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TRANSTORNOS DA ANSIEDADE - TAG, PÂNICO, AGORAFOBIA, FOBIA SOCIAL, TOC E TEPT

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Victoria Chagas 
1 
 
Psiquiatria 
 
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE 
 Ansiedade é algo normal (fisiológico)→ todo mundo tem em algum nível, o problema é quando essa 
ansiedade começa a trazer prejuízo para a pessoa → se torna ansiedade patológica (transtornos) 
 Os transtornos de ansiedade caracterizam-se por respostas inadequadas a uma situação 
ansiogênica – real ou imaginária – particularmente no que diz respeito à intensidade e à duração. 
 Causa efeitos motores e viscerais e afeta o pensamento, a percepção e o aprendizado. 
 A forma como esse sintoma se expressa varia muito com cultura, idade, grau de instrução, etc. 
 Algumas condições clínicas podem cursas com sinais e sintomas de ansiedade, como: 
- Doenças neurológicas (tumores, enxaqueca, esclerose múltipla) e endocrinológicas 
(hipo/hipertireoidismo, síndrome de Cushing, doença de Adisson) 
- Pulmonares (asma, embolia, DPOC) e cardiovasculares (angina, HAS, ICC, IAM) 
- Inflamatórias (LES, artrite reumatoide) 
- Intoxicação (cocaína, cafeína, nicotina, anticolinérgicos, corticoides) ou abstinência (álcool, 
opioides, benzodiazepínicos, anti-hipertensivos) 
 Os sistemas classificatórios CID-10 e DSM-IV adotavam nosografias semelhantes, dividindo 
basicamente os transtornos de ansiedade em: transtorno de pânico e agorafobia e transtorno 
obsessivo-compulsivo, fobia social e fobias específicas, transtorno de ansiedade generalizada, 
transtorno de estresse pós-traumático e transtorno misto de ansiedade e depressão. Agora, o DSM-V 
acrescentou o Transtorno de Ansiedade de Separação e Mutismo Seletivo aos distúrbios de 
ansiedade, e colocou TOC como uma entidade que não faz parte dos transtornos de ansiedade. E 
o estresse pós-traumático foi colocado dentro de Transtornos Relacionados a Trauma e a Estressores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAG (TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA) 
 
 
 
OQUE É? 
 
- Consiste em uma PREOCUPAÇÃO EXCESSIVA E ABRANGENTE, acompanhada por uma variedade 
de sintomas somáticos, que causa comprometimento significativo no funcionamento sócio-
ocupacional ou acentuado sofrimento. Não ocorre exclusivamente, nem mesmo de modo 
preferencial, em uma determinada situação, a ansiedade tem caráter “flutuante”. 
 
 
EPIDEMIO 
- Transtorno psiquiátrico mais prevalente ao longo da vida. 
- A prevalência anual é de 3-8%, e é mais frequente em mulheres (2:1) 
- Início geralmente em torno da 2ª década de vida 
 
 Victoria Chagas 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIO 
PATO 
GENIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Multifatorial → fatores genéticos, ambientais e de 
experiências pessoais. 
- Afeta diversas áreas cerebrais, especialmente as 
relacionadas ao medo, autopreservação, processos de 
luta e fuga, estado de alerta e responsividade 
- Todas as áreas envolvidas tem muitas vias 
serotoninérgicas → importante para o tratamento 
 
 
➢ AMÍGDALA – medo (pânico e fobia) 
 
• Sentimento de medo → regulados por conexões 
recíprocas entre a amígdala e o córtex cingulado 
anterior (CCA) e entre a amígdala e o córtex orbitofrontal 
(COF). 
 
• Esquiva → conexões recíprocas entre a amígdala e a 
substância cinzenta periaquedutal ou central (SCC). 
Esquiva é uma resposta motora e pode ser análoga a ficar 
paralisado, lutar ou correr (fugir) para sobreviver às 
ameaças. 
 
