Buscar

Gestão Educacional: Desafios e Objetivos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO 
Você sabia que a área da Gestão Educacional é um campo muito importante na educação? Pois, trata-se de uma área responsável pela geração de muitos empregos, pois gerir uma instituição educacional é a chave para o sucesso dos que ali transitam, e será um dos empregos que não acaba, pois educação está em todo lugar. Isso mesmo. A área de Gestão Educacional faz parte da cadeia de ações que devem acontecer em prol do processo Ensino-aprendizagem de uma instituição educativa, em nosso caso a escola. Sua principal responsabilidade é gerenciar questões financeiras, administrativas, pedagógicas e relações interpessoais. Tudo isso envolve normas, leis, princípios e gerenciamento de recursos humanos, nosso principal capital dentro de tuna escola é o ser humano. Por isso, vamos conhecer um pouco sobre a LDBEN (9394/96) o Plano Municipal de Educação e como deve acontecer uma gestão na escola de forma democrática. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
OBJETIVOS 
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade III, nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento dos seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos: 
1 - Reconhecer a gestão como um processo que integra aspectos políticos, humanos, pedagógicos, culturais, administrativos, financeiros e tecnológicos; 
2- Refletir sobre os mecanismos de participação no processo de gestão nas instituições escolares, contribuindo de forma significativa para elaboração, implementação, coordenação, acompanhamento e avaliação do projeto político pedagógico, bem como para outros projetos e programas de interesse educacional, em ambientes escolares ou não escolares; 
3- Conhecer os fundamentos teóricos e legais da Gestão Democrática; 
3- Analisar as instâncias Colegiadas enquanto instrumentos de participação coletiva. 
Caro aluno. Acredito que agora estamos prontos para iniciar nossos estudos. Vamos então compreender o que é gestão democrática, os desafios da participação efetiva e o Projeto Político Pedagógico. Vamos começar? Boa leitura!
Os Desafios da Escola, Gestão Escolar Democrática e o Projeto Político Pedagógico
Ao término deste capítulo você será capaz de identificar os desafios da escola frente à gestão democrática e a importância da construção do Projeto Político pedagógico na busca de melhorias para a escola. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! 
Trabalhar com gestão democrática, não é tarefa fácil, haja vista em que foi histórico em nosso país um modelo de gestão vertical, mas não é tarefa impossível. Por isso, podemos dizer que estar gestor exige deste profissional da escola, um perfil de gestão que pregue os valores da democracia. Existe o perfil de liderança, de agregar pessoas, trazer para perto, trazer a participação, a colaboração. É fazer as pessoas produzirem mais e de forma que fique leve para todo inundo, não sobrecarregando "A" ou "B". Tudo isso requer que seja desenvolvido um espírito de equipe, um clima saudável na escola, onde todos sejam convidados a participar do projeto educativo da escola. 
Você pode estar aí do outro lado se perguntando: Como fazer isto? Como ter esta varinha mágica onde dá os comandos e tudo acontece? 
É bem assim estudante, como eu já mencionei aqui, não é tarefa nada fácil. Ver tudo funcionando direitinho, para quem vê do lado de fora parece ser muito simples, Vamos rumo de entender como a gestão democrática acontece e a ideia aqui não será a de receitar um caminho único sem possibilidades de erro e se apontar como deve acontecer. E você aluno, será quem vai trilhar no caminho de colocar em prática, frente a cada realidade em que vocês podem encontrar no caminho, buscando realizar ou iniciar através da conscientização que é preciso que haja todo um esforço coletivo e comprometimento de todos que fazem parte da escola, na busca de alcançar os objetivos pedagógicos propostos para a escola? Então, para que haja conscientização de uma gestão democrática de fato é preciso que o gestor una toda sua equipe e explique a importância do trabalho em equipe em prol de um projeto educativo, que forma as pessoas para exercer a cidadania e saber cobrar seus direitos. O gestor deve fazer isto, através do diálogo. Diálogo franco, aberto sobre as necessidades e o que a escola precisa para que a realidade da escola mude, sempre em busca da qualidade do trabalho educativo. Também informo que é preciso ter cuidado, pois dialogar, ser democrático e líder, não quer dizer que o gestor vai encontrar soluções para todas as coisas de forma consensual, também irão acontecer conflitos dos mais diferentes pontos de vista, que se fazem presentes na escola. Será que o conflito na escola é algo bom ou mim? A ideia seria que todos estejam prontos para concordar com tudo que será posto nas reuniões? 
Seria muito boa e prática uma escola que só receba comandos e execute-os, não discutindo o que é bom ou não para a sua realidade local. A escola que não dá trabalho seria maravilhosa. Não é bem assim, que a gestão democrática deve acontecer, pois se assim fosse, então para que mudar a concepção de diretor para gestor? Não fazia sentido, não é mesmo! 
Os conflitos na escola devem ser vistos como algo saudável. Algo que deve acontecer na base do diálogo, escuta e propostas de soluções que estejam dentro da legislação escolar e que contemple a realidade local da escola. Os mesmos não podem, jamais, se misturar a favoritismos, a questões pessoais de grupo "A" ou "B" na escola e sim remar juntos ao caminho democrático de buscar soluções para problemáticas da escola e ao encontrar essa solução, a equipe deve estar amadurecida para ouvir possíveis não ou sim.
OBSERVAÇÃO 
Por que estou ressaltando isso para vocês? Por que é de inteira responsabilidade do gestor guiar esse diálogo na busca de diagnosticar realidades, planejar e avaliar junto a sua equipe, a busca de soluções para problemáticas que acontecem cotidianamente na escola. 
Por isso, o gestor que é o líder desse diálogo democrático, e o mesmo deve conhecer a legislação, para dialogar e escutar problemas e soluções junto a sua equipe de trabalhos, mas não pode dar sim ou negar todas as soluções. 
IMPORTANTE 
Destaco que é importante que o gestor seja uma pessoa conhecedora da legislação da educação, para que não autorize propostas que possam prejudicar a escola, que possam dar margem para posteriormente aconteçam denúncias e/ou até mesmo responder a processos judicialmente, simplesmente porque autorizou algo que não era legalizado para acontecer na escola. 
Por isso, o gestor será a pessoa que deve dialogar sempre, mas isso não implica concordar com tudo e ter sabedoria para conduzir esse diálogo rumo a boas propostas para o crescimento da qualidade da escola.
Para que tudo isso aconteça, é preciso ter uma equipe amadurecida para o diálogo e suas implicações e o caminho é se tivemos um sim, explicar o porquê deste sim e se tivemos não, explicar a todos o porquê deste não, na tentativa de evitar após a reunião discursos de prediletíssimos e favoritismos. Escrevo estas recomendações sobre diálogo, escuta, diagnósticos, planejamentos, avaliação, reavaliação quando for preciso, porque não é tarefa fácil ser democrático, mas é um princípio rumo a qualidade dos afazeres da escola, que deve primar ter como resultado um bom desempenho na maior preocupação que uma escola deve ter que é o Processo de Ensino e de Aprendizagem. Para que tudo isso aconteça, é preciso comprometimento e responsabilidade de toda a equipe escolar no papel que cada um desempenha, já que não existe na escola funcionário maior ou menor, precisamos de todos para que escola aconteça de fato, precisamos da participação de todos. Por isso, Gadotti e Romão (1997, p. 16) dão destaque para a importância da participação que influencia no processo de democratização e melhoria da qualidade de ensino. 
O diálogo é um ponto chave para auxiliar cada segmento da comunidade escolar, a compreendercomo deve ser o funcionamento e acompanhamento da educação que ali acontece. Também é importante para a convivência em sociedade, o diálogo sobre inclusão, justiça, participação, diversidade, entre outros. É preciso conscientizar que é muito importante à participação de todos nos processos decisórios da escola. Esse debate pode contemplar à comunidade interna e externa da escola, convidando todos para participar e entender as funções da escola e o que implica direta e indiretamente no projeto educativo. Sobre a participação Libâneo (2004, p.144), menciona que esta é uma construção coletiva e que deve resultar na autonomia da escola. Destaca que a presença da comunidade interna e externa a escola tem implicações positivas para a escola, pois os seus respectivos representantes irão contribuir com os afazeres do "[...] Conselho da Escola da. Associação de Pais e Mestres para preparar o projeto pedagógico curricular e acompanhar e avaliar a qualidade dos serviços prestados".
