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A AUTORA TATIANA DE MEDEIROS SANTOS Olá. Meu nome é Tatiana de Medeiros Santos. Sou formada em Pedagogia, com uma experiência técnico-profissional na área de educação, portanto sou especialista em Educação Infantil e também em Gestão Educacional. Sou mestre em Educação Popular e Doutora em Educação, sou professora do Ensino Fundamental e Ensino Superior há mais de 10 anos. Passei por empresas corno a Universidade Federal da Paraíba como professora substituta do curso Pedagogia. Sou professora da rede municipal de ensino Prefeitura Municipal de João Pessoa, sou Professora da UNAVIDA — UVA, Sou Professora da UNINASSAU e tutora à distância do curso à distância Pedagogia da UFPB. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo SUMÁRIO A escola e o Projeto Político Pedagógico 10 Conceitos e finalidades do Projeto Político Pedagógico 21 O projeto Político Pedagógico da escola na perspectiva de uma Educação para a Cidadania 32 A Gestão Escolar Democrática e o Projeto Político Pedagógico na perspectiva de um educação para a cidadania 38 A Gestão da Escola básica e o princípio da autonomia Administrativa, Financeira e Pedagógica 43 Administrativa 47 Financeira 48 Jurídica 51 Pedagógica 51 8 (Gestão Educacional INTRODUÇÃO Você sabia que a área da Gestão Educacional é uma das mais demandadas na área educacional, está garantida para acontecer nas escolas públicas pela Lei de Diretrizes e Bases da. Educação Nacional N.9394/96. É responsável pela elaboração e execução do Projeto Político Pedagógico de forma democrática. Por isso, instituiu na escola pública a importância do diálogo e participação efetiva de todos nas decisões da escola. Também é responsável por institucionalizar o Conselho de Escola, como forma de organizar os representantes de uma escola. Vamos ver como isso acontece na prática? Isso mesmo. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! Gestão Educacional (9 OBJETIVOS Olá. Seja muito bem-vindo a nossa. Unidade 4. Nesta unidade, o nosso objetivo é auxiliá-lo no desenvolvimento das seguintes competências profissionais: 1 Reconhecer os mecanismos de participação no processo de gestão nas instituições escolares; 2 Entender o que é e como funciona um Projeto Político Pedagógico; 3 Perceber o processo de cidadania que acontece no interior da gestão democrática; 4 Compreender como é a gestão na educação básica que deve garantir o princípio da autonomia administrativa, financeira e pedagógica. Então? Está preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! io (Gestão EducacionalJ A ESCOLA E O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO OBJETIVO Ao término deste capítulo você será capaz de reconhecer os mecanismos de participação no processo de gestão nas instituições escolares. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. A gestão deve garantir que o Projeto Político Pedagógico seja construído de forma democrática. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Na atualidade, temos nas escolas públicas acontecendo o modelo de gestão escolar democrática. Conforme já foi visto em capítulos anteriores, esta é uma prática que está assegurada por Lei, e se baseia na gestão de tudo que acontece no interior das escolas, respeitando as particularidades de cada uma e suas ações envolvem tanto as pessoas no contexto escolar, como recursos materiais e financeiros, sobre questões que envolvem o ensinar e aprender. O foco do gestor deve estar principalmente na proposta pedagógica da escola, que deve ser construída a partir da construção coletiva e este documento, numa escola, representa o que orientará as atividades deste processo. EXPLICANDO DIFERENTE Como já foi informado aqui, nos capítulos anteriores, a prática do gestor escolar, deve acontecer através de um ambiente acolhedor e que as decisões tomadas na escola devem acontecer focadas na melhoria da qualidade do ensino. Na escola pública, é preciso que se abra espaço para dialogai; expor opiniões, trocar experiências, sempre na busca de buscar soluções para as problemáticas cotidianas da escola, para tanto se faz necessário a construção de uma proposta educativa e que esta seja de conhecimento de todos. Veiga (1995) defende que o projeto pedagógico construído na escola seja político e deve estar ligada diretamente com o modelo de cidadão que quero formar para a sociedade, essa preocupação deve atender aos interesses coletivos da população. Trabalhar com educação é um ato que deve ser político, na intenção de sabermos em qual modelo de sociedade vivemos e precisamos estar atentos para questionar qual perfil de aluno queremos formar? IMPORTANTE Para tanto, é preciso estarmos atentos para as transformações da sociedade e a gestão deve estar atenta para nos orientar a repensar as diversas formas de estrutura de poder da escola. A autora acima orienta que a construção do Projeto Político Pedagógico é algo muito importante de uma escola e não podemos cair no erro de produzi-lo e guardá-lo. É preciso que o gestor e os profissionais que fazem parte da escola, busquem caminhos para colocar em prática o que foi pensado para acontecer na escola e foi registrado neste documento que chamamos que é a identidade da escola pública. No PPP, é preciso que nele esteja registrado a concepção teórica que desejamos trabalhar, o contexto histórico destas escolas, as necessidades e problemas enfrentados e propor soluções para que a mesma busque a mudança da realidade para a situação e que a escola se encontra no momento. Para a construção do Projeto Político Pedagógico de uma escola é preciso entender que a escola pública trabalha com gestão democrática e que esta deve definir a sua prática político-pedagógica e administrativa, que o mesmo, deve estar fundamentado na participação da comunidade escolar. Esses representantes juntos devem ter claro o tipo de escola que pretendem alcançar e propor a construção de um Projeto Político Pedagógico condizente com a realidade escolar local. (DOURADO, 2001, p.18). Quando uma escola se propõe a construir um projeto, a ideia primordial é a de realizar um planejamento, que não fique só no âmbito do registro no papel, mas que este esteja apto para propor ações para o futuro dos que fazem a escola acontecer e para isso acontecer, precisamos que os que fazem parte desta escola tenha consciência do presente. Por isso, devemos construir os projetos planejando com as intencionalidades do que deve acontecer na escola. (VEIGA, 1995, p.13) A necessidade na hora da elaboração deste documento, é que todos os segmentos da escola estejam presentes. Sabemos que, reunir representantes de todos os seguimentos da escola, num determinado horário não é uma tarefa fácil. Mas, o ideal seria poder contar e ouvir todos da escola de uma só vez. Outra dificuldade é que para a construção do PPP, será preciso mais de uma reunião, e isso requer tempo e disponibilidade em colaborar dos representantes de cada segmento escolar, e podem acontecer uma não, mas diversas reuniões com a intencionalidade de ouvir os profissionais que ali trabalham. Como foi visto neste conteúdo, ternos a necessidade que o Projeto Político Pedagógico não seja construído pela visão de poucos e para que isso não aconteça, é preciso que o gestor articule um dia e horário para conseguir a maior quantidade possível de participantes. Destaco que é preciso ter o cuidado, para evitar que se faça a cópia de um projeto de outra escola, pois jamais podemos tê-lo igual ao de outra escola, haja