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Toxicologia forense trabalho feito

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Trabalho de toxicologia forense 
Prof: dra. Lorena Xavier 
Alunos: Edgar Pacheco 
Israiana Santos 
Leticia Mello 
Thiago Millet
Mayara Dantas 
Toxicologia forense
Definição:
Ciência que detecta e identifica a presença de drogas e venenos em fluídos corpóreos, tecidos e órgãos.
Definições de veneno: “toda substância que se origina dos reinos animal, vegetal e mineral que, independente da dose, ao ser introduzida no organismo por qualquer via danifica à saúde podendo ocasionar a morte. Também é necessário que seu efeito habitual seja a ação tóxica, mesmo que administrada em baixas doses”.
Um veneno consiste em qualquer tipo de substância tóxica, seja ela sólida, líquida ou gasosa, que possa produzir qualquer tipo de enfermidade, lesão, ou alterar as funções do organismo ao entrar em contato com um ser vivo, por reação química com as moléculas do organismo.
A diferença entre uma substância venenosa e uma substância farmacêutica ou mesmo nutricional é que um veneno é mortal em determinada dose e não tem qualquer função terapêutica. Flúor e iodo podem ser considerados venenosos, mas têm aplicações terapêuticas em mínimas doses, sendo o iodo indispensável e o flúor um bom fármaco contra as cáries.
Portanto um número bastante grande de substâncias pode provocar envenenamento, além dos casos clássicos. A pesquisa de psicotrópicos e venenos em materiais biológicos visando a determinação da causa mortis, ou em materiais diversos objetivando seu relacionamento com um crime, faz parte da toxicologia forense.
Envenenamento – ação ou efeito de envenenar 
Classificações dos venenos: - Quanto ao estado físico: líquidos, sólidos e gasosos;
- Quanto à origem: animal, vegetal, mineral e sintético; 
- Quanto às funções químicas: óxidos, ácidos, bases e sais (funções inorgânicas): hidrocarbonetos, álcoois, acetonas e aldeídos, ácidos orgânicos, ésteres, aminas, aminoácidos, carboidratos e alcaloides (funções orgânicas); 
 - Quanto ao uso: doméstico, agrícola, industrial, medicinal, cosmético e venenos propriamente ditos.
Venenos orgânicos praguicidas 
 Produto que tem a capacidade de destruir pragas. • Pragas: organismos animais ou vegetais capazes de reduzir a quantidade ou qualidade dos alimentos, das sementes, rações forragens etc., durante o plantio, produção, colheita, armazenamento, transporte e uso, ou que pode transmitir doenças ao homem e aos animais (domésticos, de corte e produtores de leite). • Classificação de acordo com o organismo vivo envolvido no seu emprego: Inseticidas (carbamatos, organofosforados, piretróides, etc) acaricidas, herbicidas, fungicidas, molucicidas, raticidas (cumarínicos, compostos de flúor, etc.), outros. 
Interesse forense: intoxicação letal acidental, homicídio, suicídio (tentativa), falsificação, crime ambiental.
Praguicidas - Organofosforados
 São ésteres fosfóricos utilizados como inseticidas, acaricidas, nematicidas e fungicidas. Principais representantes: acefato, clorpififós metílico, diazinon, dipterex (tugon/neguvon), fention, malation, metamidofós, monocrotofós, dissulfoton.
Modo de ação
 • inibição da enzima acetilcolinesterase que metaboliza a acetilcolina em colina e ácido acético. 
• acúmulo de acetilcolina – síndrome característica de anormalidades da transmissão neuromuscular.
 • Toxicidade de organofosforados • características estruturais. • produto formulado – presença de impurezas diversas – síntese do composto/ armazenamento em condições inadequadas – solventes.
