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Do_curso-70588-aula-07-v4

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Livro Eletrônico
Aula 07
Direito Processual Civil p/ TJDFT (AJAJ e Oficial de Justiça) Com
Videoaulas - 2019
Ricardo Torques
 
 
 
 
 1 
163 
SUMÁRIO 
1 - Considerações Iniciais ...................................................................................................................................... 2 
2 - Tutela Provisória ............................................................................................................................................. 2 
2.1 - Classificação doutrinária das tutelas provisórias ................................................................................................ 2 
2.2 - Disciplina das tutelas provisórias no NCPC ......................................................................................................... 6 
2.3 - Tutelas de Urgência .......................................................................................................................................... 12 
2.4 - Tutela de Evidência ........................................................................................................................................... 28 
3 ʹ Lista de Questões .......................................................................................................................................... 30 
3.1 ʹ Lista de Questões sem comentários ................................................................................................................. 30 
3.2 - Gabarito............................................................................................................................................................ 69 
3.3 ʹ Lista de Questões com comentários ................................................................................................................. 70 
4 ʹ Destaques da Legislação ............................................................................................................................. 155 
5 ʹ Resumo ...................................................................................................................................................... 158 
6 ʹ Considerações Finais ................................................................................................................................... 163 
 
 
 
Ricardo Torques
Aula 07
Direito Processual Civil p/ TJDFT (AJAJ e Oficial de Justiça) Com Videoaulas - 2019
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TUTELA PROVISÓRIA 
1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Enfim temos uma aula menor! Hoje, será um encontro tranquilo, no qual abordaremos assunto de 
primacial importância, contudo, menos denso quando comparado com os temas anteriores que 
estudamos. 
Na aula de hoje vamos nos ocupar com as tutelas provisórias, que foram totalmente reformuladas à 
luz do NCPC, o que exigirá grande esforço para compreendê-las na nova sistemática. 
De todo modo, é importante registrar que não obstante a matéria seja menos extensa に arts. 294 a 
311 do NCPC に a incidência nas provas recentes é grande. Note que a maioria das questões são, 
inclusive, elaboradas com base no NCPC. 
Vamos lá, então? 
Bons estudos! 
2 - TUTELA PROVISÓRIA 
2.1 - CLASSIFICAÇÃO DOUTRINÁRIA DAS TUTELAS PROVISÓRIAS 
Antes de apresentar a classificação das tutelas provisórias, vamos, rapidamente, diferenciar a tutela 
definitiva da provisória. 
Quanto à tutela definitiva1: 
A tutela definitiva é aquela obtida com base em cognição exauriente, com profundo debate acerca do objeto da 
decisão, garantindo-se o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa. 
Essa tutela definitiva poderá ser satisfativa, ou seja, poderá ser voltada para certificar direitos (ações 
declaratórias, constitutivas e condenatórias) ou para efetivar direitos (ações executivas). 
Além disso, a tutela definitiva também poderá ser assecuratória (ou cautelar), cuja finalidade é 
conservar o direito do autor, neutralizando efeitos maléficos do tempo. A tutela cautelar caracteriza-
se pela referibilidade e pela temporariedade. 
 
 
1 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, p. 575. 
Ricardo Torques
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A tutela provisória, por sua vez, tem por finalidade antecipar o gozo de determinado direito ou 
assegurá-lo a fim de que possa ser gozado em momento oportuno. 
A tutela provisória caracteriza-se pela sumariedade da cognição, pela precariedade e pela 
impossibilidade de sofrer os efeitos da coisa julgada. 
 
 
Feito isso, vamos analisar a classificação das tutelas provisórias, com base na posição majoritária da 
doutrina. 
 
REFERIBILIDADE
a tutela cautelar deve se referir a outro direito 
principal (tutela acautelatória)
TEMPORARIEDADE
tem eficácia limitada no tempo, extinguindo-se 
com a obtenção do direito principal (tutela 
satisfativa)
COGNIÇÃO SUMÁRIA
a decisão se assenta em análise superficial do objeto 
litigioso
PRECARIEDADE
poderá ser revogada ou modificada a qualquer 
tempo
IMPOSSIBILIDADE DE 
COISA JULGADA
não poderá sofrer os efeitos da coisa julgada
ESPÉCIES DE TUTELA 
PROVISÓRIA
tutela antecipada
tutela cautelar
tutela de evidência
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Essas três espécies de tutela são chamadas de provisórias ou provisionais, o que significa dizer que 
não são definitivas, e se sujeitam a mudanças. De forma técnica, podemos afirmar que a tutela 
provisória não se estabiliza pela formação da coisa julgada. 
A tutela antecipada é satisfativa e urgente. Além de ser provisória, nessa tutela antecipa-se a 
concessão da prestação jurisdicional à parte em razão de alguma situação urgente. A ideia é simples: 
a parte precisa do bem da vida agora, caso contrário, não lhe será mais útil. Caso não receba o bem 
nesse momento, a parte sofrerá um dano irreparável ou de difícil reparação. 
De acordo com a doutrina2, a tutela provisória satisfativa antecipa os efeitos da tutela definitiva 
satisfativa, conferindo eficácia ao direito afirmado. 
Por exemplo, determinada pessoa precisa da liberação do SUS para o recebimento de determinado 
medicamento. Nesse caso, ajuíza a ação e pleiteia tutela antecipada para a concessão do 
medicamento, uma vez que corre risco de morte. 
No exemplo: 
 
É importante que você não confunda a tutela provisória com julgamento 
antecipado da lide. Não temos um julgamento antecipado do processo, 
mas tão somente a antecipação da tutela jurisdicional. 
Assim... 
 
 
2 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, p. 582. 
PROVISÓRIA
pode ser que, ao final, o pedido seja julgado 
improcedente
ANTECIPADA
confere-se o bem da vida de forma antecipada 
(fornecimento do medicamento)
URGENTE demonstra-se risco de morte
TUTELA PROVISÓRIA
antecipação da 
tutela
JULGAMENTO 
ANTECIPADO
julgamento do 
mérito do processo
concessão da 
tutela jurisdicional 
definitiva
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Além disso, as hipóteses de cabimento de uma e de outra hipótese são distintas e, no caso de 
julgamento antecipado, temos um julgamento definitivo, não provisório. 
A tutela cautelar, tal como a tutela antecipada, é provisória e fundada na urgência. A diferença dessa 
tutela é que, nesse caso, ela é conservativa. Assim, não há concessão da tutela jurisdicional, mas 
conservação do interesse da parte a fim de que ela possa ser beneficiada posteriormentecom a 
tutela jurisdicional. 
De acordo com a doutrina3, a tutela provisória cautelar antecipa os efeitos de tutela definitiva não 
satisfativa (cautelar), conferindo eficácia imediata ao direito à cautela. 
Por exemplo, bloqueio de bens da pessoa devedora para que, na execução, haja valores suficientes 
para pagar o valor devido. 
A tutela de evidência, tal como a tutela antecipada, caracteriza-se pela provisoriedade e por ser 
satisfativa. A grande distinção em relação à tutela antecipada é que não há urgência. Nesse caso, a 
cessão antecipada da tutela jurisdicional não se funda na urgência, mas na evidência do direito 
pleiteado pelo autor. 
Por exemplo, em um contrato de financiamento, a contratante não paga o financiamento e, após 
notificação extrajudicial sem manifestação do contratante, a financiadora ingressa em juízo com 
pedido de busca e apreensão do bem dado em garantia. Nesse caso, se o juiz conceder a tutela, não 
o fará em face da urgência, mas poderá determinar a medida constritiva em razão da evidência de 
que a contratante não pagou as mensalidades do financiamento. 
Assim... 
 
