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A Grécia localiza-se na península Balcânica, numa região bastante montanhosa. É banhada pelos mares Egeu e Jônio, que são parte do Mediterrâneo, e cercada por muitas ilhas, que formam a Grécia Insular. Os gregos originaram-se da miscigenação entre os povos indo-europeus, como os aqueus, jônios e eólios, e os povos do Mediterrâneo, vivendo numa região denominada Micenas. No século XII a.C., chegaram os últimos indo-europeus, os dórios, que dominaram as áreas férteis para a agricultura e provocaram a primeira diáspora grega. A partir de então, dispersaram-se por diversos territórios e, em cada um deles, se organizaram em genos, dando início ao sistema gentílico. A produção no sistema gentílico era voltada para o consumo imediato, não existindo moeda ou comércio. Com o crescimento populacional, a comunidade gentílica entrou em crise por sua produção ser insuficiente para a sobrevivência. Nesse contexto, o coletivismo desapareceu, surgindo a propriedade privada. Os aristocratas, grandes senhores de terras, construíram fortalezas, em torno das quais as camadas sociais se aglutinaram, dando origem à vida urbana e, portanto, à cidade-Estado, conhecida como pólis. A Grécia, portanto, não era um único reino ou império, mas sim uma civilização com características étnicas e culturais semelhantes (compartilhavam apenas a língua e a religião), divididas em cidades- Estados autônomas, entre as quais, Atenas e Esparta. Localização: península da Ática. Banhada pelo mar Egeu; o O fato de ser banhada pelo mar fez com que se destacasse no comércio naval. Por conta do relevo montanhoso, Atenas não irá se destacar na agricultura. Possuía um solo pobre para o cultivo de cereais, mas o clima mediterrâneo era ótimo para a plantação de vieiras e oliveiras; Sociedade ateniense: Atenas até o século VII a.C. foi uma monarquia liderada pelo basileu ou pater. O gradual fortalecimento dos eupátridas deu origem a um governo oligárquico. O crescimento demográfico da cidade e a concentração de terras nas mãos de poucos provocaram a segunda diáspora grega, com a fundação de diversas colônias no litoral do mar Egeu, no mar Negro e na Magna Grécia. Nesse contexto, a economia e a sociedade atenienses sofreram grandes mudanças. Socialmente, após a fundação dessas colônias, houve o advento do escravismo, que passou a definir as relações de produção. Economicamente, a expansão naval levou ao crescimento do comércio com as colônias, levando ao surgimento de uma nova forma de riqueza: a monetária. Esta permitiu a formação de novos grupos sociais, como o dos demiurgos (comerciantes que acumularam riquezas monetárias). Esses novos grupos sociais passaram a questionar o monopólio do poder político dos aristocratas. As instituições políticas tornaram-se inadequadas às transformações econômicas e sociais, e reformas se fizeram necessárias. No século VI a.C., Sólon, um legislador, respondeu a essas necessidades, propondo reformas avançadas. Aboliu a escravidão por dívidas, dividiu a população pelo critério censitário e instituiu uma assembleia popular. Considera-se que Sólon lançou as bases da democracia ateniense. Em 509 a.C., o aristocrata Clístenes assumiu o poder e realizou uma série de reformas que culminaram com a instituição da democracia. Para defendê-la, foi instituído o ostracismo, segundo o qual qualquer cidadão considerado uma ameaça ao sistema seria afastado da vida política por 10 anos. Tal forma de governo, entretanto, só privilegiava cidadãos, ou seja, homens atenienses acima de determinada idade. Localização: península do Peloponeso, na região da Lacônia; o Região extremamente fértil, permitindo o desenvolvimento da agricultura; o O Estado era o proprietário das terras agricultáveis e dos trabalhadores da terra. Sociedade espartana: conservadora, aristocrática e militarista; o A preparação militar estendia-se até os 30 anos. O indivíduo ficava à disposição do Estado; o Considerando-se superiores, os espartanos estimulavam o ódio aos hilotas e aos estrangeiros; O governo espartano era exercido por uma