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gestão escolar

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Prévia do material em texto

Tatiana de Medeiros Santos
Gestão 
Educacional
Unidade 4
Livro Didático 
Digital
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico 
TIAGO DA ROCHA
Autora 
TATIANA DE MEDEIROS SANTOS
Tatiana de Medeiros Santos
Olá. Meu nome é Tatiana de Medeiros Santos. Sou formada 
em Pedagogia, com uma experiência técnico-profissional na área de 
educação, portanto sou especialista em Educação Infantil e também em 
Gestão Educacional. Sou mestre em Educação Popular e Doutora em 
Educação, sou professora do Ensino Fundamental e Ensino Superior há 
mais de 10 anos. Passei por empresas como a Universidade Federal da 
Paraíba como professora substituta do curso Pedagogia. Sou professora 
da rede municipal de ensino Prefeitura Municipal de João Pessoa, sou 
Professora da UNAVIDA – UVA, Sou Professora da UNINASSAU e tutora 
à distância do curso à distância Pedagogia da UFPB. Sou apaixonado 
pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que 
estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora 
Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito 
feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte 
comigo!
A AUTORA
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda 
vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento 
de uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
A escola e o Projeto Político Pedagógico ................... 10
Conceitos e finalidades do Projeto Político 
Pedagógico ............................................................................. 20
O projeto Político Pedagógico da escola na perspectiva 
de uma Educação para a Cidadania....................................... 30
A gestão escolar democrática e o projeto político 
pedagógico na perspectiva de uma educação para a 
cidadania ................................................................................................... 36
A Gestão da Escola básica e o princípio da autonomia 
Administrativa, Financeira e Pedagógica ................... 40
Administrativa .........................................................................................44
Financeira .................................................................................................. 45 
Jurídica .........................................................................................................47
Pedagógica .............................................................................................. 48
Gestão Educacional 7
UNIDADE
04
Gestão Educacional8
Você sabia que a área da Gestão Educacional é uma das mais 
demandadas na área educacional, está garantida para acontecer nas 
escolas públicas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 
N.9394/96. É responsável pela elaboração e execução do Projeto Político 
Pedagógico de forma democrática. Por isso, instituiu na escola pública a 
importância do diálogo e participação efetiva de todos nas decisões da 
escola. Também é responsável por institucionalizar o Conselho de Escola, 
como forma de organizar os representantes de uma escola. Vamos ver 
como isso acontece na prática? Isso mesmo. Entendeu? Ao longo desta 
unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
Gestão Educacional 9
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
1. Reconhecer os mecanismos de participação no processo de 
gestão nas instituições escolares;
2. Entender o que é e como funciona um Projeto Político Pedagógico;
3. Perceber o processo de cidadania que acontece no interior da 
gestão democrática;
4. Compreender como é a gestão na educação básica que deve 
garantir o princípio da autonomia administrativa, financeira e pedagógica.
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao 
conhecimento? Ao trabalho! Nesta unidade, vamos conhecer como deve 
ser a atuação de uma gestão democrática, a construção e como deve ser 
colocado em prática o Projeto Político Pedagógico e suas implicações na 
escola pública. 
OBJETIVOS
Gestão Educacional10
A escola e o Projeto Político Pedagógico
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de reconhecer 
os mecanismos de participação no processo de gestão 
nas instituições escolares. Isto será fundamental para o 
exercício de sua profissão. A gestão deve garantir que 
o Projeto Político Pedagógico seja construído de forma 
democrática. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Figura 1 - Imagem: PPP – Diversos olhares sobre a escola.
Fonte: Pixabay
Na atualidade, temos nas escolas públicas acontecendo o modelo 
de gestão escolar democrática. Conforme já foi visto em capítulos 
anteriores, esta é uma prática que está assegurada por Lei, e se baseia 
na gestão de tudo que acontece no interior das escolas, respeitando as 
particularidades de cada uma e suas ações envolvem tanto as pessoas no 
contexto escolar, como recursos materiais e financeiros, sobre questões 
que envolvem o ensinar e aprender. 
O foco do gestor deve estar principalmente na proposta pedagógica 
da escola, que deve ser construída a partir da construção coletiva e este 
Gestão Educacional 11
documento, numa escola, representa o que orientará as atividades deste 
processo.
EXPLICANDO MELHOR:
Como já foi informado aqui, nos capítulos anteriores, a 
prática do gestor escolar, deve acontecer através de um 
ambiente acolhedor e que as decisões tomadas na escola 
devem acontecer focadas na melhoria da qualidade do 
ensino. Na escola pública, é preciso que se abra espaço 
para dialogar, expor opiniões, trocar experiências, sempre 
na busca de buscar soluções para as problemáticas 
cotidianas da escola, para tanto se faz necessário a 
construção de uma proposta educativa e que esta seja de 
conhecimento de todos. 
Veiga (1995) defende que o projeto pedagógico construído na 
escola seja político e deve estar ligada diretamente com o modelo de 
cidadão que quero formar para a sociedade, essa preocupação deve 
atender aos interesses coletivos da população. Trabalhar com educação 
é um ato que deve ser político, na intenção de sabermos em qual modelo 
de sociedade vivemos e precisamos estar atentos para questionar qual 
perfil de aluno queremos formar? 
IMPORTANTE:
Para tanto, é preciso estarmos atentos para as 
transformações da sociedade e a gestão deve estar 
atenta para nos orientar a repensar as diversas formas de 
estrutura de poder da escola. A autora acima orienta que 
a construção do Projeto Político Pedagógico é algo muito 
importante de uma escola e não podemos cair no erro de 
produzi-lo e guardá-lo. 
Gestão Educacional12
É preciso que o gestor e os profissionais que fazem parte da escola, 
busquem caminhos para colocar em prática o que foi pensado para 
acontecer na escola e foi registrado nestedocumento que chamamos 
que é a identidade da escola pública. No PPP, é preciso que nele esteja 
registrado a concepção teórica que desejamos trabalhar, o contexto 
histórico destas escolas, as necessidades e problemas enfrentados e 
propor soluções para que a mesma busque a mudança da realidade para 
a situação e que a escola se encontra no momento. 
Para a construção do Projeto Político Pedagógico de uma escola é 
preciso entender que a escola pública trabalha com gestão democrática e 
que esta deve definir a sua prática político-pedagógica e administrativa, que 
o mesmo, deve estar fundamentado na participação da comunidade escolar. 
Esses representantes juntos devem ter claro o tipo de escola que pretendem 
alcançar e propor a construção de um Projeto Político Pedagógico condizente 
com a realidade escolar local. (DOURADO, 2001, p.18).
Figura 2 - Imagem: Para construir o PPP é preciso ter planejamento.
Fonte: Pixabay
Quando uma escola se propõe a construir um projeto, a ideia 
primordial é a de realizar um planejamento, que não fique só no âmbito do 
registro no papel, mas que este esteja apto para propor ações para o futuro 
dos que fazem a escola acontecer e para isso acontecer, precisamos que 
Gestão Educacional 13
os que fazem parte desta escola tenha consciência do presente. Por isso, 
devemos construir os projetos planejando com as intencionalidades do 
que deve acontecer na escola. (VEIGA, 1995, p.13)
A necessidade na hora da elaboração deste documento, é que 
todos os segmentos da escola estejam presentes. Sabemos que, reunir 
representantes de todos os seguimentos da escola, num determinado 
horário não é uma tarefa fácil. Mas, o ideal seria poder contar e ouvir todos 
da escola de uma só vez. Outra dificuldade é que para a construção do PPP, 
será preciso mais de uma reunião, e isso requer tempo e disponibilidade 
em colaborar dos representantes de cada segmento escolar, e podem 
acontecer uma não, mas diversas reuniões com a intencionalidade de 
ouvir os profissionais que ali trabalham.
Como foi visto neste conteúdo, temos a necessidade que o Projeto 
Político Pedagógico não seja construído pela visão de poucos e para que 
isso não aconteça, é preciso que o gestor articule um dia e horário para 
conseguir a maior quantidade possível de participantes. 