 
 
3 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, p. 583. 
antecipada
provisória
satisfativa
urgente
cautelar
provisória
conservativa
urgente
evidência
provisória
satisfativa
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O quadro acima identifica claramente a distinção de elementos entre essas espécies de tutelas 
provisórias no NCPC. Vistos esses conceitos gerais, vamos adentrar na disciplina específica da 
matéria no NCPC. 
2.2 - DISCIPLINA DAS TUTELAS PROVISÓRIAS NO NCPC 
Antes de iniciar a análise dos dispositivos do NCPC em relação às tutelas provisórias, vamos destacar 
duas mudanças importantes que tivemos em relação ao CPC73. 
A primeira delas refere-se à unificação do trato na parte geral. O NCPC unifica o tratamento da 
temática referente às tutelas provisórias em um único título, a partir do art. 294. Essa disciplina é 
abordada na parte geral do Código, comum, portanto, tanto à fase de conhecimento como à fase de 
execução. 
Além disso, temos o fim das cautelares em espécie. O NCPC não dispõe de um livro específico para 
tratar das cautelares em espécie, tal como tínhamos no CPC73. Não temos mais, portanto, 
dispositivos específicos para tratar do arresto, do sequestro, da caução, da busca e apreensão, da 
separação de corpos etc. 
A supressão dessas cautelares específicas decorreu do fato de que o nosso sistema confere ao 
magistrado o poder geral de cautela. Desse modo, não haveria necessidade de uma disciplina 
específica para temas cautelares. Isso não impede que essas cautelares específicas sejam 
concedidas, mas o fundamento será extraído do art. 301, do NCPC, que disciplina a temática em 
termos gerais. 
2.2.1 - Disposições Gerais 
O NCPC, ao contrário do que tínhamos em relação ao CPC73, consolida a disciplina relativa à tutela 
SWàW┗キSZミIキ;àWà;ェヴ┌ヮ;à;ゲàデ┌デWノ;ゲàSWàミ;デ┌ヴW┣;à┌ヴェWミデWゲàゲラHàラàミラマWàSWàさデ┌デWノ;ゲàSWà┌ヴェZミIキ;ざく 
Assim, essa é a classificação das tutelas adotada pelo NCPC: 
 
 
TUTELA PROVISÓRIA
tutela de urgência
tutela antecipada tutela cautelar
tutela de evidência
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O que justifica a denominação de tutela de urgência com dois subgêneros é o fato de que ambas 
estão condicionadas ao perigo da demora (periculum in mora). É justamente isso que trata do art. 
294, caput, do NCPC. 
Art. 294. A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência. 
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência, cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter 
antecedente ou incidental. 
Na sistemática do CPC73, a medida cautelar era antecedente. Assim, antes de ingressar com a 
demanda principal, a parte ajuizava uma ação cautelar preparatória a fim de obter a garantia do 
direito e, após, ajuizava a ação principal. Além disso, em relação à tutela antecipada, tínhamos o 
ajuizamento da ação principal e, em pedido preliminar, o pedido antecipado. 
Essa distinção não existe mais no NCPC. Tanto no caso de tutela cautelar como nas hipóteses de 
tutela antecipada é possível o pedido antecedente, preparatório. No caso específico da tutela 
antecipada, uma vez concedida, confere-se à parte prazo para que ela possa emendar o pedido, a 
fim de tornar o pedido antecedente em pedido principal. 
Há, portanto, uma sistemática específica em relação à forma de se apresentar os pedidos em juízo. 
Nos arts. 295 a 299, todos do NCPC, temos algumas regras gerais específicas: 
 o art. 295 esclarece que as tutelas provisórias, quando requeridas incidentalmente, não 
dependem do pagamento de custas: 
Art. 295. A tutela provisória requerida em caráter INCIDENTAL independe do pagamento de custas. 
As despesas processuais têm por finalidade custear a obtenção da tutela jurisdicional final. Assim, 
eventual pedido incidente será isento de custas. 
 o art. 296 aborda o conceito de provisoriedade dessas tutelas, na medida em que podem ser 
revogadas ou modificadas a qualquer tempo: 
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, A QUALQUER TEMPO, 
ser revogada ou modificada. 
Parágrafo único. SALVO decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante o 
período de suspensão do processo. 
Apenas para esclarecer: admite-se, em determinadas situações, que as partes convencionem a 
suspensão do processo. Suspenso o processo, questiona-se: a medida provisória concedida mantém 
seus efeitos ou também será suspensa? O parágrafo único acima determina que, em regra, os 
efeitos da tutela provisória permanecem, a não ser que haja decisão expressa do juiz em sentido 
contrário. 
 Contudo, simplesmente conceder a tutela provisória poderá não ser eficiente, nesse caso, faz-se 
necessário dispor de instrumentos a fim de tornar a decisão executável, para garantir a efetividade 
da tutela concedida. Nesse contexto, o art. 297 estabelece que o juiz poderá adotar as medidas que 
entender necessárias para a efetivação da tutela provisória. 
Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória. 
Parágrafo único. A efetivação da tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório 
da sentença, no que couber. 
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O dispositivo acima não traz limitações às medidas aplicadas, ele prevê, de modo geral, a 
possibilidade de que sejam utilizadas quaisquer medidas executivas, como, por exemplo, a fixação 
de multas. 
De acordo com a doutrina4, conclui-se que esse dispositivo concede ao 
テ┌ノェ;Sラヴàさum poder geral de cautela e de efetivação, com a adoção de 
todas as medidas provisórias idôneas e necessárias para a satisfação ou 
acautelamento adiantadosざく 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
 
(MPE-MS/2015/adaptada) Julgue: 
As astreintes não podem ser fixadas em decisão concessiva de tutela provisória antecipada, 
uma vez que visam punir a parte que desrespeita a sentença de mérito, podendo ser executada 
provisoriamente desde que o recurso eventualmente interposto não seja recebido com efeito 
suspensivo. 
Comentários 
A assertiva está incorreta, pois o art. 297, do NCPC, é expresso no sentido de permitir a ação 
de medidas necessárias ao cumprimento, inclusive astreintes (multas). 
Sigamos! 
 o art. 298 obriga o magistrado a fundamentar a decisão de tutela provisória de forma clara a 
precisa,aproximando-se do dever de esclarecimento extraído do princípio da cooperação, previsto 
expressamente no art. 6º, do NCPC. 
Esse dispositivo tem por finalidade evitar decisões monocráticas que simplesmente concedem a 
tutela provisória com base nos pressupostos legais sem expor qualquer fundamentação mais 
aprofundada e completa. 
Dessa forma, a decisão deve ser fundamentada de forma clara e precisa. 
Art. 298. Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu 
convencimento de modo claro e preciso. 
 A tutela provisória poderá ser concedida de forma antecedente ou no 
curso da ação. Nesse contexto, o art. 299 disciplina que se a tutela for 
concedida no curso da ação, naturalmente, deve ser requerida ao juiz 
competente para a causa. Quando se tratar de tutela provisória de caráter antecedente, deverá ser 
endereçada diretamente ao magistrado que será competente para analisar a futura ação principal. 
 
4 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, 603. 
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Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente, ao juízo competente para 
conhecer do pedido principal. 
Em relação aos processos que tramitam perante tribunais, estabelece o parágrafo único que, tanto 
nos processos de natureza originária (que começam perante o tribunal) como os processos que 
chegam ao tribunal por intermédio de recurso, se houver requerimento de tutela provisória, quem 
deverá analisar o pedido é o órgão responsável pela decisão de mérito da ação originária ou do 
recurso. Assim, se a competência para julgar o processo for de determinada turma, órgão especial 
ou do pleno do tribunal, a decisão de mérito competirá à turma, ao órgão especial ou ao pleno, 
respectivamente, a decisão de requerimentos de tutelas provisórias. 
Parágrafo único. RESSALVADA disposição especial, na ação de competência originária de tribunal e nos 
recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito. 
Para fins de prova... 
 
 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
 
(TRT15ªR-SP/2015/adaptada) Acerca da antecipação dos efeitos da tutela, considere: 
I. É possível a antecipação dos efeitos da tutela em sentença, desde que satisfeitos os requisitos 
legais. 
II. Não é possível antecipação dos efeitos da tutela sem comprovação de periculum in mora. 
III. O Código de Processo Civil admite expressamente a concessão de tutela antecipada ex 
officio. 
Está correto o que consta APENAS em 
a) I. 
ひA tutela provisória divide-se em tutela de urgência (que engloba a tutela antecipada e cautelar)
e as tutelas e de evidência.
ひAs tutelas de urgência (tutela antecipada e cautelar) podem ser antecedentes ou incidental.
ひAs tutelas provisórias incidentais independem do pagamento de custas.
ひAs tutelas provisórias podem ser revogadas ou alteradas a qualquer tempo.
ひAs tutelas provisórias conservam a eficácia durante o período de suspensão do processo,
exceto decisão judicial em sentido contrário.
ひO juiz poderá determinar as medidas necessárias para efetivação de tutelas provisórias
concedidas, inclusive, os instrumentos previstos para o cumprimento provisório de sentença.
ひAs decisões que envolvem tutelas provisórias devem ser claras e precisas (princípio da
cooperação).
DISPOSIÇÕES GERAIS
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b) II e III. 
c) I e III. 
d) I e II. 
e) III. 
Comentários 
O item I está correto. Embora não haja previsão específica no NCPC, o entendimento da 
doutrina majoritária é no sentido de que o juiz poderá conceder a tutela provisória em 
sentença, até mesmo para impedir o efeito suspensivo da apelação. 
O item II está incorreto, pois é admissível a antecipação dos efeitos da tutela na hipótese de 
tutela de evidência. 
O item III está incorreto, pois não há mais previsão para a concessão de ofício da tutela 
provisória antecipada, embora possa sugerir à parte que o faça, em respeito ao princípio da 
cooperação e da demanda. 
Portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão. 
Confira mais uma questão. 
 (TRT-21ªR-RN/2015/adaptada) Com base nas disposições do Código de Processo Civil 
aplicável, analise as assertivas abaixo. 
O objetivo da antecipação dos efeitos da tutela é entregar ao autor a própria pretensão 
deduzida em juízo ou os seus efeitos. 
Comentários 
Está correta a assertiva. É exatamente esse o objetivo da tutela de urgência provisória. 
Antes de passarmos adiante na análise da disciplina das tutelas de urgência no NCPC, vamos tratar 
de dois pontos doutrinários relevantes: requerimento e fungibilidade. 
2.2.2 - Requerimento 
Ao contrário do que tínhamos em relação ao CPC73, o NCPC não prevê a possibilidade de concessão 
de ofício da tutela provisória. Logo, não poderá o magistrado, mesmo que entenda presentes os 
pressupostos, conceder uma tutela provisória sem requerimento da parte (ou seja, conceder de 
ofício)5. 
Portanto, o entendimento atual é no sentido de que a tutela provisória está circunscrita ao princípio 
da demanda, de modo que a parte deverá requerê-la expressamente. 
 
