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Trabalho de Língua Portuguesa - Iracema José de Alencar

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2
CENTRO EDUCACIONAL SESI 024
ANA JULIA BALDUINO DE FARIA 
2° ANO E.M
IRACEMA – JOSÉ DE ALENCAR
TATUÍ 
2018
ANA JULIA BALDUINO DE FARIA
IRACEMA – JOSÉ DE ALENCAR 
 Trabalho apresentado a Escola
 SESI de Tatuí, disciplina de
 L.P. sob orientação da Profa.
 Vilma wijwjkwndknkn 
	
TATUÍ – SP
2018
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO .............................................................................................. 3
RESUMO DO LIVRO POR CAPÍTULOS ...................................................... 4
PERSONAGENS DE GRANDE IMPORTÂNCIA NA OBRA ........................ 15
IMPORTÂNCIA DO TEMPO PARA A OBRA .............................................. 16
ESPAÇO DA NARRATIVA .......................................................................... 16
FOCO NARRATIVO .................................................................................... 16
CARACTERÍSTICAS DA OBRA .................................................................. 17
CONCLUSÃO ............................................................................................. 18 
REFERÊNCIAS .......................................................................................... 19
1 INTRODUÇÃO
José Martiniano de Alencar nasceu em 1º de maio de 1829 na cidade de Messejana, no Ceará, e faleceu no dia 12 de dezembro de 1877, aos 46 anos no Rio de Janeiro. Filho de José Martiniano de Alencar, senador do império e de Ana Josefina, em 1838 mudou-se com a família para o Rio de Janeiro com apenas 1 ano de idade, com 10 anos de idade ingressou no Colégio de Instrução Elementar, com 14 anos foi para São Paulo, onde terminou o curso secundário e em 1846, com 17 anos ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. José de Alencar foi um romancista, dramaturgo, jornalista, advogado e político brasileiro e um dos maiores representantes da corrente literária indianista. Destacou-se na carreira literária com a publicação do romance "O Guarani", em forma de folhetim, no Diário do Rio de Janeiro, onde alcançou enorme sucesso. Foi escolhido por Machado de Assis para patrono da Cadeira nº 23 da Academia Brasileira de Letras.
José de Alencar criou uma literatura nacionalista onde se evidencia uma maneira de sentir e pensar tipicamente brasileiras. Suas obras são especialmente bem-sucedidas quando o autor transporta a tradição indígena para a ficção. Tão grande foi a preocupação de José de Alencar em retratar sua terra e seu povo que muitas das páginas de seus romances relatam mitos, lendas, tradições, festas religiosas, usos e costumes observados pessoalmente por ele com o intuito de cada vez mais abrasileirar seus textos.
2 RESUMO DO LIVRO POR CAPÍTULOS 
· Capítulo 1 
Utilizando a expressão “verdes mares”, o autor do livro descreve de forma fascinante e melancólica às águas do mar de sua terra natal. Ele conta que nessas águas há uma jangada que deixa a costa do Ceara e que nela seguem um jovem guerreiro, uma criança e uma animal que sempre acompanhava o dono. O guerreiro grita um eco vibrante, exclamando “Iracema!”, em direção a praia, com uma lagrima descendo pelo rosto, seguido por um sorriso. O barco salta sobre as ondas e desaparece no horizonte.
· Capítulo 2 
Iracema é enaltecida e comparada a natureza: Iracema, a virgem dos lábios de mel, cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longo que seu talhe de palmeira, e nem o favo da jati não era tão doce quanto o seu sorriso. A “mais rápida que a ema selvagem” ouve um ruído na floresta e se depara com m estranho que estava observando-a. Automaticamente, ela atira uma flecha, que pegou no rosto do moço, que começou a sangrar, arrependida de tal feito, a índia vai ao seu socorro e coloca a mão sobre o ferimento para estancar o sangue, após o gesto, ela quebre a flecha, simbolizando a paz entre os índios, após se apresentar, Iracema o declara bem-vindo a sua tribo.