Tudo isso deve acontecer, pois:
Considera-se que a gestão democrática veio substituir a gestão autoritária, com espaço sem coletividade, onde apenas um gestor decretava os objetivos, decidia tudo, ninguém tinha o direito de falar, de participar das decisões tomadas ou de pelos menos pensar sobre elas, que controvérsia, afinal, a escola não é o lugar onde as pessoas desenvolvem suas habilidades intelectuais, emocionais e sociais? Como a organização desse lugar pode ser dessa forma? Partindo desse ponto, surge a necessidade de que cada um coloque em pratica suas habilidades, opiniões acerca de um determinado assunto, com possibilidades de participar nas decisões, assim o gestor que era detentor de todo poder, se vê em posição de partilhar suas decisões em prol da melhoria da educação. Nascem assim novos desafios, que o impulsiona a necessidade de repensar suas práticas, adequando-se ao novo modelo de sociedade. (SILVA, 2017, 16997).
Libâneo destaca que muitos podem não ter a consciência do seu papel em processos democrático da escola, por isso é preciso que a escola se organizar de forma a instrumentalizar os seus participantes a entender a força transformadora que tem e que o diálogo aconteça de forma madura, em que todos convivam como sujeitos, com seus direitos e deveres respeitados a partir de discussões e decisões coletivas.
Dessa forma, Medeiros (2003, p.61) explica que o trabalho com a gestão democrática da educação, não pode trabalhar dissociado com mecanismos legais da educação:
[...] está associada ao estabelecimento de mecanismos legais e institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação social: na formulação de políticas educacionais; no planejamento; na tomada de decisões; na definição do uso de recursos e necessidades de investimento; na execução das deliberações coletivas; nos momentos de avaliação da escola e da política educacional. Também a democratização do acesso e estratégias que garantam a permanência na escola, tendo como horizonte a universalização do ensino para toda a população, bem como o debate sobre a qualidade social dessa educação universalizada, são questões que estão relacionadas a esse debate. ( MEDEIROS,2003, p.61).
OBSERVAÇÃO 
Tudo isso que o autor explica deve estar articulado com o trabalho do gestor, por isso não cansamos de explicar aqui, a gestão é democrática, mas este gestor deve ser conhecedor de como acontece a legislação da educação brasileira, as políticas públicas brasileiras, para atuar politicamente da forma correta, como manda a gestão democrática. 
Por que estou explicando isso? Porque nem sempre os participantes de reuniões nas escolas entendem a importância que tem o seu diálogo, o seu ponto de vista como pais, professores, alunos, funcionários, entre outros. São neste momento, que a escola deve entrar conscientizando os seus participantes, explicando como acontece o funcionamento da escola e as ações das instâncias colegiadas e seus respectivos processos decisórios, tais como: a Associação de Pais Mestres e Funcionários, do Grêmio Estudantil, do Projeto Político Pedagógico. Vamos entender muito brevemente o que significa cada um desses:
· Associação de Pais e Mestres
É uma instância de participação, que acontece com a intencionalidade de unir os pais e mestres, no sentido de fortalecer o relacionamento de família e escola. A partir da união, irão ser eleitos representantes de cada um destes, na busca de contribuir para a prática de gestão democrática da escola.
· O Grêmio Estudantil 
É um espaço onde os alunos se reúnem para eleger seus representantes. E também o lugar de onde os alunos estão aprendendo atuar de forma democrática. É um acontecimento, em que refletirá mais tarde na vida dos estudantes, no exercício da cidadania na vida em sociedade, pois a participação deles na construção da gestão democrática da escola proporciona a experiência de como participar de práticas sociais e democráticas.
· O Projeto Político Pedagógico
O Projeto Politico Pedagógico, mais conhecido como PPP é um documento construído na escola. Esse documento define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. Por isso, trata-se de um planejamento, que acontece mediante a participação conjunta de todos que fazem parte da escola, através dos representantes de cada categoria que representa a escola. Estes representantes reunidos dialogam sobre a finalidade de construir um documento que retrate a escola como ela é na sua realidade local, trazendo o histórico de sua existência, seus problemas e indicações para que aconteça soluções dos problemas nele elencados. 
SAIBA MAIS 
Como podemos entender acima o Projeto Politico Pedagógico é um documento, no qual representa a identidade de cada escola brasileira. É um documento que é construído para a escola.
A esta altura, a pergunta, aí do outro lado pode estar surgindo: Por que este documento deve ser uma construção com representante de todas as categorias que daqueles que fazem parte da escola? Esse documento deve ser construído junto aos representantes de cada categoria dos participantes da escola, tais como: gestores, técnicos administrativos e de apoio, docentes, discentes, pais e comunidade local, porque ao se unirem para construir o PPP, se encontrarão na perspectiva de dar a sua contribuição na elaboração deste documento, colaborando assim, com a sua ótica sobre a realidade da escola e zelam para que que este não se tome um trabalho fragmentado e sem norteamentos definidos por alguém de fora da escola, que provavelmente por mais que esteja cheio de boas intenções, conhece pouco sobre a realidade local daquela unidade escolar.
Por isso, deve haver um esforço coletivo, em que seja realizado neste espaço da escolar, discussões sobre a atual realidade da escola, e a partir deste diálogo, planejar, registrar neste documento a realidade em que a escola se encontra, elencar necessidades e planejar tomadas de decisões em prol da qualidade da educação proporcionada na escola. Para que tudo isso aconteça, é necessário conscientizar toda a equipe escolar que dialogar não implica concordar com tudo que está sendo discutido, é preciso também se posicionar sobre algumas questões, defendendo assim os seus respectivos pontos de vista. Também deve ser zelado, para que estes representantes não se tornem objetos de manipulação dos interesses de poucos que fazem parte da escola. Tudo isso deve acontecer, com o intuito de garantir no decorrer do processo o direito a voz, defendendo a diversidades, autonomia da escola e a participação de todos. Porque só assim, após ter colaborado para a sua construção deste documento que vamos ter elementos para contribuir com a escola, no sentido de tentar cumprir metas, ações e objetivos nele proposto sejam alcançados. 
ACESSE 
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: "A importância da Gestão democrática dentro do processo escolar" Josiele Leal dos Santos Flôres[1] Mara Lucia T Brum[2] acessível pelo link: https://bitly/2Yc4laa.RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que a gestão democrática é de suma importância para as escolas, pois permite que através da participação ativa dos membros que fazem parte do contexto escolar, busquem através do diálogo, emitirem opiniões e aprenderem a respeitar a dos outros, onde juntos buscarão o melhor caminho para tentar solucionar a problemática oriunda no cotidiano escolar. Por isso, devemos ter em mente que a participação ativa é que faz com que nossos direitos e deveres sejam respeitados. E dentro desse contexto tem o Projeto Político Pedagógico (PPP), que é um documento construído na escola, que define sua identidade e aponta caminhos para que juntos possamos ir em busca de melhorar o processo ensino e aprendizagem. E para que ocorra de forma concreta, não fique só no papel todos que fazem parte e representam a escola devem se reunir e dialogar construir um documento que retrate a escola como ela é, na busca de soluções para os problemas elencados.
A Gestão democrática requer mudança de comportamentos na Escola 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz compreender a importância das mudanças de comportamentos na gestão democrática escolar. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! 
Na atualidade, para uma gestão, o desafio maior da escola se dá na busca da união de seus profissionais, inclusive em maior esforço por parte dos professores, para que sejam desenvolvidas competências e habilidades específicas nos alunos. Essa visão deve contemplar os alunos, analisando o contexto social deles, na busca de propor ações e metodologias competentes, para o melhor desempenho do processo ensino aprendizagem. É necessário que o professor compreenda que, em pleno século XXI, que seus alunos tem maneiras e desempenhos distintos no decorrer do processo ensino-aprendizagem.