5 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, p. 606. 
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Isso, contudo, não impede que o magistrado, ciente da situação fática envolvida no processo に à luz 
do princípio da cooperação に, consulte a parte interessada para que requeira a tutela. É o que nos 
ensina a doutrina6: 
(...) tem em conta a estrutura cooperativa do novo processo civil, pode o juiz, percebendo que é possível tutelar 
a parte provisoriamente, consultá-la a respeito de seu interesse na obtenção de uma tutela sumária (art. 6º, 
CPC). Não pode o juiz, porém, antecipar a tutela de ofício (seja satisfativa, seja cautelar), dado o regime de 
responsabilidade objetiva inerente à sua fruição (art. 302, CPC), o qual a parte pode não ter interesse em 
submeter-se. 
2.2.3 - Fungibilidade 
No CPC73 tínhamos regra específica de fungibilidade entre a tutela antecipada e a cautelar. Pela 
sistemática anterior, se a parte equivocadamente ingressasse com uma ação cautelar, mas o 
magistrado, ao analisar o pedido, entendesse que se tratava em verdade de pedido antecipatório, 
aplicava a regra da fungibilidade e, se estivessem presentes os pressupostos, concederia a tutela 
antecipada. 
No NCPC não temos essa regra, tal como disposta no Código anterior. 
Contudo, o entendimento da doutrina7 é no sentido de que é possível transmudar-se uma tutela em 
outra, não com fundamento em regra de fungibilidade, マ;ゲàヮWノ;àさnecessidade de aproveitamento 
dos atos processuais ʹ por força do princípio da duração razoável do processo e da necessidade de 
promoção da economia processual dele decorrente ʹ e a necessidade de se privilegiar a proteção de 
decisão de mérito em detrimento de decisões puramente formais para a causaざく 
Observe-se, ainda, que a fungibilidade é aplicada de forma expressa para as tutelas de urgência de 
caráter antecedente, com base no parágrafo único do art. 305, conforme veremos adiante. 
2.2.4 - Legitimidade 
Quando falamos em tutelas provisórias, pensamos sempre que ela será requerida pelo autor. Assim, 
o autor, diante do risco da demora ou da probabilidade do direito, pode requerer uma das espécies 
de tutelas provisórias.Contudo, como ressalta a doutrina8がà さtodo aquele que alega ter direitos à tutela jurisdicional 
(definitiva) está legitimado a requerer a antecipação provisória dos seus efeitosざくàPラヴデ;ミデラがàラà;┌デラヴがà
o réu e os terceiros intervenientes possuem legitimidade para requerer tais tutelas. O mesmo ocorre 
em relação ao Ministério Público, tanto quando atuar como parte como na função de fiscal da ordem 
jurídica. 
 
6 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 377/8. 
7 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 378. 
8 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, p. 587. 
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2.3 - TUTELAS DE URGÊNCIA 
A tutela de urgência está disciplinada no NCPC entre os arts. 300 e 310. Nos primeiros dispositivos 
temos algumas regras de caráter geral, após, o NCPC se ocupa de regrar a tutela de urgência 
antecipada e, na sequência, a tutela de urgência cautelar. 
2.3.1 - Disposições Gerais 
Conforme já explicitado, a tutela de urgência é concedida sempre que houver elementos que 
evidenciem que a não concessão possa implicar perigo de dano, ou risco ao resultado útil do 
processo. 
É o que dispõe o art. 300, do NCPC, veja: 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do 
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
 
(MPT/2015) Com base no Código de Processo Civil, julgue: 
Na decisão que conceder tutela de urgência, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões 
do seu convencimento, mas não concederá a medida quando houver perigo de 
irreversibilidade do provimento antecipado. 
Comentários 
Está correta ;à;ゲゲWヴデキ┗;àWマàa;IWàSラàケ┌WàヮヴW┗Zàラà;ヴデくàヲΓΒがàSラàNCPCがàケ┌WàSWIノキミ;àケ┌Wà;àさSecisão 
que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz motivará seu 
convencimento de modo claro e precisoざ. Além disso, de acordo com o art. 300, §1º, prevê que 
さ;àtutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver perigo de 
irreversibilidade dos efeitos da decisãoざ. 
Vamos aprofundar um pouco o conteúdo? 
Primeiramente devemos lembrar que a tutela de urgência abrange tanto a tutela antecipada como 
;àI;┌デWノ;ヴくàDWà;IラヴSラàIラマà;àSラ┌デヴキミ;がàケ┌;ミSラàラàNCPCàゲWàヴWaWヴWà;àさヮWヴキェラàSWàS;ミラざàWゲデ=àabordando 
a concessão da tutela de urgência de natureza antecipada (satisfativa); ao passo que quando se 
ヴWヮラヴデ;à<àW┝ヮヴWゲゲ?ラàさヴキゲIラà;ラàヴWゲ┌ノデ;Sラà┎デキノàSラàヮヴラIWゲゲラざがàデWマラゲàI;マヮラàヮ;ヴ;àデ┌デWノ;àSWà┌ヴェZミIキ;àSWà
natureza cautelar (conservativa). 
Essa possível associação feita pelo legislador é criticada pela doutrina. Afirmam, em síntese, que a 
tutela de urgência antecipada não deve ser concedida apenas com a hipótese de dano. Além disso, 
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critica-se o fato de associarem a tutela de urgência cautelar à necessidade de conservar o processo, 
quando deveria visar à proteção do direito. Como sucedâneo do conceito legal, sugere-se9: 
A tutela provisória é necessária simplesmente porque não é possível esperar, sob pena de o ilícito ocorrer, 
continuar ocorrendo, ocorrer novamente, não ser removido ou de dano não ser reparado ou de reparável no 
futuro. Assim, é preciso ler as expressões perigo de dano e risco ao resultado útil do processo como alusões ao 
perigo da demora. Vale dizer: há urgência quando a demora pode comprometer a realização imediata ou futura 
do direito. 
Nesse contexto, para a prova, que é o que realmente importa para nós, primeiramente devemos 
assinalar a alternativa que fizer referência à literalidade expressa do dispositivo. Se a questão se 
referir ao entendimento doutrinário, devemos considerar que a tutela de urgência decorre do perigo 
da demora (periculum in mora). 
Assim: 
 
 
Nesse sentido, segundo Fredie Didier Jr.10: 
A tutela provisória de urgência pressupõe, também, a existência a de elementos que evidenciem o perigo que a 
demora no oferecimento da prestação jurisdicional (periculum in mora) representa para a efetividade da 
jurisdição e a eficaz realização do direito. 
Esse perigo deve ser: 
 concreto, ou seja, certo; 
 atual, ou seja, que está na iminência de ocorrer; e 
 grave, vale dizer, com aptidão para prejudicar ou impedir a fruição de direitos. 
Afirma-se, também, que toda tutela provisória depende de configuração da probabilidade do direito, 
vale dizer, há de se verificar a plausibilidade do direito a ser provisoriamente satisfeito ou realizado. 
 
