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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO INSTITUTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS – ICTE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL TRANSPORTE PÚBLICO Bárbara Adriany Freitas Junqueira Cauane Santana Miranda TRABALHO 2: PARCERIAS INSTITUCIONAIS PARA GESTÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO Professor Ma. Viviani Antunes Gomes Uberaba 2021 Bárbara Adriany Freitas Junqueira Cauane Santana Miranda TRABALHO 2: PARCERIAS INSTITUCIONAIS PARA GESTÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO Trabalho escrito de carga horária da disciplina de Transporte Público Maio 2021 Sumário 1. INTRODUÇÃO 4 2. OBJETIVOS 5 3. PARCERIAS INSTITUCIONAIS PARA GESTÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO 5 3.1. CONCESSÕES E PERMISSÕES 5 3.2. PARCERIA PÚBLICO PRIVADA - PPP 7 3.3. AUTORIDADE METROPOLITANA 8 3.4. CONSÓRCIO 10 4. ESTUDO DE CASO 12 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 15 1. INTRODUÇÃO A gestão dos transportes públicos é efetuada através da tomada de decisões em função de diversos critérios e perspectivas. Para que estas decisões sejam as mais corretas possíveis é necessário que o sistema de apoio à decisão tenha a capacidade de obter os dados necessários de forma correta, sendo composto por modelos conceptuais que representem corretamente o sistema, capazes de extrair conhecimento para posterior tomada de decisões. Este conhecimento é muitas vezes apresentado sob a forma de indicadores de desempenho, permitindo aos operadores avaliar o desempenho do sistema e tomar decisões em função destes mesmos (DE SOUSA, 2020). A Política Nacional de Mobilidade como está formulada, impõe a necessidade de arranjos institucionais complexos trazendo novas oportunidades e desafios para a gestão dos transportes nos municípios. O ambiente da mobilidade urbana é bastante complexo e demanda que sejam empreendidos esforços do Poder Público para sua execução. Em primeiro lugar, por tratar-se de uma política descentralizada, exige o compartilhamento das responsabilidades entre os órgãos dos três níveis de governo (União, Estados e Municípios) e uma coordenação federativa baseada na cooperação. Além disso, a questão da mobilidade comumente definida a partir dos problemas de trânsito e de transportes, na realidade trata-se de uma temática de grande transversalidade. A mobilidade está inserida na política de desenvolvimento urbano, tendo, portanto, relação direta com outros temas, como habitação, uso e ocupação do solo, infraestrutura, etc. está sendo permeável a eles, no sentido de que as mudanças nessas políticas afetam a mobilidade e vice-versa. Nesse sentido, para que o planejamento da política produza os efeitos desejáveis, é preciso alinhar as ações governamentais em torno dos demais temas que compõem as políticas de desenvolvimento urbano transversais à política de mobilidade (RODRIGUES, 2014). As diretrizes para as ações e investimentos públicos e privados no Sistema de Mobilidade estão fixadas pelo artigo 228 da lei e estabelecem a priorização do transporte público, não motorizados sobre o transporte individual motorizado; a democratização dos espaços públicos destinados à mobilidade urbana, dando prioridade ao transporte coletivo; integração com outros modais; promover alternativas sustentáveis ao uso de veículos motorizados, como o uso de bicicletas; articulação entre as políticas setoriais e ações de mobilidade, envolvendo os três níveis de governo (União, Governo do Estado e município) e seus respectivos órgãos técnicos; criar mecanismos de participação popular no processo de formulação e gestão da mobilidade urbana, entre outros (RODRIGUES, 2014). Alguns autores como Ferraz e Torres e Sant’Anna, assinalam que as experiências com sucesso no transporte público por ônibus estão baseadas em dois elementos básicos: por um lado, a gestão e o planejamento do serviço são responsabilidades do poder público; por outro lado, a operação é realizada por empresas privadas (ROJAS PARRA, 2006). Cada sistema conta com um órgão gestor. Os dois sistemas são vistos como concorrentes. O sucesso de um é o fracasso do outro. Mas esse parcelamento do transporte tem gerado problemas na eficiência, efetividade e integração dos sistemas. Como consequência, foi necessário explorar alguns caminhos para solucionar essa situação (ROJAS PARRA, 2006). Dessa forma, são estabelecidas parcerias entre o setor público que, como aponta Jamali (2004), são motivadas por aspectos relacionados à ganhos de eficiência e melhoria do desempenho dos serviços públicos prestados, através da adoção de operações e métodos inovadores proporcionados pelo setor privado (LÖBLER et al., 2010). 