· Capítulo 3 
Guiado na floresta pela virgem dos lábios de mel, e chegaram a cabana do pajé, que fumava à porta, rebeo com afeição, após terminar a refeição que foi oferecida, o pajé disse que os que os tabajaras tinham mais de mil guerreiros e muitas mulheres para servi-lo. O pajé acreditava que Martim foi enviado por Tupã
(deus adorado pelos índios), o moco contou brevemente sua história, há três dias ele saiu para caçar com os pitiguaras e se perdeu no campo dos tabajaras. 
· Capítulo 4
O pajé saiu da cabana, mas o homem não ficou só, logo em seguida, Iracema trouxe as mulheres que o serviriam. Martim, perguntou o motivo do porque ela não poderia ser sua serva, também, ela respondeu que precisava ser uma moça pura, pois sua mão fabrica a bebida de Tupã para o pajé. No mesmo dia, 
Aproveitando a distração da aldeia, Martim saiu de sua cabana e tentou encontrar o caminho de volta aos pitiguaras, mas Iracema surgiu repentinamente e pediu para que ele esperasse até que seu irmão voltasse da caça, e então, arrependido de seu ato, ele voltou a sua cabana e adormeceu ouvindo o canto da virgem.
· Capítulo 5 
O galo-da-campina se coloca para fora do ninho, seu límpido trinado anuncia a aproximação do dia. Os confiantes guerreiros da tribo dos campos dos tabajaras corriam com suas armas pelo local, ate que o chefe Irapuã soltou um grito de guerra: 
 - Tupã deu à grande nação tabajara toda essa terra.
 Mas, haviam homens ultrapassando os limites, como os emboabas e os potiguaras (pitiguaras, chamados assim para serem ridicularizados). Depois disso, o índio joga sua arma indígena, que passa de mão em mão, até chegar nas mãos de Andira, que joga a arma no chão e a pisoteia, e contraria o chefe, por sua experiencia de batalhas. Ela disse que era melhor esperar os invasores, para então atacar, pois a nação tabajara era prudente. Itapuã, disse que iria, pois Andira tinha medo do combate, por isso se escondia. 
· Capítulo 6
Deprimido, Martim, admira a natureza com saudade de sua terra natal e dos entes queridos que lá deixou. Quando Iracema chegou e perguntou o motivo, se era porque ele possuía uma noiva, e ele disse que ela não era mais doce do que a virgem dos lábios de mel. Em seguida, Iracema preparou a bebida dos deuses para o estrangeiro, que sentiu o sono da morte, porem a alegria chegava em seu coração. Agradeceu a índia com um abraço, mas a virgem se afastou. 
· Capítulo 7 
Iracema, passou por entre as árvores, para fugir de seu amado, foi surpreendida por Irapuã, que foi repreendido pela índia, por estar tão perto daquele lugar sagrado. Ele disse que estava triste pois viu Iracema e Martim, juntos no bosque. A índia ficou enfurecida, e disse que ninguém iria machuca o seu hospede, pois senão ela mesma iria revidar com suas mãos, assustado com a ameaça, o índio quase acertou Iracema com sua arma. Iracema voltou ao bosque e velou o resto da noite ao lado do cristão. Mas sua alegria ao vê-lo passou, ao lembrar dos novos perigos que iam surgir. 
· Capítulo 8
A alvorada abriu nos olhos do guerreiro, e foi procurara a índia, que estava triste, pois Caubi já estava chegando e partiria com seu amado ao amanhecer, ao tentar consola-lo, ela disse que quem quer que a possuísse, morreria, pelo fato dela ser filha de Tupã. Para consola-la, Martim disse que por ser guerreiro, trazia no sangue a morte. Ao ouvirem o grito de Caubi anunciando sua chegada, eles voltaram, Iracema correu para abraçar o irmão e o estrangeiro voltou sozinho para a cabana. 
· Capítulo 9
Martim entrou e parou indeciso, mas seus passos acordaram o ancião. O estrangeiro disse que entrou para anunciar sua partida e para avisar eu Caubi tinha voltado. O pajé disse para Iracema, enquanto o índio mais novo contava de suas caças, para que ela fosse escolher um presente para o hospede, e ela voltou com uma rede, para que quando ele dormisse, ela esteja em seus olhos. Depois, o guerreiro foi guiado por Caubi, e em seguida por Iracema,que tinha a tristeza em seus olhos, e quando o tabajara estava muito a frente, ela deu um beijo sincero nele, como forma de despedida. Caubi, chamou o estrangeiro.