9 MARINONI, Luiz Guilherme, ARENHART, Sérgio Cruz e MITIDIERO, Daniel. Código de Processo Civil Comentado, 2ª 
edição, rev., ampl. e atual., São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016, p. 383. 
10 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, 610. 
TUTELA DE URGÊNCIA
para a literalidade do NCPC
さヮWヴキェラàSWàS;ミラざ
さヴキゲIラà;ラàヴWゲ┌ノデ;Sラà┎デキノàSラà
ヮヴラIWゲゲラざ
para a doutrina
さヮWヴキェラàS;àSWマラヴ;ざàふpericulum 
in mora)
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Para tanto, inicialmente, deve-se verificar a verossimilhança fática do alegado e, em sequência, a 
plausibilidade jurídica. 
Além do perigo da demora, da plausibilidade do direito, o último requisito apontado pela doutrina, 
que pode configurar a possibilidade de concessão da tutela de urgência, é a irreparabilidade do 
dano ou, pelo menos, deve o dano tratar-se de difícil reparação. 
Em regra, portanto... 
 
Como a concessão de tutela antecipada implica riscos, pois a cognição é sumária, poderá o 
magistrado exigir caução. 
A cognição aprofundada depende do desenvolvimento do procedimento em contraditório e análise 
aprofundada da matéria probatória pelo magistrado. Na tutela provisória, a urgência da demanda 
requer que seja concedido o direito à luz das informações apresentadas na peça inicial e, no máximo, 
com base na justificação da parte contrária. Logo, a decisão é denominada de precária. 
Em face disso, exceto se tratar de pessoa hipossuficiente economicamente, o magistrado poderá 
exigir caução a fim de minimizar os riscos da concessão provisória da tutela. 
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória 
idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser DISPENSADA se a 
parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. 
O §2º prevê duas formas de concessão da tutela de urgência: 
 sem a oitiva da parte contrária (inauditera altera pars ou in limine); ou 
 com a notificação da parte contrária para apresentar pedido de justificação em face do requerimento 
provisório deduzido. 
Veja: 
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
A concessão da tutela de uma ou outra forma dependerá de decisão do magistrado, que irá se basear 
nas peculiaridades do caso concreto. 
Para finalizar o dispositivo, note que o §3º impõe uma limitação à concessão de tutela de urgência 
de caráter antecipatório: a irreversibilidade dos efeitos da decisão. Essa limitação NÃO se aplica às 
tutelas de urgência de carátercautelar, mas apenas às tutelas antecipadas. 
PARA CONFIGURAÇÃO DA 
TUTELA DE URGÊNCIA
periculum in mora
plausibilidade do 
direito
irreparabilidade do 
dano ou de difícil 
reparação
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§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada NÃO será concedida quando houver perigo de 
irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
Assim, a tutela provisória antecipada concedida à parte deve poder ser revertida, ou seja, deve haver 
a possibilidade de que as partes retornem ao status quo em caso de decisão definitiva que reverta a 
concessão provisória. 
O art. 301 ratifica o que dissemos no início. Não existe mais regras específicas acerca das cautelares, 
mas apenas a disciplina geral que estudamos nesta aula. Ao contrário do CPC73, que expressamente 
abordava cautelares específicas, no NCPC elas não mais existem. 
Art. 301. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, 
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para 
asseguração do direito. 
Assim... 
 
 
Veja que a última hipótese traz uma regra geral, que amplia a possibilidade de concessão de 
cautelares, na medida em que forem identificadas as situações necessárias no caso concreto. 
Além disso, é importante conhecer: 
 
ARRESTO Medida cautelar que tem por objetivo resguardar o direito à tutela ressarcitória, em razão 
de perigo de algum dano. Objetiva, portanto, resguardar futura execução por QUANTIA. 
SEQUESTRO Medida cautelar que tem por finalidade proteger o direito à coisa de um perigo de dano. 
Objetiva, portanto, resguardar futura entrega de COISA. 
ARROLAMENTO DE BENS Medida cautelar que tem por finalidade apreender, descrever e depositar a universalidade 
de bens que está exposta a risco de dano. Objetiva, portanto, garantir futura PARTILHA DE 
BENS. 
PROTESTO CONTRA 
ALIENAÇÃO DE BENS 
Medida cautelar que visa assegurar os frutos de determinada tutela em razão de um perigo 
de dano. Objetiva, portanto, EVITAR TRANSFERÊNCIA supostamente indevida de bem 
sujeito a registro. 
ひarrestos
ひsequestros
ひarrolamento de bens
ひregistro de protesto contra alimentação de bem
ひQUALQUER outra medida idônea para assegurar o direito
A TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA CAUTELAR É UTILIZADA PARA
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Por se tratar de medida de caráter provisório, a concessão de tutela provisória gera responsabilidade 
do requerente. Veja: 
Art. 302. INDEPENDENTEMENTE da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a 
efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa, SE: 
I - a sentença lhe for desfavorável; 
II - obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios necessários para a citação do 
requerido no prazo de 5 (cinco) dias; 
III - ocorrer a cessação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; 
IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
Parágrafo único. A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que 
possível. 
De acordo com a doutrina, temos hipóteses de responsabilidade objetiva e subjetiva. Vamos 
sistematizar! 
 
RESPONSABILIDADE 
OBJETIVA  Não fornecimento de meios suficientes à citação do requerido no prazo de 5 dias, após a 
concessão da tutela de urgência. 
Veja que, nesse caso, basta o decurso do prazo para que haja configuração da responsabilidade da 
parte. 
 Cassação da tutela provisória de urgência. 
Independentemente do motivo que levar à revogação, a cassação da liminar gerará responsabilidade 
da parte, de forma objetiva, a favor de quem fora concedida. 
SUBJETIVA  Sentença desfavorável. 
Nesse caso, inicialmente a tutela era provável, contudo, em cognição exauriente, conclui-se 
improcedente o pedido. 
 Sentença resolutória com mérito, em razão do acolhimento de prescrição ou decadência. 
Caso o juiz, apreciando melhor a celeuma ao final do processo, conceda sentença desfavorável à parte 
autora (ainda que acolhendo a prescrição ou decadência), somente haverá responsabilização da parte 
se demonstrar dolo ou culpa ao pedir a tutela provisória. 
Note que, nessas duas hipóteses de responsabilização subjetiva, a tutela provisória foi alterada em 
razão do exercício da atividade jurisdicional de forma que não justifica a responsabilização direta, 
objetiva. 
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2.3.2 - Tutela antecipada requerida em caráter antecedente 
No CPC73, o requerimento de tutela antecipada era formulado de forma preliminar em ação 
ajuizada, com o objetivo de atingir a decisão final de mérito. Assim, o magistrado recebia a ação, 
analisava o requerimento de tutela antecipada e dava seguimento ao processo. 
No NCPC há a tentativa de facilitar o requerimento da tutela antecipada, que poderá ser formulada 
em caráter antecedente. Logo, temos efetivamente o ajuizamento de uma ação inicial sumarizada 
(simplificada) cujo pedido principal é a concessão da tutela antecipada. 
Para tanto, essa ação inicial sumarizada deve observar seis requisitos, declinados no caput, do art. 
303, do NCPC. 
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode 
LIMITAR-SE ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da 
lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. 
§ 1o CONCEDIDA a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo: 
I - o autor deverá ADITAR a petição inicial, com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos 
documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em 15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz 
fixar; 
II - o réu será citado e intimado para a audiência de conciliação ou de mediação na forma do art. 334; 
III - NÃO havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. 
§ 2o NÃO realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo, o processo será extinto sem 
resolução do mérito. 
§ 3o O aditamento a que se refere o inciso I do § 1o deste artigo dar-se-á nos mesmos autos, sem incidência de 
novas custas processuais. 
§ 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve 
levar em consideração o pedido de tutela final. 
§ 5o O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício previsto no caput deste artigo. 
§ 6o Caso entenda que NÃO HÁ ELEMENTOS PARA A CONCESSÃO de tutela antecipada, o órgão jurisdicional 
determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de ser indeferida e de o processo ser 
extinto sem resolução de mérito. 
Portanto, a parte deverá peticionar com: 
 a informação de que se trata de uma tutela provisória de urgência de natureza antecipada; 
 a informação de qual a pretensão final, para que seja possível verificar a correspondência entre a tutela 
inicial e final; 
 a indicação do conflito que surgiu; 
 a referência ao direito que se busca tutelar, denominado tecnicamente de fumus boni iuris; 
 a menção ao perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, denominado de periculum in mora; e 
 a indicação do valor da causa, a fim de que possa ser posteriormente emendada e se torne a ação principal. 
Esses são, portanto, os requisitos para a postulação antecedente de pedido de tutela antecipada. 
Encaminhado o processo para o magistrado, podemos ter duas decisões: 
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1ª に CONCESSÃO DA TUTELA 
Com a concessão da tutela, o autor será intimado para complementar a argumentação, juntar novos 
documentos e confirmar o pedido da tutela inicial no prazo de 15 dias. 
Em seguida, cita-se o réu para comparecer à audiência de conciliação e de mediação. Se frutífera, o termo da 
autocomposição será homologado e o processo extinto com resolução de mérito. 
Caso não haja autocomposição, o réu sairá intimado da audiência para apresentar a contestação no prazo de 
15 dias. 
Com isso, o processo seguirá o curso normal. 
2ª に NÃO CONCESSÃO DA TUTELA 
O autor será intimado para emendar a petição inicial no prazo de 5 dias, a fim de que seja dada continuidade 
à ação na forma regular. 
Caso não haja aditamento, o processo será extinto sem julgamento do mérito. 
Para a prova... 
 
