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Composição de Alimentos Classificação de acordo com a função que exercem Nutrientes que constroem e reparam tecidos orgânicos ⇨ proteínas (essenciais à formação de todos os tecidos). Nutrientes que regulam os processos orgânicos e as condições internas⇨ água, minerais, fibras, vitaminas, proteínas. Nutrientes que fornecem calor e energia: ⇨ carboidratos (mais eficaz fonte de energia para o organismo); lipídios (mais concentrada fonte de energia); proteínas (fornecem energia, mas sua principal função é construir e reparar os tecidos orgânicos). Energia disponível: fibras solúveis 3,5kcal, carboidrato 4kcal, proteínas 4kcal, álcool 7kcal e lipídeos 9kcal. Alimentos fonte, boa fonte e excelente fonte Todo alimento é constituído de energia e de nutrientes em maior ou menor proporção, e isto define o seu valor nutritivo. Alimento fonte: são aqueles alimentos que contêm mais de 5% do valor da recomendação (DRI) em uma porção usual. Alimento boa fonte: são aqueles alimentos que contêm entre 10-20% do valor da recomendação (DRI) em uma porção usual. Alimento excelente fonte: são aqueles alimentos que contêm mais de 20% do valor da recomendação (DRI) em uma porção usual. Composição Centesimal Umidade: ponto de partida, água livre do alimento. Fibras: fração não metabolizável. Cinzas: teor de minerais presente. Carboidratos: compostos glicosídicos. Proteínas: compostos nitrogenados. Lipídeos: compostos apolares. Água Principal constituinte do corpo humano 50 a 60% da massa corporal. Dependendo de: Idade, Sexo, composição corporal, estado de treino e conteúdo de glicogênio muscular. • % de gordura corporal: Músculos cerca de 75% água. Tecido adiposo cerca de 30% de água. Homens tem mais água no corpo por possuírem menos tecido adiposo do que as mulheres. Para evitar retenção de água: Ingestão diária adequada, equilíbrio hídrico e evitar: retenção pela concentração de sódio. Entrada de água Absorção: intestino delgado principalmente jejuno. Absorção e distribuição: 30 a 60 min após ingestão. Logo após ingestão cessa cede (temporário). Impedir que a ingestão de água prossiga indefinidamente, o que levaria ao excesso de água e diluição excessiva de fluidos corporais. Desejo de ingerir água cessa completamente somente quando osmolaridade plasmática ou volume extracelular retornam ao normal. Osmolaridade: Quantidade de partículas dissolvidas em determinado solvente. Quanto maior: maior pressão osmótica do soluto sobre solvente. Plasma: Concentração de glicose e NaCl- principais determinantes da osmolaridade. Células do corpo: Para perfeito funcionamento- Líquido extracelular (LEC) concentração relativamente constante (Plasma: um dos LEC). Hiposmolaridade: náuseas, dor de cabeça, confusão, letargia, convulsões e coma. Hiperosmolaridade: letargia, fraqueza, convulsões e coma. Osmolaridade: Um dos gradientes reguladores do movimento da água no organismo. Induz variações na sensação de sede para conservação ou excreção de água. Mudanças de 1 a 2% da pressão osmótica do plasma: induz variações. Conteúdo de água nos alimentos Expresso como o valor obtido na determinação da água total contida no alimento. No entanto, esse valor não fornece indicações de como a água está distribuída e nem se toda a água está ligada do mesmo modo ao alimento. Água livre (ou não combinada): ligada fracamente ao substrato; age como solvente; permite o crescimento de microorganismos; facilmente congelada e evaporada. Água combinada: ligada fortemente ao substrato (interage com as moléculas do alimento); não é um solvente; retarda as reações químicas, não favorecendo o desenvolvimento de mofos; dificilmente congelada e evaporada. Atividade da água nos alimentos (Aa ou Aw): Relação entre a pressão de vapor de um alimento dado em relação com a pressão do vapor da água pura à mesma temperatura. AW = p / po. Variação de 0 a 1. AW- activity of water p= pressão do vapor de água de um alimento po= pressão do vapor de água pura Parâmetro qualitativo: Avalia a disponibilidade de água livre, disponível a reações físicas, químicas e biológicas. Capacidade da água se mover. Água livre x Água ligada: Quanto maior a quantidade de água livre, maior a atividade de água (Aw) no alimento. Teor de umidade de um alimento Indica a quantidade total de água não permite distinguir em: água livre ou ligada a algum soluto. Parâmetro quantitativo da presença de água em um produto: % em peso de toda água. Atividade da água X Conservação dos alimentos > 0,90: maior quantidade de água livre, facilitando o crescimento de microorganismos e ocorrência de reações diversas; 0,40 – 0,80: aumento da concentração de reagentes ocorrência de reações químicas e enzimáticas; ~0,60: baixo ou nenhum crescimento de microorganismos; > 0,30: água fortemente ligada ao alimento, inibe quase totalmente reações químicas ou enzimáticas (exceto a oxidação de lipídios- rancificação), não permite crescimento de microorganismos. Carboidratos Carboidratos: origem e Armazenamento Formados: Sintetizado a partir da fotossíntese pelos vegetais. Armazenados: Algumas partes da planta. Ex: Raízes, sementes, frutas, folhas. Algumas partes: maior armazenamento. Constituem: sua principal fonte de energia. Frutas: Parte polposa ao redor de sementes. Cereais: Grãos obtidos em gramíneas. Leguminosas: Grãos obtidos em vagens. Tubérculos, raízes e bulbos: Parte subterrâneas Estrutura Química Compostos orgânicos formados: carbono, hidrogênio e oxigênio. Sintetizados por organismo vivo. Carboidrato = hidrato de carbono (CH2O). Classificação de acordo com o Grau de Polimerização Monossacarídeos: não podem ser hidrolisados a compostos mais simples, ou seja, não serão convertidos a açúcares de menor peso molecular; ex: glicose, frutose, galactose. Glicose: Abundantemente encontrada nas frutas, açúcar do milho, xarope de milho, em algumas raízes e no mel. Melhor fonte para usar quando há necessidade de suprimento imediato de carboidrato (não requer mudanças para uso, não necessita “quebra” durante a digestão). Não afeta muito o sabor dos alimentos. Possui cerca de 3/5 da doçura da sacarose (açúcar comum). É a forma de açúcar encontrada na corrente sanguínea. Produto da digestão dos carboidratos “maiores” pela hidrólise. Armazenamento: fígado e músculo (glicogênio). Galactose: Não é encontrada livre na natureza, é obrigatoriamente obtida por meio da quebra da lactose. Faz parte da constituição do tecido nervoso (cerebrose). Frutose: Encontrada em grande quantidade na natureza: mel e frutas, é o açúcar com maior dulçor. Pode ser também obtido pela hidrólise (quebra) da sacarose. Dissacarídeos: são polímeros compostos por 2 monossacarídeos; ex: sacarose, lactose, maltose. Maltose: “Açúcar do malte” não se encontra livremente na natureza. É obtido quando se quebra (hidrólise) do amido glicose + glicose (enzima: maltase). Lactose: Açúcar do leite (4 a 6% leite de vaca/ 5 a 8% leite humano). Possui 16% da doçura da sacarose (açúcar branco) glicose + galactose (enzima: lactase). Sacarose: Fonte principal: cana-de-açúcar (apresenta entre 15-20% sacarose). Forma de açúcar mais barata na alimentação, facilmente quebrada pela enzima sacarase glicose + frutose. Polióis: são açúcares