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1) Dentre os diversos grupos de lipídios, 
descreva as caraterísticas estruturais e 
as funções biológicas dos: ácidos graxos, 
triglicerídeos, fosfolipídios de membrana 
e os esteróis. Cite exemplos de moléculas 
de cada grupo. 
Lipídios são um grupo de compostos 
quimicamente diversos, cuja característica em 
comum que os define é a baixa ou ausente 
solubilidade em água, ou seja, apolares. Desse 
modo, são altamente solúveis em solventes 
orgânicos como o éter ou a acetona. As principais 
funções dos lipídeos são: 
 Armazenamento de energia 
 Composição de membranas biológicas 
 Isolamento térmico, elétrico e mecânico 
 Moléculas mensageiras (hormônios e vitaminas) 
 
ÁCIDOS GRAXOS 
 São a forma mais simples de lipídeos 
encontradas principalmente no plasma 
 Cadeias hidrocarbonadas entre 4 a 34 C 
 Parte polar: carboxila 
 Parte apolar: cadeia carbônica 
 Fórmula geral: RCOOH 
 
Quanto à saturação 
 Saturados: sem ligações duplas 
- Produtos de origem animal 
- Arranjo linear: moléculas mais próximas 
- Estrutura: CnH2nO2 
 Monoinsaturados: uma dupla ligação 
- Óleos de oliva, amendoim 
- Estrutura: CnH2n – 2 O2 
- Apresenta uma “dobra” 
 Pol- insaturados: mais de uma dupla ligação 
- Óleos de sementes vegetais 
- Estrutura: CnH2n – 2 O2 
 
 
 
Quanto às Propriedades 
 Baixa solubilidade em água: 
- +insaturações = menor solubilidade 
- + longa a cadeia = menor solubilidade 
 Ponto de fusão: 
- + insaturação = menor PF 
- + curta a cadeia = menor PF 
 Estado físico: 
- Menor PF = líquido 
- Maior PF = sólido 
 
TRIACILGLICEROIS 
 Mais simples que os ácidos graxos 
 Chamados também de triglicerídeos ou 
gorduras 
 Compostos por 3 ácidos graxos, cada um em 
ligação éster com uma molécula de glicerol 
 
 
Alice Iris; 1p T15 
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CLASSIFICAÇÃO 
 Simples: ácidos graxos do mesmo tipo 
 Misto: dois ou três tipos diferentes de ácidos 
graxos 
 Interação hidrofóbica e estocagem 
 Depósito de combustível metabólico: gotículas 
microscópicas de óleo no citosol 
 Em resposta aos sinais hormonais, essas 
gotículas são degradadas por lipases, liberando 
glicerol e ácidos graxos no plasma para o 
metabolismo em outros tecidos, principalmente 
no músculo e no fígado 
 Armazenados como óleos nas sementes de 
várias plantas 
 
 
 
 
FOSFOLIPÍDEOS 
 Lipídeos polares de membrana nos quais 2 
ácidos graxos estão unidos por ligação éster ao 
1 e 2 carbono do glicerol e um grupo 
fortemente polar está unido por ligação 
fosfodiéster ao 3 carbono 
 Em todos esses compostos, o grupo cabeça está 
unido ao glicerol por uma ligação fosfodiéster, 
na qual o grupo fosfato tem carga negativa em 
pH neutro. 
 O ácido fosfatídico, além de ser encontrado 
como um componente menor de membranas 
celulares, atua como intermediário da síntese 
de triacilgliceróis 
 
 Quando dispersos em solução aquosa, os 
fosfolipídios formam espontaneamente 
estrutura lamelares e, sob circunstâncias 
apropriadas, se organizam em bicamadas 
estendidas que podem formar estruturas 
vesiculares fechadas – micelas. 
 A micela é um modelo para a estrutura de uma 
membrana biológica, uma bicamada de lipídeos 
com as porções polares expostas ao ambiente 
aquoso e as cadeias de ácido graxo mergulhadas 
no interior hidrofóbico da membrana. 
 
ESTERÓIS 
 Núcleo esteroide característico 
- Quatro anéis fusionados, três com seis 
carbonos e um com cinco 
Estrutura: 
- Quase planar 
- Relativamente rígida 
- Núcleo esteroide tetracíclico 
 Precursores de hormônios e constituintes da 
membrana plasmática 
 Isopreno simples (5C) - precursos 
 Colesterol: principal esteroide nos tecidos 
animais (exclusivo) que serve como precursor 
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à síntese de todos os outros esteroides, que 
incluem hormônios, sais biliares e vitamina D. 
 Assim, as misturas colesterol-fosfolipídio têm as 
propriedades intermediárias entre os estados 
de gel e de líquido cristalino dos fosfolipídios 
puros; eles formam estruturas de membrana 
estáveis, porém flexíveis 
 
