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PROJETO INTEGRADOR III - Gestão de Serviços Jurídicos, Notariais e de Registro

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TECNOLOGIA EM GESTÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS, NOTARIAIS E DE REGISTRO
CENTRO DE FORMAÇÃO E GESTÃO JUDICIÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
 PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR (PIM)
2021
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
TECNOLOGIA EM GESTÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS, NOTARIAIS E DE REGISTRO
CENTRO DE FORMAÇÃO E GESTÃO JUDICIÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
 PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR (PIM)
Projeto Integrado Multidisciplinar para obtenção do título de Gestor de Serviços Jurídicos, Notariais e de Registro apresentado à Universidade Paulista – UNIP.
Orientador: 
2021
RESUMO
A atividade integradora com dimensão prática-aplicativa aqui veiculada está atrelada aos estudos realizados que remetem a análise de preconceito e discriminação. Tendo em vista a proposta, escolheu-se o filme Histórias Cruzadas, que se passa em Jackson, pequena cidade no estado do Mississipi, nos anos 60. Nele, Skeeter (Emma Stone) é uma garota da sociedade que retorna determinada a se tornar escritora. Ela começa a entrevistar as mulheres negras da cidade, que deixaram suas vidas para trabalhar na criação dos filhos da elite branca, da qual a própria Skeeter faz parte. Aibileen Clark (Viola Davis), a empregada da melhor amiga de Skeeter, é a primeira a conceder uma entrevista, o que desagrada a sociedade como um todo. Apesar das críticas, Skeeter e Aibileen continuam trabalhando juntas e, aos poucos, conseguem novas adesões.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	04
DESENVOLVIMENTO	05
CONCLUSÃO.	08
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	10
INTRODUÇÃO
A história de otimismo ambientada no Mississipi em 1962, durante a gestação do movimento dos direitos civis nos EUA, acompanha Eugênia Phelan, jovem que acabou de se graduar e quer virar escritora, mas encontra a resistência da mãe, que quer vê-la casada.
Quando ela é aconselhada a escrever sobre o que incomoda, Skeeter encontra um tema em duas mulheres negras: Aibileen, empregada que já ajudou a criar 17 crianças brancas mas chora a perda do próprio filho, e Minny, cozinheira de mão cheia que não arruma emprego porque não leva desaforo dos patrões para casa.
O filme "História Cruzada" fala sobre a vinda de várias mulheres negras vindas dos Estados Unidos da América e narra essa história em meio a um contexto de intensa discriminação racial, com isso, pode - se ver a dificuldade de inserção dessas mulheres na sociedade.
Assim sendo, o filme mostra que há uma mulher branca que se preocupa em registrar a vida dessas mulheres negras tão guerreiras que eram esquecidas naquela sociedade.
Dessa forma, essas mulheres negras deixavam sua família a fim de obter melhores condições de vida, contudo enfrentavam um forte preconceito.
O filme “Histórias Cruzadas” foi produzido em 2011, dirigido por Tate Taylor, estreou em fevereiro de 2012, tem o gênero Drama, o elenco principal é composto por: Allison Janney, Bryce Dallas Howard, Emma Stone, Jéssica Chastain, Octavia Spencer, Viola Davis, Ahana O’Reilly, Anna Camp, Aunjanue Ellis, Becky Fly, Brian Kerwin, Carol Sutton, Chris Lowell, Cicely Tyson, Dana Ivey, David Oyelowo, Julie Ann Doan, La Chanze, Leslie Jordan, Mary Steenburgen, Mike Vogel, Rirchie Montgomery, Roslyn Ruff, Sarah Beth Tew, Shane McRae, Sissy Spacek, Tarra Riggs, Ted Welch, Tiffany Brouwer, Wes Chatham e Ya’lita Thompson.
 (
10
)
DESENVOLVIMENTO
Aqui neste estudo, veicula-se uma breve explanação acerca do filme “Histórias Cruzadas”, de Tate Taylor, tendo em vista a perspectiva do direito de igualdade e sua aplicação na sociedade brasileira atual.
O filme se passa em Jackson, capital do estado do Mississipi, Estados Unidos, na década de 1960. Apesar de diferirem o lugar e a época, há de se fazer comparações com o Brasil do século XXI.
Pode-se observar o direito fundamental em questão sendo violado em ambas as datas e lugares. Atingido pelo racismo e pelo machismo, o direito de igualdade ainda se encontra fragilizado, apesar do respaldo que a lei positiva lhe confere.
Dentro deste contexto, pretende-se também apontar algumas falhas da garantia constitucional de um direito tão essencial à convivência humana, que quando não respeitado ofende a incontáveis outros direitos e princípios.