derivados de álcoois. Ex: sorbitol e manitol. Manitol: Açúcar de álcool que possui metade da energia da glicose. Amplo uso como edulcorante. Sorbitol: Açúcar de álcool encontrado em algumas frutas (maçã, pêra, ameixa). Aplicação também como edulcorante. Oligossacarídeos: Malto-oligossacarídeos compostos por unidades de glicose, geralmente obtidos da hidrólise do amido. ex: maltodextrina.Maltodextrina: Obtidos enzimaticamente (amilase) ou quimicamente (hidrólise do amido com controle de tempo, temperatura e pH). É formada por conjunto de glicoses e maltoses, são mais hidrossolúveis que o amido, usada pela indústria de alimentos para controle da viscosidade do produto. Usada no meio esportivo como carboidrato de energia rápida. Outros oligossacarídeos: unidades elementares variam muito. Ex: rafinose, estaquiose e os fruto-oligossacarídeos (FOS). Rafinose e Estaquiose: Tri e tetrassacarídeos presentes principalmente nas leguminosas. O corpo humano não tem enzimas que atuem na hidrólise destes oligossacarídeos. Assim elas passam pelo I. delgado sem alteração. No intestino grosso, são usadas como alimento por bactérias colônicas e fermentados produzindo CO2, metano (CH4) e/ou hidrogênio - provocando flatulência associada à ingestão de feijão e outros alimentos (repolho, brócolis, aspargo, couve-de-Bruxelas). FOS: são açúcares não convencionais: formado por glicose e frutose, com ligações do tipo beta (não digeríveis pelo organismo). Não são metabolizados pelo organismo humano e não são calóricos. Destaque atual: considerados prebióticos (substrato para bactérias – Acidophillus e Bifidus - da flora intestinal). Promovem uma série de benefícios à saúde humana, desde a redução de colesterol sérico até o auxílio na prevenção de alguns tipos de câncer. Doses elevadas podem causar desconforto (> 20 a 30g). Presente em alcachofras, aspargos, beterraba, chicória, banana, alho, cebola, trigo, tomate, tubérculos como o yacon. Polissacarídeos: Amido mistura de polissacarídeos chamados amilose e amilopectina (a proporção entre um e outro irá depender da espécie do vegetal e o grau de maturação da planta). Principais propriedades funcionais: Espessante – aumento da viscosidade do alimento. Gelificantes – formação de gel, conferindo textura- incorporação de MUITA água (pode aumentar em 2000% o volume). Estabilizante - torna possível a manutenção de dispersão uniforme de duas ou mais substâncias imiscíveis em um alimento. Amilose: É um polissacarídeo linear presente no amido. Possui cerca de 200 a 10 mil moléculas de glicose unidas. Confere viscosidade ao alimento (espessante). Amilopectina: Polissacarídeos ramificado presente no amido. Menos hidrossolúvel que amilose e mais abundante. 20 a 25 unidades de glicose unidas. Amidos resistentes: Amido ou produto da degradação do amido. Não absorvido no intestino, resiste ação das enzimas digestivas, comportamento de fibra alimentar. Fermentado no intestino grosso (pelas bifidobactérias). Produção: ácidos graxos de cadeia curta. Saúde do cólon: inibe crescimento de células cancerígenas. Promove mais lenta digestão, mais saciedade e controle da glicemia. Não amidos: polissacarídeos com função estrutural (fibras). Ex: celulose, hemicelulose, pectina, hidrocolóides. Pectina: Fonte- frutas. Substâncias pécticas: Protopectinas (frutos verdes); Ácido pectínico (frutos maduros) Ácido péctico (frutos passados). + açúcares + ácidos = geleias. Viscosidade, espessura, estabilidade. Protopectinas: não formam gel. Índice Glicêmico x Glicemia O índice glicêmico é um indicador que nos aponta com que velocidade um alimento que tem carboidrato aumenta a glicose no sangue (glicemia). Por exemplo, dois alimentos podem ter a mesma quantidade de carboidrato, mas um ter um índice glicêmico (IG) mais alto do que o outro e aumentar a glicemia mais rapidamente. Glicemia: se refere à concentração de glicose no sangue. Carga glicêmica (CG): é um produto do índice glicêmico (IG) e da quantidade de carboidrato presente na porção de alimento consumido. Mede o impacto glicêmico da dieta CG = IG x teor CHO disponível na porção/ 100. Fibra Alimentar Qualquer nível de processamento ocasiona a perda de fibras. Grãos integrais preservam/mantém as fibras (película), quanto mais integro o grão maior seu teor de nutrientes. Conceito: qualquer material comestível de origem vegetal que não seja hidrolisado pelas enzimas digestivas. Resiste à digestão, pode ter ou não fermentação bacteriana no intestino grosso. Semelhantes aos carboidratos (ligninas- derivado do álcool) também se incluem nessa definição. Semelhantes as fibras: FOS, amidos resistentes e fibras sintéticas de origem animal. Fibra Alimentar Total Solúveis ou fermentáveis: se diluem na água formando um gel viscoso, no bolo fecal diminui a absorção dos nutrientes deixando sua eliminação mais lentas (diminui a velocidade do esvaziamento gástrico, da digestão e absorção da glicose), dando sensação de saciedade e fazendo o controle glicêmico (melhora pós-prandial em diabéticos). Encontrada em pectinas, gomas, mucilagens e algumas hemiceluloses. Função: ligação com ácidos biliares no intestino delgado, reduzindo a circulação êntero-hepática. Diminui sua reabsorção e aumentam sua secreção, mais colesterol é mobilizado para formar ácidos biliares, reduzindo a concentração de colesterol sérico (efeito hipocolesterolêmico). Sua fermentação por bactérias intestinais produz ácidos graxos de cadeia curta (acetato principal produção pela quebra da pectina; butirato maior produção advém da fermentação do amido, ocasiona efeitos diversos sobre o cólon: estímulo ao trofismo da mucosa, fornecimento de 70% da energia utilizada pelos colonócitos, regulação da diferenciação e do crescimento celulares; propionato metabolismo hepático de lipídeos e de glicose). Insolúveis: transportam a água formando uma rede e aumentam o volume do alimentar/fecal, pode acelerar o processo de evacuação, evitando o ressecamento das fezes. Não fermentáveis. Função: aumenta capacidade de retenção de água, aumento do volume fecal, aumento da frequência de evacuações, diminuição de tempo de trânsito intestinal, aumentam tempo de mastigação, induzem a saciedade mais precocemente, melhoram constipação, diminui risco de diverticulite, hemorróidas e contribuem para tratamento da obesidade. Encontrada na película do alimento, na celulose (parede celular dos vegetais, retém água nas fezes, peristaltismo, acelera o trânsito intestinal, aumenta o volume do bolo fecal. Frutas com casca, farinha de trigo e sementes), lignina e algumas hemiceluloses (principais componentes são xilose, manose, galactose e fenóis). Fibras Funcionais: isoladas ou extraídas de vegetais. β-glucana (um dos tipos), função de reduzir o colesterol sérico. Fontes: aveia e cevada. Gomas tem como principais componentes galactose e ácido glicorônico . Pectinas tem como principal componente o ácido poligalacturônico. Classificações Polissacarídeos estruturais: celulose, hemicelulose, pectina e amido resistente. Polissacarídeos não estruturais: gomas e mucilagens. Compostos não polissacarídeos: lignina e outras substâncias (inulina e FOS). Propriedades Funcionais Prevenção ou tratamento de doenças (pode reduzir alguns tipos de câncer