diarquia (dois reis), mas o poder executivo concentrava-se nas mãos de cinco membros, que formavam uma junta chamada eforato. O poder consultivo era exercido por 28 gerontes, que formavam a gerúsia, assembleia de cidadãos maiores de 60 anos, e pela apelá, assembleia de cidadãos maiores de 30 anos. O imperialismo persa, na época comandado por Dario I, chegou até as colônias gregas na Ásia Menor. A cidade grega de Mileto reagiu, e Atenas ajudou-a a se livrar da presença persa (Guerras Médicas ou Greco-Pérsicas). Alegando o perigo da volta dos persas, Atenas formou e liderou a Confederação ou Liga de Delos, uma aliança entre diversas poléis gregas. Todavia, Atenas utilizou-se da Liga em proveito próprio, tornando-se uma grande potência econômica, impondo sua hegemonia sobre dezenas de póleis. Tal hegemonia estimulou rivalidades internas, principalmente por parte de Esparta, que, criando a Confederação ou Liga do Peloponeso e unindo-se a outras póleis, entrou em luta contra Atenas e suas aliadas (Guerras do Peloponeso). Ao derrotar Atenas, Esparta impôs sua hegemonia sobre as cidades gregas. A democracia grega chega ao fim, instaurando um regime aristocrático. A Grécia mergulhou numa crise, favorecida por novas lutas internas, fator que favoreceu o domínio macedônico, por Alexandre Magno. Numa sociedade escravista, o escravo produz os bens materiais, apropriados pelos homens livres, que têm tempo para o ócio e para a criação artística e cultural. Foi assim que na Grécia os cidadãos puderam dedicar-se à filosofia, ao teatro, à música, às outras artes e ao fazer político; A religião grega era politeísta e caracterizada pelo culto antropomórfico. A cultura grega, que havia feito parte da educação de Alexandre, foi assimilada pelo Império Persa e a fusão de ambas as culturas originou a cultura helenística. Aristocracia: pequeno grupo que influencia a política. Oligarquia: quando essa aristocracia passa a governar. Uma das versões mais conhecidas para a origem de Roma é retratada pelo poeta Virgílio, em sua obra Eneida, que retrata a lenda de Rômulo e Remo (herdeiros de Alba Longa), irmãos abandonados à beira do rio Tibre, na planície do Lácio, e amamentados por uma loba. Rômulo foi efetivamente o primeiro rei de Roma. Localização: Europa Meridional, na região centro-ocidental da Península Itálica; o Sua localização, no centro do mar Mediterrâneo, posição estratégica nas ações militares e comerciais; o Era delimitada por sete colinas, o que servia como uma defesa natural. Povos formadores: Para além do mito, a Península Itálica foi habitada por diferentes povos que trouxeram costumes e tradições herdadas pelos romanos, principalmente os etruscos → “os etruscos foram Roma antes de Roma”, uma vez que muitos dos costumes romanos foram influenciados pelos costumes etruscos. Podemos identificar os seguintes povos: gauleses, etruscos, latinos, sabinos, albanos, úmbrios (chamados italiotas), cartagineses, fenícios e gregos (os quais chegaram à Península Itálica durante a 2ª Diáspora, fundando a Magna Grécia); Sociedade: estratificada, com pouca mobilidade social; Para lembrar: os plebeus não possuíam direitos políticos por serem de origem estrangeira. Não é um escravo, mas poderia ser escravizado por dívidas. Para lembrar: é a partir das relações de troca de favores entre patrícios e clientes é que surge o termo clientelismo, usado futuramente, como em República Oligárquica no Brasil. Na esfera econômica, nesse período, Roma ainda era agropastoril (agricultura e pecuária), com o cultivo voltado para a subsistência; Na esfera política, além do rei (rei soberano: dependia do apoio dos patrícios para governar), havia um conselho de anciãos ou Senado, formado pelos patríciosmais velhos. o Cabia ao Senado nomear o rei cujo cargo era vitalício, mas não hereditário. Tinha no período monárquico um poder mais consultivo que decisório. No final da Monarquia, o Senado passa a ter um papel mais importante, sendo o principal instrumento político do período posterior (Republicano). Além disso, havia uma assembleia popular (composta por patrícios, clientes