Por isso, temos que ver gestor escolar, na ótica de um aliado aos trabalhos dos professores, e vê-lo com um líder, em que suas ações devem envolver todos que fazem parte da escola.
Para ser gestor é preciso ter o perfil que essa profissão exige, e isso envolve conhecimento, condições pessoais, vocação e formação contínua, haja vista em que, ser gestor é uma tarefa complexa e o mesmo deve ser um agente de mudança na escola, pois irá propor a resolução de conflitos, zelar para que as tarefas das escolas sejam realizadas, vai correr atrás de soluções para questões que irão acontecer no dia a dia da escola, que vão desde a sua estrutura física, administrativas, financeiras, pedagógicas e até as relações interpessoais. (LUCK, 2001).
Em se tratando de perfil do gestor escolar, esclareço aqui que há, um novo perfil de gestor que não é mais o do Administrador Escolar, pois conforme já foi descrito acima, é a figura do gestor é daquele que vai ser o líder provocador de mudanças. Nisto, é preciso ser a pessoa que vai junto a sua equipe apresentar propostas inovadoras, realizar parcerias, apresentar estratégias de ação, para ser desenvolvido em equipe, na busca pela eficiência do que é proposto a sua equipe de trabalho.
Para ser gestor, é preciso estar atento as mudanças, pois as mesmas estão acontecendo em diversos campos em nossa sociedade, que acontecem, tanto na Legislação, a exemplo da Base Nacional Curricular Comum, como nas ciências, na tecnologia da comunicação e da informação. No mundo da competitividade, o gestor deve zelar para que as atualidades da sociedade, não fiquem de fora.
Um entendimento que não pode faltar dentro dos muros da escola, é o entendimento do que é democracia, pois é preciso conscientizar que todo cidadão tem direitos, mas também deve cumprir com seus deveres. De acordo com o autor, a democracia é:
[...] o meio político de salvaguardar a diversidade social e cultural dos membros da sociedade nacional ou local, simultaneamente à manutenção de uma língua nacional e um sistema jurídico que se aplique a todos; é a única possibilidade de limitar a crescente dissociação entre racionalidade instrumental e identidades culturais; é uma luta pela libertação em relação a um poder, seja o despotismo racionalista, seja a ditadura comunitária; é um espaço de tensões e conflitos, ameaçado constantemente por algum poder; é o espaço institucional livre, no qual se desenvolve esse trabalho do sujeito sobre si mesmo, trabalho pelo qual as pessoas encontram o papel de criadoras e produtoras, não somente de consumidoras. (GHANEM,2004, p. 21-23) 
SAIBA MAIS 
É a partir deste entendimento que o gestor deve trilhar na busca de tornar a escola em que atua em um espaço democrático, pois este é o princípio este que é norteador da. Gestão democrática.
É preciso democratizar o ensino, pois ele não é para acontecer para poucos, e sim atingir a todas as camadas sociais da população em geral, oferecendo assim mais oportunidades de os alunos ingressarem nas escolas e se manterem na mesma, frequentando-as com a finalidade de dar continuidade aos seus estudos. Por isso, a escola deve ser democrática e garantir que o pleno exercício da cidadania, aconteça no interior das escolas públicas.
Luck (2001) esclarece para que pra que tudo isso aconteça, é preciso que o gestor conte com participação e colaboração de todos que fazem parte da escola na construção e no cumprimento do plano de desenvolvimento. Para tudo isso ser colocado em prática é preciso uma ação gestora que envolva trabalho em equipe, levando em conta características locais, da realidade escolar, e temas que sejam considerados relevantes para serem discutidos com os que fazem parte da escola.
Outro ponto importante é a gestão deve trabalhar, incessantemente, pela busca da descentralização do ensino, da autonomia e da gestão democrática. Conforme já discutimos, para que tudo isso aconteça é preciso que aconteça mudanças de mentalidades dos que fazem parte da escola, pois é histórica a prática de alguns desses as centralizações de suas práticas, deixando para segundo plano, a que deveria ser a principal, que é o fazer pedagógico.
Por isso, a gestão de uma escola precisa de um foco e ele deve existir para que diariamente todos os segmentos da escola, trabalhem unidos traçando caminhos, possibilidades, compromisso e, principalmente, zelar pelas responsabilidades que cada um assume. Por isso, afirmo que trabalhar na perspectiva da gestão democrática, exige de um gestor o perfil de agregar pessoas, de saber trazê-las para perto, a participação, através do diálogo e para que tudo isso aconteça é preciso comprometimento dos que fazem parte da escola, na busca de alcançar os objetivos pedagógicos propostos para a escola e o seu fruto será a qualidade da educação, que deve ser constantemente cultivada para que se adote uma nova cultura de organização, unindo teoria e prática. (PARO, 2005).
Nessa linha de entendimento, a institucionalização de instâncias colegiadas na escola pública, a exemplo do Conselho Escolar, tem se tomado o lugar, em que une teoria e prática, na busca da democratização das escolas públicas.
Gadotti e Romão (1998, p. 16) atestam a importância da participação de todos é algo que acaba por influenciar na democratização da gestão e também na melhoria da qualidade de ensino. Para tanto, é preciso diálogo, para que todos passem a compreender de forma mais efetiva o funcionamento da escola. Nesse ínterim, é importante discutir aos valores que se quer, que sejam praticados na escola, tais como a inclusão, a justiça, a participação, entre outros, sem esquecer-se de contemplar a diversidade, reconhecendo como é importante ouvir diferentes pontos de vista, na hora de tomar decisões, deixando isso bem claro: participação, decisão e ideia do outro.
Libâneo (2004) esclarece que para estas necessidades e possibilidades aconteçam de fato no interior das escolas é preciso que haja participação. É justamentea promoção da participação nos espaços da escola que esta alcança, cada vez mais, a sua autonomia nos processos decisórios da escola, e cita que o princípio da autonomia requer proximidade com a comunidade educativa e os pais, pois defende que:
A presença da comunidade na escola, especialmente dos pais, tem várias implicações. Prioritariamente os pais e outros representantes participam do Conselho da Escola da Associação de Pais e Mestres para preparar o projeto pedagógico curricular e acompanhar e avaliar a qualidade dos serviços prestados. (LIBÂNEO, 2004, p. 144).
Para tanto, a escola precisa se organizar de forma a instrumentalizar os seus participantes dela, para perceber a força transformadora que terão: juntos, unidos, colaborando com a escola. Por isso, volto a bater na tecla do diálogo, pois este é o caminho para a democracia acontecer em um clima saudável, em que todos convivam como sujeitos de direitos e deveres, que devem ser respeitados, na sua diversidade, a partir de discussões e decisões coletivas. 
REFLITA
Você pode estar aí se perguntando, como tudo isso deve acontecer? 
Instrumentalizando os seus participantes, para como a escola funciona e que a mesma deve ter instâncias colegiadas, para atuar nos decisórios, tais como: Conselho escolar, a Associação de Pais Mestres e Funcionários, do Grêmio Estudantil, do Projeto Político Pedagógico. Neste capítulo vamos entender um pouco mais sobre como acontece o Conselho Escolar, a associação de pais e mestres, deixando o Projeto Político Pedagógico para o próximo capítulo.
· Conselho Escolar
O Conselho Escolar é uma instância colegiada que busca a participação de todos da escola, mas lida diretamente com os representantes de cada segmentos escolar, por isso faz a eleição dos mesmos, de fonna democrática, zelando por seus direitos e deveres.
De acordo com o Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, através da publicação do caderno: Conselhos Escolares: Democratização da escola e construção da cidadania (2004, p. 34) os Conselhos Escolares "[...] são órgãos colegiados compostos por representantes das comunidades escolar e local, que têm como atribuição deliberar sobre questões político-pedagógicas, administrativas, financeiras, no âmbito da escola. [...]".
Este caderno produzido pelo Ministério da Educação, explica que faz parte dos Conselhos, a tarefa de analisar as ações a empreender nas escolas, os meios a serem usados e acompanhar o cumprimento das mesmas.
