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A adição de um desoxirribonucleotídeo à extremidade 3’ de uma cadeia polinucleotídica (fita iniciadora) é a reação fundamental da síntese do DNA. Como mostrado, o pareamento das bases entre o desoxirribonucleosídeo trifosfato a ser incorporado e uma fita de DNA existente (fita-molde) determina a formação da nova fita de DNA, resultando na sequência de nucleotídeos complementares. Duplicação do DNA Taxa de mutação humana = 1 nucleotídeo alterado a cada 10^10 nucleotídeos cada vez que o DNA é replicado. A manutenção de uma alta estabilidade genética é muito importante para a viabilidade de uma espécie. separação da dupla hélice Cada nucleotídeo presente nas fitas-molde precisa reconhecer o nucleotídeo complementar livre. A enzima DNA-polimerase catalisa esse processo e refaz as ligações de hidrogênio entre as bases. A replicação do DNA é semiconservativa e ocorre apenas na fase S do ciclo celular A DNA-polimerase também catalisa o processo de adição do desoxirribonucleotídeo à extremidade 3' da fita iniciadora DNA-helicases + SSB (ptns ligadoras de fita simples de DNA) @estetodamaria A forquilha de replicação possui uma estrutura assimétrica. A fita-filha de DNA sintetizada continuamente é denominada fita-líder, ou fita contínua. Sua síntese precede levemente a síntese da fita-filha sintetizada de modo descontínuo, conhecida como fita retardada, ou fita descontínua. Na fita retardada, a direção da polimerização dos nucleotídeos é oposta à direção do crescimento da cadeia de DNA. A síntese dessa fita pelo mecanismo descontínuo e “ao contrário” significa que apenas o tipo de DNA-polimerase 5' para 3' é utilizado na replicação de DNA. A DNA-polimerase realiza a primeira etapa da correção e ocorre imediatamente antes da adição covalente de um novo nucleotídeo à cadeia crescente. Se ocorrer um encaixe incorreto de nucleotídeos, a DNA-polimerase corrige o erro com um sítio catalítico próprio para tal (correção exonucleolítica). A correção eficiente de erros ocorre apenas na direção 5'-3'. São necessários mecanismos de correção para que se mantenha a integridade do código genético e se evite mutações. Na fita-líder, apenas um iniciador é necessário para o início da replicação: uma vez que a forquilha de replicação esteja estabelecida, a DNA-polimerase é continuamente apresentada à extremidade da cadeia com o pareamento ao qual irá adicionar novos nucleotídeos. No lado descontínuo da forquilha, por outro lado, cada vez que a DNA- -polimerase completa um pequeno fragmento de Okazaki (o que leva alguns segundos), ela deve novamente iniciar a síntese de um fragmento completamente novo em um sítio mais adiante na fita-molde. Um mecanismo especial produz uma fita iniciadora complementar necessária à DNA-polimerase. Esse mecanismo depende de uma enzima chamada de DNA-primase, que utiliza ribonucleosídeos trifosfato para sintetizar pequenos iniciadores de RNA na fita retardada. A síntese de cada fragmento de Okazaki termina quando a DNA-polimerase encontra o iniciador de RNA ligado à extremidade 5' do fragmento anterior. Para produzir uma cadeia contínua de DNA a partir de vários fragmentos na fita retardada, um sistema especial de reparo atua rapidamente para retirar o iniciador de RNA e substituí-lo por DNA. A seguir, uma enzima chamada de DNA-ligase liga a extremidade 3' do novo fragmento de DNA à extremidade 5' do fragmento anterior, completando o processo. estrutura em forma de Y, que contém a DNA-polimerase Uma cinta deslizante mantém a DNA-polimerase em movimento sobre o DNA. Essa cinta mantém a polimerase firmemente associada ao DNA enquanto está em movimento, mas a libera tão logo a polimerase encontre um região de fita dupla. A montagem da cinta ao redor do DNA requer hidrólise de ATP por meio de um complexo proteico especial, o montador da cinta, que hidrolisa ATP enquanto monta a cinta em uma junção molde-iniciador Proteínas e enzimas que atuam na replicação do DNA DNA-topoisomerases evitam o emaranhamento do DNA durante a replicação Importante para que se evitem predisposições a certos tipos de câncer. A fita retardada de DNA recém-sintetizada contém quebras temporárias (antes de serem unidas pela DNA-ligase), e essas quebras (também chamadas quebras de fita-simples) fornecem o sinal que