e/ou plebeus) denominada Curiata. Durante a monarquia romana, houve um período de tirania, onde os etruscos tomaram o poder em Roma e iniciaram um processo de marginalização dos patrícios, levando a uma centralização do poder real. É nesse período que os patrícios iniciam uma revolta e tomam o poder militarmente, destronando Tarquínio Soberbo (teria planejado governar de maneira arbitrária sem o auxílio do Senado) e instaurando a República. → Nesse momento, os patrícios detinham o poder, controlando a política. A República foi implantada com a concepção de que era necessário partilhar o poder em Roma para evitar a concentração de poder e o aparecimento de governos despóticos. É exatamente neste período que o Senado passa a ter um papel importante – uma mistura de poder legislativo e executivo (nomeava os cônsules e magistrados) e que decidia questões políticas internas e externas importantes. É composto pelos patrícios (alguns possuíam mandatos e outros, cargos vitalícios). Portanto, a Res Publica não era exatamente uma “coisa pública”, uma vez que era controlada pelo patriciado romano, excluindo as demais camadas sociais. Possuíam o poder executivo em Roma. Eram eleitos por um ano e não podiam ser reeleitos. Seu poder era colegiado, ou seja, cada magistratura é preenchida por vários cidadãos que governavam juntos para evitar a concentração de poder. São eles: Cônsules: cônsul civil (resolvia as questões internas) e um cônsul militar (resolvia as questões externas). Substituíram o papel do rei, mas permaneciam no cargo por apenas um ano. Um deles nada podia fazer sem o consentimento do outro; o Em caso de perigo grave, os cônsules nomeavam um ditador por um espaço de 06 meses com poderes absolutos. Ditador: vice-cônsul. Assume num momento de instabilidade; Tribunos auxiliares: escolhidos pela população para representa-la (exceto a plebe); Pretores: responsáveis pela justiça civil; Cuestores: cobradores de impostos; Edis: realizam obras públicas, como pontes, aquedutos, estradas etc. Assembleia popular (excluindo os plebeus) que elegia os magistrados mais importantes: cônsules, pretores e censores e colocavam demandas. S. P. Q. R → “Senatus Populusque Romanus”, ou seja, “o Senado e o povo romano” são soberanos na República → “um governo para o povo”. Apenas os patrícios possuíam acesso aos cargos públicos. Os plebeus, embora trabalhassem e defendessem Roma nas fileiras do exército, não participavam do governo. As restrições a eles eram várias: políticas (não podiam ser senadores ou cônsules), jurídicas (eram proibidos os casamentos entre diferentes classes sociais. Além disso, os patrícios mantinham secretas as regras de processos e julgamentos, de tal forma que um plebeu não podia se defender) e religiosas (não podiam exercer atividades sacerdotais). Em 498 a.C., ocorreu um levante de plebeus e o Senado instaurou a ditadura. Os plebeus abandonaram a cidade de Roma e se instalaram no Monte Sagrado, onde pretendiam instalar outra cidade → Revolta do Monte Sagrado. Preocupados com a secessão, os patrícios resolveram negociar com os plebeus, instituindo os Tribunos da Plebe (como seus representantes no Senado. Tinham poder de veto.) e dois edis plebeus. Conquistadas a partir da Revolta do Monte Sagrado. Lei das Doze Tábuas: transforma as leis orais em escritas. Uma das fontes mais importantes para o Direito Romano; Lei Canuleia: autoriza o casamento entre patrícios e plebeus → permitiu a ascensão social; Leis Licínias: proibia a escravização por dívidas, a distribuição das terras e o restabelecimento do Consulado (um dos cônsules deveria ser plebeu); Lei Ogúlnia: garantia igualdade de direitos religiosos aos plebeus. Inicia-se num contexto de investimentos bélicos, seja de treinamento de soldados ou equipamentos. Ao norte da península Itálica ficava a Gália. Os gauleses tiveram muitos choques com os romanos. Em 390 a.C., Roma foi invadida pelos gauleses, que, para abandoná-la, exigiram o pagamento de um grande resgate. Após neutralizar os gauleses, Roma consolidou seu poder sobre a Itália Central, passando a controlar também o