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Psicoterapia Cognitivo Comportamental

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1 
 
SUMÁRIO 
1 COGNITIVO COMPORTAMENTAL ............................................................ 2 
2 TEORIA E PRÁTICA ................................................................................... 7 
3 PAPEL DO TERAPEUTA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL .................. 9 
4 PROCEDIMENTO TERAPÊUTICO .......................................................... 10 
5 INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES ................................................. 13 
6 PRINCIPAIS TÉCNICAS ........................................................................... 14 
7 ÁREAS DE ATUAÇÃO.............................................................................. 16 
8 TERAPIA COGNITIVA: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS ........................... 18 
9 TERAPIA COMPORTAMENTAL: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS ........... 23 
10 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL: DESENVOLVIMENTO E 
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS ................................................................................. 26 
11 A REVOLUÇÃO COGNITIVA NA PSICOLOGIA ................................... 27 
12 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS: CONCEITOS E 
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS ................................................................................. 28 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 31 
 
 
 
 
2 
 
1 COGNITIVO COMPORTAMENTAL 
 
Fonte:www.grupoa.com.br 
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) “[...] emergiu da interpretação e 
integração de princípios e conceitos de importantes abordagens da psicoterapia e da 
aprendizagem” (BORBA, 2005, p. 23). Dentre as abordagens que contribuíram para o 
surgimento da TCC “[...] destacam-se a psicologia animal, o Behaviorismo 
Metodológico, o Neobehaviorismo, a Análise Experimental do comportamento, o 
Behaviorismo Radical, a teoria de Aprendizagem Social, a terapia Racional-Emotiva-
Comportamental e a Terapia Cognitiva” (BORBA, 2005, p. 23). 
É necessário destacar as abordagens cognitiva e comportamental, que de fato 
deram origem a TCC, onde a ação terapêutica destas agem na alteração das relações 
entre o comportamento e seus determinantes ambientais ou cognitivos. Os terapeutas 
comportamentais e/ou cognitivos passam a utilizar das duas abordagens de forma 
integrada, se tornando orientação cognitivo-comportamental. 
A TCC teve seu início entre as décadas de 60 a meados de 70, quando Aaron 
Beck entrou em conflito com o dogma freudiano e assim modificou o tratamento da 
depressão e de outros transtornos mentais com sua técnica cognitiva. Segundo Abreu 
(2002, p. 277) salienta que: 
 
 
3 
 
[...] a partir da década de 60 que o esforço de vários pesquisadores, dentre 
eles Michael Mahoney, Aaron Beck e Albert Ellis, fez com que os primeiros 
passos fossem efetivamente dados. [...] o foco de estudos de Mahoney, 
esteve voltado aos processos cognitivos, enquanto o trabalho de Beck estava 
focado no tratamento da depressão. 
 
Fonte: psicologastefania.files.wordpress.com 
O termo terapia cognitiva inicialmente foi utilizado por Beck, que juntamente 
com Albert Ellis, Lazarus, Mahoney, e outros, se destacam por serem os primeiros a 
escreverem sobre o tratamento dos transtornos emocionais. O psicanalista Beck 
observou durante seus atendimentos “[...] certas características no processamento 
cognitivo de seus pacientes deprimidos e a relação destas como sintomas por eles 
apresentados” (RANGÉ, 1995, p. 89). 
Para Dobson, Backs- Dermott, Dozois ( 2000 apud KNAPP, 2004, p. 44) “o 
desenvolvimento da terapia cognitivo comportamental se deu em um momento 
histórico em que as abordagens dominantes eram a psicanálise, o behaviorismo e, 
em menor escala, o humanismo”. Vários fatores que contribuíram para o 
desenvolvimento da terapia cognitivo-comportamental (KNAPP, 2004) auxiliando no 
seu crescimento e identificação: 
Em primeiro lugar o fator que levou ao desenvolvimento foi “[...] a insatisfação 
com os modelos estritamente comportamentais do comportamento humano 
era cada vez mais evidente no final dos anos 60”. E segundo “[...] a medida 
 
 
4 
 
que a insatisfação com o modelo restrito não-mediacional de estímulos e 
resposta do comportamento aumentava, o modelo psicodinâmico de 
personalidade e de terapia, que mantinha a posição de perspectiva alternativa 
mais forte, continuava sendo rejeitado”. O terceiro fator diz respeito “[...] as 
intervenções comportamentais ou não-cognitivas eram irrelevantes para 
alguns problemas, tais como o pensamento obsessivo. O enfoque em 
sintomas comportamentais para mudança nesses transtornos não era 
inadequado ou ineficaz; entretanto, problemas inteiros ou seus principais 
componentes ficavam sem tratamento”. O quarto fator para o 
desenvolvimento foi “[...] a crescente atenção dada aos aspectos cognitivos 
do funcionamento humano na psicologia em geral, com desenvolvimento, 
pesquisa, estabelecimentos de diversos conceitos mediacionais na psicologia 
experimental. [...] a crescente identificação de diversos terapeutas e teóricos 
como de orientação cognitivo-comportamental [...]” é o quinto fator. O último 
fator diz respeito a identificação “[...] nas pesquisas de resultados geralmente 
positivos das intervenções cognitivo-comportamental, as quais se mostraram 
igualmente ou mais eficazes do que as abordagens estritamente 
comportamentais. 
 
 
Fonte:encrypted-tbn2.gstatic.com 
Beck em 1970 fundou o Centro de Terapia Cognitiva, onde dirigiu até o ano 
de 1995, juntamente de seus discípulos e colaboradores desenvolveu a Terapia 
Cognitiva (TC) como um novo sistema de psicoterapia, foi influenciado pelo 
construtivismo, pela fenomenologia e por filósofos clássicos a expandir os limites e 
aprimorar os métodos da psicoterapia. Como nesta época estavam afastados a 
psicanálise e o behaviorismo radical por vários de seus adeptos, destacavam-se 
outras abordagens como esta em discussão. Neste sentido Rangé (1998 a apud 
BORBA, 2005, p. 28) enfatiza que “[...] houve uma mudança paradigmática do modelo 
de saúde existente na década de 60 e que representou a passagem do modelo médico 
para o modelo psicossocial”. No modelo médico existia a ideia de “curar” o paciente e 
a crescente insatisfação pela incapacidade de gerar diagnósticos válidos e fidedignos 
 
 
5 
 
abrindo espaço para o modelo psicossocial, onde de fato a psicoterapia tradicional 
não conseguia transmitir sua efetividade (BORBA, 2005). 
 
