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Iracema - José de Alencar

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Iracema: Resumo por Capí tulo 
Paráfrase da obra “Iracema” de José de Alencar, por Beatriz Visconti 
 
Todos os direitos reservados. 
© 2016 ResumoPorCapítulo.com.br 
 
contato@resumoporcapitulo.com.br 
 
 
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ÍNDICE 
ÍNDICE 2 
PARA ENTENDER A OBRA 4 
Prólogo à 1ª Edição 4 
Carta ao Dr. Jaguaribe 5 
Capítulo 1 5 
Capítulo 2 5 
Capítulo 3 6 
Capítulo 4 6 
Capítulo 5 7 
Capítulo 6 7 
Capítulo 7 8 
Capítulo 8 8 
Capítulo 9 8 
Capítulo 10 9 
Capítulo 11 9 
Capítulo 12 9 
Capítulo 13 10 
Capítulo 14 10 
Capítulo 15 11 
Capítulo 16 11 
Capítulo 17 11 
Capítulo 18 12 
Capítulo 19 12 
Capítulo 20 12 
Capítulo 21 13 
Capítulo 22 13 
Capítulo 23 14 
Capítulo 24 14 
Capítulo 25 14 
Capítulo 26 15 
Capítulo 27 15 
Capítulo 28 16 
Capítulo 29 16 
Capítulo 30 16 
Capítulo 31 17 
Capítulo 32 17 
Capítulo 33 18 
FIM 18 
QUESTÕES DE VESTIBULARES 19 
 
IRACEMA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 
 
4 
PARA ENTENDER A OBRA 
Publicado em 1865, Iracema foi o segundo romance indianista em prosa de José de Alencar 
(os outros são O guarani e Ubirajara). 
Nesta lenda do Ceará, o narrador onisciente conta, cheio de detalhes e adjetivos em meio à 
natureza, a lenda da fundação da ilha de Iracema, a virgem dos lábios de mel. O próprio 
nome Iracema, é um anagrama da palavra América, permitindo-nos estabelecer a relação 
entre o contato indígena e o homem branco. 
Característico do romance romântico, este livro apresenta muitos flashbacks, ou seja, uma 
volta ao passado para explicar o presente; como por exemplo, o capítulo I que começa pelo 
final da história, no momento em que o herói da trama, Martim, abandona a costa (onde 
posteriormente seria fundada a cidade de Iracema); o sentimentalismo é bem aparente, por 
ser uma história de amor e de quebra de barreiras, entre colonizador e colonizado e a 
idealização de um herói, pelo olhar de um dos maiores criadores da literatura nacional. 
Este resumo destina-se a contar o livro em uma linguagem mais acessível e concisa, sem 
deixar de lado os episódios que sustentam a obra como um todo e explicando alguns pontos 
que podem não ficar claros apenas com a leitura do texto original. Em alguns casos, para 
explanações mais completas sobre fatos históricos e expressões da época, há links que 
podem ser acessados diretamente no texto. 
Caso restem dúvidas quanto à obra ou ao próprio resumo, entre em contato pelo site 
ResumoPorCapítulo.com.br ou envie um e-mail para contato@resumoporcapitulo.com.br. 
Teremos prazer em ajudar! Boa leitura! 
Prólogo à 1ª Edição 
O escritor cria na cabeça do leitor, por meio de uma carta endereçada a este, uma imagem 
caseira de uma família reunida, de maneira bem amorosa, para que possibilite o leitor a 
fugir de seus problemas e se sentir bem e relaxado. 
Assume não saber qual será o destino do livro, mas sabe que qualquer que seja, ele será 
tratado com muito carinho e respeito, ainda mais se o leitor vier da mesma terra que o 
escritor, o Ceará. 
Apesar de muita vontade de falar sobre o assunto, o autor tem uma aversão aos prólogos e 
prefere começar a história logo, prometendo estar de volta após a leitura completa. 
IRACEMA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 
 