2)Descrever os eventos (bioquímicos e 
fisiológicos) envolvidos com a digestão e 
absorção dos lipídeos da dieta. 
Processamento dos lipídeos da dieta no estômago 
 A digestão dos lipídeos começa no estômago, 
catalisada por uma lipase estável em meio ácido 
(lipase língua~ que se origina de glândulas 
localizadas na base da língua. As moléculas de 
TAG, particularmente aquelas que contêm ácidos 
graxos de cadeia curta ou média (com menos de 
12 carbonos, como os encontrados na gordura 
do leite), são os alvos principais dessa enzima. 
Esses mesmos TAGs são degradados também 
por outra lipase, a lipase gástrica, secretada pela 
mucosa gástrica. Ambas as enzimas são 
relativamente estáveis em meio ácido, com pH 
ótimo entre 4 e 6. Essas "lipases ácidas' 
desempenham um papel especialmente 
importante na digestão de lipídeos em neonatos, 
para quem a gordura do leite é a principal fonte 
de calorias. Elas também se tornam importantes 
enzimas digestivas em indivíduos com 
insuficiência pancreática, como os portadores de 
fibrose cística (veja a seguir). As lipases lingual e 
gástrica ajudam esses pacientes a degradar 
moléculas de TAG (em especial, aquelas com 
ácidos graxos de cadeia curta a média), apesar da 
ausência completa ou parcial da lipase 
pancreática 
Emulsificação dos lipídeos da dieta no intestino 
delgado 
 O processo crítico de emulsificação dos lipídeos 
da dieta ocorre no duodeno. A emulsificação 
aumenta a área da superfície das gotículas de 
lipídeos hidrofóbicos, de maneira que as enzimas 
digestivas, as quais trabalham na interface da 
gotícula com a solução aquosa que a envolve, 
possam agir com eficiência. A emulsificação é 
obtida por dois mecanismos complementares, a 
saber, o uso das propriedades detergentes dos sais 
biliares e a mistura mecânica devida ao 
peristaltismo. Os sais biliares, produzidos no 
fígado e armazenados na vesícula biliar, são 
derivados do colesterol. Eles consistem em uma 
estrutura em anéis de esterol com cadeia lateral, à 
qual uma molécula de glicina ou taurina está 
covalentemente ligada por uma ligação amida. 
Esses agentes emulsificantes interagem com as 
partículas de lipídeos da dieta e com os conteúdos 
aquosos do duodeno, estabilizando assim as 
partículas à medida que elas se tornam menores e 
impedindo que coalesçam 
 
Degradação dos lipídeos da dieta por enzimas 
pancreáticas 
 Os TAG, ésteres de colesterol e fosfolipídios da 
dieta são degradados enzimaticamente 
("digeridos") por enzimas pancreáticas, cuja 
secreção é hormonalmente controlada 
- TAG: sofrem ação de uma esterase, a lipase 
pancreática, que remove ácidos graxos 
preferencialmente dos carbonos 1 e 3. São 
moléculas muito grandes para serem captadas 
eficientemente pelas células mucosas das 
vilosidades intestinais. 
 