sul, fato este que conduziu ao confronto com Cartago. O controle de Roma sobre o sul da Itália e sua chegada à Sicília provocaram desavenças em Cartago (antiga colônia fenícia localizada no norte da África – antes denominada Púnis). A Sicília era um ponto estratégico no Mediterrâneo, assim, seu controla era de vital importância militar e comercial, tanto para Roma quanto para Cartago, além de possuir um solo extremamente fértil. O pretexto para o início da chamada Primeira Guerra Púnica foi o choque entre Roma e Cartago na ilha da Sicília. A guerra se estendeu por mais de duas décadas, se concentrando praticamente o tempo todo na Sicília. Ao final desse período, Roma estendeu seu domínio sobre toda Sicília, que se tornou a primeira província romana, obrigando Cartago a pagar uma indenização de guerra a Roma. Após a derrota, Cartago voltou suas atenções ao Mediterrâneo Ocidental, estabelecendo diversas colônias na costa da Espanha. Contudo, o desejo de revanche contra os romanos não desaparecera. Assim, um de seus generais realizou uma longa jornada que acabou por invadir o norte da Itália, deflagrando a Segunda Guerra Púnica. Ele acreditava que muitas cidades italianas aproveitariam o contexto para se rebelar contra Roma, o que não ocorreu. Sem a adesão dessas cidades, acabaram mais uma vez derrotados pelos romanos, que passaram a dominar tanto o norte da Itália quanto a Espanha, que também se tornou uma província romana. Mais de cinquenta anos após o fim da Segunda Guerra Púnica, Cartago voltou a desfrutar de prosperidade econômica, entrando em choque com alguns interesses comerciais de Roma e deflagrando a Terceira Guerra Púnica, ao fim da qual Cartago foi destruída. Para lembrar: o termo latino mare nostrum foi usado originalmente pelos romanos para se referir ao mar Tirreno (parte do mar Mediterrâneo que se estende ao longo da costa oeste italiana, entre a Itália, a Córsega, a Sardenha e a Sicília), logo após a conquista da Sicília, Sardenha e Córsega, durante as Guerras Púnicas, travadas contra Cartago. Em 30 a.C., a dominação romana já se estendia desde a província romana da Hispânia até a do Egito e a expressão mare nostrum passou a ser utilizada no contexto de todo o mar Mediterrâneo. É nesse contexto de expansão territorial que Roma vai gradualmente conquistando territórios pela orla do mar Mediterrâneo, consolidando seu poder na região. Ao final das guerras contra Cartago, Roma tinha expandido consideravelmente seus domínios. Por um lado, aumentaram a riqueza, o luxo, o número de escravos disponíveis (que vão passar a ser a base da mão de obra romana - Roma torna-se escravista) e os latifúndios (distribuídos como forma de recompensa aos oficiais vitoriosos). Por outro lado, as conquistas acarretaram um empobrecimento da plebe e dos pequenos agricultores porque começaram a chegar a Roma os produtos dessas várias regiões conquistadas e com os quais os pequenos agricultores não tinham condições de competir em pé de igualdade. ▪ A plebe perde a sua função social, uma vez que são substituídos por escravos (eram chamados de Instrumenta Vocalis – “ferramenta com voz”; desumanização dos escravos); o Como consequência, houve um empobrecimento generalizado desses agricultores que, endividados e impossibilitados de produzir, abandonaram suas terras e dirigiram-separa Roma, rompendo o equilíbrio entre cidade e campo. ▪ A cidade não dispunha de estrutura para absorver toda essa mão de obra, crescendo o desemprego e a marginalidade. • O aumento do desemprego e da marginalidade levou à criação, por parte do governo, de uma política assistencialista, denominada Política do Pão e Circo (“dar alimento e diversão”), que visava evitar revoltas. o Aumentaram as tensões sociais que assinalaram um período de guerras civis cujo desenlace foi a crise da República e a implantação do Império. Realizada pelos irmãos Caio e Tibério Graco (tribunos da plebe). Sugeriram que, ao invés da criação de políticas assistencialistas, o estado devesse realizar uma reforma agrária e doar aos plebeus as terras que não estavam sendo utilizadas, com o intuito