & Caballo, 2001). Segundo De Marco (2003), o termo "psicologia da saúde" tem sido utilizado para denominar o conjunto de atividades exercidas por profissionais da área de psicologia no campo da saúde, não somente nas formas de assistência e pesquisa, mas também na forma de ensino. Os psicólogos da saúde se voltam para a compreensão da maneira como os fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam a saúde e a doença, Podendo estar concentrados na promoção da saúde e prevenção de doença, trabalhando com os fatores psicológicos que fortalecem a saúde e que reduzem o risco de adoecer, podem disponibilizar serviços clínicos a indivíduos saudáveis ou doentes em diferentes contextos e, podem ainda, estar envolvidos em pesquisa e investigação, no ensino e formação (Teixeira, 2004). Os desempenhos dos profissionais de Psicologia da Saúde estão se expandindo à medida que o campo amadurece. A maioria dos psicólogos da saúde trabalham em hospitais, clínicas e departamentos acadêmicos de faculdades e universidades onde eles podem fornecer ajuda direta e indireta aos pacientes. Na atuação clínica, podem fornecer atendimento para pacientes com dificuldades de ajustamento à condição de doente, como por exemplo, na redução de sentimentos de depressão no paciente internado. Pode-se também ensinar aos pacientes métodos psicológicos para ajudá-los a manejar ou gerir os problemas de saúde, como aprender a controlar as condições de dor (Sarafino, 2004). Em paralelo a Terapia Cognitiva Comportamental é uma especialidade na área da Psicologia que consiste em um sistema de psicoterapia, proposto e desenvolvido pelo Dr. Aaron Beck e seus colaboradores, que integra um modelo cognitivo de psicopatologia e um conjunto de técnicas e estratégias terapêuticas baseadas diretamente nesse modelo. A Terapia Cognitiva, como foi inicialmente chamada, foi proposta pelo Dr. Aaron Beck, psiquiatra e professor de psiquiatria na Escola de Medicina da Universidade da Pennsylvania, em Philadelphia, Estados Unidos. Na década de 1950, além de psiquiatra, o Dr. Beck atuava também como psicanalista. Com a intenção de validar os princípios psicanalíticos, decidiu conduzir pesquisas, utilizando o método científico, adotado pelo meio acadêmico. Iniciou suas pesquisas estudando o modelo psicanalítico da depressão, porém seus dados não ofereceram suporte ao modelo original. Ao contrário, com base nos dados obtidos, ele propôs um modelo alternativo - o modelo cognitivo de depressão - que, evoluindo em seus aspectos teóricos e práticos, resultou na proposição de um novo sistema de psicoterapia, que ele denominou de Terapia Cognitiva, ou seja, terapia que atua sobre a estrutura e o funcionamento cognitivo dos pacientes. A denominação TCC se popularizou a partir dos anos 1980 e envolve o mesmo princípio básico e o mesmo modelo de psicopatologia da TC, apenas reconhecendo a possibilidade de atuação direta sobre comportamentos, com o objetivo de provocar mudanças nas cognições a eles associadas. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) baseia-se na hipótese de vulnerabilidade cognitiva como um modelo de transtorno emocional. Seu princípio básico, que reflete uma postura construtivista, é de que nossas representações de eventos internos e externos, e não um evento em si, determinam nossas respostas emocionais e comportamentais. Nossas cognições ou interpretações, as quais refletem formas idiossincráticas de processar informação e representar o real, constituiriam a base dos transtornos emocionais, os quais seriam definidos, em TCC, mais propriamente como transtornos de processamento de informação. A TCC adota um paradigma de processamento de informação como modelo de funcionamento humano. Tem como princípio básico a proposta de que, na verdade, constrói-se a realidade na medida em que se processa os eventos, as pessoas e a si próprio. Ou seja, não percebemos a realidade como ela é, mas a percebemos à luz de nossas experiênciasanteriores de vida. E a nossa percepção da realidade determina nossas respostas emocionais e comportamentais. Diante disso é de suma importância procura o psicólogo na área de saúde, formado e especializado em TCC. 3. Como funciona a Terapia cognitiva comportamental (TCC) e seus resultados. Dentro da