5 
Carta ao Dr. Jaguaribe 
Nesta carta endereçada ao Dr. Jaguaribe, um amigo leitor e cultor da literatura amena, José 
de Alencar conta de maneira íntima seus pensamentos sobre a literatura indígena, e explica 
o como e por que escreveu Iracema. 
Narra uma noite em que ele esboçou para o doutor uma “heroica a traços largos” (um 
rascunho de uma história sublime que exalta o heroísmo) sobre o tema indígena brasileiro. 
Seu conteúdo tinha valor, porém sua prosa era medíocre. 
O escritor comenta ter sido uma imprudência escrever sobre a Confederação de Tamoios, 
que além de ser encarada como crítica, dava a entender que ele já possuía em mãos o 
poema. Devido às pressões sobre ele a respeito do suposto poema, decidiu fazê-lo mesmo 
com suas falhas iniciais. 
Todavia encontrou muitas dificuldades para sua concretização, então decidiu escrever 
Iracema em prosa, para uma espécie de teste, porquanto deste modo exprimiria melhor a 
essência indígena e empregaria com mais clareza as imagens, sem precisar encher o livro de 
notas de rodapé, tratando-se do livro uma espécie de amostra ou ensaio, e aguardando a 
reação do público. 
Capítulo 1 
Utilizando a expressão “verdes mares” o narrador descreve de maneira deslumbrante e 
melancólica as águas do mar de sua terra natal. Conta que em tal mar háuma jangada que 
deixa a costa cearense: nela seguem um jovem guerreiro de tez branca, um garoto e um 
rafeiro (um animal que sempre acompanha o dono). 
O jovem lança uma exclamação, dizendo “Iracema!”, em direção à praia, de modo 
angustiante e com uma lágrima descendo pelo seu rosto, seguido por um amargo sorriso. 
Capítulo 2 
Iracema é descrita romanticamente, sempre cercada pela natureza e comparada à ela: seus 
cabelos negros e longos são como a asa da graúna, seu sorriso é considerado mais doce que o 
favo do jati, ela banha-se e canta com um sabiá do mato – o aspecto selvagem e belo sempre 
é ressaltado. 
Repentinamente a virgem dos lábios de mel – outro modo como ela também é nomeada – 
ouve um ruído na mata e se depara com um guerreiro estranho que estava a contemplá-la: 
de faces brancas, olhos azuis e tecidos que lhe cobriam o corpo todo. 
Instintivamente, a morena virgem lhe atira uma flecha, causando um corte no rosto do 
desconhecido, que começa a sangrar. Porém o moço logo sorri para ela, pois na religião de 
sua mãe a mulher é sempre tratada como símbolo de amor e ternura. 
IRACEMA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 
 
6 
Arrependida do ato, a índia corre em seu socorro, largando o arco. Depois de estancar o 
sangue com a mão, ela quebra a mesma flecha que causou o ferimento e lhe dá a haste, 
guardando a ponta para si – aquilo representava um ato de paz entre os índios. 
Após se apresentarem, Iracema o declara bem-vindo dentre seu povo, a nação dos tabajaras. 
Capítulo 3 
Guiado através da floresta pela virgem dos lábios de mel, Martim chega à cabana de 
Araquém (um velho pajé de raros cabelos brancos, pai de Iracema) que está na porta e o 
recebe com cordialidade. 
Após terminar a refeição que lhe fora servida, o pajé declarou o “mancebo” (significa 
homem muito moço, referindo-se ao Martim) senhor de sua cabana, com incontáveis 
mulheres a servi-lo e um exército de mil guerreiros para lhe proteger. O pajé recebeu bem o 
jovem branco por acreditar que ele havia sido levado até ali por Tupã, o deus adorado pelos 
índios. 
Em resposta, Martim (nome que significa “filho de guerreiro”) contou brevemente sua 
história. Ele era um desbravador que junto de seu povo levantou bandeira nas margens do 
Jaguaribe, onde habitam os pitiguaras (tribo inimiga dos tabajaras). Lá foi tão bem recebido 
pelo bravo guerreiro Poti e seu irmão Jacaúna (com quem plantou a árvore da amizade) que 
resolveu permanecer em sua cabana, enquanto seus companheiros escolheram retornar à 
terra natal. 
Há três dias o jovem e os pitiguaras haviam saído para caçar, mas Martim se perdeu no 
campo dos tabajaras. 
Capítulo 4 
Iracema trouxe as mulheres que serviriam o mancebo à cabana. Não satisfeito, Martim 
perguntou o motivo de ela não poder ser também sua serva. Ela respondeu que precisava ser 
casta por motivos religiosos: era ela a responsável por guardar o segredo dos sonhos o 
segredo de Jurema (outro ser divino da crença dos tabajaras) e somente ela podia fabricar 
para o Pajé a bebida de Tupã. 
Mais tarde, no mesmo dia, a tribo festejava a volta do seu grande chefe Irapuã, que os 
levaria para lutar com os pitiguaras.Aproveitando a distração de toda a aldeia, Martim saiu 
de sua cabana e tentou encontrar o caminho de volta aos pitiguaras. 
Repentinamente, surgiu Iracema. Sentindo-se ofendida por seu hóspede sair escondido, 
pediu que pelo menos esperasse Caubi (irmão da índia) voltar da caça, para poder guia-lo 
com segurança. Arrependido por seu ato, o jovem obedeceu. 
IRACEMA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 
 