de reativar a produção agrícola e diminuir a clientela romana. Tal proposta acabou sendo recusada pelo Senado, que era controlado pelos patrícios (donos de terras). Para lembrar: clientes eram os dependentes dos patrícios. Instabilidade política ocasionada por disputas pelo poder entre patrícios, generais do exército e homens novos. Os homens novos, também chamados de cavaleiros, eram grandes comerciantes que passam a controlar o comércio lucrativo. Os homens novos, detentores da riqueza monetária, colocaram-se contra o monopólio político patrício, detentor da riqueza fundiária, na esfera da política republicana. https://pt.wikipedia.org/wiki/Sardenha https://pt.wikipedia.org/wiki/Sic%C3%ADlia https://pt.wikipedia.org/wiki/Sardenha https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3rsega https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_P%C3%BAnicas https://pt.wikipedia.org/wiki/Cartago https://pt.wikipedia.org/wiki/Prov%C3%ADncia_romana https://pt.wikipedia.org/wiki/Hisp%C3%A2nia https://pt.wikipedia.org/wiki/Egito_romano https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_Mediterr%C3%A2neo Generais oportunistas tentam, sem sucesso, estabilizar a política. Nesse momento, surgem os Triunviratos (três governantes, com propostas diferentes, passam a governar juntos), que também vão tentar estabilizar a política. Os membros do primeiro Triunvirato foram Crasso, Pompeu e Júlio César, este último que acaba acumulando poderes e passa a governar como um ditador (na concepção romana), marginalizando o Senado (sendo, posteriormente, morto no Senado). Entre os anos de 73 e 71 a.C., ocorreu uma revolta de escravos liderada por Espártaco, um escravo e gladiador vindo da Trácia. Espártaco chegou a ter em seu exército 40 mil homens e derrotou duas vezes o exército romano. Todavia, em função da desorganização e da divisão entre suas tropas, acabou sendo derrotado e morto por Crasso. O segundo Triunvirato foi composto por Marco Antônio, Lépido e Otaviano. Diferentemente do primeiro, um dos membros do segundo Triunvirato se responsabilizou pela administração de uma região de Roma. Mesmo assim, Otaviano acumula poderes e, diferentemente de Júlio César, ganha apoio do Senado. Otaviano é, a partir desse momento, declarado como Imperador (Otavio Augustus – “Augustus” = divino). Período caracterizado pelo apogeu de Roma: Rica; Forte: o Possuía um exército de aproximadamente 360 mil soldados; o Guarda pretoriana: tinha função civil, ou seja, cuidava dos conflitos internos. É considerado o primeiro passo para o declínio de Roma. Nesse contexto, caracteriza-se como um período de paz nas fronteiras, ou seja, como um período do fim da expansão territorial. Consideravam que, como já haviam conquistado um vasto território, não precisariam mais expandir suas fronteiras, bastando apenas gerir as regiões já conquistadas; Edito de Caracala (212 d.C.): estendeu o direito de cidadania romana a todos os habitantes livres do império. Inicialmente, após a adoção da Pax Romana, Roma havia melhorado sua condição, uma vez que, cessado os gastos militares, havia dinheiro excedente para investir internamente. É consolidada uma estrutura social censitária: Otávio Augusto substituiu o critério de nascimento pelo critério de renda, o qual revelou-se mais adequado à classe mercantil (homens novos). Os plebeus, denominados Ordem Inferior, não possuíam direitos políticos. Nesse contexto, a plebe perde os direitos políticos que haviam sido conquistados durante a República. Todavia, ao cessar a expansão territorial, Roma deixou de adquirir novas riquezas e escravos, o que foi o início do seu fim. É um reflexo da Pax Romana. Com o fim da expansão territorial, o fluxo de riquezas tomadas de outros povos e a conquista de escravos diminuiu. Menor número de escravos e de riquezas gera o empobrecimento de Roma, gerando um aumento dos impostos e um corte de gastos. Tais ações acarretaram uma crise social, revoltando tanto a elite (principalmente por conta do aumento dos impostos) como as camadas populares (perdem o assistencialismo). Serão reprimidos pelo