• Resposta endócrina ao medo → aumento do cortisol, que 
ocorrem devido à excitação do eixo hipotálamo-hipófise-
suprarrenal (HHSR) pela amígdala. Uma rápida elevação 
do cortisol pode aumentar a probabilidade de sobrevida 
quando o paciente se defronta com uma ameaça real, 
de curta duração. Entretanto, a ativação crônica e 
persistente desse aspecto da resposta de medo pode 
levar ao aumento de comorbidades clínicas, como 
doença arterial coronária e diabetes tipo 2, bem como 
acidente vascular encefálico e atrofia do hipocampo. 
 
• Resposta respiratória → Essas alterações são reguladas 
pela excitação do núcleo parabraquial (NPB) por meio 
da amígdala. A excitação inapropriada ou excessiva 
do NPB pode levar não apenas a aumento da 
frequência respiratória, mas também a sintomas como 
dispneia, exacerbação da asma ou sensação de 
asfixia. 
 
• Ligação da ansiedade com circuitos e 
neurotransmissores → Os sintomas ansiedade e medo 
estão associados à disfunção dos circuitos centrados 
na amígdala. Os neurotransmissores que regulam esses 
circuitos são a serotonina (5HT), GABA, noradrenalina, 
o glutamato, o fator de liberação da corticotrofina 
(CRF), entre outros. Além disso, os canais iônicos 
controlados por voltagem estão envolvidos na 
neurotransmissão desses circuitos. 
 
 
 Victoria Chagas 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIO 
PATO 
GENIA 
 
• Resposta autonômica ao medo → envolvem aumento 
da frequência cardíaca (FC) e da pressão arterial 
(PA), que são reguladas por conexões recíprocas 
entre a amígdala e o locus coeruleus (LC - a “casa” 
dos corpos celulares noradrenérgicos). A ativação a 
longo prazo desse circuito pode levar a aumento do 
risco de aterosclerose, isquemia cardíaca, alteração 
da PA, diminuição da variabilidade da FC, infarto do 
miocárdio (IM) ou mesmo morte súbita. 
 
 
• O hipocampo e a revivência → A ansiedade pode ser 
desencadeada não apenas por estímulo externo, 
mas também pelas memórias do paciente. As 
memórias traumáticas armazenadas no hipocampo 
podem ativar a amígdala, fazendo com que esta, por sua vez, 
ative outras regiões cerebrais e produza a resposta de medo. 
Chama-se isso de revivência, uma característica particular do 
transtorno de estresse pós-traumático. 
 
 
➢ CORTICOESTRIADOTALAMOCORTICAL (CETC) – preocupação 
 
• A preocupação, que pode envolver o 
sofrimento ansioso, as expectativas 
apreensivas, o pensamento catastrófico e as 
obsessões, está ligada a alças de 
retroalimentação 
corticoestriadotalamocorticais (CETC) do 
que se origina e termina no córtex pré-frontal 
dorsolateral (CPFDL). 
 
• Ligação da preocupação com circuitos e 
neurotransmissores → são reguladas pela 
serotonina (5HT), pelo ácido γ-aminobutírico 
(GABA), pela dopamina (DA), pela noradrenalina (NA), pelo glutamato e pelos canais iônicos 
controlados por voltagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA 
 
- Manifestações oscilam → não ocorre exclusivamente em determinada situação. 
 
- Nesses quadros, são frequentes sintomas como insônia, 
dificuldade em relaxar, angústia constante, irritabilidade e 
dificuldade em concentrar-se. 
 
- A estimulação do sistema nervoso autônomo causa certos 
sintomas – cardiovasculares (p. ex., taquicardia), musculares 
(p. ex., cefaleia), gastrintestinais (p. ex., diarreia) e respiratórios 
(p. ex., taquipneia). 
 