7 
Capítulo 5 
Os confiantes guerreiros tabajaras corriam com suas armas aos campos, até que seu chefe 
soltou o grito da guerra com uma voz forte e imponente. Durante seu discurso, Irapuã 
reafirmou intensamente os direitos dos tabajaras sobre todas as terras, porquanto estas 
foram dadas pelo seu deus Tupã. No entanto havia homens insolentes ultrapassando os 
limites, como os emboabas, que logo estariam em seu terreno junto dos “potiguaras” (a 
tribo pitiguara é chamada desse modo pelos seus inimigos, como forma de lhes ridicularizar, 
pois potiguara significa “comedores de camarão”, enquanto pitiguara significa “senhores 
dos vales”). 
Dito isto, jogou seu tacape (arma indígena) ao exército. O guerreiro que o segurava gritava 
fortemente e o passava adiante. Até que este chegou à mão do velho Andira, irmão do pajé, 
que surpreendentemente o jogou no chão e o pisou. 
Espantados por este ato de ousadia, todos fazem silêncio. O velho contraria o chefe 
dizendo, pela sua experiência no campo (lendas afirmam que lutou mais em guerras do que 
o número de dias vividos), ser melhor esperar que os inimigos venham realmente em suas 
terras, para somente então lutar e obter a vitória; lembrando que o povo tabajara sempre foi 
cauteloso. 
Escarnecendo-o para se fortalecer, Irapuã alega tratar da voz indigna de um bêbado covarde 
que só ataca o inimigo quando este não pode se defender. 
Capítulo 6 
Deprimido, o jovem guerreiro branco admira a natureza com nostalgia de sua terra natal e 
dos entes que lá deixou. Quando chegou a índia, ansiando saber o motivo de sua cólera, ele 
lhe revelou que possuía uma esposa. Após perceber o quão triste ela ficara com a confissão, 
disse que sua prometida não é tão bonita e doce como Iracema. 
Os dois andaram por um tempo na floresta até chegar ao bosque sagrado de Jurema, onde 
se encontravam os grandes troncos da árvore de Tupã, lugar sagrado de onde a virgem retira 
a bebida do deus: um estranho licor verde, o qual preparou para o estrangeiro, para que 
melhorasse de seu estado melancólico. 
Logo Martim sentiu passar pelo sono da morte, mas depois lhe veio a luz e sentiu uma 
enorme alegria: reviveu desde as mais antigas lembranças e sentimentos de sua terra natal 
até o presente. Recuperando-se deste estado de êxtase da alucinação, abraçou a índia com 
força, sussurrando-lhe seu nome; mas em resposta ela se afastou. 
IRACEMA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 
 