Estado, utilizando a Guarda Pretoriana e o exército. Nesse contexto, o fato de o exército ter que intervir em conflitos internos fez com que as fronteiras do Império fiquem desprotegidas (enfraquecimento das fronteiras), permitindo invasões bárbaras. Cessada a conquista de escravos, diminui a sua oferta no mercado, elevando seus preços. Como o escravo era a força de trabalho fundamental, todos os preços de bens e de serviços também se elevaram, tornando-se insustentável o uso do braço escravo. Desse modo, os proprietários passaram a buscar uma nova força de trabalho. Nesse contexto, a clientela se desloca para o campo, num processo de êxodo urbano. A propriedade continuava a ser privada, mas o seu uso tornou-se coletivo. O antigo cliente, agora no campo, tornou-se colono, ou seja, formou-se uma nova forma de dominação: o colonato. Inicialmente, era perseguido no Império Romano, uma vez que ataca seus pilares (escravismo, militarismo e o título de “Augustus”). Escravismo: a sociedade romana não considerava que os escravos eram considerados seres humanos, o que ia contra os preceitos bíblicos de que ‘todos são iguais perante Deus’; Militarismo: o Cristianismo é contrário à violência; Título de “Augustus”: a Bíblia afirmava ‘não existir outro Deus senão Ele mesmo’, contrariando a divindade do imperador. Para lembrar: o início do Cristianismo se deu no ano 1, durante o Alto Império Romano. Como, nesse período, o Estado Romano estava extremamente fortalecido, não havia brechas para a expansão do Cristianismo. Todavia, com a crise do Baixo Império, o Cristianismo encontrou uma oportunidade para se expandir pelo Império. Um dos principais fatores que levaram ao crescimento do Cristianismo foi a inclusão de indivíduos antes marginalizados, atraindo seguidores principalmente das classes populares e, posteriormente, será adotado como a religião oficial do Império. Nesse contexto, tem-se: Edito de Milão (313 d.C.): decreta o fim da perseguição aos cristãos, permitindo a liberdade de culto no Império; Conversão do imperador Constanino ao Cristianismo, de modo a agradar a população (de maioria cristã); Edito de Tessalônica (380 d.C.): o Cristianismo é definido como a religião oficial do império pelo imperador Teodósio. O paganismo, religião tradicional, foi proibido e perseguido. o Constitui-se como uma tentativa de um império decadente de sobreviver ao se ligar a uma fé emergente. Nesse momento, o imperador Teodósio realizou a divisão do Império Romano em duas partes: Império Romano do Ocidente, cuja capital era Roma; Império Romano do Oriente, cuja capital era Constantinopla. Essa divisão é considerada como um símbolo do declínio do Império, uma vez que representa a incapacidade de Roma de manter seu próprio território unificado. Em uma visão romana, bárbaros eram os povos inferiores (povos que não falavam o latim). De maneira geral, os bárbaros eram povos germânicos, que invadem o Império Romano do Ocidente, impondo ações violentasao invadirem as cidades, promovendo um processo de êxodo urbano (ruralização). A instabilidade e a insegurança provocadas pelas invasões bárbaras levaram muitos homens a buscarem proteção junto a um grande senhor de terras. A proteção oferecida por este implicava a submissão daqueles, consolidando relações de dominação locais, particulares, independentes do Estado romano → início do modo de produção feudal. Esse processo de ruralização propicia a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C., assinalando o fim da Idade Antiga e o início da Idade Média. Considerada a língua mais importante do mundo, até o final da Idade Moderna, quando, com a Revolução Industrial, há a ascensão da língua inglesa; Exerce influência sobre diversas línguas, como o italiano, o espanhol, o português, o francês e o romeno. Considerada a maior religião do mundo. Serve como base para o Direito Internacional. Apoio à Arte, patrocinando a produção dos artistas da época; Irá ter grande destaque durante o Renascimento. Uso de arcos e abóbodas; Criação de cimento e tijolos.
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