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Matéria: Direito Tributário Professor: Cadu Carrilho C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 2 de 91 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1– Competência Tributária e Capacidade Tributária .............................3 1.1 - Competência para Legislar sobre Direito Tributário .............................. 3 1.2 - Competência Tributária ................................................................... 7 1.3 – Capacidade Tributária ................................................................... 11 1.4 – Parafiscalidade ............................................................................ 14 2- Classificação doutrinária da Competência Tributária ..................... 15 2.1 – Bitributação e Bis In Idem ............................................................. 23 3 - Repartição das Receitas Tributárias ............................................. 25 4 – Questões Comentadas ................................................................. 32 5 – Lista de Exercícios ....................................................................... 70 6 – Gabarito ...................................................................................... 91 Vamos dando sequência ao nosso estudo. Interessante que os assuntos vão se correlacionando, você vai perceber que algumas das citações nessa aula já foram de alguma forma faladas nas aulas anteriores. Trata-se de uma aula importante, aprenderemos sobre as competências tributárias e depois como devem ser feitas as repartições das receitas. Concurso público é parecido com maratona e não com corrida de cem metros. Para completar uma maratona tem que treinar muito, ter uma alimentação adequada e estar com o corpo preparado. Esse processo começa com uma decisão e o fato de colocar essa decisão de começar em prática. Tem um começo. Essa parte da preparação é muito importante. Depois, é preciso continuar e não desistir, apesar das dificuldades, dos obstáculos e do cansaço. A maratona é assim, cansa, dá vontade de parar. Não pare, não desista vá até o final. Eu fui primeiro lugar em um dos concursos mais difíceis do Brasil, mas antes disso tinha sido reprovado duas vezes nesse mesmo concurso. A persistência me fez ser aprovado. Bons estudos, em relação ao Direito Tributário você está bem municiado de ferramentas adequadas para chegar lá. "Se podes?", disse Jesus. "Tudo é possível àquele que crê." Marcos 9:23 Aula – Competência Tributária e Repartição de Receitas C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 3 de 91 www.exponencialconcursos.com.br 1– Competência Tributária e Capacidade Tributária Primeiramente precisamos conhecer a diferença entre a competência para legislar sobre direito tributário e a competência tributária em si. É uma diferença muitas vezes que nem percebemos que existe, mas é preciso entende-la para poder seguir na matéria. Em termos gerais, competência para legislar sobre direito tributário a é o poder atribuído pela Constituição Federal aos entes políticos para editarem leis sobre tributos e as relações jurídicas tributárias. Veja que não se fala nessa análise sobre a instituição de tributo e sim sobre a possibilidade de emissão de legislação sobre situações tributárias. A competência tributária é um pouco mais específica, pois trata-se do poder atribuído pela CF de instituir tributo, editar leis para criar determinado tributo. Ambas são estipuladas pela Constituição, constituindo-se em atribuições legislativas. A primeira permite a edição de leis que estipulam regras gerais em matéria tributária e a segunda edita leis que instituem tributos. 1.1 - Competência para Legislar sobre Direito Tributário Como já adiantado, a competência para legislar sobre direito tributário é o poder político atribuído pela CF aos entes políticos (União, Estados e DF) para editar leis que definam regras sobre os tributos e sobre o exercício do poder de tributar. Exemplo: A União, no exercício da competência para legislar sobre direito tributário, criou o CTN; e, no exercício da competência tributária, a mesma União instituiu, por meio de lei, o imposto de renda. O art. 24, I, da CF estabelece que compete à União, aos Estados e ao DF legislar concorrentemente em matéria tributária, ou seja, compete a esses entes o poder de estabelecer normas gerais sobre Direito Tributário. CUIDADO! Municípios e Territórios não estão inclusos nessa regra! CF - Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, Depois dessa estipulação do caput, temos situações mais específicas nos parágrafos. A União será responsável por estabelecer normas gerais, pois essas terão âmbito nacional, de maneira que seja dada uma certa uniformidade técnica em todo país. O CTN existe exatamente nesse sentido, de estipular regras gerais de direito tributário, perceba que o CTN não cria nenhum tributo. Os Estados, dentro dessa competência concorrente, exercem função legislativa suplementar em relação às normas nacionais. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 4 de 91 www.exponencialconcursos.com.br Portanto, a competência da União sobre normas gerais, não exclui a competência suplementar dos Estados. § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar- se-á a estabelecer normas gerais. § 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. Contudo, conforme o § 3º, em caso de omissão da União em editar normas gerais, cabe aos Estados e ao DF exercer a função legislativa plena. § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. Pensemos então no caso em que a União se omite e não emite lei geral sobre um tributo, o Estado membro vai lá e edita uma norma tributária específica sobre um tributo de sua competência. Ele pode fazer isso, pois estará exercendo sua competência plena. Imagine agora que a União resolva criar finalmente a lei geral, como fica então a lei estadual? Nessa situação, sobrevindo lei da União sobre o tema, posteriormente à edição de lei estadual, ocorre que cessa a omissão antes verificada. Por isso, a norma nacional passa a prevalecer no que for incompatível com a estadual. A lei estadual ficará com status de suspensa e não revogada, já que não há hierarquia entre as normas, muita atenção a isso. Ou seja, a lei federal que surgir fará com que haja suspensão da eficácia da lei estadual no que for contrária à federal. § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário. Exemplo: Em virtude do entendimentoagora exposto, diante da ausência de norma geral da União sobre IPVA, cada Estado exerceu a competência legislativa plena. O STF inclusive já enfrentou o assunto e se pronunciou dando razão aos Estados, afirmando que estes possuem competência legislativa plena, em face da falta de normas gerais editadas pela União (RE 576137/2010). Já o ICMS é um imposto que possui uma norma geral editada pela União de maneira que os Estados, por ocasião da instituição do ICMS em seu território devem seguir os ditames dessa lei geral. Ainda nessa linha, o CTN, como norma geral, é reconhecidamente norma geral sobre IPTU, IR, ITR, por exemplo. Relembrando, CTN é considerado norma geral de Direito Tributário com status em nosso ordenamento de Lei Complementar. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 5 de 91 www.exponencialconcursos.com.br A CF ainda estipula algumas situações que têm relação com a competência para legislar sobre direito tributário, versando sobre assuntos que precisam ser objeto normativo por meio de lei complementar. Pela CF temos que, cabe à lei complementar estabelece normas gerais em matéria de legislação tributária definindo tributos, definindo fatos geradores, base de cálculo e contribuintes. Norma geral também deve trata dos temas de obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários. Todas essas situações já existem e estão previstas no CTN. Art. 146. Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; Cabe também à lei complementar a regulação das chamadas limitações constitucionais ao poder de tributar. Na verdade, essas limitações já estão no bojo do texto constitucional, ficando delegada à lei complementar a regulação dessas situações. Competência para legislar sobre Direito Tributário É o poder de estabelecer regras sobre tributos e sobre o exercício do poder de tributar. Atribuição Legislativa É concorrente entre União, Estados e DF A competência da União se restringe à edição de normas gerais Os Estados e DF detêm a competência suplementar Em caso de omissão da União em editar as normas gerais, os estados e o DF exercem função legislativa plena Editando a União lei de normas gerais, ocorre a suspensão da eficácia das leis estaduais no que lhe for contrário C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 6 de 91 www.exponencialconcursos.com.br Exemplo: a CF atribui imunidade em relação aos impostos sobre o patrimônio, a renda e os serviços das instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos, os pormenores dessa imunidade, a definição de enquadramento como instituição que se encaixa nessa definição, dentre outras situações, devem ser disciplinados por meio de lei complementar. Art. 146. Cabe à lei complementar: II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; A lei complementar disporá também sobre conflitos de competência em questões tributárias entre a União, os Estados, o DF e os Municípios. Quem dera tudo acontecesse conforme as regras constitucionais, sabemos que não é assim, então, tem que vir uma lei para resolver conflitos que possam surgir em matéria tributária. Exemplo: lei que diferencia serviço e industrialização, para saber se sobre uma determinada situação de modificação ou produção de uma mercadoria deve incidir ISS ou IPI. Conflito se um imóvel deve sofrer incidência de IPTU ou ITR, já que ambos são impostos cobrados sobre a propriedade de imóveis, o conflito surgido deve ser resolvido conforme disposto em lei complementar. Art. 146. Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 1. (FGV/Pref. de Niterói-RJ/Agente Faz./2015) A espécie normativa encarregada de dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios é: a) Emenda Constitucional; b) Lei Complementar federal; c) Decreto federal; d) Lei Ordinária federal; e) Convênio. Cabe à Lei Complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária regular as limitações constitucionais ao poder de tributar dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 7 de 91 www.exponencialconcursos.com.br Comentário: O instrumento normativo que deve dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária dos entes da federação é a lei complementar federal. Gabarito 1: B 1.2 - Competência Tributária A Competência Tributária é o poder atribuído pela CF aos entes políticos, União, Estados, DF e Municípios, para instituir determinado tributo por intermédio de lei, isto é, a CF determina os tributos que cada ente da Federação poderá instituir. Essa instituição de tributo em regra ocorre por meio de lei ordinária, podendo também ser por medida provisória, em alguns casos, precisamente quatro, só pode ser instituído por lei complementar. Essa atribuição constitucional de competências é fundamental para garantir a forma federativa, pois permite a autonomia financeira no sentido de que os entes podem ter fontes próprias de recursos para exercícios de suas atribuições. Não obstante a repartição de receitas dos tributos também constitucionalmente previstas. A competência tributária possui algumas características de necessário conhecimento, pois são muito importantes. A competência atribuída pela Constituição Federal para instituir tributos aos entes federativos é indelegável, intransferível, irrenunciável, inalterável, imprescritível e é facultativa. O assunto competência tributária encontra-se nos arts. 6º a 8º do CTN. Vamos entender melhor cada característica da competência tributária. Competência Tributária é o poder: atribuído pela CF a um ente político para instituir determinado tributo indelegável e intransferível irrenunciável e inalterável imprescritível facultativo C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 8 de 91 www.exponencialconcursos.com.br 1. “Poderatribuído pela CF a um ente político” Só pode possuir competência tributária a pessoa que detenha autonomia política, ou seja, que produza leis para a sua auto-regulação: União, Estados, DF e Municípios. Assim, tenha cuidado: os territórios federais não possuem autonomia política, não sendo considerados entes políticos pela CF. Por esse motivo, a CF não atribuiu aos territórios competência tributária. 2. “Poder para instituir determinado tributo” ATENÇÃO: isso é muito cobrado! A Constituição NÃO cria tributos, apenas estabelece competências para que União, Estados, DF e Municípios o façam. Por isso, a competência tributária é considerada uma competência legislativa, pois é um poder atribuído aos entes para editarem leis criando tributos. Assim, extrai-se do art. 6º do CTN, que a competência tributária é a prerrogativa prevista na CF que possibilita aos entes federados editarem leis instituindo seus tributos: Art. 6º A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei. Exemplo: Um exemplo que ajuda a entender bem essa situação é o do Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF). A CF/88 estabeleceu a competência da União para criá-lo, mas nunca foi editada lei instituindo esse tributo. Assim, embora previsto na Constituição, até hoje sua criação não foi realizada. Constituição Federal • Outorga competência tributária Leis • Criam tributos C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 9 de 91 www.exponencialconcursos.com.br É importante destacar que a legislação infraconstitucional não pode ampliar as possibilidades de instituição de tributos, nem pode limitar o exercício da competência tributária. Memorize: a competência tributária somente é prevista na Constituição Federal. Exemplo: Um outro exemplo prático seria a criação do ICMS no Estado de São Paulo. Vejamos como ficaria: O Regulamento, que aparece após a lei instituidora do tributo, é criado pelo Poder Executivo, a fim de regulamentar o tributo para fiel execução da lei. É instrumento infra-legal. 