vista que, cadaescola possui a sua elaboração conjunta, no qual, o foco deve levar em conta a realidade de cada escola e afirmo que, por mais que urna escola tenha as mesmas características físicas, ela são diferentes e o importante é que cada escola possa junto a sua equipe escolar pensar ou repensar seus métodos, fins pedagógicos baseados na realidade de sua comunidade escolar. A determinação para a construção do Projeto político-pedagógico, nas escolas públicas, está assegurado ao modelo de Gestão Democrática, que está determinado através da LDB 9394/96, através dos seguintes artigos: Artigo 12, inciso I: "os estabelecimentos de ensino, respeitados as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar a sua proposta pedagógica." Artigo 14 defende que nas escolas deverá haver "I - a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola" e ainda garante a "II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes". Portanto, fica claro que a elaboração deste documento, deve acontecer em conjunto, nunca só na visão de uma pessoa, mas com a finalidade de ouvir a todos e ao final, a intencionalidade é de a escola nele, registar as necessidades reais da escola e justos os profissionais dessas escolas devem colocar em prática, de forma coesa o projeto tão sonhado pela escola. (GRACINDO, 2007). Dourado (2001, p. 28) destaca que este documento não pode ser algo que vai ser escrito e depois guardado em uma gaveta, é preciso que este sirva de base para movimentar a escola na busca por melhores resultados da escola, por isso chama este processo de dinâmico, por que além de ser uma exigência legal, precisa que todos da escola caminhem juntos cotidianamente na escola, no sentido de colocá-lo em prática e refletir sobre ele constantemente. Após termos entendido a importância de que o PPP é um documento muito importante, informar que o mesmo deve servir de base para orientar o trabalho docente. De acordo com Veiga (2003, p.18-19) o PPP está ligado diretamente a autonomia pedagógica, pois quando a escola também reúne seus professores e demais profissionais, ela também se organiza para traçar seu caminho pedagógico e educativo a partir da realidade da escola. Dessa forma, a "[...] autonomia e liberdade fazem parte da própria natureza do ato pedagógico". Recapitulando, na construção do Projeto Político Pedagógico, mais conhecido como o PPP, deve-se levar em contar com a colaboração dos representantes que fazem parte da comunidade escolar. Nesta construção, é preciso realizar o diagnóstico da realidade, favorecendo assim o diálogo e a cooperação de todos. Libâneo (2004) destaca algumas questões que não podem faltar na formulação do Projeto Político Pedagógico. Trata-se de documento muito importante para a escola, para a construção do mesmo, é preciso contemplar os seguintes pontos: contextualizar e caracterizar a escola, a concepção de educação que a escola quer seguir, e na sequência também se deve escrever sobre as práticas escolares, realizar o diagnóstico da situação atual da escola, deve-se traçar os objetivos gerais, estruturar a organização e gestão da escola, definir como as propostas curriculares serão trabalhadas, a da formação continuada de professores, dos pais de alunos, com a comunidade e se haverá integração com escolas próximas a sua escola, e finalmente como serão as avaliações do projeto. REFLITA Este é um documento muito importante da escola, pois no mesmo se tem o registrado a identidade da escola, os princípios que vai esclarecer, a forma como o professor vai ensinar e aluno vai aprender e como será entendida as avaliações que os professores deverão realizar. O Projeto Político Pedagógico nas escolas públicas, como um planejamento maior, que reflete o projeto educativo e envolve todos os que fazem parte da escola. Nele, há a identidade da escola, um conjunto de princípios que explicita a maneira que o aluno deve aprender como o professor deve ensinar e como é avaliada a aprendizagem do aluno. Sendo assim, Libâneo (2004, p.72) define o PPP como "[...] um instrumento de avaliação entre fins e meios que faz o ordenamento de todas as atividades pedagógicas, curriculares e organizativas da escola, tendo em vista os objetivos educacionais". Deste modo, na ótica de Veiga o Projeto Político Pedagógico é um meio de unir a comunidade escolar para integrar com diversas ações, propostas e: [...] soluções alternativas para diferentes momentos do trabalho pedagógico-administrativo, desenvolver o sentimento de pertença, mobilizar os protagonistas para a explicitação de objetivos comuns definindo o norte das ações a serem desencadeadas, fortalecer a construção de uma coerência comum, mas indispensável, para que a ação coletiva produza seus efeitos. (VEIGA,2003, p.2'75). De acordo com Gadotti (1994) para o Projeto Político Pedagógico ser colocado em prática, este não depende, apenas da direção da escola, mas de todos que fazem parte dela. Deve ser um elo de aproximação de professor e alunos, em busca de melhores aprendizagens, tendo o aluno sujeito do processo do aprender. Este documento tem de maneira resumida, as características do fazer educativo para um grupo, que se faz presente em determinado espaço e tempo. Nele deve conter as intencionalidades da escola e o planejamento dos caminhos em que a escola quer seguir. Ferreira (2007) enfatiza o caráter político que deve estar explícito no Projeto Político Pedagógico, pois deve estar claro as intencionalidades do grupo, como serão as interações e intencionalidades, como a escola irá agir, com objetivos e desejos. Por isso, esta atividade educacional requer planejamento. As etapas necessárias para a organização do PPP exigem construção coletiva e planejamento participativo uma vez que é um esboço das competências esperadas do educador e das ações escolares. Para realizar a construção de um PPP, é preciso se organizar com muita antecedência e ter a clareza, pois não é algo que se resolve com, uma duas ou três reuniões, demanda tempo e planejamento. Tudo isso deve acontecer na tentativa de contemplar a realidade da escola, com as suas aspirações e interesses locais. No entanto, trata-se de um documento que é burocrático, tem estrutura formal para ser seguida e deve ser realizado com bases no modelo de gestão democrática. Ferreira nos apresenta algumas características que o Projeto Político Pedagógico deve ter: a. Singularidade: por representar as características daquela comunidade, seus anseios e suas perspectivas. Portanto, uma percepção diferenciada da educação, da escola, do conhecimento, porque própria daquele ambiente cultural, não se aplicando a nenhum outro; b. Intencionalidade: não há ingenuidades nas escolhas dos sujeitos da escola. Escolhem porque acreditam ser necessárias estas escolhas e não outras. Em decorrência, é necessário apresentar objetivos sem ambiguidades, revelar as teorias que embasadoras, enfim, estar em acordo com um rumo pensado pela comunidade escolar; c. É democrático e democratizante: muitas experiências têm demonstrado que o PPP ao ser elaborado em gabinetes fica restrito a poucas pessoas. O processo de planejamento é uma excelente oportunidade para a prática democrática, não só na discussão, mas no assumir responsabilidades e contribuir. Por isso, o PPP é político, porque compromete a partir das escolhas feitas. d. Sistematização: além de organizar o trabalho pedagógico, relacionando os espaços e os tempos educativos a que se propõe a instituição, o PPP prevê os rumos da instituição. e. Coerência: o PPP deverá estar embasado em um referencial teórico que contenha as definições dos elementos que, para aquela realidade, faz-se necessário conhecer e considere os elementos próprios da cultura institucional e de seu contexto.f. Inclusão: através de uma proposta educacional centrada nos sujeitos, o PPP pretende a inclusão das diversidades. (FERREIRA,2007, p.42-43). Este documento ainda deve contemplar os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e o respeito, de formar o cidadão apto a atuar e ser crítico em sociedade, de forma democrática. Para a construção do Projeto Político Pedagógico o planejamento inicial, muitas vezes modificado em reuniões e por sugestão das equipes, previa, em acordo com minhas crenças, as seguintes etapas: ■ constituição de espaços-tempos para diálogo em todos os níveis da instituição e envolvendo os diferentes sujeitos; ■ estímulo à circulação da palavra, como possibilidade de reinventar a dialogicidade nos espaços instituídos e instituintes da escola; ■ reconstituição da historicidade dos sujeitos da práxis pedagógica; ■ reflexão sobre a pesquisa, buscando torná-la fundamento pedagógico; ■ reflexão sobre a profissionalidade dos sujeitos da práxis pedagógica; ■ revisão da práxis pedagógica, em suas crenças e fazeres; ■ sistematização da historicidade, crenças, propostas e perspectivas da instituição; ■ aprovação do texto em plenária, envolvendo o máximo da população integrante dessa comunidade escolar; ■ implementação da proposta; ■ acompanhamento, avaliação e revitalização contínua dos princípios orientadores: pesquisa, dialogicidade, historicidade e reflexão. (FERREIRA, 2007, p. 43-44). Como podemos ver, a questão do espaço tempo, historicidade da escola, reflexão sobre a importância da pesquisa, estímulo ao diálogo, a práxis pedagógicas, aprovação do texto em plenária, implementação da proposta devem acontecer como manda os trâmites para a elaboração do Projeto Político Pedagógico. SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: LOPES, Noêmia. Artigo: O que é o Projeto Político Pedagógico. acessível pelo link: https://bit.ly/3c3z9Mm. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido o Projeto Político Pedagógico é um documento importante da escola e que nele deve conter todos os aspectos da escola administrativo, pedagógico e financeiro o qual deve estar baseado na lei. O PPP não deve ser construído em apenas um dia, deve haver várias reuniões para que possam discutir o tema e vir a bater o martelo em relação ao tema abordado. Esse documento deve ser construído na escola com a participação de todos que compõem o contexto escolar interno e externo em busca de melhorias na qualidade de ensino. É importante que tenhamos a consciência da importância da participação dos membros da escola em prol de soluções. O PPP deve contemplar os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e o respeito, na busca de formar cidadãos críticos e reflexivos para viver em sociedade, de forma democrática. CONCEITOS E FINALIDADES DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO OBJETIVO Ao término deste capítulo você será capaz de entender o que é e como funciona um Projeto Político Pedagógico. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. Nesta aula você vai compreender o significado do Projeto Político Pedagógico e o porquê de sua existência na escola pública. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! O Projeto Político Pedagógico trata-se de um documento que tem muito importância para a escola. Nele constam dados que o consideramos como a https://bit.ly/3c3z9Mm identidade da escola, pois foi construído a partir de um esforço coletivo, na busca de retratar a realidade em que a escola se encontra, e propor soluções, em busca de atingir a qualidade da educação. No entanto, a sua construção, mas escola não tem acontecido na prática como deveria. Vamos, ver teoricamente como o mesmo deve acontecer de fato nas escolas públicas? Conforme a Constituição Brasileira, na sequência a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, temos garantidos que os objetivos da educação deve ser provida com base nos princípios de igualdade, liberdade de aprender, respeito à pluralidade de ideias, gestão democrática do ensino público e valorização das experiências extraescolares (BRASIL, 1996). Estes são objetivos educacionais que a escola democrática deve garantir que aconteça no seu interior. Quando falamos em construir um Projeto Político Pedagógico Veiga (1995) realiza a explicação sobre projeto, projeto pedagógico e porque deve ser político: O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses reais e coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de sociedade. [...] Pedagógico, no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade. (VEIGA, 1995, p. 13). Ainda sobre o projeto pedagógico da escola. Vasconcellos (1995, p.143) destaca que se trata de tun ser "[...] um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola, só que de uma forma refletida, consciente, sistematizada, orgânica e, o que é essencial, participativa." CURIOSIDADE Sobre estas questões Araújo (2000, p.155) explica que na dimensão política, é preciso que haja transparência "[...] sua existência pressupõe a construção de um espaço público vigoroso e aberto à diversidade de opiniões e concepções de mundo, contemplando a participação de todos os que estão envolvidos com a escola." Marques (1990) explica que é através da ampla participação dos diversos segmentos da escola, que na hora de decidir se garante a transparências das coisas discutidas e "[...] fortalece as pressões para que elas sejam legítimas, garante o controle sobre os acordos estabelecidos e, sobretudo, contribui para que sejam contempladas questões que de outra forma não entrariam em cogitação". Segundo Dourado , a gestão democrática configura-se em descentralização de poderes, a participação e a transparência: ■ Descentralização: a administração, as decisões e as ações devem ser elaboradas, tomadas e executadas de forma não hierarquizada; ■ Participação: todos os envolvidos no dia a dia escolar devem participar da gestão, ou seja, professores, estudantes, funcionários, pais ou responsáveis, pessoas que participam de projetos escolares e toda a comunidade ao redor da escola; ■ Transparência: qualquer decisão e ação tomada/decidida ou implantada na escola deverá ser de conhecimento de todos.