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Med Brasil ENDOCARDITE Lembrar: SOPRO + FEBRE Em diversas situações podemos ter uma bacteremia e com isso, bactérias chegam até o coração, contudo, nem todos os indivíduos desenvolvem endocardite (“não tem endocardite quem quer, mas quem pode”). PATOGENIA LESÃO DO ENDOCÁRDIO (uso de drogas IV – drogas “batizadas”; cateteres profundos; próteses valvares (maior risco – principal fator de risco individual); cardiopatia estrutural (o principal em termos de número total de casos) – principalmente: prolapso de valva mitral) Ativação da cascata de coagulação FORMAÇÃO DE TROMBOS (Plaquetas + Fibrina) ENDOCARDITE TROMBÓTICA NÃO BACTERIANA + BACTEREMIA (estafilo e estrepto) ENDOCARDITE BACTERIANA DISSEMINAÇÃO SISTÊMICA Abscessos, imunocomplexos, infecções a distância AGENTES VALVA NATIVA Estreptococos, estafilococos e enterococos SUBAGUDA: Streptococcus viridans (mais comum) Enterococcus faecalis Streptococcus gallolyticus (bovis) – fazer colono! AGUDA: Staphylococcus aureus · Usuários de drogas IV (tricúspide- sem sopro-MRSA) VALVA PROTÉTICA <2 meses de troca: S. aureus e S. epidermidis >1ano de troca: o mesmo para valva nativa Entre 2m e 1ª: mistura dos anteriores CLÍNICA · Febre (90% dos casos), sudorese, calafrios · Sopro (em 85% dos casos) – clássico: regurgitação valvar · Manifestações periféricas: Embólicas Petéquias, hemorragias subungueais, manchas de Janeway Imunológicas GNDA, FR+, nódulos de Osler, manchas de Roth · Aguda (toxemiante) x Subaguda (infecciosa) · Nódulos de Osler (dolorosos) x Manchas de Janeway (sem dor) CRITÉRIOS DE DUKE · 2 maiores · 1 maior + 3 menores · 5 menores CRITÉRIOS MAIORES CRITÉRIOS MENORES Hemocultura: · Agentes típicos em 2 amostras · Persistentemente + · Coxiella burnetti (sorologia ou cultura +) --------------------------------- Ecocardiograma: · Vegetação/ abscesso/ deiscência · Nova regurgitação valvar · Fator de risco (predisposição, drogas IV) · Febre ≥ 38º. C · Fenômenos vasculares: aneurisma micótica, hemorragia craniana, petéquias – conjuntival, Janeway · Fenômenos imunológicos: manchas de Roth, GNDA, nódulos de Osler, FR+ · Faltou uma hemocultura (hemo que não preenche critérios maiores) TRATAMENTO Tratar por: 4 a 6 semanas · Valva nativa: penicilina + oxacilina + gentamicina · Usuários de drogas: vancomicina + gentamicina · Valva protética (<1ª): vancomicina + gentamicina + rifampicina PROFILAXIA Quando? Gengiva, dentes, perfuração da mucosa oral ou respiratória Para quem? Prótese valvar, endocardite prévia, cardiopatia cianótica não reparada, correção incompleta de cardiopatia congênita Com o que? Amoxicilina 2g VO 1h antes do procedimento INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO ITU: doença predominantemente feminina – e um dos fatores de risco mais importante é a atividade sexual Bactéria ascende pela uretra e chega até a bexiga (onde encontra um bom meio de cultura) – bacteriúria assintomática >> algumas mais virulentas podem inflamar a bexiga (cistite) >> outras mais virulentas ainda podem alcançar o parênquima renal (pielonefrite) BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA ≥105 UFC/mL ou ≥10²UFC/mL (cateterizado) Quando tratar: grávidas e procedimento urológico