· Capítulo 10
Na cabana silenciosa, medita o velho pajé, e Iracema estava muito triste, mas sua ave ará consegui transformar suas lagrima em sorrisos a índia saiu como uma flecha quando escutou os gritos de seu irmão, que junto de Martim estavam a frente de muitos guerreiros tabajaras, que exigiam a entrega do estrangeiro. Iracema voltou a acabana com Martim. De repente ouvisse os gritos que a guerra entre pitiguaras e tabajaras começaria, todo o exercito foi a luta, e apenas Iracema, ficou com o estrangeiro na aldeia, que estava ferido. 
· Capítulo 11
Após saírem atrás dos pitiguaras, não acharam nenhum vestígio da passagem dos mesmos. Mas o conhecido som estrepitoso, fez com Irapuã voltasse e fosse até a cabana do pajé, onde também estava Iracema e Martim, para dizer que era para levar o guerreiro branco, Araquém disse que qualquer um que ousar contra o hospede, ouvirá da fúria de Tupã e que se Iracema tivesse ofendido o deus, ela morreria, mas o hospede era sagrado. Andira entrou na cabana para defender o irmão da fúria de Irapuã. Araquém bateu o pé no chão e a terra abriu, e do buraco saiu um gemido medonho, com isso o chefe saiu do local, Martim, que nunca acreditou muito na fúria de Tupã, sentiu a fúria e entendeu que que se ele ficasse com a índia, ambos sentiriam a ira. 
· Capítulo 12 
Já era noite, e Iracema servia o jantar, mas apenas o guerreiro tabajara achava sabor no alimento. O pajé fumava das ervas de Tupã, e Iracema junto com Martim, respiravam o ar puro da noite, quando o hospede ouviu o canto de atiati, também conhecido como o grito de guerra de seu amigo valente Poti, o hospede chegou a conclusão de que seu amigo viria resgatá-lo, então Iracema foi ao seu encontro para explicar a situação, enquanto o seu amado ficou a cabana, onde ninguém o machucaria. 
· Capítulo 13
Ao encontrar Poti, Iracema lhe explica toda a desventura, e ele disse que a raiva de Irapuã fugia da luz e andava nas trevas, eles se separaram pois ouviram um barulho na mata, e temeram que fosse alguém. Iracema voltou para a cabana e contou para Martim o que tinha ouvido de Poti, eles discutiram, pois ele queria ir para a guerra e a índia não queria deixar, o estrangeiro disse não ter medo do exército, mas sim da tentação que ela causava. Caubi entrou e disse que Irapuã estava chegando, Iracema tirou a pedra que tampava o buraco e juntos, entraram e a índia disse para o estrangeiro se acalmar, pois Tupã os protegeriam. 
· Capítulo 14 
Os guerreiros, sob liderança de Irapuã, rugiam a vingança contra o estrangeiro, e quando chegaram a cabana inimiga, se depararam com Caubi de guarda, murmuraram que pajé estava na floresta, e quando Irapuã pergunta pelo estrangeiro, imediatamente eles respondem que ele está na cabana com a índia. Ao erguer o tacape, Irapuã sente a fúria de Tupã, pelo rugido. Caubi adormece de guarda, porem com os ouvidos alerta, enquanto isso a índia e o estrangeiro chegam a uma gruta, pelo buraco, eles ouvem a voz de Poti, e Iracema diz que ele fala pela boca de Tupã. Ao tentarem acharem um meio de fuga, a índia disse a eles que fossem durante o sono dos guerreiros, Poti aceita e diz que a sabedoria havia falado pela boca da índia, Poti espera a lua.