 
Fonte:encrypted-tbn3.gstatic.com 
Entre as teorias comportamentais e cognitivas podem ser identificados alguns 
pontos em comum, tais como: 
[...] a semelhança metodológica, no sentido de visarem um estudo objetivo, 
baseado em evidências, cientificamente comprovado, o desenvolvimento das 
hipóteses e práticas sistematizadas, que pudessem ser sistematizadas, que 
pudessem replicadas por outras pessoas, o pradigmatismo, pelo objetivo de 
aplicar o conhecimento desenvolvido, a perfeita compatibilidade entre as 
intervenções cognitivas e comportamentais, que maximizam de vida de uma 
pessoa, e a noção de que grande parte dos problemas apresentados por um 
indivíduo tem a ver com sua história de aprendizagem (BORBA, 2005, p. 29). 
O surgimento da (TCC) no Brasil tem se proliferado nos últimos 15 anos, 
através de atendimentos clínicos e cursos nessa abordagem em clínicas e institutos. 
Por ser um “[...] modelo integrado, a fundamentação científica, o curto prazo, a eficácia 
e a aplicabilidade a uma ampla gama de transtornos, evidências que lhe tem 
assegurado o respeito de cientistas, clínicos e pacientes ao redor do mundo” 
(PSIQUE, ano I, nº3). Segundo Edela A. Nicoletti em seu artigo a evolução da terapia 
cognitiva no Brasil , o primeiro centro de orientação cognitiva se estabeleceu em 1992, 
em São Paulo, no Rio de Janeiro em 1996 núcleos de TCC se estabeleceram tendo 
 
 
6 
 
como destaque o representante Bernard Range, sendo este conhecido por sua 
contribuição ao desenvolvimento daTerapia Comportamental no Brasil. 
Recentemente em Florianópolis foi criado o Instituto Catarinense de Terapia Cognitiva 
(ICTC) coordenado pelo psicólogo Marco Callegaro (PSIQUE, ano I, nº 3). 
 
 
Fonte: encrypted-tbn3.gstatic.com 
Em meados da década de 70 ocorreu o grande desenvolvimento e 
reconhecimento da terapia comportamental devido ao surgimento de técnicas novas 
especialmente no tratamento de fobias, obsessões e disfunções sexuais (LIMA e 
WIELENSKA, 1993 apud BAHLS e NAVOLAR, 2004, p. 7). De acordo com Hawton et 
al. (1997), foi nesta época que Lang, Rachman e outros desenvolveram a ideia de que 
um problema psicológico poderia ser compreendido sob três enfoques diferentes (ou 
“três sistemas”) ligados entre si tais como os sistemas comportamental, 
cognitivo/afetivo e fisiológico. Esta ideia representou uma quebra com a visão unitária 
dos problemas psicológicos que até então existia” (BAHLS e NAVOLAR, 2004, p. 7). 
Hammen e Glass (1975 apud Hawton et al., 1997), desenvolveram estudos 
com pacientes depressivos e perceberam que apesar de os pacientes realizarem com 
maior freqüência atividades agradáveis (ao contrário do que se pensava a partir de 
trabalhos anteriores), era comum que avaliassem negativamente tais atividades e o 
seu desempenho em realizá-las. Estes fatos chamaram a atenção para influência dos 
 
 
7 
 
fatores cognitivos na forma como um indivíduo reage aos fatores do meio e na 
constituição das psicopatologias, contribuindo assim para que muitos terapeutas 
comportamentais passassem a utilizar também conceitos e técnicas cognitivos na 
prática clínica” (BAHLS e NAVOLAR, 2004, p. 7). 
2 TEORIA E PRÁTICA 
A Terapia Cognitivo-Comportamental “[...] é um termo genérico que abrange 
uma variedade de mais de 20 abordagens dentro do modelo cognitivo e cognitivo-
comportamental” (MAHONEY e LYDDON, 1988, apud KNAPP, 2004, p. 19), em 
diversos transtornos neuropsiquiátricos vem comprovando sua eficácia no tratamento. 
A abordagem da terapia cognitiva comportamental diz respeito a um sistema 
integrado de psicoterapia, cientificamente fundamentado e associado à aos modelos 
de personalidade, de psicopatologia e ao modelo aplicado. Quando Aaron Beck 
propôs o modelo cognitivo de depressão, ou seja, “[...] a depressão na Terapia 
Cognitiva, assim como os demais transtornos psiquiátricos, é tratada levando o 
paciente a identificar e alterar estes pensamentos disfuncionais (BIGGS e RUSH, 
1999; SHAW e SEGAL, 1999: BAHLS e BAHLS, 2003 apud BAHLS e NAVOLAR, 
2004, p. 8), resultando então no surgimento da psicoterapia e conceituando a 
depressão como transtorno de pensamento e não um transtorno emocional 
apresentou a TC (terapia cognitiva) como um novo sistema de psicoterapia que 
contribui para a ampla gama de transtornos – depressão, transtornos de ansiedade, 
transtornos alimentares, dependência química, psicoses, terapia conjugal e familiar, 
etc. 
 
 
 
