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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO: HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DISCIPLINA: PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL BRASILEIRO Prática como Componente Curricular (PCC) PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E O IMPACTO SOBRE O TURISMO LOCAL Aline das Graças Nobre 201908333995 Rio de Janeiro – RJ 2021 PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL BRASILEIRO Atividade acadêmica apresentado ao Curso EAD de História da Educação – Faculdade Estácio de Sá para requisito de prática como componente curricular, na disciplina de Patrimônio Histórico Cultural Brasileiro, sob a orientação da Profª Angela Maria Cunha Da Motta Telles. Rio de Janeiro – RJ 2021 OBJETIVOS Desenvolver instrumental teórico e prático para apreensão dos elementos que circundam a política de preservação patrimonial no país no passado e nos dias atuais. INTRODUÇÃO Abordaremos com este estudo, uma pequena pesquisa de observação que procura identificar o desenvolvimento da preservação de bens patrimoniais que é realizado através de práticas que nem sempre conseguem alcançar seus objetivos. Partindo desse ponto definir e apontar as deficiências existentes nessa prática de produção, assim do seu impacto diante do turismo. O crescimento do turismo merece análise acurada, pois configura uma das atividades mais importantes em todo o mundo, com enorme repercussão sobre os centros urbanos, especialmente aqueles detentores de considerável acervo cultural. O turismo divulga o Patrimônio Cultural, fá-lo conhecido e precisa mantê-lo. INTRODUÇÃO TEÓRICA O Patrimônio Cultural deve ser valorizado por todos e sua proteção deve ser pensada para e pelos sujeitos que detém o conhecimento. A sensibilização e conscientização do por que e como preservar deve ser realizada através de políticas públicas que envolvam as comunidades e os agentes que se relacionam com os bens portadores da memória coletiva e da identidade cultural dos diversos grupos sociais. Para que se possa preservar um bem cultural, é importante saber não apenas que ele existe, mas também se a manifestação cultural é praticada pela população local, se as pessoas têm dificuldade ou não em realiza-la, que tipos de problema a afetam, como essa tradição vem sendo transmitida de uma geração para outra, que transformações têm ocorrido, quem são as pessoas que hoje atuam diretamente na manutenção dessa tradição, entre vários outros aspectos relativos à existência daquele bem cultural. Para preservar o nosso patrimônio, a Constituição Federal Brasileira afirma que o Poder Público, com a colaboração da comunidade, deve promover e proteger o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. Outro importante meio de resguardar os bens é através da educação patrimonial, que se baseia numa ação educativa que visa difundir o conhecimento sobre o patrimônio em conjunto com a comunidade, a fim de fomentar sua valorização e preservação através da apropriação. 1- RESENHA CRÍTICA Analisa-se que o livro mostrou uma ampla visão dos patrimônios culturais. Nessa perspectiva o autor defende sua ideia com convicção é conhecimento. Observa-se que no turismo há pontos positivos e negativos, visto que a degradação e a poluição são um dos pontos negativos. No entanto isso acontece, pois, uma manutenção não adequada acaba gerando riscos graves ao patrimônio. A maior questão mencionada é uma solução que não afete o turismo e que o patrimônio tenha uma manutenção adequada, para que os próximos visitantes possam se beneficiar e ao passar do tempo, a paisagem não seja danificada ou modificada. 