Praguicidas – Carbamatos
Classe composta por derivados do ácido metil- carbâmico
· Principais representantes:
· Carbaril, carbofuran (furadan), carbosulfan
· metiocarb, propoxur (baygon)
· derivados carbamoiloxímicos: aldicarb (chumbinho, temik)
O agrotóxico aldicarbe (carbamato Aldicarb) figura como o preferido pelos contraventores, encontrado em cerca de 50% dos ‘chumbinhos’ analisados, a outra metade são organofosforados diversos. A ANVISA afirma que a matéria prima para este produto vem de roubo de carga ou entrada ilegal de produtos químicos pela fronteira. Seu uso está relacionado intensamente a assassinatos, suicídios, e mortes por intoxicação acidental.
Modo de ação 
• semelhante aos organofosforados 
• inibição da acetilcolinesterase – mais reversível em função da estrutura química • enzima fosforilada – regeneração - t1/2 – 27 dias 
• enzima carbamilada – regeneração – t1/2 – 38 minutos • Sinais e sintomas • acúmulo de acetilcolina – sintomatologia grave.
Sinais e sintomas 
• Morte associada à insuficiência respiratória.
 • Broncoconstrição, secreção pulmonar excessiva, falência dos músculos respiratórios e depressão do centro respiratório p/ hipóxia severa e prolongada. 
• Inconsciência, ausência de reflexos pupilares, secreção alveolar excessiva, dificuldade respiratória, cianose e atividade da Ach entre 10-30% do normal.
Praguicidas – Estricnina
É o principal alcalóide encontrado na nux-vômica (Strychnos nuxvomica) e na fava de Santo Ignácio (Strychnos ignatii). Utilizado como estimulante em doses baixas. 
• A estricnina e o sulfato de estricnina - iscas raticidas – (0,5 – 1,0 mg/ 100 g). 
• Extremamente amarga (gosto percebido a 1 ppm).
Modo de ação 
• Neuro estimulante com atuação principal na medula espinhal. 
• Age como bloqueador do receptor de glicina da medula e do cérebro.
Efeitos/ sintomas 
· Sintomas dramáticos e extremamente dolorosos. 
· Qualquer estímulo externo desencadeia sequência de convulsões.
· Acessos convulsivos característicos (tetanismo muscular) – 15-60 min após a ingestão – corpo contraído em arco dorsal, extensão de pernas e pés, boca cerrada, contração do diafragma e músculos abdominais (apnéia) – 1-2 min.
· 2º acesso é mais violento e prolongado.
· 3º acesso – paralisia bulbar decorrente de hipóxia respiração dificultada ou fibrilação ventricular.
· Morte – em geral no 3º acesso ou no período de calma – asfixia ou exaustão – 2-3 h. 
· Assistência respiratória, anticonvulsivantes – Sobrevida 24 h.
Praguicidas – Cumarínicos
Derivados da 4-hidroxicumarina; 
• Ex:Racumin, Warfarin (Coumadin), Brodifacoum (Klerat, Ratak, ri-dorato), Difenacoum (ri-do-rato), Difenthialone (Rodilon).
Modo de ação
 • São antagonistas estruturais da vitamina K, impedindo a carboxilação dos ácidos glutâmicos; 
• Inibem a síntese dos fatores vitamina K dependentes, a síntese da protrombina no fígado (precursor plasmático da trombina); 
• Efeito anticoagulante; 
• Efeito vaso destrutivo c/ danos capilares – extravasamento sanguíneo.
Sintomas
 • Fenômenos hemorrágicos, intensa palidez, presença de sangue nas fezes e urina; 
• Tratamento: lavagem gástrica, administração de vitamina K, transfusão de sangue, repouso absoluto, avaliação do tempo de coagulação; 
• Morte raríssima – formulações com baixíssima concentração do produto ativo (0,005 % m/ m).
Monóxido de Carbono
 Gás levemente inflamável, incolor, inodoro e muito perigoso devido à sua grande toxicidade. É produzido pela queima em condições de pouco oxigênio (combustão incompleta) e/ou alta temperatura de carvão ou outros materiais ricos em carbono, como derivados de petróleo.