8 
Capítulo 7 
Fugindo do amado (por força de sua consciência, em razão de seu dever em ser casta), foi 
surpreendida pelo infame Irapuã. Iracema o repreendeu por sua proximidade àquele lugar 
sagrado; ele respondeu que a doce lembrança da índia não o permitiu dormir e então 
começou a segui-la. Após ver a cena do casal se abraçando tão amorosamente, ficou sedento 
pelo sangue do estrangeiro. Enfim, perguntou-lhe com tom maléfico se com o sangue do 
guerreiro branco em sua veia a índia o amaria. 
Irada, Iracema defendeu seu hóspede, ela não deixaria que nada e nem ninguém o 
machucasse, e se Irapuã tinha tal desejo, ele seria punido pela mão da índia, pela qual Tupã 
age. Em reação àquela ameaça, o chefe quase lhe bateu com sua arma, mas recuou. 
A índia voltou para o bosque onde o cristão adormecera, e caiu nos braços do amado. Mas 
sua alegria em vê-lo passou rapidamente ao lembrar-se da intenção do guerreiro mais vil dos 
tabajaras. 
Capítulo 8 
Ao acordar naquele sagrado bosque, o guerreiro branco encontrou a índia muito triste. Ela 
lhe falou que Caubi já estava chegando à aldeia e que partiriam com o nascer do sol. A 
tristeza da índia era tamanha que após Martim tentar consolá-la, advertiu-o que quem quer 
que a possua, morreria, pois ela era filha de Tupã. 
Tentando se conformar, Martim lhe disse que esperaria que Iracema voltasse a ficar feliz, 
para então partir. Com tristeza em seus olhos, ela falou que aonde quer que ele vá, a 
lembrança dela estará presente e isto já será suficiente. 
Após ouvirem o grito de Caubi anunciando sua chegada, o casal voltou à cabana. 
Capítulo 9 
Ao entrar na cabana o guerreiro branco acordou o pajé e lhe avisou que partia. Em seguida 
entraram também Caubi e Iracema, o primeiro mostrava ao pai as caças e a segunda foi 
providenciar para Martim o “presente da volta” (quando um hóspede parte é tradição que o 
índio lhe dê um presente). A índia voltou com uma rede sua, para que, quando ele durma, 
Iracema esteja nos seus sonhos. 
Depois de dividir com o pajé a fumaça da despedida, Martim foi guiado por Caubi e 
seguido por Iracema. Quando o guerreiro tabajara estava muito à frente, a virgem dos lábios 
de mel voltou-se ao seu amado e lhe deu um sincero beijo de despedida, para retornar à sua 
cabana, cheia de tristeza. 
IRACEMA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 
 
9 
Capítulo 10 
Já em sua cabana, Iracema fazia suas tarefas com muita cólera, nem mesmo sua velha amiga 
ará (uma ave típica da região) conseguiu transformar suas lágrimas em um sorriso. Até que 
ouviu o grito de Caubi, e preocupada a virgem foi correndo até a campina. 
Deparou-se com Martim e Caubi, que tinha um olhar cheio de ira e armas às mãos, em 
frente a mais de cem guerreiros tabajaras liderados pelo vil Irapuã, que exigia a entrega do 
estrangeiro. 
Iracema pediu que o mancebo fugisse à cabana, mas ele se recusou, pois seu povo nunca 
negava uma batalha, e caminhou em direção do chefe da tribo. 
Não demorou muito para que que fosse desferido o primeiro golpe contra Martim, 
resultando na aparição dos irmãos índios ao seu lado, que, porém, logo foram separados 
pelos guerreiros. 
Repentinamente ouviu-se a trombeta de guerra dos pitiguaras na aldeia dos tabajaras, 
indicando um ataque iminente: todo o exército, incluindo o chefe, retornou, deixando 
somente Iracema com o ferido. 
Capítulo 11 
Imaginando que o toque da trombeta fora um truque da índia para salvar seu amado, 
Irapuã foi infenso até a cabana do pajé. Entrando lá, exigiu a entrega do jovem branco para 
cumprir sua vingança; Araquém respondeu-lhe que qualquer um que ousar contra o 
hóspede de Tupã, ouvirá o rugir de seu trovão. 
Após uma troca de ofensas, Araquém lançou uma palavra terrível contra o chefe e bateu o 
pé no chão, abrindo a terra: de seu interminável fundo surgiu um gemido, como se 
arrancado das profundezas. 
Sem reação àquele fenômeno Irapuã deixou a cabana. Já o mancebo não conseguia acreditar 
no ocorrido, ficou estupefato. 
Martim nunca teve fé nos poderes de Tupã, mas após vivenciar aquilo percebeu que se ele 
deflorasse a índia, ambos realmente sentiriam sua ira. 
Capítulo 12 
Após o jantar, Caubi partiu para a grande taba (comunidade ou aldeia indígena), enquanto 
o pajé continuava a fumar as ervas de Tupã. 
 