e redução de risco de doenças cardiovasculares), redução dos lipídeos levando a uma vida mais saudável. Desvantagens das fibras: presença de ácido fítico (fitato). Afeta a biodisponibilidade de minerais, age como um “sequestrante” de cálcio, ferro, magnésio e zinco. Probióticos: são as bactérias benéficas do nosso organismo. Prebióticos: são as fibras utilizadas por essas bactérias. Desbiose: crescimento a mais de bactéria. Amilase: enzimas catalizadoras de hidrólise da amilopectina, da amilose e do glicogênio em maltodextrinas. Proteínas Conceito: As proteínas podem diferir quanto à quantidade de aminoácidos na cadeia polipeptídica, aos tipos de aminoácidos que compõem a cadeia polipeptídica, à sequência de aminoácidos da cadeia polipeptídicae ao formato da molécula estrutura tridimensional. Sequência de aa da proteína: Determina a estrutura final e a função da proteína. São polímeros de alto peso molecular constituídos de aminoácidos. Função construtora para o organismo, a propriedade de cada proteína irá variar conforme número e espécies de aminoácidos, assim como pela sequência destes aa na molécula. Presente nos alimentos de origem animal e vegetal Estrutura: Macromoléculas compostas por cadeias longas de polipeptídeos, variando de 100 até 1800 aa (maioria contém 100 a 500 aa). Arranjo ou conformação espacial: forma que elas adquirem tridimensionalmente, o qual explica muito dos comportamentos químico e bioquímico das proteínas. Primária- cadeia linear, apresenta a sequência de aa que determinará a forma da proteína. Secundária- é a organização tridimensional dos segmentos da cadeia polipeptídica. Uma proteína pode conter regiões de alfa-hélice e de estrutura beta em diferentes regiões ao longo da cadeia, dependendo da sequência de aminoácidos (estrutura primária). Terciária- é a configuração espacial da cadeia completa da proteína, construída a partir das estruturas secundárias. FIBROSA: Proteínas estruturais como colágeno, actina e miosina, as cadeias estão estendidas formando hastes ou fibras. GLOBULAR: Moléculas compactas em formato esférico ou elíptico, como a mioglobina, proteínas do soro do leite e caseína. Quaternária- a estrutura da proteína é crítica para sua função. Se a sequência linear da proteína for alterada, como em certas doenças genéticas, sua atividade é limitada ou eliminada totalmente. Funções Construção, manutenção e regeneração de tecidos esta síntese é chamada de anabolismo. A proteína tem função estrutural, isto é, produção de pelo, cabelo, unha, músculo, tecido nervoso e tecidos conjuntivos, que estarão ligando ou sustentando outros tecidos. Crescimento e reprodução. Catalisador metabólico nas reações químicas, pois praticamente todas as enzimas são proteínas. Os anticorpos são substâncias proteicas e possuem o importante papel de defesa do organismo. Os hormônios também são substâncias proteicas que funcionam como reguladores metabólicos em nosso organismo. Assim, todos os processos biológicos têm a participação de proteínas: enzimas, vários hormônios apresentam estrutura proteica e diversas proteínas atuam no sist. Imunológico, como os anticorpos. Síntese proteica: Processo contínuo, em muitas células. Classificação das proteínas Função biológica: Podem atuar como enzimas (catalisadoras de reações químicas); Proteínas de estoque (mioglobina, ferritina); Proteínas regulatórias (hormônios: insulina, glucagon, GH, ocitocina); Proteínas estruturais (colágeno, proteoglicano); Proteínas de função imunológica (imunoglobulinas, anticorpos); Proteínas de transporte (hemoglobina, lipoproteínas); Proteínas contráteis (actina, miosina). Aminoácidos essenciais: Não são sintetizados pelo organismo ou não são com rapidez suficiente. Devem ser obtidos: dieta Aminoácidos não essenciais: Podem ser sintetizados pelo organismo em funcionamento normal. A partir de: aa essenciais ou precursores contendo C e N Aminoácidos condicionalmente essenciais: Essenciais sob certas circunstâncias. Composição Todas as proteínas contêm carbono, hidrogênio, nitrogênio e oxigênio. A maioria das proteínas contêm enxofre e algum elemento adicional. Unidades básicas são os aminoácidos (aa), ligados entre si por ligações peptídicas, a combinação deles que formam as proteínas resultam em uma molécula única e complexa com características específicas. Mudanças no pH ou aquecimento causam mudanças drásticas nas moléculas de proteínas. Aminoácidos 20 aminoácidos encontrados na natureza. É o número e a sequência desses aa que são específicos de cada proteína e que definem suas conformações particulares e propriedades químicas. A sequência dos aa para a síntese proteica é predeterminada geneticamente; Os padrões para todas as proteínas estão contidos no DNA de cada organismo; Proteínas dos alimentos: fornecem aa para a síntese de proteínas dos tecidos e outros compostos nitrogenados essenciais ao organismo. Desnaturação Processo em que ocorre uma alteração na configuração espacial da molécula de uma proteína, provoca perda da função da proteína e não há alteração da sequência de aminoácidos da proteína. Pode ser reversível ou não, sem alteração estrutura primária, não envolve quebra das ligações peptídicas, nem da sequência de aa. Nutricionalmente, a desnaturação pode ser desejável, se não for drástica: ao desenrolar-se, a cadeias de polipeptídeos expõe sítios de ligação ao ataque das proteases, aumentando sua digestibilidade e sua utilização. Desnaturação drástica (temp. muito elevadas, extremos de pH): modificações nas cadeias laterais dos aa, destruição de aa, com perda do valor nutricional da proteína; A desnaturação causada pelo HCl gástrico é fundamental à digestão peptídica por romper as estruturas 3ária e 4ária e expor a primária às enzimas. Assim, a hidrólise é mais rápida que a da proteína não desnaturada. As proteínas vegetais têm baixa digestibilidade pelo fato de estarem, protegidas pelos carboidratos complexos não digeríveis (celulose e hemicelulose). Nestas condições, a desnaturação da molécula proteica facilita a sua digestão por facilitar a ação das proteases. Hidrólise de Peptídeos e Proteínas É a quebra das cadeias peptídicas em cadeias menores por ácidos digestivos, hidrólise por enzimas proteolíticas (Papaína, bromelina, ficina – usadas como amaciantes de carne – é importante controlar o tempo e a quantidade para que não ocorra hidrólise excessiva dos tecidos para que a carne não perca a consistência) e renina – enzima específica que quebra a cadeia peptídica da caseína – após hidrolisadas, essas proteínas formam coágulos, que serão processados em queijos. Qualidade Valor biológico das proteínas: Determinado pelo teor de aminoácidos essenciais e biodisponibilidade. Proteínas de Alto Valor Biológico (AVB) ou Completas: Contêm todos os aminoácidos essenciais em quantidades suficientes a síntese das proteínas. Alimentos de origem animal (exceto gelatina) e alguns alimentos de origem vegetal. Proteínas de Baixo Valor Biológico (BVB) ou Incompletas: Falta um ou mais aminoácidos essenciais. Em geral, proteínas vegetais são incompletas, porém, combinações de proteínas vegetais criam misturas de proteínas Alto Valor Biológico. Dados sobre a proteína vegetal: Cereais: Baixos no Aa lisina, altos no Aa