2. OBJETIVOS O objetivo deste estudo é apresentar e discutir sobre parcerias institucionais para gestão do transporte público. 3. PARCERIAS INSTITUCIONAIS PARA GESTÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO 3.1. CONCESSÕES E PERMISSÕES Em geral, o serviço privado em detrimento do serviço público tende a realizar atividades de maneira mais rápida. Por esse motivo observa-se que grande parte das cidades brasileiras submeteram o serviço de transporte público urbano à iniciativa privada, uma vez que este não possui as mesmas obrigações e protocolos de procedimento. Essa transação se dá por meio das concessões e permissões, reguladas pela Lei n° 8987 de 1995, a Lei Federal das Concessões. As concessões acontecem quando é delegada a exploração e manutenção das atividades de caráter público ao prestador de serviço privado. Ela é formalizada em um contrato administrativo bilateral, ou seja, antevê os deveres e os direitos de ambas as partes, por um prazo determinado, e deve ser precedido de licitação na modalidade concorrência. É notavelmente mais vantajosa do que as permissões, que possui um caráter instável comparado às concessões, já que são formalizadas por um contrato de adesão no qual a gestão pública consegue revogar unilateralmente, levando a uma menor segurança jurídica ao contratado. A concessão comum de serviço público é a modalidade na qual o poder público não é encarregado por incentivos orçamentários, isso significa que os usuários contribuem com a manutenção do sistema e a restituição do investimento inicial da entidade privada por meio das tarifas. A Tabela 1 apresenta algumas vantagens e desvantagens desse tipo de concessão em relação a outros modelos. TABELA 1: Vantagens e desvantagens da concessão comum em relação a outras modalidades. Fonte: Caderno Técnico de Referência Gestão do Sistema de Transporte Público Coletivo. Além disso, tornaram-se importantes pois, dependendo do tipo de licitação, a concorrência pela concessão dos serviços permite ao órgão público optar pela proposta mais qualificada, de menor custo e deter de meios que garantam a execução do serviço com o nível de qualidade determinado em contrato. 3.2. PARCERIA PÚBLICO PRIVADA - PPP Entende-se como parceria público-privada um contrato de prestação de serviços de médio e longo prazo (de 5 a 35 anos) firmado pela Administração Pública e regulado pela Lei nº 11.079/2004, cujo valor não seja inferior a vinte milhões de reais, sendo vedada a celebração de contratos que tenham por objeto único o fornecimento de mão-de-obra, equipamentos ou execução de obra pública. Na PPP, a implantação da infraestrutura necessária para a prestação do serviço contratado pela Administração dependerá de iniciativas de financiamento do setor privado e a remuneração do particular será fixada com base em padrões de performance e será devida somente quando o serviço estiver à disposição do Estado ou dos usuários (MINISTÉRIO DA ECONOMIA, BRASIL). As parcerias não devem ser confundidas com as privatizações. Embora resultantes de um mesmo processo de reforma e modernização do Estado, as privatizações implicam a alienação de ativos públicos ao setor privado,enquanto nas PPP ocorre o inverso: ao término do contrato, a infraestrutura implementada é transferida ao setor público (BRITO; SILVEIRA, 2005). Ainda que a lei brasileira enquadre as PPPs como uma forma de concessão, elas se diferenciam das tradicionais no que se refere às fontes de remuneração do parceiro privado. Nas concessões tradicionais, a cobrança de tarifas é suficiente para remunerar o investimento. Já nas PPPs, abre-se espaço para uma complementação de receitas por parte do setor público, de modo a tornar o empreendimento viável. Nos casos em que não há cobrança de tarifa do beneficiário – ou quando a administração é a usuária, direta ou indireta, cabe ao poder público efetuar o pagamento integral pelo provimento do serviço (BRITO; SILVEIRA, 2005). Mesmo apresentando possibilidades de aplicação bastante amplas, tendo sido utilizada em setores como os transportes, a contratação por meio de PPP não substitui a obra pública tradicional. Há determinados empreendimentos que resultam em um elevado prêmio por transferência de riscos ao setor privado, não sendo, portanto, adequados a PPP (BRITO; SILVEIRA, 2005). Na Gestão Pública não-estatal