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QUESTÃO 1 Antes de surgirem estas discussões sobre a educação, os sujeitos surdos eram rejeitados pela sociedade e posteriormente eram isolados nos asilos para que pudessem ser protegidos, pois não se acreditava que pudessem ter uma educação em função da sua ‘anormalidade’, ou seja aquela conduta marcada pela intolerância obscura na visão negativa sobre os surdos, viam-nos como ‘anormais’ ou ‘doentes’. Muitos anos depois os sujeitos surdos passam a ser vistos como cidadãos com direitos e deveres de participação na sociedade, mas sob uma visão de assistencial excluída. Naquela época, não tinham escolas para os sujeitos surdos. Com esta preocupação educacional de sujeitos surdos fizeram surgir numerosos professores que desenvolveram seus trabalhos com os sujeitos surdos e de diferentes métodos de ensino. Quando nós observamos atentamente a situação atual da educação de surdos, nós podemos perceber que houve ruptura em alguma parte de historia de surdos e que esta ruptura está aos poucos sendo preenchida nestas últimas décadas. Disponível em: <https://bit.ly/2J6vJf2>. Acesso em: 05 fev. 2019. Sabemos que a história da educação de surdos passou por momentos de sofrimentos e lutas. Assim, analise as afirmações a seguir sobre o assunto. I. Durante o Congresso de Milão, as línguas de sinais foram proibidas na educação dos surdos, sendo oralismo o método utilizado para a educação dessa minoria. Dessa forma, as consequências desse Congresso são vistas até hoje, por meio de tradições oralistas que não aceitam as línguas de sinais como língua natural da comunidade surda. II.Possuir um aluno surdo na sala de aula se resume na presença do interprete de língua de sinais. Esse profissional é um único responsável pelo aprendizado do aluno surdo, por meio da tradução Libras- Português. III. A cultura da comunidade surda não deve ser incluída na sala de aula, pois as dificuldades dos surdos são apenas linguísticas, de forma que apenas a presença de um interprete de Libras já é suficiente. É correto o que se afirma em I, apenas. II, apenas. III, apenas. II e III, apenas. I, II e III. QUESTÃO 2 Entendemos que currículo ultrapassa a dimensão prescritiva dos textos de propostas que indicam quando muito objetivos, conteúdos e formas. Para além dessa dimensão prescritiva, é preciso reconhecer que por meio da palavra currículo se expressam também o fazer propriamente dito, as ações por meio das quais se realiza o processo formativo no tempo-espaço da escola, processo este nem sempre circunscrito ao que está prescrito. Há ainda um outro aspecto a considerar em se tratando das relações entre currículo e políticas curriculares. A esse respeito vale lembrar Bernstein, para quem o processo de transferência do texto curricular de um contexto para outro se manifesta como um movimento de recontextualização por meio do qual se geram procedimentos de seleção e de deslocamento de significados. Verifica-se, portanto, um distanciamento entre o que é produzido como discurso curricular oficial e o que é incorporado pelas escolas, haja vista que estas reinterpretam, reelaboram e redimensionam o que é proposto. A análise de políticas curriculares impõe que se considere, assim, que o que é praticado pelas escolas não é o mero espelhamento desta ou daquela política curricular. SILVA, M. R. Currículo, Ensino Médio e BNCC. Revista Retratos da Escola, Brasília, v. 9, n. 17, p. 367-379, jul./dez. 2015. A partir desse contexto, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. Currículo é o documento que apresenta propostas e objetivos do que deve ser ensinado em cada ciclo de educação básica, ou seja como as ações educativas devem acontecer no tempo-espaço da escola. No entanto, nem sempre o que está prescrito nos currículos é colocado em prática nas escolas. PORQUE II. Existe um distanciamento entre aquilo que está nos currículos e a realidade escolar propriamente dita, já que os contextos escolares são diferentes e, muitas vezes não estão contemplados nos currículos. Por isso, é necessário uma modelagem do currículo pela comunidade escolar, de forma a selecionar aquilo que faz mais sentido para o seu contexto, reinterpretando, reelaborando e redimensionando o proposto. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. a) b) c) d) e) a) DISCIPLINA: Avaliação Proficiência_Pedagogia As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições falsas. QUESTÃO 3 A aprendizagem pode ser definida como um processo de aquisição de novos conhecimentos através de experiências vivenciadas e determinadas por fatores endógenos e exógenos que resultam na modificação do comportamento humano e que dependem de condições essenciais, tais como: mentais, físicas, sensoriais e sociais para se desenvolverem. A aprendizagem é um dos temas mais estudados pela Psicologia da Educação, pois praticamente todo comportamento e todo conhecimento humanos são aprendidos. Inúmeros são os autores que discutem as teorias da aprendizagem; assim, procuramos selecionar os principais teóricos para o desenvolvimento deste artigo, dentre os principais, aparecem Wallon, Piaget, Vygotsky e Skinner; após analisar os escritos e as teorias de cada um deles, é notável perceber as enormes contribuições dadas por eles à educação. Disponível em: <http://seer.pucgoias.edu.br/index.php/fragmentos/ar ticle/viewFile/4495/3090>. Acesso em: 09 fev. 2019. Sobre a Psicologia na Educação, analise as afirmativas a seguir. I. A Psicologia da Aprendizagem estuda os padrões de desenvolvimento e aprendizagem do indivíduo. II. A Psicologia na Educação transforma a aprendizagem em um processo a ser investigado pela ciência. III. A Psicologia da Aprendizagem foca o indivíduo e o desenvolvimento intelectual de suas capacidades. IV. As teorias da aprendizagem refletem sobre ações pedagógicas e práticas dos professores em sala de aula. V. As teorias da aprendizagem explicam as práticas de aprendizagem e suas relações com o fazer pedagógico. É correto o que se afirma em I, II, III e V, apenas. II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, III e V, apenas. I, II, III, IV e V. QUESTÃO 4 O que Bourdieu propõe nos anos 60, diante desse acúmulo de “anomalias” do paradigma funcionalista – para usar os termos de Kuhn – é uma verdadeira revolução científica. Bourdieu oferece-nos um novo modo de interpretação da escola e da educação que, pelo menos num primeiro momento, pareceu ser capaz de explicar tudo o que a perspectiva anterior não conseguia. Os dados que apontam a forte relação entre desempenho escolar e origem social e que, em última instância, negavam o paradigma funcionalista, transformam-se nos elementos de sustentação da nova teoria. A frustração dos jovens das camadas médias e populares diante das falsas promessas do sistema de ensino converte-se em uma evidência a mais que corrobora as novas teses propostas por Bourdieu. Onde se via igualdade de oportunidades, meritocracia, justiça social, Bourdieu passa a ver reprodução e legitimação das desigualdades sociais. A educação, na teoria de Bourdieu, perde o papel que lhe fora atribuído de instância transformadora e democratizadora das sociedades e passa a ser vista como uma das principais instituições por meio da qual se mantêm e se legitimam os privilégios sociais. Trata- se, portanto, de uma inversão total de perspectiva. Bourdieu oferece um novo quadro teórico para a análise da educação, dentro do qual os dados estatísticos acumulados a partir dos anos 50 e a crise de confiança no sistema de ensino vivenciada nos anos 60 ganham uma nova interpretação. NOGUEIRA, C. M. M.; NOGUEIRA, M. A. A sociologia da educação de Pierre Bourdieu: limites e contribuições. Educação & Sociedade, ano XXIII, no 78, Abril/2002. Bourdieu foium importante pensador da área da Sociologia da Educação devido a qual pensamento? Bourdieu revolucionou a área da sociologia da educação ao afirmar que a escola, ao contrário do que se propagava, era disseminadora de igualdades sociais. Bourdieu revolucionou a área da sociologia da educação ao afirmar que a escola, ao contrário do que se propagava, combatia a desigualdades sociais ao permitir que os alunos entrassem no mercado de trabalho