 
 
 
 Victoria Chagas 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓS 
TICO 
 
- Critérios segundo DSM-V e a CID-11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATA 
MENTO 
 
➢ PRIMEIRA LINHA 
• ISRS e IRSN 
• Benzodiazepínicos – Diazepam, clonazepam e alprazolam 
• Buspirona 
• Ligantes α2δ, como pregabalina e gabapentina. 
 
- Alguns médicos relutam em prescrever benzodiazepínicos para TAG devido à possibilidade de 
dependência, uso abusivo e reações de abstinência com os benzodiazepínicos. 
- Os benzodiazepínicos podem ser úteis para “complementar” o ISRS ou o IRSN ou para uso 
concomitante ocasional, quando os sintomas se exacerbam, e é necessário obter alívio rápido 
o Meia vida longa: Diazepam e clonazepam (quadros de apresentação longa) 
o Meia vida curta: alprazolam (quadro de crise → pode usar o de longa tb) 
**Quanto menor a meia vida, mais chance de causar dependência 
 
➢ SEGUNDA LINHA 
• Antidepressivos tricíclicos (ATC)• Antidepressivos sedativos, como mirtazapina, trazodona 
• Anti-histamínicos sedativos, como hidroxizina 
• As medicações adjuvantes que podem ser úteis são os hipnóticos ou um antipsicótico atípico. 
 
➢ TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL (TCC) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Victoria Chagas 
5 
 
 
TRANSTORNO DO PÂNICO 
 
 
 
OQUE É? 
 
 
- Ocorrência espontânea, inesperada de ataques de pânico, de forma recorrente 
- São ataques agudos e graves de ansiedade, de curta duração 
- Costuma ser acompanhado por agorafobia – medo de estar sozinho em locais públicos 
 
 
 
 
EPIDEMIO 
- Mais em mulheres (3:1) 
- Fator social contribuidor → história recente de divórcio ou separação 
- Início pode estar relacionado a evento traumático 
- Costuma surgir na idade jovem → 25 anos → mas pode ocorrer em qualquer idade 
- 91% dos pacientes possuem outro transtorno psiquiátrico 
- Fatores predisponentes: cafeína, álcool, cigarro e drogas ilícitas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FISIO 
PATO 
GENIA 
- Principal neurotransmissor res envolvidos → norepinefrina, serotonina e GABA. 
- Algumas substâncias (panicogênicas) podem induzir os ataques de pânico em indivíduos 
portadores deste transtorno → dióxido de carbono, bicarbonato e lactato. 
- Neuroimagem → alterações nos lobos temporais, principalmente atrofia do lobo temporal direito. 
 - Fatores genéticos → ↑ 4-8x no risco de parentes de pacientes com transtorno do pânico, 
- Mecanismos psicodinâmicos de defesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA 
 
- Crises de pânico recorrentes, que se apresentam como ataques espontâneos de sensação de 
perigo ou morte iminente associados a sintomas de hiperatividade autonômica. 
- Com frequência, o primeiro ataque de pânico é espontâneo, embora muitos possam estar 
relacionados com excitação, esforço físico, atividade sexual ou trauma emocional moderado. 
 
- Os sintomas físicos costumam incluir taquicardia, 
palpitações, dispneia e sudorese. 
- Frequentemente, tem duração de aproximadamente 
20-30 minutos, com rápida progressão dos sintomas, 
atingindo o máximo de sua intensidade em 10 
minutos. Raramente ultrapassam 1 hora. 
- Preocupações de morte por problemas cardíacos ou 
respiratórios → acreditam que estão para morrer. 
- Até 20% deles têm episódios de síncope 
- A hiperventilação pode produzir alcalose respiratória 
e outros sintomas. 
- Estar atento para risco de suicídio. 
- Além da agorafobia, outras fobias e transtorno 
obsessivo-compulsivo (TOC) podem coexistir com o transtorno de pânico. 
 Victoria Chagas 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓS 
TICO 
 
 
 
 
 
 
 
*DSM-V afirma que a agorafobia é diagnosticada independentemente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATA 
MENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Os benzodiazepínicos de ação curta, como o alprazolam, apresentam uma resposta rápida e, 
por isso, podem ser usados em curto prazo com coadjuvantes na fase inicial do tratamento. 
- Duração do tratamento costuma ser de 8-12 meses após a melhora do quadro. 
- Orientar os pacientes a procurarem um tratamento psicoterápico - TCC. 
 