· Capítulo 15 
O dia nasceu, e o sol brilhava na cabana de Araquém, e Martim se embala docemente, e o pensamento ia e vinha, lá o esperava a virgem loura e aqui, lhe sorria a virgem morena dos ardentes amores. Iracema recosta-se, e seus olhos buscam o estrangeiro. O hospede pediu para que tivesse os sonhos de Jurema e que neles pudesse desposá-la, a virgem cumpriu seu desejo, e seu corpo permaneceu casto e ao mesmo tempo tornou-se a amada do guerreiro branco.
· Capítulo 16
O alvo disco da Lua surgiu no horizonte, e os guerreiros tabajaras lançaram suas flechas para o céu e cantaram o canto da lua nova. Os guerreiros seguem Irapuã até o bosque sagrado, onde o pajé e sua filha os esperam, ocorre o ritual sagrado da entrega dos sonhos, por não poder assistir a tal ato, a índia volta para a cabana e diz ao guerreiro branco que já é hora de partir, ela o leva até Poti, e ambos comemoram o reencontro. E em seguida, o pitigura pede para que Martim mande a virgem de volta, pois ela atrapalhava a marcha dos guerreiros, mas ela pediu para acompanhá-los até o limite das terras tabajara. 
· Capítulo 17
Ao saírem dos campos tabajaras, Iracema diz que precisa partir com o estrangeiro, pois não é mais filha de Araquém, porque ela traiu o sonho de Tupã, ambos ficam assustados e com medo da ira de Tupã. Eles pararam para descansar, quando Poti escuta que os tabajaras estavam vindo, os dois acordam e Martim pede desculpas ao seu irmão potiguara pela decisão, e todos permanecem unidos. 
· Capítulo 18
Treme a selva com o estrupido do povo tabajara. Quando a batalha ia começar, o cão de Poti chegou para anunciar a vinda dos guerreiros pitiguras. Então, a batalha se inicia com Jacaúna atacando Irapuã e Caubi atacando Martim, a pedido de Iracema, o guerreiro branco não mata o irmão da índia. Poti enfrentava o velho guerreiro Andira. Martim corre em direção de Irapuã, e ao dar o primeiro golpe, a arma de desfaz, e Iracema lança sua flecha contra o chefe, o ferindo. Toca o pocema, e cada tribo retorna a suas terras, mas Iracema fica ali, observando o sangue de seus irmãos cobrindo a terra. 
· Capítulo 19
Os olhos de Poti se encheram de alegria ao verem o guerreiro branco salvo, e ele confiou a Martim, o seu cão valente, para que mesmo separados ele consiga acudir teu chamado. Em seguida, Poti leva o cristão para um Jatobá, a árvore onde ele nasceu, e Martim abraça o troco, em sinal de carinho para com o seu irmão. Seguiram viagem, o guerreiro tinha ao seu lado do coração, sua esposa Iracema e ao lado da força, seu amigo. 
· Capítulo 20 
Já se completava três dias da estadia de Martim e Iracema nas terras dos pitiguaras, a índia estava muito triste e quando questionada, a sua infelicidade, pelo seu esposo, respondeu que sua alegria só vinha dele e a presença na cabana dos inimigos de seu povo onde ela já tinha escutado o canto de morte de seus irmãos, causava a falta da alegria nela. Martim, resolve partir com a índia, e ao avisar os seus irmãos pitiguaras, que ficaram tristes, mas disseram que ela poderia voltar quando quisesse, que seria bem-vindo. Poti partiu junto com a índia e o cristão.
· Capítulo 21 
Já descia o sol das alturas do céu, e os viajantes chegam as margens do rio, onde era habitado por pescadores, da grande nação pitiguara. Para repouso dos viajantes, o chefe da tribo os levou na jangada, em forma de respeito ao grande guerreiro Poti. Depois de passarem por alguns locais, acharam um lindo rio que surdia do mar, e tinha um morro de areia com a alvura da espuma do mar, Poti contou a história do grande morro para seu amigo, que decidiu firmar sua cabana ali, junto com sua esposa, permaneceram lá por três sóis, e foram para outro local, onde firmaram terra de vez, e Iracema disse que que seria feliz em qualquer lugar, mas só se estivesse ao lado do se guerreiro. 