NOTA:
Destaco que é preciso ter o cuidado, para evitar que se faça 
a cópia de um projeto de outra escola, pois jamais podemos 
tê-lo igual ao de outra escola, haja vista que, cada escola 
possui a sua elaboração conjunta, no qual, o foco deve 
levar em conta a realidade de cada escola e afirmo que, 
por mais que uma escola tenha as mesmas características 
físicas, ela são diferentes e o importante é que cada escola 
possa junto a sua equipe escolar pensar ou repensar seus 
métodos, fins pedagógicos baseados na realidade de sua 
comunidade escolar. 
A determinação para a construção do Projeto político-pedagógico, 
nas escolas públicas, está assegurado ao modelo de Gestão Democrática, 
que está determinado através da LDB 9394/96, através dos seguintes 
artigos: Artigo 12, inciso I: “os estabelecimentos de ensino, respeitados as 
normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de 
Gestão Educacional14
elaborar e executar a sua proposta pedagógica.” Artigo 14 defende que 
nas escolas deverá haver “I - a participação dos profissionais da educação 
na elaboração do projeto pedagógico da escola” e ainda garante a “II - 
participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou 
equivalentes”.
EXPLICANDO MELHOR:
Portanto, fica claro que a elaboração deste documento, 
deve acontecer em conjunto, nunca só na visão de 
uma pessoa, mas com a finalidade de ouvir a todos e ao 
final, a intencionalidade é de a escola nele, registar as 
necessidades reais da escola e justos os profissionais 
dessas escolas devem colocar em prática, de forma coesa 
o projeto tão sonhado pela escola. (GRACINDO, 2007). 
Dourado (2001, p. 28) destaca que este documento não pode ser 
algo que vai ser escrito e depois guardado em uma gaveta, é preciso 
que este sirva de base para movimentar a escola na busca por melhores 
resultados da escola, por isso chama este processo de dinâmico, por que 
além de ser uma exigência legal, precisa que todos da escola caminhem 
juntos cotidianamente na escola, no sentido de colocá-lo em prática e 
refletir sobre ele constantemente. 
Após termos entendido a importância de que o PPP é um documento 
muito importante, informar que o mesmo deve servir de base para orientar 
o trabalho docente. De acordo com Veiga (2003, p.18-19) o PPP está ligado 
diretamente a autonomia pedagógica, pois quando a escola também 
reúne seus professores e demais profissionais, ela também se organiza 
para traçar seu caminho pedagógico e educativo a partir da realidade da 
escola. Dessa forma, a “[...] autonomia e liberdade fazem parte da própria 
natureza do ato pedagógico”.
Recapitulando, na construção do Projeto Político Pedagógico, mais 
conhecido como o PPP, deve-se levar em contar com a colaboração 
dos representantes que fazem parte da comunidade escolar. Nesta 
Gestão Educacional 15
construção, é preciso realizar o diagnóstico da realidade, favorecendo 
assim o diálogo e a cooperação de todos. 
Libâneo (2004) destaca algumas questões que não podem faltar 
na formulação do Projeto Político Pedagógico. Trata-se de documento 
muito importante para a escola, para a construção do mesmo, é preciso 
contemplar os seguintes pontos: contextualizar e caracterizar a escola, a 
concepção de educação que a escola quer seguir, e na sequência também 
se deve escrever sobre as práticas escolares, realizar o diagnóstico da 
situação atual da escola, deve-se traçar os objetivos gerais, estruturar a 
organização e gestão da escola, definir como as propostas curriculares 
serão trabalhadas, a da formação continuada de professores, dos pais de 
alunos, com a comunidade e se haverá integração com escolas próximas 
a sua escola, e finalmente como serão as avaliações do projeto. 
REFLITA:
Este é um documento muito importante da escola, pois 
no mesmo se tem o registrado a identidade da escola, os 
princípios que vai esclarecer, a forma como o professor 
vai ensinar e aluno vai aprender e como será entendida as 
avaliações que os professores deverão realizar. 
O Projeto Político Pedagógico nas escolas públicas, como um 
planejamento maior, que reflete o projeto educativo e envolve todos os 
que fazem parte da escola. Nele, há a identidade da escola, um conjunto 
de princípios que explicita a maneira que o aluno deve aprender como 
o professor deve ensinar e como é avaliada a aprendizagem do aluno. 
Sendo assim, Libâneo (2004, p.72) define o PPP como “[...] um instrumento 
de avaliação entre fins e meios que faz o ordenamento de todas as 
atividades pedagógicas, curriculares e organizativas da escola, tendo em 
vista os objetivos educacionais”. 
Deste modo, na ótica de Veiga o Projeto Político Pedagógico é um 
meio de unir a comunidade escolar para integrar com diversas ações, 
propostas e:
Gestão Educacional16
[...] soluções alternativas para diferentes momentos do trabalho 
pedagógico-administrativo, desenvolver o sentimento de 
pertença, mobilizar os protagonistas para a explicitação 
de objetivos comuns definindo o norte das ações a serem 
desencadeadas, fortalecer a construção de uma coerência 
comum, mas indispensável, para que a ação coletiva produza 
seus efeitos. (VEIGA,2003, p.275) 
De acordo com Gadotti (1994) para o Projeto Político Pedagógico 
ser colocado em prática, este não depende, apenas da direção da escola, 
mas de todos que fazem parte dela. Deve ser um elo de aproximação de 
professor e alunos, em busca de melhores aprendizagens, tendo o aluno 
sujeito do processo do aprender. 
Este documento tem de maneira resumida, as características do 
fazer educativo para um grupo, que se faz presente em determinadoespaço e tempo. Nele deve conter as intencionalidades da escola e o 
planejamento dos caminhos em que a escola quer seguir. 
Ferreira (2007) enfatiza o caráter político que deve estar explícito no 
Projeto Político Pedagógico, pois deve estar claro as intencionalidades do 
grupo, como serão as interações e intencionalidades, como a escola irá 
agir, com objetivos e desejos. Por isso, esta atividade educacional requer 
planejamento. 
As etapas necessárias para a organização do PPP exigem construção 
coletiva e planejamento participativo uma vez que é um esboço das 
competências esperadas do educador e das ações escolares. 
Para realizar a construção de um PPP, é preciso se organizar com 
muita antecedência e ter a clareza, pois não é algo que se resolve com, 
uma duas ou três reuniões, demanda tempo e planejamento. 
Tudo isso deve acontecer na tentativa de contemplar a realidade da 
escola, com as suas aspirações e interesses locais. 
No entanto, trata-se de um documento que é burocrático, tem 
estrutura formal para ser seguida e deve ser realizado com bases 
Gestão Educacional 17
no modelo de gestão democrática. Ferreira nos apresenta algumas 
características que o Projeto Político Pedagógico deve ter:
a) Singularidade: por representar as características daquela 
comunidade, seus anseios e suas perspectivas. Portanto, 
uma percepção diferenciada da educação, da escola, do 
conhecimento, porque própria daquele ambiente cultural, não 
se aplicando a nenhum outro;
b) Intencionalidade: não há ingenuidades nas escolhas dos 
sujeitos da escola. Escolhem porque acreditam ser necessárias 
estas escolhas e não outras. Em decorrência, é necessário 
apresentar objetivos sem ambiguidades, revelar as teorias que 
embasadoras, enfim, estar em acordo com um rumo pensado 
pela comunidade escolar;
c) É democrático e democratizante: muitas experiências têm 
demonstrado que o PPP ao ser elaborado em gabinetes fica 
restrito a poucas pessoas. O processo de planejamento é uma 
excelente oportunidade para a prática democrática, não só 
na discussão, mas no assumir responsabilidades e contribuir. 