psicologia, existe diversas abordagens que podem solucionar transtornos psicológicos de todos os tipos. Entre suas abordagens, está a Terapia Cognitivo Comportamental ou TCC, procurar por atendimento psicológico é muito comum e não precisa estar associado diretamente com uma doença. O que é a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)? A Terapia Cognitivo Comportamental ou TCC é uma abordagem da psicoterapia baseada na combinação de conceitos do Behaviorismo radical com teorias cognitivas. A TCC entende a forma como o ser humano interpreta os acontecimentos como aquilo que nos afeta, e não os acontecimentos em si. Ou seja: é a forma como cada pessoa vê, sente e pensa com relação à uma situação que causa desconforto, dor, incômodo, tristeza ou qualquer outra sensação negativa. A Terapia Cognitiva foi fundada no início dos anos 60 por Aaron Beck, Neurologista e Psiquiatra norte-americano. Beck propôs, inicialmente, um “modelo cognitivo da depressão” e que posteriormente evoluiu para a compreensão e tratamento de outros transtornos. Essa abordagem é bastante específica, clara e direta. É utilizada para tratar diversos transtornos mentais de forma eficiente. Seu objetivo principal é identificar padrões de comportamento, pensamento, crenças e hábitos que estão na origem dos problemas, indicando, a partir disso, técnicas para alterar essas percepções de forma positiva. A TCC se destina tanto ao tratamento dos diferentes transtornos psicológicos e emocionais como a depressão, ansiedade, transtornos psicossomáticos, transtornos alimentares, fobias, traumas, dependência química, entre outros. Além disso, a Terapia Cognitivo Comportamental auxilia nas diversas questões que envolvem nossa vida como um todo, como: dificuldades nos relacionamentos, escolhas profissionais, luto, separações, perdas, estresse, dificuldades de aprendizagem, desenvolvimento pessoal e muitos outros. Como funciona a Terapia Cognitivo Comportamental? Sabendo que o objetivo principal da Terapia Cognitivo Comportamental é mudar os sistemas de significados dos pacientes para alterar suas emoções e comportamentos com relação às situações, o primeiro passo da terapia é entender esses sistemas. Para isso, durante as sessões de TCC, o psicólogo vai identificando sentimentos, pensamentos e comportamentos de determinadas situações descritas pelo paciente. A partir disso, alguns padrões vão sendo identificados. São esses padrões que determinam crenças e percepções para cada experiência vivida. A TCC postula que há pensamentos nas fronteiras da consciência que ocorrem espontânea e rapidamente, e são uma interpretação imediata de qualquer situação. São chamados de pensamentos automáticos e são distintos do fluxo normal de pensamentos. https://www.vittude.com/blog/o-que-e-psicoterapia/ https://www.vittude.com/blog/depressao/ https://www.vittude.com/blog/depressao/ https://www.vittude.com/blog/ansiedade-generalizada/ https://www.vittude.com/blog/como-escolher-um-psicologo/ observado no raciocínio reflexivo ou na livre associação. Diante dos padrões mal adaptativos ou disfuncionais de pensamentos, cabe ao terapeuta auxiliar o paciente a encontrar novas possibilidades de pensamentos alternativos e mais funcionais que possibilitem uma boa adaptação à sua realidade social. Isso é feito a partir da determinação de um foco e de metas para que, com o tempo, o paciente adquira sua autonomia e possa lidar com as questões por conta própria. Esta é a reestruturação cognitiva e comportamental que dá nome à abordagem. Os pontos determinantes de compreensão e atuação do TCC são: • Ambiente ou situação onde ocorre o problema • Pensamentos e sentimento envolvidos no problema • Estado de humor e emoção resultantes • Reação física • Comportamento Por exemplo: você já deve ter vivido alguma situação onde precisou apresentar um assunto para um grupo de pessoas. Antes da apresentação, os pensamentos automáticos costumam gerar angústia e ansiedade, criando cenários mentais negativos que nem aconteceram ainda. Esses cenários podem ser: acreditar que ninguém irá gostar da apresentação, sentir que ficará nervoso, suando, gaguejando, que falará algo de errado e passará vergonha, por exemplo. São essas percepções que acabam gerando comportamentos