3. “Poder indelegável e intransferível” Não pode haver delegação nem transferência da competência tributária. Também não pode ela ser assumida por outro ente em caso de inércia do Poder Público competente para instituir determinado tributo. Então fique atento: a competência tributária é indelegável tanto por ação como por omissão. Assim, o não exercício da competência tributária não autoriza outro ente, (diverso daquele a quem a CF atribuiu a competência tributária) a fazer uso de tal prerrogativa. Então que fique bem claro: o não exercício da competência tributária não a defere, em nenhuma hipótese, a outro ente que não a detenha. Esse é o teor do art. 8º do CTN: Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. Entretanto, essa característica da indelegabilidade nada tem a ver com a possibilidade de delegação de algumas atividades da Administração Tributária em matéria tributária, do ente competente para a instituição do tributo para outra pessoa jurídica de direito público. CF: A Constituição outorga competência a SP para instituir o ICMS, Art. 155 Inciso II Lei Federal de normas Gerais: Lei Complementar Federal nº 87/96 (Lei Kandir ) Lei Estadual cria o ICMS em SP: Lei nº 6374 de 1989 Regulamento: Decreto nº 45.490/00 (RICMS-SP) C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 10 de 91 www.exponencialconcursos.com.br Em outras palavras, apesar da impossibilidade de delegação da competência tributária, a qual é definida na CF, o CTN prevê a possibilidade de delegação de algumas atividades da Administração Tributária (funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária). Estas atividades compõem a denominada capacidade tributária ativa, oriunda da competência tributária. Detalharemos a capacidade tributária no próximo tópico da nossa aula. Essa regra encontra-se no art. 7º do CTN: Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. Exemplo: Essa delegação significa, por exemplo, que em determinados casos, a Receita Federal venha a arrecadar o ICMS, que é tributo estadual, ou que o fisco de determinado Estado ou Município fiscalize ou arrecade o tributo de outro, mas nunca, por exemplo, a União poderá instituir o ICMS. 4. “Poder irrenunciável e inalterável” Embora de exercício facultativo, a competência tributária é um poder irrenunciável, o que decorre do princípio da indisponibilidade do interesse público. Assim, mesmo trinta anos após a edição da Constituição Federal, a União ainda terá o poder de criar o IGF. O não exercício da competência não significa renúncia a esse poder, nem ocorre caducidade (perda da validade). Além disso, a competência tributária não pode ser diminuída ou aumentada pela vontade de um ente político. 5. “Poder imprescritível” Imprescritível significa que, se o ente político permanecer inerte e não instituir o tributo criado pela CF, não ocorrerá alteração da sua competência tributária. Ou seja, o não exercício da competência NÃO tem como consequência sua perda. Cabe ao ente escolhido pela CF utilizar ou não a competência tributária a ele atribuída, podendo fazê-lo na hora em que bem entender. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 11 de 91 www.exponencialconcursos.com.br 6. “Poder facultativo” Essa característica da facultatividade do exercício da competência tributária decorre da imprescritibilidade, vista acima. Por essa característica, tem-se que o Poder Público não está obrigado a instituir os tributos de sua competência. Além disso, cabe apenas ao ente competente definir o momento de exercício (ou não) da competência a ele atribuída. Também é importante ressaltar que, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal - LC 101/2000 (LRF) em seu art. 11, constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. Entretanto, esse dispositivo deve ser interpretado com cuidado, pois o objetivo da LRF não é o de exigir a criação dos tributos a qualquercusto, mas tão somente o de estimular a criação dos tributos economicamente viáveis. Para sua prova, caso a questão não se refira direta ou indiretamente à regra da LRF, deve-se entender que a facultatividade do exercício é uma das características da competência tributária. Entretanto, se houver menção à LRF, deve-se seguir a literalidade desta lei, no sentido de que todos os tributos de competência do ente federado devem ser efetivamente instituídos e arrecadados. 2. (FGV/Pref. de Niterói–RJ/Fiscal de Tributos/2015) A competência tributária, a teor do que dispõe o Código Tributário Nacional, é indelegável. Isso significa que um ente tributante não pode instituir tributo que seja da competência tributária de outro. Não constitui, porém, violação a essa regra a delegação, por um ente tributante, a outro, das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos. Comentários: A competência tributária tem como característica ser indelegável. Um ente não pode instituir tributo de competência de outro ente, mesmo que esse outro ente não institua o tributo de sua competência. Há autorização, porém, para que se delegue as funções de arrecadar e fiscalizar o tributo. Gabarito 2: Correta 1.3 – Capacidade Tributária As bancas adoram misturar os conceitos de competência tributária com capacidade tributária ativa! C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 12 de 91 www.exponencialconcursos.com.br Capacidade tributária ativa é a atribuição administrativa de fazer com que a lei instituidora do tributo seja executada, é o poder de administrar o tributo. Capacidade tributária ativa é o poder delegado pelo ente instituidor do tributo a pessoa jurídica de direito público diferente para cobrar, exigir e fiscalizar o tributo. Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. O ente que institui determinado tributo exerce, em princípio, a capacidade tributária ativa quando cobra, exige ou fiscaliza. Assim, normalmente, o sujeito ativo da relação tributária, ou seja, o credor do tributo é o ente competente para instituí-lo. Contudo, ao contrário do que ocorre com a competência, a capacidade tributária ativa pode ser delegada a pessoas jurídicas de direito público interno, o que inclui, além dos entes, as autarquias e fundações públicas. ATENÇÃO! Veja que não há possibilidade de delegação a entidades de Direito Privado como empresas públicas ou sociedades de economia mista. Exemplo: O exemplo comum dessa situação ocorre com as entidades corporativas constituídas sob forma de autarquias (como o CREA, CRC, CRM, CRECI, entre outros), que recebem da União a atribuição de exigir um tributo – a contribuição profissional ou corporativa (art. 149, caput, CF) – dos profissionais vinculados àquelas entidades profissionais. A delegação altera o sujeito ativo da relação tributária (o credor), mas não altera em nada a competência para quaisquer modificações legislativas sobre o tributo, como alterações de alíquotas e base de cálculo, as quais devem ser realizadas pelo ente instituidor. O § 1º do art. 7º determina que a delegação da capacidade tributária ativa outorga à entidade delegatária todas as garantias e privilégios processuais da pessoa política delegante, como prazos maiores para recorrer ou apresentar contestação: Capacidade Tributária Ativa é o poder de: cobrar exigir fiscalizar o tributo C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 13 de 91 www.exponencialconcursos.com.br § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. No § 2º está prevista a possibilidade de ser revogada a delegação, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica que a tenha conferido: § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. O esquema abaixo ajuda a visualizar as principais diferenças entre capacidade tributária ativa e competência tributária: Finalmente, é importante que você não confunda capacidade tributária com a função de arrecadar tributos. Veja o § 3º do art. 7º do CTN: § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. Esse encargo ou função de arrecadar tributos, geralmente é realizado por entidades de direito privado, como as instituições bancárias e casas lotéricas. Trata-se de mero recebimento dos pagamentos efetuados pelos contribuintes para repasse ao Poder Público. Portanto, o arrecadador não tem ingerência na relação jurídico-tributária. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Poder de instituir tributos Atribuição legislativa Poder indelegável (por ação ou omissão) Conferida a um ente político (União, estados, DF e municípios) Emana da Constituição Federal CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA Poder de exigir / administrar tributos Atribuição administrativa Poder delegável Exercida por pessoa jurídica de direito público (União, Estados, DF, Municípios, autarquias e fundações) Capacidade Tributária Ativa Somente pode ser exercida por Pessoas Jurídicas de Direito Público: União, Estados, DF, Municípios e respectivas autarquias ou fundações Arrecadação de Tributos Função pode ser desempenhada por Pessoas Jurídicas de Direito Privado, como bancos e casas lotéricas C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 14 de 91 www.exponencialconcursos.com.br 1.4 – Parafiscalidade A delegação da capacidade tributária ativa não implica necessariamente que os recursos arrecadados ficarão com o ente que recebeu essa capacidade, esse poder. No entanto, quando além dessa delegação, a pessoa recebe os recursos desse tributo, ocorre a chamada parafiscalidade. Parafiscalidade é o fenômeno em que se fazem presentes, cumulativamente, duas características: (1) uma lei delega a capacidade tributária ativa à determinada pessoa jurídica de direito público; (2) houve determinação legal de que a entidade delegatória (aquela que recebeu a delegação) fique com os recursos por ela arrecadados para sustentação de suas finalidades institucionais. Esquematicamente, podemos entender assim: Contudo, não confunda a parafiscalidade com a chamada “sujeição ativa auxiliar”. Nesta ocorre a arrecadação do tributo pelo ente delegatário, mas em nome do ente político competente para instituir o tributo. Ou seja, nesse caso, o “sujeito ativo auxiliar”, diferentemente da entidade parafiscal, éum mero agente com a função de recolher e repassar o tributo ao ente político. Por esse motivo, para distinguir parafiscalidade de “sujeição ativa auxiliar” é necessário verificar para quem se dirige o produto da arrecadação. 3. (FEPESE/Pref. de Criciúma-SC/Fiscal de Rendas/2017) Com base no Código Tributário Nacional, assinale a alternativa correta. a) A competência tributária é delegável. b) Constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, da função de arrecadar tributos. c) O não exercício de determinada competência tributária por parte dos Estados autoriza a União a instituir o respectivo tributo. d) A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena e ilimitada. Delegação da capacidade tributária ativa Determinação legal para que delegatária fique com os recursos arrecadados Parafiscalidade C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 15 de 91 www.exponencialconcursos.com.br e) A capacidade tributária ativa é delegável, compreendendo as funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária. Comentários: a) Errada – A competência tributária é indelegável. b) Errada – A função de arrecadar tributo pode ser delegada a pessoa de direito privado, porém essa delegação não constitui delegação de competência tributária. § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. c) Errada – O ente está autorizado pela CF a instituir tributo, a sua omissão não permite que outro ente o faça. Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído. d) Errada – A competência legislativa tributária não é ilimitada, restringe-se na verdade nas próprias limitações constitucionais ao poder de tributar previstos na CF. e) Correta – A capacidade tributária ativa é sim delegável, essa capacidade consiste na função de arrecadar, exigir e fiscalizar o tributo. Executando as leis, os serviços, os atos ou as decisões administrativas em matéria tributária. Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, Gabarito 3: E 2- Classificação doutrinária da Competência Tributária A doutrina classifica a competência tributária da seguinte forma: Competência tributária (segundo doutrina) Comum Privativa Cumulativa Residual Extraordinária C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 16 de 91 www.exponencialconcursos.com.br 1) Competência Comum: Pode ser exercida por todos os entes (União, Estados, DF e Municípios) de acordo com suas atribuições. Conforme o art. 145 da CF, a competência comum engloba taxas e contribuições de melhoria (chamados tributos vinculados ou contraprestacionais). O ente que prestar o serviço ou exercer o poder de polícia poderá usar sua competência tributária e instituir a taxa respectiva. O ente que realizar a obra pública que decorra valorização imobiliária poderá instituir a contribuição de melhoria. 2) Competência Privativa: Somente pode ser exercida por um dos entes da Federação. Essa competência é dita privativa, pois, para cada um dos entes (União, Estados, DF e Municípios), há tributos enumerados exaustivamente na CF que só podem ser criados respectivamente por cada um deles. Ressalta-se que, conforme os ensinamentos do direito constitucional, competências privativas são passíveis de delegação, ao contrário das exclusivas. Por esse motivo, em virtude da indelegabilidade da competência tributária, o mais correto seria utilizarmos a expressão competência exclusiva para nos referirmos à competência tributária. No entanto, a terminologia privativa foi consagrada na doutrina do direito tributário e pode estar na sua prova. Embora a competência privativa seja conhecida “como competência para instituir impostos”, a maioria da doutrina também insere na competência privativa da União os Empréstimos compulsórios (art. 148, CF) e as Contribuições especiais (art. 149 e 195, CF). Já no plano de competência dos Estados, Distrito Federal e Municípios, temos as contribuições sociais para custeio do Sistema de Previdência e Assistência Social cobradas por cada ente de seus respectivos servidores estatutários (privativa em cada esfera: art. 149, § 1º, CF). Por fim, temos a Contribuição de Iluminação Pública privativa dos Municípios e do Distrito Federal (art. 149-A CF). COMPETÊNCIA COMUM Taxas de polícia de serviços Contribuição de melhoria C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 17 de 91 www.exponencialconcursos.com.br A CF elenca 13 impostos e institui em relação aos impostos as seguintes competências privativas: 7 federais (art. 153, CF), 3 para Estados/DF (art. 155, CF) e 3 para Municípios/DF (art. 156, CF). Quanto aos impostos, temos que a União pode instituir 7 impostos (Art. 156 da CF): imposto de importação (II), imposto de exportação (IE), imposto de renda (IR), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre operações financeiras (IOF), imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR), imposto sobre grandes fortunas (IGF). Os Estados e DF podem instituir 3 impostos (Art. 155), o imposto sobre a transmissão causa mortis e doação (ITCMD), o imposto sobre a circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS) e o imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA). Os Municípios e DF podem instituir 3 impostos (Art. 156), o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), o imposto sobre a transmissão “inter vivos” de bens imóveis (ITBI) e o imposto sobre serviços (ISS). Esse rol de impostos em relação aos Estados, ao DF e aos Municípios é exaustivo. Na tabela a seguir, esquematizamos tudo para facilitar sua vida: C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 18 de 91 www.exponencialconcursos.com.br 3) Competência Cumulativa: Ocorre quando determinado ente acumula competências que, normalmente, seriam de outra esfera. Isso acontece em trêssituações: i) Criação de Territórios Federais (art. 147, CF): a. União acumula os impostos estaduais; b. Se não houver divisão em municípios, a União também acumula os impostos municipais; Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. União II (Imposto de Importação) IE (Imposto de Exportação) IR (Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza) IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) IOF (Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores mobiliários) ITR (Imposto sobre Propriedade Territorial Rural) IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas) Empréstimos Compulsórios Contribuições Especiais, exceto a COSIP Estados e DF ITCMD (Imposto sobre transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos) ICMS (Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre a de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações) IPVA (Imposto sobre a propriedade de veículos automotores) •Contribuição social para custeio do Sistema de Previdência e Assistência Social DF e Municípios IPTU (Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana) ITBI (Imposto sobre a transmissão intervivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição) ISS (Imposto sobre serviços de qualquer natureza, definidos em lei complementar) COSIP (Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública) •Contribuição social para custeio do Sistema de Previdência e Assistência Social C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 19 de 91 www.exponencialconcursos.com.br ii) DF acumula impostos que seriam municipais (art. 32, § 1º, CF): ISS, IPTU e ITBI. Ao DF é atribuída a possibilidade de instituir 6 impostos, os três estaduais e os três municipais. Também cabe ao DF a instituição da previdência dos seus servidores e a COSIP. Art. 32 - § 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 4) Competência Residual: Poder da União de criar (1) novos impostos (art. 154, I, CF) e (2) novas contribuições da seguridade social (art. 195, § 4º, CF) além dos casos previstos na CF, devendo respeitar os seguintes requisitos: A CF atribui à União a possibilidade de instituir um novo imposto. Estados, DF e Municípios não podem instituir novos impostos, suas permissões estão esgotadas no rol constitucional, já para a União existe a prerrogativa de instituir o chamado imposto residual. A instituição desse imposto deve ser feita por meio de Lei Complementar, não pode ser uma instituição de imposto já previsto para a União, além disso, esse novo imposto não pode ser cumulativo em relação à cadeia de produção e não pode ter fato gerador ou base de cálculo igual aos de outros impostos previstos na CF. A instituição do imposto residual não precisa vir precedida de nenhuma circunstância autorizativa, ou seja, pode ser instituído a qualquer tempo. Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; COMPETÊNCIA RESIDUAL Impostos (art. 154, I, CF) Competência da União Instituição por Lei Complementar Pode ser instituído a qualquer tempo Inovação quanto ao fato gerador e base de cálculo Respeito ao princípio da não cumulatividade C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 20 de 91 www.exponencialconcursos.com.br Exemplo: Não pode criar imposto residual que incida sobra a propriedade de veículo automotor, já que esse fato gerador já “pertence” ao IPVA. Há também a previsão constitucional de que a União institua uma nova contribuição para a seguridade social. É a aplicação da competência residual por meio da possibilidade de instituição de contribuição social residual. Os mesmos critérios adotados para a instituição do imposto residual devem ser aplicadas às contribuições residuais. Art. 195 - § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. O STF entende que a necessidade de inovação do fato gerador e base de cálculo relativos à contribuição da seguridade social residual deve ser analisada somente em relação às demais contribuições da seguridade social, não havendo impedimento para que sejam semelhantes a de impostos. CUIDADO!! Uma contribuição social residual poderá ter fatos geradores ou bases de cálculos de impostos já previstos na CF/88, uma vez que não há proibição alguma para tanto. 5) Competência Extraordinária: Poder da União para instituir novo imposto em caso de guerra externa ou sua iminência: o Imposto Extraordinário de Guerra (IEG). ATENÇÃO: o IEG só pode ser instituído em caso de guerra externa, iminente ou eclodida, e não uma mera “guerra civil”. Não há requisitos relativos à sua estrutura, podendo ter qualquer fato gerador, ou seja, pode ser até mesmo o FG de outro imposto já existente (sendo ou não esse imposto da competência da União). Não precisa respeitar os princípios da anterioridade anual e nonagesimal, não precisa de lei complementar, pode ser instituído por lei ordinária. Contribuições sociais residuais Só podem ser criadas pela União Criadas só por Lei Complementar Serão não- cumulativas Não podem ter FG ou BC próprios de outras contribuições Obedece aos princípio da anterioridade nonagesimal. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 21 de 91 www.exponencialconcursos.com.br A União não precisa devolver o dinheiro arrecadado e o uso desses recursos não está vinculado a despesa específica. De acordo com o art. 154, II, da CF, deve ser gradativamente extinto cessadas as causas de sua criação. Então ATENÇÃO: o IEG poderá perdurar mesmo após a celebração da paz, desde que esteja sendo gradativamente extinto. Art. 154. A União poderá instituir: II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Agora, vamos fazer uma comparação entre o IEG e os empréstimos compulsórios, pois as bancas adoram misturá-los, já que ambos podem ser criados em caso de guerra externa ou sua iminência. COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA: IEG Compete à União Lei Ordinária ou MP Pode ser cumulativoQualquer Fato Gerador ou Base de Cálculo Deve ser provisório Pode ser cobrado de imediato (exceção à Anterioridade) IEG • Competência da União • Não respeita anterioridade anual e nonagesimal • Temporário • Pode ser instituído por lei ordinária • Não há necessidade de devolução • União pode usar recursos arrecadados com qualquer despesa pública EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO (em caso de guerra) • Competência da União • Não respeita anterioridade anual e nonagesimal • Temporário • Deve ser instituído por lei complementar • Necessário devolver recursos arrecadados • Receita de arrecadação vinculada C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 22 de 91 www.exponencialconcursos.com.br O quadro abaixo resume aspectos importantes sobre a classificação