(DOURADO; DUARTE,2001) É preciso destacar que o sistema educacional brasileiro, lança normas gerais sobre as instituições escolares, que devem funcionar como um caminho que orienta o ensino escolar. Na Construção do Projeto Político Pedagógico, é importante que o gestor o perfil de ser um gestor democrático e participativo. Acredita-se que apenas com a participação, de modo ativo, por meio do diálogo, opiniões, escuta do outro, tão comum no decorrer do processo de ensino e aprendizagem, que a gestão se tornará de fato democrática. Sobre a organização das escolas públicas que trabalham no modelo de gestão democrática, afirma-se que o Conselho escolar é o local em que há o direito a fala, a realizar debates e votações sobre questões particulares da escola. Fazem parte do Conselho Escolar: representantes dos docentes, dos funcionários, da direção escolar, dos alunos, dos pais e da comunidade interna e externa a escola. A escolha, dos membros do Conselho Escolardeve acontecer de forma democrática, através da eleição dos candidatos representantes de cada segmento da escola, com a votação sobre a escolha dos mesmos. O candidato, que poderá ser um representante eleito, no momento de sua candidatura, deve estar consciente que é uma pessoa, que tenha tempo e se disponibilize a participação efetiva e responsável dos processos decisórios da escola. O mesmo, deve se comprometer com o bem comum, a dialogar e expor os desejos e opiniões do grupo que representa. Também é preciso que tenha o perfil de saber realizar a escuta do outro, e respeitar as decisões tomadas em grupo. Vale salientar que todas as propostas e decisões devem ser tomadas dentro do que permite as leis brasileiras, e que sejam propostas em prol da qualidade do ensino. Navarro (2004) explica que o Conselho escolar tem responsabilidades e criar o seu Regimento interno, tais como realizar o seu calendário de reuniões e como acontecerá o processo de tomada de decisões, e assim por diante. Assim, precisamos entender que o Conselho Escolar, é um dos sustentáculos do Projeto Político Pedagógico da escola, pois os membros têm importante participação da elaboração deste documento da escola, pois deve acompanhar o que está acontecendo no interior da escola e de que o que foi prometido, neste documento, está sendo colocado em prática ou não. Também destaco a sua importância em zelar para manter as relações pedagógicas, respeitar a diversidade, cuidando para valorizar a cultura da comunidade escolar e da escola. Todo o trabalho do Conselho Escolar deve acontecer em um ambiente agradável, com discussões organizadas em assembleias, com seus representantes, onde os mesmo deve se sentir a vontade para opinar, saber ouvir e dialogai; na busca de tomadas de decisões em prol da qualidade do ensino. A escola deve ter noção, de que o Conselho Escolar, deve acompanhar o que está de fato acontecendo dentro e fora da escola, e para que isto aconteça é preciso que o Projeto Político Pedagógico não esteja apenas no papel. É função do Conselho Escolar fiscalizar, através de seus membros, se o PPP saiu das gavetas da escola, para ser aplicado na prática. Os seus membros devem estar atentos às mudanças que ocorrem constantemente dentro e fora do contexto escolar, para saber registrá-las no PPP, aperfeiçoando de tal modo o procedimento de aprendizagem de acordo com a história, proporcionando informações aos discentes e comunidade que necessitam ter conhecimento dos fatos ocorridos. Veiga (1995) explica que o Projeto político-pedagógico trilha a uma determinada direção. É uma ação propositada, com um sentido explícito, em relação ao acordado definido coletivamente. O Projeto Político Pedagógico, após sua produção serve para termos conhecimento sobre a realidade da escola, em que estamos inseridos. Para que este documento se encontre pronto, é preciso que [...] a participação dos profissionais da educação deve ser assegurada e incentivada na preparação do projeto pedagógico da escola, assim como das comunidades escolar e local nos órgãos de decisão colegiada. (DOURADO, 2001, p. 28). O Conselho Escolar tem a responsabilidade de realizar procedimentos avaliativos e acompanhar o Projeto Político Pedagógico das escolas. Em meios a estas responsabilidades, podemos destacar a importância de manter as relações pedagógicas que vise, além de respeitar o saber do discente, que busque valorizar a cultura histórica tanto da comunidade escolar quanto da escola. Este órgão colegiado tem função de aprovar o plano anual, que é construído pela direção escolar relacionado à parte dos recursos financeiros. Sobre a parte pedagógica, o Conselho deve acompanhar desenvolvimento dos indicadores educacionais, a exemplo da aprendizagem dos alunos, o abandono escolar, a aprovação, buscando sugerir intervenções e/ou medidas socioeducativas na busca pela qualidade da educação nas escolas. O processo de democratização da gestão permite que os membros do Conselho Escolar, que devem estar presentes juntos na Construção do Projeto Político Pedagógico, para tanto é preciso que os mesmos, discutam em relação ao conteúdo curricular exposto, possam trocar informações, experiências, a fim de chegarem a soluções que possam resolver os problemas oriundos do contexto escolar e isso amplia nossos saberes e esses espaços se tornam aliados na luta para que de fato ocorra a democratização. Ao longo dos anos, houve um avanço significativo na aceitação da gestão democrática, por parte de alguns gestores que estão compreendendo que a participação democrática ajudará na melhoria do processo escolar. Mas, sabe-se que ainda há muito a percorrer para que de fato a mesma não fique apenas no papel. Os membros da comunidade escolar (pais, professores, alunos, gestores, funcionário, comunidade, entre outros) devem ter consciência da importância de suaparticipação nesse processo, para que de fato a gestão democrática não fique apenas no papel, mas, que vá para a prática. IMPORTANTE Não podemos esquecer que a teoria e a prática devem andar de mãos dadas, pois os termos conhecimento da teoria podem refletir no que foi melhor para que busquemos evitar os erros do passado, ou seja, a escola deve fornecer conhecimentos e buscar o apoio e a participação ativa da comunidade escolar, através de uma ação política, e isso só ocorre se tivermos conhecimento, e competência técnica ligada ao compromisso político da transformação da sociedade. Na construção do Projeto Político Pedagógico é preciso que tenhamos como uma das principais medidas e democratização, que deve ocorrer dentro do espaço da sala de aula, deve se tornar ativo, crítico e reflexivo. Esse alunos deve ter consciência que é um cidadão, com direitos e deveres. O mesmo, precisa estar consciente que pode emitir suas opiniões e propor soluções. Chegando até aqui é preciso compreender que ainda há um distanciamento na gestão democrática em relação à teoria e prática. Nesse contexto, o Conselho Escolar surge para conhecer a realidade da escola e trabalhar em prol de melhorias de qualidade no processo ensino e aprendizagem. A escola democrática proporciona aos seus representantes um momento de fundamental importância, no sentido de facilitar para que haja reuniões em um ambiente favorável e propício ao diálogo, troca de conhecimentos, da escuta do outro, de respeitar a opinião da maioria, da reflexão, avaliação e reconstrução do Projeto Político Pedagógico. Schneckenenberg (2009, p. 118) afirma que "[...] o gestor escolar se torna porta voz de propostas, de intenções que nem sempre se concretizam, já que a transformação da realidade depende da reflexão crítica do trabalho coletivo para fins específicos [...]". A escola, na construção do Projeto Político Pedagógico, deve lutar para que haja a participação de todos os representantes nas reuniões com finalidade de Construção ou reconstrução dos mesmos, envolvidos nesse processo. Algo que acaba fortalecendo a autonomia e a identidade escolar A autonomia de trabalhar dessa forma, só é garantida de fato, se as escolas trabalharem com a consciência da importância do trabalho coletivo na busca de soluções para as problemáticas oriundas do cotidiano escolar. Dourado (2001, p.67) explica que "A autonomia da escola se amplia com ações de incentivo à participação e, também, com a criação de mecanismos de construção coletiva do projeto pedagógico." Dessa forma, o autor acima, explica que a reflexão coletiva tem a intenção de no coletivo propor ações que façam parte da identidade da escola, propondo novos conteúdos, objetivos, avaliação, aos quais devem estar de acordo com a realidade do contexto escolar. Dourado (2001, p.6'7) ainda adverte que ter autonomia implica conhecer diferentes pontos de vista dos seus representados e argumentar a respeito de ideias e decisões, parasó assim colocar em prática tuna proposta educativa que seja fruto da vontade das comunidades escolar e local. Dentro desse processo, o gestor, na gestão democrática tem papel importante, o de mediar, observar e direcionar as aspirações das pessoas envolvidas nesse processo. A troca de experiências, opiniões, reflexões e divisão de responsabilidades através da participação ativa na gestão democrática contribuem na busca de uma educação de qualidade. SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: OLIVEIRA, Emmanuele. Artigo: "Projeto Político Pedagógico". Acessível pelo link: https://bit.ly/2ZxIBFn. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste https://bit.ly/2ZxIBFn capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o Projeto Político Pedagógico (PPP) é um documento que contém a identidade da escola. Após ser construído dentro da escola com os membros da escola serve para termos conhecimento em relação à realidade do cotidiano escolar. No PPP da escola, temos a participação do Conselho Escolar, que é encarregado de realizar procedimentos avaliativos e vir a acompanhar o PPP no contexto escolar. Assim, em meio a responsabilidades, merece destaque as relações pedagógicas, que além de respeitar o conhecimento do professor deve valorizar a cultura histórica da comunidade e da escola. O Conselho Escolar tem a finalidade de aprovar o plano anual da escola, o qual é elaborado pela direção escolar ligado à parte dos recursos financeiros. O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA ESCOLA NA PERSPECTIVA DE UMA EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA OBJETIVO Ao término deste capítulo você será capaz de perceber o processo de cidadania que acontece no interior da gestão democrática. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. A gestão deve garantir que na sua escola aconteça a democracia, na hora de tomar decisões, promovendo discussões, garantindo a participação de todos, escutando possibilidades de sugestões, resolvendo conflitos através do diálogo. A escola deve saber que tipo de cidadão quer formar, preparando assim os seus alunos para a vida, exercendo a sua cidadania. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! A elaboração de um Projeto Político Pedagógico para uma escola existe na perspectiva de ter uma sistematização do trabalho pedagógico da escola de uma maneira geral. A construção deste documento surge a partir da determinação de sua elaboração na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N. 9394/96 e serve para tomar o espaço interno da escola, por meio de um planejamento que engloba toda a escola, para que toda a comunidade interna e externa realizem suas atividades de modo dinâmico e participativo. É exatamente, na elaboração deste documento global, que estará registrado a história da escola desde a sua fundação (principais acontecimentos) até a atualidade, como também ali se encontra o currículo da escola, o planejamento, as formas de avaliações, como deverá acontecer o funcionamento da escola, profissionais, cômodos da escola (estrutura física) e materiais duráveis, haverá o quadro de funcionários e no e professores o detalhamento da formação acadêmica dos mesmos e assim por diante. Não posso deixar de lembrar que é neste documento que também se encontra os princípios educacionais da escola, é lá que está registrado como é compreendida a educação e que tipo de cidadão quer formar para atuar futuramente na sociedade. Por isso, para a sua elaboração precisamos contar com a gestão, professores, especialistas... Enfim, representantes da comunidade interna e externa à escola. Sobre essas questões, Libâneo adverte que é preciso ficar atento, pois se a gestão é democrática e está garantida por lei, não podemos fazer uma opção neste documento sobre a concepção funcionalista, conforme vamos ver a seguir: As concepções de gestão escolar refletem, portanto, posições políticas e concepções de homem e sociedade. O modo como uma escola se organiza e se estrutura tem um caráter pedagógico, ou seja, depende de objetivos mais amplos sobre a relação da escola com a conservação ou a transformação social. A concepção funcionalista, por exemplo, valoriza o poder e a autoridade, exercidas unilateralmente. Enfatizando relações de subordinação, determinações rígidas de funções, hipervalorizando a racionalização do trabalho, tende a retirar ou, ao menos, diminuir nas pessoas a faculdade de pensar e decidir sobre seu trabalho. Com isso, o grau de envolvimento profissional fica enfraquecido. (LIBANE0,2016, p.3 - 4). Deste modo, este autor ainda recomenda que deve haver a forma coletiva de gestão, com decisões tomadas em coletivo e discutidas com público. Após essas tomadas de decisões a equipe escolar deve assumir a sua parte no trabalho, com coordenação e avaliação sistemática das decisões tomadas em coletivo. ■ Definição explícita de objetos sócio-políticos e pedagógicos da escola, pela equipe escolar. Articulação entre a atividade de direção e a iniciativa e participação das pessoas da escola e das que se relacionam com ela. ■ A gestão é participativa, mas espera-se, também, a gestão da participação. ■ Qualificação e competência profissional. ■ Busca de objetividade no trato das questões da organização e gestão, mediante coleta de informações reais. ■ Acompanhamento e avaliação sistemáticos com finalidade pedagógica: diagnóstico, acompanhamento dos trabalhos, reorientação dos rumos e ações, tomada de decisões. ■ Todos dirigem e são dirigidos, todos avaliam e são avaliados. (LIBÂNEO, 2016, p. 3) Reforço que este projeto deve estar atento para atender as diferentes presenças que se encontram nas escolas e que isso não é tarefa fácil, haja vista em que, os pensamentos não são e nem deve ser homogêneos e dentro da heterogeneidade de pensamentos deve-se haver reuniões, nas quais deve haver o debate sobre problemas, necessidades e possibilidades de melhorias para a escola, na qual após serem problematizados. Não espere que tudo seja acordado com todos balançando a cabeça e dando um sim sem questionar as discussões problematizadas, é justamente ai que Luck (1998) nos explica que nasce o conflito e o grupo só cresce se for maduro para ouvir e esgotar as possibilidades de ideias propostas com sim e também com não. A seguir segue as especificidades da participação para a construção de um Projeto Político Pedagógico: Participação, Reflexão, Qualidade da educação, Projeto Político Pedagógico, Diagnóstico, Busca soluções dialogadas, Planejamento e avaliação O mais importante, nas reuniões com finalidade de construção do Projeto Político Pedagógico é que haja o diálogo e cada profissional saia da reunião entendendo porque a sua proposta ganhou um sim, ou um não. Por que estou explicando isso? Para evitar que se crie um clima de só aceitou isso porque foi esse ou aquele profissional quem sugeriu e não eu e a vitimização de que eu só recebo não. Isso pode alimentar a ideia de não participação e essa tecla do diálogo, foi a mais digitada para a construção deste livro. Tudo isso deve estar claro que vai acontecer em prol de, cada vez mais, os profissionais das escolas alinharem seus discursos e suas práticas em prol da qualidade do ensino das escolas públicas. Neste momento, você pode estar aí do outro lado da telinha, se perguntando por