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HOMEM E CULTURA - MATÉRIA Seção 1: A antropologia cultural aplicada às sociedades complexas O campo de estudos da Antropologia é amplo e isso leva a existência de diferentes áreas do conhecimento: I – Antropologia biológica II - Antropologia Pré-histórica III – Antropologia Linguística IV – Antropologia Social ou Cultural, ou Etnológica. Seção 2: A construção das identidades sociais e da memória coletiva Memória – um fenômeno social • a) Individual – “primeiro testemunho a que podemos recorrer será sempre o nosso” (p. 29) • b) Coletiva – “É como se estivéssemos diante de muitos testemunhos” (p. 30) • Identidade – gerada pela memória • Alteridade – estudo ou qualidade que se constrói através de relações de contraste, distinção, diferença. Ver: • HALBWACHS, Maurice. Memória coletiva. São Paul Seção 3: A sociedade capitalista contemporânea Século XVIII - Transformações econômicas, políticas e culturais geraram problemas inéditos para os homens que experimentavam as mudanças que ocorriam no ocidente europeu. Capitalismo - estágios de desenvolvimento: I – Capitalismo Comercial (século XV-XVIII) • Extensivo – vários trabalhadores para produzir mercadorias • Intensivo – poucos trabalhadores produzindo muita mercadoria II – Capitalismo Industrial (século XVIII-XIX) [revolução industrial] III – Capitalismo Financeiro (século XX) • Estágio de desenvolvimento tardio /capitalismo tardio /capitalismo contemporâneo: VERBETE – HISTEDBR – Unicamp (disponível em Material de Apoio) • Literatura: Germinal – Émile Zola (1885) Os Miseráveis - Victor Hugo (1862) Seção 4: A antropologia cultural e a mudança de paradigma O desenvolvimento do conceito de cultura Antiguidade Modernidade Contemporâneo As diferenças de comportamento entre os homens não podiam mais ser explicadas através das diversidades somatologicas ou mesológicas, ou seja, variações biológicas e do meio ambiente. (...) Tanto o determinismo geográfico como o determinismo biológico, foram incapazes de resolver o dilema proposto, a conciliação da unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana. (LARAIA p. 24) (...) o homem age de acordo com os seus padrões culturais. Além disso, o homem consegue adaptar-se aos ambientes biológicos, por isso foi capaz de romper as barreiras das diferenças ambientais e transformar toda a terra em seu habitat. Assim, a cultura é um processo acumulativo, resultante de toda a experiência histórica das gerações anteriores. Este processo limita ou estimula a ação criativa do indivíduo. ( LARAIA, p. 26.) • Edward Tylor (1832-1917) - Evolucionismo Social • Franz Boas (1858-1949) - Escola Cultural Americana • “A cultura segue os seus próprios caminhos em função dos diferentes eventos históricos que enfrentou. A partir daí a explicação evolucionista da cultura só tem sentido quando ocorre em termos de uma abordagem multilinear” Seção 5: O processo de individualização e socialização • Trabalho - transformação ou manutenção de algo. Inerente às sociedades humanas. • Emprego - a atividade (trabalho) remunerada, com determinada regras a serem seguidas (salário, horário específico, etc.). Surgiu com a Revolução Industrial. • Trabalho - agente do processo de socialização. • Intencionalidade – o que nos diferencia dos outros animais. • A intermediação da cultura “A cultura é um processo acumulativo, resultante de toda a experiência histórica das gerações anteriores. Este processo limita ou estimula a ação criativa do indivíduo”. (LARAIA, 2001, P. 48) Seção 6: Aspectos políticos na contemporaneidade • Trabalho: (...) O trabalho tem sido habitualmente concebido como uma atividade através da qual o ser humano estabelece uma relação metabólica com a natureza e o mundo social, a fim de assegurar a reprodução de suas condições materiais de existência. Para a economia política, essa atividade se define, abstratamente, como fundamento do valor econômico, da criação de riqueza, como a produção de bens e serviços escassos. (Vargas, Apud Lantz, 1992, p. 314) → Trabalho concreto e trabalho abstrato. Conteúdo para o T1 (ou TF1) e a V1, disponível em OBJETOS DE APRENDIZAGEM: • - Livro da disciplina Homem, Cultura e Sociedade, estudar da seção primeira até a décima seção. • - NAVARRO, V. L. PADILHA, V. “Dilemas do trabalho no capitalismo contemporâneo”. • - Resenha crítica e resumo do livro Cultura: um conceito cultural, de R. B. Laraia. MATERIAL DE APOIO: • Estudo dirigido R1 e V2 – não é para entregar, não vale nota. Seção 7: Caracterização da sociedade humana Modo de Produção - É o meio material para realizar um trabalho. É o modo, é a forma de como transformamos a natureza para produzir bens para o nosso consumo, bens que satisfaçam as nossas necessidades. Modo de produção = forças produtivas + relações de produção Modo de produção capitalista - Surgiu na Europa Ocidental • Capitalismo Comercial ou Mercantil (pré-capitalismo) – do século XV ao XVIII. • Capitalismo Industrial ou Industrialismo – séculos XVIII e XIX. • Capitalismo Financeiro ou Monopolista – a partir do século XX.” • Mas como o capitalismo se desenvolveu? • Primeiro, a ‘mercadoria representa a existência molecular do capital’ porque toda a produção capitalista toma a forma de mercadoria. • Segundo, a mercadoria é, em primeiro lugar, um ‘valor de uso’, um objeto externo, cujas qualidades materiais ou vitais a tornam útil para satisfazer ‘determinadas necessidades do estomago ou da fantasia’; em segundo lugar, é um ‘valor de troca’, (cujo nome em dinheiro se chama preço), uma relação quantitativa que pressupõe alguma substância comum, não perceptível empiricamente, de forma imediata. • Terceiro, essa substância comum é o ‘trabalho abstrato’, trabalho despido de suas especificidades e considerado como simples despesa de energias humanas, físicas e intelectuais. • Mercadoria – dupla realidade: valor de uso e valor de troca • O valor de toda mercadoria é o ‘trabalho abstrato’ • Essa dupla realidade da mercadoria é expressa em uma unidade mais profunda, o trabalho no seu duplo caráter: trabalho concreto (que se manifesta no valor de uso) e o trabalho abstrato (que se manifesta no seu valor de troca). • Mais-valia • “Por isso, a história do desenvolvimento capitalista é, também, a história da resistência dos trabalhadores, que caracteriza a sociedade humana. Os embates em torno da regulamentação da jornada de trabalho nas leis fabris da segunda metade do século XIX são exemplos da luta do proletariado para impor um limite à exploração capitalista.” (MOTTA, página 32) Ver: • Ellen Meiksins Wood, As origens Agrárias do capitalismo. Disponível em: https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo6612_merged.pdf • Ricardo Antunes, Trabalho uno ou omni: a dialética entre trabalho concretos e o trabalho abstrato. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/941 Seção 8: Cultura e diversidade: uma temática antropológica e contemporânea • Podemos falar de uma cultura universal? Ou é melhor falarmos de uma cultura diversa? • Ao pensar no trabalho também é possível identificar suas diversidades culturais. Enquanto em algumas culturas, na execução, o trabalhador deve ser poupado de pensar para que possa repetir os movimentos ininterruptamente, ganhando em rapidez e exatidão; Em outras, por sua vez, é por meio do pensamento e reflexão que o trabalho é realizado de modo satisfatório. (MATTOS, p.35) Conteúdo para o T1 (ou TF1) e a V1, disponível em OBJETOS DE APRENDIZAGEM: Conteúdo para a V1, disponível em OBJETOS DE APRENDIZAGEM: • N008 – Homem, Cultura e Sociedade, livro da disciplina, estudar da seção primeira até a décima • N008 – Artigo – Dilemas do trabalho no capitalismo contemporâneo • N008 – Resenha crítica do livro Cultura: um conceito antropológico • Resumo do livro Cultura: um conceito antropológico MATERIAL DE APOIO: • Estudo Dirigido R1: não é para entregar, não vale nota. • Estudo Dirigido V2: não é para entregar, não vale nota. AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA: • T1 • TF1 • V1 Lembrando... VT=( T1 ou TF1 + T2)/2 Seção 9: Identidade,temperamento, personalidade e caráter • (...) A identidade do sujeito é um fenômeno relacional, e é possível afirmar que as identidades são continuamente reafirmadas e redefinidas ao longo da vida (Ciampa, 1996). (p. 48) • Identidade – gerada pela memória, é um fenômeno relacional, são