Por isso, o PPP é político, porque compromete a partir das 
escolhas feitas.
d) Sistematização: além de organizar o trabalho pedagógico, 
relacionando os espaços e os tempos educativos a que se 
propõe a instituição, o PPP prevê os rumos da instituição.
e) Coerência: o PPP deverá estar embasado em um referencial 
teórico que contenha as definições dos elementos que, para 
aquela realidade, faz-se necessário conhecer e considere os 
elementos próprios da cultura institucional e de seu contexto.
Gestão Educacional18
f) Inclusão: através de uma proposta educacional centrada 
nos sujeitos, o PPP pretende a inclusão das diversidades. 
(FERREIRA,2007, p.42-43)
Este documento ainda deve contemplar os princípios éticos da 
autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e o respeito, de formar 
o cidadão apto a atuar e ser crítico em sociedade, de forma democrática.
Para a construção do Projeto Político Pedagógico o planejamento 
inicial, muitas vezes modificado em reuniões e por sugestão das equipes, 
previa, em acordo com minhas crenças, as seguintes etapas:
 • constituição de espaços-tempos para diálogo em todos 
os níveis da instituição e envolvendo os diferentes sujeitos;
 • estímulo à circulação da palavra, como possibilidade 
de reinventar a dialogicidade nos espaços instituídos e 
instituintes da escola;
 • reconstituição da historicidade dos sujeitos da práxis 
pedagógica;
 • reflexão sobre a pesquisa, buscando torná-la fundamento 
pedagógico;
 • reflexão sobre a profissionalidade dos sujeitos da práxis 
pedagógica;
 • revisão da práxis pedagógica, em suas crenças e fazeres;
 • sistematização da historicidade, crenças, propostas e 
perspectivas da instituição;
 • aprovação do texto em plenária, envolvendo o máximo da 
população integrante dessa comunidade escolar;
 • implementação da proposta;
 • acompanhamento, avaliação e revitalização contínua 
dos princípios orientadores: pesquisa, dialogicidade, 
historicidade e reflexão. (FERREIRA, 2007, p. 43-44)
Gestão Educacional 19
Como podemos ver, a questão do espaço tempo, historicidade da 
escola, reflexão sobre a importância da pesquisa, estímulo ao diálogo, a 
práxis pedagógicas, aprovação do texto em plenária, implementação da 
proposta devem acontecer como manda os trâmites para a elaboração do 
Projeto Político Pedagógico. 
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: LOPES, 
Noêmia. Artigo: O que é o Projeto Político Pedagógico. 
acessível pelo link: https://gestaoescolar.org.br/
conteudo/560/o-que-e-o-projeto-politico-pedagogico-
ppp. (Acesso em 16/04/2020).
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
o Projeto Político Pedagógico é um documento importante 
da escola e que nele deve conter todos os aspectos da 
escola administrativo, pedagógico e financeiro o qual 
deve estar baseado na lei. O PPP não deve ser construído 
em apenas um dia, deve haver várias reuniões para que 
possam discutir o tema e vir a bater o martelo em relação 
ao tema abordado. Esse documento deve ser construído 
na escola com a participação de todos que compõem o 
contexto escolar interno e externo em busca de melhorias 
na qualidade de ensino. É importante que tenhamos a 
consciência da importância da participação dos membros 
da escola em prol de soluções. O PPP deve contemplar 
os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da 
solidariedade e o respeito, na busca de formar cidadãos 
críticos e reflexivos para viver em sociedade, de forma 
democrática.
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/560/o-que-e-o-projeto-politico-pedagogico-ppp
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/560/o-que-e-o-projeto-politico-pedagogico-ppp
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/560/o-que-e-o-projeto-politico-pedagogico-ppp
Gestão Educacional20
Conceitos e finalidades do Projeto Político 
Pedagógico 
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de entender o 
que é e como funciona um Projeto Político Pedagógico. Isto 
será fundamental para o exercício de sua profissão. Nesta 
aula você vai compreender o significado do Projeto Político 
Pedagógico e o porquê de sua existência na escola pública. 
E então? Motivado para desenvolver esta competência? 
Então vamos lá. Avante!
Figura 3 - Imagem: Projeto Político Pedagógico: diálogo e participação.
Fonte: Pixabay
O Projeto Político Pedagógico trata-se de um documento que tem 
muito importância para a escola. Nele constam dados que o consideramos 
como a identidade da escola, pois foi construído a partir de um esforço 
coletivo, na busca de retratar a realidade em que a escola se encontra, 
e propor soluções, em busca de atingir a qualidade da educação. No 
entanto, a sua construção, mas escola não tem acontecido na prática 
como deveria. Vamos, ver teoricamente como o mesmo deve acontecer 
de fato nas escolas públicas?
Conforme a Constituição Brasileira, na sequência a Lei de Diretrizes 
e Bases da Educação Nacional, temos garantidos que os objetivos 
da educação deve ser provida com base nos princípios de igualdade, 
Gestão Educacional 21
liberdade de aprender, respeito à pluralidade de ideias, gestão democrática 
do ensino público e valorização das experiências extraescolares (BRASIL, 
1996). Estes são objetivos educacionais que a escola democrática deve 
garantir que aconteça no seu interior. 
Quando falamos em construir um Projeto Político Pedagógico Veiga 
(1995) realiza a explicação sobre projeto, projeto pedagógico e porque 
deve ser político:
 
O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, 
com um sentido explícito, com um compromisso definido 
coletivamente. Por isso, todoprojeto pedagógico da escola é, 
também, um projeto político por estar intimamente articulado ao 
compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos 
da população majoritária. É político no sentido de compromisso 
com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. [...] 
Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as 
características necessárias às escolas de cumprirem seus 
propósitos e sua intencionalidade. (VEIGA, 1995, p. 13).
Ainda sobre o projeto pedagógico da escola Vasconcellos (1995, 
p.143) destaca que se trata de um ser “[...] um instrumento teórico-
metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da 
escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica 
e, o que é essencial, participativa.” 
VOCÊ SABIA?
Sobre estas questões Araújo (2000, p.155) explica que na 
dimensão política, é preciso que haja transparência “[...] sua 
existência pressupõe a construção de um espaço público 
vigoroso e aberto à diversidade de opiniões e concepções 
de mundo, contemplando a participação de todos os que 
estão envolvidos com a escola.”
Gestão Educacional22
Marques (1990) explica que é através da ampla participação dos 
diversos segmentos da escola, que na hora de decidir se garante a 
transparências das coisas discutidas e “[...] fortalece as pressões para que 
elas sejam legítimas, garante o controle sobre os acordos estabelecidos 
e, sobretudo, contribui para que sejam contempladas questões que de 
outra forma não entrariam em cogitação”.
Segundo Dourado , a gestão democrática configura-se em 
descentralização de poderes, a participação e a transparência:
 • Descentralização: a administração, as decisões e as ações 
devem ser elaboradas, tomadas e executadas de forma 
não hierarquizada;
 • Participação: todos os envolvidos no dia a dia escolar 
devem participar da gestão, ou seja, professores, 
estudantes, funcionários, pais ou responsáveis, pessoas 
que participam de projetos escolares e toda a comunidade 
ao redor da escola;
 • Transparência: qualquer decisão e ação tomada/decidida 
ou implantada na escola deverá ser de conhecimento de 
todos.(DOURADO; DUARTE,2001)
NOTA:
É preciso destacar que o sistema educacional brasileiro, 
lança normas gerais sobre as instituições escolares, que 
devem funcionar como um caminho que orienta o ensino 
escolar. 
Na Construção do Projeto Político Pedagógico, é importante que 
o gestor o perfil de ser um gestor democrático e participativo. Acredita-
se que apenas com a participação, de modo ativo, por meio do diálogo, 
opiniões, escuta do outro, tão comum no decorrer do processo de ensino 
e aprendizagem, que a gestão se tornará de fato democrática. 
Gestão Educacional 23
Sobre a organização das escolas públicas que trabalham no modelo 
de gestão democrática, afirma-se que o Conselho escolar é o local em 
que há o direito a fala, a realizar debates e votações sobre questões 
particulares da escola. Fazem parte do Conselho Escolar: representantes 
dos docentes, dos funcionários, da direção escolar, dos alunos, dos pais e 
da comunidade interna e externa a escola. 