que é que a prefeitura ou o estado não manda este documento pronto e acaba de uma vez por todas essas necessidades de reuniões, elaboração de documento e possibilidades de conflitos nas discussões com os profissionais das escolas? É por entender que a legislação da educação existe, mas apesar dessa existência, temos um Brasil muito grande e cada escolaem seu funcionamento interno possui particularidades e necessidades de que precisam ser resolvidas e com a construção deste documento, entende-se que ele dá autonomia à escola para resolver as coisas mais urgentes em parceria com a Secretaria de Educação do seu Estado ou Município. Explico isso, porque o Projeto Político Pedagógico deve ser escrito de forma responsável, de forma a ter posicionamento de possíveis soluções, em prol da qualidade do ensino, mas estas, devem obrigatoriamente estar conforme a legislação brasileira. Nada, que está escrito nele poderá acontecer de forma ilegal, só porque foi sugestão dos profissionais, por isso há a necessidade de não resolver tudo que vai para o documento em uma única reunião, e sim, antes deve haver muitas discussões até bater o martelo, no que pode e não pode acontecer no interior da escola. Você já imaginou se cada decisão em particular, de cada escola brasileira, ter que ser escrita e enfrentar a burocracia de mandar para o Ministério da Educação e voltar à decisão em forma de lei? Não daria tempo de resolver todas as particularidades de nosso país, como já foi justificado aqui, que é enorme. Todos devem ser pensados de forma que sejam beneficiados com o projeto, já que se espera a qualidade no ensino aprendizagem, que é o objetivo fundamental das instituições de ensino. A escola deve possuir autonomia para suas deliberações, observando as normas vigentes, as esferas superiores, porém, sempre buscando inovar para que se efetive a qualidade do ensino. Um bom Projeto Político Pedagógico deve acontecer com representantes de toda a comunidade interna e externa à escola. É importante que tudo que for acontecer nestas reuniões sejam propostos e decididos de forma democrática, pois se trata de decisões importantes que vai buscar formar cidadãos críticos e atuantes em nossa sociedade. Também são decisões que busca a qualidade da educação da escola pública. É por isso que essa reunião não dá para acontecer de qualquer forma e em uma única reunião e sim várias e não se encerra na finalização da constituição do documento. A partir da finalização deste documento a escola deve divulgar o documento com todos que fazem parte da escola e começar a colocar o que foi escrito no papel em prática. Neste momento, você pode estar se perguntando: As reuniões não param a partir da materialização das ideias escritas no papel e na execução? Não, pois reuniões periódicas devem ser marcadas para avaliação do mesmo, com a finalidade discutir se o que foi planejado como possíveis soluções para atingir a qualidade da escola. Estas reuniões tem o papel de verificar se o que foi proposto está sendo feito, se está como vai indo o andamento, se não estiver tentar entender porque ainda não foram colocadas em prática e quem sabe até redimensionar ou redirecionar a equipe escolar em prol de cumprir metas que foram propostas a curto, médio e longo prazo. A GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICA E O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA Na gestão democrática, é um fator primordial para que ela seja de fato democrática é que o gestor conquiste a sua equipe escolar, para que venha para dentro do projeto maior da escola que é o educativo. Para tanto, foi preciso para acabar com aquela versão histórica hierárquica de autoritarismo e de os funcionários trabalharem sob pressão, temos garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N. 9394/96 o direito da Gestão Democrática e um de seus sustentáculos principal é o Projeto Político Pedagógico. Por isso, deve haver urna boa articulação entre a gestão e colocar em prática o que foi decidido para acontecer globalmente na escola pública, de forma particularidade, através do PPP. Conforme já foi descrito nos capítulos anteriores, o PPP é o documento ao qual está escrito a identidade da escola, ele dá vida ao que deve acontecer no interior das escolas públicas, apontando caminhos para reinar rumo à educação de qualidade. Oliveira (2006) defende que o estabelecimento do entendimento do conceito de gestão como administração e organização da escola, e junto ao entendimento de PPP organizado também de forma democrática esses dois devem caminhar na escola de forma entrelaçadas e reconhecer a sua complexidade. Assim, o planejamento global da escola, que se materializa neste documento, deve ser subsidiado pela realidade escolar. CURIOSIDADE É por meio do Projeto Político Pedagógico se decide, o modelo de cidadão que essa escola quer formar. Sobre esta questão Pimenta (1991, p.'79) acrescenta que o que este documento é o que resulta da construção coletiva dos atores da educação escolar. "Ele é a tradução que a escola faz de suas finalidades, a partir das necessidades que lhe estão colocadas, com o pessoal - professores/alunos/equipe pedagógica/pais - e com os recursos de que dispõe. Insisto a gestão deve fazer um trabalho de conquista e comprometimento de toda a sua comunidade escola e esse vínculo tem que começar com o gestor. Você aí, pode estar se perguntando o porquê desta insistência? Porque conquistar uma equipe para trabalhar de forma democrática e com comprometimento ao que foi definido pela escola, requer primeiro compromisso do gestor. Como vou me comprometer com algo, como parte da equipe, se não enxergo esse comprometimento junto aos meus gestores. O gestor para realizar esse trabalho, é com que tenha o perfil de liderança, que traga a equipe para junto dele, todos unidos em prol do projeto educativo da escola. A partir deste entendimento, Libâneo (2016) cita como princípios da organização escolar, que visa buscar a participação, são: ■ A autonomia das escolas e da comunidade educativa; ■ Relação orgânica entre a direção e a participação dos membros escolares; ■ Envolvimento da comunidade escolar; ■ Planejamento de tarefas; ■ Formação continuada para o desenvolvimento pessoal e profissional dos integrantes da comunidade escolar; ■ Utilização de informações concretas e análise de cada problema em seus múltiplos aspectos, com ampla democratização das informações; ■ Avaliação compartilhada; ■ Relações humanas produtivas criativas assentadas na busca por objetivos comuns. O autor ainda detalha: "Autonomia aqui é definida com a faculdade de pessoas se autogovernarem-se, de decidir o seu próprio destino". Frente a esta responsabilidade de cada um e a gestão da escola, a gestão democrática não pode ficar restrita ao discurso da participação, as eleições, as assembleias e as reuniões e Libâneo ainda ressalta: "[...] a organização escolar democrática implica não só a participação na gestão, mas a gestão da participação". (LIBANEO, 2015, p.118). Sobre estes princípios é interessante destacar que o primeiro "[...] conjuga o exercício responsável e compartilhado da direção, a forma participativa da gestão e a responsabilidade individual de cada uni." (LIBANEO, 2015, p.119). Devo chamar atenção também para ter cuidado nas manipulações de desejos, de interesses e que se deve zelar para que esse grupo não se torne um jogo de interesses e vire massa de manobra para atender os interesses de poucos. Enfim, é preciso que a gestão também realize ma