metionina. Leguminosas: Altas em lisina (equivalente a carnes, ovos e laticínios), baixas em metionina. Dieta vegetariana estrita- atingir mínimo de lisina: mínimo: 4 c. (sopa) de leguminosas/ dia Combinações de grupos de alimentos: todos aa em quantidade ótima. Cereais e leguminosas; Arroz e Ervilha; Arroz e Feijão; Quinoa e Grão de bico; Quinoa e Tofu. Aa essenciais: Não precisam ser consumidos na mesma refeição, consumir ao longo do dia. Fontes Alimentares Alimentos de origem animal: Carnes, laticínios, ovos. Alimentos de origem vegetal: Leguminosas, cereais integrais, oleaginosas e FLV (em menores quantidades). Suplementações: Whey Protein, Proteína isolada do Arroz, Proteína isolada do Arroz e Ervilha, Proteína isolada de Castanhas. Aminoácidos essenciais: Isoleucina (ISO); Lisina (LI); Leucina (LEU); Triptofano (TRI); Treonina (TREO); Metionina (ME); Fenilalanina (FE); Valina (VA); Histidina. Aminoácidos não essenciais: Alanina; Ácido aspártico; Asparagina; Ácido glutâmico; Serina. Aminoácidos condicionalmente essenciais (precursores): arginina (glutamina/glutamato); cisteína (aspartato);glutamina (ácido glutâmico, amônia); glicina (serina, colina); prolina (glutamato); tirosina (fenilalanina). Lipídios Importante fonte de energia da dieta: 9 kcal/g de lipídeo. Gordura alimentar é armazenada nas células adiposas. Os seres humanos têm capacidade de armazenar e utilizar gordura como energia para a sobrevivência em privação de alimentos em semanas e meses. Responsável pela termoregulação; Fluidez da membrana; Fornecimento de ácidos graxos essenciais; Formação de hormônios; Melhoram a palatabilidade, textura, sabor, cor e conservação dos alimentos. São insolúveis em água (caráter hidrofóbico), porém podem ser solúveis em outros solventes como éter, clorofórmio, acetone, alcóois etc. Tipos de lipídios: glicerídios (mono, di e triglicerídios), ceras, fosfolípides, esteróis, glicolípides, etc. Funções Reserva de energia no corpo: Predominantemente como triacilglicerol. Estrutura (fosfolípides da membrana) mantendo os órgãos e nervos em posição, protegendo de lesões traumáticas e choques. Palmas e nádegas fazem a proteção de ossos de ações mecânicas. Isolamento térmico pela camada de gordura subcutânea que preserva calor e mantém temperatura. Gordura dietética- importância: Digestão, absorção e transporte de vitaminas lipossolúveis e alguns fitoquímicos (ex: carotenóides e licopeno). Torna mais lento o esvaziamento gástrico e estimula fluxo biliar e pancreático (processo digestivo). Classificação Simples: Ácidos graxos; gorduras neutras (AG + glicerol): mono, di e triglicerídeos; ceras (AG + alcoóis de cadeia longa): estér de colesterol. Compostos: fosfolipideos: ácido fosfórico + AG + base nitrogenada (Principal elemento estrutural das membranas celulares; atua no transporte e utilização de AG e colesterol); Glicerofosfolipideos: ex. lecitina; Glicolipideos: AG + monossacarídeo + base nitrogenada: formador de membrana plasmática; lipoproteinas: lipídeo + proteína. Lipoproteínas: HDLc – lipoproteína de alta densidade. LDLc – lipoproteína de baixa densidade. VLDLc – lipoproteína de muito baixa densidade. Lipídeos Variados: Esteróis (possuem estrutura tetracíclica) ex: colesterol, vitamina D e sais biliares. Vitaminas A, E e K. Colesterol É um esterol presente nos tecidos animais. Pode ser sintetizado pelo fígado em humanos (endógeno) ou consumido via dieta (exógeno). Funções: Estrutural pois é um componente essencial das membranas de todas as células dos mamíferos (fluidez); Precursor de hormônios sexuais; Constituintes da bile (ácidos biliares- digestão lípides); Principal componente do cérebro e das células nervosas; Papel na síntese de vários esteróides importantes; Precursor de vitamina D. Fonte: alimentos de origem animal. Fitoesteróis – fontes vegetais – competem com o colesterol na absorção. Lipídeos mais importantes Triglicerídeos (ou triacilglicerol - TG) é um lipídeo simples, forma mais abundante da alimentação (cerca de 95%) por ter função energética. TGs c/ AG saturados: sólidos à temperatura ambiente. TGs c/ AG insaturados: líquidos à temperatura ambiente. Exceção: triglicerídeo de cadeia média (TCM). Ácidos Graxos Unidades formadoras dos lipídeos. São ácidos carboxílicos compostos de: carboxila (- COOH) ligado à cadeia carbônica. classificação Conforme número de carbonos interfere no método de digestão e absorção e algumas propriedades no corpo. Quanto maior a cadeia, mais insolúvel em água. • AG cadeia curta (AGCC) - 2 a 6 • AG cadeia média (AGCM)- 8 a 12 • AG cadeia longa (AGCL)-14 a 18 Conforme nível de saturação: Mono (1 ligação) ou poliinsaturados (>1 ligação). • AG saturados (SAFA): sem dupla ligação entre os carbonos. Encontrados em alimentos animais esteárico e o palmítico (carne bovina, frango, porco, laticínios) e certos alimentos vegetais (óleo de coco); Sólidos em T amb, com exceção do óleo de coco. • AG insaturados: com ligação dupla entre carbonos, contendo 14 ou mais átomos de C (todos são de cadeia longa). Possuem menor ponto de fusão em relação aos AGS; Vulneráveis à oxidação; Seres humanos e outros animais de sangue quente: Armazenamento da gordura como AG saturado. Monoinsaturados (MUFA): predominante ácido oléico = azeite, óleo de canola, óleo de amendoim, amêndoas, abacate. Polinsataturados (PUFA): predominante Ácido linoléico (ômega-6) = óleos de sementes. Ácido linolênico EPA e DHA (AG ômega-3) = óleos de peixes marinhos; tratamento de doenças inflamatórias (artrite reumatóide, dermatite atípica, DII), prevenção de aterosclerose. Diferença estrutural: determina funções e efeitos na saúde humana. Comprimento da cadeia e extensão de saturação contribui para derretimento da gordura. Em geral, gorduras com: AGs de cadeia + curta ou + duplas ligações são líquidos a temperatura ambiente; AGs de cadeias + longas e saturados são sólidos a temperatura ambiente. Ácidos graxos essenciais O corpo não os sintetiza, portanto, precisam ser consumidos via alimentação. Fazem parte das estruturas dos fosfolipídios que são componentes importantes das membranas e da matriz estrutural de todas as células. Funções: Estimulam do crescimento; Participam da manutenção da pele e crescimento capilar; Regulam o metabolismo de colesterol; Reprodução; Prevenção de doenças coronarianas. Deficiências: Déficit de crescimento; Infertilidade; Diminuição de resposta inflamatória; Dermatite escamosa; Ansiedade e depressão. Ácido linoléico (18:2 w-6): 18 carbonos, 2 insaturações (ligações duplas) a partir do carbono número 6. Mesmas fontes que de n-3, oleaginosas e óleos vegetais: soja, milho, girassol. Ácido alfa linolênico (ALA) (18:3 w-3): 18 carbonos, três ligações duplas configuração cis, a partir do carbono número 3. Síntese de EPA e DHA. Fontes: Algas marinhas e peixes de água salgada e gelada. Sementes: linhaça, chia. EPA (eicosapentanóico) e DHA (ácido docosa-hexanoico) Ácidos graxos ômega 3: efeitos anti- inflamatórios, função cerebral, melhora doenças cardiovasculares, aterosclerose e diminuição da agregação plaquetária, melhora do perfil lipídico com redução do LDL-c e triglicérides e elevação do HDL-c, aparente proteção para várias enfermidades psiquiátricas (como demência, doença de