 
Não há lógica na diferença de prazos e expressões utilizados, mas essa é a disciplina do NCPC. 
Portanto, cuidado com questões literais. 
 
DA DECISÃO
concessiva
aditamento
prazo de 15 dias
denegatória
emenda
prazo de 5 dias
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No art. 304, do NCPC, passamos a tratar de uma novidade no direito 
processual civil: a estabilização da tutela antecipada com caráter 
antecedente. 
Esse dispositivo intenta a estabilização das decisões provisórias. Por exemplo, determinada parte 
entra com uma ação e pede a tutela antecipada. Se após concedida pelo magistrado, não houver 
insurgência do réu e nenhum outro pedido da parte autora, a tutela antecipada se estabiliza e torna-
se perene. 
REQUISITOS DA INICIAL SUMARIZADA EM 
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA 
ANTECEDENTE
informação de que se trata de tutela provisória de urgência de 
natureza antecipada;
pretensão final (correspondência);
conflito
fumus boni iuris
periculum in mora
valor da causa
PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE
CONCESSÃO
aditar no prazo de 15 dias
citar réu para 
audiência de 
conciliação e 
mediação
em caso de 
autocomposição 
extingue o processo 
com julgamento de 
mérito
infrutífera a 
autocomposição
o réu sai intimado 
para contestar em 15 
dias
NÃO CONCESSÃO
emendar no prazo de 5 dias
não emendou
extingue o processo 
sem julgamento de 
mérito
emendou
segue o processo
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De acordo com o caput, do art. 304, a estabilização da demanda ocorrerá com a não interposição de 
recurso, o que implicará a extinção no processo na forma do §1º, do art. 304, do NCPC. 
Veja: 
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303, TORNA-SE ESTÁVEL se da decisão que a 
conceder não for interposto o respectivo recurso. 
§ 1o No caso previsto no caput, o processo será extinto. 
Assim, da concessão da tutela antecipada, o réu deverá interpor o recurso に no caso o agravo de 
instrumento に sob pena de estabilização da tutela antecipada. Como a tutela antecipada é 
provisória, admite-se, a qualquer tempo, que o réu ingresse com pedido revisional dessa tutela, a 
fim de modificá-la ou extingui-la. 
Esse dispositivo é criticado pela doutrina, pois não atende a algumas situações específicas. De todo 
modo, para fins de prova, devemos nos pautar pela legalidade. 
(i) a estabilização ocorre apenas no pedido de tutela antecipada antecedente, pois não há previsão 
para a estabilização no caso de a tutela antecipada constar de pedido preliminar no bojo de ação 
principal ajuizada. 
Além disso, é importante destacar que a estabilização da demanda não se aplica à tutela provisória 
de natureza cautelar, pois ela tem caráter conservativo e não satisfativo. 
Do mesmo modo, por faltar previsão, não se fala em aplicação da estabilização da demanda em 
tutela de evidência. 
Assim, não obstante as dúvidas que ainda pairam sobre o assunto, para a prova... 
A ESTABILIZAÇÃO DA DEMANDA APLICA-SE APENAS À 
TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA ANTECEDENTE. 
(ii) outro ponto importante é o fato de que o caput afirma que o recurso 
impede a estabilização. Literalmente, o recurso cabível dessa decisão interlocutória que concede a 
tutela antecipada antecedente é o agravo de instrumento. 
Contudo, e se a parte apresentar contestação à ação? Não haveria estabilização? 
1ª CORRENTE に apenas o agravo de instrumento é capaz de evitar a estabilização da tutela antecipada 
antecedente, muito embora sejam admitidos sucedâneos de insurgência, como o mandado de segurança ou a 
reclamação. 
2º CORRENTE に qualquer meio de impugnação, abrangendo além do agravo de instrumento a contestação. 
Não há uma corrente dominante, de modo que, enquanto não houver posicionamento explícito do 
STJ, devemos seguir a literalidade e, portanto, a 1ª corrente, que não admite a contestação como 
meio de evitar a estabilização da lide. 
Na sequência, vejamos os §§ 2º a 4º, que disciplinam a revisão da tutela antecipada: 
§ 2o Qualquer das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela 
antecipada estabilizada nos termos do caput. 
§ 3o A tutela antecipada conservará seus efeitos enquanto não revista, reformada ou invalidada por decisão 
de mérito proferida na ação de que trata o § 2o. 
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§ 4o Qualquer das partes poderá requerer o desarquivamento dos autos em que foi concedida a medida, para 
instruir a petição inicial da ação a que se refere o § 2o, prevento o juízo em que a tutela antecipada foi concedida. 
A regra é que a tutela antecipada antecedente estabilizada é provisória e, por isso, poderá ser 
revisada a qualquer tempo pelas partes. A revisão da tutela antecipada estabilizada dependerá de 
uma ação, em autos apartados, podendo ser requerido o desarquivamento do processo anterior. 
Nesse caso, o juízo competente para essa ação será o mesmo juízo da decisão estabilizada. 
 
 
Pergunta-se: a tutela antecipada poderá permanecer estabilizada para sempre, permitindo à parte 
requerer a revisão, a reforma ou a invalidação a qualquer tempo? De acordo com o §5º, do art. 
304, a tutela PERMANECERÁ ESTABILIZADA PELO PRAZO DE DOIS ANOS. Decorrido o prazo de dois 
anos, a tutela antecipada torna-se definitiva. 
§ 5o O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2o deste artigo, extingue-se após 
2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o processo, nos termos do § 1o. 
Em razão do prazo acima, faz-se outro questionamento: após os dois anos, se não houver pedido 
revisional da parte interessada, há formação da coisa julgada? 
Existem três correntes: 
1ª CORRENTE に não faz coisa julgada e, portanto, poderá ser revista a qualquer tempo. Registre-se que essa 
corrente contraria expressamente o §5º, do art. 304, acima citado, que fixa um lapso para a revisão. 
2ª CORRENTE に não há formação da coisa julgada e também não há possibilidade de ajuizamento de ação 
rescisória contra essa decisão. O legislador apenas definiu um prazo máximo para a ação revisional. 
3ª CORRENTE に findo o prazo de dois anos, há formação da coisa julgada material, com possibilidade de ação 
rescisória caso adentre nas hipóteses legais. 
Novamente: 
Qual posição adotar para a prova? 
Não há consenso para fins de prova de concurso público, nem mesmo questões anteriores 
retrataram o tema de modo a nos conceder segurança. O entendimento que tende a se consolidar 
é no sentido de que não é cabível ação rescisória nos casos de estabilização da tutela antecipada 
urgência, conforme o Enunciado 33 do Fórum Permanente e ProcessualistasCivis: 
Enunciado 33 do Fórum Permanente e Processualistas Civis 
ひação a ser ajuizada a qualquer tempo pelas partes
ひserá feita em autos apartados
ひpode ser requerido o desarquivamento do processo anterior para ser usado na instrução
ひserá distribuída ao mesmo juízo que foi competente para a concessão da tutela
REVISÃO DE TUTELA ANTECIPADA ESTABILIZADA
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Não cabe ação rescisória nos casos estabilização da tutela antecipada de urgência. 
Assim, acreditamos que a 1ª corrente é a que deve prevalecer. 
2.3.3 - Tutela cautelar requerida em caráter antecedente 
A disciplina da tutela cautelar requerida em caráter antecedente está disciplinada nos arts. 305 ao 
310 do NCPC. O caput, do art. 305, indica que a ação cautelar antecedente deve conter: 
 indicação do conflito e do fundamento; 
 exposição do direito que se pretende assegurar; e 
 exposição do perigo de dano ou do risco ao resultado útil ao processo. 
Veja: 
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter antecedente indicará a 
lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco 
ao resultado útil do processo. 
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza antecipada, o juiz observará 
o disposto no art. 303. 
O parágrafo único alerta para a possibilidade de fungibilidade específica nas medidas antecedentes, 
não em relação à tutela antecipada e cautelar incidentais. De acordo com a doutrina11: 
O legislador, ciente das dificuldades que podem surgir na diferenciação da tutela antecipada (satisfativa) e da 
tutela cautelar, foi cauteloso ao prever a fungibilidade dessas tutelas de urgência requeridas em caráter 
antecedente, exigindo a prévia e necessária adaptação procedimental. 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
 