logo após concluir os anos escolares. Bourdieu revolucionou a área da sociologia da educação ao afirmar que a escola, ao contrário do que se propagava, combatia a desigualdades sociais ao permitir que as pessoas mudassem de classe social. Bourdieu revolucionou a área da sociologia da educação ao afirmar que a escola, ao contrário do que se propagava, era reprodutora de conteúdos que estavam de acordo com a classe social que a frequentava. b) c) d) e) a) b) c) d) e) a) b) c) d) Bourdieu revolucionou a área da sociologia da educação ao afirmar que a escola, ao contrário do que se propagava, era reprodutora de conteúdos discriminatórios que não estavam de acordo com leis da época. QUESTÃO 5 A pesquisa em sala de aula pode ser compreendida como um movimento dialético, em espiral, que se inicia com o questionar dos estados do ser, fazer, e conhecer dos participantes, construindo-se a partir disto novos argumentos que possibilitam atingir novos patamares deste ser, fazer e conhecer, estágios estes então comunicados a todos os participantes do processo. com o questionar dos estados do ser, fazer, e conhecer dos participantes, construindo-se a partir disto novos argumentos que possibilitam atingir novos patamares deste ser, fazer e conhecer, estágios estes então comunicados a todos os participantes do processo. Disponível em: <https://faculdadebarretos.com.br/wp- content/uploads/2015/11/pesquisa-sala-de- aula1.pdf>. Acesso em: 07 fev. 2019. A pesquisa, como fonte de conhecimento, é um método eficaz em sala de aula, pois permite que o aluno construa seu conhecimento de forma espiral, ou seja, que esteja sempre revendo seus objetivos iniciais a partir do avanço na análise dos dados. permite que o aluno avance no conhecimento de forma linear, ou seja, sem refletir seus objetivos iniciais, permitindo que a análise de dados seja independente do objetivo inicial da pesquisa. permite que o aluno não construa seu conhecimento, pois é função somente do professor realizar a pesquisa prévia sobre o tema a ser estudado. não permite que o aluno construa seu conhecimento de forma espiral, pois não permite que o aluno retome seus objetivos iniciais a partir da análise de dados. não permite que o aluno construa um conhecimento linear, de forma que somente o professor deve ser responsável pela pesquisa inicial sobre o tema. QUESTÃO 6 O contexto histórico de elaboração, aprovação e implementação das leis educacionais brasileiras é marcado por processos tensos e intensos, de tentativas de construção de consensos, em meio a muitos mecanismos coercitivos. Os projetos de lei, planos de governo, leis e decretos, impulsionados por manifestos e conferências, revelam as lutas travadas entre sociedade política e sociedade civil, bem como no interior de cada uma delas. Disputas permanentes, nesses processos, giram em torno dos interesses públicos e privados, bem como das defesas pela desresponsabilização do Estado para com a educação, pela via dos mecanismos de descentralização versus centralização, por fim, da explicitação de concepções inconciliáveis de educação: de um lado a perspectiva emancipatória e de formação humana integral; de outro a visão de uma educação que serve aos interesses do mercado. A partir desse contexto, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas. I. A institucionalização de leis como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de canais de financiamento como o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de parâmetros de avaliação, como SINAES - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior são fundamentais, a nível estrutural, para o desenvolvimento da educação. PORQUE II. É com estes instrumentos que se consolidam políticas públicas e delimitam parcialmente o papel do Estado, suas obrigações, lógicas de intervenção e articulação da sociedade, eximindo-o de participação um desenvolvimento humano sustentável. A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta. As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. As asserções I e II são proposições falsas. e) a) b) c) d) e) a) b) c) d) e) QUESTÃO 