O filme “Histórias Cruzadas” mostra o cotidiano das mulheres negras na década de 1960 em uma pequena cidade dos Estados Unidos, onde a desigualdade é nítida e até mesmo perturbadora, especialmente em razão da cor de pele.
O filme é narrado por Aibileen, que é personagem principal da trama, o filme conta a história das empregadas domésticas chamadas “de cor”. Tudo começa quando Skeeter, uma jovem da elite branca com o sonho de ser escritora, interessa- se pela situação degradante dessas mulheres.
Skeeter não se enquadra aos padrões machistas da época, falta-lhe o interesse de casar e ser dona de casa, o que era algo estritamente fadado e esperado das mulheres brancas da época. Suas pretensões envolviam estudo e trabalho, atividades restritas aos homens.
Incomodada com o tratamento insignificante e por vezes ofensivo das patroas, Skeeter vai à procura de Aibileen para retratar a mundivivência das empregadas domésticas. Esta se sente amedrontada, mas acaba concedendo as entrevistas que deram início ao polêmico livro “The Help”, contendo dezenas de depoimentos de tais mulheres e seus sofrimentos.
Dentre suas tarefas estavam limpar a casa, fazer comida e cuidar dos filhos das famílias brancas. Eram consideradas objetos, facilmente substituíveis, como se não tivessem sentimentos ou vontades, indignas de respeito e nem mesmo de
atenção. Alguns até mesmo as consideravam outra espécie, com doenças diferentes, o que levou à criação de uma norma na qual deveriam ter banheiros separados, fora da casa.
Tudo era separado em função da cor, Minny, uma das empregadas negras, ao ensinar sua jovem filha que teve de largar os estudos para seguir os mesmos caminhos da mãe, explica que nem mesmo os talheres dos brancos podiam ser tocados pelos negros. As igrejas, as escolas, os bairros, sempre divididos, pelo costume e pela própria lei.
Verdadeiras atrocidades foram cometidas com os afrodescendentes ao longo da história, o filme retrata apenas uma pequena parte do que aconteceu na década de 1960, época de luta pelos direitos civis na América.
Antes da instituição realizada por Martin Luther King, a segregação racial, principalmente no Mississipi – estado onde a escravidão foi grande fonte de comércio, e no qual preconceito racial estava enraizado na cultura dos habitantes locais – era extremamente forte. Martin Luther King lutava para o fim da segregação racial na América assim como Nelson Mandela lutava pelo fim do apartheid na África.
Quanto ao Brasil, o preconceito com os afrodescendentes tem sido um problema desde a colônia, e afeta a sociedade atual. Ainda há uma divisão evidente entre pessoas com a cor de pele distinta.
Metade da população brasileira é negra, mas essas pessoas ainda se encontram em ambientes hostis e marginalizados, enquanto que a população branca está presente em lugares melhores. E isso pode ser visto com muita clareza no dia a dia de qualquer cidadão, até mesmo na Universidade Mackenzie, onde os professores e alunos são em sua maioria brancos. Mais de 70% dos brasileiros vivendo na miséria são negros ou pardos.
E não é somente a questão econômica que é alarmante, em relação à segurança, o percentual de negros assassinados no Brasil é de mais de 100% maior que o de brancos. A diferença é severa. O jornalista Kevin G. Hall aponta que os afro- brasileiros estão atrás dos brasileiros brancos em quase todos os indicadores sociais, incluindo renda e educação, e aqueles que vivem em cidades são muito mais propensos a serem abusados, mortos ou presos pela polícia.
O Brasil é conhecido como um dos países que mais passou por miscigenação, e, consequentemente, tornou-se livre das perseguições públicas às raças, mesmo assim, o racismo continua evidente em nossa sociedade.
A Lei no 12.288/10 - Estatuto da Igualdade Racial, de autoria do Senador Paulo Paim, encontra-se em vigor e temcomo objetivo: “combater a discriminação racial e as desigualdades raciais que atingem os afro-brasileiros, incluindo a dimensão racial nas políticas públicas desenvolvidas pelo Estado”.
A legislação brasileira tenta diminuir, desde a década de 50, a triste realidade gerada pelo fim da escravatura, que, de uma hora para outra, deixou os ex-escravos à mercê da sorte, sem qualificação, sem emprego remunerado, graças ao preconceito pela sua cor e condição que viviam até então.
Aproximadamente 90 anos depois que A Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel, libertou os escravos é que foi incluído no Código Penal Brasileiro, por meio da Lei Afonso Arinos (Lei 1390/51, de 3 de julho de 1951), considerando contravenção penal atos preconceituosos contra a raça ou a cor do indivíduo. Mesmo assim, com diversas falhas e sem a devida estrutura, considerando apenas lugares públicos e em casos de flagrantes com testemunhas.