(MPE-MS/2015/adaptada) Julgue: 
O Código de Processo Civil não permite a aplicação do princípio da fungibilidade entre a tutela 
provisória satisfativa e a tutela provisória acautelatória, a não ser na hipótese de concessão 
antecedente. 
Comentários 
Está correta a assertiva. Conforme o entendimento da doutrina e do que se extrai do parágrafo 
único do art. 305, do NCPC, a fungibilidade é específica e admissível tão somente no caso de 
tutela provisória antecedente. 
Sigamos! 
Distribuída a ação, o réu será citado para apresentar defesa e indicar as provas que pretende 
produzir no prazo de 5 dias. Caso não conteste, presumem-se verdadeiros os fatos alegados pelo 
 
11 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, p. 629. 
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autor e o processo será remetido à decisão do magistrado no prazo de 5 dias. Assim, a não 
apresentação da contestação constitui presunção das alegações de fato do demandante da 
probabilidade para a concessão da medida cautelar. 
Confira: 
Art. 306. O réu será citado para, no PRAZO DE 5 (CINCO) DIAS, contestar o pedido e indicar as provas que 
pretende produzir. 
Art. 307. NÃO sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-ão aceitos pelo réu como 
ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias. 
Parágrafo único. Contestado o pedido no prazo legal, observar-se-á o procedimento comum. 
Portanto, desde já, tome nota em relação aos prazos referidos: 
 
Se o pedido for contestado, o trâmite da ação seguirá o rito comum. Após o trâmite processual, será 
proferida sentença a fim de conceder, ou não, a ação cautelar. 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
 
(TRT8ªR-PA-AP/2015/adaptada) Sobre o processo cautelar, julgue. 
No processo cautelar antecedente o requerido será citado, para, no prazo de 05 dias, contestar 
o pedido, presumindo-se verdadeiros os fatos alegados pelo requerente, na ausência de 
contestação. 
Comentários 
Está correta a assertiva, porque está de acordo com os arts. 306 e 307, ambos do NCPC. 
Sigamos! 
Concedida a tutela, a parte autora tem o prazo de 30 dias para ajuizar a ação principal, sem 
necessidade de adiantamento de custas processuais, podendo, inclusive, aditar pedidos na forma do 
§2º, do art. 308, do NCPC. 
O §1º permite à parte formular o pedido principal conjuntamente com o pedido cautelar. 
Veja: 
Art. 308. Efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 30 (trinta) 
dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de tutela cautelar, NÃO 
dependendo do adiantamento de novas custas processuais. 
PRAZO PARA CONTESTAR E INDICAR PROVAS 5 dias
PRAZO PARA O MAGISTRADO DECIDIR EM CASO DE NÃO 
MANIFESTAÇÃO DO REQUERIDO
5 dias
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§ 1o O pedido principal pode ser formulado conjuntamente com o pedido de tutela cautelar. 
§ 2o A causa de pedir poderá ser aditada no momento de formulação do pedido principal. 
O dispositivo acima destaca a necessidade de que o pedido principal se refira à tutela cautelar 
(referibilidade). 
De todo modo, formulado o pedido principal, o magistrado determinará a intimação das partes, por 
intermédio dos respectivos advogados, para comparecimento à audiência de conciliação e de 
mediação, sem necessidade de citar o réu. 
Note que o prazo de aditamento da petição inicial é maior na tutela cautelar. O prazo será de 30 
dias, enquanto que, na tutela antecipada antecedente, o prazo é de 15 dias para a aditar a petição 
inicial. 
Se infrutífera a conciliação, a parte ré sai do ato processual intimada para contestar a ação no prazo 
de 15 dias. 
§ 3o Apresentado o pedido principal, as partes serão intimadas para a audiência de conciliação ou de mediação, 
na forma do art. 334, por seus advogados ou pessoalmente, sem necessidade de nova citação do réu. 
§ 4o Não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335. 
O art. 309, na sequência, arrola em quais hipóteses a eficácia da tutela cautelar cessará: 
Art. 309. CESSA a eficácia da tutela concedida em caráter antecedente, SE: 
I - o autor NÃO deduzir o pedido principal no prazo legal; 
II - NÃO for efetivada dentro de 30 (trinta) dias; 
III - o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou extinguir o processo sem resolução de 
mérito. 
Parágrafo único. Se por qualquer motivo cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à parte renovar o pedido, 
salvo sob novo fundamento. 
Assim: 
 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
 
(TRT8ªR-PA-AP/2015/adaptada) Sobre o processo cautelar, julgue. 
Cessa a eficácia da tutela provisória cautelar se a parte não intentar a ação principal no prazo 
de 30 dias, contados da efetivação da medida, se esta não for executada dentro de 30 dias ou 
se o juiz declarar extinto o processo principal, com ou sem julgamento do mérito, mas, cessada 
ひnão ajuizamento da ação principal no prazo de 30 dias
ひnão efetivação da medida conservativa no prazo de 30 dias
ひimprocedência do pedido principal
ひextinção do processo sem resolução do mérito
CESSA A EFICÁCIA DA TUTELA CAUTELAR
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a medida por qualquer desses motivos, a parte pode intentar nova ação e repetir o pedido com 
os mesmos fundamentos. 
Comentários 
Está incorreta a assertiva, uma vez que, na parte finalcontrária, o parágrafo único do art. 309, 
do NCPC, prevê que, por qualquer motivo, a eficácia da tutela cautelar cessará, sendo vedado 
à parte renovar o pedido, a não ser que haja novo fundamento. 
Sigamos! 
Para encerrar o tópico, confira o art. 310, do NCPC: 
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar NÃO OBSTA a que a parte formule o pedido principal, NEM influi 
no julgamento desse, SALVO se o motivo do indeferimento for o reconhecimento de decadência ou de 
prescrição. 
Para a prova... 
 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
 
(TRT8ªR-PA-AP/2015/adaptada) Sobre o processo cautelar, julgue. 
O indeferimento da tutela provisória cautelar não obsta a que a parte intente a ação principal, 
nem influi no julgamento desta, salvo se o juiz, no procedimento cautelar, acolher a alegação 
de decadência ou de prescrição do direito do autor. 
Comentários 
Está correta a assertiva, que está de acordo com o art. 310, do NCPC. 
Confira outra questão. 
 (OAB/XVI Exame/2015/adaptada) Alan ajuizou ação provisória cautelar antecedente em face 
de Roberta, obtendo deferimento de pedido liminar para indisponibilizar a venda de veículos 
de propriedade da ré. De posse da decisão liminar, Alan protocolizou ofício junto ao órgão 
competente em 30 de janeiro, tendo a liminar sido efetivada em 10 de fevereiro, ou seja, 
quatro dias antes da citação de Roberta. As datas citadas eram dias úteis. 
Com base na hipótese narrada, assinale a afirmativa correta. 
O INDEFERIMENTO DA 
TUTELA CAUTELAR
não impede o 
ajuizamento da ação 
principal
exceto no caso de 
reconhecimento de 
prescrição ou decadência
não influencia o 
julgamento da ação 
principal
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a) O ajuizamento da ação principal dentro do prazo legal veda ao magistrado revogar a tutela 
provisória antes da sentença de mérito. 
b) O ajuizamento da ação principal no dia 14 de março acarreta a perda da eficácia da tutela 
provisória deferida e a extinção da ação cautelar. 
c) A eventual falta de diligência de Alan ao inobservar o prazo legal para execução da decisão 
acautelatória acarretará a automática extinção dos processos cautelar e principal. 
d) O indeferimento do pedido acautelatório formulado por Alan obsta o ajuizamento da ação 
principal, por falta de interesse. 
Comentários 
A alternativa A está incorreta, a tutela provisória poderá ser alterada ou modificada a qualquer 
tempo, não havendo possibilidade de vedação ao magistrado quanto à possibilidade de revogá-
la. 
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão, pois, se ajuizada apenas no dia 14 de 
março, haverá transcorrido mais de 30 dias, o que implica a perda automática da eficácia da 
cautelar e a extinção do processo cautelar sem julgamento do mérito. 
A alternativa C está incorreta, pois não existe regramento nesse sentido no NCPC. 
A alternativa D está incorreta, pois o indeferimento do pedido acautelatório não impede o 
ajuizamento da ação principal. 
Esquematizando o procedimento... 
 