ou terceirizada, o governo delega, ao setor privado, a execução de políticas públicas, no caso na área de transporte coletivo (público). É importante mencionar que o Estado deixou de ser controlador dos serviços públicos que foram outorgados por terceirizações (empresas), e, como descrevem Cruz e Silva (2011, p. 2), tem-se a Gestão Pública terceirizada de fins lucrativos “quando o setor público delonga para o setor privado a produção ou a realização de serviços públicos”. Então, fica sob responsabilidade do Estado, atestar a qualidade dos serviços prestados à população, conferindo não exclusivamente a qualidade dos serviços, mas a razoabilidade das tarifas cobradas nos transportes coletivos. O transporte coletivo surge, nesse cenário, como utilidade pública, em que as pessoas buscam por um serviço de qualidade, e, segundo Alencar, Rodrigues e Figueiredo (2016), é aquele que atende as necessidades dos clientes de forma confiável, segura e acessível em um tempo exato (SOUSA JÚNIOR et al., 2020). 3.3. AUTORIDADE METROPOLITANA No contexto europeu e principalmente nas últimas três décadas, tem-se assistido a reestruturações nos sistemas de transportes, ao nível das autoridades metropolitanas de transporte. Estas reestruturações foram motivadas pela necessidade de um controlo mais eficaz e eficiente dos fundos que permitissem alterações positivas nas condições de transporte dos passageiros. Tal facto implica necessariamente uma opção de organização do mercado de transporte de passageiros por questões de desempenho e restrições orçamentais. A forma organizacional e a forma legal são os pontos fulcrais que norteiam e determinam uma política de transportes em termos macro estratégicos (TELES, 2007). Segundo a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base - ABDIB (2020), o PL 4.881/2012 está em trâmite na câmara dos deputados, trata-se da política pública de mobilidade urbana. Entre diversas diretrizes, ele institui, nas regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas, a autoridade metropolitana de transportes. A autoridade metropolitana de transporte é um ente com objetivo de congregar as esferas federal, estadual e municipal, que passariam a ser conjuntamente responsáveis pelo planejamento, planos de expansão e execução dos serviços de transporte metropolitano. O PL 4.881/2012 faz parte do monitoramento de proposições legislativas que impactam o setor de infraestrutura. O projeto passou a ser tratado em comissão especial, com relatório já apresentado após audiências públicas. O relatório mantém a instituição da autoridade metropolitana de transportes em regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas. Propõe ainda que a autoridade metropolitana deverá ser instituída por lei estadual. Além disso, estados e municípios inclusos em região metropolitana ou na aglomeração urbana ficarão impedidos de receber recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana até que a respectiva autoridade metropolitana tenha sido instituída. Com o propósito de adequar a política de mobilidade tem-se a necessidade da introdução de uma organização competente para a conurbação, a gestão dos diversos modos de transporte, a programação dos investimentos, a canalização dos financiamentos públicos para um projeto global, que pode incluir outros parceiros, notadamente privados, e, ainda, lançar mão de empréstimos com bancos e agências de financiamento, ao oferecer a garantia de uma estrutura estável. As entidades, nos diversos níveis de governo, devem atuar de forma coordenada, cada uma no seu papel, mas a serviço de um projeto comum. Dessa maneira, o risco de superposição ou de contradição e até mesmo de concorrência entre os modos de transporte é minimizado. Os exemplos mundiais de Autoridade Reguladora Integrada apontam para quatro modelos – Coordenação Vertical, Cooperação Voluntária, Agência Reguladora e Governança Metropolitana –, que têm as seguintes características em comum: nível intermediário de poder situado entre governo e municípios, planejamento econômico e territorial para a região conurbada, integração modal e tarifária, análise de desempenho e regulação da operação, coordenação dos meios de pagamento e canalização dos recursos financeiros. Tendo como principais diferenças: FIGURA 1: Principais diferenças entre Coordenação Vertical, Cooperação Voluntária, Agência Reguladora e Governança Metropolitana Fonte: Instituto de Engenharia. 