As pessoas que compõem este Conselho devem estar cientes que estão ali, não para representar seus interesses pessoais e sim, os de sua comunidade escolar e local, atuando com união na busca por traçar percursos realizarem deliberações que são de sua responsabilidade.
Dessa forma, segundo este caderno, citado acima as pessoas que fazem parte do Conselho da escola: "Representam, assim, um lugar de participação e decisão, um espaço de discussão, negociação e encaminhamento das demandas educacionais, possibilitando a participação social e promovendo a gestão democrática." (2004, p.35) Este órgão vem acontecer na escola, com a finalidade de ser uma instância de "discussão, acompanhamento e deliberação", de forma democrática.
Deste modo, este caderno ainda explica as funções do Conselho Escolar que são:
a) Deliberativas: quando decidem sobre o projeto político-pedagógico e outros assuntos da escola, aprovam encaminhamentos de problemas, garantem a elaboração de normas internas e o cumprimento das normas dos sistemas de ensino e decidem sobre a organização e o funcionamento geral das escolas, propondo à direção as ações a serem desenvolvidas. Elaboram normas internas da escola sobre questões referentes ao seu funcionamento nos aspectos pedagógico, administrativo ou financeiro.
b) Consultivas: quando têm um caráter de assessoramento, analisando as questões encaminhadas pelos diversos segmentos da escola e apresentando sugestões ou soluções, que poderão ou não ser acatadas pelas direções das unidades escolares.
c) Fiscais (acompanhamento e avaliação): quando acompanham a execução das ações pedagógicas, administrativas e financeiras, avaliando e garantindo o cumprimento das normas das escolas e a qualidade social do cotidiano escolar.
d) Mobilizadoras: quando promovem a participação, de forma integrada, dos segmentos representativos da escola e da comunidade local em diversas atividades, contribuindo assim para a efetivação da democracia participativa e para a melhoria da qualidade social da educação. (Caderno produzido pelo Ministério da Educação ,2004, p.41)
Nesta escolha de representantes, é preciso ter o cuidado para os que não sejam pessoas indicadas pela gestão e sim de cada segmento escolar. Esse zelo deve acontecer para que cada categoria, nas reuniões possam defender seus respectivos pontos de vista e não servir de instrumento para legitimar a voz da direção, pois estes devem representar a diversidade e a pluralidade do segmento ao qual pertence.
Deste modo, o Caderno Conselhos Escolares: Democratização da escola e construção da cidadania (2004, p.44) informa que o Conselho escolar deve ser composto pela: "[...] a direção da escola e a representação dos estudantes, dos pais ou responsáveis pelos estudantes, dos professores, dos trabalhadores em educação não-docentes e da comunidade local. [...]". Este caderno esclarece que as decisões só podem ser tomadas após discussões realizadas coletivamente, e só podem acontecer quando estão reunidos. Nenhum de seus membros têm autorização para tomar decisões de forma individual, fora das reuniões destinadas a este fim. No entanto é o diretor quem:
[...] atua como coordenador na execução das deliberações do Conselho Escolar e também como o articulador das ações de todos os segmentos, visando a efetivação do projeto pedagógico na construção do trabalho educativo. Ele poderá — ou não — ser o próprio presidente do Conselho Escolar, a critério de cada Conselho, conforme estabelecido pelo Regimento Interno. (Caderno produzido pelo Ministério da Educação,2004, p.44).
Na eleição para os membros do Conselho de Escola, deve haver candidatos de representantes de cada segmento da escola. Tendo também os o cargo dos suplentes, que não estão impedidos de estar nas reuniões, mas sua atuação será de direito a voz, na presença do membro efetivo. Só na falta do membro efetivo, que o mesmo participará do voto. O diretor tem a sua participação garantida no Conselho Escolar. O caderno ainda informa algumas atribuições dos Conselhos Escolares:
■ elaborar o Regimento Interno do Conselho Escolar;
■ coordenar o processo de discussão, elaboração ou alteração do Regimento Escolar;
■ convocar assembleias-gerais da comunidade escolar ou de seus segmentos;
■ garantir a participação das comunidades escolar e local na definição do projeto político-pedagógico da unidade escolar;
■ promover relações pedagógicas que favoreçam o respeito ao saber
■ do estudante e valorize a cultura da comunidade local;
■ propor e coordenar alterações curriculares na unidade escolar, respeitada a legislação vigente, a partir da análise, entre outros aspectos, do aproveitamento significativo do tempo e dos espaços pedagógicos na escola;
■ propor e coordenar discussões junto aos segmentos e votar as alterações metodológicas, didáticas e administrativas na escola, respeitada a legislação vigente;
■ participar da elaboração do calendário escolar, no que competir à
■ unidade escolar, observada a legislação vigente;
■ acompanhar a evolução dos indicadores educacionais (abandono
■ escolar, aprovação, aprendizagem, entre outros) propondo, quando se fizerem necessárias, intervenções pedagógicas e/ou medidas socioeducativas visando à melhoria da qualidade social da educação escolar;
■ elaborar o plano de formação continuada dos conselheiros escolares, visando ampliar a qualificação de sua atuação;
■ aprovar o plano administrativo anual, elaborado pela direção da
■ escola, sobre a programação e a aplicação de recursos financeiros,
■ promovendo alterações, se for o caso;
■ fiscalizar a gestãoadministrativa, pedagógica e financeira da unidade escolar;
■ promover relações de cooperação e intercâmbio com outros Conselhos Escolares. (2004, p.49).
Este caderno: Conselhos Escolares: Democratização da escola e construção da cidadania (2004) ainda nos explica que exercitar estas atribuições, para os seus participantes, tem se tornado um aprendizado que democrático, pois estas só conseguem serem colocadas em prática se os cidadãos forem respeitados e ouvidos, para serem tomadas decisões a partir de práticas democráticas.
Antunes (2002, p.23) explica que é por meio do conselho de escola que os problemas que envolvem a gestão escolar serão debatidos, analisados e votados "[...] em plenária, - ser aprovadas e remetidas para o corpo diretivo da escola, instância executiva, que se encarrega de pôr em prática, as decisões ou sugestões do Conselho de Escola".
Por isso, condizente com o que está proposto no Caderno, Navarro (2004) defende que o Conselho Escolar, é um órgão colegiado, democrático, que delibera, sobre diversas questões que estão presentes no interior de cada escola e que tem decisões que precisam serem tomadas para casos específicos, que envolvem tanto o lado pedagógico, como o administrativo e financeiro. Por isso, se faz necessárias reuniões com a participação dos que fazem parte da escola e suas respectivas representações nos debates, nas propostas que visem a tomada de decisões. Portanto, é preciso que o Conselho Escolar se forme com pessoas que sejam ativas, comprometidas como o mesmo objetivo da escola e que defendem ferrenhamente a melhoria na qualidade do ensino.
ACESSE 
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: "Gestão da educação: inovação e mudança" Rita SCHULTZ. acessível pelo link: https://bit.ly/2xYgeVq. 
RESUMINDO 
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que um dos maiores desafios atualmente na gestão democrática é conscientizar as pessoas que fazem parte do contexto educacional que sua participação é importante na busca de soluções das dificuldades encontradas na escola e que sua participação faz com que seu direito de cidadão seja respeitado. Um entendimento que não pode faltar dentro dos muros da escola, é o entendimento do que é democracia, pois é preciso conscientizar que todo cidadão tem direitos, mas também deve cumprir com seus deveres. Nesse contexto, o Conselho Escolar é uma instância colegiada que busca a participação de todos da escola, mas lida diretamente com os representantes de cada segmentos escolar, por isso faz a eleição dos mesmos, de forma democrática, zelando por seus direitos e deveres.
Gestão Escolar Democrática: Definições, princípios e Mecanismos básicos de implementação 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender como ocorreram os princípios e mecanismos da gestão escolar democrática. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante! 
Para tratar aqui sobre gestão democrática, primeiro é preciso entender que a pessoa que faz o papel de quem está direção escolar, mais conhecido como o(a) diretor(a) escolar, por muito tempo, foi uma pessoa que centralizou suas práticas, baseadas nas relações de poder, em processos administrativos e financeiros, e colocava em prática as imposições do sistema, sem questioná-los.