boa gestão, se organizando para se comprometer com toda equipe escolar e não com alguns deles. Deve envolver nas discussões as ideias e propostas sugeridas, de todos e que não se esqueça da maior finalidade da escola que é a sua finalidade educativa, o lado pedagógico também merece atenção da gestão. SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: BRUINI, Eliane da Costa. Artigo: "PPP, Escola e Cidadania" acessível pelo link https://bit.ly/2X0Yfaz. https://bit.ly/2X0Yfaz RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que vocêrealmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a gestão democrática e o Projeto Político Pedagógico na perspectiva de uma educação para a cidadania visa que através de sua construção, o Projeto Político Pedagógico, dentro do contexto escolar, na gestão democrática deve ter um gestor que tenha responsabilidade, liderança, que saiba trazer as pessoas que fazem parte do contexto escolar a participarem ativamente de sua construção, saibam ouvir, opinar, dialogar e juntos cheguem a uma conclusão sobre determinados temas em busca de soluções que abranjam melhorias na qualidade do ensino. A construção do Projeto Político Pedagógico surgiu a partir da LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N. 9394/96 com o intuito de que todos os membros da comunidade escolar atuem ativamente em suas atividades de forma dinâmica e participativa. Sendo assim, é de suma importância que haja uma boa articulação entre a gestão para que possam colocar em prática o que foi decidido para ocorrer globalmente na escola pública, especificamente, por intermédio do Projeto Político Pedagógico. A GESTÃO DA ESCOLA BÁSICA E O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA, FINANCEIRA E PEDAGÓGICA OBJETIVO Ao término deste capítulo você será capaz de compreender como é a gestão na educação básica que deve garantir o princípio da autonomia administrativa, financeira e pedagógica. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. A gestão deve garantir que o Projeto Político Pedagógico seja construído de forma democrática, seja fiscalizado pelo Conselho de Escola e colocar em prática os princípios da autonomia administrativa, financeira e pedagógica. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! Estamos chegando à finalização do nosso livro, e aqui foi discorrido por diversas vezes a questão da importância de práticas autônomas na escola pública. De preocupações de a escola poder andar com suas próprias pernas, entender seus fundamentos, de emancipar-se. Qual será o tipo de aluno que a escola pretende formar e assim por diante. Trabalho colaborativo, participação, envolvimento de comunidade interna e externa à escola. Práticas estas garantidas por Lei. Enfim, vamos aqui detalhar essa autonomia. Também foi visto que para garantir essa autonomia da escola é preciso que haja a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico nas escolas públicas, com questões bem particularizadas de cada unidade escolar brasileira. O uso do termo gestão democrática é algo real, e acontece com o intuito de se contrapor a concepção centralizadora e burocrática de administração, que por muito tempo perdurou em nossa sociedade brasileira. Por isso, é entendida como dinâmica, mobilizadora, que faz articulações na escola como intuito de buscar a cooperação e participação de todos que fazem parte da escola. Sobre a questão da gestão educacional, Ferreira explica que: [...] a gestão da educação, enquanto tomada de decisão, organização, direção e participação, não se reduz e circunscreve na responsabilidade de construção do projeto político-pedagógico. A gestão da educação acontece e se desenvolve em todos os âmbitos da escola, inclusive e especialmente na sala de aula, onde se objetiva o projeto 8 político-pedagógico não só como desenvolvimento do planejado, mas como fonte privilegiada de novos subsídios para novas tomadas de decisões e para o estabelecimento de novas políticas [...](FERREIRA, 2003. p.16). Deste modo, é perceptível que a gestão deve se fazer presente dentro dos muros da escola de forma democrática. Nisto não tem funcionários maior ou menor, deve existir o gestor que é o líder, e vai atuar junto aos especialistas, professores, conselheiros, funcionários de modo em geral, alunos, pais de alunos e assim por diante. Todo contribuído conforme suas competências. Vale salientar aqui, que o professor também é um gestor pedagógico, pois media a aprendizagem entre os conhecimentos que se encontram as propostas pedagógicas curriculares e a realidade encontrada em relação aos seus alunos. Na sala de aula, o professor como gestor de sua turma, deve trabalhar em prol da democratização do conhecimento, socializando com todos, tendo claro seus objetivos, os critérios avaliativos, com respeito aos combinados para acontecer de fato na escola e regulamentos registrados no Regimento da escola. Tudo isso deve acontecer na busca do professor se preocupar em melhor gerenciar processo ensino- aprendizagem. Sobre a gestão democrática Veiga explica que: Gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente e abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira. Ela exige uma ruptura histórica na prática administrativa da escola, com o enfrentamento das questões de exclusão e reprovação e da não- permanência do aluno na sala de aula, o que vem provocando a marginalização das classes populares. Esse compromisso implica a construção coletiva de um projeto político-pedagógico ligado à educação das classes populares. A construção do projeto político pedagógico parte dos princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério. (VEIGA,1995, p.17). Pensando na questão da gestão democrática, na construção do Projeto Político Pedagógico e nas questões de garantir a todos que fazem parte da escola, princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e valorização do magistério, Bastos ainda complementa: A gestão democrática da escola pública deve ser incluída no rol de práticas sociais que podem contribuir para a consciência democrática e a participação popular no interior da escola. Esta consciência, esta participação, é preciso reconhecer, não tem a virtualidade de transformar a escola numa escola de qualidade, mas têm o mérito de implantar uma nova cultura na escola: a politização, o debate, a liberdade de se organizar, em síntese, as condições essenciais para os sujeitos e os coletivos se organizarem pela efetividade do direito fundamental: acesso e permanência dos filhos das classes populares na escola pública. (BASTOS,2001, p. 22- 23). Após entender que, para tudo isso acontecer é preciso criar urna cultura de politização dos que fazem parte da escola, em saber aonde querem chegar, podemos observar que o Projeto Político-Pedagógico está associado a um documento que legitima a gestão democrática, e tem como foco busca pela melhoria da qualidade da educação. Deste modo, entendo que essa autonomia, veio para dentro dos muros escolares, com a ideia de descentralizar certo poder que por muito tempo ficou centralizado nas mãos de poucas pessoas, que decidia muito pela escola de forma hierarquizada. A partir da década de 1980 as coisas começam a mudar no Brasil e junto com essas mudanças vem a democracia, que também é regulamentada para acontecer dentro das escolas. É aí, que entra a participação, a colaboração, poder sugerir, discutir e chegar a conclusões para possíveis tomadas de decisões. O principal foco discutido o tempo todo em relação a