Absorção de lipídeos pelas células da mucosa 
intestinal (enterócitos) 
 Acidas graxos livres, colesterol livre e 2-
monoacilglicerol são os principais produtos da 
digestão dos lipídeos no jejuno. Estes, juntamente 
com os sais biliares e as vitaminas lipossolúveis (A, 
D, E e K), formam as micelas mistas - agregados 
em forma de disco de lipídeos antipáticos, que 
coalescem com os seus grupos hidrofóbicos para 
o interior e seus grupos hidrofílicos para a 
superfície. As micelas mistas são, portanto, 
solúveis no meio aquoso do lúmen intestinal. Estas 
partículas se aproximam do principal local de 
absorção de lipídeos, a membrana com borda em 
escova dos enterócitos (células da mucosa). Esta 
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membrana é separada dos conteúdos líquidos do 
lúmen intestinal por uma camada aquosa 
estacionária que se mistura pouco com o fluido 
total.A superfície hidrofílica das micelas facilita o 
transporte dos lipídeos hidrofóbicos através da 
camada de água estacionária para a membrana com 
borda em escova, onde eles são absorvidos. Os 
sais biliares são absorvidos no íleo. [Nota: em 
relação a outros lipídeos da dieta, o colesterol é 
muito pouco absorvido pelos enterócitos. A 
terapia farmacológica (p. ex., com ezetimiba2) 
pode reduzir ainda mais a absorção de colesterol 
no intestino delgado.] Acidas graxos com cadeias 
curta e média não necessitam da participação de 
micelas mistas para sua absorção pela mucosa 
intestinal. 
Ressíntese de TAG e ésteres de colesterol 
 A mistura de lipídeos absorvida pelos enterócitos 
migra para o retículo endoplasmático, onde ocorre 
a biossíntese de lipídeos complexos. Os ácidos 
graxos são primeiro convertidos em sua forma 
ativada pela sintetase dos aci/-CoA graxos 
(tiocinase). Usando derivados acil-CoA graxos, os 
2-monoacilgliceróis absorvidos pelos enterócitos 
são converti dos em TAGs pelo complexo 
enzimático sintase dos TAG. Esse complexo 
sintetiza TAG pela ação consecutiva de duas 
atividades enzimáticas acil-CoA:monoacilg/icero/-
aciltransferase e aci/-CoA:diacilglicero/-
aciltransferase. Os lisofosfolipídeos são reciclados 
para formar fosfolipídeospor uma família de 
aciltransferases, e o colesterol é esterificado com 
um ácido graxo, principalmente pela acil-
CoA:co/estero/-aciltransferase. 
 (Nota: praticamente todos os ácidos graxos de 
cadeia longa que entram nos enterócitos são 
usados dessa maneira para formar TAGs, 
fosfolipídeos e ésteres de colesterol. Os ácidos 
graxos de cadeia curta e média não são 
convertidos em seus derivados CoA e não são 
reesterificados ao 2-monoacilglicerol. Em vez 
disso, eles são liberados para a circulação porta, 
sendo carregados pela albumina sérica para o 
fígado.) 
Secreção de lipídeos a partir dos enterócitos 
 Os TAGs e os ésteres de colesterol novamente 
sintetizados são muito hidrofóbicos, e agregam-se 
em meio aquoso. Portanto, é necessário que eles 
sejam embalados como partículas, na forma 
 de pequenas gotas de gordura circundadas por 
uma fina camada, composta de fosfolipídeos, 
colesterol não esterificado e uma molécula da 
proteína característica apolipoproteína 8-48 (veja 
a p. 228). Essa camada estabiliza a partícula e 
aumenta a sua solubilidade, evitando, assim, que 
muitas partículas coalesçam. (Nota: a proteína 
microssomal transferidora de TAG é essencial 
para a formação dessas partículas lipoproteicas 
ricas em TAG contendo apolipoproteína B no 
retículo endoplasmático.) As partículas são 
liberadas por exocitose dos enterócitos para os 
lactélios (vasos linfáticos que se originam nas 
vilosidades do intestino delgado). A presença 
dessas partículas na linfa após uma refeição rica em 
lipídeos dá à linfa uma aparência leitosa. Essa linfa 
é chamada quilo (em oposição ao quimo- o nome 
dado para a massa semifluida de alimento 
parcialmente digerido que passa do estômago para 
o duodeno), e as partículas são chamadas 
quilomicra. Os quilomicra seguem pelo sistema 
linfático até o dueto torácico e são, em seguida, 
transportados para a veia subclávia esquerda, onde 
entram no sangue. 
Utilização dos lipídeos da dieta pelos tecidos 
 Os triacilgliceróis presentes nos quilomicra são 
hidrolisados principalmente nos capilares do 
músculo esquelético e do tecido adiposo, mas 
também nos capilares do coração, dos pulmões, 
dos rins e do fígado. O triacilglicerol presente nos 
quilomicra é degradado a ácidos graxos livres e 
glicerol pela lipase lipoproteica. Essa enzima é 
sintetizada principalmente pelos adipócitos e pelas 
células musculares. Ela é secretada e se torna 
associada à superfície luminal das células 
endoteliais dos leitos capilares dos tecidos 
periféricos. (Nota: a deficiência familiar da lipase 
lipoproteica [hiperlipoproteinemia do tipo I] é uma 
rara doença autossômica recessiva causada por 
uma deficiência da lipase lipoproteica ou de sua 
coenzima, a apolipoproteína C-11. O resultado é 
quilomicronemia e hipertriacilglicerolemia de 
jejum.) 
 Destino dos ácidos graxos livres: células 
musculares adjacentes como nos adipócitos, ou 
transportados no sangue até serem captados pelas 
células 
 Destino do glicerol: fígado 
 Destino dos demais componentes dos quilomicra: 
receptores no fígado, sofrem endocitose 
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3) Conceituar esteróis. 
 Os esteroides com oito a 1Oátomos de carbono 
na cadeia lateral ligada ao carbono 17 e um grupo 
hidroxila no C3 são classificados como esteróis. O 
colesterol é o principal esterol dos tecidos 
animais. (Nota: esteróis vegetais, como o ~-
sitosterol, são pouco absorvidos por humanos. 
Depois de absorvidos pelos enterócitos, eles são 
transportados ativamente de volta para o lúmen 
intestinal. Como o colesterol pode ser 
transportado junto com os esteróis vegetais, esses 
compostos parecem reduzir a absorção do 
colesterol presente na dieta. Por esse motivo, 
dietas contendo fitoesteroides são usadas no 
tratamento da hipercolesterolemia. A ingestão 
diária de ésteres de esteroides vegetais, na forma 
comercialmente disponível de margarina livre de 
ácidos graxos trans, é uma das várias estratégias 
dietéticas para a redução dos níveis plasmáticos de 
colesterol 
Faça uma correlação clínica entre essa 
classe de lipídio com: 
a) caraterísticas sexuais secundárias; 
Secreção de hormônios esteroides pelas gônadas 
Os testículos e os ovários sintetizam os 
hormônios necessários para a diferenciação sexual 
e a reprodução. Um único fator liberador 
hipotalâmico, o hormônio liberador de 
gonadotropinas, estimula a hipófise anterior a 
liberar as glicoproteínas hormônio luteinizante 
(LH) e hormônio folículo estimulante (FSH). Da 
mesma forma que o ACTH, o LH e o FSH atuam 
via receptores específicos na superfície celular, 
causando aumento de AMPc. O LH estimula os 
testículos a produzirem testosterona e os ovários 
a produzirem estrógenos e progesterona. O FSH 
regula o crescimento dos folículos ovarianos e 
estimula a espermatogênese nos testículos. 
 O colesterol é precursor de todos os hormônios 
esteroides (glicocorticoides, mineralocorticoides e 
hormônios sexuais- andrógenos, estrógenos e 
progestágenos). A síntese, usando principalmente 
oxidases de função mista citocromo P-450 (CYP), 
ocorre no córtex da adrenal (cortisol, aldosterona 
e andrógenos), nos ovários e na placenta 
(estrógenos e progestágenos) e nos testículos 
(testosterona).Os hormônios esteroides difundem 
através da membrana plasmática de suas células-
alvo e ligam-se a um receptor específico citosólico 
ou nuclear. O complexo receptor-ligante se 
acumula no núcleo, dimeriza e liga-se a sequências 
regulatórias específicas do DNA (elementos de 
resposta a hormônios) em associação com 
proteínas coativadoras, causando a ativação do 
promotor e o aumento da transcrição de genes-
alvo. Em associação com correpressores, a 
transcrição é diminuída. 
b) retenção de sódio e água no organismo; 
 Algumas doenças hormonais também podem 
causar retenção de líquidos, como o 
hipotireoidismo ou síndrome de Cushing, devido 
às variações na quantidade de hormônios T3, T4 
ou esteróides, que são importantes para manter os 
níveis de líquidos no corpo, podendo causar 
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inchaço abdominal, nas pernas, braços ou rosto, 
por exemplo. 
c) Síndrome de Cushing. 
 A síndrome de Cushing é uma condição causada 
por um excesso de hormônio esteróide chamado 
cortisol. Isso pode ser causado por tomar muito 
de um medicamento que contém cortisol 
(esteróides) ou pelo corpo estar produzindo 
muito cortisol. Pessoas com síndrome de Cushing 
ganham peso ao redor do tronco e no rosto, e 
desenvolvem uma pele fina e esticada.Esta 
condição tende a afetar adultos entre 20 e 50 anos 
de idade. O tratamento desta condição depende 
da causa. Uma vez que a causa subjacente é 
reconhecida e removida, a maioria das pessoas 
com síndrome de Cushing se recuperará bem. A 
síndrome de Cushing não tratada pode causar 
osteoporose, diabetes, pressão alta e acidente 
vascular cerebral. 
4) Esquematizar a síntese do colesterol e 
sua regulação. 
 
