Prévia do material em texto
AULA 09/03/2020 POLITICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS PORTARIA 3916/98 É um conjunto de diretrizes, prioridades e decisões políticos, regulatórios, técnicos, gerenciais, entre outros. PROPÓSITO: ◦ Garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade; ◦ Promoção do uso racional; ◦ Acesso da população àqueles medicamentos considerados essenciais. OBJETIVOS: Garantir o acesso à população, de medicamentos essenciais com qualidade e segurança Promover o uso racional por meio do uso adequado e economicamente eficiente pelos profissionais de saúde e usuários. FATORES PARA FORMULAÇÃO DA PNM: ◦ Extinção da CEME em julho de 1997 ◦ Desarticulação da Assistência Farmacêutica e a desorganização dos serviços. ◦ Problemas de acesso - exclusão de grande parcela da população. ◦ Qualidade dos medicamentos/ ocorrência de muitos casos de falsificação ◦ Aumentos de preços dos medicamentos PROCESSO DE CONSTRUÇÃO: Aprovada pela Port nº 3.916, em 30 de outubro de 1998, tornando-se o instrumento norteador de todas as ações de medicamentos no país. A partir de meados da década de 90, o MS deu início ao processo de discussão, baseando-se em quatro eixos: ◦ a) descentralização; ◦ b) melhoria dos processos de aquisição centralizados; ◦ c) intervenção mais ativa no mercado ◦ d) fortalecimento da produção estatal. DIRETRIZES DA PNM 1. Adoção de relação de medicamentos essenciais. 2. Regulamentação sanitária de medicamentos. 3. Reorientação da Assistência Farmacêutica. 4. Promoção do uso racional de medicamentos. 5. Desenvolvimento científico e tecnológico. 6. Promoção da produção de medicamentos. 7. Garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos. 8. Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos PRIORIDADES DA PNM 1. Revisão Permanente da RENAME 2. Assistência Farmacêutica 3. Promoção do Uso Racional de Medicamentos 4. Organização das Atividades Vigilância Sanitária de Medicamentos ADOÇÃO DA RENAME Definição de uma seleção de medicamentos essenciais indispensáveis para atender a maioria dos problemas de saúde da população e servir de referência para: ◦ O direcionamento da produção farmacêutica, ◦ Desenvolvimento científico e tecnológico ◦ Política de medicamentos no âmbito estadual e municipal. ◦ Garantia do acesso disponibilidade desses produtos aos segmentos da sociedade que deles necessitem, nas quantidades e formas farmacêuticas apropriadas. Registro de medicamentos e autorização para o funcionamento Restrições a produtos inadequados ao uso. Regulamentação e decisões que envolvam questões de natureza científica e técnica. Obrigatoriedade da adoção da denominação genérica nos editais, propostas, contratos, notas fiscais e exigências sobre requisitos de qualidade dos produtos. Obrigatoriedade da denominação genérica nas compras e licitações públicas de medicamentos, nas embalagens, rótulos, bulas, prospectos, textos e demais materiais de divulgação e informação médica. REGULAMENTAÇÃO SANITÁRIA DE MEDICAMENTOS Adoção de exigências para o aviamento de receita médica ou odontológica, relativas à sua forma e à identificação do paciente e do profissional que a prescreve. Descentralização das ações de Vigilância Sanitária - transferidas à responsabilidade direta de estados e municípios, exceto, Registro de medicamentos e Autorização do funcionamento de empresas (papel indelegável do gestor federal). Garantia da aplicação das normas existentes e a integração operacional do sistema em todas as esferas. REORIENTAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA O modelo de AF deverá ser reorientado de modo que não se restrinja à AQUISIÇÃO e à DISTRIBUIÇÃO de medicamentos, coordenada e disciplinada pelos três gestores do Sistema, devendo estar fundamentada: ◦ Descentralização da gestão; ◦ Promoção do uso racional dos medicamentos; ◦ Otimização e na eficácia do sistema de distribuição no setor público; ◦ No desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a redução nos preços dos produtos, viabilizando, o acesso. A definição dos produtos a serem adquiridos e distribuídos de forma centralizada deverá considerar aspectos técnicos, administrativos e epidemiológicos: ◦ a. doenças que configuram problemas de saúde pública, que atingem ou põem em risco as coletividades. ◦ b. doenças consideradas de caráter individual que requerem tratamento longo ou até permanente, com o uso