continuamente reafirmadas e redefinidas ao longo da vida. • Identidade pessoal • Identidade social • Temperamento - representa a peculiaridade e intensidade individual dos afetos psíquicos e da estrutura dominante de humor e motivação. • Personalidade - recebe influência tanto dos elementos geneticamente herdados, como dos adquiridos do ambiente social. • Caráter - é o modo habitual e global, o modo próprio de um indivíduo reagir no ambiente social que está inserido. VER: • Junior, N. L. & Lara, A. P. S. (2017). Identidade: colonização do mundo da vida e os desafios para a emancipação. Psicologia & Sociedade, 29, e171283 • Pereira, P. C. & Guzzo, R. S. L. Diferenças Individuais: Temperamento e Personalidade; Importância da Teoria. Rev. Estudos de Psicologia, PUCCampinas, v. 19, n. 1, p. 91-100, janeiro/abril 2002 https://www.scielo.br/j/estpsi/a/Jy8mzSg8hccYdhjByHvhhFK/?lang=pt&format=pd f Seção 10: Indivíduo e o seu autoconhecimento • Tipos de racionalidades a serem consideradas quando pensamos na gestão de pessoas. • 1. Racionalidade Instrumental: Prioriza o alcance dos fins a partir da escolha dos melhores meios. Visa a eficiência do processo. Prioriza o alcance dos objetivos no menor tempo possível. • 2. Racionalidade Substantiva: Baseia-se nos valores para atingir os fins pretendidos. Visa eficácia do processo. Prioriza o alcance dos objetivos levando em conta os valores pessoais e coletivos. • • Discordo: “O Modelo de gestão de pessoas é a maneira mais eficaz de compreender processos da sociedade contemporânea.” (p. 51) • Gestão de Pessoas - “um conjunto de políticas e práticas definidas de uma organização para orientar o comportamento humano e as relações interpessoais no ambiente trabalho”. FLEURY, M.T.L, FISCHER, R.M. Processo e relações do trabalho no Brasil. São Paulo: Atlas, 1998. Conteúdo para a V1, disponível em OBJETOS DE APRENDIZAGEM: • N008 – Homem, Cultura e Sociedade, livro da disciplina, estudar da seção primeira até a décima • N008 – Artigo – Dilemas do trabalho no capitalismo contemporâneo • N008 – Resenha crítica do livro Cultura: um conceito antropológico • Resumo do livro Cultura: um conceito antropológico MATERIAL DE APOIO: • Estudo Dirigido R1: não é para entregar, não vale nota. • Estudo Dirigido V2: não é para entregar, não vale nota. AVALIAÇÃO A DISTÂNCIA: • T1 • TF1 • V1 Lembrando... VT=( T1 ou TF1 + T2)/2 • V1 de 04/10 a 09/10 • R1 de 03/11 a 09/11 • Conteúdo para a V1, disponível em OBJETOS DE APRENDIZAGEM: • - Livro da disciplina Homem, Cultura e Sociedade, estudar da seção primeira até a décima seção. • - NAVARRO, V. L. PADILHA, V. “Dilemas do trabalho no capitalismo contemporâneo”. • - Resenha crítica e resumo do livro Cultura: um conceito cultural, de R. B. Laraia. • MATERIAL DE APOIO: Estudo dirigido R1 e V2 – não é para entregar, não vale nota. • VT = (T1 ou TF1 + T2)/2 NAVARRO, V. L. PADILHA, V. “Dilemas do trabalho no capitalismo contemporâneo” Psicologia e Sociedade, 19, 2007, p. 14 – p.19. • Concepção marxiana de trabalho: atividade laboral como atividade vital, autodeterminada dotada de sentido. (...) é por meio do trabalho que o homem torna-se um ser social. Assim, o trabalho é compreendido como momento decisivo na relação do homem com a natureza, pois ele modifica a sua própria natureza ao atuar sobre a natureza externa quando executa o ato de produção e de reprodução. Nesse sentido, o trabalho é um ato que pressupõe a consciência e o conhecimento dos meios e dos fins aos quais se pretende chegar. Pode-se afirmar que não há trabalho humano sem consciência (enquanto finalidade), na medida em que todo trabalho busca a satisfação de uma necessidade. (p. 15) • As autoras argumentam que isso não ocorre sob a lógica do capital. Por quê? Qual é a lógica do capital? • Significados do trabalho Caráter plural e polissêmico, o que exige conhecimento multidisciplinar. • O trabalho ocupa parte importante do espaço e do tempo em que se desenvolve a vida humana contemporânea. • O trabalho não é apenas meio de satisfação das necessidades básicas, é também fonte de identificação e de auto-estima, de desenvolvimento das potencialidades humanas, de alcançar sentimento de participação nos objetivos da sociedade. Trabalho e profissão (ainda) são senhas de identidade. (p.14) • A centralidade do trabalho dá-se não só na esfera econômica (o trabalho é a fonte de renda da maioria da população mundial) como também na esfera psíquica – o que, certamente, representa um paradoxo, uma vez que a atividade laboral ainda parece ser uma importante fonte de saúde psíquica (tanto que sua ausência, pelo desemprego ou pela aposentadoria, é causa de abalos psíquicos) ao mesmo tempo em que se registram cada vez mais pesquisas que evidenciam o trabalho como causa de doenças físicas, mentais e de mortes. É preciso perguntar: que tipo de trabalho adoece corpo e mente e até mata? Certamente, não é o trabalho criativo, produtivo, prazeroso, que deveria ser central na vida das pessoas. (p.15) • Trabalho concreto - cria valor-de-uso e que trava relações entre o homem e a natureza. Divergente do trabalho abstrato. • Trabalho abstrato – Cria valor de troca. É uma atividade estranha e fetichizada. Com o desenvolvimento do capitalismo, a dimensão do trabalho concreto – que produz objetos úteis – perde espaço para a dimensão do trabalho abstrato. • O desenvolvimento do trabalho no século XX Ao longo de todo o desenvolvimento do processo de trabalho no capitalismo, o que podemos observar é a perda progressiva do controle do trabalhador sobre o processo produtivo e, em conseqüência, a perda de controle sobre seu próprio trabalho. O que varia, em diferentes momentos, são as formas disto se objetivar. (p.17) • Taylorismo, Fordismo e Toyotismo: formas de intensificação e controle do trabalho. • (...) as mudanças no processo capitalista de trabalho não são tão profundas, mas exprimem uma contínua transformação dentro do mesmo processo de trabalho, atingindo sobretudo as formas de gestão e o fluxo de controle, mas levando freqüentemente à intensificação do trabalho. (p.18) • "Precisamos fazer mais esforços para garantir que o crescimento da economia signifique progresso social. (...) A injustiça social parece crescer. (...) A pobreza num lugar ameaça a prosperidade em todos os lugares". (Angela Merkel, discurso OIT, 2019.) Filme: Tempos Modernos de Charles Chaplin, 1936. • V1 de 04/10 a 09/10 • R1 de 03/11 a 09/11 • Conteúdo para a V1, disponível em OBJETOS DE APRENDIZAGEM: • - Livro da disciplina Homem, Cultura e Sociedade, estudar da seção primeira até a décima seção. • - NAVARRO, V. L. PADILHA, V. “Dilemas do trabalho no capitalismo contemporâneo”. • - Resenha crítica e resumo do livro Cultura: um conceito cultural, de R. B. Laraia. • MATERIAL DE APOIO: Estudo dirigido R1 e V2 – não é para entregar, não vale nota. • VT = (T1 ou TF1 + T2)/2 1: A antropologia cultura aplicada ao estudo das sociedades complexas. 1- O que é antropologia? a antropologia é uma ciência que tem como objeto de estudo o ser humano e todas as suas dimensões. Isso quer dizer que esta ciência se dedica a estudar as diversas particularidades da vida social, as diferentes culturas e também as formas de construir uma sociedade. 2- Como o estudo da antropologia pode ser dividido? A Antropologia enquanto ciência pode ser dividida em duas grandes áreas ligadas a seus objetos de estudo: Antropologia Física ou Biológica e Antropologia Social ou Cultural. 3- O que estuda a Antropologia Cultural? Qual a importância desse estudo para a sociedade contemporânea? ● Antropologia cultural: é uma vertente mais ampla e busca compreender como se formaram as culturas dos diferentes grupos humanos, tomando cultura como um conjunto de hábitos, costumes, valores,religião, arte, culinária etc. b) 4- Qual a importância dos estudos de Lévi-Straus? Foi Lévi-Strauss quem mostrou que as sociedades podiam andar por caminhos diferentes. Por isso, diz a antropóloga Dorothea Passeti, o encontro com os índios foi decisivo. As ideias de Lévi-Strauss tiveram um forte impacto no pensamento moderno, principalmente em um momento muito importante do século XX. Foi depois da Segunda Guerra Mundial, depois das atrocidades cometidas pelo nazismo, que propagava a superioridade de uma raça em relação às outras. Lévi-Strauss aproveitou a experiência que teve com os índios brasileiros para combater todas as teorias racistas. Seção 2: A construção das identidades sociais e da memória coletiva. 