· Capítulo 22 
Poti contou toda a história do morro e sobre como ele chegou ali, graças ao seu avô, que foi um grande guerreiro, ao terminar a história, Poti o convidou para abraçar o grande chefe dos pitiguaras, eles chamaram a índia e partiram em direção para a serra do Maranguab, que se levanta no horizonte. Quando chegaram a cabana do velho guerreiro, ele estava dormindo, mas levantou suas pálpebras, e disse que Tupã queria que seus olhos os vissem antes... ele fechou novamente as pálpebras, eles pensaram que ele dormia novamente, mas depois de um bom tempo, ele não se levantou, e foi aí que perceberam que ele havia falecido. Poti, em luto, entoou o canto da morte, e depois de tudo, Poti despediu-se triste daquelas terras, e junto dos seus companheiros, foi embora. A serra tomou o nome de Maranguape, poisali repousa o sabedor da guerra.
· Capítulo 23 
A alegria morava em Iracema, desde que ela começou a morar com seu esposo, pois, ali na beira do mar, encontrou um ninho de amor e uma nova pátria para seu coração. Martim e Poti partiram para a caça, e Iracema foi banhar-se na lagoa no meio verde da campina, que havia ali perto. Um dia depois, os guerreiros voltaram da caça e Iracema correu ao encontro do amado e disse que seu sangue vivia no seio de Iracema, pois ela será mãe do teu filho. Após a notícia, eles celebraram, e Poti saiu para caçar, enquanto o casal andava pelas areias. Poti voltou. 
· Capítulo 24
Para adotar de uma vez a nação da esposa e do amigo, Martim passou por uma cerimônia, para tornar-se um guerreiro vermelho, filho de Tupã. Iracema disse que, assim como a abelha fabrica o mel no coração negro do jacarandá, a doçura está no peito do mais valente guerreiro. E agora, ele tinha um nome na língua da nação, Coatiabo. Os fogos da alegria arderam até que veio a manhã. 
· Capítulo 25 
Tudo estava em perfeita harmonia na cabana, as caças vinham em fartura, Iracema esperava eles na volta, e quando ela brincava pela praia, os olhos do guerreiro admiravam a beleza da índia e da natureza. Ate que um dia, Coatiabo, avista um barco com velas, igual os de sua raça, e avisa Poti. Eles partiram e Iracema que ia logo atrás, retrocedeu seus passos e voltou até a cabana. Eles continuaram, e um mensageiro veio para lhes dar um recado, e Martim, disse para o mensageiro voltar e avisar que eles estão a caminho. Os irmãos se abraçam e partiram para as bandas do nascente. 
· Capítulo 26 
Martim parte junto com o amigo sem se despedir da esposa, já que Poti havia dito que “as lágrimas de uma mulher amolecem o coração do guerreiro”. Um pouco mais adiante, fincou então no chão sua flecha, feita por Iracema, como sinal de que havia partido, mas que Iracema deveria esperar seu retorno, guardando sua lembrança. A índia ia até o local da flecha sempre, para ver se seu amado já tinha voltado, e durante um dessas esperas, ela ouve antiga jandaia, e se lembra dos tempos de tabajaras, Iracema fica tão triste, que os pitiguara ao invés de chamarem a lagoa de Porangaba, pela sua beleza, passaram a chamar de Mecejena, que significava abandonada. 
· Capítulo 27
Certa tarde, Martim e o amigo retornam da batalha, que haviam vencido, e Iracema corre para os braços de seu amado e o estrangeiro, então, amou Iracema como nos primeiros dias de sua chegada, pois a saudade era muito grande, mas pouco tempo depois já se sentira novamente infeliz, pois a dúvida chegou, partiria ou ficaria na América, a saudade de sua civilização era grande. Poti levou o amigo ate o morro para refletir.
· Capítulo 28
Iracema continua a ficar cada vez mais triste e seu amado, ao ouvir seu choro, vai ampará-la. A índia disse a Martim que quando seu filho nascer ela morrerá, assim o guerreiro não teria mais o que o prendesse nas terras estrangeiras, as palavras doeram no estrangeiro. O cristão pousou seu lábio nos lábios da esposa, um beijo, beijo áspero e morno. 