A escolha, dos membros do Conselho Escolar deve acontecer de 
forma democrática, através da eleição dos candidatos representantes de 
cada segmento da escola, com a votação sobre a escolha dos mesmos. 
O candidato, que poderá ser um representante eleito, no momento 
de sua candidatura, deve estar consciente que é uma pessoa, que 
tenha tempo e se disponibilize a participação efetiva e responsável dos 
processos decisórios da escola. 
O mesmo, deve se comprometer com o bem comum, a dialogar 
e expor os desejos e opiniões do grupo que representa. Também é 
preciso que tenha o perfil de saber realizar a escuta do outro, e respeitar 
as decisões tomadas em grupo. Vale salientar que todas as propostas e 
decisões devem ser tomadas dentro do que permite as leis brasileiras, e 
que sejam propostas em prol da qualidade do ensino.
Navarro (2004) explica que o Conselho escolar tem responsabilidades 
e criar o seu Regimento interno, tais como realizar o seu calendário de 
reuniões e como acontecerá o processo de tomada de decisões, e assim 
por diante. 
Assim, precisamos entender que o Conselho Escolar, é um dos 
sustentáculos do Projeto Político Pedagógico da escola, pois os membros 
têm importante participação da elaboração deste documento da escola, 
pois deve acompanhar o que está acontecendo no interior da escola e 
de que o que foi prometido, neste documento, está sendo colocado em 
prática ou não. 
Também destaco a sua importância em zelar para manter as 
relações pedagógicas, respeitar a diversidade, cuidando para valorizar a 
cultura da comunidade escolar e da escola. Todo o trabalho do Conselho 
Escolar deve acontecer em um ambiente agradável, com discussões 
Gestão Educacional24
organizadas em assembleias, com seus representantes, onde os mesmo 
deve se sentir a vontade para opinar, saber ouvir e dialogar, na busca de 
tomadas de decisões em prol da qualidade do ensino. 
Figura 4 - Imagem: Respeitas difrentes culturas.
Fonte: Pixabay
A escola deve ter noção, de que o Conselho Escolar, deve 
acompanhar o que está de fato acontecendo dentro e fora da escola, e 
para que isto aconteça é preciso que o Projeto Político Pedagógico não 
esteja apenas no papel. 
É função do Conselho Escolar fiscalizar, através de seus membros, 
se o PPP saiu das gavetas da escola, para ser aplicado na prática. 
Os seus membros devem estar atentos às mudanças que ocorrem 
constantemente dentro e fora do contexto escolar, para saber registrá-
las no PPP, aperfeiçoando de tal modo o procedimento de aprendizagem 
de acordo com a história, proporcionando informações aos discentes e 
comunidade que necessitam ter conhecimento dos fatos ocorridos.
Veiga (1995) explica que o Projeto político-pedagógico trilha a uma 
determinada direção. É uma ação propositada, com um sentido explícito, 
em relação ao acordado definido coletivamente. 
Gestão Educacional 25
O Projeto Político Pedagógico, após sua produção serve para 
termos conhecimento sobre a realidade da escola, em que estamos 
inseridos. Para que este documento se encontre pronto, é preciso que 
[...] a participação dos profissionais da educação deve ser assegurada 
e incentivada na preparação do projeto pedagógico da escola, assim 
como das comunidades escolar e local nos órgãos de decisão colegiada. 
(DOURADO, 2001, p. 28).
O Conselho Escolar tem a responsabilidade de realizar 
procedimentos avaliativos e acompanhar o Projeto Político Pedagógico 
das escolas. Em meios a estas responsabilidades, podemos destacar 
a importância de manter as relações pedagógicas que vise, além de 
respeitar o saber do discente, que busque valorizar a cultura histórica 
tanto da comunidade escolar quanto da escola. 
Este órgão colegiado tem função de aprovar o plano anual, que 
é construído pela direção escolar relacionado à parte dos recursos 
financeiros. Sobre a parte pedagógica, o Conselho deve acompanhar 
desenvolvimento dos indicadores educacionais, a exemplo da 
aprendizagem dos alunos, o abandono escolar, a aprovação, buscando 
sugerir intervenções e/ou medidas socioeducativas na busca pela 
qualidade da educação nas escolas.
O processo de democratização da gestão permite que os membros 
do Conselho Escolar, que devem estar presentes juntos na Construção 
do Projeto Político Pedagógico, para tanto é preciso que os mesmos, 
discutam em relação ao conteúdo curricular exposto, possam trocar 
informações, experiências, a fim de chegarem a soluções que possam 
resolver os problemas oriundos do contexto escolar e isso amplia nossos 
saberes e esses espaços se tornam aliados na luta para que de fato ocorra 
a democratização.
Gestão Educacional26
Figura 5 - Construção coletiva. 
Fonte: Pixabay
Ao longo dos anos, houve um avanço significativo na aceitação 
da gestão democrática, por parte de alguns gestoresque estão 
compreendendo que a participação democrática ajudará na melhoria do 
processo escolar. Mas, sabe-se que ainda há muito a percorrer para que 
de fato a mesma não fique apenas no papel. Os membros da comunidade 
escolar (pais, professores, alunos, gestores, funcionário, comunidade, 
entre outros) devem ter consciência da importância de sua participação 
nesse processo, para que de fato a gestão democrática não fique apenas 
no papel, mas, que vá para a prática.
IMPORTANTE:
Não podemos esquecer que a teoria e a prática devem 
andar de mãos dadas, pois os termos conhecimento da 
teoria podem refletir no que foi melhor para que busquemos 
evitar os erros do passado, ou seja, a escola deve fornecer 
conhecimentos e buscar o apoio e a participação ativa 
da comunidade escolar, através de uma ação política, e 
isso só ocorre se tivermos conhecimento, e competência 
técnica ligada ao compromisso político da transformação 
da sociedade.
Gestão Educacional 27
Fonte: Pixabay
Na construção do Projeto Político Pedagógico é preciso que 
tenhamos como uma das principais medidas e democratização, que deve 
ocorrer dentro do espaço da sala de aula, deve se tornar ativo, crítico 
e reflexivo. Esse alunos deve ter consciência que é um cidadão, com 
direitos e deveres. O mesmo, precisa estar consciente que pode emitir 
suas opiniões e propor soluções.
Figura 6 - Participação de todos da escola.
Chegando até aqui é preciso compreender que ainda há um 
distanciamento na gestão democrática em relação à teoria e prática. 
Nesse contexto, o Conselho Escolar surge para conhecer a realidade da 
escola e trabalhar em prol de melhorias de qualidade no processo ensino 
e aprendizagem. 
A escola democrática proporciona aos seus representantes um 
momento de fundamental importância, no sentido de facilitar para que 
haja reuniões em um ambiente favorável e propício ao diálogo, troca de 
conhecimentos, da escuta do outro, de respeitar a opinião da maioria, da 
reflexão, avaliação e reconstrução do Projeto Político Pedagógico.
Gestão Educacional28
Schneckenenberg (2009, p. 118) afirma que “[...] o gestor escolar 
se torna porta voz de propostas, de intenções que nem sempre se 
concretizam, já que a transformação da realidade depende da reflexão 
crítica do trabalho coletivo para fins específicos [...]”
A escola, na construção do Projeto Político Pedagógico, deve lutar 
para que haja a participação de todos os representantes nas reuniões 
com finalidade de Construção ou reconstrução dos mesmos, envolvidos 
nesse processo. Algo que acaba fortalecendo a autonomia e a identidade 
escolar A autonomia de trabalhar dessa forma, só é garantida de fato, se 
as escolas trabalharem com a consciência da importância do trabalho 
coletivo na busca de soluções para as problemáticas oriundas do 
cotidiano escolar.
Dourado (2001, p.67) explica que “A autonomia da escola se amplia 
com ações de incentivo à participação e, também, com a criação de 
mecanismos de construção coletiva do projeto pedagógico.” 