8 
 
Fonte: encrypted-tbn1.gstatic.com 
Segundo Rangé (1996 apud Borba, 2005, p.32) o objetivo da TCC esta em 
“[...] auxiliar o paciente a reconhecer e modificar padrões de pensamento e 
comportamentos disfuncionais, para outros que sejam mais racionais, realistas e 
eficientes na direção de metas por ele desejadas”. Sendo uma abordagem por tempo 
limitado (HAWTON et al. 1997), ativa, diretiva e estruturada (RANGÉ, 1995, p. 90) 
este autor destaca que é: 
[...] usada no tratamento de uma variedade de problemas psiquiátricos, 
fundamentada no modelo cognitivo e caracterizada pela aplicação de uma 
variedade de procedimentos clínicos como introspecção, insight, teste de 
realidade e aprendizagem visando aperfeiçoar discriminações e corrigir 
concepções equivocadas que se supõe basearem comportamentos, 
sentimentos e atitudes perturbadoras. 
É característica da TCC a sua ênfase no presente onde faz a avaliação mais 
realista possível, e assim identificar as situações especificas que são as mais aflitivas 
para o paciente no momento. 
A atenção somente se volta para o passado quando o trabalho presente 
resultar em pouca ou nenhuma mudança cognitiva, comportamental ou 
emocional ou quando o clínico julgar importante entender como e quando as 
ideias disfuncionais se originaram (e como atualmente afetam o indivíduo) 
(ABREU e GUILHARDI, 2004, p. 284). 
A TCC pode ser aplicada individualmente, em grupo, adultos, crianças e 
adolescentes. Em transtornos orgânicos, contextos institucionais, corporativos, 
educacionais e em esporte, é utilizada com grande eficiência para o tratamento. Por 
ser um método diretivo e semiestruturado se direciona a resolução de problemas, pois 
é colaborativa em um processo, ou seja, ambos terapeuta e paciente possuem papel 
ativo no processo terapêutico. Onde o terapeuta “[...] estabelece uma parceria com o 
cliente, num sistema de coparticipação ativa em que são estimuladas atividades de 
enfrentamento, realização pessoal e capacitação, com estratégias cognitivas e 
comportamentais, dentro e fora do setting terapêutico” (BORBA, 2005, p. 32). Para 
que a relação terapêutica seja efetiva é necessário como condição a empatia, ou seja, 
é essencial estar presente em todo terapeuta cognitivo-comportamental o “[...] 
interesse genuíno, calor humano, autenticidade [...]” (RANGÉ, 1995, p. 91). O 
processo psicoterapêutico segundo este autor “é visto como um esforço colaborativo 
 
 
9 
 
entre terapeuta e paciente [...] que, em conjunto, estabelecem os objetivos da terapia 
e de cada sessão, o prazo e a duração do contrato terapêutico”. 
A TCC por utilizar do método socrático utiliza-se de “[...] perguntas que o 
terapeuta faz para o paciente de modo que este possa questionar os fundamentos de 
seus pensamentos automáticos e que, reconhecendo a essência destes, possa 
modificá-los” (RANGÉ, 1995, p. 91). Desta forma ajuda o paciente a elaborar suas 
informações, “[...] para atingir seus objetivos de mudança na situação problemática 
específica. [...] ensinar [...] recursos e habilidades para lidar sozinho com novas 
situações com as quais se defronte no futuro” (RANGÉ, 1995, p. 92). O trabalho de 
casa é outro método central da TCC utilizado para a eficácia do tratamento, pelas 
sessões serem limitadas no tempo, “[...] o tempo fora das sessões pode ser 
eficientemente utilizado para novas experiências e exercícios corretivos de suas 
crenças disfuncionais. A resistência em realizá-los deve ser examinada nas sessões, 
de modo a detectar os possíveis fatores que estimulem esta evitação” (RANGÉ, 1995, 
p. 92). É essencial que o terapeuta tenha consciência da importância de seu papel no 
processo terapêutico contribuindo na aceitação e resistências do paciente pelo 
tratamento. 
3 PAPEL DO TERAPEUTA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL 
O terapeuta cognitivo-comportamental tem um papel ativo, colaborativo e 
educativo, J. Beck (1995 apud ABREU e GUILHARDI, 2004, p. 282) traz as seguintes 
contribuições: 
 
 Auxiliar o paciente na identificação dos pensamentos automáticos e das 
crenças disfuncionais associadas a eles; 
 Propor técnicas de reestruturação cognitiva, visando à modificação desses 
mesmos pensamentos automáticos; 
 Levantar hipóteses sobre a categoria de crença central (desamparo ou pouca 
amabilidade) da qual os pensamentos automáticos específicos parecem ter 
surgido; 
 Especificar a crença central preponderante; 
 
 
10 
 
 Apresentar ao paciente sua hipótese sobre a crença central, solicitando dele 
uma confirmação (ou não); 
 Educar o paciente sobre crenças centrais em geral e sobre sua crença central 
especifica, orientando-o a monitorar a (s) operação (ões) de sua crença central; 
 Começar a avaliar e modificar a crença central junto com o paciente, auxiliando-
o a especificar uma crença central nova e mais adaptativa. 
 
A relação entre terapeuta e paciente envolve a empatia e a confiança, pois 
para que a relação terapêutica seja efetiva “[...] são fundamentais aempatia e a 
assertividade do terapeuta. [...] determinantes da mudança do comportamento durante 
a terapia” (KNAPP, 2004, p. 211) envolvendo o processo que é semiestruturado em 
certas tarefas entre as sessões. Para Hawton (et al. 1997, p. 23) “o terapeuta deve 
mostrar solidariedade e preocupação pelos problemas e dificuldades do paciente, sem 
emitir julgamentos; isso pode proporcionar grande alívio, sobretudo se o paciente se 
sentir constrangido, culpado ou sem esperanças, como ocorre com freqüência”. As 
características do terapeuta cognitivo-comportamental são essenciais no processo 
terapêutico para que o paciente possa “[...] se sentir seguro para revelar informações 
importantes, e muitas vezes perturbadoras” é preciso haver “[...] uma atmosfera de 
cordialidade e de confiança, sem risco de censura” pelo terapeuta ao ter empatia “[...] 
com o paciente e estiver claramente empenhado em ajudá-lo a superar as dificuldades 
existentes” (HAWTON; et al. 1997, p. 20). 
4 PROCEDIMENTO TERAPÊUTICO 
 
 
 
11 
 
 
Fonte:encrypted-tbn0.gstatic.com 
A TCC é focal e breve, pois necessita de uma definição concreta e especifica 
dos problemas do paciente e das metas terapêuticas. No início do tratamento o 
paciente é informado que “[...] a terapia tem a função pedagógica destinada a ensinar 
a detectar e reduzir os seus sintomas, de modo que possa, gradativamente, se tornar 
habilitado a conduzir a terapia sem a ajuda do profissional” (ABREU e GUILHARDI, 
2004, p. 283). Para que o paciente seja educado sobre a abordagem cognitivo-
comportamental é necessário: 
Oferecer ao paciente um folheto impresso, contendo informações sobre a 
doença, a disfunção e os princípios gerais da terapia é bastante útil para 
garantir uma compreensão mais ampla do que será abordado durante as 
consultas que se seguirão. (ITO et al., 1998 apud ABREU e GUILHARDI, 
2004, p. 282). 
O problema sendo conceituado é necessário se estabelecer o plano de 
tratamento com metas e estratégias específicas, ou seja, identificar pensamentos 
padronizados e crenças que podem vir a impedir de por em prática as metas e assim 
a melhora no tratamento. Desta forma Abreu e Guilhardi (2004, p. 283) afirmam que 
a TCC “[...] ensina o paciente a colocar em foco, a cada sessão, seus pensamentos e 
 