IRACEMA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 
 
10 
Um grito vibrante soou na noite; Martim o reconhecera e avisou a índia que era do canto 
da atiati, ave que pertence à praia dos pitiguaras, também conhecido como o grito de guerra 
de seu valente amigo Poti, chefe de sua tribo e de incrível fama por ser valente. 
O mancebo chegou à conclusão que seu amigo viera resgatá-lo, então Iracema foi ao 
encontro de Poti para lhe explicar a situação, enquanto seu amado permaneceu na cabana 
de Araquém, onde ninguém o poderia machucar. 
Capítulo 13 
Após chegar ao lago e encontrar Poti, Iracema lhe explicou com muita cólera toda 
desventura passada por eles; ele concordou que a raiva de Irapuã não é virtuosa, mas sim 
desumana. 
Ambos se separaram,pois Poti ouvira um barulho e desconfiou de alguém ouvir sua 
conversa. 
A virgem dos lábios de mel chegou até a cabana e contou tudo ao mancebo, levando-os a 
uma discussão, pois ela não queria que ele saísse a guerra com seu amigo e ele discordava, 
afirmando não ter medo do exército de Irapuã, mas sim da tentação que a índia provocava 
nele e que nunca seria suprida. 
Caubi chegou à cabana com notícias de que Irapuã vinha com seus guerreiros. Em resposta, 
sua irmã lhe ordenou retirar a pedra que cobria a fenda aberta no chão pelo pajé e 
permanecer na porta para atrasar os guerreiros. Enquanto Iracema acalmava seu hóspede 
falando que o deus Tupã os salvaria, o gemido vindo do fundo da terra ressoou novamente 
e ambos pularam no buraco. 
Capítulo 14 
No momento em que os guerreiros, dominados pela bebida e sob a liderança de Irapuã, 
alcançaram a cabana inimiga, encontraram Caubi de guarda a criticá-los por enfrentarem 
seu inimigo em bando, e não em equilíbrio numérico. 
Antes de poderem revidar a gozação, a terra rugiu outra vez; de tanto medo, os guerreiros 
cercaram seu líder e o retiram do local. Agora, em paz, Caubi dormiu na soleira da porta. 
Enquanto isso, Martim e Iracema estavam perdidos no subterrâneo até ouvirem, 
magicamente, a voz de Poti pela boca de Tupã. O pitiguara queria falar em particular com 
Martim. Ele o advertiu sobre a fraqueza da índia tabajara e de sua natureza inconfiável; no 
entanto esta os ouviu porquanto o cristão, que confiava nela plenamente, permitiu. 
Seu plano de resgate era soar sua trombeta de guerra para distrair os guerreiros tabajaras e 
liberar a passagem do guerreiro do mar (modo de Irapuã chamar Martim, por ter chegado à 
IRACEMA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 
 