1- O que é identidade? identidade é o conjunto de características próprias e exclusivas com os quais podemos diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes. 2- Como a antropologia entende a identidade? identidade está sempre relacionada à ideia de alteridade, ou seja, é necessário existir o outro e seus caracteres para se definir então por comparação e diferença. É nesse sentido que destacamos o aspecto social, e assim conseguimos pensar na construção da identidade social. . 3- O que é identidade cultural? Dê exemplos. e ́ um conceito da antropologia, que indica a cultura em que o indivi ́duo esta ́ inserido. É assim que determinados fatores de identidade sa ̃o decisivos para que um grupo fac ̧a parte de tal cultura, por exemplo, a histo ́ria, o local, a rac ̧a, a etnia, o idioma e a crenc ̧a religiosa. 4- O que é memória coletiva? Qual a sua importância social? Dê exemplo. coletiva é a memória de um grupo de pessoas, tipicamente passadas de uma geração para a seguinte, ou ainda a memória compartilhada de um grupo, família, grupo religioso, étnico, classe social ou nação. Segundo Lavabre (1998), o sociólogo francês Maurice Halbwachs cunhou o termo memória coletiva para designar o fenômeno que surge da interação social. Seção 3: A sociedade capitalista contemporânea. 1- Quais os estágios de desenvolvimento do Capitalismo? Descreva-os. (utilize, também, o texto Verbete que está na seção Objetos de Aprendizagem, na página da disciplina). O estágio de desenvolvimento contemporâneo do capitalismo caracteriza-se pelo fortalecimento, sem precedentes, de ser contra a tendência fundamental de expansão da produção de mercadorias, o próprio coração do desenvolvimento capitalista. 1 - ESTÁGIO EXTENSIVO Em seu primeiro estágio de desenvolvimento, o assalariamento da força de trabalho, primeiro incipiente, foi se estendendo, mediante a eliminação das terras comunais e sua transformação em propriedade. Por isso esse estágio é denominado estágio extensivo. 2 - ESTÁGIO INTENSIVO No estágio intensivo, portanto, a expansão da produção de mercadorias se restringiu ao aumento da produtividade do trabalho, que por sua vez dependeu do progresso das técnicas de produção e da elevação do nível de subsistência da força de trabalho, necessária para permitir a operação das técnicas de produção crescentemente complexas. 2- Como o trabalho é entendido a partir da perspectiva do capitalismo contemporâneo? Além da contínua expansão da intervenção do Estado, a tremenda expansão da capacidade produtiva via desenvolvimento tecnológico resultando ao mesmo tempo em superprodução e em diminuição da força de trabalho empregada na indústria (que tem sido chamado impropriamente de desindustrialização e sua realocação em serviços ('terceirização'), colocando a questão adicional da medida em que a provisão dos serviços em expansão pode ser produzida enquanto mercadorias. 3- Qual o argumento de Marx para superação do modo de produção capitalista? Karl Marx representa, sem du ́vida, o ponto culminante da maior cri ́tica da sociedade burguesa e do modo de produc ̧ão capitalista. Marx se interessou pelo estudo do funcionamento do modo de produc ̧ão capitalista e concebeu uma maneira de supera ́-lo a fim de estabelecer as bases de uma futura sociedade comunista. Os principais argumentos e ́ o de que trabalhadores sofrem a progressiva exclusa ̃o dos benefícios da enorme riqueza material que é produzida por eles mesmos, mas que fica concentrada nas ma ̃os de uma minoria. 4- Para Marx, quais as consequências do desenvolvimento extremo das forças produtivas capitalistas? Os principais argumentos e ́ o de que trabalhadores sofrem a progressiva exclusa ̃o dos benefícios da enorme riqueza material que e ́ produzida por eles mesmos, mas que fica concentrada nas ma ̃os de uma minoria. Marx, ainda ressaltava que o desenvolvimento cada vez maior das forc ̧as produtivas capitalistas geraria infinda ́veis crises econo ̂micas e, consequentemente, conflitos sociais cada vez mais intensos, que levariam a ̀ derrocada da ordem social burguesa. Seção 4: A antropologia cultural e a mudança de paradigma. 1- Qual o ponto de vista de Edward Tylor sobre a cultura? Edward Tylor demonstrou que cultura pode ser objeto de um estudo sistemático, pois trata-se de um feno ̂meno natural que possui causas e regularidades, o que permite um estudo objetivo e uma ana ́lise capaz de proporcionar a formulac ̧ão de leis sobre o processo cultural e a evoluc ̧ão. 2- Quais tarefas Frans Boas atribuiu à Antropologia? Franz Boas propo ̂s em lugar do me ́todo comparativo puro e simples, a comparac ̧ão dos resultados obtidos atrave ́s dos estudos histo ́ricos das culturas simples e da compreensa ̃o dos efeitos das condic ̧ões psicolo ́gicas e dos meios ambientes. A partir dai ́ a explicac ̧ão evolucionista da cultura so ́ tem sentido quando ocorre em termos de uma abordagem multilinear. 3- Qual o ponto de vista de Felix Kessing sobre a cultura? na ̃o existe correlac ̧ão significativa entre a distribuic ̧ão das características gene ́ticas e a distribuic ̧ão dos comportamentos culturais. Para ele que qualquer crianc ̧a humana pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o ini ́cio em situac ̧ão conveniente de aprendizado. Assim, um exemplo e ́: imaginemos que um bebe ̂ brasileiro, logo apo ́s seu nascimento seja adotado por uma família americana, ele crescera ́ como um americano e em nada sera ́ diferente mentalmente dos seus irma ̃os de criac ̧ão. É dessa maneira que o meio era evidenciado por Keesing. 4- Qual o ponto de vista de Alfred Kroeber sobre a cultura? Outro antropo ́logo americano Alfred Kroeber (1960) enfatizava que e ́ por meio da cultura a humanidade se dista ̂ncia do mundo animal, considerando o homem como um ser que esta ́ acima de suas limitac ̧ões orga ̂nicas. Kroeber e ́ um dos grandes contribuintes para a ampliac ̧ão do conceito de cultura, pois ressaltava que a cultura e ́ mais do que a heranc ̧a genética, e ́ ela que determina o comportamento do homem e justifica as suas realizac ̧ões. Assim, foi por meio da cultura, que o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que a agir atrave ́s de atitudes apenas geneticamente determinadas. 5- Quais elementos constituem o domínio mais adaptativo da cultura? os antropo ́logos concordam que a tecnologia, a economia de subsistência e os elementos da organizac ̧ão social diretamente ligada a ̀ produção constituem o domi ́nio mais adaptativo da cultura. 6- Como Lévi-Strauss define cultura? Dê exemplo. Para ele, cultura é como um sistema simbo ́lico que e ́ uma criac ̧ão acumulativa da mente humana. Ex. Paralelismos culutrasis 7- Qual o ponto de vista de David Schneider sobre a cultura? Shneider define que a cultura e ́ um sistema de símbolos e significados, em que compreende categorias ou unidades e regras sobre relac ̧ões e modos de comportamento. Seção 5: O processo de individualização e socialização. 1- O trabalho deve ser necessariamente associado a sofrimento? Ainda que termos como “tripalium”, “trabicula”, que sa ̃o termos latinos associados a ̀ tortura, estão na origem da palavra “trabalho”, necessariamente não deveria ser associadoa sofrimento. 2- Explique o dito popular: “primeiro o trabalho, depois o prazer”? Essa frase, ao mesmo tempo que exalta a importa ̂ncia do trabalho, tomando-o como uma prioridade de vida no processo de socializac ̧ão, supo ̃e-no oposto ao prazer. Assim, ressalta que o prazer so ́ existe fora do a ̂mbito laboral ou do ambiente de trabalho. 3- Explique como o trabalho pode ser um agente do processo de socialização. Reclamamos dos nossos empregos e das condic ̧ões de trabalho, mas continuamos exercendo nossas atividades. Portanto, e possi ́vel entendermos que trabalho é objeto de mu ́ltipla e ambígua atribuic ̧ão de significados e sentidos. 4- Qual definição de trabalho é adotada por Brief e Nord? O que ela diz? destacam a sua opc ̧ão em adotar a definic ̧ão econo ̂mica do trabalho, que consiste em dizer que ele e ́ o que se faz para ganhar a vida ou o que se e ́ pago para fazer. Isso na ̃o significa reduzir o trabalho a ̀ sua dimensa ̃o econo ̂mica, mas que ele e ́ objeto de seus estudos, se essa dimensão e ́ inclui ́da. 5- Segundo Jahoda, qual a diferença entre trabalho e emprego? Jahoda, define o emprego como uma forma específica de trabalho econo ̂mico (que pressupo ̃e a remunerac ̧ão), regulado por um acordo contratual (de cara ́ter juri ́dico). Seção 6: Aspectos políticos na contemporaneidade. 