2- MATÉRIAS DE JORNAIS SOBRE TURISMO Editorial - Publicada em 03h 00 min, 23/05/2019. Atualizada em 03h 00 min, 23/05/2019 Preservação do Patrimônio Cultural do Porto Alegre Site 1- https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/opiniao/2019/05/685271- preservacao-do-patrimonio-cultural-de-porto-alegre-html A situação precária do patrimônio histórico no Brasil. Site 2- https:// averdade.org.br/2020/06/a-situação-precária-do-patrimônio�historico-no- Brasil/ COMENTÁRIO CRÍTICO DO MATERIAL DA PESQUISA Entende-se que a preservação do patrimônio histórico é um pedacinho do passado nos dias atuais. Observa-se que patrimônio histórico vem sendo cultivados para que no futuro outras pessoas também tenham acesso a eles. Nesta perspectivas casas e estradas antigas que foram consideradas patrimônios históricos são proibidas de passarem por modificações que alterem sua forma de origem, podem assim então passarem por reformas para restaurar e para melhor preservação. Vale ressaltar que muitos patrimônios acabam sendo abandonados, então ocorre a degradação e danificação deste patrimônio históricas de um valor imensurável não só para as populações locais, mas para a sociedade brasileira como um todo. Em virtude dos fatos sem descuidar da preservação do patrimônio histórico garantem que jovens nos dias de hoje e jovens do futuro possam se beneficiar destes patrimônios. A INFLUÊNCIA DO TURISMO NA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIOHISTÓRICO-CULTURAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO – ARCOS DA LAPA A história dos Arcos da Lapa começa no século XVIII, e aqui já vale mencionar uma curiosidade: a obra nasceu com o nome de Aqueduto da Carioca. Os estudos para a construção dos Arcos da Lapa começaram em 1600, mas a construção só foi finalizada quase 100 anos depois. Concluída em 1723, a obra tinha como objetivo transportar a água da nascente do Rio Carioca até o Largo da Carioca para abastecer a cidade. Até então, o transporte de água era feito por meio de baldes utilizando-se a mão de obra escrava. Os Arcos da Lapa seriam os responsáveis por solucionar o problema de falta de água que assolava o Rio de Janeiro naquele período. Além disso, por estar localizada no centro da cidade, a obra passou a servir como ponto de referência e encontro para população. A construção, em estilo romano, tem 17,6m de altura e 270m de extensão com 42 arcos, e liga o Morro do Desterro (atualmente de Santa Teresa) ao Morro de Santo Antônio. O governador Gomes Freire _conde de Bobadela_ aumentou sua solidez com a reforma que promoveu em 1744. Ao tornar-se obsoleto, o aqueduto foi desativado. Em 1896, os arcos passaram a servir como viaduto para o acesso de bondes a Santa Teresa. É o único sistema de bondes ainda existente no Rio de Janeiro, e dá ao bairro aspecto peculiar e histórico.A foto, do final do séc. XIX, mostra um bonde elétrico sobre os arcos, e outro, ainda puxado a burros, na Rua do Riachuelo. No início, o dinheiro enviado por Portugal, destinado para o aqueduto, sumiu misteriosamente. O Governador da época, Aires de Saldanha, resolveu então utilizar a mão de obra indígena (associada a força de cavalos) para dar andamento às obras. Parte do pagamento dos indígenas era feito em roupas.Em 1738, começaram as obras de reparo com pedras e óleo de baleia. O desague do aqueduto era em um grande chafariz que possuía 17 bicas de bronze e que ficava localizado no Largo da Carioca, ao pé da ladeira do Convento de Santo Antônio. Oficialmente, o aqueduto ficou pronto em 1750. No final do século XIX, o aqueduto se tornou obsoleto e foi adaptado para um sistema de serviços de bondes elétricos.Em 1896, o primeiro bonde elétrico atravessou os arcos ligando o Centro da Cidade ao bairro de Santa Teresa.A obra, considerada a mais monumental do período colonial, levou aproximadamente meio séculopara ser concluída. Atualmente, além de cartão postal, serve de inspiração para artistas