 
12 
 
crenças disfuncionais, identificando, avaliando e respondendo cada situação 
disfuncional”. Como as sessões são estruturadas a: 
Cada atendimento é iniciado com a elaboração de uma agenda na qual o 
paciente e o terapeuta sugerem os assuntos que gostariam de incluir, 
definindo prioridades e organizando o tempo que será dedicado a cada 
tópico. [...] No final de cada sessão [...] permitir que o paciente sintetize e 
registre claramente os aspectos centrais debatidos na sessão. Ao se observar 
essa sequência de trabalho, o indivíduo consegue sistematizar as lições 
estudadas naquela sessão e a utilidade desse aprendizado para as situações 
futuras. (ITO et al., 1998 apud ABREU e GUILHARDI, 2004, p. 283). 
Ao se estruturar por um meio de estilo focal, na TCC, “[...] as tarefas escolhidas 
no início [...] corresponderão a um alvo que necessite de uma intervenção imediata, 
devendo respeitar [...] o grau de capacidade do paciente para executá-las, a fim de 
não gerar frustrações desnecessárias” (ABREU e GUILHARDI, 2004, p. 283). Neste 
sentido esta terapia utiliza de várias técnicas com o propósito de modificar o 
pensamento, o humor e o comportamento do paciente. Por ser uma terapia focada 
“[...] nos problemas e sintomas, colaborativas e envolvem demonstrações, exercícios 
e tarefas de casa, uso de registros, instrumentos de auto monitoramento e, 
eventualmente, a realização de tarefas junto com o terapeuta” (CORDIOLI, p. 12). 
 
 
Fonte:www.stum.com.br 
 
 
13 
 
O tempo é variável na TCC, desta forma Beck (1976 apud ABREU e 
GUILHARDI, 2004, p. 284) “sugere de quatro a quatorze sessões semanais para 
vários casos. [...] alguns pacientes podem necessitar de 1 a 2 anos para modificar 
suas crenças e seus comportamentos disfuncionais”. Enquanto que em algumas 
situações “[...] a melhora significativa dos sintomas apresentam-se após doze a vinte 
sessões [...] o tempo de tratamento estará associado à motivação e disponibilidade 
do cliente, assim como à natureza e à possibilidade de resolução” (BECK e 
FREEMAN, 1993 apud ABREU e GUILHARDI, 2004, p. 284). 
5 INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES 
Existem evidências de indicações ao uso da TCC, em quadros clínicos que 
precisam ser investigados com mais profundidade pelo fato de serem pouco 
estudados e por apresentarem resultados contraditórios. Knapp (2004) cita as 
indicações ao uso da TCC no tratamento da depressão, fibromialgia, insônia, 
transtorno de pânico e agorafobia, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), 
transtornos de comportamentos infantis, esquizofrenia, bulimia nervosa, fobia social, 
transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtornos de estresse pós-traumático 
(TEPT), transtornos por uso de substâncias, síndrome da fadiga crônica, jogo 
patológico, comportamento de automutilação, dispepsia não-ulcerosa, tricotilomania, 
personalidade borderina e transtornos de personalidade e transtorno bipolar. 
 
 
 
14 
 
 
Fonte:encrypted-tbn1.gstatic.com 
Para Knapp (2004, p. 164) “não há contraindicações [...] ao uso da TCC. É 
recomendado uma análise de cada pessoa, problema ou situação”. 
6 PRINCIPAIS TÉCNICAS 
Sendo o objetivo da terapia cognitiva “identificar, examinar e modificar as 
cognições distorcidas ou disfuncionais em três níveis [...] os pensamentos automáticos 
(PA) [...] crenças intermediárias (pressupostos subjacentes e regras) [...] e [...] crenças 
nucleares (esquemas) ” (KNAPP, 2004, p. 133) a mudança cognitiva produz 
modificação no comportamento e vice-versa. Segundo Knapp (2004) existe as 
técnicas cognitivas citadas acima e as técnicas comportamentais que tem o propósito 
em sua intervenção comportamental “[...] aumentar o comportamento positivo 
enquanto diminui o negativo” (LEAHY, 1996 apud KNAPP, 2004, p. 153). 
 
 
 
15 
 
 
Fonte:encrypted-tbn2.gstatic.com 
Os pensamentos automáticos um dos níveis a serem identificados pela 
técnica cognitiva podem ser palavras, imagens ou memórias, podem ocorrer antes 
mesmo da situação em si, durante ou posteriormente à situação. É necessário 
segundo Knapp (2004) perguntar diretamente sobre os pensamentos que estão 
passando pelo pensamento do paciente, e assim identificar mudanças ou 
intensificações do humor durante a sessão, a descrição de uma situação ocorrida fora 
da sessão, o foco das emoções, foco nas situações, recriação de situação vivenciada 
pelo paciente, role-play do que foi vivenciado, a utilização de uma imagem que passou 
pela cabeça ou que melhor descreve o pensamento, o terapeuta sugere um 
pensamento plausível que o paciente pode ter tido, o terapeuta sugere um 
pensamento contrário ao que pode ser esperado na situação, sugestão de 
pensamentos derivados da prática clínica, a obtenção de pensamentos que uma 
pessoa próxima do paciente poderia ter, a conversão da incerteza em possibilidade, 
conversão de perguntas em afirmações. 
Beck (1976 apud KNAPP, 2004, p. 133) destaca que “[...] a terapia cognitiva 
não é definida pelas técnicas que são empregadas, mas pela ênfase que o terapeuta 
dá ao papel dos pensamentos na causa e na manutenção dos transtornos”. 
Neste sentido para que as técnicas utilizadas pela TCC sejam efetivamente 
desempenhadas é necessário que o profissional seja um bom estrategista, saber 
dirigir o processo terapêutico, “sempre com base no desenvolvimento de um bom 
relacionamento terapêutico e fundamentado no método de questionamento socrático 
 