7 Hoje, em boa parte dos países europeus e mesmo latino-americanos, a discussão do direito à educação escolar já se coloca do ponto de vista do que Bobbio (1992) chama de especificação. Na verdade, trata-se do direito à diferença, em que se mesclam as questões de gênero com as de etnia e credo, entre outras. A presença de imigrantes provindos em boa parte das ex-colônias da Europa repõe não só o tema da tolerância como o da submissão dos cidadãos ao conjunto das leis nacionais. A dialética entre o direito à igualdade e o direito à diferença na educação escolar como dever do Estado e direito do cidadão não é uma relação simples. De um lado, é preciso fazer a defesa da igualdade como princípio de cidadania, da modernidade e do republicanismo. A igualdade é o princípio tanto da não-discriminação quanto ela é o foco pelo qual homens lutaram para eliminar os privilégios de sangue, de etnia, de religião ou de crença. Ela ainda é o norte pelo qual as pessoas lutam para ir reduzindo as desigualdades e eliminando as diferenças discriminatórias. Mas isto não é fácil, já que a heterogeneidade é visível, é sensível e imediatamente perceptível, o que não ocorre com a igualdade. Logo, a relação entre a diferença e a heterogeneidade é mais direta e imediata do que a que se estabelece entre a igualdade e a diferença. BOBBIO, N. A Era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992. Sobre educar pela diferença para a cidadania, analise as afirmativas a seguir. I. A educação não deve deve considerar, nos seus níveis, etapas e modalidades, a relação entre desigualdades e diversidade, indagando o caráter perverso do capitalismo de acirrar não só as desigualdades no plano econômico, mas também de tratar de forma desigual e inferiorizante os coletivos sociais considerados diversos no decorrer da história. II. Tendo por referência a tensão entre igualdade e diferença na concepção e prática dos direitos humanos, faz-se necessária a análise das especificidades, articulações e entrelaçamentos entre o direito à educação e a educação em direitos humanos, sendo esta última considerada atualmente como um componente fundamental do direito à educação. III. Os desafios aos processos educativos e à formação de sujeitos de direitos que considere suas especificidades e, ao mesmo tempo, fortaleça os processos democráticos, em que redistribuição e reconhecimento se articulem se impõem ao ambiente escolar. IV. Um dos desafios colocados à educação é a compreensão das diferenças como constituintes do complexo processo da diversidade e a sua imbricação com as desigualdades. É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. QUESTÃO 8 Compreendemos o PPP (Projeto Político Pedagógico) como ação coletiva, consciente e organizada com vistas à configuração da singularidade e da particularidade da instituição educativa. Nessa perspectiva, o PPP supera a visão burocrática de “documento programático”, e os diferentes segmentos da instituição educativa são desafiados a problematizar e compreender as questões postas pela prática pedagógica. Para a autora, o PPP é um meio de engajamento coletivo para integrarações dispersas, criar sinergias no sentido de buscar soluções alternativas para diferentes momentos do trabalho pedagógico-administrativo, desenvolver o sentimento de pertença, mobilizar os protagonistas para a explicitação de objetivos comuns definindo o norte das ações a serem desencadeadas, fortalecer a construção de uma coerência comum, mas indispensável, para que a ação coletiva produza seus efeitos. RODRIGUES, Armindo José. A organização e gestão do processo ensino-aprendizagem no 1º ciclo do ensino fundamental. Rev. bras. educ. espec., Marília , v. 11, n. 3, p. 429-444, Dec. 2005 . Sobre o PPP e a gestão da aprendizagem, analise as afirmativas a seguir. I. Os modelos de organização e gestão da aprendizagem têm um grande impacto na planificação e implementação das atividades académicas e na qualidade e diferenciação dos percursos de aprendizagem dos alunos. II. O ensino tem duas dimensões fundamentais, de que derivam as duas tarefas principais da atividade do