1- Explique o ponto de vista sobre o trabalho da Antiguidade. As ideias sobre o trabalho na antiguidade, de acordo com o pensamento de Plata ̃o e de Aristo ́teles, a exaltac ̧ão estava na ociosidade. O cidada ̃o, para Platão, deveria ser poupado do trabalho. Aristo ́teles valorizava a atividade poli ́tica e referia-se ao trabalho como atividade inferior que impedia as pessoas de terem virtude. Todo cidadão deveria abster-se de profisso ̃es meca ̂nicas e da especulac ̧ão mercantil: a primeira limita intelectualmente, e a segunda degrada eticamente. A filosofia cla ́ssica caracterizava o trabalho como degradante, inferior e desgastante e competia aos escravos. Era realizado sob um poder baseado na forc ̧a, de modo que o senhor dos escravos detinha o direito sobre a vida deles. Essa organizac ̧ão de valores era possi ́vel em razão da extrema 27 concentrac ̧ão de riquezas, da submissa ̃o dos povos dos territo ́rios conquistados e da legitimação da escravida ̃o. 2- Com o surgimento do capitalismo é que se constrói e se consolida uma mudança mais visível na reflexão sobre o trabalho. Para Marx, quais fatores principais demarcam o surgimento da produção capitalista? Para Marx (1983), as novidades na concepc ̧ão do trabalho refletem as mudanc ̧as concretas na organizac ̧ão do trabalho e na sociedade. Para ele, dois fatos principais demarcaram o surgimento da produc ̧ão capitalista: a ocupac ̧ão pelo mesmo capital individual de um grande nu ́mero de opera ́rios, estendendo seu campo de ac ̧ão e fornecendo produtos em grande quantidade, e a eliminac ̧ão (dentro de certos limites) das diferenc ̧as individuais, passando o capitalista a lidar com o opera ́rio me ́dio ou abstrato. 3- Como Marx interpreta a relação entre o dono do capital e o dono da força de trabalho? Quem dete ́m os meios de produc ̧ão e ́ o capitalista. O indivíduo desprovido desses meios na ̃o tem como reproduzir sua existe ̂ncia. os detentores da forc ̧a de trabalho, na ̃o e ́ um fato natural, mas resultado de um processo histo ́rico. E ́ essa condic ̧ão “livre” e desprovida dos meios de produc ̧ão do trabalhador que proporciona a venda da forc ̧a de trabalho como uma mercadoria – a u ́nica que o trabalhador dete ́m. 4- Explique: a força de trabalho vira mercadoria. a situac ̧ão socioecono ̂mica tornou necessa ́rio ao indivíduo, desprovido de tudo, vender seu trabalho, e, ao capitalista, adquiri- lo, como meio de dar prosseguimento a ̀ produc ̧ão de outras mercadorias, o que, sendo valor de troca, permite crescer seu capital. Nessa realidade, Se nos abstrai ́mos do valor de uso de cada mercadoria, percebemos que permanece uma propriedade: a de produto do trabalho humano. Portanto, um bem tem valor em virtude do trabalho humano nele materializado. Os meios de produc ̧ão pertencem ao capitalista, logo, o produto e ́ sua propriedade. O trabalhador, que vende sua forc ̧a de trabalho como qualquer mercadoria, realiza no ato de venda o valor de troca, alienando o valor de uso no que produziu. O capitalista prolonga o uso da forc ̧a de trabalho em seu benefício, obtendo o lucro da diferença do que pagou e a quantidade de trabalho recebida do trabalhador. 5- Quais aspectos da vida e da sociedade foram afetados pelo modo de produção capitalista? O novo modo de produc ̧ão afetou va ́rios aspectos da organizac ̧ão da vida e da sociedade, por exemplo: 1. separou os ambientes dome ́stico e de trabalho; 2. reuniu um nu ́mero imenso de pessoas em um mesmo lugar ( 3. fa ́bricas) em torno de uma u ́nica atividade econômica; 4. intensificou o crescimento das cidades e sua separac ̧ão do campo. 6- O modelo cooperativo de execução do trabalho apresentou novas necessidades. Quais são? na organizac ̧ão e na execuc ̧ão do pro ́prio trabalho, como a necessidade de padronizar a qualidade dos produtos e dos procedimentos, bem como de adotar uma disciplina. Essas novidades justificaram o surgimento das func ̧ões de direc ̧ão e supervisa ̃o (gere ̂ncia), para fiscalizar e controlar o trabalho. Seção 7: Caracterização da sociedade humana. 1- Explique o que é “consciência de classe”. Os embates em torno da regulamentac ̧ão da jornada de trabalho nas leis fabris da segunda metade do se ́culo XIX sa ̃o exemplos da luta do proletariado para impor um limite a ̀ exploração capitalista. os pai ́ses desenvolvidos, o fim do se ́culo XVIII e o se ́culo XIX foram marcados pelo desenvolvimento do movimento sindical, e as principais ideias que abasteceram as críticas ao regime capitalista foram reflexo ̃es marxistas e anarquistas sobre esse sistema. 2- Quais consequências aparecem a partir da transição do modo de produção manufatureira para o modo de produção capitalista da cooperação? O trabalhador na ̃o dete ́m os meios de produc ̧ão, na ̃o tem controle sobre o produto nem sobre o processo de trabalho, e, portanto, sa ̃o suprimidos seu saber fazer e suas possibilidades de identificac ̧ão com a tarefa e com o produto. 1. alienante, porque o trabalhador desconhece o pro ́prio processo produtivo e o valor que agrega ao produto, ale ́m de na ̃o se identificar com os produtos de seu trabalho; 2. explorador, devido aos objetivos de produc ̧ão da mais-valia vinculada ao processo de acumulac ̧ão do capital; 3. humilhante, porque afeta negativamente a autoestima; 4. mono ́tono em sua organizac ̧ão e conteu ́do da tarefa; 5. discriminante, porque classifica os homens, na medida em que classifica os trabalhos; 6. embrutecedor, porque, longe de desenvolver as potencialidades, inibe ou nega sua existência por meio do conteu ́do pobre, repetitivo e meca ̂nico das tarefas; 7. submisso, pela aceitac ̧ão “passiva” das caracteri ́sticas do trabalho e do emprego, pela imposic ̧ão da organizac ̧ão interna do processo de trabalho, pelas relac ̧ões sociais mais amplas e, especialmente, pela forc ̧a do exe ́rcito industrial de reserva. 3- Para Marx, o trabalho no modo de produção capitalista é humanizador? Por quê? Portanto, observamos que a obra marxiana na ̃o se constitui em uma mera cri ́tica ao trabalho sob o capitalismo, mas cria valores e novas expectativas em torno do trabalho. O trabalho deve ser humanizador, na ̃o alienado. Deve ser digno, b)que garanta ao ser humano a satisfac ̧ão de suas necessidades, racional (com uma divisa ̃o baseada em crite ́rio de igualdade entre os homens), e que se constitui na principal forc ̧a na vida dos indivi ́duos. A e ́tica do trabalho, associada a ̀ primeira Revolução Industrial, e o marxismo exaltam o trabalho. No entanto, tal importa ̂ncia se funda em valores sociais distintos, na caracterizac ̧ão da sociedade humana. Entre outras diferenc ̧as, a defesa do tratamento do trabalho como mercadoria desvalorizaa identificac ̧ão do trabalhador com o produto e o processo de seu trabalho, ou seja, dignifica ganhar a vida trabalhando, mas na ̃o interessa em que ̂. A defesa da superac ̧ão da alienac ̧ão no trabalho permite compreende ̂-lo como uma categoria que contribui na construc ̧ão da pro ́pria identidade do sujeito. O trabalho e ́, ao mesmo tempo, estruturante para a caracterizac ̧ão da sociedade e para o indivi ́duo. Seção 8: Cultura de diversidade: uma temática antropológica e contemporânea. 1- Por que não se pode falar em cultura universal? Se por um breve momento pensarmos nos diferentes estilos de roupas e diferentes alimentos (no almoc ̧o por exemplo) consumidos no mundo, ja ́ e ́ possível ter uma dimensa ̃o do qua ̃o diversa a sociedade e ́, na ̃o e ́ mesmo? Ao pensar no trabalho tambe ́m e ́ possi ́vel identificar suas diversidades culturais. Enquanto em algumas culturas, na execuc ̧ão, o trabalhador deve ser poupado de pensar para que possa repetir os movimentos ininterruptamente, ganhando em rapidez e exatida ̃o; Em outras, por sua vez, e ́ por meio do pensamento e reflexa ̃o que o trabalho e ́ realizado de modo satisfato ́rio. 2- Por que as pesquisas sobre o tema “trabalho” são importantes? Seção 9: Identidade, temperamento, personalidade e caráter. 1- Defina: identidade, temperamento, personalidade e caráter. 