 
16 
 
e na colaboração empírica [...]” (KNAPP, 2004, p. 133) levando o paciente a 
descobertas e mudanças. 
Segundo Rey e Pacini (2006) técnicas como a de relaxamento, de treinamento 
de habilidadessociais, reestruturação cognitiva e de exposição são utilizadas como 
ferramentas para o tratamento da TCC. 
7 ÁREAS DE ATUAÇÃO 
 
Fonte:encrypted-tbn0.gstatic.com 
As áreas de atuação da TCC, segundo Rangé (1995) estão voltadas para os 
seguintes campos: 
 Medicina comportamental; 
 Neuropsicologia comportamental; 
 Instituições de saúde; 
 Instituições escolares; 
 Instituições de trabalho; 
 Psicologia e odontologia; 
 Enfermarias psiquiátricas; 
 Manejo do estresse; 
 Psiquiatria e psicofarmacologia; 
 Psicobiologia da ansiedade; 
 Análise experimental do comportamento na posição sentada: ergonomia do 
mobiliário escolar; 
 
 
17 
 
 Separação conjugal; 
 
Segundo Caballo (2007) a TCC utiliza suas técnicas de intervenção em: 
 Catástrofes e primeiros socorros; 
 Pessoas que tem problemas com álcool; 
 Tratamento do tabagismo; 
 Tratamento do vício em heroína e cocaína; 
 Transtornos da alimentação; 
 Transtorno da obesidade; 
 Transtornos do sono; 
 Tratamento cognitivo-comportamental de parafilias; 
 Enfrentamento do estresse; 
 Tratamento das cefaleias; 
 Síndrome pré-menstrual; 
 Intervenções com HIV / AIDS; 
 Intervenção psicológicas com pessoas na fase final da vida; 
 Transtornos da personalidade; 
 Problemas conjugais; 
 Problemas familiares; 
 Controle da ira; 
 
A Terapia Cognitivo-Comportamental integra técnicas e conceitos vindos de 
duas principais abordagens tais como a cognitiva e a comportamental. Em seguida, 
serão apresentados os pressupostos teóricos destas abordagens e o surgimento de 
um movimento integrador na psicologia que culminou no que atualmente denominam-
se de terapias cognitivo-comportamentais, terapias estas que apresentam diversas 
aplicações no tratamento de problemas psiquiátricos. 
 
 
18 
 
8 TERAPIA COGNITIVA: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 
 
Fonte:encrypted-tbn3.gstatic.com 
A Terapia Cognitiva utiliza o conceito da estrutura “biopsicossocial” na 
determinação e compreensão dos fenômenos relativos a psicologia humana, no 
entanto constitui-se como uma abordagem que focaliza o trabalho sobre os fatores 
cognitivos da psicopatologia. Vem demonstrando eficácia em pesquisas científicas 
rigorosas além de ser uma das primeiras a reconhecer a influência do pensamento 
sobre o afeto, o comportamento, a biologia e o ambiente (Shinohara,1997; Shaw & 
Segal, 1999). 
De acordo com a Terapia Cognitiva os indivíduos atribuem significado a 
acontecimentos, pessoas, sentimentos e demais aspectos de sua vida, com base 
nisso comportam-se de determinada maneira e constroem diferentes hipóteses sobre 
o futuro e sobre sua própria identidade. As pessoas reagem de formas variadas a uma 
situação específica podendo chegar a conclusões também variadas. 
Em alguns momentos a resposta habitual pode ser uma característica geral dos 
indivíduos dentro de determinada cultura, em outros momentos estas respostas 
podem ser idiossincráticas derivadas de experiências particulares e peculiares a um 
indivíduo. Em qualquer situação estas respostas seriam manifestações de 
organizações cognitivas ou estruturas. 
 
 
19 
 
Uma estrutura cognitiva é um componente da organização cognitiva em 
contraste com os processos cognitivos que são passageiros (Beck, 1963; 1964). 
Assim, a teoria cognitiva tem como objeto de estudo principal a natureza e a função 
dos aspectos cognitivos, ou seja, o processamento de informação que é o ato de 
atribuir significado a algo. 
O objetivo da Teoria Cognitiva é descrever a natureza de conceitos (resultados 
de processos cognitivos) envolvidos em determinada psicopatologia de maneira que 
quando ativados dentro de contextos específicos podem caracterizar-se como 
maladaptativos ou disfuncionais. 
O objetivo da terapia cognitiva seria, ainda, o de fornecer estratégias capazes 
de corrigir estes conceitos idiossincrásicos (Bahls, 1999; Biggs & Rush, 1999; Beck & 
Alford,2000). No processo de psicoterapia cognitiva ocorre algo muito semelhante a 
testagem empírica das teorias científicas: os sistemas de crenças pessoais são 
testados com relação à suas consequências e funcionalidade para a vida do paciente 
dentro de contextos específicos (Lima & Wielenska, 1993). 
Este processo de testagem empírica ocorre a partir da aplicação de técnicas e 
conceitos desenvolvidos na teoria cognitiva e por esta razão é imprescindível, para a 
realização de uma terapia com bases verdadeiramente científicas, que o terapeuta 
tenha um embasamento teórico sólido bem como um domínio das técnicas e uma boa 
interação com a pessoa que buscou o tratamento, já que deve haver uma parceria 
terapeuta-paciente nesta investigação cognitiva (Rangé, 1998a; Beck & Alford, 2000). 
A história da terapia cognitiva inicia-se em 1956 quando Aaron Beck realizou 
um trabalho de pesquisa com o intuito de verificar os pressupostos psicanalíticos 
acerca da depressão. Para Freud 4 n. 04, Curitiba, jul. 2004 
www.utp.br/psico.utp.online TERAPIA CGNITIVO-COMPORTAMENTAIS: 
CONCEITOS E PRESSUPOSTOS TEÓRICOS Saint-Clair Bahls Ariana Bassetti 
Borba Navolar (1917), pessoas deprimidas apresentavam uma “hostilidade 
retrofletida” ou seja, uma espécie de masoquismo ou necessidade de sofrer. 
Os estudos de Beck o levaram a deparar-se com resultados de outra natureza: 
alguns pacientes apresentaram melhoras em resposta a algumas experiências bem 
sucedidas e não resistiram a estas mudanças, contrariando o esperado (Beck & 
Alford,2000). Isto fez com que Beck e demais pesquisadores iniciassem uma 
sequência de novos e diversos estudos sobre a depressão que passou a ser vista 
 
 
20 
 
como um transtorno cuja principal característica seria uma tendência negativa onde a 
pessoa deprimida apresenta, muito frequentemente, expectativas negativas com 
relação ao resultado de seus comportamentos e uma visão também negativa de si 
mesma, do contexto em que está inserida e de seus objetivos (Beck, Rush, Shaw & 
Emery, 1979). 
 