O ganho maior das escolas brasileiras, foi a partir da segunda metade da década de 1990, com a promulgação da LDB 9394/96. A LDB citada, garantia a gestão democrática, garantia uma prática de descentralização de poderes nas escolas, passamos a ter como prioridade os diálogo, o estímulo ao trabalho coletivo e ênfase no incetivo a participação de todos no axílio do trabalho da gestão da escola. Uma destaque, para esse novo modelo de gestão foi o interesse com o fazer pedagógico, relações interpessoais, desempenho de quem trabalha na escola e dos alunos, a avaliação e reavaliação constante de tudo que é planejado na escola e a auto-avaliação, sem deixar de lado a avaliação dos alunos aprendentes. Por isso, podemos afirmar que o princípio de Gestão Democrática, foi confirmado e aprimorado pelo estabelecimento demais legislações após a LDB 9.394/96, com o aparecimento deste princípio, tanto no Plano Nacional de Educação — PNE, da Lei 10.172, de 09/01/2001 e continua no PNE Lei 13.005/2014. 
REFLITA
Você pode estar aí do outro lado, realizando essa leitura e questionando: Tudo isso aconteceu assim, como se tivesse uma varinha mágica e tudo se transformou de uma hora para a outra? 
Não foi bem assim que tudo aconteceu, vamos entender o contexto, estávamos saindo do regime militar, precisávamos realizar mudança de posturas de comportamento e até os dias atuais podemos dizer que alguns profissionais que trabalham com educação ainda não compreenderam essas mudanças. Mas, isso está mudando, já mudou muito e o ideal é lutar para que esses profissionais que possuem uma prática autoritária compreenda que passamos por mudanças e precisamos acompanhar o que dita a nossa legislação educacional brasileira. No entanto, podemos dizer que a partir dessa determinação da legislação brasileira que autoriza as escolas públicas atuarem no modelo gestão democrática, os esforços foram concentrados em buscar que mudanças de mentalidades, de atitudes e de postura ética passassem a acontecer de fato e não ficassem no âmbito de estar prometido de acontecer apenas na lei. (LUCK, 2000).
É preciso esclarecer aqui que descentralizar atividades é dividir responsabilidades e isso não vai tirar ou dar autoridade do gestor e de ninguém na escola, mas abre possibilidades de todos crescerem juntos, em busca de alcançar melhorias para a escola. Por isso, Luck destaca que para ser um gestor, é preciso que o mesmo tenha um perfil de quem lidera o seu grupo:
Abertura na aceitação das expressões das pessoas no trabalho, observando os desafios, dificuldades e limitação na tentativa de possibilitar a superação. Observar e desenvolver o que de melhor existe nas pessoas ao seu redor, partindo com uma visão proativa da sua atuação. Ter uma visão clara diante da missão dos valores educacionais permitindo a compreensão dos indivíduos na expressão de suas atitudes.( Luck,2009, p.75).
A autora, ainda explica que para ser gestor, é preciso que o mesmo tenha o perfil de líder, ao qual deve realizar a conscientização de seus membros orientando que a prática de seus membros é muito importante para que:
[...] sejam promovidas melhorias a todos, em principal aos processos educativos. Permitir um diálogo aberto com capacidade de ouvir e compreender as questões de modo contínuo. Possibilitar oportunidades a todos a fim de compartilhar responsabilidades. Ter atitudes e expressões de liderança e não de chefia. Exercício contínuo do diálogo aberto e da capacidade de ouvir (LUCK, 2009, p.75). 
EXPLICANDO DIFERENTE 
Quando explico que é preciso provocar mudanças de mentalidades, assim como a autora acima nos explica, é porque se torna preciso entender que quando algo é pensado para acontecer, na singularidade de uma pessoa, por mais cuidado e carinho que pode ter sido planejado, apenas foi pensado na visão desta pessoa e quando jogamos nossas propostas para serem discutidas em grupo, o que foi pensado de início por uma pessoa, após as discussões, pode ganhar uma dimensão muito maior ou não. Explico aqui também poderá acontecer também de diminuir essa proposta, porque após a reunião, os participantes podem pode chegar à conclusão também que não há condições de nem fazer nem a metade do que foi planejado por esta única pessoa, pois na reunião foram apresentados prós e contras, a proposta apresentada e ela podem crescer ou diminuir. Por isso, se torna primordial que as pessoas quando em reuniões, devam estar abertas ao diálogo, às críticas, para ouvir contras e saber tambémpropor sugestões que atenda a diversidade que se faz presente nas escolas.
Por isso, é preciso que o grupo esteja maduro para trabalhar em grupo, com diálogo e não podemos negar que sempre irá haver conflitos para crescimento do grupo. É através do diálogo que se abrem portas para acontecer às mesmas coisas, mas de outras formas. Essa soma de experiências entre os colegas de trabalho, aconteça de forma dialogada, pois são eles quem fazem a gestão democrática acontecer de forma produtiva, resolvendo assim conflitos, realizando planejamentos e avaliações, das coisas que deve acontecer nas escolas públicas. Sobre essa questão democrática de se fazer as coisas acontecerem Paro (2001, p.51) explica:
No campo da liberdade, o papel da gestão escolar está inextricavelmente ligado à questão da democracia, não apenas porque, pela educação, faculta-se ao educando o acesso à ciência, à arte, à tecnologia, enfim, ao saber histórico que possibilita o domínio das leis da natureza e seu uso em beneficio humano, fazendo afastar assim o âmbito da necessidade, mas também porque pode propiciar a aquisição de valores e recursos democráticos propiciadores da convivência pacífica entre os homens em sociedade (PARO, 2001 p. 51).
Logo que, já foi discutida na LDB (9394/96) que as escolas públicas atuarão conforme a gestão democrática, a gestão escolar deve ter como um de seus objetivos de trabalho o processo educativo, considerando os seus sujeitos sociais. Por isso, as ações desta escola deve envolver todos os segmentos escolares, dialogando sempre neste sentido, contemplando uma concepção de escola inclusiva, que traga todos os seus participantes para dentro do projeto educativo que a escola defende que aconteça, e zelar para que o mesmo seja colocado em prática e esteja em constante avaliação. Por isso, é preciso que à gestão escolar, esteja focada em sua área de atuação, garantindo que se estabeleça a "[...] efetivação das finalidades, princípios, diretrizes e objetivos educacionais orientadoras da promoção de ações educacionais com qualidade social [...]." (LUCK, 2000, p.23).
É por esse entender sobre a gestão democrática, que a gestão deve trabalhar sempre com a finalidade de obter uma escola com qualidade, em que todos os alunos reconheçam que somos diferentes e devemos respeitar às diferenças. E quando menciono práticas inclusivas é no sentido de que essas devem ser participativas, promovendo o acesso e a construção do conhecimento, proporcionando assim "[...] condições para que o educando possa enfrentar criticamente os desafios de se tornar um cidadão atuante e transformador da realidade sociocultural e econômica vigente, e de dar continuidade permanente aos seus estudos". (LUCK, 2000, p.23)
Sobre a gestão democrática, Ferreira ainda nos explica que:
[...] gestão é administração, é tomada de decisão, é organização, é direção. Relaciona-se com a atividade de impulsionar uma organização a atingir seus objetivos, cumprir sua função, desempenhar seu papel. Constitui-se de princípios e práticas decorrentes que afirmam ou desafirmam os princípios que a geram. Estes princípios, entretanto não são intrínsecos à gestão como a concebia a administração clássica, mas são princípios sociais, visto que a gestão da educação se destina à promoção humana (FERREIRA, 2008, p. 306).
Nessa linha de entendimento, é preciso que todos que fazem a escola acontecer, perceba o quanto é importante nas práticas educativas da escola, o trabalho coletivo, seguido do respeito, da participação, do diálogo, entre outros, trabalhando em prol de que seja colocado em prática o que foi planejado no projeto educativo da escola. 