professor: as funções relativas à gestão da classe e o ensino dos conteúdos dos programas baseado em motivar os alunos, selecionar e organizar os recursos, avaliar as aprendizagens, os quais devem ser contemplados no PPP. III. A gestão da aprendizagem deve iniciar-se com uma planificação cuidada, logo no início do ano letivo, com vista à antecipação e prevenção dos problemas. IV. O conceito de gestão da aprendizagem abarca todos os aspectos da ação do professor dentro da sala de aula, desde a organização do contexto e do ambiente de aprendizagem até à antecipação, regulação e supervisão de todo o processo de transmissão de conhecimentos, incluindo, por conseguinte, o domínio que atualmente costuma designar-se por gestão curricular, constante do PPP. É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas.a) b) c) d) e) a) b) c) d) I, II, III e IV. QUESTÃO 9 Estima-se o surgimento da Sociologia, como ciência particular da Educação, por volta de 1870, na França, visando estudar o papel das instituições oficiais de educação, a função do grupo de ensino, a força da tradição e as alterações educacionais. Sabe-se que as primeiras abordagens da sociologia da educação focalizaram, prioritariamente, os próprios sujeitos participantes das escolas, especialmente os professores e os alunos. Era uma abordagem essencialista, baseada no estudo da ordem e da autoridade. Esta visão tradicional da educação tratava o professor como agente transmissor de informações. As ordens religiosas dos jesuítas foram exemplares nessa didática. O surgimento da sociologia da educação trará novos aportes, existencialistas, baseados na experiência vivida. Na atualidade, a disciplina sociologia da educação, consolidou-se e ampliou seu escopo, bastante diferenciado do currículo francês do século XIX. Novos temas ganharam centralidade, tais como políticas públicas educacionais, participação da comunidade educacional, cultura escolar, gestão democrática, inclusão (escolar, social, digital), violência nas escolas, entre outros. GOHN, Maria da Gloria. Sociologia da Educação: Campo de Conhecimento e Novas Temáticas. Educação Linguagem, v. 15, p. 95-117, 2012. Sobre as contribuições de Durkheim, Marx, Weber, Gramsci, Foucault e Bourdieu para o entendimento dos fenômenos educacionais pela perspectiva sociológica, analise as afirmativas a seguir. I. Para Weber a educação tem o papel de apropriação de bens culturais, desenvolver códigos simbólicos e processos de escolarização/socialização. Ele considerava a educação uma dimensão dos processos de racionalização da sociedade moderna. II. Pierre Bourdieu retoma os aspectos tratados por Weber, relativos aos bens culturais, relacionando-os à teoria do poder e formas de dominação, assim como na formação do capital cultural na vida dos indivíduos. Ele dialoga com o estruturalismo quando afirma que existem, no mundo social, estruturas objetivas, construídas socialmente, que podem dirigir a ação e a representação dos indivíduos, mas, ao mesmo tempo, ele pensa na autonomia destes indivíduos, denominados agentes, que detêm habitus, influenciando a capacidade de agir e pensar de forma diferente daquela na qual foi educado III. Marx situava a educação no campo das relações sociais, dentro de uma sociedade dividida em classes sociais. Enfatizava o processo de trabalho e seu caráter educativo. IV. Gramsci contribui para a reflexão sobre o papel da educação ao destacar a cultura e seu papel para as transformações sociais de uma sociedade. A cultura popular e a relação dos intelectuais com o povo são parte de uma análise política e cultural da sociedade. A educação é vista como parte da disputa pela direção ideológica da sociedade. É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. QUESTÃO 10 O lúdico, enquanto metodologia alternativa, permite por meio dos jogos e das brincadeiras, que os alunos tenham igual oportunidade de aprendizado. Entende- se que ao brincar, a criança experimenta o poder de explorar o mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-lo e expressá-lo por meio de variadas linguagens. Mas é no plano da imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados. Enfim, sua importância se relaciona com a cultura da infância, que coloca a brincadeira como ferramenta para a criança se expressar, aprender e se desenvolver. A brincadeira, o jogo ou o próprio brinquedo tornam- se instrumentos e recursos pedagógicos que contribuem para a melhoria do processo de aprendizagem dos alunos, sejam eles das classes regulares ou salas de recursos. Disponível em: <https://bit.ly/2Ur8EYX>. Acesso em: 30 jan. 2019. A partir desse contexto, assinale a alternativa que aponta benefícios da aprendizagem lúdica. A prática dos jogos e das brincadeiras amplia os conhecimentos da criança sobre si, sobre os outros e sobre o mundo que a cerca. Com a ludicidade em sala de aula as crianças desenvolvem linguagem específica dos livros didáticos. A ludicidade prepara o professor para os métodos pedagógicos que deverá utilizar na sala de aula. Ao explorar e manipular cadernos, lápis, borracha, as crianças descobrem e agem com as regras. O lúdico em sala de aula somente ensina a criança a assumir o papel de líder de outras crianças. QUESTÃO 11 O objetivo é desenvolver uma reflexão sobre como a educação, na qualidade de processo de formação humana, foi concebida, buscando ver quais os sentidos que essa formação recebeu ao longo de nossa tradição filosófica, uma vez que ocorreram mu- e) a) b) c) d) e) a) b) c) d) e) danças nas concepções que os homens fizeram do ideal de sua humanização. Sob tal perspectiva, recoloco em discussão as relações entre as diversas dimensões da educabilidade humana,destacando as dimensões ética e política que, até o atual momento, prevaleceram como fundamentos da compreensão da própria natureza da educação. Ao refletir assim sobre a natureza da educação, busco igualmente explicitar o lugar e o papel da Filosofia da Educação como esforço hermenêutico de desvelamento da prática educacional, tal como ela precisa se desenrolar nas mudadas condições histórico-culturais da atualidade. Essa discussão permite assim não apenas interpelar momentos significativos da expressão histórica da filosofia na cultura ocidental, mas também retomar conteúdos teóricos fundamentais do debate filosófico atual sobre o sentido da educação. SEVERINO,AJ. A busca do sentido da formação humana: tarefa da Filosofia da Educação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.32, n.3, p. 619-634, set./dez. 2006 A partir desse contexto, analise as afirmativas a seguir. I. A educação, como processo de formação humana, passou por mudanças de concepções ao longo da história, principalmente nos ideias de humanização do homem. II. A Filosofia da educação tem caráter hermenêutico de desvelamento da prática educacional, pois ela se desenvolve no desenrolar das questões histórico-culturais. III. A Filosofia da Educação é um campo de estudo antigo, que buscava sentidos para a prática de ensinar. Assim, com o passar do tempo, essa disciplina deixou de ser importante. É correto o que se afirma em I e III, apenas I e II, apenas II e III, apenas II, apenas III, apenas QUESTÃO 12 O ensino da leitura e da escrita sofreu mudanças diversas ao longo da história, nas três últimas décadas variados aspectos têm influenciado e transformado bastante as formas segundo as quais esse ensino tem sido concebido e posto em prática. Fatores como os avanços teóricos na área, mudanças nas práticas sociais de comunicação e o desenvolvimento de novas tecnologias têm forjado novas propostas pedagógicas e a produção de novos materiais didáticos relacionados à alfabetização inicial e ao ensino de línguas em geral. No contexto brasileiro, vivemos desde o início da década de 1980 um amplo debate sobre esses temas. Pesquisadores com formação em distintos campos - psicologia, linguística, pedagogia etc. - têm procurado redefinir a leitura e a escrita, bem como seu ensino e sua aprendizagem. Apesar das radicais mudanças teóricas produzidas, estudos recentes demonstram a manutenção de práticas didáticas tradicionais nas formas de alfabetizar, tanto crianças como adultos. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento oficial que, em nível federal, apresenta proposições para o ensino e aprendizagem na educação básica. Esse documento traz habilidades e competências para as etapas da educação infantil e do ensino fundamental. Considerando a proposta deste texto, trataremos – especificamente – de dois eixos fundantes para a aprendizagem no componente curricular de Língua Portuguesa e, mais precisamente, nos anos finais do ensino fundamental. Nosso objetivo, no entanto, não é minimizar o caráter de disputa (ideológica, pessoal, coletiva etc.) que documentos dessa natureza possuem, mas apresentar algumas discussões que nos ajudem a refletir acerca do papel da BNCC, principalmente no que diz respeito às atividades de leitura e escrita e suas implicações para o ensino e aprendizagem de língua materna. A concepção que sustenta a proposição de competências e habilidades para a disciplina de Língua Portuguesa, na questão da língua(gem), privilegia a abordagem enunciativo-discursiva, a qual prevê as interações entre língua(gem) e sujeito como constituintes para consolidação de trocas (sociais) que se dão por meio da ação humana: assume-se aqui a perspectiva enunciativo-discursiva de linguagem, já assumida em outros documentos, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). ALBUQUERQUE, E.B.C; FERREIRA, A.T.B.F. & MORAIS, A.G. As práticas cotidianas de alfabetização: o que fazem as professoras? Anais da 28ª. Reunião Anual da ANPED. Disponível em: <www.anped.org.br/28/textos/gt10/gt101128int.rtf>. Acesso em: 11 fev. 2019. Ler e produzir textos, no âmbito de uma perspectiva enunciativo-discursiva e da BNCC, são atividades que transcendem as modalidades cristalizadas da língua (oral e escrita). O que os permite dizer que a multimodalidade é um princípio que orienta as práticas de linguagem e, consequentemente, de leitura e produção de textos na BNCC, uma vez que imagens (estáticas e em movimentos), o som e outros recursos da linguagem são considerados essenciais para a compreensão de textos/gêneros que circulam na sociedade. a) b) c) d) e) a) necessidades ausentes no trabalho com textos/gêneros que, de fato, circulem socialmente e que – de alguma forma – sejam relevantes para uma aprendizagem situada no tempo e no espaço, isto é, que seja significativa para os estudantes e que faça sentido. fatores que ressaltam que o ensino de língua, na escola, ainda traz em seu bojo uma visão tradicional e artificial em relação às atividades que são propostas. indícios ao professor de uma prática em que proponham situações em que o aluno possa exercitar as práticas sociais de compreensão e produção de textos (orais e escritos) assim como a de análise/reflexão dessa língua em situações significativas de uso, ainda que artificialmente, na Escola. evidências da relação do ensino da língua padronizada, em seus recursos coesivos, escolha do léxico adequado, características gráfico- espaciais (ortografia, paragrafação, uso do travessão, pontuação). QUESTÃO 13 Para pensar nos problemas-limite da prática pedagógica, importa dedicar especial atenção à forma pela qual a prática discursiva cidadã pretende alcançar os seus propósitos educativos, e à maneira pela qual explica e justifica os fracassos que experimenta. Não se trata de perguntar pela melhor forma de alcançar os objetivos educacionais, ainda que não se destitua de importância essa tarefa – pois sua relevância é reconhecível, embora não seja a única forma possível de se fazer perguntas –, mas pela forma como tal discurso enuncia a pretensão de alcançá-los. Importa perguntar pelas pretensões da escola, à medida que são delas que advêm as frustrações e os insucessos que experimenta. UBERTI, L. Intencionalidade educativa. Educação e Realidade. Porto Alegre, v. 38, n. 4, p. 1223-1242, out./dez. 2013. Sobre a importância da intencionalidade da prática educativa nos anos iniciais do Ensino Fundamental, analise as afirmativas a seguir. I. O discurso educacional propõe intervenções no que vê como diferentes momentos de aprendizagem dos alunos para, posteriormente, dizer se esses alunos alcançaram, ou não, um determinado