· Capítulo 29
Martim avista um grande barco com guerreiros brancos prontos para atacar a nação pitiguara, os dois guerreiros trocaram a trombeta da batalha, para anunciarem a aproximação do inimigo. Juntos, eles saem para juntar esforços e derrotar o inimigo. Após avisarem Jacaúna, todos estavam preparados para a guerra. Muitos dias se passaram, até que os inimigos embarcaram na praia, já de noite, a guerra começa quando Poti acerta o líder, com sua flecha. Os pitiguaras foram vencedores.
· Capítulo 30
 Iracema, sentindo fortes contrações, percebeu que seu filho iria nascer, e vai até à margem do rio, ela se ajeita a um coqueiro, e após muita dor, dá à luz. O bebê nasce entre um misto de tristeza e amor, e a índia o nomeia Moacir - filho da dor, o acolhe e ajeita cuidadosamente na rede do pai. Ela vai em direção ao amado, mas percebe que ele foi para a luta. Na manhã seguinte, Caubi aparece na cabana para ver o sobrinho, e diz que o bebe se parece com a irmã, e Iracema pede para que ele diga ao pai que ela havia morrido. Porém, percebe nitidamente que Martim havia roubado “o sorriso que morava em teus lábios”, e ela fala que sua alegria vem do esposo, e que se ele se vai, sua paz o acompanha.
· Capítulo 31
Caubi deseja ficar até o retorno de Martim, mas Iracema pede que o irmão retorne à cabana de seu pai, pois ele era o único filho de Araquém, agora. Ao voltar a cabana para amamentar o filho, ela percebe que seu leite tinha acabado, procura os filhotes da irara para que esses chupem o seu seio e permitam que saia o leite para amamentar seu filho, sente uma dor insuportável, mas alegra-se de poder amamentar o filho. Agora Moacir é filho da sua dor. 
· Capítulo 32
Martim e Poti retornam de mais uma batalha, na qual foram vencedores. 
Martim teme se aproximar da sua cabana, pois sente que sua alma vai sofrer. Caminha devagar até encontrar Iracema com o filho nos braços. “A triste esposa e mãe soabriu os olhos, ouvindo a voz amada”, em seguida, colocou a criança nos braços paternos, a logo após a índia mais bela de todos os territórios, venho a falecer. Poti ajudou o amigo a superar a terrível dor de perder sua amada. Martim enterra a esposa ao pé do coqueiro que amava, e foi assim que um dia veio a chamar-se Ceará o rio onde crescia o coqueiro, e os campos onde serpeja o rio. 
· Capítulo 33 
Após 4 anos da partida de Martim com o filho para Portugal. Agora eles retornavam à terra de tão saudosas lembranças, para colonizar e catequizar. Martim trouxe consigo muitos outros brancos, e entre eles, inclusive um sacerdote da sua religião, Poti foi o primeiro a receber o batismo e depois “germinou a palavra do Deus verdadeiro na terra selvagem”, Martim sentiu seu pé arder da mesma maneira de quando pisou aqui pela primeira vez. Ele foi visitar o local onde enterrou sua amada, a jandaia cantava ainda, mas não repetia o mavioso nome de Iracema. 
Tudo passa sobre a terra. 
3 Personagens de grande importância na obra
IRACEMA - a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asas da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era mais doce que seu sorriso, nem a baunilha rescendia no bosque como se hálito perfumado. Era mais rápida que a ema selvagem. Índia da tribo tabajara, filha de Araquém. Demonstrou muita coragem e sensibilidade. Revelou-se amiga, companheira, amorosa, amante, submissa e confiante. Renunciou tudo pelo amor de Martim. Representa bem o elemento indígena que se casa com o branco para formar uma nova raça: a brasileira. 
MARTIM - o seu nome na língua indígena, Coatiabo, significa "filho de guerreiro". Era português e veio ao Brasil numa expedição, quando fez amizade com Jacaúna, chefe dos pitiguaras, dos quais recebeu o nome de Coatiabo - "guerreiro pintado". Tinha nas faces o branco das areias que bordam o mar, nos olhos o azul triste das águas profundas, os cabelos do sol. Corajoso, valente, audaz, representa bem o branco conquistador, que se impôs aos índios na colonização do Brasil. 