IMPORTANTE 
Nesse ínterim, não podemos esquecer-nos da importância que tem da gestão trabalhar junto, com o corpo de especialista que há na escola, tais como a orientação educacional, a supervisão escolar, psicólogo escolar e assistente social. 
Para tanto, a gestão deve garantir a participação de todos da comunidade escolar, sejam eles pais, alunos, professores, secretários, merendeiras, etc., em uma gestão democrática participativa que aconteça de fato, envolvendo-os em processos de decisões coletivas na escola, a exemplo de seleção de diretores de escola, criação de Conselho Escolar, entre outros.
O gestor, que não age mais de forma hierárquica, na distribuição de atividades da escola, impondo o seu poder, tem sua parcela de responsabilidade frente ao sucesso ou insucesso da gestão democrática, pois é primordial que o mesmo não continue perpetuando as práticas do diretor escolar, que foi por muito tempo baseada nas relações de poder, agora o foco deve ser, além do administrativo e financeiro, também deve ser na organização do trabalho escolar. Por isso, a importância do diálogo com toda a comunidade escolar, buscando processos que torne a escola mais autônoma, e para que isso aconteça é preciso assegurar que as decisões na escola possam acontecer de forma participativa e coletiva.
Para que haja uma gestão escolar democrática de fato, o gestor deve garantir que na sua equipe escolar estejam claras as concepções de organização democrático-participativa, por isso em sua postura de atuação na escola deve estar explícito:
a) Definição explicita, por parte da equipe escolar, de objetivos sociopolíticos e pedagógicos da escola;
b) Articulação da atividade de direção com iniciativa e a participação das pessoas da escola e das que se relacionam com ela;
c) Qualificação e competência profissional;
d) Busca de objetividade no trato das questões da organização e da gestão, mediante coleta de informações reais;
e) Acompanhamento e avaliação sistemáticos com finalidade pedagógica: diagnostico, acompanhamento dos trabalhos, reorientação de rumos e ações, tomada de decisões;
f) Todos dirigem e são dirigidos, todos avaliam e são avaliados;
g) Ênfase tanto nas tarefas quanto nas relações. (LIBÂNEO, 2012, p.449).
Essas posturas estando explícitas nas práticas democrático-participativa, vem para dentro da escola, com a intencionalidade de promover a democracia, onde todos que dela participa tem a oportunidade de participar de sua organização de forma coletiva, com a finalidade de garantir a autonomia da escola e de sua equipe.
Figura 10: A gestão precisa de todos que fazem parte da escola 
Deste modo, Luck (2009, p.75) defende que:
[...] a gestão democrática pressupõe a mobilização e organização das pessoas para atuar coletivamente na promoção de objetivos educacionais, o trabalho dos diretores escolares se assenta sobre sua competência de liderança, que se expressa em sua capacidade de influenciar a atuação de pessoas (professores, funcionários, alunos, pais, outros) para a efetivação desses objetivos e o seu envolvimento na realização das ações educacionais necessárias para sua realização.( Luck,2009, p.75).
Portanto, é preciso a compreensão que para que haja a eficácia da gestão escolar, o gestor sozinho não dará conta de tudo, precisa de sua equipe no sentido de também dar conta da qualidade pedagógica, do currículo, da capacitação de professores, entre outros. A autora acima, ainda nos explica que num modelo de gestão democrática, o gestor precisa e muito do trabalho coletivo de todos que fazem partes da escola pública. Dentro deste trabalho democrático é preciso que o gestor conscientize os seus participantes sobre a responsabilidade que cada um que faz a escola pública acontecer, pois devo relembrar que esse modelo de gestão é proposto para a escola que é pública.
Deste modo, para que a gestão escolar aconteça de forma democrática é preciso que seja desenvolvido mecanismos de autonomia da escola; o Financiamento das escolas; que a mesma possa participar da escolha de seus dirigentes escolares; que sejam garantidos meios para que haja a Criação de órgãos colegiados; a construção democrática do Projeto Político Pedagógico; e Participação da comunidade interna e externa a escola.
A gestão democrática sendo colocada em prática escola pública serve também para conscientizar o cidadão para a sua emancipação. De acordo com o Ministério daEducação, na publicação Gestão democrática nos sistemas e na escola, explica 4 pontos necessários para a efetivação deste modelo de gestão, são eles:
a) participação - é quando os projetos são construídos pela mediação da coletividade, oferecendo a todos os participantes a oportunidade de desenvolver de forma conjunta ações que visam à melhoria da educação;
b) pluralismo - quando há o reconhecimento da presença das diversidades e dos diferentes interesses daqueles que fazem parte da escola;
c) autonomia - é a descentralização do poder, onde a escola pode se adequar às reais necessidades da comunidade na qual se encontra inserida, onde o seu Projeto Político Pedagógico — PPP - é construído de forma coletiva, visando à emancipação e à transformação social;
d) transparência - é o retrato da dimensão política da escola, mostrando que esta é um espaço público que se encontra aberto à diversidade e às opiniões daqueles que participam da estrutura da escola. (BRASIL/MEC, 2007). Trabalhar com o modelo de gestão escolar democrática se torna dentro da escola uma decisão política, porque suas ações implicam entender a visão dos que fazem parte direta e indiretamente desta escola, tais como: pais, alunos, professores, funcionários e a própria comunidade interna e externa a escola. É uma ação política, porque implica diretamente na perspectiva de tornar as decisões, e para isso acontecer é preciso que haja participação, trabalho coletivo, união na hora de gerir e organizar a escola sem hierarquização de poderes.
ACESSE 
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: "a Gestão Democrática e a participação dos educadores na elaboração do projeto político pedagógico de escolas públicas no Brasil" Pauleany Simões de Morais (et.al) acessível pelo link: https://bit.ly/2Y6qUMu. 
RESUMINDO 
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para temos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que com a implementação da gestão democrática nas escolas que a partir da década de 1990, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases 9394/96 (LDB) passou a garantir que nas escolas a gestão fosse descentralizada, ou seja, começou a implementar a divisão das tomadas de decisões da escola que deixa de ser só do gestor e passa a ser responsabilidade de todos que representam a escola, onde através de reuniões podemos emitir nossas opiniões e debater através do diálogo possíveis soluções que possam auxiliar a solucionar as problemáticas surgidas na escola em prol de melhorias para a mesma. A gestão democrática através da participação ativa, do pluralismo, da autonomia e da transparência começa a fazer com que as pessoas se sintam parte da escola e que esses 4 pontos são necessários para a efetivação deste modelo de gestão. Assim, essas posturas estando explícitas nas práticas democrático-participativa, vem para dentro da escola, com a intencionalidade de promover a democracia.
A gestão democrática na escola pública 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de compreender como ocorre de fato a gestão democrática na escola pública. E então? Motivado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
A gestão democrática na escola pública deve atuar de forma democrática, sempre trilhando na busca da "[...] qualidade de ensino é, portanto, qualidade cognitiva e operativa das aprendizagens escolares em contextos concretos." Libâneo (2007, p. 26).
Nesse sentido, nas práticas educativas são respondidas as cobranças da sociedade, que tem como objetivo colaborar com o desenvolvimento dos alunos.
Essa mesma gestão tem princípios tem o intuito de melhorar a qualidade do ensino e aprendizagem. O segmento de cada comunidade, escolar deve trabalhar junto ao gestor, sabendo aonde querem chegar junto aos alunos, pois a educação se torna um ato político.
Este deve ter como fruto as tomadas de decisões, por isso se afirma que a gestão da escola deve funcionar de forma política, pois o ato político:
[...] Exige um posicionar-se diante das alternativas. A gestão escolar não é neutra, pois todas as ações desenvolvidas na escola envolvem atores e tomadas de decisões. Nesse sentido, ações simples, como a limpeza e a conservação do prédio escolar, até ações mais complexas, como as definições pedagógicas, o trato com situações de violência, entre outras, indicam uma determinada lógica e horizonte de gestão, pois são ações que expressam interesses, princípios e compromissos que permeiam as escolhas e os rumos tomados pela escola. (OLIVEIRA; MORAES; DOURADO, 2009, p. 7).