Dessa forma, o autor acima, explica que a reflexão coletiva tem a 
intenção de no coletivo propor ações que façam parte da identidade da 
escola, propondo novos conteúdos, objetivos, avaliação, aos quais devem 
estar de acordo com a realidade do contexto escolar. 
Dourado (2001, p.67) ainda adverte que ter autonomia implica 
conhecer diferentes pontos de vista dos seus representados e argumentar 
a respeito de ideias e decisões, para só assim colocar em prática uma 
proposta educativa que seja fruto da vontade das comunidades escolar 
e local.
Dentro desse processo, o gestor, na gestão democrática tem papel 
importante, o de mediar, observar e direcionar as aspirações das pessoas 
envolvidas nesse processo. A troca de experiências, opiniões, reflexões 
e divisão de responsabilidades através da participação ativa na gestão 
democrática contribuem na busca de uma educação de qualidade.
Gestão Educacional 29
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que o Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento 
que contém a identidade da escola. Após ser construído 
dentro da escola com os membros da escola serve 
para termos conhecimento em relação à realidade do 
cotidiano escolar. No PPP da escola, temos a participação 
do Conselho Escolar, que é encarregado de realizar 
procedimentos avaliativos e vir a acompanhar o PPP no 
contexto escolar. Assim, em meio a responsabilidades, 
merece destaque as relações pedagógicas, que além de 
respeitar o conhecimento do professor deve valorizar a 
cultura histórica da comunidade e da escola. O Conselho 
Escolar tem a finalidade de aprovar o plano anual da escola, 
o qual é elaborado pela direção escolar ligado à parte dos 
recursos financeiros.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: OLIVEIRA, 
Emmanuele. Artigo: “Projeto Político Pedagógico”. Acessível 
pelo link https://www.infoescola.com/educacao/projeto-
politico-pedagogico/ (Acesso em 16/04/2020).
https://www.infoescola.com/educacao/projeto-politico-pedagogico/
https://www.infoescola.com/educacao/projeto-politico-pedagogico/
Gestão Educacional30
O projeto Político Pedagógico da escola 
na perspectiva de uma Educação para a 
Cidadania
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de perceber o 
processo de cidadania que acontece no interior da gestão 
democrática. Isto será fundamental para o exercício de 
sua profissão. A gestão deve garantir que na sua escola 
aconteça a democracia, na hora de tomar decisões, 
promovendo discussões, garantindo a participação de 
todos, escutando possibilidades de sugestões, resolvendo 
conflitos através do diálogo. A escola deve saber que tipo 
de cidadão quer formar, preparando assim os seus alunos 
para a vida, exercendo a sua cidadania. E então? Motivado 
para desenvolver esta competência? Então vamos lá. 
Avante!
Figura 7 - Gestão democrática e cidadania.
Fonte: Pixabay
A elaboração de um Projeto Político Pedagógico para uma escola 
existe na perspectiva de ter uma sistematização do trabalho pedagógico 
da escola de uma maneira geral. A construção deste documento surge a 
partir da determinação de sua elaboração na Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional N. 9394/96 e serve para tornar o espaço interno da 
escola, por meio de um planejamento que engloba toda a escola, para 
Gestão Educacional 31
que toda a comunidade interna e externa realizem suas atividades de 
modo dinâmico e participativo.
É exatamente, na elaboração deste documento global, que 
estará registrado a história da escola desde a sua fundação (principais 
acontecimentos) até a atualidade, como também ali se encontra o 
currículo da escola, o planejamento, as formas de avaliações, como deverá 
acontecer o funcionamento da escola, profissionais, cômodos da escola 
(estrutura física) e materiais duráveis, haverá o quadro de funcionários e 
no e professores o detalhamento da formação acadêmica dos mesmos 
e assim por diante. Não posso deixar de lembrar que é neste documento 
que também se encontra os princípios educacionais da escola, é lá que 
está registrado como é compreendida a educação e que tipo de cidadão 
quer formar para atuar futuramente na sociedade. Por isso, para a sua 
elaboração precisamos contar com a gestão, professores, especialistas... 
Enfim, representantes da comunidade interna e externa à escola.
Sobre essas questões, Libâneo adverte que é preciso ficar atento, 
pois se a gestão é democrática e está garantida por lei, não podemos 
fazer uma opção neste documento sobre a concepção funcionalista, 
conforme vamos ver a seguir: 
As concepções de gestão escolar refletem, portanto, posições 
políticas e concepções de homem e sociedade. O modo 
como uma escolase organiza e se estrutura tem um caráter 
pedagógico, ou seja, depende de objetivos mais amplos sobre 
a relação da escola com a conservação ou a transformação 
social. A concepção funcionalista, por exemplo, valoriza o 
poder e a autoridade, exercidas unilateralmente. Enfatizando 
relações de subordinação, determinações rígidas de funções, 
hipervalorizando a racionalização do trabalho, tende a retirar 
ou, ao menos, diminuir nas pessoas a faculdade de pensar e 
decidir sobre seu trabalho. Com isso, o grau de envolvimento 
profissional fica enfraquecido. (LIBANEO,2016, p.3 - 4)
Gestão Educacional32
Deste modo, este autor ainda recomenda que deve haver a forma 
coletiva de gestão, com decisões tomadas em coletivo e discutidas com 
público. Após essas tomadas de decisões a equipe escolar deve assumir 
a sua parte no trabalho, com coordenação e avaliação sistemática das 
decisões tomadas em coletivo. 
 • Definição explícita de objetos sócio-políticos e 
pedagógicos da escola, pela equipe escolar. Articulação 
entre a atividade de direção e a iniciativa e participação 
das pessoas da escola e das que se relacionam com ela.
 • A gestão é participativa, mas espera-se, também, a gestão 
da participação.
 • Qualificação e competência profissional.
 • Busca de objetividade no trato das questões da organização 
e gestão, mediante coleta de informações reais.
 • Acompanhamento e avaliação sistemáticos com finalidade 
pedagógica: diagnóstico, acompanhamento dos trabalhos, 
reorientação dos rumos e ações, tomada de decisões.
 • Todos dirigem e são dirigidos, todos avaliam e são 
avaliados. (LIBÂNEO, 2016, p. 3)
Reforço que este projeto deve estar atento para atender as diferentes 
presenças que se encontram nas escolas e que isso não é tarefa fácil, haja 
vista em que, os pensamentos não são e nem deve ser homogêneos e 
dentro da heterogeneidade de pensamentos deve-se haver reuniões, nas 
quais deve haver o debate sobre problemas, necessidades e possibilidades 
de melhorias para a escola, na qual após serem problematizados. 
Não espere que tudo seja acordado com todos balançando a 
cabeça e dando um sim sem questionar as discussões problematizadas, 
é justamente ai que Luck (1998) nos explica que nasce o conflito e o grupo 
só cresce se for maduro para ouvir e esgotar as possibilidades de ideias 
propostas com sim e também com não. 
Gestão Educacional 33
A seguir segue as especificidades da participação para a construção 
de um Projeto Político Pedagógico:
Figura 8 – Projeto Político Pedagógico
Fonte: Elaborada pela Autora
Reflexão Participação
Diagnóstico 
Projeto 
Político 
Pedagógico
Planejamento 
e avaliação
Qualidade 
da 
educação
Busca 
soluções 
dialogadas
O mais importante, nas reuniões com finalidade de construção do 
Projeto Político Pedagógico é que haja o diálogo e cada profissional saia 
da reunião entendendo porque a sua proposta ganhou um sim, ou um 
não. Por que estou explicando isso? 
Para evitar que se crie um clima de só aceitou isso porque foi esse 
ou aquele profissional quem sugeriu e não eu e a vitimização de que eu 
só recebo não. Isso pode alimentar a ideia de não participação e essa 
tecla do diálogo, foi a mais digitada para a construção deste livro. Tudo 
isso deve estar claro que vai acontecer em prol de, cada vez mais, os 
profissionais das escolas alinharem seus discursos e suas práticas em prol 
da qualidade do ensino das escolas públicas. 