estas mudanças é a autonomia, que o tempo todo visa trilhar por caminhos que atinja a qualidade, com equidade que tente dar conta da diversidade. Deste modo, podemos dividir a autonomia em 4 dimensões: Administrativa Esta dimensão visa tomar decisões por meio da elaboração de planos, programas e projetos. Para tanto, é preciso que seja elaborado por pessoas que fazem parte da escola, porque conhecendo essa realidade escolar, entende-se que este tem possibilidades de melhor acertar nas decisões tomadas para o bem de todos que fazem parte dela. Sendo assim, é preciso organizar um grupo com esta finalidade. Neste caso, é o Conselho Escolar, já discutido em capítulos anteriores. Conforme, já explicado e reviso um pouquinho para vocês, o ConselhoEscolar é um órgão colegiado. Para fazer parte, é preciso que haja candidatura de pessoas que se disponibilize a representar a categoria, da qual faz parte na escola. Feita a eleição, tem a função que cada um deve desempenhar neste conselho e acontecem reuniões periódicas, lideradas pelo presidente do conselho, que devem ser públicas. Aquele da comunidade interna ou externa que desejar participar pode frequentar ter momentos de fala nos debates sobre questões da pauta do dia, mas quem tem direito ao voto, são cada representante, eleito para representar cada categoria. O Conselho Escolar também tem a função fiscalizadora de ir atrás se tudo o que aconteceu e foi decidido está acontecendo de fato. Se está, ótimo e se, não está tentar descobrir o porquê e buscar caminhos de resolvê-los. Portanto, o Conselho escolar tem este caráter de contribuir efetivamente para que a comunidade escolar participe, por meio de sua representação, de forma democrática, nas tomadas de decisões. Financeira A escola recebe recursos financeiros e esses recursos financeiros não podem ser gastos de qualquer forma, ele possui regras e finalidades. Isso quer dizer que eu não posso pegar um recurso financeiro que foi destinado para urna determinada coisa e colocar em prática para comprar outros gêneros que não foram destinados à verba. Também, não se trata do simples fato de destinar o dinheiro para comprar o que ela foi destinada precisa que sejam exigidas quais são as necessidades nestas área, para ter o cuidado de não comprar o que não está precisando e faltar outras, por isso é preciso discutir em grupo e planejar esta compra. Ainda precisa-se analisar se tudo o que a escola precisa, o dinheiro que chegou vai dar e se não der promover uma discussão também em cima de quais então seriam as prioridades para este gasto. Preciso salientar que também, não é só comprar o que precisa de fato ser comprado, é preciso que seja emitido uma nota fiscal e cumprir pré-requisitos que vem recomendados quando o dinheiro chega na conta da escola. Feito isso, chega o momento da prestação de contas e neste momento se faltar algum desses pré-requisitos, a sua prestação de contas é rejeitada para que se resolva o que faltou ser feito, e enquanto a escola não resolver e finalizar esta prestação de contas, não se faz o envio de outra verba para a escola. Desse modo, conforme o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, os sistemas de legislação e normas de ensino no Brasil, conferem aos conselhos escolares as seguintes competências: deliberativas, consultivas, fiscais e mobilizadoras, com as seguintes funções. a. Deliberativas: quando decidem sobre o projeto político-pedagógico e outros assuntos da escola, aprovam encaminhamentos de problemas, garantem a elaboração de normas internas e o cumprimento das normas dos sistemas de ensino e decidem sobre a organização e o funcionamento geral das escolas, propondo à direção as ações a serem desenvolvidas. Elaboram normas internas da escola sobre questões referentes ao seu funcionamento nos aspectos pedagógico, administrativo e financeiro. b. Consultivas: quando têm um caráter de assessoramento, analisando as questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e apresentando sugestões ou soluções, que poderão ou não ser acatadas pelas direções das unidades escolares. c. Fiscais (acompanhamento e avaliação): quando acompanham a execução das ações pedagógicas, administrativas e financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das normas das escolas e a qualidade social do cotidiano escolar. d. Mobilizadoras: quando promovem a participação, de forma integrada, dos segmentos representativos da escola e da comunidade local em diversas atividades, contribuindo assim para a efetivação da democracia participativa e para a melhoria da qualidade social da educação. (FONTE: BRASIL, 2004, p. 41). Desse modo, fica visível que a escola tem que adequar os recursos financeiros no caminho para efetivar seus planos e projetos. Jurídica Cada unidade escolar pode e deve elaborar suas normas escolares, respeitando o que rege a legislação de ensino, tais corno: transferências, disciplina, avaliações, admissão de professores, entre outros. Essas normas de funcionamento fazem parte de um regime interno, elaborado com a colaboração dos representantes de cada segmento da escola. Não estou me reportando aqui sobre o regimento que pertence a todas as instituições escolares. Pedagógica As questões pedagógicas devem estar definidas de forma bem clara no Projeto Político Pedagógico, não esquecendo a condição necessária ao ensino e a pesquisa. Nesse sentido, temos a identidade e função social da escola. Também é nesta parte, em que a escola decide as atividades pedagógicas curriculares. Deste modo, quando falamos em autonomia, deve-se lembrar de que deve acontecer como uma forma de inserir a comunidade nos processos decisórios da escola. Tendo a gestão como democrática, isso passa a ser uma prática diária, comum a todos, assumindo assim uma postura de participação e emancipação. A autonomia deve acontecer na escola no sentido de buscar formas eficazes de trilhar sempre o caminho do ensino de ensino de qualidade. Por isso, exige muito diálogo, participação, debates, conflitos e resolução de conflitos, amadurecimento da equipe escolar, em prol de buscar as melhores decisões que visem o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos. Por isso, se avalia os seus custos e benefícios políticos, ajustando sempre aos interesses da escola. SAIBA MAIS Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: SILVA, Gilvanildo da; SANTOS, Inalda Maria dos. Artigo: "A autonomia na gestão escolar: um olhar sobre a realidade da escola pública em Maceió" disponível no link: https://bit.137/3c3Ay5Q. RESUMINDO E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido o texto a gestão da escola pública e o princípio da autonomia administrativa, financeira e pedagógica nos fez compreender que a gestão democrática surge com o intuito de não ser vista como uma gestão que é burocrática, centralizadora, rígida em relação a parte administrativa e sim como uma gestão que permite a participação, divisão nas tomadas de decisões, na construção do PPP nos assuntos que garantem às pessoas da comunidade escolar fazer parte da escola, em relação aos princípios de igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e que vise valorizar o magistério, a mesma deve ser dinâmica, mobilizadora que tenha um gestor líder que vise buscar abertura para que a comunidade escolar interna e https://bit.137/3c3Ay5Q externa na troca de conhecimentos em relação a busca de soluções de problemas que visem a melhorar a qualidade do ensino.
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