e músicos, como também é considerado um dos símbolos da boemia carioca. Os Arcos emolduram os "agitos" das noites no bairro da Lapa. A HISTÓRIA DA LAPA O bairro localiza-se em um espaço privilegiado no centro do Rio de Janeiro entre a zona norte a zona sul, tendo como bairros vizinhos Santa Teresa e Glória. Em homenagem à Nossa Senhora da Lapa do Desterro, em 1751 o bairro foi nomeado como Lapa, antes conhecida como Areias de Espanha. A ocupação do local deu -se significativamente em 1808 após a vinda da família real. No início do século XX, a Cidade do Rio de Janeiro passou por transformações urbanísticas significativas na gestão de Pereira Passos. Na Lapa não foi diferente, inúmeros trabalhadores foram expulsos do centro e arredores a fim de demolirem os cortiços para construção de avenidas e alargamento das ruas. Além disso, o prefeito arborizou o espaço do largo e permitiu a construção do lampadário no local remetendo às influências francesas da época. Abertura de avenidas como Mem de Sá e Gomes Freire, alargamento da Rua Frei Caneca foram algumas das grandes reformas urbanas realizadas ainda nesta gestão. Alias, o Largo da Lapa situado atrás dos Arcos, local atual do Circo Voador, surgiu após o aterramento da Lagoa do Boqueirão. Após das transformações visuais arquitetônicas que deixavam para trás os resquícios da colônia, a Lapa configurou uma percepção no imaginário coletivo como um dos berços do samba e da boemia. O local também foi ponto de encontro de intelectuais, políticos e artistas, sobretudo no início do século XX. Portanto, o bairro torna-se parada quase que obrigatória para visitantes pois, em conjunto com outras áreas do centro, integram um circuito de entretenimento e lazer da cidade. A INFLUÊNCIA DA FRANÇA NA LAPA Com a urbanização do bairro e o crescimento da população, era difícil não perceber a influência da cultura francesa no cotidiano do carioca. Podia-se perceber sua presença desde bares até os bordeis da lapa. A começar pela língua que era aplicada dia após dia por toda a Lapa. Chamar o garçom, pedir o menu ou até mesmo a comida “a la carte”, são expressões recorrentes e passam quase que imperceptíveis ao brasileiro. Porém, no início do século XX, os viajantes de outros estados ficavam admirados com a proficiência carioca na língua francesa. Em seu livro, Isabel Lustrosa relata um conto de Aluísio Azevedo no qual é retratado, através de um diálogo entre os personagens, a presença da cultura francesa já absorvida pelos moradores do Rio de Janeiro. O APOGEU E O DECLÍNIO DA VIDA NOTURNA Após a reforma a Lapa que antes abrigava os habitantes da velha cidade, agora dava espaço a grandes ruas, edifícios e novos comércios e atrações. No início do século XX, o bairro ganha mais frequentadores devido aos seus teatros, hotéis, cassinos, casas de pensão, bares, malandros, prostitutas, cabarés, rendez-vous, as drogas, havia espaço para todos os públicos. Nas primeiras horas da noite, o cinema e os teatros da cidade lotavam com o público que iria passar um momento de lazer com os amigos ou a família e posteriormente retornaria aos seus lares. No mais tardar, enquanto seguiam para casa, ficavam ali os que buscavam outros prazeres, como a prostituição, o jogo e as drogas. Era uma forma de transgressão dos frequentadores à nova ordem urbana que já mostrava os primeiros sinais de repressão aos hábitos da vida noturna Arcos da Lapa no Brasil Colonial: Aqueduto da Carioca Após a trajetória histórica da Lapa, é possível perceber que o bairro é rico em simbologia cultural, sejam elas materiais ou imateriais. O samba, a malandragem, os Arcos da Lapa, a boemia, os bares, a escadaria Selarón, a feira do Rio Antigo, o Circo Voador, a Fundição Progresso, a Sala Cecília Meirelles, os restaurantes, os casarões, os antiquários e entre outros, são