3.4. CONSÓRCIO Desde a década de 1960, quando passaram a existir com maior frequência, os consórcios se apresentaram como alternativa na ausência de instrumentos ou mecanismos formais para fomentar a cooperação dentro do novo arranjo federal democrático e descentralizado pós-1988. Esses consórcios, de caráter predominantemente intermunicipal, surgiram de forma ascendente (CRUZ, 2002) e voluntária, ou seja, a partir de pactos e acordos entre municípios para a realização de objetivos de interesse comum e para a resolução de problemas comuns, principalmente no que diz respeito ao planejamento regional integrado e a prestação de serviços públicos (BEST, 2011). Segundo Best (2011), somente em 2005, com a criação da Lei Federal n o 11.107, conhecida como Lei de Consórcios Públicos, é que surge um arcabouço jurídico- institucional apto a regulamentar os novos arranjos institucionais. Um dos principais objetivos da criação dos consórcios públicos é “viabilizar a gestão pública nos espaços metropolitanos, em que a solução de problemas comuns só pode se dar por meio de políticas e ações conjuntas”. Antes dessa lei, o convênio era um instrumento de cooperação frágil muito utilizado para acordos de cooperação intergovernamentais pontuais (MACHADO, 2009). Art. 1º § 1º O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. Art. 2º Os objetivos dos consórcios públicos serão determinados pelos entes da Federação que se consorciam, observados os limites constitucionais. § 1º Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá: I – Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo; II – Nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público; e III – ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação. O consórcio de transportes visa aperfeiçoar a gestão metropolitana do sistema de dividindo as responsabilidadesentre o estado e municípios, fortalecer o papel dos municípios na gestão do Sistema de Transporte Público de Passageiros (STPP), coordenar as ações entre estados e municípios facilitando a obtenção de recursos financeiros para melhoria da qualidade e eficiência do sistema, estabelecer nova relação contratual com os operadores através de um processo licitatório único de linhas municipais e intermunicipais. Como exemplo tem-se o consórcio de transportes da região metropolitana do Recife. FIGURA 2: Modelo Institucional do Consórcio Público de Recife. Fonte: Grande Recife Consórcio de Transporte. 4. ESTUDO DE CASO O artigo “Análise do impacto das incertezas em parcerias público-privadas: um caso real na área de transporte público” analisou o impacto das incertezas na viabilidade econômico-financeira de um projeto real na área de transporte público de Parceria Público-Privada, por meio de uma análise de sensibilidade, que verifica as variáveis que mais afetam o projeto, e a Simulação Monte Carlo, que expõe os riscos do mesmo. A técnica de análise de sensibilidade consiste em examinar o impacto da variação individual do valor de cada parâmetro de rentabilidade do projeto. (SANTOS, 2010). A Simulação de Monte Carlo, por sua vez, é um método probabilístico que consiste em gerar números aleatórios que siga uma distribuição de probabilidade específica, assim computa as incertezas caracterizadas por distribuições de probabilidade permitindo diferentes análises de sensibilidade para atestar a viabilidade econômica do projeto. (ROBUS et al., 2016). O método do estudo foi dividido em seis fases, conforme ilustrado na Figura FIGURA 3: Modelo de Método de Pesquisa Fonte: Fonseca, 2018. A coleta de dados foi realizada em um contrato de Parceria Público-Privada para investimento e operação de uma linha de metrô de uma cidade brasileira. A entidade privada deve implantar obras civis e sistemas, fornecer material rodante, operação, manutenção e conservação da linha de metrô por um prazo de 35 anos. Em contrapartida, a remuneração provém das tarifas cobradas dos usuários do metrô e uma contraprestação anual de R$30 milhões paga pelo órgão público. Na tabela 2 são apresentados os investimentos previstos, dado que os custos e despesas dos custos operacionais, manutenção e despesas administrativas, despesas com administração na fase de obras, seguros e garantias, verba de fiscalização, recursos de desenvolvimento tecnológico, verba publicitária, pequenas lojas e estacionamentos. TABELA 2: Investimentos previstos dos parceiros Fonte: Fonseca, 2018. Baseada na tarifa teto fixada em R$2,55 (data de 01/09/2013) projetou-se a receita operacional. A estimativa é que em 2018, o ano que iniciou as operações, a demanda inicial seria de 83.351.565 passageiros atingindo 204.404.703 passageiros por