Neste momento, você pode estar aí do outro lado da telinha, se 
perguntando por que é que a prefeitura ou o estado não manda este 
documento pronto e acaba de uma vez por todas essas necessidades 
Gestão Educacional34
de reuniões, elaboração de documento e possibilidades de conflitos nas 
discussões com os profissionais das escolas?
É por entender que a legislação da educação existe, mas apesar 
dessa existência, temos um Brasil muito grande e cada escola em seu 
funcionamento interno possui particularidades e necessidades de que 
precisam ser resolvidas e com a construção deste documento, entende-
se que ele dá autonomia à escola para resolver as coisas mais urgentes 
em parceria com a Secretaria de Educação do seu Estado ou Município. 
Explico isso, porque o Projeto Político Pedagógico deve ser escrito de 
forma responsável, de forma a ter posicionamento de possíveis soluções, 
em prol da qualidade do ensino, mas estas, devem obrigatoriamente estar 
conforme a legislação brasileira. 
Nada, que está escrito nele poderá acontecer de forma ilegal, só 
porque foi sugestão dos profissionais, por isso há a necessidade de não 
resolver tudo que vai para o documento em uma única reunião, e sim, 
antes deve haver muitas discussões até bater o martelo, no que pode e não 
pode acontecer no interior da escola. Você já imaginou se cada decisão 
em particular, de cada escola brasileira, ter que ser escrita e enfrentar a 
burocracia de mandar para o Ministério da Educação e voltar à decisão 
em forma de lei? Não daria tempo de resolver todas as particularidades 
de nosso país, como já foi justificado aqui, que é enorme. 
Figura 9 - A diversidade nas particularidades das escolas brasileiras.
Fonte: Pixabay
Gestão Educacional 35
Todos devem ser pensados de forma que sejam beneficiados com 
o projeto, já que se espera a qualidade no ensino aprendizagem, que é 
o objetivo fundamental das instituições de ensino. A escola deve possuir 
autonomia para suas deliberações, observando as normas vigentes, as 
esferas superiores, porém, sempre buscando inovar para que se efetive a 
qualidade do ensino.
Um bom Projeto Político Pedagógico deve acontecer com 
representantes de toda a comunidade interna e externa à escola. É 
importante que tudo que for acontecer nestas reuniões sejam propostos 
e decididos de forma democrática, pois se trata de decisões importantes 
que vai buscar formar cidadãos críticos e atuantes em nossa sociedade. 
Também são decisões que busca a qualidade da educação da escola 
pública. 
É por isso que essa reunião não dá para acontecer de qualquer 
forma e em uma única reunião e sim várias e não se encerra na finalização 
da constituição do documento. 
A partir da finalização deste documento a escola deve divulgar o 
documento com todos que fazem parte da escola e começar a colocar o 
que foi escrito no papel em prática. 
Neste momento, você pode estar se perguntando: As reuniões 
não param a partir da materialização das ideias escritas no papel e na 
execução?
Não, pois reuniões periódicas devem ser marcadas para avaliação 
do mesmo, com a finalidade discutir se o que foi planejado como possíveis 
soluções para atingir a qualidade da escola. Estas reuniões tem o papel 
de verificar se o que foi proposto está sendo feito, se está como vai indo 
o andamento, se não estiver tentar entender porque ainda não foram 
colocadas em prática e quem sabe até redimensionar ou redirecionar a 
equipe escolar em prol de cumprir metas que foram propostas a curto, 
médio e longo prazo. 
Gestão Educacional36
A Gestão Escolar Democrática e o Projeto 
Político Pedagógico na perspectiva de uma 
educação para a cidadania
Na gestão democrática, é um fator primordial para que ela seja de 
fato democrática é que o gestor conquiste a sua equipe escolar, para que 
venha para dentro do projeto maior da escola que é o educativo. Para 
tanto, foi preciso para acabar com aquela versão histórica hierárquica 
de autoritarismo e de os funcionários trabalharem sob pressão, temos 
garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N. 9394/96 
o direito da Gestão Democrática e um de seus sustentáculos principal é 
o Projeto Político Pedagógico. Por isso, deve haver uma boa articulação 
entre a gestão e colocar em prática o que foi decidido para acontecer 
globalmente na escola pública, de forma particularidade, através do PPP. 
Conforme já foi descrito nos capítulos anteriores, o PPP é o 
documento ao qual está escrito a identidadeda escola, ele dá vida ao que 
deve acontecer no interior das escolas públicas, apontando caminhos 
para remar rumo à educação de qualidade.
Oliveira (2006) defende que o estabelecimento do entendimento 
do conceito de gestão como administração e organização da escola, e 
junto ao entendimento de PPP organizado também de forma democrática 
esses dois devem caminhar na escola de forma entrelaçadas e reconhecer 
a sua complexidade. Assim, o planejamento global da escola, que se 
materializa neste documento, deve ser subsidiado pela realidade escolar. 
VOCÊ SABIA?
É por meio do Projeto Político Pedagógico se decide, o 
modelo de cidadão que essa escola quer formar. Sobre 
esta questão Pimenta (1991, p.79) acrescenta que o que 
este documento é o que resulta da construção coletiva dos 
atores da educação escolar. “Ele é a tradução que a escola 
faz de suas finalidades, a partir das necessidades que lhe 
estão colocadas, com o pessoal - professores/alunos/
equipe pedagógica/pais - e com os recursos de que dispõe.
Gestão Educacional 37
Insisto a gestão deve fazer um trabalho de conquista e 
comprometimento de toda a sua comunidade escola e esse vínculo tem 
que começar com o gestor. 
 Você aí, pode estar se perguntando o porquê desta insistência? 
Porque conquistar uma equipe para trabalhar de forma democrática 
e com comprometimento ao que foi definido pela escola, requer primeiro 
compromisso do gestor. Como vou me comprometer com algo, como 
parte da equipe, se não enxergo esse comprometimento junto aos meus 
gestores. O gestor para realizar esse trabalho, é com que tenha o perfil 
de liderança, que traga a equipe para junto dele, todos unidos em prol do 
projeto educativo da escola. 
A partir deste entendimento, Libâneo (2016) cita como princípios da 
organização escolar, que visa buscar a participação, são: 
 • A autonomia das escolas e da comunidade educativa;
 • Relação orgânica entre a direção e a participação dos 
membros escolares;
 • Envolvimento da comunidade escolar;
 • Planejamento de tarefas;
 • Formação continuada para o desenvolvimento pessoal e 
profissional dos integrantes da comunidade escolar; 
 • Utilização de informações concretas e análise de cada 
problema em seus múltiplos aspectos, com ampla 
democratização das informações;
 • Avaliação compartilhada;
 • Relações humanas produtivas criativas assentadas na 
busca por objetivos comuns. 
Gestão Educacional38
O autor ainda detalha: “Autonomia aqui é definida com a faculdade 
de pessoas se autogovernarem-se, de decidir o seu próprio destino”. 
Frente a esta responsabilidade de cada um e a gestão da escola, a 
gestão democrática não pode ficar restrita ao discurso da participação, 
as eleições, as assembleias e as reuniões e Libâneo ainda ressalta: “[...] a 
organização escolar democrática implica não só a participação na gestão, 
mas a gestão da participação”. (LIBÂNEO, 2015, p.118)
Sobre estes princípios é interessante destacar que o primeiro “[...] 
conjuga o exercício responsável e compartilhado da direção, a forma 
participativa da gestão e a responsabilidade individual de cada um.” 
(LIBÂNEO, 2015, p.119). Devo chamar atenção também para ter cuidado 
nas manipulações de desejos, de interesses e que se deve zelar para que 
esse grupo não se torne um jogo de interesses e vire massa de manobra 
para atender os interesses de poucos. 