 
 
 
 
 
 
5) Conceituar e classificar as 
lipoproteínas. Descrever as suas 
características bioquímicas. 
As lipoproteínas plasmáticas são complexos 
macromoleculares esféricos de lipídeos e 
proteínas específicas (apolipoproteínas ou 
apoproteínas). As principais lipoproteínas 
plasmáticas são: quilomicra, lipoproteínas de 
muito baixa densidade (VLDLs), lipoproteínas 
de baixa densidade (LDLs) e as lipoproteínas 
de alta densidade (HDLs). Elas diferem na 
composição lipídica e proteica, no tamanho e na 
densidade (Figura 18.1 3). As lipoproteínas são 
importantes tanto para manterem solúveis seus 
componentes lipídicos, como por promoverem 
um eficiente mecanismo de transporte de lipídeos 
entre os tecidos. Em humanos, o sistema de 
transporte é menos perfeito que em outros 
animais e, como resultado, pode ocorrer uma 
deposição gradual de lipídeos - especialmente de 
colesterol - nos tecidos. Essa deposição de lipídeos 
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pode ser potencialmente um fator de risco, por 
contribuir para a formação de placas, que causam 
o estreitamento dos vasos (aterosclerose) 
Composição das lipoproteínas 
plasmáticas 
As lipoproteínas possuem um núcleo de lipídeos 
neutros (contendo triacilgliceróis e ésteres de 
colesterol) circundado por uma camada de 
apolipoproteínas antipáticas, fosfolipídios e 
colesterol livre (não-esterificado). Esses 
compostos antipáticos são orientados de forma 
que suas porções polares fiquem expostas na 
superfície da lipoproteína, tornando a partícula 
solúvel em meio aquoso. Os triacilgliceróis e o 
colesterol carregados pelas lipoproteínas são 
obtidos da dieta (fonte exógena) ou da síntese de 
novo (fonte endógena). (Nota: As diferentes 
lipoproteínas trocam constantemente lipídeos e 
apolipoproteínas umas com as outras; isso faz com 
que a composição de uma classe de partícula possa 
ser muito variável.) 
 Tamanho e densidade das lipoproteínas. Os 
quilomicra são as lipoproteínas com a menor 
densidade e o maior tamanho e contêm a maior 
proporção de lipídeos e a menor de proteínas. Em 
ordem crescente de densidade estão as VLDLs e 
LDLs, que também apresentam maiores relações 
de proteínas para lipídeos. As HDLs são as 
lipoproteínas de menor densidade. As 
lipoproteínas plasmáticas podem ser separadas 
tendo como base a sua mobilidade eletroforética, 
como mostrado na Figura 18.15, ou por sua 
densidade por meio de ultracentrifugação. 
 Apolipoproteínas. As apolipoproteínas (apo) 
são as proteínas constituintes das partículas 
lipoprotéicas responsáveis pela estabilização de 
sua estrutura e que têm diferentes funções no 
metabolismo lipídico. As apolipoproteínas 
associadas às lipoproteínas exercem diversas 
funções, como servirem de sítios de 
reconhecimento para receptores na superfície de 
células, ou como ativadores ou coenzimas para 
enzimas envolvidas no metabolismo das 
lipoproteínas. Algumas das apolipoproteínas são 
necessárias como componentes estruturais 
essenciais dessas partículas e não podem ser 
removidas (de fato, as lipoproteínas não podem 
ser produzidas sem elas), enquanto outras são 
livremente transferidas entre as lipoproteínas. As 
apolipoproteínas podem ser classificadas pela 
estrutura e pela função em 5 classes, de A a E, 
sendo que muitas classes apresentam subclasses, 
como por exemplo, apo A-1 e apo C-1. 
Metabolismo da Quilomicra 
Os quilomicra são formados nas células da mucosa 
intestinal e transportam triacilgliceróis, colesterol, 
vitaminas lipossolúveis e ésteres de colesterol da 
dieta (além de lipídeos sintetizados pelos 
enterócitos) para os tecidos periféricos 
 Montagem dos quilomicra. As enzimas 
envolvidas na síntese de triacilgliceróis, colesterol 
e fosfolipídios estão localizados no retículo 
endoplasmático (RE) liso. A organização das 
apolipoproteínas e dos lipídeos para formar os 
quilomicra requer a proteína microssomal 
transferidora de triacilgliceróis (veja a pág. 229), 
que liga a apo 8-48 a lipídeos. Isso ocorre durante 
a transição do RE para o Golgi, onde as partículas 
são acondicionadas em vesículas secretórias. Essas 
vesículas fusionam com a membrana plasmática, 
liberando as lipoproteínas no sistema linfático e, 
posteriormente, no sangue. 
 Modificação dos quilomicra nascentes. A 
partícula liberada pelas células da mucosa intestinal 
é chamada um quilomícron "nascente", por ser 
funcionalmente incompleta. Quando alcança o 
plasma, essa partícula é rapidamente modificada, 
recebendo a apo E (que é reconhecida pelos 
receptores hepáticos) e as apolipoproteínas C. 
Entre elas se inclui a apo C-11, que é necessária 
para a ativação da lipase /lipoprotéica, a enzima que 
degrada os triacilgliceróis dos quilomicra. A fonte 
dessas apolipoproteínas é a HDL circulante. 
 