 
AGORAFOBIA 
 
 
 
OQUE É? 
 
 
- MEDO OU UMA ANSIEDADE em relação a LOCAIS dos quais a fuga possa ser difícil. 
- É possível que seja a mais incapacitante das fobias, porque pode interferir de maneira 
significativa na capacidade de uma pessoa funcionar no trabalho e em situações sociais 
 
 
EPIDEMIO 
- Cerca de 30-50% das pessoas com agorafobia também têm transtorno de pânico. 
- O pico da idade de início é no começo da 3ª década de vida (surgimento > 40 anos é raro) 
 
 
 
CLÍNICA 
- Na agorafobia, os pacientes apresentam ansiedade em situações nas quais possa ser difícil 
obter socorro (lojas, espaços abertos etc.), ou em que o auxílio pode não estar disponível, 
preferindo estar sempre acompanhados por amigos ou familiares. 
 
 Victoria Chagas 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓS 
TICO 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL/FOBIA SOCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
OQUE É? 
 
 
- Medo de situações sociais, incluindo aquelas que envolvem escrutínio ou contato com estranhos 
• Fobia: medo irracional que provoca ansiedade antecipatória e comportamento 
consciente de esquiva do objeto, atividade ou situação específica temida. 
• Fobia social: medo excessivo de humilhação ou embaraço em vários contextos sociais – 
falar ou escrever em público, por exemplo. 
• Fobia específica: medo acentuado e persistente de objetos claramente discerníveis ou 
situações isoladas. Pode ser classificada em diversos tipos, segundo a situação fóbica. 
 
 
 
 
 
EPIDEMIO 
 
- Estima-se que 5-15% da população apresente 
sintomas fóbicos sociais (diferentes graus) 
- É mais comum geralmente em mulheres 
- Idade de pico de início é na adolescência, embora 
seja comum dos 5-35 anos 
- A fobia específica é mais comum que a social 
 
 
 
 
 
FISIO 
PATO 
GENIA 
 
- Fatores biológicos, genéticos e ambientais. 
- Aspectos psicodinâmicos 
- O deslocamento tem sido descrito como um dos 
mecanismos de defesa principais – a ansiedade é 
separada da ideia ou situação original e 
deslocada para algum outro objeto ou situação 
- Alguns pacientes podem ter apresentado 
inibição comportamental durante a infância. 
 
 Victoria Chagas 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA 
 
- As pessoas com transtorno de ansiedade social 
temem se embaraçar em situações sociais (i.e., 
reuniões sociais, apresentações orais, encontro 
com pessoas novas). 
- Elas podem ter medos específicos de realizar 
determinadas atividades, como comer ou falar na 
frente dos outros, ou podem experimentar um 
medo vago e inespecífico de “embaraçar-se” 
- Outros: rubor facial, contrações musculares e 
ansiedade do julgamento dos outros. 
- É classificada em: 
• CIRCUNSCRITA → restrita a uma situação 
específica 
• GENERALIZADA → comportamento fóbico inclui todas ou quase todas as situações sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓS 
TICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATA 
MENTO 
 
- Psicoterapia – TCC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Victoria Chagas 
9 
 
TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO (TOC) 
 
 
 
 
OQUE É? 
 
 
- Existência de PENSAMENTOS OBSESSIVOS E COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS. 
• Os pensamentos obsessivos são ideias, sentimentos ou imagens intrusivos, ou seja, que 
invadem o pensamento da pessoa de forma repetida e contra a sua vontade – estes 
trazem muita ansiedade e a realização dos atos compulsivos a diminui. 
• As compulsões são comportamentos repetitivos ou atos mentais estereotipados, que têm 
como objetivo aliviar os pensamentos obsessivos. 
 