invasivo CISTITE (ITU BAIXA) A cistite é uma ‘mucosite’ – sintomas irritativos, sem manifestações sistêmicas (sem febre!) Clínica Disúria, polaciúria, urgência urinária, noctúria, SEM FEBRE Diagnóstico EAS – piúria, esterase leucocitária, teste do nitrito Urinocultura – nem sempre é preciso Tratamento (MS) 1ª. escolha: Fosfomicina trometamol (dose única) 2ª. escolha: quinolona (3 dias) Obs.: cistite recorrente/ homem – tratar por 7 dias PIELONEFRITE – ITU ALTA Classificação: · Não complicada: trato urinário normal · Complicada: cateter, cálculo, abscesso Agente: E. coli Clínica: febre + dor no flanco + calafrios + sinal de Giordano +/- sintomas de cistite Diagnóstico: EAS (pesquisar piúria)/ urinocultura E a imagem? TC com contraste – indicações: dúvida; falha terapêutica; abscesso ou obstrução Tratamento: · Não complicada: cipro-levofloxacino · Complicada: pipe/tazo – cefepime – imipenem Por quanto tempo = em média 14 dias ERISIPELA x CELULITE ERISIPELA CELULITE Profundidade Superficial Subcutâneo Coloração Vermelhidão Rósea Bordas Bem definidas Imprecisas Sensibilidade Dor intensa Dor Agente S. pyogenes S. aureus ou S. pyogenes Tratamento (10-14d) Penicilina Cefalosporina 1ª. geração / oxacilina Na dúvida: tratar como celulite (para cobrir tanto o estrepto quanto o estafilo). A erisipela costuma ocorrer em pessoas que já apresentam algum grau de deficiência na drenagem linfática (aqueles com insuficiência venosa também acabam sobrecarregando o sistema linfático). OSTEOMIELITE Obs.: diagnóstico diferencial a se pensar na infância = leucemia linfocítica aguda >> anemia + plaquetopenia CLASSIFICAÇÃO: HEMATOGÊNICA (20%) SECUNDÁRIA A INFECÇÃO CONTÍGUA (80%) Agente mais comum: S. aureus *Falcêmico= Salmonela Crianças – ossos longos (metáfise) – agudo >> preferência por ossos mais vascularizados Adultos – coluna lombar¹ – subagudo Agente mais comum: S. aureus Quadro com caráter crônico Lesão penetrante no pé Pseudomonas (¹) Tuberculose (Mal de Pott) – prefere coluna torácica DIAGNÓSTICO: · Raio-x simples: não é um bom exame; alteração somente após 10 dias · RNM: maior acurácia · Cintilografia: na presença de prótese · Hemocultura, PCR, VHS Obs.: nunca indicar RNM para indivíduos com prótese metálica (ex.; quadril) – risco de deslocar a prótese TRATAMENTO: · Oxacilina ou Cefazolina ou Vancomicina · Salmonela (falciforme) = ceftriaxone · Quanto tempo: 4-6 semanas (vertebral – 6 a 8 semanas) FEBRE DE ORIGEM OBSCURA/ INDETERMINADA Febre > 38,3º.C (2 ocasiões) = ou > 3 semanas + Ausência de imunocomprometimento + Diagnóstico incerto após investigação (pelo menos 1 semana) Causas: · Neoplasias · Infecções = TB extrapulmonar, abscessos · Doenças inflamatórias não infecciosas Idosos >> arterite temporal Medicamento >> fenitoína ABSCESSO HEPÁTICO PIOGÊNICO Causas: · Colangite · Colecistite · Embolia séptica Agentes: E. coli + K. pneumoniae Via hematogênica = S. aureus Clínica: · Febre · Dor em hipocôndrio direito · Icterícia · Leucocitose, anemia, aumento de VHS, aumento de transaminases e aumento de FA Diagnóstico: clínica + imagem (RNM) Tratamento: · Drenagem · Beta lactâmico com inibidor de beta-lactamase ou cefalosporina de 3ª. geração + metronidazol
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