Metabolismo das lipoproteínas de 
muito baixa densidade (VLDls) 
 O VLDL é o tipo de colesterol que tem como 
função o transporte dos triglicerídeos e do 
colesterol para os tecidos do corpo, e faz parte do 
grupo colesterol não-HDL, por isso, deve ser 
mantido em valores baixos, não sendo 
recomendado que seus valores estejam acima dos 
30 mg/dL. 
 As VLDLs são produzidas no fígado (Figura 18.17). 
Elas são compostas predominantemente de 
triacilgliceróis, e sua função é carregar lipídeos do 
fígado para os tecidos periféricos. Nestes, os 
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triacilgliceróis são degradados pela lipase 
lipoprotéica, como já discutido para os quilomicra. 
(Nota: O "fígado graxo" [esteatose hepática] 
ocorre quando existe um descontrole entre a 
síntese hepática de triacilgliceróis e a secreção de 
VLDL. Tais condições incluem obesidade, diabetes 
melito não-controlado e ingestão crônica de 
etanol.) 
 Liberação das VLDL. As VLDL são secretadas, pelo 
fígado, diretamente no sangue como partículas de 
VLDL "nascentes" contendo apo 8-100. Elas obtêm 
apo C-11 e apo E da HDL circulante. Como 
acontece com os quilomicra, a apo C-11 é 
necessária para a ativação da lipase lipoproteica. 
(Nota: abetalipoproteinemia é um tipo raro de 
hipolipoproteinemia causada por um defeito na 
proteína microssomal transferidora de 
triacilgliceróis (PTM), que impede o carregamento 
da apo 8 com lipídeos. Como consequência, não 
existe formação dos quilomicra e das VLDL, o que 
causa acúmulo de triacilgliceróis no fígado e no 
intestino.) 
 Modificação das VLDL circulantes. Na circulação, 
os triacilgliceróis das VLDL são degradados pela 
lipase lipoproteica, ficando essas partículas 
menores e mais densas. Componentes de 
superfície, incluindo as apolipoproteínas C e E, 
retornam para as HDL, mas as partículas retêm a 
apo 8-100. Por fim, alguns triacilgliceróis são 
transferidos das VLDL para as HDL em uma 
reação de troca que, simultaneamente, transfere 
ésteres de colesterol das HDL para as VLDL. Essa 
troca é mediada pela proteína transferidora de 
ésteres de colesterol 
 Produção de LDL a partir de VLDL no plasma. 
Com as modificações já descritas anteriormente, 
as VLDL são convertidas, no plasma, em LDL. 
Durante essa transição, são observadas partículas 
de tamanho intermediário, as lipoproteínas de 
densidade intermediária (IDL) ou "remanescentes" 
de VLDL. 
Metabolismo das LDL 
 As LDL contêm muito menos triacilgliceróis quesuas precursoras VLDL e têm alta concentração 
de colesterol e ésteres de colesterol Endocitose 
mediada por receptores. A principal função das 
LDL é prover colesterol para os tecidos 
periféricos (ou retorná-lo para o fígado). As LDL 
ligam-se a receptores na membrana 
celularespecíficos para LDL, que reconhecem a 
apo 8-100 (mas não a apo 8-48). Como esses 
receptores também reconhecem a apo E, eles são 
conhecidos como receptores apo 8-100 / apo E. 
 