Enfim, é preciso que a gestão também realize uma boa gestão, 
se organizando para se comprometer com toda equipe escolar e não 
com alguns deles. Deve envolver nas discussões as ideias e propostas 
sugeridas, de todos e que não se esqueça da maior finalidade da escola 
que é a sua finalidade educativa, o lado pedagógico também merece 
atenção da gestão.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: BRUINI, 
Eliane da Costa. Artigo: “PPP, Escola e Cidadania” acessível 
pelo link https://educador.brasilescola.uol.com.br/politica-
educacional/ppp-escola-cidadania.htm (Acesso em 
16/04/2020).
https://educador.brasilescola.uol.com.br/politica-educacional/ppp-escola-cidadania.htm
https://educador.brasilescola.uol.com.br/politica-educacional/ppp-escola-cidadania.htm
Gestão Educacional 39
RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, 
vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que a gestão democrática e o Projeto Político Pedagógico 
na perspectiva de uma educação para a cidadania visa que 
através de sua construção, o Projeto Político Pedagógico, 
dentro do contexto escolar, na gestão democrática deve ter 
um gestor que tenha responsabilidade, liderança, que saiba 
trazer as pessoas que fazem parte do contexto escolar a 
participarem ativamente de sua construção, saibam ouvir, 
opinar, dialogar e juntos cheguem a uma conclusão sobre 
determinados temas em busca de soluções que abranjam 
melhorias na qualidade do ensino. A construção do 
Projeto Político Pedagógico surgiu a partir da LDB - Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional N. 9394/96 com 
o intuito de que todos os membros da comunidade escolar 
atuem ativamente em suas atividades de forma dinâmica e 
participativa. Sendo assim, é de suma importância que haja 
uma boa articulação entre a gestão para que possam colocar 
em prática o que foi decidido para ocorrer globalmente na 
escola pública, especificamente, por intermédio do Projeto 
Político Pedagógico.
Gestão Educacional40
A Gestão da Escola básica e o princípio da 
autonomia Administrativa, Financeira e 
Pedagógica
OBJETIVO:
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender 
como é a gestão na educação básica que deve garantir 
o princípio da autonomia administrativa, financeira e 
pedagógica. Isto será fundamental para o exercício de sua 
profissão. A gestão deve garantir que o Projeto Político 
Pedagógico seja construído de forma democrática, seja 
fiscalizado pelo Conselho de Escola e colocar em prática 
os princípios da autonomia administrativa, financeira e 
pedagógica. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Figura 10 - Gestão democrática: participação e diálogo
Fonte: Pixabay
Estamos chegando à finalização do nosso livro, e aqui foi discorrido 
por diversas vezes a questão da importância de práticas autônomas na 
escola pública. De preocupações de a escola poder andar com suas 
próprias pernas, entender seus fundamentos, de emancipar-se. Qual 
será o tipo de aluno que a escola pretende formar e assim por diante. 
Trabalho colaborativo, participação, envolvimento de comunidade interna 
e externa à escola. Práticas estas garantidas por Lei. Enfim, vamos aqui 
detalhar essa autonomia. 
Gestão Educacional 41
Também foi visto que para garantir essa autonomia da escola é 
preciso que haja a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico nas 
escolas públicas, com questões bem particularizadas de cada unidade 
escolar brasileira. 
O uso do termo gestão democrática é algo real, e acontece com 
o intuito de se contrapor a concepção centralizadora e burocrática de 
administração, que por muito tempo perdurou em nossa sociedade 
brasileira. Por isso, é entendida como dinâmica, mobilizadora, que 
faz articulações na escola como intuito de buscar a cooperação e 
participação de todos que fazem parte da escola. Sobre a questão da 
gestão educacional, Ferreira explica que: 
[...] a gestão da educação, enquanto tomada de decisão, 
organização, direção e participação, não se reduz e circunscreve na 
responsabilidade de construção do projeto político-pedagógico. 
A gestão da educação acontece e se desenvolve em todos os 
âmbitos da escola, inclusive e especialmente na sala de aula, 
onde se objetiva o projeto 8 político-pedagógico não só como 
desenvolvimento do planejado, mas como fonte privilegiada 
de novos subsídios para novas tomadas de decisõese para o 
estabelecimento de novas políticas [...](FERREIRA, 2003. p.16)
Deste modo, é perceptível que a gestão deve se fazer presente 
dentro dos muros da escola de forma democrática. Nisto não tem 
funcionários maior ou menor, deve existir o gestor que é o líder, e vai atuar 
junto aos especialistas, professores, conselheiros, funcionários de modo 
em geral, alunos, pais de alunos e assim por diante. Todo contribuído 
conforme suas competências. 
Vale salientar aqui, que o professor também é um gestor pedagógico, 
pois media a aprendizagem entre os conhecimentos que se encontram as 
propostas pedagógicas curriculares e a realidade encontrada em relação 
aos seus alunos.
Gestão Educacional42
Na sala de aula, o professor como gestor de sua turma, deve 
trabalhar em prol da democratização do conhecimento, socializando com 
todos, tendo claro seus objetivos, os critérios avaliativos, com respeito aos 
combinados para acontecer de fato na escola e regulamentos registrados 
no Regimento da escola. Tudo isso deve acontecer na busca do professor 
se preocupar em melhor gerenciar processo ensino-aprendizagem. 
Sobre a gestão democrática Veiga explica que:
Gestão democrática é um princípio consagrado pela 
Constituição vigente e abrange as dimensões pedagógica, 
administrativa e financeira. Ela exige uma ruptura histórica na 
prática administrativa da escola, com o enfrentamento das 
questões de exclusão e reprovação e da não-permanência do 
aluno na sala de aula, o que vem provocando a marginalização 
das classes populares. Esse compromisso implica a construção 
coletiva de um projeto político-pedagógico ligado à educação 
das classes populares. A construção do projeto político 
pedagógico parte dos princípios de igualdade, qualidade, 
liberdade, gestão democrática e valorização do magistério. 
(VEIGA,1995, p.17)
Pensando na questão da gestão democrática, na construção do 
Projeto Político Pedagógico e nas questões de garantir a todos que fazem 
parte da escola, princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão 
democrática e valorização do magistério, Bastos ainda complementa: 
A gestão democrática da escola pública deve ser incluída no 
rol de práticas sociais que podem contribuir para a consciência 
democrática e a participação popular no interior da escola. 
Esta consciência, esta participação, é preciso reconhecer, não 
tem a virtualidade de transformar a escola numa escola de 
qualidade, mas têm o mérito de implantar uma nova cultura na 
Gestão Educacional 43
escola: a politização, o debate, a liberdade de se organizar, em 
síntese, as condições essenciais para os sujeitos e os coletivos 
se organizarem pela efetividade do direito fundamental: 
acesso e permanência dos filhos das classes populares na 
escola pública. (BASTOS,2001, p. 22-23)
Após entender que, para tudo isso acontecer é preciso criar uma 
cultura de politização dos que fazem parte da escola, em saber aonde 
querem chegar, podemos observar que o Projeto Político-Pedagógico 
está associado a um documento que legitima a gestão democrática, e 
tem como foco busca pela melhoria da qualidade da educação.
Figura 11 - Diálogo com comunidade interna e externa à escola.
Fonte: Pixabay
Deste modo, entendo que essa autonomia, veio para dentro dos 
muros escolares, com a ideia de descentralizar certo poder que por muito 
tempo ficou centralizado nas mãos de poucas pessoas, que decidia 
muito pela escola de forma hierarquizada. A partir da década de 1980 as 
coisas começam a mudar no Brasil e junto com essas mudanças vem a 
democracia, que também é regulamentada para acontecer dentro das 
escolas. É aí, que entra a participação, a colaboração, poder sugerir, 
discutir e chegar a conclusões para possíveis tomadas de decisões. O 
principal foco discutido o tempo todo em relação a estas mudanças é 
Gestão Educacional44
a autonomia, que o tempo todo visa trilhar por caminhos que atinja a 
qualidade, com equidade que tente dar conta da diversidade. Deste 
modo, podemos dividir a autonomia em 4 dimensões:
Administrativa 
Figura 12 - O líder é o gestor.