Fonte: 3.bp.blogspot.com 
A partir disso os demais estudos desenvolveram-se de forma a testar 
estratégias de modificação de tais tendências negativas existentes na depressão bem 
como a extensão da testagem deste novo modelo a outros transtornos. Beck e Alford 
(2000) definem cognição como a “função que envolve deduções sobre nossas 
experiências e sobre a ocorrência e o controle de eventos futuros” ou ainda “... o 
processo de identificar e prever relações complexas entre eventos, de modo a facilitar 
a adaptação a ambientes passíveis de mudança”. 
A teoria cognitiva possui dez axiomas formais que servem de ponto de apoio 
para as demais proposições teóricas. O termo axioma refere-se a afirmações que não 
podem ser deduzidas sendo independentes das demais afirmações existentes em 
uma teoria científica. Tais axiomas serão aqui enumerados de acordo com a 
apresentação feita pelos autores citados acima. 
 
 
21 
 
O funcionamento psicológico bem como a adaptação psicológica a 
determinado contexto estão na dependência de “estruturas de cognição com 
significado” ou simplesmente “esquemas”. O termo “significado” é, por sua vez, 
designado como o resultado da ação de interpretar uma realidade determinada e a 
forma de relação desta realidade com o self. A função da atribuição de significado é a 
adaptação a um contexto específico. 
As estratégias adaptativas são ativadas a partir da atribuição de significado já 
que este tem a função de “controle dos vários sistemas psicológicos” tais como o 
comportamental, o emocional, os sistemas de atenção e da memória. 
Ocorrem influências entre os “sistemas cognitivos” e os demais sistemas 
psicológicos de forma a interagirem. Uma “categoria de significado” apresenta 
implicações que são padrões específicos de emoção, atenção, memória e 
comportamento. 
Este fato denomina-se “especificidade do conteúdo cognitivo”. Os significados 
são construídos pelo indivíduo, ou seja,não são componentes preexistentes da 
realidade. 
No entanto tais significados podem constituir-se como corretos ou incorretos 
em relação a um contexto ou objetivo específicos. Os significados ditos incorretos são 
denominados como “disfuncionais” ou “maladaptativos” no que se refere a ativação 
dos sistemas. 
Os erros (“distorções cognitivas” e “preconcepções”) podem acontecer tanto 
em relação ao conteúdo cognitivo propriamente dito (significado) como em relação ao 
processo de elaboração de significado (processamento cognitivo). 
Existe nos indivíduos uma predisposição a fazerem construções cognitivas 
falhas e isto denomina-se “vulnerabilidade cognitiva”. Em decorrência da 
especificidade cognitiva uma vulnerabilidade cognitiva específica predispõe a pessoa 
a uma síndrome específica. 
Os significados maladaptativos, dos quais resultam a psicopatologia, são 
construídos em relação ao que é denominado de “Tríade Cognitiva”, ou seja, em 
relação ao self, ao ambiente (experiência atual) e ao futuro (objetivo). 
Existem dois tipos de significado: o “significado público” que pode não ter 
muitas implica- ções para o indivíduo (é o significado objetivo de um evento) e o 
“significado pessoal” ou privado. 
 
 
22 
 
O significado pessoal é construído a partir de implicações e generalizações 
relacionadas a ocorrência de um evento. Existem três níveis de cognição: o nível pré-
consciente, o nível consciente e o nível metacognitivo. 
De acordo com esta abordagem, o nível consciente desempenha o papel mais 
importante na melhora do paciente. Os esquemas não são nunca adaptativos ou 
maladaptativos sendo classificados assim com relação a um contexto específico. 
Assim os esquemas evoluem para facilitar a adaptação da pessoa ao 
ambiente no qual está inserida. Estes são portanto os dez axiomas formais da teoria 
cognitiva, no entanto, nesta abordagem os axiomas não são vistos como elementos 
estáticos podendo evoluir de acordo com o surgimento de novas evidências. 
Em diversos transtornos tais como o transtorno de pânico, a depressão e o 
transtorno bipolar de humor ocorre um prejuízo no funcionamento normal da atividade 
de organização cognitiva (Bahls, 1999; 2003). 
Nos transtornos de ansiedade, por exemplo, existe o impedimento de uma 
tendência inata a ampliar o foco de atenção (ampliar o universo de fenômenos aos 
quais um organismo fica atento) de forma que este organismo atua como se estivesse 
em uma situação de ameaça real sem poder dar outros significados à situação. 
Em situações de ameaça à sobrevivência esta tendência é bloqueada de 
forma que o indivíduo foca sua atenção sobre aquilo que está o ameaçando, o que é 
extremamente adaptativo do ponto de vista evolutivo (Lotufo Neto, 1993b; Rangé, 
1998b). 
 
 
23 
 
 
Fonte:zh.rbsdirect.com.br 
Assim, nos transtornos de ansiedade, o indivíduo sente-se intensamente 
vulnerável ao que considera serem ameaças, esta sensação o leva a esquivar-se de 
situações potencialmente ansiogênicas para ele. 
A teoria cognitiva é vista como pertencente às teorias construtivistas pois vê 
o homem como um ser que constrói seus significados sobre os fatos e portanto 
constrói sua própria realidade já que a forma como este interpreta seu mundo 
determinará a maneira com que ele irá comportar-se. 
9 TERAPIA COMPORTAMENTAL: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 
A terapia comportamental embasa-se nas teorias sobre o comportamento que 
se desenvolveram a partir do início do século XX e que na década de 50 teve grande 
repercussão através obra de Skinner. O desenvolvimento da teoria comportamental 
permitiu o conhecimento a respeito das leis gerais do comportamento tornando-o mais 
previsível. Tal conhecimento é o ponto no qual a terapia comportamental se apoia 
para o desenvolvimento de sua prática clínica. Nesse sentido, é essencial o 
conhecimento a respeito de termos e conceitos relativos a esta abordagem. 
 