Fontes: a) Combustão de veículos automotores movidos a gasolina, siderúrgicas, atividade vulcânica, emissão de gás natural, queimadas; b) Motores, fornos e fornalhas desregulados; c) Cozinhas e banheiros - aquecedores, grelhas ou fumantes em áreas mal ventiladas.
 Modo de ação: Liga-se à hemoglobina – formação de carboxiemoglobina – complexo mais estável que a oxihemoglobina – irreversível; 
• Ausência de transporte de oxigênio – anóxia tecidual; 
• Interesse forense: suicídios / homicídio, morte acidental; 
• Tratamento: oxigenoterapia / câmara hiperbárica – sequelas.
Caso Boate Kiss - Fumaça tóxica
 Incêndio na boate Kiss Santa Maria - RS Fatalidade 242 Feridos 123 Fogo de artifício tipo "sputnik" Fumaça tóxica - "gás cianeto" Além do cianeto, presença de monóxido de carbono e micropartículas de plástico quente 
 Análise da quantidade de cianeto no sangue das vítimas vivas e mortas Universidade Brasil e PeríciaArgentina; Tempo de coleta dos vivos (72h após intoxicação); Preservação dos vestígios coletados no local; Evento de grandes proporções. Departamento de Identificação muito requisitado.
Cianeto: Inibidor da cadeia transportadora de elétrons.
Nitrito de Sódio – NaNO2
NaNO2, sólido cristalino, branco ou levemente amarelado, solúvel em água e muito higroscópico, forte agente redutor, oxidado p/ O2 a NaNO3
 • Uso: fixador de cor e como preservante de alimentos (carnes e peixes); 
• Efeito a longo prazo de consumo moderado – formação de nitrosaminas – cancerígena; 
• DL50 ratos - 180 mg/ Kg; 
• Interesse forense: suicídio / homicídio, morte acidental. 
Modo de ação:
 • Agente metaemoglobinizante;
 • Oxidação do Fe (II) – Fe (III) da hemoglobina – formação de metaemoglobina;
 • Ausência de transporte de oxigênio. Modo de ação: 
• Agente metaemoglobinizante; 
• Oxidação do Fe (II) – Fe (III) da hemoglobina – formação de metaemoglobina; 
• Ausência de transporte de oxigênio.
Síndrome tóxica:
 • Cianose refratária à oxigenoterapia; 
• Pode ser assintomática;
 • Análise laboratorial: sangue - espectrofotometria visível/conteúdo estomacal – reativo de Griess.
Principais matrizes biológicas empregadas nas análises toxicológicas forenses: 
· urina, 
· sangue, 
· cabelo,
· fluido oral, 
· suor,
· humor vítreo e mecônio. 
Urina 
· Amostra convencional;
· Amplamente utilizada;
· Investigação de metabólitos;
· Coleta fácil e não invasiva; 
· Grandes volumes disponíveis para análise; 
· Armazenamento em longo prazo;
· Facilmente adulterável;
· Detecta apenas uso recente (2 a 5 dias).
Sangue 
· Amostra Convencional;
· Relaciona a concentração da droga e o estado clínico do indivíduo;
· Prediz período decorrido após a administração;
· Maior risco de contaminação;
· Janela de detecção restrita para as drogas de abuso.
· Coleta: 
· Invasiva;
· Adição de anticoagulantes e conservantes depende do analito;
· Heparina (pode interagir com alguns fármacos);
· EDTA (não indicado para metais pesados).
 Fluido oral 
· Amostra não convencional
· Células da mucosa bucal, restos de alimentos e saliva;
· As drogas são transferidas do sangue para a saliva por ultrafiltração ou difusão passiva;
· Detectadas na forma não metabolizada;
· Moléculas de alto peso molecular, drogas ionizadas ou ligadas a proteínas plasmáticas;
· Coleta pouco invasiva e resultado Rápido;
· Detecta várias drogas de interesse forense no fluido oral, como cocaína, anfetaminas, opióides, canabinóides, benzodiazepínicos e etanol;
· Pode ser armazenada como prova;
· Fácil contaminação e restrito número de estudos;
· Dispositivos: Omni-Sal®, OraSure® e Salivette®. 