elementos que compõe a identidade cultural do espaço e construídos ao longo de décadas. Diferente dos demais bairros residenciais, a Lapa carrega, além de sua bagagem cultural, uma simbiose entre a diversidade cultural que o espaço oferece e a diversidade de cada indivíduo dentro de um espaço democrático, no qual é possível conviver pacificamente em um mesmo local diversas tribos, todas em harmonia. Com a vinda da globalização, período coincidente do momento que a Lapa passava pelo processo de revitalização, permitiu que o bairro ampliasse sua visibilidade na mídia. Em função desse processo na era da rede, a Lapa passou a ser uma espécie de vitrine global perante o mundo. A música foi vista como uma das principais atrações culturais das áreas renovadas. A revitalização da Lapa, portanto, além de render lucros com o fortalecimento do comércio e do mercado o objetivo prioritário do projeto foi promover uma harmonização entre a Lapa antiga e a Lapa nova. IMPACTO NO TURISMO LOCAL Mas, além dos números que indicam a importância do Bonde de Santa Teresa para a economia do turismo na cidade do Rio de Janeiro, não se pode ignorar a noção de patrimônio embutida na experiência turística, sobretudo no percurso correspondente aos Arcos da Lapa. Logo, o objetivo geral deste estudo é analisar o posicionamento do Bonde de Santa Teresa em relação ao bairro da Lapa na cidade do Rio de Janeiro (RJ) a partir de OTRs. Já os objetivos específicos são: (a) compreender a relação entre turismo e bondes nas perspectivas do patrimônio e do desenvolvimento cultural, considerando dois aspectos, o cênico e o nostálgico; identificar a relevância dos OTRs para o posicionamento de atrações turísticas, considerando o planejamento e a gestão de destinos turísticos. Por está bem localizado no Centro da cidade, perfeito para locomoção aos pontos turísticos mais buscados, além de ser uma opção mais barata para hospedagem, refeições e compras. O bairro é bem estruturado com supermercados, farmácias, lojas e muito mais. CONCLUSÃO Vale ressaltar que o bairro da Lapa recebe inúmeros turistas durante todo ano, o que movimenta economicamente o a renda cultural do Rio, porém o bairro ainda está muito abandonado com moradores de rua, o que faz com que algumas pessoas tenham receios de usufruírem dessa maravilha rodeadas de inúmeras atrações. REFER ÊNC IAS Preservação do Patrimônio Preservação do Patrimônio — cultura Rio Curioso Curiosidades Cariocas: Arcos da Lapa (rio-curioso.blogspot.com) Rio e Cultura Rio&Cultura : Instituição : HISTÓRIA Arcos da Lapa (rioecultura.com.br) CARVALHO, Carlos Delgado de. A história da Cidade do rio de Janeiro. 2° ed., Rio de Janeiro. Biblioteca Carioca, 1990 DAMATA, Gasparino. Antologia da Lapa - Vida boemia no Rio de ontem. Rio de Janeiro: Codercri, 1965. DURST, Rogério (ano ??) Madame Satã. Editora Brasiliense. FERNANDES, Zélia. Antologia poética, Lapa: O Berço da Boemia Carioca. 1° ed., ZMF Editora, 2014. HERSCHAMN, Micael Lapa, Cidade da música: desafios e perspectivas para o crescimento do Rio de Janeiro e da indústria da música independente nacional – 1° ed., Rio de Janeiro: Maud X, 2007. LUSTOSA, Isabel. Lapa do desterro e do desvario. Casa da Palavra, 2001. MARTINS, Luís. Noturno da Lapa. 1° ed., Rio de Janeiro: Civilização brasileira S.A, 1964. RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro – A formação e o sentido do Brasil. Companhia das Letras,1995. SANTOS, José Luiz dos. O que é cultura. 16° ed., São Paulo. Editora Brasilense, 2008. http://www.cultura.al.gov.br/politicas-e-acoes/patrimonio-cultural/principal/textos/preservacao-do-patrimonio http://rio-curioso.blogspot.com/2007/02/arcos-da-lapa_28.html http://www.rioecultura.com.br/instituicao/hist/hist_patrim_arcos_lapa.asp
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