Há mais de 20 anos entrou em vigor a Lei Caó (Lei no. 7716/89, de 5 de janeiro de 1989), regulamentando a Constituição Federal, tornando inafiançável e imprescritível o racismo, ao dizer que todos são iguais, sem discriminação de qualquer natureza, definindo como crime o ato de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
O racismo é amplamente discutido no meio jurídico. Podemos citar o jurista constitucional Calil Simão, o primeiro no Brasil a escrever sobre o Estatuto da Igualdade Racial:
“Com base no Estatuto da Igualdade Racial é possível exigir do Estado medidas concretas para atender um interesse individual ou coletivo, bem como pode um ente político exigir do outro a sua contribuição nos projetos e ações destinadas a combater a “discriminação racial” e as “desigualdades raciais” que atingem os afro-brasileiros.
CONCLUSÃO
Desse modo, o argumento de alguns de que o Estatuto da Igualdade Racial é um texto de compromisso ou simplesmente sugestivo sem qualquer característica de coercitividade não procede, já que ele trata do dever do Estado, regulamentando a Constituição Federal e definindo qual a postura do Estado com relação à proteção e promoção dos interesses dos afro-brasileiros.
Se a proteção dos direitos fundamentais, a teor do § 2º do artigo 5º da Constituição Federal, tem aplicação imediata, podendo-se exigir do Estado, por meio do Poder Judiciário, o exercício de qualquer direito fundamental, independentemente de lei ou ato normativo infraconstitucional, o Estatuto da Igualdade Racial serve para delimitar e direcionar esse dever fazendo surgir ao Estado um dever comissivo específico, consequentemente, inaugurando sua responsabilidade em razão de uma omissão, bem como norteando a atuação do Poder Judiciário e dos titulares da proteção dos direitos difusos e coletivos”
A Constituição Federal de 1988 teve como uma de suas principais pretensões assegurar o respeito à dignidade humana e aos direitos fundamentais. Assim, a isonomia encontra-se em uma posição de destaque, afinal é algo que o Estado deve buscar alcançar.
A igualdade é uma meta, objetivo positivado no diploma citado:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
III - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
Talvez o preconceito racial no Brasil não seja tratado exatamente como no filme “Histórias Cruzadas”, mas é certamente tão revoltante e absurdo como no passado. Políticas afirmativas e programas visando combater esse problema têm sido implantados durante os anos, mas ainda não são suficientes.
A isonomia, além de ser garantida por normas positivas que devem ser eficazes, é preciso estar enraizada no país, todo brasileiro deve ter a plena consciência de que a cor da pele não diferencia ninguém.
Portanto, a história do filme “Histórias cruzadas” relata sobre a vida dos negros na época da segregação racial, os personagens principais são Skeeter uma jovem branca de classe alta que ao contrário das outas mulheres naquela época dava prioridade aos estudos e arrumar um emprego fixo.
Aiblieen uma empregada de uma família de classe alta, e Minny que também é uma empregada negra. Juntas elas constroem uma improvável amizade devido a um projeto literário secreto que abala as regras da sociedade, colocando-as em perigo.
De sua improvável aliança surge uma incrível irmandade, criando em todas a coragem de ultrapassar os limites que as definem e a conscientização de que as vezes esses limotes existem para serem ultrapassados.
O livro que elas escrevem se chama “The Help” que mostra disfarçadamente a maneira como trata as amigas parentes e vizinhas de Skeeter para com os seus empregados, Skeeter procura várias empregadas domésticas para a ajudarem com o seu livro porém de início apenas duas ajudam (Aiblieen e Minny) porém após a prisão de uma de suas colegas as empregadas domésticas de um bairro em Mississipi resolvem ajudar de tudo nos depoimentos, porém tendo cutela e utilizando nomes falsos para que não sejam reconhecidas e consequentemente presas e/ou mortas pela polícia, o livro faz grande sucesso não só em Mississipi como em todo o país, algumas histórias bastante cômicas, outras porém bastante trágicas, como cômica temos como exemplo Minny que assim que foi despedida (injustamente) fez uma “torta de chocolate” e assim que sua ex patroa comeu dois pedaços da torta ela disse: “Isso mesmo coma minha merda” “o que você disse Minny” “Coma... Minha... Merda.”
Acontece que para se vingar da patroa ao invés de chocolate Minny pois merda na torta. E como trágica temos como exemplo a de Aiblieen que após sua patroa ter a acusado injustamente por furto de sua prataria teve que sair da casa onde trabalhava a tempos.
Em suma, revela-se neste filme a clássica pratica do racismo e discriminação que a trama coloca pessoas que se acham no direito de impedir outras pessoas de conviver no meio social a que vivem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998.
SARMENTO, Daniel. “Direito Constitucional e Igualdade Étnico-Racial”. in Ordem jurídica e igualdade étnico-racial. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008