 
 Suor
· Amostra não convencional; 
· Monitoramento de drogas de abuso; 
· As drogas são incorporadas no suor por difusão passiva e migração transdérmica;
· Presença da droga original;
· Coleta pouco invasiva, rápida, indolor e assistida;
· Ampla janela de detecção (até 12 dias);
· Coleta através de coletores “sweat patch”;
· O preparo da amostra exige menos etapas;
 Desvantagens:
· Falta de informações sobre a relação dose-resposta; 
· Quantidade limitada de amostra; 
· Literatura limitada.
 
 Cabelo
· Amostra não convencional;
· Detecção pregressa (em torno de 3 meses);
· Quantidade de melanina e natureza da droga interferem da incorporação;
· Drogas de caráter básico, como cocaína e anfetaminas, se incorporam melhor que as de caráter ácido, como benzodiazepínicos;
· Fatores naturais diminuem a concentração inicial;
· Coleta: 
· Método não invasivo; 
· Fácil transporte e armazenamento;
· Difícil adulteração.
· Análise: 
· Recomenda-se a coleta de aproximadamente 100 mg de cabelo rente ao couro cabeludo;
· Lavagem com surfactantes, solventes orgânicos ou produtos especiais;
· Pulverização da amostra;
· Digestão enzimática ou com solução de hidróxido de sódio e aquecimento;
· Extração de analitos da matriz capilar;
· Requer alta sensibilidade.
Humor Vítreo
· Amostra não convencional;
· Maior presença da droga original;
· Grande estabilidade diante dos processos de putrefação;
· A coleta pode ser feita por meio de punctura no canto lateral do olho, o volume coletado em torno de 2mL;
· Drogas de alta afinidade proteica são pouco encontradas nessa matriz;
· Requer poucas etapas de preparação;
· Concentrações parecidas com o sangue periférico.
 
Toxicologia Forense: Análises Toxicológicas em Amostras Biológicas
A coleta de amostras é uma das fases mais difíceis e delicada do processo de exame toxicológico. As amostras de fios de cabelo e pelos são as mais complicadas de serem executadas, devido à complexidade da matriz.
Para garantir o resultado preciso dos exames toxicológicos, é necessária a boa execução do trabalho do coletador. Ele deve ser ético e ter cuidado para não alterar o material colhido. Então, existe um protocolo que deve ser respeitado, começando pela correta identificação do doador por meio de documento oficial com foto e etiquetagem correta. Além disso, deve-se ter cuidado com a transferência segura da amostra até o laboratório de análise. Tudo isso para que possa comprovar a rastreabilidade da amostra coletada.
Após garantir a devida condição para análise, contendo a assinatura do responsável pela coleta com a embalagem vedada sem sinais de alteração, o analista pode iniciar o exame para averiguar substâncias toxicológicas na amostra.
Toxicologia Forense: Triagem da amostra biológica
No geral, o ensaio imunoenzimático é utilizado para a realização da triagem da amostra. Quando há necessidade de realização de mais um teste, este geralmente é realizado em cromatografia líquida ou gasosa, pois esse tipo de equipamento possui a sensibilidade necessária para a confirmação de substâncias toxicológicas presentes na amostra.
Um passo importante é garantir a extração adequada das substâncias de interesse da amostra, para isso são utilizadas técnicas específicas para a detecção dessas substâncias, variando de acordo com o analito a ser monitorado e de acordo com o tipo de amostra a ser analisada.
Esse tipo de procedimento tem essa metodologia empregada de acordo com os parâmetros internacionais, onde necessita-se de validação do método e garantia da exatidão e reprodutibilidade do dado encontrado, evitando assim erros e falsos positivos que podem comprometer o doador da amostra coletada.