ano ao final da concessão. Definiu-se que as principais variáveis de incerteza seriam as Tarifa teto, demanda, custos e despesas totais, Investimentos totais e contraprestação pecuniária. Na primeira análise de sensibilidade utilizou-se uma variação de 10% a mais e 10% a menos dessas fontes e para a tarifa teto um valor mínimo de R$2,53. FIGURA 4: Análise de Sensibilidade Fonte: Fonseca, 2018. Na primeira análise observa-se que os fatores mais impactantes na viabilidade do projeto são a demanda e os investimentos. Na segunda análise, feita com o valor da tarifa teto 10% a menos, percebe-se que a variável mais impactante foi a de investimentos. Com base nas três variáveis mais críticas da análise anterior: demanda, investimentos e tarifa, a simulação de Monte Carlo, por meio do software CrystalBall®, demonstra que a probabilidade de viabilidade, no primeiro caso, é de 52,09% ao contrário do segundo caso, em que a probabilidade é de 27,06%, ou seja, ao assumir uma tarifa inferior a R$2,53 os riscos do projeto aumentam substancialmente. FIGURA 5: Análise de risco Fonte: Fonseca, 2018. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Baseado nos resultados obtidos, a pesquisa sugere que o projeto é viável e, portanto, recomenda-se investir na Parceria Público-Privada. Além disso, entendeu- se que abaixar o valor da tarifa poderia causar a inviabilidade do projeto. Conclui-se, então, que em sua maioria, as parcerias institucionais para a gestão do transporte público urbano são viáveis e tendem a fornecer sistemas mais eficientes, deixando assim, o órgão público cumpra suas obrigações na prestação de serviço de transporte público coletivo sem a necessidade de criar uma estrutura ou realizar um grande investimento para a operação. Dessa maneira, fica responsável apenas pelo planejamento e gestão da qualidade dos serviços. 6. REFERÊNCIAS ALEXANDRE OLIVEIRA FONSECA. Parceria Público-Privada (PPP). Plataformamaisbrasil.gov.br. Disponível em: <http://plataformamaisbrasil.gov.br/ajuda/glossario/parceria-publico-privada-ppp>. Acesso em: 19 May 2021. BEST, Nina Juliette. Cooperação e multi-level governance: o caso do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano. 2011. Tese de Doutorado. DE SOUSA, João Nuno Lemos. Especificação de requisitos para o desenvolvimento de um sistema de apoio à decisão para gestão de transportes públicos intermodais. 2020. FONSECA, Marcelo Nunes et al. Análise do impacto das incertezas em parcerias público-privadas: um caso real na área de transporte público. Brazilian Applied Science Review, v. 2, n. 2, p. 532-549, 2018. Lei nº 11.079. Planalto.gov.br. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l11079.htm>. Acesso em: 19 May 2021. Lei nº 11.107. Planalto.gov.br. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11107.htm>. Acesso em: 19 May 2021. MINISTÉRIO AGUARDA “JANELA” PARA VOTAR PL SOBRE AUTORIDADE METROPOLITANA DE TRANSPORTE. Ministério aguarda “janela” para votar PL sobre autoridade metropolitana de transporte. ABDIB. Disponível em: <https://www.abdib.org.br/2020/07/23/ministerio-aguarda-janela-para-votar-pl-sobre- autoridade-metropolitana-de-transporte/>. Acesso em: 19 May 2021. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Caderno Técnico de Referência Gestão do Sistema de transporte público coletivo. Disponível em: <https://antigo.mdr.gov.br/images/stories/ArquivosSEMOB/Biblioteca/Caderno- Tecnico-de-Referencia-Gestao-do-Sistema-de-Transporte-Publico-Coletivo.pdf> Acesso em: 19 May 2021. RODRIGUES, Juliana de Souza. Gestão do transporte público do município de São Paulo: implementação da política nacional de mobilidade urbana. 2014. ROJAS PARRA, Fernando. Aportes para a melhoria da gestão do transporte público por ônibus de Bogotá, a partir das experiências de Belo Horizonte e Curitiba. Papel político, v. 11, n. 2, p. 557-594, 2006. SOUSA JÚNIOR, Antônio Ressa Rodrigues de. Et al. Papel da Gestão Pública e a qualidade no transporte coletivo. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 05, Ed. 12, Vol. 14, pp. 32-50. Dezembro de 2020. ISSN: 2448- 0959, Link de acesso: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/administracao/qualidade-no-transporte, DOI: 10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/administracao/qualidade-no- transporte TELES, Maria de Fátima Carvalho de Sampaio et al. Metodologia de análise de um sistema metropolitano de transportes: o caso da Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto (AMTP). 2007.
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