de medicamentos de custos elevados ◦ c. doenças cujo tratamento envolve o uso de medicamentos não disponíveis no mercado. ◦ d. Critérios técnicos e administrativos quanto a disponibilidade de recursos financeiros, custo-benefício, custo-efetividade da aquisição e distribuição dos produtos em relação ao conjunto das demandas e necessidades de saúde da população. O Conselho Nacional de Saúde fará o acompanhamento e implementação da PNM, especialmente no tocante ao cumprimento das medidas pactuadas. Promoção do Uso Racional de Medicamentos PROMOÇÃO DO USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS Deverá ser dado ênfase ao processo educativo dos usuários acerca dos riscos da automedicação, interrupção e troca de medicamentos, à necessidade da receita médica na dispensação de medicamentos tarjados. ◦ Deve ser desenvolvida atividades dirigidas aos prescritores e dispensadores. ◦ Adequação dos currículos dos cursos de formação dos profissionais de saúde, com enfoque a adoção de medicamentos genéricos, envolvendo: a produção, a comercialização, a prescrição e o uso. ◦ A Farmácia deve ser considerada estabelecimento comercial diferenciado; ◦ Dispor da obrigatória presença do profissional responsável Promoção de campanhas educativas Implementação da RENAME Promoção do uso de medicamentos genérico Deve haver estímulo ao acesso do profissional de saúde a conhecimentos e treinamentos específicos. Promoção de educação continuada dos profissionais de saúde. Regulação da propaganda de medicamentos dentro de preceitos éticos e legais. Deverá ser elaborado e amplamente divulgado o Formulário Terapêutico Nacional – instrumento de orientação da prescrição e dispensação dos medicamentos; Farmacoepidemiologia e farmacovigilância Desenvolvimento de estudos e avaliações de modo a reorientar procedimentos relativos a registros, formas de comercialização, prescrição, dispensação e utilização de produtos como forma de contribuir para o uso racional de medicamentos. RESPONSABILIDADE GOVERNAMENTAIS Gestor Federal Promover a revisão permanente da RENAME, Farmacopéia Brasileira; e Formulário Terapêutico Nacional Implementar as atividades de controle da qualidade de medicamentos; Coordenar e monitorar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, atualizando legislação; Promover a capacitação de recursos humanos; Acompanhar os preços dos medicamentos; Promover a disseminação de experiências e de informações científicas; Adquirir e distribuir, articuladamente com as outras esferas de governo, os medicamentos essenciais; Promover pesquisas estratégicas e incentivar a revisão das tecnologias de formulação farmacêutica. Gestor Estadual Promover a formulação da Política Estadual de Medicamentos; Coordenar o processo de articulação intersetorial no seu âmbito, para implementação desta Política. Coordenar e executar a Assistência Farmacêutica no âmbito do estado; Prestar cooperação técnica e financeira aos municípios Apoiar a organização de consórcios intermunicipais de saúde destinados à prestação da AF Promover o uso racional de medicamentos junto à população, aos prescritores e aos dispensadores. Gestor Municipal Coordenar e executar a Assistência Farmacêutica no seu respectivo âmbito; Definir a relação municipal de medicamentos essenciais, com base na RENAME, RESME, a partir das necessidades locais, decorrentes do perfil epidemiológico da população. Promover o uso racional de medicamentos junto à população, aos prescritores e aos dispensadores; Treinar e capacitar os recursos humanos para o cumprimento das responsabilidades do município no que se refere a esta Política; Assegurar a dispensação adequada dos medicamentos.PRINCIPAIS DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Integralidade das ações, excluindo a prática de programas segmentados para determinados grupos populacionais: Diabetes, Hipertensão, Saúde Mental, Tuberculose, Hanseníase, Índio, etc. Garantia de financiamento para: infraestrutura, organização de serviços e fortalecimento da gestão, para melhoria do acesso. Desenvolvimento de Sistema Unificado de informação integrado pelos três níveis de governo e contemplando todos os aspectos técnicos e da gestão. Definição de um marco regulatório único para AF, contemplando todos os aspectos inerentes à área, definição de responsabilidades por nível de atenção, financiamento, gestão, controle e avaliação de resultados.