Em relação ao resultado após a análise das amostras, é importante saber interpretar o resultado obtido do teste. Para isso, se torna importante a interpretação de alguém que possua conhecimento no assunto para analisar o resultado, averiguando se houver biotransformações do analito na amostra.
Um fato importante é que para cada tipo de amostra, há um tipo de mecanismo químico e bioquímico diferente, portanto é importante ter o conhecimento desses mecanismos, a fim de monitorar possíveis intermediários do analito que podem ser metabolizados e transformados pelo corpo.
Dessa forma, é importante garantir que a execução da coleta da amostra, assim como o emprego das técnicas analíticas de extração e detecção dos compostas sejam executadas conforme está estabelecido nos critérios de qualidade que avaliam os resultados obtidos, evitando assim resultados divergentes.
Coleta de Sangue, Urina e Outros Tecidos
No caso de coletas in vivo, amostras como soro, urina, cabelo e conteúdo gástrico podem ser analisadas, enquanto que em situações de post-mortem é de maior relevância a análise de sangue, urina, conteúdo gástrico, humor vítreo e órgãos humanos, (especialmente o fígado, mas podem ser investigados também o rim, a bile, o pulmão, o baço, o músculo esquelético e o cérebro).
Para escolher qual amostra será utilizada nas análises toxicológicas, é importante considerar a especificidade de cada situação, bem como o tipo de análise que se deseja realizar, isto é, o que será investigado, a partir das suspeitas levantadas.
Isso variará de caso para caso, pois pode ocorrer de se precisar apenas de uma coleta em específico ou casos em que mesmo com várias amostras coletadas,ainda se terá determinada incerteza.
Nesse sentido, somente as amostras de sangue não são suficientes quando se tem o corpo em condições de putrefação avançada, exumação do corpo ou morte por choque traumático. Assim, é preciso apelar para outras matrizes alternativas e complementares, a fim de que se tenha com exatidão a determinação analítica da quantidade do provável tóxico presente no sangue.
Aspectos Post Mortem de Relevância Toxicológica
Quando as análises laboratoriais são feitas em situação de Post Mortem, essas são utilizadas com o intuito de investigar as causas da morte do indivíduo, por meio de amostras de fluidos corporais e outros tecidos coletados durante a autópsia.
Para isso, é preciso que as análises laboratoriais forenses sejam realizadas em um Instituto de Medicina Legal (IML). Isso se deve ao fato de se tratarem de situações legais, como nos casos de crimes, violência, suicídios, acidentes ou quaisquer outros tipos de negligência contra a vida.
Cabe salientar que nesse tipo de análise, o tempo é um fator determinante, visto que à medida em que se transcorre, torna-se cada vez mais complicado coletar amostras de qualidade para o ensaio laboratorial devido às alterações autolíticas e putrefação que ocorrem naturalmente após a morte. 
Técnicas Analíticas Comumente Empregadas na Toxicologia Forense
O procedimento analítico na Toxicologia Forense deve ser feito com todo cuidado e conhecimento, a fim de evitar resultados errôneos.
Sequência analítica empregada nos procedimentos de toxicologia forense. Fonte: Rangel, 2004.
Dentre as principais técnicas de análise toxicológica forense, as com maior sensibilidade e especificidade são os imunoensaios, a cromatografia gasosa (GC) e a cromatografia líquida (LC).
As técnicas cromatográficas apresentam diversos benefícios nesse tipo de análise toxicológica. Elas podem identificar e detectar drogas e compostos secundários, pois são técnicas analíticas de referência na Toxicologia Forense. Além disso, elas apresentam sensibilidade, seletividade e confiabilidade nos resultados gerados. O que promove uma análise satisfatória.
Técnicas de preparo de amostra na toxicologia forense
· O preparo da amostra reduz os interferentes que podem comprometer a seletividade e sensibilidade ao analito de interesse na matriz biológica.
· Exigem condições mínimas para serem aplicadas:
 - Perda mínima da amostra com remoção eficaz de interferentes;
 - Alta recuperação do analito; 
 - Baixo tempo de análise;
 - Baixo custo.