 
24 
 
Dentro da perspectiva comportamental existem dois tipos de comportamento: 
o conhecido como “comportamento respondente” (denominado assim por responder 
a um estímulo específico como os comportamentos reflexos, por exemplo) que tem 
caráter involuntário e o “comportamento operante” que tem caráter voluntário. 
O comportamento operante é aquele que modifica o ambiente, estando sujeito 
a alterações a partir das consequências de sua atuação sobre o ambiente. Ou seja, 
as probabilidades futuras de um operante ocorrer novamente estão na dependência 
das consequências que foram geradas por ele (Skinner,1953). Além do conhecimento 
sobre as formas de comportamento, o conceito de “condicionamento” desempenha 
papel fundamental dentro desta abordagem. 
Este conceito traz a ideia de que os comportamentos são mutáveis, ou seja, 
que a partir de mudanças nas condições do ambiente podem ser alterados. Alguns 
fatores estão envolvidos no condicionamento operante: presença de reforçadores ou 
de situações aversivas (Lotufo Neto, 1993a; Lettner, 1998). Mediante uma 
consequência reforçadora a probabilidade de que um operante ocorra novamente é 
aumentada. 
O padrão de reforçamento também é um fator que influencia na freqüência em 
que ocorre um comportamento operante. O reforço pode ser contínuo ou seja, ocorrer 
sempre após determinada resposta ou intermitente onde acontece de acordo com 
uma determinada periodicidade. 
O comportamento tende a ocorrer numa freqüência maior quando está 
vinculado a um esquema de reforçamento intermitente (Skinner,1953). Ainda com 
relação ao condicionamento operante, situações que antecedem determinada 
resposta e que tenham sido vinculadas a um reforçamento constituem-se em fatores 
que podem governar o comportamento do indivíduo. 
Esta situação denomina-se estímulo discriminativo, pois, permite que o sujeito 
consiga discriminar no ambiente as situações que garantem o reforço após a emissão 
de determinada resposta. Além desta capacidade de discriminação também é 
importante o conhecimento sobre o conceito de generalização: um organismo é capaz 
de estabelecer diferenças e semelhanças entre estímulos e a partir disso comportar-
se da mesma forma em ambientes diferentes (Lotufo Neto, 1993a; Rangé,1998a; 
Bahls, 2003). 
 
 
25 
 
No condicionamento operante pode ser utilizado um procedimento conhecido 
como “modelagem” que consiste na forma progressiva com que o repertório 
comportamental de um organismo vai sendo modificado através de reforçamentos 
sistemáticos de comportamentos que se assemelham ao comportamento final ao qual 
se quer atingir. 
Situações ditas aversivas também produzem determinados tipos de 
comportamentos. A punição, por exemplo, é uma delas: a punição caracteriza-se pela 
retirada de um estímulo reforçador diante de determinada resposta ou pela 
apresentação de um estímulo aversivo. 
De acordo com Skinner (1953) a punição somente produz diminuição de um 
dado comportamento temporariamente e nas situações em que o agente punitivo 
estiver presente. 
Assim a punição não é eficiente para a remoção de um comportamento, 
podendo gerar outros comportamentos indesejados tais como a agressividade. A 
utilização do reforço positivo é mais adequada quando se quer promover uma 
mudança prolongada e eficaz do repertório comportamental do indivíduo. 
Frente a um estímulo aversivo, o indivíduo pode emitir comportamentos de fuga 
(evitação do estímulo na presença deste) ou de esquiva (evitação quando o estímulo 
aversivo ainda não está presente). 
Outra situação aversiva é a frustração, que consiste na situação em que o 
estímulo reforçador é inacessível ao organismo por fatores de impedimento diversos, 
dentre eles o fator tempo (situações em que o indivíduo precisa esperar para receber 
o reforço), ou situações de conflito onde a opção por determinado tipo de reforço 
implica necessariamente na frustração de não obter o outro (Rangé, 1998a). 
Apresentaram-se aqui alguns dos conceitospertencentes à abordagem 
comportamental que auxiliam na compreensão das leis que regem o comportamento, 
base teórica para a prática clínica nesta abordagem. 
 
 
26 
 
10 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL: DESENVOLVIMENTO E 
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 
 
Fonte:encrypted-tbn2.gstatic.com 
As bases teóricas das terapias cognitivo-comportamentais passaram a ser 
desenvolvidas no início do século XX com o surgimento do evolucionismo de Darwin 
e de uma crescente realização de estudos empíricos sobre o comportamento. 
Na década de 70 houve um grande desenvolvimento e reconhecimento da 
terapia comportamental devido ao surgimento de técnicas novas especialmente no 
tratamento de fobias, obsessões e disfunções sexuais (Lima & Wielenska, 1993). 
De acordo com Hawton, Salkovskis, Kirk e Clarck (1997), foi nesta época que 
Lang, Rachman e outros desenvolveram a ideia de que um problema psicológico 
poderia ser compreendido sob três enfoques diferentes (ou “três sistemas”) ligados 
entre si tais como os sistemas comportamental, cognitivo/afetivo e fisiológico. 
Esta ideia representou uma quebra com a visão unitária dos problemas 
psicológicos que até então existia. Hammen e Glass (1975), citados por Hawton e 
cols. (1997), desenvolveram estudos com pacientes depressivos e perceberam que 
apesar de os pacientes realizarem com maior frequência atividades agradáveis (ao 
contrário do que se pensava a partir de trabalhos anteriores), era comum que 
avaliassem negativamente tais atividades e o seu desempenho em realizá-las. 
Estes fatos chamaram a atenção para influência dos fatores cognitivos na forma 
como um indivíduo reage aos fatores do meio e na constituição das psicopatologias, 
 
 
27 
 
contribuindo assim para que muitos terapeutas comportamentais passassem a utilizar 
também conceitos e técnicas cognitivos na prática clínica. 
11 A REVOLUÇÃO COGNITIVA NA PSICOLOGIA 
 
Fonte:encrypted-tbn2.gstatic.com 
Alguns autores influenciaram, de maneira mais definitiva, na consolidação da 
abertura da ciência do comportamento aos fatores cognitivos. Assim, Bandura (1979) 
foi um autor que desempenhou um papel fundamental. Este autor desenvolveu 
trabalhos a respeito da “aprendizagem observacional” onde um indivíduo aprende 
eficazmente a partir da observação de um comportamento emitido por outro e de sua 
realização posterior. 
Para o autor o modelo de autorregulação (ou de auto eficácia) está 
relacionado com este tipo de aprendizagem pois uma mudança voluntária de 
comportamento sempre será mediada pela percepção do sujeito a respeito de seu 
desempenho (capacidade de adquirir um dado comportamento). 
 