 
 
 
EPIDEMIO 
- A prevalência de TOC na população geral, durante o período de vida, está estimada em 2-3%. 
- Na idade adulta, ambos os sexos são igualmente propensos 
- Idade média de início costuma ser por volta dos 20 anos 
- Mais de 50% dos pacientes experimentam início súbito dos sintomas após um evento estressante 
(gravidez, morte de um parente). 
 
 
 
 
 
FISIO 
PATO 
GENIA 
- O principal neurotransmissor envolvido é a 
serotonina, o que é corroborado pelas altas 
taxas de melhora com drogas serotoninérgicas. 
- Alguns mecanismos de defesa psicodinâmicos 
são mais relacionados a este transtorno, como 
isolamento (a ideia obsessiva não é 
acompanhada de um afeto), anulação 
(tentativa de reduzir o pensamento através de 
comportamentos) e formação reativa 
(produção de um comportamento para 
satisfazer um desejo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA 
 
- Geralmente coexistem sintomas obsessivos 
simultâneos às compulsões. 
**Tanto as obsessões quanto as compulsões são 
vivenciadas como algo estranho à sua 
personalidade → são reconhecidas como 
absurdas ou irracionais e, muitas vezes, os 
pacientes tentam resistira estes sintomas sem 
sucesso. 
 
 
- Podem existir diversos tipos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Victoria Chagas 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓS 
TICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATA 
MENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Victoria Chagas 
11 
 
TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO (TEPT) 
 
 
 
OQUE É? 
 
 
- Desenvolve-se após experiência de uma situação estressante de ordem física ou emocional de 
magnitude suficientemente traumática para qualquer pessoa (por exemplo: guerras, torturas, 
estupro, acidentes, catástrofes naturais). 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPIDEMIO 
 
- Pode ocorrer em qualquer idade, porém é mais 
frequente em adultos jovens. 
- Prevalência mais alta em mulheres que em 
homens. 
- Os estressores mais comuns foram exposição a 
combate em homens e agressão sexual em 
mulheres. 
 
 
 
 
 
 
FISIO 
PATO 
GENIA 
 
- O desenvolvimento deste transtorno parece estar 
relacionado ao significado subjetivo do fator 
estressor (evento traumático) para o paciente, 
além de fatores biológicos e psicodinâmicos 
também estarem implicados na etiologia deste 
processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CLÍNICA 
- Os sintomas geralmente se iniciam nos primeiros 3 meses após o evento desencadeante, 
variando de poucas semanas a 6 meses. 
- O paciente pode apresentar sentimento de 
culpa, rejeição e humilhação; comprometimento 
da memória e atenção, revivência dolorosa do 
evento traumático, comportamento de esquiva 
ou agressivo. 
- Pode haver ideação suicida. 
- A esquiva de situações ou objetos relacionados 
ao ocorrido → esforço para evitar pensamentos, 
sensações ou conversas. 
- Além disso, sintomas, como incapacidade para 
lembrar aspectos importantes do trauma, 
desinteresse por atividades importantes, sensação 
de estranhamento em relação a outras pessoas, 
dificuldade para expressar afetos, irritabilidade, 
dificuldade de concentração, reações de 
sobressalto e sentimentos de desesperança. 
- Muitos pacientes apresentam sintomas 
depressivos importantes e tentam o alívio pelo 
abuso de álcool ou drogas. 
- Além disso, ser dedicada na avaliação clínica, 
para se determinar a possível ocorrência de 
traumatismo craniano, cujas sequelas poderiam 
lembrar alguns dos sintomas do TEPT 
 Victoria Chagas 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGNÓS 
TICO 
 
 
 
 
 
 
 
TRATA 
MENTO

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