Alzheimer, etc.). Fontes: Essencialmente marinha: salmão, sardinha, óleo de fígado de bacalhau. OBS: Vegetais possuem ômega 3 que podem ser convertidos em EPA e DHA. Proporção w-6 : w-3 Competem pelas mesmas enzimas envolvidas nas reações de dessaturação e alongamento da cadeia, influenciando no produto final dos ácidos graxos. Essas enzimas têm uma maior afinidade por w- 3. Conversão do ácido alfa linolênico (w- 3) em EPA e DHA fortemente influenciada pelos níveis de ácido linoleico (w-6) na dieta. Maior ingestão w-6 compromete os mecanismos metabólicos do ômega 3 fazendo a diminuição do seu papel biológico. RECOMENDAÇÃO FAO/OMS: 5:1 – 10:1 Relação está muito acima do recomendado nas dietas industrializadas (20:1 até 30:1). Tendência de diminuição do consumo de alimentos fontes de w-3. Pré-industrialização: 1:1 a 2:1 (consumo abundante de vegetais e alimentos de origem marinha). A relação ômega-6/3 dentro dos parâmetros estipulados ou menores: diminuição nas taxas de mortalidade em pacientes com doença cardiovascular, redução nas inflamações decorrentes da artrite reumatoide. Ácidos Graxos: CIS e TRANS AGs insaturados podem apresentar: isômeros- compostos com mesma fórmula molecular, mas estrutura e propriedades diferentes; Posição espacial da ligação dupla. CIS – cadeia em forma de U. TRANS – isômero assemelhado à configuração saturada. AG cis-trans Ligação cis-trans influencia no ponto de fusão dos AGs. Ligação do tipo cis- ocorrência natural(maior parte dos AG insaturados); menos estável. Ligação do tipo trans ocorre no processo de hidrogenação de AG muito utilizada pela indústria. Transforma gorduras líquidas em pastosas (ex: margarina). Trans estrutura semelhante à de AGS; mais linear (estável), grande impacto no desenvolvimento de doenças. Gorduras Trans: Até 0,2 g por porção permite alegação de “livre de” gordura trans (indústria escolhe porção abaixo de 0,2g). Ponto de fusão O ponto de fusão de um lipídeo é o índice de atração entre as moléculas; Quanto mais forte for a atração entre as moléculas, mais facilmente elas se associam em forma sólida e mais difícil é de dissocia-las para a forma líquida; Muita energia em forma de calor é necessária para converter um sólido em líquido quando há grande força de atração entre as moléculas, portanto o ponto de fusão é alto. Uma grande força de atração indica um bom grau de ajuste entre as moléculas; Moléculas que não se “encaixam” bem não tem grande força de atração mantendo-as unidas, e portanto elas tem menor ponto de fusão. As cadeias carbônicas de ácidos graxos saturados são retas, e por isso permitem maior encaixe entre as moléculas = grande força de atração = aumenta PF. As cadeias carbônicas de ácidos graxos insaturados são curvas, e por isso permitem menor encaixe entre as moléculas = pouca força de atração = diminui PF. Rancificação de lipídios Processo de hidrólise (presença de bactérias); Processos oxidativos (na presença de oxigênio se decompõem). Os dois processos são responsáveis por cheiro e sabor desagradável nos lipídios rancificados. Oxidação lipídica: lipídios insaturados + oxigênio molecular = hidroperóxidos Hidroperóxidos: essas moléculas rapidamente se quebram em pedaços, produzindo substâncias pequenas, voláteis que conferem cheiro de ranço. Rancidez: mudanças desagradáveis em odor, cor e consistência. Surgem compostos maléficos à saúde: malonaldeído e óxidos de colesterol. Perda de vitaminas lipossolúveis como A e E. Prevenção da oxidação lipídica. Armazenamento: sob frio com exclusão de ar e luz. Adição de antioxidantes: retardam ou impedem a oxidação. Proteção contra a oxidação lipídica importante em óleos e gorduras e em alimentos gordurosos (bacon, biscoitos, carnes, batatas fritas). Ponto de fumaça As gorduras sofrem modificações quando são submetidas ao aquecimento. O glicerol é desidratado formando uma substância chamada de ACROLEÍNA. A ACROLÉINA é um importante irritante da mucosa gástrica. Vitaminas São reguladores dos processos orgânicos, não fornecem calorias e são necessárias em pequenas quantidades (µg ou mg). Sua ausência acarreta fracassos para diversos processos básicos e fundamentais para o metabolismo. Atuam principalmente como coenzimas e antioxidantes em reações vitais. Participam da regulação do metabolismo energético e da síntese de tecidos. Todas são adquiridas pela alimentação, com exceção à vitamina D que pode ser sintetizada pelo corpo pelos raios solares. Vitaminas Lipossolúveis: Acumulam-se no tecido adiposo. O organismo não as sintetiza, quando faz é de maneira insuficiente. O fígado armazena vitamina A, o tecido adiposo armazena a vitamina D. alimentos fontes serão principalmente aqueles fonte de lipídeos. Difícil risco de deficiência (exceto a vitamina D) e reações tóxicas acontecem mais facilmente. Vitaminas Hidrossolúveis: Estão dispersas nos líquidos corporais sem armazenamento em grau apreciável. Dietas com menos de 50% das necessidades já desencadeiam sintomas de deficiência em 4 semanas. Ingestão excessiva de alimentos ricos via dieta são eliminados na urina, menor risco de toxicidade. Hipervitaminose- toxicidade: praticamente impossível via alimentação. Vitaminas Hidrossolúveis Grupo de vitaminas precursor de coenzimas em sistemas enzimáticos que transportam grupos funcionais específicos. Via metabólica: ingestão – absorção (livremente absorvidas) – corrente sanguínea (transportadas livremente ou carreadas por proteínas) – urina. Complexo B: libertadores de energia (tiamina, riboflavina, niacina, ácido pantotenico, biotina e vitamina B6); hematopoiético (ácido fólico, vitamina B12, vitamina B6 e ácido pantotenico); outros (vitamina B6, tiamina, ácido fólico, vitamina B12 e niacina). Vitamina C- Ácido Ascórbico Funções: Importância na síntese de colágeno (ptn que fornece resistência à ossos, dentes, tendões, ligamentos e parede dos vasos sanguíneos); Participa na síntese de neurotransmissores (noradrenalina, epinefrina e serotonina); Participa na conversão de colesterol em ácidos biliares; Permite a absorção do ferro no TGI (Fe3+→Fe2+); Parte do sistema antioxidante. Auxilia na absorção de Ferro: Redução do ferro férrico (Fe+++) a ferroso (Fe++), facilitando a absorção deste mineral. Participa da síntese de epinefrina (adrenalina), serotonina e corticóides. Proteção contra oxidação: Lípides e a LDL. Proteínas dos espermatozóides. Células, DNA, estruturas e fluidos oculares (proteção contra Espécies Reativas de Oxigênio - EROS) EROS: fragmentação do DNA e mal funcionamento do sistema de reparo do DNA, contribuindo para o desenvolvimento de doenças, como o câncer. Função antioxidante: Grande facilidade de doar e receber elétrons (hidrogênio), co-fator, coenzimas que tem especificidades e necessidades individuais. Importante efeito antioxidante proteção de substâncias e células do processo oxidativo, especialmente em conjunto com a vitamina E e carotenoides (SISTEMA ANTIOXIDANTE). Reduz a suscetibilidade a infecções. Efeitos sobre doenças respiratórias e reações alérgica: Função linfocitária e liberação de histamina. Participa do processo de cicatrização. Participa da conversão da folacina em ácido tetrahidrofólico (utilização do ácido fólico). Metabolismo: Prontamente absorvida no trato digestivo