 
28 
 
12 TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAIS: CONCEITOS E 
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 
 
Fonte: encrypted-tbn1.gstatic.com 
Saint-Clair Bahls Ariana Bassetti Borba Navolar Estudos posteriores a 
respeito do conceito de autocontrole (que seria constituído de três etapas auto-
observação, autoavaliação e auto reforço) também tiveram seu papel para a 
realização de inúmeras pesquisas na quais foram definidos muitos construtos de 
natureza cognitivista. 
Outro autor importante neste processo foi Meichembaum (1977) que partindo 
de uma abordagem exclusivamente cognitiva desenvolveu a ideia de “treinamento 
instrucional” baseado na hipótese de que mudanças relativas a determinados 
comportamentos ocorrem através de alterações no tipo de instrução que um indivíduo 
dá a si mesmo, de forma a evitar pensamentos disfuncionais e buscar os adaptativos. 
A Terapia Cognitiva de Beck é considerada, atualmente, como a principal 
abordagem cognitiva. Os trabalhos iniciais de Beck, como foi visto anteriormente, 
enfocaram a depressão. De acordo com a abordagem cognitiva de Beck, os 
pensamentos e avaliações negativos, comumente encontrados em pacientes com 
depressão não constituem um sintoma somente, mas são fatores que estão na própria 
manutenção desta psicopatologia. 
Em consequência desta visão, a depressão na Terapia Cognitiva, assim como 
os demais transtornos psiquiátricos, é tratada levando o paciente a identificar e alterar 
 
 
29 
 
estes pensamentos disfuncionais (Biggs & Rush, 1999; Shaw & Segal, 1999: Bahls & 
Bahls, 2003). A partir da influência destes autores, a pesquisa e a prática da 
abordagem comportamental passou a apresentar algumas mudanças, ao menos em 
parte. Referindo-se a esse fato Rangé (1998) comenta: (...) a disseminação da 
chamada revolução cognitiva na pesquisa básica em psicologia, provocou também 
uma revolução cognitiva no behaviorismo . Aos poucos modelos cognitivos como os 
de Ellis (1982), Bandura (1969, 1977, 1989) e Beck e colaboradores (1977, 1985, 
1990, 1993) foram sendo introduzidos e progressivamente aceitos. 
Desta forma, as terapias designadas de terapias cognitivo-comportamentais 
(TCC), denominam-se assim porquê constituem uma integração de conceitos e 
técnicas cognitivas e comportamentais. 
Atualmente dispõe-se de uma ampla gama de tratamento de diversos 
problemas psiquiátricos tais como transtornos de ansiedade, depressão, disfunções 
sexuais, distúrbios obsessivos-compulsivos e alimentares (Hawton e cols, 1997; Biggs 
& Rush, 1999). Na abordagem cognitivo comportamental tem sido desenvolvidos 
muitos trabalhos de pesquisa a fim de se verificar experimentalmente a eficácia dos 
diversos tipos de tratamento. 
Ao longo dos anos de pesquisa foram desenvolvidas e testadas diversas 
formas de tratamentos na TCC. As terapias utilizadas diferem umas das outras de 
acordo com o enfoque predominantemente cognitivo ou comportamental. Apesar da 
diversidade destas terapias todas compartilham do mesmo pressuposto teórico, ou 
seja, que mudanças terapêuticas acontecem na medida em que ocorrem alterações 
nos modos disfuncionais de pensamento. 
Neste ponto de vista, o mundo é considerado como constituinte de uma série 
de eventos que podem ser classificados como neutros, positivos e negativos, no 
entanto a avaliação cognitiva que o sujeito faz destes acontecimentos é o que 
determina o tipo de resposta que será dada na forma de sentimentos e 
comportamentos. Desta forma, a TCC da uma grande ênfase aos pensamentos do 
cliente e a forma como este interpreta o mundo. 
A Terapia Cognitivo-Comportamental centra-se nos problemas que estão 
sendo apresentados pelo paciente no momento em que este procura a terapia, sendo 
que seu objetivo é ajudá-lo a aprender novas estratégias para atuar no ambiente de 
forma a promover mudanças necessárias. 
 
 
30 
 
A metodologia utilizada na terapia é de uma cooperação entre o terapeuta e o 
paciente de forma que as estratégias para a superação de problemas concretos são 
planejadas em conjunto (Lima & Wielenska, 1993). Na Terapia Cognitivo-
Comportamental procura-se definir claramente objetivos, especificando-os de acordo 
com os problemas e questões trazidas pelo paciente. 
O ponto de partida do tratamento é a fonte de sofrimento do cliente, ou seja, a 
partir das distorções que estão ocorrendo na forma do sujeito avaliar a si mesmo e ao 
mundo. Denominam-se “esquemas” a base para a avaliação das experiências. 
As estruturas cognitivas organizam-se em níveis nos quais os esquemas 
encontram-se no núcleo. Durante a terapia procura-se explorar cada um destes níveis 
de organização, partindo dos pensamentos automáticos até chegar ao sistema de 
crenças do sujeito. Então as crenças são testadas a partir de argumentos e propostas 
de exercícios que o paciente realizará durante a terapia e em demais contextos 
(Shinohara, 1997). Um dos objetivos da TCC é corrigir as distorções cognitivas que 
estão gerando problemas ao indivíduo e fazer com que este desenvolva meios 
eficazes para enfrentá-los. Para tanto são utilizadas técnicas cognitivas que buscam 
identificar os pensamentos automáticos, testar estes pensamentos e substituir as 
distorções cognitivas. As técnicas comportamentais são empregadas para modificarcondutas inadequadas relacionadas com o transtorno psiquiátrico em questão. 
 
 
 
31 
 
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