1)Identidade. A identidade do sujeito e ́ um feno ̂meno relacional, e e ́ possi ́vel afirmar que as identidades sa ̃o continuamente reafirmadas e redefinidas ao longo da vida (Ciampa, 1996). A identidade pessoal e ́ influenciada pelas experie ̂ncias subjetivas incorporadas ao autoconceito (quem sou eu?). Ja ́ a identidade social é implicada no exerci ́cio de pape ́is e pertencimento a grupos sociais . 2)personalidade. Pode ser definida como uma organizac ̧ão integrada de todas as caracteri ́sticas cognitivas, afetivas e físicas de um indivi ́duo, como se manifesta em distintas situac ̧ões e atribui significado especial para outras. a mesma, e ́ formada durante as etapas do desenvolvimento psicoafetivo. A personalidade recebe influe ̂ncia tanto dos elementos geneticamente herdados, como dos adquiridos do meio ambiente. 3)temperamento. o temperamento representa a peculiaridade e intensidade individual dos afetos psíquicos e da estrutura dominante de humor e motivac ̧ão. o temperamento e ́ uma disposic ̧ão inata e particular de cada pessoa, pronta para reagir aos esti ́mulos ambientais . O temperamento pode ser dividido em e classes: sanguíneo, fleumatico, colérico e melancólico 2- Qual a diferença entre identidade pessoal e identidade social? A identidade pessoal e ́ influenciada pelas experie ̂ncias subjetivas incorporadas ao autoconceito (quem sou eu?). Ja ́ a identidade social e ́ implicada no exerci ́cio de pape ́is e pertencimento a grupos sociais. Seção 10: Indivíduo e o seu autoconhecimento. 1- Explique: o homem é um ser social. 2- Quais os tipos de racionalidades e quais os aspectos de cada uma delas? (1) Racionalidade Instrumental: Prioriza o alcance dos fins a partir da escolha dos melhores meios. Visa a eficie ̂ncia do processo. Prioriza o alcance dos objetivos no menor tempo possi ́vel (2) Racionalidade Substantiva: Baseia-se nos valores para atingir os fins pretendidos. Visa eficácia do processo. Prioriza o alcance dos objetivos levando em conta os valores pessoais e coletivos. 3- Defina os modelos de gestão de pessoas. O Modelo de gesta ̃o de pessoas e ́ a maneira mais eficaz de compreender processos da sociedade contempora ̂nea. Ale ́m disso, conseguimos abarcar uma de suas principais características, que e ́ o aspecto do trabalho. Assim, e ́ possi ́vel compreender como uma organizac ̧ão se estrutura e se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no contexto de trabalho (caracteri ́stico do homem, de sua cultura, e da sociedade em geral) 4- Qual a função da ergonomia? ampliar a qualidade de vida e bem- estar das pessoas nesse lugar. Resumo e resenha critica do livro Cultura: um conceito antropológico, de R.B. Laraia. 1- Como Laraia apresenta os determinismos geográfico e biológico? Laraia apresenta uma série de colocações que desmentem tais teses, como por exemplo, o argumento de que existem diferenças culturais significativas em relação a povos estabelecidos em condições geográficas 2- Conceitue: cultura. Laraia mostra como foi surgindo e sendo delineado o conceito de cultura – desde os antecedentes históricos da definição do conceito, como Locke que postulava a mente humana como “tabula rasa”, passando pela definição clássica de Tylor, a primeira definição de cultura do ponto de vista antropológico, ainda com uma perspectiva evolucionista segundo a qual haveria uma “escala de civilização” de onde se definiria o progresso cultural. 3- Qual relação entre cultura e comunicação? 4- Como a perspectiva evolucionista entende a cultura? A perspectiva evolucionista atribui ao ambiente atual, inclusive o cultural, um importante papel no desenvolvimento e comportamento humanos. ... Segundo Tooby e Cosmides (1995), na perspectiva do modelo padrão das ciências sociais, a cultura varia de lugar para lugar, não há padrões universai 5- Como Keesing define cultura? Para Roger Keesing, cultura é um sistema adaptativo que envolve tecnologia, modos de organização econômica e política, e religião. Segundo essa concepção, a evolução cultural é um processo de adaptação correspondente à seleção natural 6- Como a perspectiva estruturalista entende a cultura (ver Lévi-Strauss)? 7- Como Geertz entende a cultura? egundo Geertz, a cultura é a própria condição de existência dos seres humanos, produto das ações por um processo contínuo, através do qual, os indivíduos dão sentido à suas ações. Ela ocorre na mediação das relações dos indivíduos entre si, na produção de sentidos e significados. 8- Segundo Laraia, como opera a cultura? 9- Explique: a cultura é dinâmica. T1 - Teste no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Para a realização do teste leia e estude o seguinte material: - Livro da disciplina Homem, Cultura e Sociedade, estudar da seção primeira até a décima seção. - NAVARRO, V. L. PADILHA, V. “Dilemas do trabalho no capitalismo contemporâneo”. - Resenha crítica e resumo do livro Cultura: um conceito cultural, de R. B. Laraia É expressamente proibida a divulgação das questões ou gabarito deste teste. Bom teste! 1. De acordo com a definição do antropólogo Lévi-Strauss, podemos afirmar: Escolha uma opção: a. O indivíduo forma sua personalidade, mas não a recebe do meio onde realiza sua interação social. b. A tecnologia, a economia de subsistência e os elementos da organização social, diretamente ligadas à produção, não pertencem ao domínio adaptativo da cultura. c. O pensamento humano está submetido a regras conscientes que controlam as manifestações empíricas de um dado grupo. d. Resumidamente, define a cultura como um sistema simbólico que é uma criação acumulativa da mente humana. e. A cultura tem suas origens na interação de entidades coletivas e podem ser reduzidas a contribuições de indivíduos. V2 • T2 – teste: 08/11 a 13/11 (não tem segunda oportunidade) • VT = (T1 ou TF1 + T2)/2 Seção 13: Processo grupal • Processos grupais - experiências fundamentais para as nossas formações, estruturações de convicções e para o desenvolvimento de nossas capacidades. • Todos os grupos podem estar a serviço da transformação social quanto da sua manutenção. • A função do grupo é definir papéis, o que leva a definição da identidade social dos indivíduos. Seção 14: Processos psicológicos Processos psicológicos básicos - funções mentais básicas do ser humano: • 1. emoção – estado mental subjetivo associado a uma variedade de sentimentos, comportamentos e pensamentos • 2. percepção - responsável por organizar e dar significado a qualquer estímulo sensorial. • 3. atenção - o processo encarregado de concentrar os recursos em uma série de estímulos e ignorar o restante. • 4. memória - permite a codificação das informações paraarmazenálas e depois recuperá-las. • 5. pensamento - “O pensamento é uma nuvem, da qual a fala se desprende em gotas” (Vigotski, Teoria e método em psicologia, p.182). • 6. linguagem - é o que nos fornece a capacidade de nos comunicarmos uns com os outros, porque somo seres sociais. Esta comunicação, no caso dos humanos, é realizada através de um código simbólico complexo, que é a língua. • 7. motivação - fornecer ao corpo recursos para desempenhar comportamentos. Assim, ativa o corpo e o coloca no estado ideal. • 8. aprendizagem - processo pelo qual modificamos e adquirimos conhecimentos, habilidades, experiências, comportamentos, entre outros fenômenos. Ver: QUESTIONÁRIO Conteúdo da V2: Seções de 11 a 20; artigo: Sociologia: uma apresentação pouco convencional. Seção 11: Antropologia, sociologia e psicologia. Na seção 11, retoma-se a ideia de trabalho relacionando-a aos três eixos que nomeiam a seção. Nessa relação estão embutidos os planos objetivo e subjetivo. Assim, coloca-se o trabalho como sendo a dimensão central da experiência humana. - Como o trabalho pode ser interpretado no plano objetivo e no subjetivo? - Qual a diferença entre trabalho e carreira? - Exemplifique carreira objetiva e carreira subjetiva? - O que é considerado essência humana? Seção 12: Evolucionismo social e a abordagem da diversidade cultural: história, evolução e progresso. Na seção 12, o texto gira em torno nos aspectos que caracterizam a sociedade contemporânea. Vê-se a definição de “evolucionismo social”, bem como a de “carreira”. - O que se entende por diversidade cultural? - O que é progresso? - É possível estabelecer limites entre primitivismo e progresso? - Na ótica da Antropologia, o que é “evolucionismo social”? - O que é carreira? - A sociedade capitalista valoriza mais um tipo de trabalho do que outro? Por quê? Seção 13: Processo grupal. Na seção 13, reflete-se sobre a necessidade humana de se manter