da competência tributária. Competência Comum Privativa Cumulativa Residual Extraordinária União Taxas Contribuições de Melhoria II, IE, IPI, IOF, IR, ITR, IGF Empréstimos compulsórios Contribuições especiais, exceto COSIP Em Territórios Federais acumula impostos estaduais e, não havendo municípios, impostos municipais Novos impostos e contribuições da seguridade social Novos impostos em caso de guerra ou sua iminência – Impostos Extraordinários de Guerra. Estados ICMS, IPVA, ITDC Contribuição social previdenciária DF Idem a Estados Acumula impostos municipais (ISS, IPTU e ITBI) Municípios ISS, IPTU, ITBI, COSIP Contribuição social previdenciária 4. (FCC/Pref. Recife-PE/Procurador/2014) Procurador Judicial do Recife recém empossado no cargo recebe a incumbência de apresentar estudo detalhado sobre competência tributária. Demonstrando profundo conhecimento sobre o tema, ele correlaciona corretamente os entes políticos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) aos respectivos tributos, conforme definido na Constituição Federal de 1988. É correto afirmar que são de competência do Distrito Federal: a) Contribuição sobre a receita ou faturamento das empresas, imposto sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e imposto sobre a prestação de serviços de transporte intramunicipal. b) Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; imposto predial e territorial urbano e imposto sobre a transmissão de bens imóveis. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 23 de 91 www.exponencialconcursos.com.br c) Imposto sobre serviços de qualquer natureza, imposto extraordinário em caso de guerra externa e imposto sobre a propriedade de veículos automotores. d) Imposto sobre a prestação de serviço de comunicação, imposto predial e territorial urbano e imposto territorial rural. e) Imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza; imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e imposto sobre a doação, de quaisquer bens ou direitos. Comentários: Por disposição do art. 32, § 1º da CF: “Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios.” Logo, o DF possui como competência tanto os impostos estaduais (ICMS, ITCD e IPVA) como os municipais (IPTU, ISS e ITBI). Vejamos os erros de cada alternativa: a) Errada - Contribuição sobre a receita ou faturamento das empresas (União), imposto sobre a prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal (Estados) e imposto sobre a prestação de serviços de transporte intramunicipal (Municípios). b) Errada - Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (União); imposto predial e territorial urbano (Municípios) e imposto sobre a transmissão de bens imóveis (Municípios). c) Errada - Imposto sobre serviços de qualquer natureza (Municípios), imposto extraordinário em caso de guerra externa (União) e imposto sobre a propriedade de veículos automotores (Estado). d) Errada - Imposto sobre a prestação de serviço de comunicação (Estados), imposto predial e territorial urbano (Municípios) e imposto territorial rural (União). e) Correta - Imposto sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza (Municípios); imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias (Estados) e imposto sobre a doação, de quaisquer bens ou direitos (Estados). Portanto essa é a nossa resposta. Gabarito 4: E 2.1 – Bitributação e Bis In Idem Esses dois conceitos estão relacionados ao conteúdo sobre competência tributária e são de grande importância em nosso estudo. Em ambos casos, a mesma situação é definida na lei como fato gerador de mais de uma incidência tributária. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 24 de 91 www.exponencialconcursos.com.br Bis in idem que quer dizer “duas vezes sobre a mesma coisa”, ocorre quando o mesmo ente tributante exige diferentes tributos do mesmo contribuinte com base no mesmo fato gerador. Em princípio, não é inconstitucional. Exemplo: é o caso da tributação do lucro pela União com o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e com a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Não pode bis in idem no caso da competência residual da União dos impostos e das contribuições, já que esse novo imposto não pode incidir sobre fato gerador de outro imposto ou de outra contribuição respectivamente. Bitributação ocorre quando entes tributantes diversos exigem tributos do mesmo contribuinte com base no mesmo fato gerador. É vedada em nosso ordenamento jurídico, o que é consequência do próprio regime constitucional de distribuição de competências. Exemplo: um imóvel localizado no limite entre dois Municípios em que o seu proprietário recebe o carnê do IPTU dos dois Municípios, isso não pode acontecer, pois é uma bitributação, dois entes diferentes cobrando do mesmo contribuinte pelo mesmo fato gerador. No entanto, existem dois casos em que a CF considera a bitributação legítima: (1) empréstimo compulsório e (2) imposto extraordinário em caso de guerra externa ou sua iminência, cujos fatos geradores podem estar compreendidos ou não na competência tributária da União. Na instituição do IEG a União pode escolher um fato gerador típico de outro imposto de sua instituição, nesse caso, seria caracterizado um bis in idem ou a União pode usar um fato gerador típico de outro ente, seria um caso de bitributação. Essa situação é permitida, já que decorre de uma situação extraordinária, porém temporária. Outro caso apontado pela doutrina em que pode haver legítima bitributação é aquele que envolve países diferentes, especialmente no quese refere à tributação da renda. Quando um brasileiro recebe rendimentos por um trabalho realizado no exterior pode ser que os dois países relacionados cobrem imposto de renda, exceto se houver um tratado internacional entre eles regulando esta situação. Bis in idem Mesmo ente tributante cobra tributos sobre mesmo fato gerador Não é inconstitucional Ex: IRPJ e CSLL Bitributação Entes tributantes diversos cobram tributos sobre mesmo fato gerador Inconstitucional (em regra) Exceções - CF permite: empréstimo compulsório e IEG C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 25 de 91 www.exponencialconcursos.com.br 3 - Repartição das Receitas Tributárias Os entes federativos possum autonomia financeira extamente porque têm a competência para instituir seus próprios tributos, mas há ainda outra forma de os entes menores conseguirem recursos. Essa outra forma é a repartição da receita dos tributos de acordo com a previsão constitucinal. A CF determina que entes maiores repartam e repassem parcela do valor arrecadado com o tributo ao ente menor. Essa repartiçaõ de receita tributária ocorre de acordo com as regras constitucionais. Esse é um assunto recorrente em provas, sendo que, nesse caso, é suficiente nos restringirmos à leitura da CF, arts. 157 a 160. Enquanto a distribuição da competência tributária entre os entes da federação representa a divisão do próprio poder de tributar, a distribuição das rendas tributárias é a divisão do produto da arrecadação dos tributos. A repartição das receitas tributárias é um dos meios para a efetividade da aplicação do princípio federativo. A distribuição é sempre realizada do ente maior para o menor, ou seja, da União para os Estados; da União para os Municípios e dos Estados para os Municípios. Dentre as espécies tributárias