Efeitos do colesterol endocitado 
sobre a homeostasia celular do 
colesterol 
 O colesterol originário dos remanescentes de 
quilomicra e das IDL e LDL afeta o conteúdo 
celular de colesterol de várias maneiras (Figura 
18.20). Primeiro, a HMG-CoA-redutase é inibida 
por altos níveis de colesterol e, como resultado, a 
síntese de novo de colesterol diminui. Segundo, a 
síntese de novos receptores para LDL é reduzida, 
devido à menor expressão do gene do receptor de 
LDL, limitando assim a entrada de colesterol-LDL 
nas células. 
Metabolismo das HDL 
 O HDL, ou high density cholesterol, é conhecido 
popularmente como bom colesterol e é 
importante que esteja aumentado na circulação, 
pois representa maior proteção cardíaca. É 
recomendado que seu valor esteja acima dos 40 
mg para homens e mulheres, como forma de 
prevenir o risco de doenças cardiovasculares e, 
para isso, é indicada a realização de atividade física 
e ter uma alimentação rica em gorduras boas e 
fibras, presente em peixes, azeite, vegetais e 
sementes, por exemplo. 
 As HDL são uma família heterogênea de 
lipoproteínas, com metabolismo complexo e ainda 
não completamente compreendido. As HDL são 
formadas no sangue por adição de lipídeos à apo 
A-1, uma apoproteínas sintetizada pelo fígado e 
pelo intestino e secretada no sangue. A apo A-1 
perfaz cerca de 70o/o das apoproteínas das HDL. 
As HDL desempenham muitas funções 
importantes, incluindo as descritas a seguir: 
 As HDL são um reservatório de apolipoproteínas. 
As HDL servem de reservatório circulante de apo 
C-11 (a apolipoproteína que é transferida para as 
VLDL e os quilomicra, para atuar como ativadora 
da lipase lipoproteica) e de apo E (a 
apolipoproteína necessária para a endocitose 
mediada por receptor das 1DL e dos 
remanescentes de quilomicra). 
 
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Papel da lipoproteína (a) na doença 
cardíaca 
 A lipoproteína (a), ou Lp(a), é uma partícula que, 
quando presente em grandes quantidades no 
plasma, está associada com o aumento do risco de 
doença coronariana. A Lp(a) tem estrutura quase 
idêntica à de uma partícula de LDL. O que 
diferencia as duas lipoproteínas é a presença, na 
Lp(a), de uma apolipoproteína adicional chamada 
apo(a), covalentemente ligada a um sítio da apo B-
100. Os níveis circulantes de Lp(a) são 
determinados principalmente por fatores 
genéticos. Fatores como a dieta, no entanto, 
podem ter alguma influência, pois ácidos graxos 
trans aumentam a concentração de Lp(a), 
enquanto estrógenos diminuem tanto a LDL 
quanto a Lp(a). (Nota: existe uma homologia 
estrutural entre a apo(a) e o plasminogênio - 
precursor de uma protease sanguínea cujo 
substrato é a fibrina, a principal proteína 
componente dos coágulos sanguíneos. Hipotetiza-
se que a concentração elevada de Lp(a) torna mais 
lenta a degradação dos coágulos sanguíneos que 
desencadeiam os ataques cardíacos, uma vez que a 
Lp(a) parece competir com o plasminogênio pela 
ligação na fibrina. A niacina reduz a Lp(a) e 
aumenta a HDL.) 
 
6) Descrever o transporte reverso do 
colesterol pelo HDL. 
 Transporte reverso de colesterol. A transferência 
seletiva do colesterol dos tecidos periféricos para 
as HDL e das HDL para o fígado (para a síntese de 
ácidos biliares ou para descarte via bile) e/ou para 
os tecidos esteroidogênicos (para síntese de 
hormônios) é um processo crucial na homeostasia 
do colesterol. Essa é, em parte, a base da relação 
inversa existente entre a concentração plasmática 
de HDL e a aterosclerose, e também para a 
designação das HDL como o "bom" colesterol. 
 O transporte reverso do colesterol envolve o 
efluxo de colesterol dos tecidos periféricos para as 
HDL, a esterificação do colesterol pela LCAT, a 
ligação das HDL ricas em ésteres de colesterol 
(HDL2) a células hepáticas e esteroidogênicas, a 
transferência seletiva dos ésteres de colesterol 
para dentro dessas células, e a liberação das HDL 
depletadas de lipídeo (HDL3). O efluxo do 
colesterol das células periféricas é, ao menos em 
parte, mediado pela proteína transportadora, 
ABCA1. (Nota: a doença de Tangier é uma 
deficiência muito rara de ABCA1, caracterizada 
pela ausência praticamente total de HDL devido à 
degradação das apo A-1 pobres em lipídeos.) 
 A captação de ésteres de colesterol pelo fígado é 
mediada por receptores da superfície celular, RR-
B1 (receptor "removedor" [scavangerj classe B 
tipo 1), que ligam as HDL (veja a p. 234 para RR-
A). Ainda não está esclarecido se a própria 
partícula de HDL é captada e os ésteres de 
colesterol extraídos, sendo então a HDL, agora 
pobre em lipídeos, liberada novamente no sangue, 
ou se existe somente a captação seletiva dos 
ésteres de colesterol. (Nota: a lipase hepática, que 
degrada triacilgliceróis e fosfolipídeos, também 
participa da conversão das HDL2 em HDL3. 
 