em grupo. Essa seção faz uma ponte com as seções anteriores no sentido que debate de forma relacional os temas anteriormente estudados. - Dê exemplo de grupos naturais ou espontâneos. - Na prática, o que seriam grupos de manutenção social ou de transformação social sob a perspectiva do indivíduo? - Explique: “(...) a constituição do grupo está a serviço da instituição, como instrumento de controle sobre os indivíduos, problema esse que já estamos discutindo à luz da contemporaneidade.” - Explique: “(...) a função do grupo é definir papéis, o que leva à definição da identidade social dos indivíduos.” Seção 14: Processos psicológicos - O que são processos psicológicos básicos? Analise esses processos básicos, indicados no livro da disciplina. Seção 15: Psicopatologias - O que são psicopatologias. Seção 16: Relação entre psicologia, sociologia e antropologia. Retorno à seção 11. - Como ocorre essa relação? Seção 17: Relações entre o significado de cultura, de diversidade cultural e da desigualdade social no mundo contemporâneo. Retorno a seção 1, a seção 8. - O que é diversidade cultural - Explique: “A cultura é também um mecanismo cumulativo“. - Explique: “cultura é um conceito que está sempre em desenvolvimento“. Seção 18: Ser humano como produtor de conhecimento, significados sociais e simbólicos. - O que são símbolos? - Por que podemos afirmar que a cultura é um sistema de símbolos? Seção 19: Sociologia clássica. - Qual é a definição de sociologia apresentada no livro da disciplina? - Apresente e compare o pensamento de Auguste Comte e o de Émile Durkheim. Seção 20: Subjetividade humana. - Explique o que é subjetividade humana. Artigo: “Sociologia: uma apresentação pouco convencional” - Explique: “A sociedade é feita de gente” - O que é sociedade? Como funciona? - Quais são os modos costumeiros (senso comum) de pensar as coisas humana? - Como a Sociologia explica as formas de vermos o mundo? - Analise a seguinte frase: “O tipo de relações intrafamiliares e a própria noção de família variam no tempo e no espaço porque são coisas criadas pela sociedade em questão.” - Reflita: “A sociedade pode ser tomada por um fato objetivo que nos coage e nos condiciona em muitos aspectos.” - Explique: “Nossos próprios atos significativos ajudam a sustentar a sociedade e podem oportunamente ajudar a modificá-la.” Para quaisquer dúvidas sobre o conteúdo, envie mensagem ou poste no Fórum de Dúvidas. Bons estudos! 1: A antropologia cultura aplicada ao estudo das sociedades complexas. 1- O que é antropologia? a antropologia é uma ciência que tem como objeto de estudo o ser humano e todas as suas dimensões. Isso quer dizer que esta ciência se dedica a estudar as diversas particularidades da vida social, as diferentes culturas e também as formas de construir uma sociedade. 2- Como o estudo da antropologia pode ser dividido? A Antropologia enquanto ciência pode ser dividida em duas grandes áreas ligadas a seus objetos de estudo: Antropologia Física ou Biológica e Antropologia Social ou Cultural. 3- O que estuda a Antropologia Cultural? Qual a importância desse estudo para a sociedade contemporânea? ● Antropologia cultural: é uma vertente mais ampla e busca compreender como se formaram as culturas dos diferentes grupos humanos, tomando cultura como um conjunto de hábitos, costumes, valores, religião, arte, culinária etc. b) 4- Qual a importância dos estudos de Lévi-Straus? Foi Lévi-Strauss quem mostrou que as sociedades podiam andar por caminhos diferentes. Por isso, diz a antropóloga Dorothea Passeti, o encontro com os índios foi decisivo. As ideias de Lévi-Strauss tiveram um forte impacto no pensamento moderno, principalmente em um momento muito importante do século XX. Foi depois da Segunda Guerra Mundial, depois das atrocidades cometidas pelo nazismo, que propagava a superioridade de uma raça em relação às outras. Lévi-Strauss aproveitou a experiência que teve com os índios brasileiros para combater todas as teorias racistas. Seção 2: A construção das identidades sociais e da memória coletiva. 1- O que é identidade? identidade é o conjunto de características próprias e exclusivas com os quais podemos diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes. 2- Como a antropologia entende a identidade? identidade está sempre relacionada à ideia de alteridade, ou seja, é necessário existir o outro e seus caracteres para se definir então por comparação e diferença. É nesse sentido que destacamos o aspecto social, e assim conseguimos pensar na construção da identidade social. . 3- O que é identidade cultural? Dê exemplos. e ́ um conceito da antropologia, que indica a cultura em que o indivi ́duo esta ́ inserido. É assim que determinados fatores de identidade sa ̃o decisivos para que um grupo fac ̧a parte de tal cultura, por exemplo, a histo ́ria, o local, a rac ̧a, a etnia, o idioma e a crenc ̧a religiosa. 4- O que é memória coletiva? Qual a sua importância social? Dê exemplo. coletiva é a memória de um grupo de pessoas, tipicamente passadas de uma geração para a seguinte, ou ainda a memória compartilhada de um grupo, família, grupo religioso, étnico, classe social ou nação. Segundo Lavabre (1998), o sociólogo francês Maurice Halbwachs cunhou o termo memória coletiva para designar o fenômeno que surge da interação social. Seção 3: A sociedade capitalista contemporânea. 1- Quais os estágios de desenvolvimento do Capitalismo? Descreva-os. (utilize, também, o texto Verbete que está na seção Objetos de Aprendizagem, na página da disciplina). O estágio de desenvolvimento contemporâneo do capitalismo caracteriza-se pelo fortalecimento, sem precedentes, de ser contra a tendência fundamental de expansão da produção de mercadorias, o próprio coração do desenvolvimento capitalista. 1 - ESTÁGIO EXTENSIVO Em seu primeiro estágio de desenvolvimento, o assalariamento da força de trabalho, primeiro incipiente, foi se estendendo, mediante a eliminação das terras comunais e sua transformaçãoem propriedade. Por isso esse estágio é denominado estágio extensivo. 2 - ESTÁGIO INTENSIVO No estágio intensivo, portanto, a expansão da produção de mercadorias se restringiu ao aumento da produtividade do trabalho, que por sua vez dependeu do progresso das técnicas de produção e da elevação do nível de subsistência da força de trabalho, necessária para permitir a operação das técnicas de produção crescentemente complexas. 2- Como o trabalho é entendido a partir da perspectiva do capitalismo contemporâneo? Além da contínua expansão da intervenção do Estado, a tremenda expansão da capacidade produtiva via desenvolvimento tecnológico resultando ao mesmo tempo em superprodução e em diminuição da força de trabalho empregada na indústria (que tem sido chamado impropriamente de desindustrialização e sua realocação em serviços ('terceirização'), colocando a questão adicional da medida em que a provisão dos serviços em expansão pode ser produzida enquanto mercadorias. 3- Qual o argumento de Marx para superação do modo de produção capitalista? Karl Marx representa, sem du ́vida, o ponto culminante da maior cri ́tica da sociedade burguesa e do modo de produc ̧ão capitalista. Marx se interessou pelo estudo do funcionamento do modo de produc ̧ão capitalista e concebeu uma maneira de supera ́-lo a fim de estabelecer as bases de uma futura sociedade comunista. Os principais argumentos e ́ o de que trabalhadores sofrem a progressiva exclusa ̃o dos benefícios da enorme riqueza material que é produzida por eles mesmos, mas que fica concentrada nas ma ̃os de uma minoria. 4- Para Marx, quais as consequências do desenvolvimento extremo das forças produtivas capitalistas? Os principais argumentos e ́ o de que trabalhadores sofrem a progressiva exclusa ̃o dos benefícios da enorme riqueza material que e ́ produzida por eles mesmos, mas que fica concentrada nas ma ̃os de uma minoria. Marx, ainda ressaltava que o desenvolvimento cada vez maior das forc ̧as produtivas capitalistas geraria infinda ́veis crises econo ̂micas e, consequentemente, conflitos sociais cada vez mais intensos, que levariam a ̀ derrocada da ordem social burguesa. Seção 4: A antropologia cultural e a mudança de paradigma. 