ARAQUÉM - pai de Iracema, pajé da tribo tabajara, tinha os olhos cavos e rugas profundas, compridos e raros cabelos brancos. Era um grande conselheiro, tinha o dom da sabedoria e da liderança. 
ANDIRA - irmão do pajé Araquém. Provou ser um grande e impetuoso guerreiro. É o velho herói. É feroz Andira que bebeu mais sangue na guerra que beberam já tantos guerreiros. Ele viu muitos combates na vida, escapelou muitos pitiguaras. Nunca temeu o inimigo. Seu nome significa “morcego". 
 CAUBI - irmão de Iracema. Tinha o ouvido sutil, era capaz de pressentir a boicininga (cascavel) entre rumores da mata; tinha o olhar que melhor vê nas trevas. Era bom caçador, corajoso, guerreiro destemido que não guardou rancor da irmã, indo visitá-la na sua choupana distante. 
IRAPUÃ - chefe dos tabajaras, manhoso, traiçoeiro, ciumento, corajoso, valente, um grande guerreiro e inimigo de Martim. 
POTI – guerreiro pitiguara, amigo de Martim. Valente e forte,acompanha sempre o amigo nas lutas e nas derrotas, fiel. 
JACAÚNA – chefe dos potiguaras.
MARANGUAB – avô de Poti, conhecido como “o grande sabedor da guerra”.
MOACIR – filho de Martim e Iracema, seu nome significa “filho do sofrimento”.
JAPI – cachorro que era do guerreiro Poti, mas ele deu para Martim, para sempre se lembrarem um do outro.
4 IMPORTÂNCIA DO TEMPO PARA A OBRA 
Iracema possui personagens históricos, ou seja, que realmente existiram e fizeram parte da História do Brasil. Martim e Poti são um exemplo. Além disso, o livro é escrito após a regularização da colonização do Ceará. Todo esse cenário de lendas, de amor proibido, serve para acontecer o nascimento do primeiro filho da miscigenação entre o branco e o índio. Assim, o índio é visto com bons olhos ufanistas e representantes da cultura brasileira.
5 ESPAÇO DA NARRATIVA 
Uma mistura de aspectos mitológicos da cultura indígena com a colonização do Brasil, o que dá a obra uma dimensão mítica, de lenda, mas sempre apoiada em um argumento histórico. A heroína é idealizada, representante da natureza brasileira e símbolo da perfeição. Martim é o colonizador: desperta curiosidade e fascínio, traz o amor e a desgraça para Iracema. A narração em terceira pessoa, deixa, por vezes, entrever a primeira pessoa, um eu (narrador) saudoso de sua terra natal. E é uma obra que busca criar uma identidade nacional, um símbolo da nacionalidade brasileira que era uma necessidade da sociedade naquele tempo, a valorização da natureza, a celebração das características brasileiras. E a importância de perceber a valorização dos elementos. Pássaros, árvores, animais, a linguagem e o cenário do Ceará do século 17.
6 FOCO NARRATIVO 
O livro é narrado em terceira pessoa, ou seja, possui um narrador externo. A narrativa não é linear. O primeiro capítulo mostra a conclusão da história, com o Martim partindo da costa cearense levando consigo o filho que tivera. A história de amor da índia com o português será contada, em progressão cronológica, a partir do segundo capítulo. Para uma melhor compreensão, vale reler o primeiro capítulo após terminar a leitura do livro.
A técnica narrativa mais importante dessa obra é o uso intenso do que a crítica chama de prosa poética. Embora a narrativa esteja estruturada em forma de prosa, ela possui ritmo, musicalidade e linguagem próprias da poesia. Dessa forma, o livro une a beleza estética e sonora da poesia com os elementos típicos da narrativa, como enredo e personagens.