7) Associar o colesterol às doenças 
cardiovasculares e descrever a formação 
da placa de ateroma. 
 O colesterol, junto com a hipertensão e o 
diabetes, são os principais fatores de risco para 
doenças cardiovasculares, principalmente infarto, 
AVC e tromboses arteriais. Quando elevado, o 
colesterol aumenta o risco de depósitos de placas 
ateroscleróticas na parede das artérias, causando 
a obstrução delas. 
 Produzido no organismo, o colesterol é uma 
gordura com a função de manter as células em 
funcionamento para produção de hormônios e da 
bile, metabolização de vitaminas, entre outras 
funções. 
 Existem dois tipos de colesterol presentes na 
corrente sanguínea. O LDL, conhecido como 
“ruim”, e o HDL, que protege o coração de 
doenças e, por isso, é considerado “bom”. Um dos 
motivos da alteração dos níveis de colesterol ruim 
é o consumo excessivo de gorduras saturadas e 
trans, presentes em alimentos de origem animal, 
como carnes, ovos, derivados do leite, além de 
produtos ultraprocessados, como biscoitos, 
margarina, salgadinhos de pacote, comidas 
congeladas, bolos prontos e sorvete. “Cerca de 
70% do colesterol é produzido pelo próprio 
organismo, no fígado. Os demais 30% vêm da dieta 
e, por isso, é tão importante manter uma 
alimentação equilibrada” 
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ATEROMA 
 Uma das comorbidades que preocupam é a 
aterosclerose, doença degenerativa que se 
caracteriza principalmente pelo depósito de 
gordura (colesterol LDL) e de outras substâncias 
nas camadas internas das artérias do coração, do 
cérebro, da aorta, obstruindo a passagem do 
sangue em porcentagens variáveis. Forma-se o 
ateroma, uma espécie de “calombo” nas artérias. 
 Os ateromas são placas gordurosas fibrosas e sua 
formação tem início com a deposição de gordura 
na camada íntima das artérias devido a injúrias no 
endotélio, causadas pelos fatores de risco aos 
quais o indivíduo está exposto como a 
hipertensão, derivados do cigarro, alta taxa de 
colesterol, etc. 
 Uma resposta inflamatória ocorre devido à 
proliferação dos fibroblastos causando aumento da 
espessura da camada íntima e endurecimento 
arterial. 
 Inicia-se, então, a incrustação pelos sais de cálcio, 
produzindo diferentes graus de calcificação 
distrófica. As artérias frequentemente afetadas são 
a aorta, as coronárias e as artérias cerebrais, 
incluindo a carótida. Esse ciclo de deterioração ereparo leva à formação de hemorragias que 
expõem as fibras colágenas formando trombos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8) Identificar o mecanismo de ação das 
seguintes classes farmacológicas 
utilizadas para o controle das 
dislipidemias: estatinas e fibratos. 
DISLIPIDEMIAS 
 As dislipidemias são distúrbios que alteram os 
níveis de lipídios no sangue. São consideradas um 
dos fatores de risco, assim como a hipertensão, 
para ocorrência de doenças cardiovasculares 
(DCV) 
 O tratamento não medicamentoso está ligado à, 
basicamente, mudanças no estilo de vida do 
paciente, enquanto que, no medicamentoso, pode-
se destacar como os principais grupos: estatinas, 
ezetimiba, colestiramina, fibratos e ácido 
nicotínico. 
ESTATINAS 
 As estatinas compõem uma das classes de 
fármacos com características hipolipemiantes e 
possuem grandes potência e eficácia na redução 
dos níveis plasmáticos de colesterol total e LDL-c 
colesterol. 
 agem melhorando a vasodilatação do endotélio, 
aumentando a biodisponibilidade de óxido nítrico 
e reduzindo os níveis de endotelina. 
 São a principal indicação no tratamento da 
aterosclerose, a mais importante causa de doenças 
cardiovasculares no mundo, e são utilizadas nas 
profilaxias primária, secundária e terciária da 
doença. 
 As estatinas possuem como mecanismo de ação a 
inibição competitiva da HMG-CoA redutase, 
enzima responsável pela formação de colesterol 
pelo fígado e, consequentemente, pela formação 
das lipoproteínas plasmáticas. Elas são, geralmente, 
bem toleradas pelos pacientes e seu efeito adverso 
mais sério é a hepatotoxicidade, que é rara. No 
entanto, ocorrem casos de miopatia, efeito 
importante que interfere na adesão ao tratamento. 
Mecanismo de Ação das Estatinas 
 O mecanismo de ação das estatinas é 
caracterizado pela inibição da enzima HMG-CoA 
redutase, sendo essa inibição reversível e 
competitiva com o substrato da HMG-CoA, que é 
o Mevalonato. Desta forma, ocorre a redução do 
colesterol. 
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 As estatinas são incorporadas ao tecido hepático 
por transportadores do tipo OATP (Organic 
Anion Transporting Polypeptides) para sofrer 
biotransformação, com ampla variação no sítio 
metabólico até sua eliminação pela bile. 
Polimorfismos genéticos e interações com alguns 
tipos de fármacos podem influenciar na captação, 
metabolização e eliminação das estatinas pelo 
organismo. 
 As estatinas que existem no mercado brasileiro 
são: Lovastatina e Pravastatina que são de origem 
natural, Sinvastatina de origem semi-sintética, 
Atorvastatina, Rosuvastatina e Fluvastatina de 
origem sintética. 
 As estatinas induzem alterações na homeostasia 
do cálcio e despolarização da membrana muscular. 
Em concentrações terapêuticas, induzem o 
aumento de apoptose e inibição da síntese de 
proteínas, no entanto, esses efeitos são regulados 
e impedidos pelo mevalonato e seus substratos em 
diferentes pontos da cascata. 
 