1- Qual o ponto de vista de Edward Tylor sobre a cultura? Edward Tylor demonstrou que cultura pode ser objeto de um estudo sistemático, pois trata-se de um feno ̂meno natural que possui causas e regularidades, o que permite um estudo objetivo e uma ana ́lise capaz de proporcionar a formulac ̧ão de leis sobre o processo cultural e a evoluc ̧ão. 2- Quais tarefas Frans Boas atribuiu à Antropologia? Franz Boas propo ̂s em lugar do me ́todo comparativo puro e simples, a comparac ̧ão dos resultados obtidos atrave ́s dos estudos histo ́ricos das culturas simples e da compreensa ̃o dos efeitos das condic ̧ões psicolo ́gicas e dos meios ambientes. A partir dai ́ a explicac ̧ão evolucionista da cultura so ́ tem sentido quando ocorre em termos de uma abordagem multilinear. 3- Qual o ponto de vista de Felix Kessing sobre a cultura? na ̃o existe correlac ̧ão significativa entre a distribuic ̧ão das características gene ́ticas e a distribuic ̧ão dos comportamentos culturais. Para ele que qualquer crianc ̧a humana pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o ini ́cio em situac ̧ão conveniente de aprendizado. Assim, um exemplo e ́: imaginemos que um bebe ̂ brasileiro, logo apo ́s seu nascimento seja adotado por uma família americana, ele crescera ́ como um americano e em nada sera ́ diferente mentalmente dos seus irma ̃os de criac ̧ão. É dessa maneira que o meio era evidenciado por Keesing. 4- Qual o ponto de vista de Alfred Kroeber sobre a cultura? Outro antropo ́logo americano Alfred Kroeber (1960) enfatizava que e ́ por meio da cultura a humanidade se dista ̂ncia do mundo animal, considerando o homem como um ser que esta ́ acima de suas limitac ̧ões orga ̂nicas. Kroeber e ́ um dos grandes contribuintes para a ampliac ̧ão do conceito de cultura, pois ressaltava que a cultura e ́ mais do que a heranc ̧a genética, e ́ ela que determina o comportamento do homem e justifica as suas realizac ̧ões. Assim, foi por meio da cultura, que o homem passou a depender muito mais do aprendizado do que a agir atrave ́s de atitudes apenas geneticamente determinadas. 5- Quais elementos constituem o domínio mais adaptativo da cultura? os antropo ́logos concordam que a tecnologia, a economia de subsistência e os elementos da organizac ̧ão social diretamente ligada a ̀ produção constituem o domi ́nio mais adaptativo da cultura. 6- Como Lévi-Strauss define cultura? Dê exemplo. Para ele, cultura é como um sistema simbo ́lico que e ́ uma criac ̧ão acumulativa da mente humana. Ex. Paralelismos culutrasis 7- Qual o ponto de vista de David Schneider sobre a cultura? Shneider define que a cultura e ́ um sistema de símbolos e significados, em que compreende categorias ou unidades e regras sobre relac ̧ões e modos de comportamento. Seção 5: O processo de individualização e socialização. 1- O trabalho deve ser necessariamente associado a sofrimento? Ainda que termos como “tripalium”, “trabicula”, que sa ̃o termos latinos associados a ̀ tortura, estão na origem da palavra “trabalho”, necessariamente não deveria ser associado a sofrimento. 2- Explique o dito popular: “primeiro o trabalho, depois o prazer”? Essa frase, ao mesmo tempo que exalta a importa ̂ncia do trabalho, tomando-o como uma prioridade de vida no processo de socializac ̧ão, supo ̃e-no oposto ao prazer. Assim, ressalta que o prazer so ́ existe fora do a ̂mbito laboral ou do ambiente de trabalho. 3- Explique como o trabalho pode ser um agente do processo de socialização. Reclamamos dos nossos empregos e das condic ̧ões de trabalho, mas continuamos exercendo nossas atividades. Portanto, e possi ́vel entendermos que trabalho é objeto de mu ́ltipla e ambígua atribuic ̧ão de significados e sentidos. 4- Qual definição de trabalho é adotada por Brief e Nord? O que ela diz? destacam a sua opc ̧ão em adotar a definic ̧ão econo ̂mica do trabalho, que consiste em dizer que ele e ́ o que se faz para ganhar a vida ou o que se e ́ pago para fazer. Isso na ̃o significa reduzir o trabalho a ̀ sua dimensa ̃o econo ̂mica, mas que ele e ́ objeto de seus estudos, se essa dimensão e ́ inclui ́da. 5- Segundo Jahoda, qual a diferença entre trabalho e emprego? Jahoda, define o emprego como uma forma específica de trabalho econo ̂mico (que pressupo ̃e a remunerac ̧ão), regulado por um acordo contratual (de cara ́ter juri ́dico). Seção 6: Aspectos políticos na contemporaneidade. 1- Explique o ponto de vista sobre o trabalho da Antiguidade. As ideias sobre o trabalho na antiguidade, de acordo com o pensamento de Plata ̃o e de Aristo ́teles, a exaltac ̧ão estava na ociosidade. O cidada ̃o, para Platão, deveria ser poupado do trabalho. Aristo ́teles valorizava a atividade poli ́tica e referia-se ao trabalho como atividade inferior que impedia as pessoas de terem virtude. Todo cidadão deveria abster-se de profisso ̃es meca ̂nicas e da especulac ̧ão mercantil: a primeira limita intelectualmente, e a segunda degrada eticamente. A filosofia cla ́ssica caracterizava o trabalho como degradante, inferior e desgastante e competia aos escravos. Era realizado sob um poder baseado na forc ̧a, de modo que o senhor dos escravos detinha o direito sobre a vida deles. Essa organizac ̧ão de valores era possi ́vel em razão da extrema 27 concentrac ̧ão de riquezas, da submissa ̃o dos povos dos territo ́rios conquistados e da legitimação da escravida ̃o. 2- Com o surgimento do capitalismo é que se constrói e se consolida uma mudança mais visível na reflexão sobre o trabalho. Para Marx, quais fatores principais demarcam o surgimento da produção capitalista? Para Marx (1983), as novidades na concepc ̧ão do trabalho refletem as mudanc ̧as concretas na organizac ̧ão do trabalho e na sociedade. Para ele, dois fatos principais demarcaram o surgimento da produc ̧ão capitalista: a ocupac ̧ãopelo mesmo capital individual de um grande nu ́mero de opera ́rios, estendendo seu campo de ac ̧ão e fornecendo produtos em grande quantidade, e a eliminac ̧ão (dentro de certos limites) das diferenc ̧as individuais, passando o capitalista a lidar com o opera ́rio me ́dio ou abstrato. 3- Como Marx interpreta a relação entre o dono do capital e o dono da força de trabalho? Quem dete ́m os meios de produc ̧ão e ́ o capitalista. O indivíduo desprovido desses meios na ̃o tem como reproduzir sua existe ̂ncia. os detentores da forc ̧a de trabalho, na ̃o e ́ um fato natural, mas resultado de um processo histo ́rico. E ́ essa condic ̧ão “livre” e desprovida dos meios de produc ̧ão do trabalhador que proporciona a venda da forc ̧a de trabalho como uma mercadoria – a u ́nica que o trabalhador dete ́m. 4- Explique: a força de trabalho vira mercadoria. a situac ̧ão socioecono ̂mica tornou necessa ́rio ao indivíduo, desprovido de tudo, vender seu trabalho, e, ao capitalista, adquiri- lo, como meio de dar prosseguimento a ̀ produc ̧ão de outras mercadorias, o que, sendo valor de troca, permite crescer seu capital. Nessa realidade, Se nos abstrai ́mos do valor de uso de cada mercadoria, percebemos que permanece uma propriedade: a de produto do trabalho humano. Portanto, um bem tem valor em virtude do trabalho humano nele materializado. Os meios de produc ̧ão pertencem ao capitalista, logo, o produto e ́ sua propriedade. O trabalhador, que vende sua forc ̧a de trabalho como qualquer mercadoria, realiza no ato de venda o valor de troca, alienando o valor de uso no que produziu. O capitalista prolonga o uso da forc ̧a de trabalho em seu benefício, obtendo o lucro da diferença do que pagou e a quantidade de trabalho recebida do trabalhador. 5- Quais aspectos da vida e da sociedade foram afetados pelo modo de produção capitalista? O novo modo de produc ̧ão afetou va ́rios aspectos da organizac ̧ão da vida e da sociedade, por exemplo: 2. separou os ambientes dome ́stico e de trabalho; 2. reuniu um nu ́mero imenso de pessoas em um mesmo lugar ( 3. fa ́bricas) em torno de uma u ́nica atividade econômica; 4. intensificou o crescimento das cidades e sua separac ̧ão do campo. 6- O modelo cooperativo de execução do trabalho apresentou novas necessidades. Quais são? na organizac ̧ão e na execuc ̧ão do pro ́prio trabalho, como a necessidade de padronizar a qualidade dos produtos e dos procedimentos, bem como de adotar uma disciplina. Essas novidades justificaram o surgimento das func ̧ões de direc ̧ão e supervisa ̃o (gere ̂ncia), para fiscalizar e controlar o trabalho. Seção 7: Caracterização da sociedade humana. 