Precipitação proteica
· Consiste na desnaturação de proteínas presentes na matriz por adição de agentes precipitantes (ácidos ou bases fortes, solventes orgânicos, Temperatura).
1. Adição do agente precipitante na amostra;
2. Agitação;
3. Centrifugação. 
Possibilita a separação do precipitado proteico e o sobrenadante, utilizado para análise toxicológica.
Extração líquido-líquido (LLE)
· Baseia-se na partição da amostra entre duas fases imiscíveis (orgânica e aquosa).
· A eficiência da extração depende da afinidade do analito pelo solvente, razão das fases e número de extrações.
1. Adição do solvente extrator;
2. Agitação mecânica;
3. Centrifugação da mistura;
4. A fase de interesse é recolhida para análise.
Salting-out
· Caracteriza-se pela adição de um sal inorgânico á amostra aquosa e um solvente orgânico miscível em água, formando um sistema bifásico.
· Objetivo: auxiliar na separação do solvente miscível em água e melhorar extrações com solventes orgânicos apolares.
· A eficácia da extração depende das características físico-químicas do analito e o tipo de sal utilizado.
 Extração em fase sólida (SPE)
Baseia-se na separação por afinidade (como cromatografia líquida), consistindo na separação líquido-sólido.
1. Retenção e eluição do analito do fluido biológico;
2. Remoção de interferentes;
3. Concentração da amostra.
· SPE está disponível nos modos de fase normal, fase reversa e troca iônica. 
Extração com ponteiras (DPX)
· Consiste em ponteira descartável de 1,0 ou 5,0 mL contendo fase sólida dispersa, na qual o analito entra em contato constante equilíbrio entre a fase sorvente e a amostra a ser extraída.
· Técnica rápida;
· Uso mínimo de solventes;
· Alta recuperação;
· Alta eficiência de extração;
· Rendimento e produtividade;
· Possibilidade de automação.
Extração com ponteiras (DPX)
1. Condicionamento da ponteira;
2. Aspiração da amostra (promovendo o contato com a fase estacionária contida na ponteira);
3. Descarte da matriz;
4. Lavagem;
5. Eluição. 
 Conclusão:
A profissão de toxicologista forense exige uma atualização constante, já que novas drogas sintéticas surgem todos os dias pela facilidade de se manipular essas moléculas. “Não se sabe o efeito, o impacto dessas substâncias diretamente sobre a saúde. Por isso os toxicologistas, de maneira geral, em todo o mundo têm trabalhado para desenvolver novas metodologias capazes de identificar os possíveis padrões de metabolização e os metabólitos, que são compostos provenientes da interação da droga com o organismo.
A Toxicologia Forense consiste em uma ciência de extrema importância, pois através dela é possível detectar toxicantes nocivos ao organismo, pelo qual, engloba as análises do material biológico que levam ao resultado de alterações e danos provocados e até mesmo a causa da morte do indivíduo, que pode acontecer por diversos fatores, como, envenenamento, abuso de drogas e suicídios, onde estão envolvidos uma série de profissionais capacitados para investigar e realizar todos os requisitos necessários para chegar a uma conclusão. Mesmo com especialistas nesta área, é necessário um rigoroso controle de qualidade nos laboratórios de análises forenses que realizam todos os processos para obter um resultado correto e satisfatório.
Referências
https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2018/09/revista-ambiente-academico-v04-n01-artigo02.pdf
https://docero.com.br/doc/svn00s
https://ibapcursos.com.br/toxicologia-forense-deteccao-de-drogas-em-amostras-biologicas/
http://www.imontepascoal.com/noticias/28052021/a-toxicologia-forense-na-investigacao-de-crimes/
https://www.blucher.com.br/livro/detalhes/toxicologia-forense-1458/pesquisa-e-laboratorio-314
https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/516/o/webinar_UFCAT_2020_apresenta%C3%A7%C3%A3o.pdf

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