 
 
FIBRATOS 
 Os fibratos apresentam um mecanismo de ação 
ainda não completamente elucidado, apesar do 
grande número de estudos em humanos. Estudos 
recentes indicam que esses fármacos exercem sua 
atividade por interação com os Receptores 
Ativados pelo Proliferador Peroxissômico (PPAR) 
no isótipo alfa. Os receptores PPAR-α são 
expressos no fígado, tecido adiposo marrom e, em 
menor grau, rim, coração e músculo esquelético 
 Ao ativarem esses receptores, são capazes de 
aumentar a expressão da lipase lipoproteica nos 
tecidos, além de exercer um efeito inibitório sobre 
a ApoC-III, apoproteina que inibe a expressão de 
LPL. Sendo assim, o efeito resultante desse 
processo é um aumento da oxidação de ácidos 
graxos e consequentemente, uma redução dos 
níveis de triglicerídeos séricos. 
 
 
 Além desses efeitos, a ativação do receptor PPAR-
alfa é capaz de aumentar a expressão das 
apoproteinas ApoA-I e ApoA-II, ativação que cursa 
com aumento do HDL colesterol. Este último 
efeito por sua vez é maior com o fenofibrato que 
com a genfibroszila. 
 
 
 Alguns efeitos secundários à ativação desses 
receptores podem ser previstos como por 
exemplo aumento de LDL, principalmente se 
hipertrigliceridemia. Não observamos alterações 
ou ainda podemos observar uma redução nos 
níveis de LDL se os níveis de triglicerídeos 
estiverem normais ou se o paciente estiver 
fazendo o uso de um fibrato de segunda geração 
(como fenofibrato, benzafibrato, ciprofibrato). 
Pode haver potencial para o desenvolvimento de 
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alguns efeitos antitrombóticos, incluindo inibição 
da coagulação e aumento da fibrinólise. 
 Com isso, o potencial terapêutico esperado com 
o uso dos fibratos é uma redução de cerca de 50% 
nos níveis de triglicerídeos, um aumento de 15% 
nos níveis de HDL-C e, em condições normais, não 
se espera alterações nos níveis de LDLC. 
Entretanto, caso haja uma hipertrigliceridemia 
pronunciada (valores de TG: 400 -1000), apesar da 
queda dos níveis de triglicerídeos, pode haver um 
aumento dos níveis de LDL-C. 
 Portanto, os fibratos são importantes para as 
dislipidemias primárias (como 
hiperlipoproteinemia tipo III – 
disbetalipoproteinemia), patologias que 
respondem mais sensivelmente aos fibratos. 
 São fármacos de absorção plasmática rápida e 
eficiente, apresentando uma boa 
biodisponibilidade (>90%) quando tomados 
juntamente com a refeição, pois, quando de 
estômago vazio, sua biodisponibilidade é reduzida. 
Ao atingirem a corrente sanguínea, tem sua 
concentração plasmática máxima em cerca de 1 a 
4 horas. Na corrente sanguínea, mas de 95% da 
droga se liga a proteinas plasmáticas 
(majoritariamente a albumina) 
 
9) Descrever o exame chamado 
lipidograma. Demonstrar quais os 
parâmetros e os valores de referência que 
fazem parte desse laudo. Qual a 
importância clínica desse exame? 
 O lipidograma é um exame laboratorial solicitado 
pelo médico com o objetivo de verificar o perfil 
lipídico da pessoa, ou seja a quantidade de LDL, 
HDL, VLDL, triglicerídeos e colesterol total, que 
quando estão em valores fora do normal, 
representam um grande risco para desenvolver 
doenças cardiovasculares, como angina, infarto, 
AVC ou trombose venosa, por exemplo. 
 Este exame é útil no diagnóstico, no tratamento e 
no acompanhamento das disfunções metabólicas 
dos lipídios (dislipidemias), frequentemente 
associadas a quadros de obesidade e sedentarismo. 
 
O QUE É O COLESTEROL HDL? 
 Conhecido como o “colesterol bom”, em inglês, a 
sigla HDL vem de (high density lipoprotein), ou 
lipoproteína de alta densidade. Seu papel é remove 
o colesterol das artérias e o levá-lo de volta para 
o fígado, impedindo seu acúmulo. Por isso, o ideal 
é mantê-lo em alta. 
 
O QUE É O COLESTEROL LDL? 
 Conhecido como o “colesterol ruim”, em inglês, a 
sigla LDL vem de (low density lipoprotein), ou 
lipoproteína de baixa densidade. Seu papel é 
carregar as partículas de colesterol do fígado e de 
outros locais para as artérias. Ou seja, se anda em 
excesso na circulação, ela provoca um acúmulo 
nos vasos que pode, com o tempo, entupi-los ou 
formar trombos. 
 
 
 
 
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