1- Explique o que é “consciência de classe”. Os embates em torno da regulamentac ̧ão da jornada de trabalho nas leis fabris da segunda metade do se ́culo XIX sa ̃o exemplos da luta do proletariado para impor um limite a ̀ exploração capitalista. os pai ́ses desenvolvidos, o fim do se ́culo XVIII e o se ́culo XIX foram marcados pelo desenvolvimento do movimento sindical, e as principais ideias que abasteceram as críticas ao regime capitalista foram reflexo ̃es marxistas e anarquistas sobre esse sistema. 2- Quais consequências aparecem a partir da transição do modo de produção manufatureira para o modo de produção capitalista da cooperação? O trabalhador na ̃o dete ́m os meios de produc ̧ão, na ̃o tem controle sobre o produto nem sobre o processo de trabalho, e, portanto, sa ̃o suprimidos seu saber fazer e suas possibilidades de identificac ̧ão com a tarefa e com o produto. 1. alienante, porque o trabalhador desconhece o pro ́prio processo produtivo e o valor que agrega ao produto, ale ́m de na ̃o se identificar com os produtos de seu trabalho; 2. explorador, devido aos objetivos de produc ̧ão da mais-valia vinculada ao processo de acumulac ̧ão do capital; 3. humilhante, porque afeta negativamente a autoestima; 4. mono ́tono em sua organizac ̧ão e conteu ́do da tarefa; 5. discriminante, porque classifica os homens, na medida em que classifica os trabalhos; 6. embrutecedor, porque, longe de desenvolver as potencialidades, inibe ou nega sua existência por meio do conteu ́do pobre, repetitivo e meca ̂nico das tarefas; 7. submisso, pela aceitac ̧ão “passiva” das caracteri ́sticas do trabalho e do emprego, pela imposic ̧ão da organizac ̧ão interna do processo de trabalho, pelas relac ̧ões sociais mais amplas e, especialmente, pela forc ̧a do exe ́rcito industrial de reserva. 3- Para Marx, o trabalho no modo de produção capitalista é humanizador? Por quê? Portanto, observamos que a obra marxiana na ̃o se constitui em uma mera cri ́tica ao trabalho sob o capitalismo, mas cria valores e novas expectativas em torno do trabalho. O trabalho deve ser humanizador, na ̃o alienado. Deve ser digno, b)que garanta ao ser humano a satisfac ̧ão de suas necessidades, racional (com uma divisa ̃o baseada em crite ́rio de igualdade entre os homens), e que se constitui na principal forc ̧a na vida dos indivi ́duos. A e ́tica do trabalho, associada a ̀ primeira Revolução Industrial, e o marxismo exaltam o trabalho. No entanto, tal importa ̂ncia se funda em valores sociais distintos, na caracterizac ̧ão da sociedade humana. Entre outras diferenc ̧as, a defesa do tratamento do trabalho como mercadoria desvaloriza a identificac ̧ão do trabalhador com o produto e o processo de seu trabalho, ou seja, dignifica ganhar a vida trabalhando, mas na ̃o interessa em que ̂. A defesa da superac ̧ão da alienac ̧ão no trabalho permite compreende ̂-lo como uma categoria que contribui na construc ̧ão da pro ́pria identidade do sujeito. O trabalho e ́, ao mesmo tempo, estruturante para a caracterizac ̧ão da sociedade e para o indivi ́duo. Seção 8: Cultura de diversidade: uma temática antropológica e contemporânea. 1- Por que não se pode falar em cultura universal? Se por um breve momento pensarmos nos diferentes estilos de roupas e diferentes alimentos (no almoc ̧o por exemplo) consumidos no mundo, ja ́ e ́ possível ter uma dimensa ̃o do qua ̃o diversa a sociedade e ́, na ̃o e ́ mesmo? Ao pensar no trabalho tambe ́m e ́ possi ́vel identificar suas diversidades culturais. Enquanto em algumas culturas, na execuc ̧ão, o trabalhador deve ser poupado de pensar para que possa repetir os movimentos ininterruptamente, ganhando em rapidez e exatida ̃o; Em outras, por sua vez, e ́ por meio do pensamento e reflexa ̃o que o trabalho e ́ realizado de modo satisfato ́rio. 2- Por que as pesquisas sobre o tema “trabalho” são importantes? Seção 9: Identidade, temperamento, personalidade e caráter. 1- Defina: identidade, temperamento, personalidade e caráter. 1)Identidade. A identidade do sujeito e ́ um feno ̂meno relacional, e e ́ possi ́vel afirmar que as identidades sa ̃o continuamente reafirmadas e redefinidas ao longo da vida (Ciampa, 1996). A identidade pessoal e ́ influenciada pelas experie ̂ncias subjetivas incorporadas ao autoconceito (quem sou eu?). Ja ́ a identidade social é implicada no exerci ́cio de pape ́is e pertencimento a grupos sociais . 2)personalidade. Pode ser definida como uma organizac ̧ão integrada de todas as caracteri ́sticas cognitivas, afetivas e físicas de um indivi ́duo, como se manifesta em distintas situac ̧ões e atribui significado especial para outras. a mesma, e ́ formada durante as etapas do desenvolvimento psicoafetivo. A personalidade recebe influe ̂ncia tanto dos elementos geneticamente herdados, como dos adquiridos do meio ambiente. 3)temperamento. o temperamento representa a peculiaridade e intensidade individual dos afetos psíquicos e da estrutura dominante de humor e motivac ̧ão. o temperamento e ́ uma disposic ̧ão inata e particular de cada pessoa, pronta para reagir aos esti ́mulos ambientais . O temperamento pode ser dividido em e classes: sanguíneo, fleumatico, colérico e melancólico 2- Qual a diferença entre identidade pessoal e identidade social? A identidade pessoal e ́ influenciada pelas experie ̂ncias subjetivas incorporadas ao autoconceito (quem sou eu?). Ja ́ a identidade sociale ́ implicada no exerci ́cio de pape ́is e pertencimento a grupos sociais. Seção 10: Indivíduo e o seu autoconhecimento. 1- Explique: o homem é um ser social. 2- Quais os tipos de racionalidades e quais os aspectos de cada uma delas? (1) Racionalidade Instrumental: Prioriza o alcance dos fins a partir da escolha dos melhores meios. Visa a eficie ̂ncia do processo. Prioriza o alcance dos objetivos no menor tempo possi ́vel (2) Racionalidade Substantiva: Baseia-se nos valores para atingir os fins pretendidos. Visa eficácia do processo. Prioriza o alcance dos objetivos levando em conta os valores pessoais e coletivos. 3- Defina os modelos de gestão de pessoas. O Modelo de gesta ̃o de pessoas e ́ a maneira mais eficaz de compreender processos da sociedade contempora ̂nea. Ale ́m disso, conseguimos abarcar uma de suas principais características, que e ́ o aspecto do trabalho. Assim, e ́ possi ́vel compreender como uma organizac ̧ão se estrutura e se organiza para gerenciar e orientar o comportamento humano no contexto de trabalho (caracteri ́stico do homem, de sua cultura, e da sociedade em geral) 4- Qual a função da ergonomia? ampliar a qualidade de vida e bem- estar das pessoas nesse lugar. Resumo e resenha critica do livro Cultura: um conceito antropológico, de R.B. Laraia. 1- Como Laraia apresenta os determinismos geográfico e biológico? Laraia apresenta uma série de colocações que desmentem tais teses, como por exemplo, o argumento de que existem diferenças culturais significativas em relação a povos estabelecidos em condições geográficas 2- Conceitue: cultura. Laraia mostra como foi surgindo e sendo delineado o conceito de cultura – desde os antecedentes históricos da definição do conceito, como Locke que postulava a mente humana como “tabula rasa”, passando pela definição clássica de Tylor, a primeira definição de cultura do ponto de vista antropológico, ainda com uma perspectiva evolucionista segundo a qual haveria uma “escala de civilização” de onde se definiria o progresso cultural. 3- Qual relação entre cultura e comunicação? 4- Como a perspectiva evolucionista entende a cultura? A perspectiva evolucionista atribui ao ambiente atual, inclusive o cultural, um importante papel no desenvolvimento e comportamento humanos. ... Segundo Tooby e Cosmides (1995), na perspectiva do modelo padrão das ciências sociais, a cultura varia de lugar para lugar, não há padrões universai 5- Como Keesing define cultura? Para Roger Keesing, cultura é um sistema adaptativo que envolve tecnologia, modos de organização econômica e política, e religião. Segundo essa concepção, a evolução cultural é um processo de adaptação correspondente à seleção natural 6- Como a perspectiva estruturalista entende a cultura (ver Lévi-Strauss)? 7- Como Geertz entende a cultura? egundo Geertz, a cultura é a própria condição de existência dos seres humanos, produto das ações por um processo contínuo, através do qual, os indivíduos dão sentido à suas ações. Ela ocorre na mediação das relações dos indivíduos entre si, na produção de sentidos e significados. 8- Segundo Laraia, como opera a cultura? 9- Explique: a cultura é dinâmica.
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