por transporte ativo e também por difusão (dependendo da concentração da vitamina). Transportada para tecidos e sangue. Em altas concentrações podem ser eliminada via urinária (ácido oxálico). Recomendação nutricional: 60 mg/dia utilização de dosagens acima da recomendação podem se associar com a formação de cálculos de urato, oxalato ou cistina. Característica: Elemento hidrossolúvel estável na forma seca. Em solução é facilmente oxidado, especialmente quando exposto à luz e ao calor (Técnica de cocção pode determinar perdas preferível cocção rápida, em vapor ou utensílios tampados. Congelamento rápido e refrigeração ajudam a manter a vitamina). Processamento de alimentos pode manter a sua estabilidade (sucos, polpas). Afetam a vitamina C dos alimentos: Estação do ano; Transporte; Estágio de maturação; Tempo de armazenamento; Cocção; Sensível à oxidação. Deficiência: escorbuto (degeneração da pele, dos dentes, dos vasos sanguíneos, hemorragias epiteliais). Excesso: Possibilidade de cálculos renais (via suplementação). Diarreia osmótica. Tiamina (B1) Função coenzimática (energética): Combina-se com fósforo e forma a coenzima pirofosfato de tiamina. Necessária para formar acetato ativo (acetil-CoA) –componente principal da via metabólica do ciclo de Krebs (atua no metabolismo do CHO, PTN e LIP, especialmente dos CHOs). Metabolismo de energia. Função não-coenzimática: Constituição da membrana das células nervosas. Participação nos impulsos nervosos (condução através das membranas e nervos). Perde atividade sob altas temperaturas quando em pH alcalino; Métodos de conservação podem afetar a tiamina (dióxido de enxofre, nitritos) reduzem até 20%. Deficiência: Causada por ingestão inadequada e alcoolismo. Alimentação monótona. Ingestão elevada de carboidratos simples. Consumo de bebidasalcoólicas (causa má-absorção). Consumo de substâncias com efeito antitiamina. Beribéri (alterações nos nervos periféricos, edema, insuficiência cardíaca). Anorexia, apatia, perda de peso, fraqueza muscular. Comprometimento da memória, confusão mental, irritabilidade. Excesso: Nenhum relato de toxicidade, porém doses superiores a 50 mg diárias devem ser evitadas. Fatores antinutricionais: Tiaminase presente em peixes de água doce e crustáceos crus, destrói ~ 50% da tiamina. Polidroxifenóis (ácido caféico, ácido clorogênio e taninos): inativam a tiamina, presente em chás preto/mate, couve de Bruxelas, repolho roxo. Riboflavina B2 Funções: Componente de coenzimas (FAD e FMN) que atuam nas reações do metabolismo energético (CHO, PTN e LIP); Envolvida na ativação da vit B6 e do ácido fólico; Compõe enzimas do transporte de O2 Produção de energia nas células. Deficiência: Lábios avermelhados, rachaduras nos cantos da boca(queilose), lesões oculares. Excesso: Nenhum relato de toxicidade. Niacina: ácido nicotínico/ nicotinamida B3 Funções: Componente de coenzimas (NAD e NADP) que atuam nas reações do metabolismo energético; Envolvida na proteção do epitélio e TGI (trato gastrointestinal); Ajuda na mobilização do cálcio; Necessária para reparo do DNA. Usada no tratamento de dislipidemia (reduz triglicérides, LDL, e aumenta HDL). Pode ser: Ingerida ou Sintetizada pelo organismo, a partir de triptofano. Eficiência de conversão depende de fatores nutricionais. Deficiência de B2, B6, ferro ↓ eficiência. 60mg de triptofano = 1 mg de niacina. Deficiência: Pelagra (lesões na pele; problemas gastrintestinais, distúrbios mentais). 3 “Ds”: demência, diarréia, dermatite. Excesso: Rubor, queimação e formigamento no pescoço, na face e nas mãos. Ácido pantotênico B5 Funções: Componente da coenzima A, que possui papel central no metabolismo energético (CHO, PTN e LIP). Oxidação e síntese de triacilgliceróis e aminoácidos. Síntese de: Hormônios esteróides, colesterol, vitaminas A e D; Neurotransmissores (acetilcolina, serotonina). Deficiência: Fadiga, distúrbios do sono, coordenação deteriorada, náuseas. Excesso: Nenhum relato. Piridoxina B6 Funções: Envolvida no metabolismo de aminoácidos e da gliconeogênese; Participa na síntese do heme (da hemoglobina); Transformação da homocisteína em cisteína; Envolvida na síntese de neurotransmissores (serotonina, taurina, dopamina, norepinefrina...); Relacionada ao desenvolvimento do sistema nervoso central; Integridade do sistema imune; Metabolismo de hormônios esteróides. Deficiência: Irritabilidade, convulsões, tremores musculares, confusão mental, dermatite seborreica, cálculos renais. Excesso: Megadoses podem levar a neuropatia. Biotina B8 Funções: Atua na síntese de gorduras, aminoácidos e formação do glicogênio; Parece atuar no tratamento de acne e seborréia. Parece tornar-se indisponível quando se liga à uma glicoproteína encontrada na clara de ovo cru (avidina). Deficiência: Especialmente alterações epiteliais, como dermatites, erupções cutâneas, alopecia (redução de pelos ou cabelos). Retardo no desenvolvimento, conjuntivites, perda da acuidade visual e auditiva, fadiga, dores musculares, depressão. Excesso: Nenhum relato. Folato- ácido fólico B9 Funções: Atua na formação de substâncias envolvidas na formação celular. Participa na síntese de DNA e RNA; Na formação e maturação das hemácias e leucócitos; Auxilia na conversão da vitamina B12; B9 + B12: metilação da homocisteína à metionina. Deficiência: Anemia megaloblástica, distúrbios gastrintestinais, diarreia, língua avermelhada (glossite). Alterações no metabolismo do DNA-alterações na morfologia celular. Aumento dos níveis séricos de homocisteína. Excesso: Nenhum relato. Cobalamina B12 Funções: Fator importante para o metabolismo do DNA e RNA (síntese de purinas e pirimidinas); Transforma a homocisteína em metionina; Essencial para a formação das células sanguíneas (crescimento e maturação dos eritrócitos); A falta de B12 pode causar deficiência secundária de folato; Manutenção da integridade da mielina (que cobre as fibras nervosas) -> Boa manutenção do SNC. Produzida por bactérias e encontradas em todos os tecidos animais. Fator extrínseco (FE): Deve ser associada ao fator intrínseco (FI) para absorção. Deficiência: Anemia megaloblástica ou perniciosa (palidez, fadiga, respiração curta, palpitações e redução da capacidade de trabalho, perda de memória). Alterações visuais, insônia, impotência, incontinência urinária e fecal (estados avançados). Parestesia periférica (dormência mãos e pés). Demência. Excesso: Nenhum relato. Vitaminas Lipossolúveis Solúveis nas gorduras, moléculas apolares e hidrofóbicas. Não são sintetizadas pelo organismo em quantidade adequadas, devem ser supridas na dieta. Para absorção eficiente: Absorção normal de gordura. Vitamina A (retinol) Termo nutricional genérico, família de componentes essenciais, de estrutura química e atividade biológica relacionadas ao retinol. Inclui os carotenóides (ou pró-vitamina A). Retinol: Álcool. Na natureza são associados a ácidos graxos de cadeia longa (ésteres de retinol). Em alimentos de origem animal. Carotenóides: Pró-vitamina A de origem vegetal, encontrados nas formas α-, β-, γ- caroteno, criptoxantina, zeaxantina, luteína e o licopeno. Retinóides: Vitamina A, carotenóides e metabólitos do retinol ou análogos sintéticos. Funções: Componente de rodopsina (pigmento visual) favorece