negativos e criando situações desconfortáveis. Cada pessoa olha para as situações da vida pelo seu buraquinho de percepções. Isso não significa que, apenas adquirindo pensamentos positivos, as situações serão diferentes. É preciso olhar para cada situação de forma mais aprofundada e complexa, compreendendo os padrões de percepção e comportamentos já enraizados em cada pessoa. A solução é desconstruir esses pensamentos, gerando uma flexibilidade de comportamento. Quando pensamento, emoção e comportamento estão em equilíbrio, é muito mais fácil agir de forma consciente e sem prejuízos. Para isso, é preciso saber distinguir os sentimentos da própria realidade, entendendo como um influência o outro e avaliando de forma crítica a veracidade de nossos pensamentos automáticos. Com isso, é possível desenvolver habilidades para perceber quando essas suposições aparecem, interrompendo e modificando suas consequências. Algumas técnicas do TCC Entre as técnicas para mudanças de comportamento dentro da Terapia Cognitivo Comportamental estão: • Reversão de hábitos para aumentar a percepção do paciente sobre cada episódio que traz desconforto. Gerar a capacidade de interromper isso com uma resposta mais adequada. • Aumentar a consciência para identificar os fatores desencadeantes e as sequências de acontecimentos associados com determinado sintoma ou comportamento. • Monitoramento e registro de cada ocorrência. Anota-se informações como dia e hora, localização, pensamentos, sentimentos e emoções que podem ser úteis ao tratamento. • Utilização de uma resposta adequada para controlar a reação. • Controle de stress, ensinando maneiras eficientes de respiração, relaxamento muscular e técnicas cognitivas para ajudar o controle da angústia. • Prevenção de recaídas, ensinando o paciente a lidar com os fatores que desencadeiam situações negativas. Quem precisa fazer Terapia Cognitivo Comportamental? Todos podem fazer a Terapia Cognitivo Comportamental: homens, mulheres, crianças, adultos, pessoas com algum transtorno mental ou que estão passando por qualquer tipo de conflito interno. Entretanto, a TCC é altamente recomendada principalmente em casos de depressão, transtornos de ansiedade, transtorno obsessivo compulsivo, síndrome do pânico, fobia social e outras situações que possuem como base fundamental os comportamentos, pensamentos e emoções da pessoa com relação à vida. Para quem possui o diagnóstico de problemas psicológicos, normalmente serão realizadas entre 10 e 20 sessões de Terapia Cognitivo Comportamental. Para cada perfil de paciente serão aplicadas técnicas diferentes no tratamento. Seu curto tempo de duração, ação de forma prática para melhorar comportamentos específicos e eficácia comprovada na cura de transtornos são os principais fatores que fazem com que esse tipo de abordagem seja um dos mais procurados atualmente. Na Terapia Cognitivo Comportamental, a relação entre paciente e terapeuta deve ser de colaboração mútua. A eficácia do tratamento se dá, em grande parte, pela qualidade desta relação. É o bom vínculo que impulsiona o paciente a manifestar melhor os seus próprios sentimentos durante a sessão. https://www.vittude.com/blog/depressao/ https://www.vittude.com/blog/toc-transtorno-obsessivo-compulsivo-sinais-sintomas-e-tratamentos/ https://www.vittude.com/blog/toc-transtorno-obsessivo-compulsivo-sinais-sintomas-e-tratamentos/https://www.vittude.com/blog/sindrome-do-panico-sintomas-fisicos/ https://www.vittude.com/blog/fobia-social-causas-tratamentos-remedio/ Referências ▪ CFP – Conselho Federal de Psicologia. (2010). Resolução 13/07. Acesso em 12/03/10. Disponível em http://www.pol.org.br ▪ De Marco, M. A. (2003). Psicologia da Saúde. In: M. A. De Marco. A Face Humana da Medicina: do modelo biomédico ao modelo biopsicossocial, (pp. 71-76). São Paulo: Casa do Psicólogo. ▪ Dra. Ana Maria Martins Serra, (PhD - Instituto de Terapia Cognitiva, São Paulo, SP)- Terapia Cognitiva Ou TCC - Terapia Cognitivo- Comportamental. ▪ Paulo Knapp, Aaron T Beck; Fundamentos, modelos conceituais, aplicações e pesquisa da terapia cognitiva.(2008) ▪ Marlene Alves da Silva; Terapia Cognitiva-Comportamental: da teoria a prática (2014). http://www.pol.org.br/
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