7 CARACTERÍSTICAS DA OBRA 
Iracema possui um narrador onisciente. Através de uma linguagem tipicamente brasileira e cheia de metáforas e palavras indígenas, não só em Iracema como em outras obras, o autor demonstra características que o levam a uma singularidade na representação e afirmação da cultura brasileira. Em seus diálogos com Martim, Iracema tem em sua fala traços da oralidade, onde são encontradas diversas expressões indígenas, estruturas sintáticas semelhante aos que os índios utilizavam, tendo em vista sua dificuldade com a Língua Portuguesa. Sendo assim, o livro torna-se permeado de múltiplas interpretações, segundo o significado e entendimento de cada leitor.
Iracema, na obra, representa a cultura indígena, e possui uma postura submissa a Martim, representando assim o ideal de submissão que o índio teria ao branco. Apesar de ser incomum na cultura indígena, Iracema se mantém casta até o encontro com Martim. Não poderia ser diferente, já que seria inaceitável um branco se casar com uma índia que não fosse casta, segundo as tradições religiosas. Se por um lado Iracema representa todo o imaginário indígena, Martim traz a figura do branco colonizador, que é também guerreiro, assim como o índio, e igualmente forte, se comparado a ele. Além disso, fica dividido entre a cultura branca e indígena; ao se afastar da sua cultura, sente falta dela. Essa saudade que Martim sente de sua tribo é o motivo que o leva a se manter distante de Iracema, durante o desenrolar da trama.
O romance de Martim e Iracema tem como metáfora a criação do Ceará. Através da história, o autor cria uma lenda de como o estado teria sido criado. Pois quando Iracema morre, ela é enterrada por Martim e seu amigo Poti à beira de um coqueiro de que ela gostava muito. Diante desse coqueiro, sempre se ouvia um lamento; era o lamento de sua ave de estimação, que sentia sua falta. Assim, o canto da jandaia se chamava de Ceará, onde ali foi fundada.
8 CONCLUSÃO 
O romance possui como casal protagonista Iracema e Martim. O primeiro encontro dos dois se dá quando Iracema está repousando em sua sesta quando é assustada por um guerreiro estranho. Assustada, ela lança uma flecha que atinge o guerreiro. Ele não tem nenhuma reação ao ataque de Iracema e, ao ver que ele não possui nenhum tipo de má intenção, parte para acudi-lo. Esse guerreiro chama-se Martim. Um tempo depois, Martim precisa partir. Iracema então leva o amado até o encontro do seu amigo Poti. Ao chegar ao limite, Iracema não quer deixar Martim e continua a caminhar com ele. Martim, apaixonado por Iracema e querendo ficar junto dela, decide fazer uma cabana próxima a uma aldeia amiga para morarem; eles e o Poti. Os dois vivem felizes em sua cabana. Até um dia que Iracema descobre que está grávida. Martim precisa ir defender sua tribo junto com o Poti. O guerreiro parte sem se despedir de sua amada. Após o retorno, Martim sente falta de sua terra e fica com o pensamento distante de Iracema. Iracema, grávida, sente a falta de seu esposo. Quando o bebê nasce, vai procurar Martim, descobre que ele foi novamente para a guerra, e volta para a cabana. Iracema recebe a visita de seu irmão Caubi, que fica feliz em conhecer seu sobrinho. Porém, de tanta tristeza e saudade que sente, Iracema não tem mais leite para amamentar seu filho. Martim então chega e ela lhe entrega seu filho, chamado de Moacir, e, em seguida, vem a falecer.
REFERÊNCIAS
BASTOS, Natacha. Iracema. Disponível em: <http://educacao.globo.com/literatura/assunto/resumos-de livros/iracema.html>. Acesso em: 27/04/2018. 
DIANA, Daniela. José de Alencar. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/jose-de-alencar/>. Acesso em: 25/04/2018.
ESTUDANTE, Guia do. “Iracema” – Conheça os personagens do livro de José de Alencar. Disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/iracema-conheca-os-personagens-do-livro-de-jose-alencar/>. Acesso em: 27/04/2018.
 FRAZÃO, Dilva. Biografia de José de Alencar. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/jose_alencar/>. Acesso em: 25/04/2018.
OLIVEIRA, Altemir. Iracema | Resumo e análise | José de Alencar. Disponível em: <https://geekiegames.geekie.com.br/blog/resumo-iracema/>. Acesso em: 27/04/2018.

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