Dourado e Oliveira (2009) explicam que para que haja efetivação de fato nesse processo, é de suma importância que a escola se organize o trabalho escolar com:
Planejamento, monitoramento e avaliação dos programas e projetos; organização do trabalho escolar compatível com os objetivos educativos estabelecidos pela instituição, tendo em vista a garantia da aprendizagem dos alunos; mecanismos adequados de informação e de comunicação entre todos os segmentos da escola; gestão democrático participativa, incluindo condições administrativas, financeiras e pedagógicas; mecanismos de integração e de participação dos diferentes grupos e pessoas nas atividades e espaços escolares. (DOURADO; OLIVEIRA, 2009, p. 209).
O trabalho da gestão democrática tem a função de acompanhar o processo ensino e aprendizagem que ocorre na escola. Também deve abrir espaços para que as pessoas possam participar ativamente no processo decisões da escola e o gestor deve estar capacitado para lidar diversas formas de pensar, agindo assim, para que colabore que sua equipe chegue para a busca da qualidade do ensino.
Para Dourado e Oliveira (2009) o gestor escolar, por intermédio de sua competência, deve garantir um:
Projeto pedagógico coletivo da escola que contemple os fins sociais e pedagógicos da escola, a atuação e autonomia escolar, as atividades pedagógicas e curriculares, os tempos e espaços de formação; disponibilidade de docentes na escola para todas as atividades curriculares; definição de programas curriculares relevantes aos diferentes níveis, ciclos e etapas do processo de aprendizagem; métodos pedagógicos apropriados ao desenvolvimento dos conteúdos; processos avaliativos voltados para a identificação, monitoramento e solução dos problemas de aprendizagem e para o desenvolvimento da instituição escolar; tecnologias educacionais e recursos pedagógicos apropriados ao processo de aprendizagem; planejamento e gestão coletiva do trabalho pedagógico; jornada escolar ampliada ou integrada, visando a garantia de espaços e tempos apropriados às atividades educativas; mecanismos de participação do aluno na escola; valoração adequada dos usuários no tocante aos serviços prestados pela escola. (DOURADO; OLIVEIRA, 2009, p. 209).
A partir desta realidade, o gestor tem que a garantir que os diversos segmentos da escola participem de forma ativa, tais como os docentes, alunos, funcionários, gestores, pais, comunidade extra e interescolar, na construção do Projeto político-pedagógico.
Este planejamento maior, que visa a construção do PPP, deve fornecer condições, espaços e escolha de tempo, com o intuito de seus participantes tenham a formação e conhecimentos necessários para colocar em prática o que lhes forem propostos para ação e execução de forma efetiva.
A direção deve dividir responsabilidades, auxiliar o Conselho de Classe a dividir, as tomadas de decisões, com todos no contexto escolar. Por isso, compreende-se que a gestão que trabalha ainda de forma tradicional, onde o gestor é autoritário, e não compartilha as tomadas de decisões com a comunidade escolar começa a enfrentar dificuldades e assim não atingir os objetivos que a comunidade escolar almeja.
O gestor é o líder de uma instituição escolar. O mesmo, deve trabalhar junto a equipe de funcionários da escola. Esta equipe é constituída pelo pessoal da cozinha, da limpeza, da merendaescolar, nos serviços da secretária, pelo diretor e vice-diretores, coordenação pedagógica e orientação.
O Conselho escolar caracteriza-se então, como órgão de representação da comunidade escolar e, desse modo, zela para que se mantenha a cultura de participação.
Este é considerado um espaço, que constitui um aprendizado político, democrático e de formação político-pedagógica. Apto a participar ativamente da Construção do Projeto Político Pedagógico.
O Conselho Escolar deve buscar formas de incentivar a participação de todos os segmentos envolvidos no processo educativo da escola e isso implica se organizar para construção de outros documentos da escola (MARQUES, 1992, p. 22).
O Regimento escolar é um documento da escola, que provavelmente deve se elaborado e acompanhado pelas pessoas que compõe o Conselho Escolar.
Os respectivos membros do Conselho Escolar devem agir da mesma forma de elaboração e acompanhamento da execução do Projeto Político Pedagógico, ou seja, o mesmo deve acompanhar e fiscalizar tanto a gestão pedagógica quanto a financeira.
O conselho escolar, também tem a função de planejar e aprovar o Plano anual da escola. Seus membros devem acompanhar o desenvolvimento dos indicadores educacionais, tais como o da aprendizagem dos alunos, a evasão, a aprovação, reprovação, entre outros detalhes que envolvem o lado pedagógico.
O Conselho escolar pode fazer formações, juntos aos seus componentes, com a finalidade de disseminar informações e conhecimentos que contribuam para melhorias na escola. 
IMPORTANTE 
Neste percurso, é primordial que um gestor democrático, crie um ambiente agradável para seus componentes falarem abertamente, e que não fiquem mais criando barreiras para atuação do Conselho Escolar, e sim facilitando o diálogo, toda vez que for preciso para a realização de uma plenária.
Portanto, a democratização adequada ao Conselho escolar permite aos seus membros se reunirem, que possam discutir questões em relação a assuntos tais como: conteúdo curricular, informações novas ou não, as experiências dos colegas.
A gestão democrática está entendendo que a participação e a democracia ajudam a melhorar as ações que envolvem o processo de ensino aprendizagem nas escolas.
Mas, os diversos segmentos escolares também devem cuidar para percorrer um caminho para que essa preparação para o exercício da democracia e cidadania não fique no papel. 
Por isso, destaco que ainda tem muito a se fazer, para conscientizar todos os membros da comunidade escolar: pais, professores, alunos, gestores, funcionários, comunidade, entre outros, no sentido da importância de sua participação no debate.
Outra medida, é a busca a qualidade do ensino, que deve advir pela democratização do espaço da sala de aula, através dos conteúdos, métodos, onde o aluno deve fazer parte do processo de aprendizagem e forma ativa, crítica e reflexiva.
A escola deve proporcionar um ambiente para a comunidade de trocar dados e conhecimentos na busca de solucionar para problemáticas escolares, promovendo assim a integração.
Ela também deve atender aos interesses da maioria, agindo por votação? Na busca de garantir um espaço democrático, com espaços dos mesmos, para formação ampla discente, zelando para formar o aluno integral. Estes últimos devem agir de forma consciente, crítica e reflexiva apoiando-o como sujeito sociocultural. 
Meu caro, a escola democrática pública tem a função social de formar o cidadão de forma aluno para a vida, para saber exercer a sua cidadania, para isso é preciso proporcionar a construção de conhecimentos, valores que forme um ser humano pronto para atuar em sociedade, permitindo-o a ser solidário, crítico, ético e participativo, na sua vida em geral.
A escola ao organizarem os Conselhos Escolares, democraticamente, irá agir de fortuna organizada em buscar a participação de todos da comunidade escolar, respeitando os seus direitos e deveres. 
Para tanto, nesse percurso é preciso ter o cuidado para os representantes de a comunidade escolar podem expressar seus diferentes pontos de vista e cuidar para que implicitamente, esses representantes ajam de forma a apenas servir de instrumento para legitimar a voz da direção, por isso, esse cuidado deve iniciar na origem, no momento da escolha de quem vai fazer parte dos conselhos, pois estes precisam representar, de fato, a diversidade, a pluralidade de que faz parte da comunidade escolar.
Antunes (2002, p.23) esclarece que os conselhos têm os problemas da gestão escolar e este serão discutidos e as reclamações educativas serão "[...] analisadas para, se for o caso dependendo dos encaminhamentos e da votação em plenária, - ser aprovadas e remetidas para o corpo diretivo da escola, instância executiva, que se encarrega de pôr em prática, as decisões ou sugestões do Conselho de Escola". 
Sobre a participação dos pais na escola, Libâneo (2004, p.114) destaca: "[...] a escola não pode ser mais uma instituição isolada em si mesma, separada da realidade circundante, mas integrada numa comunidade que interage com a vida social ampla". Por isso, deve conquistar a representação dos pais no Conselho de Escola.
A atuação dos diversos segmentos da comunidade escolar deve acontecer de forma que este cidadão brasileiro se expresse numa relação de saudável, aberta para as críticas, diálogos e a defesa do ponto de vista dos argumentos de cada um dos segmentos das comunidades escolares.