direciona o sistema de correção de malpareamento à fita correta. Essa estratégia requer que as fitas de DNA recém-sintetizadas na fita-líder também sejam transitoriamente clivadas; ainda não está claro como isso ocorre. Um sistema de reparo de pareamento incorreto remove erros de replicação que escapam da maquinaria de replicação. A replicação do DNA necessita da cooperação de várias proteínas, incluindo (1) a DNA-polimerase e a DNA-primase, que catalisam a polimerização dos nucleosídeos trifosfato; (2) as DNA-helicases e as proteínas ligadoras de DNA de fita simples (SSB), que auxiliam na abertura da dupla-hélice para permitir que as fitas sejam copiadas; (3) a DNA-ligase e uma enzima que degrada os iniciadores de RNA, para ligar os fragmentos descontínuos de DNA formados na fita retardada, e (4) as DNA-topoisomerases, que aliviam a tensão causada pelo enrolamento helicoidal e os problemas de emaranhamento do DNA. Muitas dessas proteínas associam-se entre si na forquilha de replicação, formando uma “maquinaria de replicação” altamente eficiente, em que as atividades e os movimentos espaciais dos componentes individuais são coordenados. Novos nucleossomos são formados a partir das chaperonas de histonas (NAP1 e CAF1) A maioria das sequências de DNA que pode atuar como uma origem contém (1) um sítio de ligação para uma grande proteína de iniciação com múltiplas subunidades chamada ORC (complexo de reconhecimento da origem; do inglês, origin recognition complex); (2) uma sequência de DNA rica em As e Ts e, portanto, fácil de desnaturar; e (3) pelo menos um sítio de ligação para proteínas que facilitam a ligação do ORC, provavelmente pelo ajuste da estrutura da cromatina. Sítios de origem da replicação O iniciador de RNA final, sintetizado no molde da fita retardada não pode ser substituído por DNA porque não há uma extremidade 3'-OH disponível para a polimerase de reparo. Na ausência de um mecanismo para contornar esse problema, o DNA das extremidades de todos os cromossomos seria perdido cada vez que uma célula se dividisse. Os eucariotos resolvem esse problema de um modo diferente: por meio de sequências nucleotídicas especiais nas extremidades dos cromossomos, incorporadas em estruturas denominadas telômeros. Os telômeros contêm várias repetições consecutivas de sequências curtas semelhantes em organismos tão diversos, como protozoários, fungos, plantas e mamíferos. Em humanos, a sequência da unidade de repetição é GGGTTA, sendo repetida aproximadamente mil vezes em cada telômero. As sequências de DNA telomérico são reconhecidas por proteínas ligadoras de DNA que reconhecem uma sequência específica de DNA e atraem uma enzima, chamada de telomerase, que repõe essas sequências cada vez que a célula se divide. A telomerase reconhece a extremidade de uma sequência telomérica de DNA existente e a estende na direção 5'-3', utilizando um molde de RNA que compõe a própria enzima para sintetizar novas cópias da repetição. PCR (reação em cadeia da polimerase) clonagem de genes diagnóstico (detecção de patógenos invasores em estágios iniciais de infecção) área forense Um par de iniciadores promove a síntese de um segmento de DNA de interesse em um tubo de ensaio. Cada ciclo da PCR inclui três etapas: (1) O DNA de fita dupla é aquecido brevemente para separar as duas fitas. (2) O DNA é exposto a uma quantidade excessiva de um par iniciadores específicos – projetados para limitar a região do DNA a ser amplificada – e a amostra é resfriada para permitir que os iniciadores hibridizem com as sequências complementares nas duas fitas de DNA. (3) Essa mistura éincubada com DNA-polimerase e os quatro desoxirribonucleosídeos trifosfato, de modo que o DNA possa ser sintetizado, a partir dos dois iniciadores. Para amplificar o DNA, o ciclo é repetido muitas vezes por meio do reaquecimento da amostra para separar as fitas de DNA recém-sintetizadas. A técnica depende do uso de uma DNA-polimerase especial isolada a partir de uma bactéria termofílica; essa polimerase é estável a temperaturas muito mais altas do que as DNA-polimerases eucarióticas, assim ela não é desnaturada pelo tratamento de calor mostrado na etapa 1. Portanto, essa enzima não precisa ser adicionada novamente após cada ciclo. Empregos do PCR:
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