apenas os impostos e a CIDE- combustíveis se submetem a essa repartição. Alguns impostos não serão repartidos. Os impostos Municipais não são repartidos, portanto, não há repartição de receita de IPTU, ITBI e nem de ISS. Não há também repartição de receita do imposto Estadual ITCMD. Não se reparte receita também de alguns dos impostos da União como o II, o IE, o IGF e o IEG. O esquema abaixo resume a forma como acontece a repartição: C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 26 de 91 www.exponencialconcursos.com.br Receita da União para: Estados e DF Municípios 1 - IRPF incidente na fonte sobre rendimentos pagos a servidores públicos 100% (referente a seus servidores) 100% (referente a seus servidores) 2 - IOF sobre ouro ativo financeiro, conforme a origem 30% 70% 3 - Impostos Residuais 20% XXX 4 - ITR XXX 50% ou 100% (se houver delegação da capacidade tributária ativa) 5 -CIDE Combustíveis 29%, dos quais 25% 6 - IPI 10% Proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados, dos quais 25% 7 - IR + IPI (49% da receita é repartida!) Fundo de participação dos Estados 21,5% Fundo de participação dos Municípios 22,5% // 3% (Setor Produtivo N, NE, CO) 1% dezembro // 1% julho Receita dos Estados para: Municípios 8 - IPVA 50% (sobre veículos licenciados em seus territórios) 9 - ICMS 25% (3/4, no mínimo, na proporção do valor adicionado em seus territórios e até 1/4 conforme dispuser lei estadual) C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 27 de 91 www.exponencialconcursos.com.br Vou transcrever abaixo os dispositivos constitucionais, se quiser pode se abster de ler, já que a tabela acima já explica bem a repartição de receitas. 1 - O imposto de renda é de competência e arrecadação da União, porém a CF autoriza que o produto da arrecadação do imposto de renda que incide sobre a renda dos servidores públicos fiquem com os entes a que o servidor pertence.Esse repasse é válido e deve ser feito tanto em âmbito Estaudal como em âmbito Municipal. 100% desse valor vai para o ente federado. Exemplo: caso de um servidor público Estadual que receba um salário e com esse salário tem que pagar imposto de renda, esse imposto será retido na fonte pelo Estado “patrão” e esse mesmo Estado fica com esses recursos. Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; Art. 158. Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 2 - O IOF da União que incide sobre o ouro, quando for um ativo financeiro ou instrumento cambial, será repartido de acordo com a origem de maneira que 30% seja destinado ao Estado ou DF e 70% para o Município. Art. 153 - § 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do imposto de que trata o inciso V do "caput" deste artigo, devido na operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, assegurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes termos: I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Território, conforme a origem; II - setenta por cento para o Município de origem. 3 - O imposto residual que pode ser instituído pela União deverá ter 20% da sua receita repassadas aos Estados ou DF. Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída pelo art. 154, I. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 28 de 91 www.exponencialconcursos.com.br 4 - Em relação ao ITR, imposto da União, temos que 50% pertencerá ao Município em que estiver localizado o imóvel rural. Caso o Município faça a opção de fiscalizar e cobrar esse imposto, ficará com 100% da arrecadação. Art. 158. Pertencem aos Municípios: II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, §4º, III; Art. 153 - § 4º - O ITR: III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. 5 - A CIDE-combustíveis será repartida de maneira que 29% fiquem com os Estados na forma da lei e desses 29%, que são repassados aos Estados, 25% devem ser repassados aos Municípios. Art. 159. A União entregará: III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c, do referido parágrafo § 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso. 6 - 10% do IPI devem ser repassados aos Estados ou DF, proporcionalmente aos valor em relação às exportações de prosutos industrializados. Art. 159. A União entregará: II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. § 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 29 de 91 www.exponencialconcursos.com.br 7 – A soma da arrecadação do IR mais o IPI será repartida. De modo que 49% desse valor desse ser entregue, ficando 21,5% ao Fundo Estadual, 22,25% ao Fundo Municipal, 3% para programas de desenvolvimento de regiões carentes do país, 1% ao Fundo de participação dos Municípios para ser entregue em dezembro e 1% ao Fundo de participação dos Municípios para ser entregue em julho. Art. 159. A União entregará: (Vide Emenda Constitucional nº 55, de 2007) I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados, 49% (quarenta e nove por cento), na seguinte forma: a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal; b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de Participação dos Municípios; c) três por cento, para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegurada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à Região, na forma que a lei estabelecer; d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada ano; e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada ano; 8 - Os Estados repassarão 50% do IPVA aos Municípios em relação aos veículos licenciados em seu território. Art. 158. Pertencem aos Municípios: III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios; 9 - Do ICMS devido aso Estados, repassa-se 25% aos Municípios. Esse valor repassado segue uma regra de proporção, 3/4 são repassados de acordo com o valor adicionado nas operações e 1/4 de acordo com a lei estadual. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 30 de 91 www.exponencialconcursos.com.br Art. 158. Pertencem aos Municípios: IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os seguintes critérios: I - três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; II - até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. Como a repartição das receitas tributárias tem por objetivo garantir a autonomia financeira dos entes políticos, a CF estipulou um regramernto para proibir que os entes estipulassem condições desrazoáveis para a entrega dos recursos: Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos. Parágrafo único. A vedação prevista neste artigo não impede a União e os Estados de condicionarem a entrega de recursos: I – ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autarquias; II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III. *O inciso II refere-se à aplicação dos recursos mínimos em ações e serviços públicos de saúde. 5. (FGV/SEFAZ-RJ/Auditor Fiscal/2011) A CRFB traça as linhas gerais para a repartição das receitas tributárias nos arts. 157 a 161. É correto afirmar que a Constituição determina que a) o produto da arrecadação do ITR seja dividido entre Estados e Municípios, relativamente aos imóveis neles situados, exceto se o Município fiscalizar e cobrar o referido imposto. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 31 de 91 www.exponencialconcursos.com.br b) a União entregue 50% (cinquenta por cento) do produto da arrecadação do IPI aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados. c) seja vedada a retenção à entrega dos recursos atribuídos a partir das receitas tributárias aos Estados, Municípios e ao DF, exceto adicionais e acréscimos relativos a impostos. d) caiba à lei ordinária disciplinar os aspectos relativos à repartição de receitas tributárias. e) pertençam aos Municípios 25% (vinte e cinco por cento) do produto da arrecadação do ICMS do Estado sobre a circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. Comentários: Trouxemos aqui uma questão da FGV para aquecimento. a) Errada - A CF, art. 158, II, determina que 50% da arrecadação do ITR seja destinada aos municípios, relativamente aos imóveis rurais neles situados, ou 100%, caso o imposto seja fiscalizado e cobrado por eles. Tais recursos não são repartidos com os Estados. b) Errada- O percentual correto é de 10% (CF, art. 159, II). c) Errada - “É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos” (CF, art. 160, caput). d) Errada - Cabe a lei ordinária complementar disciplinar os aspectos relativos à repartição de receitas tributárias (CF, art. 161). e) Correta - Conforme CF, art. 158, IV. Gabarito 5: E Vamos praticar bastante!!! C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 32 de 91 www.exponencialconcursos.com.br 4 – Questões Comentadas EXERCÍCIOS DE COMPETÊNCIA 6. (FCC/SEGEP-MA/Auditor Fiscal/2016) Relativamente aos tributos de competência dos entes federados, a Constituição Federal a) não autoriza a União a instituir impostos que sejam da competência dos Municípios, exceto no caso de guerra interna ou golpe de Estado. b) autoriza a União a instituir impostos extraordinários, que também sejam da competência dos Estados, devendo entregar-lhes 50% da receita auferida, a título de repartição de receita. c) permite apenas aos Municípios instituir e cobrar a contribuição de melhoria. d) autoriza a União a instituir impostos novos, não previstos no texto constitucional, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição, cabendo aos Estados e ao Distrito Federal 20% dessa arrecadação, a título de repartição de receita. e) autoriza a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios a instituir impostos, taxas, contribuições sociais e de melhoria, cabendo somente à União instituir empréstimos compulsórios. Comentários: a) Errada – A União não pode instituir impostos que sejam da competência dos Municípios, essa proibição permanece mesmo em caso de golpes de Estado. b) Errada – Os impostos extraordinários só podem ser instituídos em caso de guerra ou sua iminência. Pode usar como fato gerador o mesmo de um imposto Estadual, mas não há que se falar nesse caso em repartição de receita. c) Errada – Contribuição de melhoria é de competência comum aos entes, qualquer ente pode instituir contribuição de melhoria. d) Correta – Os impostos residuais podem ser instituídos pela União nos termos dessa alternativa, atente para o detalhe da repartição de receita para os Estados que ficam vinte porcento da arrecadação do imposto residual. e) Errada – Em regra, não cabe aos Estados e Municípios instituírem contribuições sociais. Gabarito 6: D 7. (FCC/SEGEP-MA/Procurador/2016) Sobre a competência tributária, considere os itens a seguir. C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 33 de 91 www.exponencialconcursos.com.br I. Muito embora a competência tributária seja privativa, a União pode instituir impostos de competência dos Estados e do Distrito Federal no âmbito dos Territórios Federais. II. A competência tributária pode ser exercida por outro ente na hipótese específica do ente constitucionalmente competente não instituir o tributo que tem previsão de repartição constitucional de receitas. III. A imunidade tributária expressa a incompetência do ente para instituição do tributo na situação ali prevista, podendo ser fixada na Constituição Federal ou em lei complementar. IV. A competência para instituição de tributos é privativa, ou seja, quando atribuída a um ente político os demais estão automaticamente proibidos de instituí-lo, visto não ser admitido ser tributado duas vezes por um mesmo fato imponível. É correto o que se afirma APENAS em a) I, III e IV. b) I e IV. c) II e III. d) II e IV. e) I, II e III. Comentários: I - Correta – Cabe à União a instituição dos impostos estaduais nos Territórios Federais criados. II - Errada – Se o ente competente não instituir seu tributo, não pode outro ente se apropriar dessa competência, ou seja, a competência tributária não pode ser exercida por outro ente. II - Errada – Imunidade pressupõe origem constitucional, portanto, isenção ou não incidência pode ser concedida por lei complementar, mas não será chamada de imunidade. IV - Correta – Diante de tudo que falamos essa se torna uma assertiva um pouco duvidosa, já que vimos a possibilidade de a União, por exemplo, instituir um imposto extraordinário sobre o mesmo fato de outro ente. Essa situação, no entanto, configura uma exceção, ou seja, em condições normais a competência privativa realmente é privativa, e não se pode admitir a bitributação. Gabarito 7: B C óp ia r eg is tr ad a pa ra J ef fe rs on F er na nd es ( C P F : 3 32 .3 70 .2 08 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Cadu Carrilho Prof. Cadu Carrilho 34 de 91 www.exponencialconcursos.com.br 8. (FCC/Pref. Teresina-PI/Auditor Fiscal/2016) O Código Tributário Nacional estabelece que a atribuição constitucional de competência tributária para os Estados instituírem impostos como o IPVA a) compreende o compartilhamento da competência legislativa com os Municípios localizados em seu território, em razão de parte da receita deste imposto pertencer aos Municípios. b) compreende a competência legislativa plena a respeito desse imposto, ressalvadas as limitações existentes, contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e observado o disposto no CTN. c) será, quando não exercida pelo Estado, exercida pelos Municípios nele localizados, que deverão fiscalizá-lo e cobrá-lo. d) pode ser delegada aos Municípios localizados em seu território, quando esses Municípios optarem, na forma da lei, por fiscalizá-lo e cobrá-lo, e desde que essa delegação não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. e) pode ser definitivamente perdida, a favor da União, quando o Estado não a exercer por três anos consecutivos, ou por cinco intercalados, subsistindo a repartição de suas receitas com os Municípios localizados no Estado que não exerceu sua competência. Comentários: a) Errada – Não há para o IPVA compartilhamento de competência do Estado com Municípios, mas há sim a repartição de receitas desse imposto do Estado com o Município. b) Correta – O IPVA é um imposto de competência dos Estados, não há uma lei geral sobre esse imposto, então, os Estados podem exercer competência plena em relação a esse imposto, dede que respeitem as limitações constitucionais ao poder de tributar previstas no ordenamento jurídico como a CF, o CTN e as Constituições Estaduais. c) Errada – Município não pode instituir IPVA, mesmo que o Estado fique omisso em relação a criação desse imposto. d) Errada – O Estado não pode delegar a competência tributária sobre IPVA aos Municípios. e) Errada – Não existe essa possibilidade de perda da competência tributária constitucionalmente prevista. Gabarito 8:
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