adaptações dependendo da luminosidade; Participa do desenvolvimento ósseo; Desenvolvimento e manutenção do tecido epitelial; Imunidade; Reprodução- envolvida na síntese de hormônios, desenvolvimento embrionário e gênese de espermatozóides; Anticancerígena- manutenção do crescimento normal de células epiteliais, impedindo cânceres malignos. Crescimento. Apesar de a vitamina A na sua forma ativa estar apenas presente em alimentos animais, existem os pigmentos chamados CAROTENÓIDES, presentes em alimentos de origem vegetal, que atuam como pró-vitamina A. Vitamina A X β-caroteno O β-caroteno é o mais famoso CAROTENÓIDE (pró-vitamina A). Ele não é a vitamina A ativa, mas é um precursor dela. Os carotenóides estão presentes especialmente em vegetais amarelado-alaranjados e alguns verdes escuros. ß-caroteno: mamão, manga, laranja, cenoura, abóbora. α-caroteno: cenoura, abóbora, mamão, laranja. Licopeno: tomate, melancia, grapefruit vermelha. Luteína: feijão verde, ervilha, abobrinha. Carotenóides: No organismo são convertidos em retinol. Deficiência: Xeroftalmia (danos oculares, ressecamento e espessamento da córnea), cegueira noturna, cegueira permanente. Alterações cutâneas. Excesso: Sonolência, vômitos, cefaleia, queda de cabelo, anorexia, descamação da pele, irritabilidade, visão dupla. Quando mais grave fragilidade óssea, dor óssea profunda, dificuldade de andar. Vitamina D Embora considerada uma vitamina, conceitualmente se trata de um pré- hormônio. É uma das vitaminas com mais deficiência prevalente ultimamente e deve ser obtido através dos raios solares. Nos alimentos ela está na forma de vitamina D2 (ergocalciferol) e D3. Raios UV (sol)- 7-deidrocolesterol (pele)- vitaminaD3 (colecalciferol). Exposição de 25% do corpo (pernas e braços) à luz solar: 2x/sem, 5 a 30min; 10h–15h. Suficiente para se produzir uma lesão eritematosa mínima para que a pele sintetize o equivalente a 1.000 unidades de colecalciferol. Funções: Desenvolvimento de dentes e ossos, contribuindo para manter o metabolismo mineral ósseo normal. Mantém a homeostase (equilíbrio) de cálcio e fósforo no sangue, atuando em 3 locais: no intestino delgadoaumenta absorção de cálcio e fósforo dos alimentos; Nos ossos facilita a mineralização óssea; Imunidade. Tem papel importante nas doenças auto- imunes: Artrite, lúpus, tireoidite de Hashimoto, psoríase. Mais estudos para seu papel: DCV, Alzheimer, Diabetes e Câncer. Fatores gerais que influenciam o status de vitamina D: Estação do ano, latitude, exposição solar, protetor solar, idade, melanina, obesidade, má absorção. Risco de deficiência: vestuário, pele escura, alto teor de gordura corporal, realização de treinos no início da manhã e à noite quando os níveis de UVB são baixos, uso de bloqueadores solares e insulfilm. Deficiência: Raquitismo (deformidades ósseas) em crianças. Osteomalácia em adultos–fraqueza muscular, ossos fracos, aumento dos episódios de fraturas. Excesso: Vômitos, diarreia, perda de peso. Hipercalcemia e hipercalciúria- calcificação dos tecidos moles (coração, rins, pulmões). Vitamina E Funções: Participa do sistema antioxidante protegendo biomoléculas, como proteínas, lipoproteínas e ácidos nucleicos (DNA, RNA); e também estruturas celulares, como a membrana, da ação dos radicais livres. Consumo regular: prevenção câncer de mama e pulmão. Nos alimentos está em forma de tocoferóis ou tocotrienóis. Deficiência: Muito rara. Estudos com animais apontam possíveis problemas reprodutivos, danos hepáticos e renais e anormalidades neurológicas. Excesso: Relativamente atóxica, porém, há relatos de efeitos pró-oxidantes, ou seja, favorecendo os danos teciduais causados pelos radicais livres. Alterações em mecanismos de coagulação. Vitamina K Formas: K1 – filoquinona - vegetais verde-escuros (mais abundante). K2 - menaquinona - síntese por bactérias no TGI. K3 -menadiona sintética. Funções: participa do processo de coagulação sanguínea, para ocorrer é necessária a transformação do fibrinogênio em fibrina pela ação da enzima TROMBINA, a vitamina K está relacionada a produção desta enzima. Cofator na síntese e metabolismo ósseo. Presença de gorduras na dieta faz aumento da absorção. Deficiência: Rara. Aumento no tempo de formação da protrombina-doenças hemorrágicas. Excesso: Relativamente atóxica. Minerais Compostos inorgânicos necessários à vida. Classificação: 7 macrominerais (requerem > 100mg/d) e 14 oligominerais (< 100mg/d). Podem existir isoladamente no corpo (cálcio livre nos líquidos corporais) ou combinados à outras substâncias (fosfato de cálcio, ferro na hemoglobina). Participação em processos metabólicos (enzimas, coenzimas, co-fatores, hormônios etc...) também agindo como reguladores do organismo. Macro: > que 0,005% e Microminerais: < que 0,005% do peso corporal. Macrominerais: cálcio (1,2kg*), fósforo (0,64kg), magnésio (0,04kg), enxofre (0,20kg), potássio (0,28kg), sódio (0,12kg) e cloro (0,12kg). Microminerais (ou oligominerais): ferro (3,2g), zinco (0,16g), selênio (0,24g), manganês (0,16g), cobre (0,12g), iodo (0,032g), molibdênio (0,16g), cobalto (0,024g) e cromo (0,024g). * quantidade encontrada no corpo de um adulto de 80kg. Principais funções: Proporcionam estrutura para a formação dos ossos e dentes. Ajudam a manter o ritmo cardíaco normal, a condutividade neural e o equilíbrio ácido básico. Os minerais regulam o metabolismo por se transformarem em componentes das enzimas e dos hormônios que modulam a atividade celular- regulam anabolismo e catabolismo. Potássio Importante cátion intracelular. Como outros eletrólitos (sódio, cloro), responsável pelo equilíbrio hidroeletrolítico, impulso nervoso, contração muscular e funcionamento cardíaco. Importante para o metabolismo de carboidratos – síntese de glicogênio, catabolismo da glicose. Metabolismo proteico. Ingestão adequada de K: ↑ excreção de sódio (importante papel na prevenção de DCNT, como a hipertensão arterial sistêmica). Baixa severa: Paralisia muscular e alteração do ritmo cardíaco. Excesso: Parada cardíaca, confusão, fraqueza. Deficiência: Câimbras musculares, ritmo cardíaco irregular, confusão mental, perda de apetite e pode ser letal. Excesso: Nenhum sintoma se o indivíduo apresentar função renal normal. Indivíduos com comprometimento renal hipercalemia- Arritmias cardíacas, podendo levar à morte. Magnésio O 2° mineral mais abundante no meio intracelular. Indispensável em mais de 100 reações que dependem de ATP ex: fosforilação de glicose, lipólise. Importante no metabolismo de outros minerais (K, Ca, Fe, Zn). Compõe estrutura óssea; participação na transmissão neuromuscular/contração muscular (inibe); participa do sistema imune. Excesso de fibras, álcool e cálcio podem afetar a biodisponibilidade do Mg. Deficiência: Falha no crescimento, distúrbios comportamentais, irritabilidade muscular, arritmias cardíacas, relaxamento muscular e vasoconstrição (HA, aterosclerose). Excesso: Diarreia, hipotensão e bradicardia. Cuidados com antiácidos e medicamentos com Mg. Cálcio Mineral mais abundante no organismo (representa 1-2% do peso corporal). Presente nos ossos e dentes (99%), e sangue, líquido extracelular e dentro das células (1%). Osso hidroxiapatita (fosfato de Ca + carbonato de Ca), resistência e rigidez. Participa da contração muscular. Atua na liberação de alguns neurotransmissores. Regulação dos batimentos cardíacos. Participa no processo de coagulação sanguínea. Alguns fatores interferem na absorção de Cálcio: Baixo teor de HCl no estômago- ↓ absorção do Ca. Oxalato, ácido fítico, AGS de cadeia longa- dificultam absorção do Ca. Dietas hiperproteicas- ↑ em 50% a excreção de Ca na urina ↑ risco de cálculos renais. Falta ou pouca vitamina D- ↓ absorção de Ca e ↑ excreção. Ingestão elevada de sódio- ↑ excreção de Ca. Ingestão Baixa (160 mg/dia). Lactose- ↑ absorção de Ca (especialmente em lactentes). (Amentam) Crescimento e Gestação; Aumento da produção de 1,25(OH)2D3. (diminuem) Idade; Excesso em refeições: fitatos, oxalato, fósforo; Redução da produção de 1,25 (OH)2D3; Certas doenças: Hipertireoidismo, Síndrome do Intestino Curto; Sedentarismo: acamados: -0,5% de cálcio em 1 mês; Cafeína. 