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Sigamos! 
TUTELA CAUTELAR 
ANTECEDENTE
ajuizamento do pedido (conflito, fundamento, direito a ser conservado, perigo do dano e risco ao 
resultado útil do processo)
citação para 
manifestar/provas em 5 dias
não apresentou defesa
juiz decide em 5 dias
prazo de 30 dias para o autor 
efetivar a eficácia da tutela 
concedida
não efetivou
cessa a eficácia da ação 
cautelar
efetivou
prazo de 30 dias para ajuizar 
ação principal
ajuizada, as partes são intimadas para audiência e conciliação 
e mediação
em caso de autocomposição 
extingue o processo com 
julgamento de mérito
infrutífera a autocomposição
o réu sai intimado para 
contestar em 15 dias
apresentou defesa
o processo segue 
regularmente
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2.4 - TUTELA DE EVIDÊNCIA 
A tutela de evidência trabalha com a ideia de que a probabilidade do direito do autor é alta e a 
defesa possui pouca seriedade a fim de poder influenciar o provimento final. Desse modo, a 
concessão da tutela de evidência independe de demonstração do perigo de dano ou de risco ao 
resultado útil do processo. 
A probabilidade do direito para a concessão da tutela de evidência deve ser altíssima, de modo que 
a doutrina tem se manifestado no sentido de que a verossimilhança para a concessão da tutela de 
evidência deve ser muito superior àquela verificada na prática quando do requerimento formulado 
pela parte em tutelas de urgência. 
Segundo a doutrina12: 
É técnica que serve à tutela provisória, fundada em cognição sumária: a antecipação provisória dos efeitos da 
tutela satisfativa. Aqui surge a chamada tutela provisória de evidência. Nestes casos, a evidência se caracteriza 
com conjugação de dois pressupostos: prova das alegações de fato e probabilidade de acolhimento da pretensão 
processual. 
Para nosso estudo é relevante compreender bem as quatro hipóteses descritas no art. 311, do NCPC: 
Art. 311. A tutela da evidência será concedida, INDEPENDENTEMENTE da demonstração de perigo de dano ou 
de risco ao resultado útil do processo, QUANDO: 
I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório da parte; 
II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em 
julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante; 
III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso 
em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa; 
IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos constitutivos do direito do autor, 
a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável. 
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente. 
Antes de analisar cada uma dessas hipóteses, cumpre observar que não existe impedimento para 
que procedimentos específicos disciplinem outras hipóteses de tutela de evidência. 
Vejamos as hipóteses do NCPC: 
 Abuso do direito de defesa ou de manifesto propósito protelatório do réu. 
Nesse caso, é necessário ouvir o réu para a concessão da tutela de evidência, não podendo ser 
concedida liminarmente. 
Trata-se de uma hipótese em que a tutela de evidência é concedida com intuito punitivo, como uma 
sanção à parte que agir de má-fé ou que provoque empecilhos ao regular andamento do processo, 
capazes de comprometer a celeridade e lealdade processuais. 
 
12 JR. DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil, volume 1, 18ª edição, rev., atual. e ampl., Bahia: Editora 
JusPodvim, 2016, 631. 
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Cita-se, como exemplo, o fornecimento de endereços errados ou incompletos a fim de dificultar a 
intimação da testemunha. Outro exemplo referido pela doutrina é a retirada dos autos físicos do 
cartório e a não devolução pela parte, não obstante intimação para devolução. 
 Alegações de fato comprovadas apenas com documentos e tese firmada em julgamento de 
casos repetitivos ou em súmula vinculante. 
Atenção aos conectivos! 
 
fato comprovado 
documentalmente E 
tese firmada em julgamento 
repetitivo OU 
súmula 
vinculante 
Importante destacar que, nesse caso, admite-se a concessão da medida em caráter liminar, em razão 
do que dispõe o parágrafo único do art. 311, do NCPC. 
 ação de depósito, quando quemestá com algum bem em razão de contrato de depósito e não 
o entrega a quem de direito na forma e nos prazos devidos, poderá a parte demandar tutela de 
evidência com a cominação de multa em caso de não devolução no prazo fixado. 
Do mesmo modo, também se admite a concessão da medida em caráter liminar, em razão do que 
dispõe o parágrafo único do art. 311, do NCPC. 
 petição instruída com prova documento suficiente dos fatos constitutivos sem oposição 
razoável do réu. 
Note que, nesse caso, não é necessário haver entendimento jurisprudencial em caso repetitivo ou 
súmula vinculante para subsidiar o pedido. 
Para concessão da tutela de evidência, conforme a referida hipótese, faz-se necessário: 
 prova documental; 
 incapacidade de o réu, documentalmente, causar qualquer dúvida à evidência do direito ou, muito menos, 
de produzir contraprova suficiente a contrapor o autor. 
Nessa hipótese também é necessário ouvir o réu para a concessão da tutela de evidência, não 
podendo ser concedida liminarmente. 
Para a prova... 
 
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Com isso, encerramos a parte teórica pertinente à aula de hoje. 
Veja como o assunto já foi explorado em provas: 
 