estado anteriormente almejado. II. É como se existisse uma relação de correspondência entre o que é projetado, o que se faz de intervenções e o que acontece, o que se passa com os alunos. É como se fosse possível afirmar que o que se vê nesses alunos (o que eles fazem ou deixam de fazer) corresponde, exatamente, ao que se diz deles (o que entendemos que eles fazem ou deixam de fazer). É a intencionalidade educativa que faz essa correspondência. III. A crítica à intencionalidade remete à problemática relação entre as palavras e as coisas, a qual é parte da crítica ao pensamento da representação. IV. A crítica ao pensamento da representação fundamenta-se na impossibilidade de a linguagem representar os objetos do mundo visível. É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. QUESTÃO 14 A avaliação tem como função primeira orientar o trabalho do(a) professor(a) e o estudo dos alunos. Assim compreendida, ela se faz presente, desde o início da prática educativa, quando oferece elementos para que o(a) professor(a) possa fazer o seu planejamento. Além disso, a avaliação acompanha todo o processo educativo, orientando o docente e os alunos na busca dos objetivos planejados. Logo, a avaliação é um valioso instrumento do professor e acompanha todo o processo de ensino/aprendizagem. Disponível em: <https://periodicos.ifsc.edu.br/index.php/rtc/article/vie wFile/936/618>. Acesso em: 17 jan. 2019. Considerando as informações apresentadas, analise as afirmativas a seguir sobre a avaliação da aprendizagem, como processo pedagógico na modalidade da Educação de Jovens e Adultos. I. Avaliar a aprendizagem na EJA exige observação dos indicadores do trabalho pedagógico, na perspectiva de inclusão e emancipação. II. Há necessidade de refletir sobre a importância de discutir a valorização de práticas avaliativas na modalidade da EJA. III. Para avaliar a aprendizagem na EJA é necessário o acompanhamento do aluno em seus progressos e dificuldades. IV. É importante que a aprendizagem na EJA seja livre de avaliações autoritárias e excludentes. É correto o que se afirma em II, III e IV, apenas. I, III e IV, apenas. I, II e III, apenas. I, II e IV, apenas. I, II, III e IV. b) c) d) e) a) b) c) d) e) a) b) c) d) e) QUESTÃO 15 A Didática e a prática de ensino formam uma dimensão multidimensional e o professor deve ser consciente da importância de uma boa relação com o aluno, para favorecer na construção do conhecimento e na aquisição dos saberes docentes no cotidiano escolar. Oaprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como agente, e a escola como lugar de crescimento profissional permanente. Assim, o aprender a ensinar acontece de maneira coletiva e depende da experiência e da reflexão-ação-reflexão. A prática pedagógica não reduz só ao saber da sala de aula é preciso garantir uma organização escolar de qualidade, favorecida por uma Didática que seja mediadora nas relações multidimensionais. Desta forma, a Didática tem como compromisso o desenvolvimento de práticas de ensino que promovam um ensino eficiente, com significados para os alunos e contribua para a transformação social. A Didática, mesmo conjugando estudos de outras áreas, está inserida no contexto das ciências da Educação e tem objeto próprio de estudo, que é o ensino e suas dimensões. Sobre a didática, analise as afirmativas a seguir. I. O objeto da Didática é o ensino, a aprendizagem, as relações professor-aluno e o conhecimento. II. A Didática media o trabalho docente, ajudando o professor a organizar as atividades. III. A Didática integra conteúdos, métodos e as formas de organização do ensino. IV. A Didática tem em seu núcleo estudos sobre a relação ensino-aprendizagem. V. A Didática é uma ação de articulação entre a teoria e a prática. É correto o que se afirma em II, apenas. III, apenas. I, II, III, IV e V. III, IV e V, apenas. I, II, III e IV, apenas. a) b) c) d) e) QUESTÃO 1 QUESTÃO 2 QUESTÃO 4 QUESTÃO 3 QUESTÃO 6 QUESTÃO 5 QUESTÃO 7 QUESTÃO 8 QUESTÃO 9 QUESTÃO 10 QUESTÃO 11 QUESTÃO 12 QUESTÃO 14 QUESTÃO 13 QUESTÃO 15
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