6 a 8% do Ca ingerido aparece na urina. Fatores que interferem na excreção renal: Ingestão elevada de proteína e elevada ingestão de sódio. Fatores que afetam a massa óssea: Ingestão de cálcio; Atividade física; Fatores genéticos; Outros fatores (peso, medicações, vitamina D...). Osteoporose Fatores inevitáveis: Sexo: mulheres são 8 vezes mais afetadas que o homem (massa óssea 25% menor). Idade: Após a menopausa 60% das mulheres podem desenvolver algum grau de osteoporose. Raça: brancos e asiático são mais susceptíveis que negros. Tamanho corporal e história familiar. Doenças: como disfunção da glândula tireóide, doença hepática, renal, etc. Doenças que levem à remoção cirúrgica de ovários e testículos. Consumo de drogas: anticonvulsivos, corticosteróides, tiroxina, antiácidos contendo alumínio, etc. Fatores evitáveis: Álcool: 3 ou mais doses/dia Cafeína: 3 xícaras de café ou 7 xícaras de chá/dia dobram o risco. Fumo e estilo de vida sedentário. Estresse emocional. Estado reprodutivo (multíparas). Amenorréia. Dieta: pobre em cálcio, excesso de proteína, sódio e fosfatos (refrigerantes à base de cola). Prevenção + efetiva: ingestão adequada no decorrer da vida (principalmente até os 20anos) + AF + estilo de vida. Deficiência: Raquitismo; Osteomalácia; Osteoporose; Tetania (espasmos musculares); Hipertensão. Excesso: Hipercalcemia-propicia calcificação excessiva (ossos, coração, pulmão, rins...). Insuficiência cardíaca. Ferro Carreador de oxigênio para os tecidos (compõe a hemoglobina). Participa do metabolismo energético (citocromo nascélulas) transferência de energia. 60– 70% na hemoglobina e 10% na mioglobina (centro ativo de oxigênio); restante armazenado como ferritina e hemossiderina. Enzimas que contêm Fe participam na síntese de hormônios e ácidos biliares, controle de neurotransmissores. Formas na natureza: Ferro ferroso Fe2+ - carnes. Ferro férrico -Fe3+ - ovos, leites e vegetais. Fatores que aumentam a absorção de Fe não-heme: Vitamina C –ácido ascórbico na mesma refeição ou logo após. Presença de carnes em geral (ferro heme). Vitamina A. Fatores que reduzem a absorção de Fe não-heme: Consumo excessivo de antiácidos (baixo HCl). Alta ingestão de Ca na mesma refeição ou logo após (afeta tanto heme como não-heme). Suplemento de Ca: várias horas antes ou após as refeições Ácido fítico. Compostos fenólicos de alguns alimentos como: café, chocolate, vinho, soja, alguns chás na mesma refeição ou logo após. Evitar ovos nas mesmas refeições. Deficiência: Anemia ferropriva (fadiga, redução da capacidade de trabalho e aprendizado, retardo no crescimento, apatia). Excesso: Hemocromatose (hepatomegalia- ↑ tamanho do fígado- cirrose; hipogonadismo, artrites). Cobre Mineral importante para eritropoiese (formação das células do sangue). Co- fator de enzimas essenciais para o crescimento e desenvolvimento. Componente de enzimas do metabolismo de Fe. Compõe enzimas do sistema antioxidante. Formação da mielina (SNC). Deficiência: Anemia; Neutropenias; Alterações ósseas (raras) em recém- nascidos com baixo peso/ desnutrição. Excesso: Raro. Pode levar à danos hepáticos e morte. Doença de Wilson (rara). Cromo Componente de algumas enzimas. Participa no metabolismo da glicose e potencializador da ação da insulina. Deficiência: Menor capacidade de metabolizar glicose e outros carboidratos. Intolerância à glicose. Perda de peso. Excesso: Muito raro, relativamente atóxico. Inibição de enzimas. Zinco Manutenção do crescimento; 80% do Zn está em ossos e músculos; Participa do metabolismo de CHO, PROT e LIP (compondo mais de 300 enzimas); Participa no metabolismo do DNA e RNA; Participa da espermatogênese; Libido; Resposta imune normal; Armazenamento e liberação de insulina; Participa de enzimas do sistema antioxidante. Biodisponibilidade: O fitato (das fibras) afeta a biodisponibilidade do Zn. O aumento de Fe pode interferir na biodisponibilidade do Zn e vice e versa. A suplementação de Zn em doses elevadas pode diminuir a absorção de cobre. Deficiência: Retardo do crescimento; Hipogonadismo (homens); Déficit cognitivo; Dificuldade de cicatrização; Suplementação de Fe em doses elevadas pode interferir na absorção do Zn. Excesso: Febre, náuseas, vômitos, diarreia. Fósforo 85% do P estão em ossos e dentes (fosfato de cálcio): 2º mineral mais abundante; restante em forma de fosfato em células e fluidos corporais. Participa do metabolismo energético (é parte do ATP); Componente das lipoproteínas e fosfolipídios; Equilíbrio ácido-básico; Formação dos tecidos (especialmente ossos). Deficiência: Perda de massa óssea; Retardo do crescimento; Perda de apetite e peso; fraqueza; Dores articulares e ósseas. Rara. Deficiência de Vitamina D - uso excessivo de antiácidos (com alumínio) ⇓ absorção de P ⇓ níveis séricos. Excesso: Raro. Hiperfosfatemia (nefropatas) – perda de massa óssea. Selênio Principal componente da enzima Glutationa Peroxidase (mais potente antioxidante do corpo). Complementa a função da vitamina E. Participa no metabolismo da tireóide (ativação T4 em T3). Melhora do sistema imunológico. Reduz risco de câncer? (associação). Deficiência: Prejuízos na síntese de proteínas. Reduz atividade antioxidante. Doenças cardiovasculares? Excesso: Selenose (depende muito do solo) - Náuseas, vômitos, queda de cabelos, Cirrose hepática. Sódio Principal eletrólito do corpo (junto ao K e Cl). Está presente principalmente no líquido extracelular. Equilíbrio ácido- básico. Formação de gradiente elétrico nas membranas para: impulsos nervosos, contração muscular, funcionamento de glândulas. Equilíbrio da água corporal. Deficiência: Hiponatremia; Câimbras, apatia, baixo apetite; Hipotensão; Edema cerebral e morte. Excesso: Aumento da PA; Aumento da perda de Ca na urina. Iodo Componente essencial dos hormônios tireoidianos (80%). A deficiência de iodo já foi considerada pela OMS um dos principais problemas de saúde relacionados à Nutrição Humana. Desenvolvimento normal do cérebro. Síntese proteica. Atualmente, todo sal (NaCl) é iodado. Deficiência: Bócio (aumento da tireoide). Excesso: Baixa atividade tireoidiana. Flúor Não é elemento essencial para nutrição humana, mas um elemento benéfico. Incorpora ânions na estrutura cristalina cálcio-fósforo (ossos/dentes). Excesso: Fluorose.
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