(MPE-MS/2015/adaptada) Julgue: 
Não há possibilidade de tutela provisória no processo civil brasileiro, sem alegação e 
comprovação de urgência. 
Comentários 
Está incorreta a assertiva. Com a previsão a tutela de urgência não só temos a antecipação de 
tutela como a concessão definitiva do direito à parte, nas hipóteses de cabimento. Além disso 
e o mais importante, independe da demonstração de urgência. 
3 ʹ LISTA DE QUESTÕES 
3.1 ʹ LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
FCC 
1. FCC/ALESE/2018 
Quanto às tutelas provisórias, é correto afirmar: 
a) A tutela de urgência de natureza antecipada independe e não se vincula ao perigo de 
irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
b) Não mais existe a tutela de urgência de natureza cautelar no ordenamento processual civil, 
subsistindo apenas a tutela de urgência antecipatória e a tutela de evidência. 
c) Para conceder a tutela de urgência, o juiz deve exigir caução real ou fidejussória, em 
nenhuma hipótese podendo dispensá-la se do ato potencialmente ocorrerem danos de difícil 
reparação à parte adversa. 
ひAbuso do direito de defesa ou de manifesto propósito protelatório do réu (liminar).
ひAlegações de fato comprovadas apenas com documentos e tese firmada em julgamento de
casos repetitivos ou em súmula vinculante (liminar).
ひAção de depósito, quando quem está com algum bem em razão de contrato de depósito e não
a entrega a quem de direito na forma e nos prazos devidos, poderá a parte demandar tutela de
evidência com a cominação de multa em caso de não devolução no prazo fixado (liminar).
ひPetição instruída com prova documento suficiente dos fatos constitutivos sem oposição
razoável do réu (liminar).
HIPÓTESES DE CABIMENTO DA TUTELA DE EVIDÊNCIA
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d) A concessão de tutela de urgência em caráter liminar não pode ocorrer sem justificação 
prévia, ainda que sem a citação da parte contrária. 
e) Independentemente da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que 
a efetivação da tutela de urgência causar à parte adversa se, entre outras hipóteses, o juiz 
acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor. 
2. FCC/PGE-TO/2018 
A tutela provisória 
a) conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer tempo, ser revogada 
ou modificada. 
b) na decisão em que concedida, modificada ou revogada, o juiz motivará fundamentadamente 
seu convencimento; quando negar a tutela, porém, não há necessidade de motivação, pois do 
ato caberá agravo interno ao colegiado. 
c) somente pode fundamentar-se na urgência da situação fática. 
d) de urgência será concedida apenas em caráter antecedente; somente a tutela cautelar pode 
ser concedida também em caráter incidental. 
e) dependerá do pagamento de custas, quando concedida em caráter incidental. 
3. FCC/DPE-AP/2018 
Em relação ao procedimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente, 
a) o indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido principal, nem 
influi em seu julgamento, qualquer que seja o motivo do indeferimento. 
b) o réu será citado para, no prazo de quinze dias, contestar o pedido e indicar as provas a 
serem produzidas; se não contestar, presumir-se-ão os fatos alegados pelo autor como 
ocorridos. 
c) cessada a eficácia da tutela cautelar, poderá a parte renovar o pedido, mesmo sob igual 
fundamento, pois na hipótese não haverá a formação de coisa julgada. 
d) efetivada a tutela cautelar, o pedido principal terá de ser formulado pelo autor no prazo de 
trinta dias, caso em que será apresentado nos mesmos autos em que deduzido o pedido de 
tutela cautelar, não dependendo do adiantamento de novas custas processuais. 
e) o pedido de tutela cautelar é autônomo, motivo pelo qual o pedido principal deve ser sempre 
formulado separadamente. 
4. FCC/DPE-RS/2018 
Acerca da tutela provisória no Código de Processo Civil, é INCORRETO: 
a) A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 do Código de Processo Civil, torna-se 
estável se da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso, mas qualquer 
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das partes poderá demandar a outra com o intuito de rever, reformar ou invalidar a tutela 
antecipada estabilizada. 
b) A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a 
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
c) A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. 
d) A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qualquer 
tempo, ser revogada ou modificada. 
e) Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-
se, dentre outros, as tutelas provisórias. 
5. FCC/TJ-SC/2017 
Em relação às tutelas provisórias, de urgência e da evidência, considere os enunciados 
seguintes: 
I. A tutela provisória de urgência, se cautelar, só pode ser concedida em caráter antecedente, 
podendo a qualquer tempo ser revogada ou modificada. 
II. A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, 
arrolamento de bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida 
idônea para asseguração do direito. 
III. Entre outros motivos, a tutela da evidência será concedida, independentemente da 
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, se se tratar de 
pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do contrato de depósito, caso 
em que será decretada a ordem de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa. 
IV. Para a concessão da tutela de urgência, o juiz deve, conforme o caso, exigir caução real ou 
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, só podendo a 
garantia ser dispensada se os requerentes da medida forem menores ou idosos com mais de 
sessenta anos. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e III. 
b) I e II. 
c) I, II e IV. 
d) II, III e IV. 
e) I, II e III. 
6. FCC/DPE-PR/2017 
Com base no Código de Processo Civil de 2015, a respeito da tutela provisória, é correto 
afirmar: 
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a) É vedada a exigênciade recolhimento de custas para apreciar requerimento de tutela 
provisória incidental, cuja decisão, se assim subordiná-lo, é recorrível por meio de agravo de 
instrumento. 
b) A tutela provisória de urgência, assim como a tutela provisória de evidência, pode ser 
concedida em caráter antecedente ou incidente. 
c) É cabível ação rescisória no prazo decadencial de dois anos da decisão que estabiliza os 
efeitos da tutela antecipada. 
d) A tutela de evidência prescinde de risco ao resultado útil do processo e do perigo de dano, 
e poderá ser concedida de maneira liminar quando ficar caracterizado o abuso do direito de 
defesa. 
e) Na denunciação da lide, fica vedada a concessão de tutela provisória quando o denunciante 
for o réu. 
7. FCC/TRT-24ªR/2017 
Miguel ajuizou ação de cobrança contra a empresa X, conseguindo demonstrar sua pretensão 
exclusivamente pela prova documental anexada com a inicial, cuja matéria é objeto de súmula 
vinculante editada pelo Supremo Tribunal Federal. Neste caso, à luz do Código de Processo 
Civil, o juiz, 
a) liminarmente, desde que o autor demonstre o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do 
processo, poderá conceder a tutela da evidência. 
b) poderá conceder a tutela de evidência, após ouvir obrigatoriamente a parte contrária, 
independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil ao 
processo. 
c) liminarmente, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao 
resultado útil ao processo, poderá conceder a tutela da evidência. 
d) poderá conceder a tutela de evidência, após ouvir obrigatoriamente a parte contrária, desde 
que o autor demonstre o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. 
e) poderá conceder a tutela de urgência, após ouvir obrigatoriamente a parte contrária, desde 
que o autor comprove a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado 
útil do processo. 
8. FCC/TRT 11ª R/2017 
A tutela de urgência, presentes os demais requisitos legais, 
a) só pode ser concedida após justificação prévia e sempre com caução. 
b) pode ser concedida quando houver perigo de dano, ou o risco ao resultado útil do processo. 
c) será concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão. 
d) não pode ser efetivada através de arrolamento de bens, quando for de natureza cautelar. 
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e) só pode ser concedida se o requerente oferecer caução real ou fidejussória idônea. 
9. FCC/TRE-SP/2017 
Ao disciplinar a tutela provisória, o novo Código de Processo Civil estabelece que 
a) a tutela de urgência não poderá ser concedida sem justificação prévia, salvo se prestada 
caução idônea, caso em que poderá ser concedida liminarmente. 
b) a tutela antecipada requerida em caráter antecedente torna-se estável se da decisão que a 
conceder não for interposto o respectivo recurso, caso em que o processo será extinto. 
c) para a concessão da tutela de evidência, exige-se, dentre outros requisitos, a demonstração 
de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo. 
d) efetivada a tutela cautelar requerida em caráter antecedente, o pedido principal terá de ser 
formulado pelo autor no prazo de 15 dias, em ação própria, cujos autos deverão ser apensados 
aos do pedido cautelar. 
e) é vedada, em qualquer caso, a concessão liminar de tutela de evidência, antes da oitiva da 
parte contrária. 
10. FCC/PGE-MT/2016 
Carlos ajuizou ação de obrigação de fazer contra Orlando e teve concedida, em seu favor, tutela 
de urgência, a qual foi efetivada. No entanto, em sentença, o juiz julgou improcedente o pedido 
e condenou Carlos a pagar multa por litigância de má-fé. A sentença transitou em julgado. 
Carlos responde 
a) pelo prejuízo que a efetivação da tutela tiver causado a Orlando, o qual deverá ser abatido 
do valor da multa por litigância de má-fé. Se possível, a indenização deverá ser liquidada nos 
mesmos autos. 
b) pela multa por litigância de má-fé, apenas, a qual abrange os prejuízos que a efetivação da 
tutela tiver causado a Orlando, não cabendo indenização suplementar. 
c) pelo prejuízo que a efetivação da tutela tiver causado a Orlando, o qual deverá ser abatido 
do valor da multa por litigância de má-fé. A liquidação da indenização deverá ser feita por meio 
de ação própria, necessariamente. 
d) pelo prejuízo que a efetivação da tutela tiver causado a Orlando, independentemente do 
pagamento da multa por litigância de má-fé. Se possível, a indenização deverá ser liquidada 
nos mesmos autos. 
e) pelo prejuízo que a efetivação da tutela tiver causado a Orlando, independentemente do 
pagamento da multa por litigância de má-fé. A liquidação da indenização deverá ser feita por 
meio de ação própria, necessariamente. 
11. FCC/DPE-ES/2016 
Considere as seguintes situações abaixo: 
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I. Cumulação de pedidos, um deles restando incontroverso. 
II. Abuso do direito de defesa. 
III. Concessão de antecipação de tutela antecedente de urgência. 
IV. Ação de consignação em pagamento proposta contra dois supostos credores, por não saber 
a quem se deve pagar. 
É correto afirmar que 
a) a primeira trata de hipótese que permite a prolação de sentença parcial de mérito, em 
julgamento que pode produzir coisa julgada; a segunda, de tutela da evidência, que não faz 
coisa julgada; a terceira pode se tornar estável caso a outra parte não apresente recurso; a 
quarta, se trata de litisconsórcio passivo sucessivo. 
b) as três primeiras tratam de hipóteses que permitem a tutela provisória da urgência, que não 
faz coisa julgada, mas pode estabilizar os seus efeitos; a quarta, se trata de litisconsórcio 
passivo alternativo. 
c) as duas primeiras tratam de hipóteses que permitem a prolação de sentença parcial de 
mérito, em julgamento que pode produzir coisa julgada; a terceira pode se tornar estável caso 
a outra parte não apresente recurso; a quarta, se trata de litisconsórcio passivo alternativo. 
d) a primeira trata de hipótese que permite a prolação de sentença parcial de mérito, em 
julgamento que pode produzir coisa julgada; a segunda, de hipótese que permite a concessão 
de tutela da evidência, que não faz coisa julgada e nem se estabiliza; a terceira pode se tornar 
estável caso a outra parte não apresente recurso; a quarta, se trata de litisconsórcio passivo 
alternativo. 
e) as duas primeiras tratam de hipóteses que permitem a tutela provisória da urgência, que 
não faz coisa julgada; a terceira pode estabilizar os seus efeitos caso a parte não apresente 
recurso; a quarta, se trata de litisconsórcio eventual. 
12. FCC/SEGEP-MA/2016 
A tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou evidência, sendo que 
a) requerida a tutela antecipada em caráter antecedente e sendo a urgência contemporânea à 
propositura da ação, se concedida a tutela antecipada, o autor deverá aditar a petição inicial, 
com a complementação de sua argumentação, a juntada de novos documentos e a 
confirmação do pedido de tutela final, em quinze dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar. 
b) a tutela cautelar de urgência não pode ser efetivada mediante arresto, sequestro ou 
arrolamento de bens, porque sujeitos a procedimento cautelar específico. 
c) a tutela de evidência será concedida, se demonstrado perigo de dano ou de risco ao 
resultado útil do processo, quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o 
manifesto propósito protelatório da parte ou se as alegações de fato puderem ser 
comprovadas apenas documentalmente e houver tese firmada em julgamento de casos 
repetitivos ou em súmula vinculante. 
Ricardo Torques
Aula 07
Direito Processual Civil p/ TJDFT (AJAJ e Oficial de Justiça)

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