Navarro (2004) nos explica que é através dos Conselhos que a escola se une para atuar de forma democrática, deliberando assim, sobre questões particularizadas da escola, que deve envolver também o pedagógico, administrativo e financeiro. Por isso, deve acontecer aqui a participação, debates, propostas e tomada de decisões, que só devem acontecer após muitas reivindicações das necessidades educacionais.
O debate, portanto, deve ser fomentada assim, a cultura que resgate nas escolas a democracia, a participação, a cidadania, em substituição a cultura patrimonialista.
Deste modo devemos entender que o Conselho escolar, nas escolas públicas, deve atuar com o sustentáculo de Projetos Políticos Pedagógicos.
Paro (2004, p.12) destaca que este percurso é o que vai tratar a escolas como democrática, superando assim, as práticas burocráticas e passam a serem vistas como desafios a serem superados.
Fundamentado o Projeto Político Pedagógico nestas considerações, a escola só poderá desempenhar um papel transformador ao organizar-se para atender os seus interesses, daí ternos a aprendizagem coletiva, condição mister para agir democraticamente, visando construir, efetivamente, urna educação de qualidade social.
ACESSE 
Quer se aprofundar neste tema? Recomendamos o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Artigo: "Gestão Democrática da escola pública: desafios e perspectiva" SOUZA, Débora Quetti Marques de. Acesso pelo link: https://bitly/2v11Qvv
RESUMINDO 
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que na gestão democrática, o gestor deve ser um líder que compartilhe as tomada de decisões com as pessoas que fazem parte do contexto escolar Essa gestão visa atuar de maneira democrática, através da participação ativa dos membros, do diálogo, da escuta e opinião de todos na busca de melhorias na qualidade de ensino e a sociedade deve cobrar essas melhorias com o intuito de colaborar com o desenvolvimento dos alunos. Este deve ter como fruto as tomadas de decisões, por isso se confirma que a gestão da escola deve funcionar de forma política. O trabalho da gestão democrática tem a função de acompanhar o processo ensino e aprendizagem que ocorre na escola. O gestor deve ter em mente que trabalhar com a gestão democrática só tende a fortalecer a escola, e não como alguns gestores pensavam, que a mesma iria tirar sua autoridade nas tomadas de decisões. Pelo contrário, a gestão democrática é um espaço para que todos os envolvidos no processoescolar possam participar ativamente na divisão das tomadas de decisões da escola, onde o gestor devidamente capacitado, baseado nas leis, possa dialogar escutai; abrir espaços para opiniões e juntos com a comunidade escolar lutar por melhorias na qualidade de ensino.
REFERÊNCIAS 
ANTUNES, A Aceita um Conselho? Como organizar o colegiado escolar, 2. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. 
BRASIL. Plano Nacional de Educação-PNE. 2001. Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/pne.pdf>. Acesso em: 05 jan. 2013.
BRASIL. Lei de diretrizes e bases da educação nacional: nova LDB (lei n. 9.394/96). Rio de Janeiro: Qualiltymark, 1997.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Conselhos escolares: uma estratégia de gestão democrática/ elaboração Genuíno Bordigno. Brasília: MEC/ SEB, 2004.
BRUM, M.; FLÔRES, J. A importância da Gestão democrática dentro do processo escolar. Revista Gestão Universitária, 2016. Disponível em:<http://gestaouniversitaria. c om.br/artigo s/a-imp ortancia -da-ge stao-demo cratic a -dentro-do-processo-escolar> Acesso em: 02 de abr. 2020.
DOURADO, Luiz Fernandes; OLIVEIRA, João Ferreira de. A qualidade da educação: perspectivas e desafios. CAD. Cedes, Campinas vol. 29, n. 78, p. 201 — 215, maio/ago. 2009.
FERREIRA, Naura. S. C. Gestão democrática da educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 2008.
GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José Eustáquio. Escola cidadã: a hora da sociedade. In: MEC. Salto para o futuro: construindo a escola cidadã, projeto político-pedagógico. Brasília: MEC, 1998, p. 22-29.
GHANEM, E. Educação Escolar e Democracia no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica/Ação Educativa, 2004.
LIBÂNEO, José Carlos, OLIVEIRA, João Ferreira, TOCHI, Mirza Seabra. Educação Escolar: políticas, estrutura e organização — 10. Ed. — São Paulo: Cortes, 2012.
LIBÂNEO, José Carlos. Concepções Práticas de Organização e Gestão da Escola: Considerações introdutórias para um Exame Crítico da Discussão Atual no Brasil. N° 13. Ed.monografica, 2007.
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. 5. ed. Goiânia: Editora Alternativa, 2004.
LÜCK, Heloísa. A Evolução da Gestão Educacional, a partir da. Mudança de Paradigmática. 2001. Disponível em: <http ://revistaescola . abril . c om.br/grandes_temas/gestao_ escolar/gestao.doc>. Acesso em:
LUCK, Heloísa. Dimensão da gestão escolar e suas competências. Curitiba: Editora Positivo, 2009.
LIBÂNEO, J.C. Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática, 5. ed. Goiânia, Alternativa, 2004.
LUCK, Heloísa. Gestão escolar e formação de gestores. Em aberto, Brasília: Inep, v. 17, n. 7 2, 2000, p. 11-34.
LUCK, Heloísa. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à Formação de seus Gestores. Gestão Escolar e Formação de Gestores. Em Aberto, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, Brasília, v. 17, n. 72. 11-35, fev./jun. 2000.
LÜCK, Heloísa. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba: Positivo, 2009. A Escola Participativa o Trabalho de Gestor Escolar. Ed. DP&A, 2000.
MARQUES, Luciana Rosa. A descentralização da gestão escolar e a formação de uma cultura democrática nas escolas públicas. Recife: Universitária da UFPE, 2007.
MEDEIROS, I.L. A gestão democrática na rede municipal de educação de Porto Alegre de 1989 a 2000- a tensão entre reforma e mudança. Porto Alegre: UFRGS, 2003. Dissertação (Mestrado em Educação). Porto Alegre, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2003.
MORAIS, P.; LOPES, E. A Gestão Democrática e a participação dos educadores na elaboração do projeto político pedagógico de escolas públicas no Brasil. ANPAE. Disponível em:<http ://www. anp a e. org.br/ibero americano2012/Trabalho s/ PauleanySimoesDeMorais_res_int_GT4.pdf> Acesso em: 02 de abr. 2020.
NAVARRO, I. P. et.al. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica, Conselhos Escolares: democratização da escola e construção da cidadania. Brasília: MEC, SEB, 2004.
OLIVEIRA, João Ferreira de; MORAES, Karine Nunes de; DOURADO, Luiz Fernandes. Gestão escolar democrática: princípios e mecanismos de implementação. Disponível em: <http://www.letraviva.net/arquivos/2012/anexo-1- gestao-escolar-democratica-definicoes,-principios-e-mecanismos-de-implementacao. Acesso em: 31 ago. 2013.
PARO, V. H.. Administração Escolar — Introdução Crítica. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
PARO, V.H. Gestão Democrática da Escola Pública, 8 ed. São Paulo: Editora Ática, 2004.
SCHULTZ, Rita. Gestão da educação: inovação e mudança. Unesp. Disponível em: <https://www.fclatunesp.br/Home/Departamentos/CienciasdaEducacao/RevistaEletronica/edi5_artigoritaschultz.pdf. Acesso em: 02 de abr. 2020.
SILVA, J. N. . os desafios da gestão democrática. In: Educere, 2017, Curitiba. III CONGRESSO NACIONAL DA EDUCAÇÃO. CURITIBA: EDITOR, 2017. p. 16997-17009. ISSN 2176-1396
SOUZA, Débora Quetti Marques de. Gestão Democrática da escola pública: desafios e perspectiva. EDUCERE. Disponível em:<https ://educere.bruc co m.br/arquivo/p df20 08/328_174 . pdf> Acesso em: 03 de abr. 2020.

Outros materiais