Fonte: Pixabay
Esta dimensão visa tomar decisões por meio da elaboração de 
planos, programas e projetos. Para tanto, é preciso que seja elaborado por 
pessoas que fazem parte da escola, porque conhecendo essa realidade 
escolar, entende-se que este tem possibilidades de melhor acertar nas 
decisões tomadas para o bem de todos que fazem parte dela. Sendo 
assim, é preciso organizar um grupo com esta finalidade. Neste caso, é 
o Conselho Escolar, já discutido em capítulos anteriores. Conforme, já 
explicado e reviso um pouquinho para vocês, o Conselho Escolar é um 
órgão colegiado. 
Para fazer parte, é preciso que haja candidatura de pessoas que se 
disponibilize a representar a categoria, da qual faz parte na escola. Feita 
a eleição, tem a função que cada um deve desempenhar neste conselho 
e acontecem reuniões periódicas, lideradas pelo presidente do conselho, 
que devem ser públicas. Aquele da comunidade interna ou externa que 
desejar participar pode frequentar ter momentos de fala nos debates 
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Figura 13 - Administrar recursos financeiros
Fonte: Pixabay
sobre questões da pauta do dia, mas quem tem direito ao voto, são cada 
representante, eleito para representar cada categoria. 
O Conselho Escolar também tem a função fiscalizadora de ir atrás 
se tudo o que aconteceu e foi decidido está acontecendo de fato. Se 
está, ótimo e se, não está tentar descobrir o porquê e buscar caminhos de 
resolvê-los. Portanto, o Conselho escolar tem este caráter de contribuir 
efetivamente para que a comunidade escolar participe, por meio de sua 
representação, de forma democrática, nas tomadas de decisões.
Financeira
A escola recebe recursos financeiros e esses recursos financeiros 
não podem ser gastos de qualquer forma, ele possui regras e finalidades. 
Isso quer dizer que eu não posso pegar um recurso financeiro que foi 
destinado para uma determinada coisa e colocar em prática para comprar 
outros gêneros que não foram destinados à verba. 
Também, não se trata do simples fato de destinar o dinheiro 
para comprar o que ela foi destinada precisa que sejam exigidas quais 
são as necessidades nestas área, para ter o cuidado de não comprar o 
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que não está precisando e faltar outras, por isso é preciso discutir em 
grupo e planejar esta compra. Ainda precisa-se analisar se tudo o que 
a escola precisa, o dinheiro que chegou vai dar e se não der promover 
uma discussão também em cima de quais então seriam as prioridades 
para este gasto. Preciso salientar que também, não é só comprar o que 
precisa de fato ser comprado, é preciso que seja emitido uma nota fiscal e 
cumprir pré-requisitos que vem recomendados quando o dinheiro chega 
na conta da escola. 
Feito isso, chega o momento da prestação de contas e neste 
momento se faltar algum desses pré-requisitos, a sua prestação de 
contas é rejeitada para que se resolva o que faltou ser feito, e enquanto 
a escola não resolver e finalizar esta prestação de contas, não se faz o 
envio de outra verba para a escola. Desse modo, conforme o Programa 
Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, os sistemas 
de legislação e normas de ensino no Brasil, conferem aos conselhos 
escolares as seguintes competências: deliberativas, consultivas, fiscais e 
mobilizadoras, com as seguintes funções. 
a) Deliberativas: quando decidem sobre o projeto político-
pedagógico e outros assuntos da escola, aprovam 
encaminhamentos de problemas, garantem a elaboração de 
normas internas e o cumprimento das normas dos sistemas 
de ensino e decidem sobre a organização e o funcionamento 
geral das escolas, propondo à direção as ações a serem 
desenvolvidas. Elaboram normas internas da escola sobre 
questões referentes ao seu funcionamento nos aspectos 
pedagógico, administrativo e financeiro. 
b) Consultivas:quando têm um caráter de assessoramento, 
analisando as questões encaminhadas pelos diversos 
segmentos da escola e apresentando sugestões ou soluções, 
que poderão ou não ser acatadas pelas direções das unidades 
escolares. 
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c) Fiscais (acompanhamento e avaliação): quando acompanham 
a execução das ações pedagógicas, administrativas e 
financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das normas 
das escolas e a qualidade social do cotidiano escolar. 
d) Mobilizadoras: quando promovem a participação, de forma 
integrada, dos segmentos representativos da escola e da 
comunidade local em diversas atividades, contribuindo assim 
para a efetivação da democracia participativa e para a melhoria 
da qualidade social da educação. (FONTE: BRASIL, 2004, p. 41)
Desse modo, fica visível que a escola tem que adequar os recursos 
financeiros no caminho para efetivar seus planos e projetos. 
Jurídica
Figura 14 - Fiquem atentos a legislação brasileira e legislação da educação.
Fonte: Pixabay
Cada unidade escolar pode e deve elaborar suas normas escolares, 
respeitando o que rege a legislação de ensino, tais como: transferências, 
disciplina, avaliações, admissão de professores, entre outros. 
Essas normas de funcionamento fazem parte de um regime interno, 
elaborado com a colaboração dos representantes de cada segmento da 
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escola. Não estou me reportando aqui sobre o regimento que pertence a 
todas as instituições escolares.
Pedagógica
Figura 15: O professor é o gestor da sua sala de aula.
Fonte: Pixabay
As questões pedagógicas devem estar definidas de forma bem clara 
no Projeto Político Pedagógico, não esquecendo a condição necessária 
ao ensino e a pesquisa. Nesse sentido, temos a identidade e função social 
da escola. Também é nesta parte, em que a escola decide as atividades 
pedagógicas curriculares.
Deste modo, quando falamos em autonomia, deve-se lembrar 
de que deve acontecer como uma forma de inserir a comunidade nos 
processos decisórios da escola. Tendo a gestão como democrática, isso 
passa a ser uma prática diária, comum a todos, assumindo assim uma 
postura de participação e emancipação. A autonomia deve acontecer 
na escola no sentido de buscar formas eficazes de trilhar sempre o 
caminho do ensino de ensino de qualidade. Por isso, exige muito diálogo, 
participação, debates, conflitos e resolução de conflitos, amadurecimento 
da equipe escolar, em prol de buscar as melhores decisões que visem o 
desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Por isso, se avalia os seus 
custos e benefícios políticos, ajustando sempre aos interesses da escola. 
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RESUMINDO:
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu 
mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de 
que você realmente entendeu o tema de estudo deste 
capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter 
aprendido o texto a gestão da escola pública e o princípio 
da autonomia administrativa, financeira e pedagógica nos 
fez compreender que a gestão democrática surge com o 
intuito de não ser vista como uma gestão que é burocrática, 
centralizadora, rígida em relação a parte administrativa 
e sim como uma gestão que permite a participação, 
divisão nas tomadas de decisões, na construção do PPP 
nos assuntos que garantem às pessoas da comunidade 
escolar fazer parte da escola, em relação aos princípios de 
igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e que 
vise valorizar o magistério, a mesma deve ser dinâmica, 
mobilizadora que tenha um gestor líder que vise buscar 
abertura para que a comunidade escolar interna e externa 
na troca de conhecimentos em relação a busca de soluções 
de problemas que visem a melhorar a qualidade do ensino.
SAIBA MAIS:
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso 
à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: SILVA, 
Gilvanildo da; SANTOS, Inalda Maria dos. Artigo: “A autonomia 
na gestão escolar: um olhar sobre a realidade da escola 
pública em Maceió” (acessível pelo link https://periodicos.
ufpe.br/revistas/ADED/article/download/2515/2043 
(Acesso em 16/04/2020).
https://periodicos.ufpe.br/revistas/ADED/article/download/2515/2043
https://periodicos.ufpe.br/revistas/ADED/article/download/2515/2043
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Tatiana de Medeiros Santos
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