11 
terra pelo mar) até às margens do ninho da garça, de onde seria guiado pela estrela morta. 
Entretanto era muito perigoso soar a trombeta, pois ele estava sozinho, não trouxera 
nenhum de seus guerreiros para lhe ajudar a resgatar o estrangeiro. 
Em contraproposta, Iracema disse para partirem durante o sono dos guerreiros tabajaras 
enquanto estivessem no bosque sagrado, recebendo os sonhos alegres do pajé. Após refletir 
sobre este plano, Irapuã o aceita e até mesmo elogia a inteligência da índia. 
Capítulo 15 
Martim estava deitado quando Iracema se aproximou com seu belo corpo e o recostou à 
rede; neste momento o rapaz lutava contra um dilema, se deixaria os carinhos da noiva 
loura ou cederia à sensualidade da índia morena. 
Assim que obteve sua solução, escolheu a virgem dos lábios de mel e lhe pediu o vinho de 
Tupã, para que tivesse os sonhos de Jurema e que neles pudesse desposá-la, ainda que 
ilusoriamente. A virgem cumpriu seu desejo. Assim seu corpo permaneceu casto e ao 
mesmo tempo tornou-se esposa do guerreiro branco. 
Capítulo 16 
Ocorre o ritual sagrado da entrega dos sonhos bons aos guerreiros, no qual Iracema lhes 
oferece o vinho de Tupã e seu pai lhes designa cada qual um sonho diferente, dependendo 
de sua personalidade. 
Por não ser autorizada a ver os sonhos, Iracema volta à cabana e guia Martim até seu irmão 
pitiguara. Durante o reencontro, demonstram alegria e afeto. e juntos seguem viagem. 
Posteriormente Poti aconselha a seu amigo mandar a virgem embora, porquanto ela 
atrapalhava seu ritmo; mas ela insistiu em guia-los pelo menos até os limites das terras dos 
tabajaras. 
Capítulo 17 
Logo após saírem dos campos tabajaras, Iracema confessa ao guerreiro branco que traiu o 
segredo de Jurema devido ao sonho proibido do amado, e por isso ela não poderia voltar 
para sua tribo. Em silêncio, ambos compartilhavam do mesmo medo, sofrerem a ira de 
Tupã por perder a sua virgem. 
 
Contrariando os pedidos de Iracema e Poti, Martim decidiu que deveriam parar para 
descansar. Iracema estendeu sua rede ao esposo, que foi dormir com ela carinhosamente. 
IRACEMA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 
 
12 
O ouvido apurado de Poti o fez acordar e então se prepararam ao ataque iminente dos 
tabajaras velozes vindos pela floresta. 
Decepcionado pela sua falta de sabedoria em tomar decisões, Martim pede desculpas ao 
irmão pitiguara e à esposa por não tê-los ouvido. Também pede para que o guerreiro leve 
Iracema do local para que nenhum deles morra, mas o pedido lhe é negado e todos 
permanecem unidos. 
Capítulo 18 
No momento em que os guerreiros tabajaras encurralaram os fugitivos, o cão de Poti 
anunciou a chegada de seu povo, que se juntou ao trio. 
A batalha inicia-se quando Jacaúna ataca Irapuã, seguido de Caubi atacando o guerreiro do 
mar por ter “levado” sua irmã para longe de sua cabana. Por outro lado, Martim não o mata 
a pedido de sua noiva, e somente se defende. Enquanto isso, Poti lutava contra o velho 
Andira. 
O guerreiro do mar abandonou Caubi e corre em direção à Irapuã. Após dar o primeiro 
golpe contra a armadura de seu inimigo, sua arma se desfaz em pedaços. De repente, com 
grande destreza, Iracema lançou a sua flecha contra o chefe, caindo ferido, porém não 
morto. 
Toca o pocema (grito) da vitória e cada tribo volta à sua terra, com exceção da doce índia 
que permaneceu no local observando com muita cólera a terra cheia do sangue de seus 
irmãos. 
Capítulo 19 
Após retirarem-se vitoriosos do confronto, Poti confia a Martim seu cão chamado Japi, que 
havia guiado a tribo pitiguara até a batalha. Caso algum dos irmãos estivesse em apuros, o 
outro poderia ir ao seu socorro por meio da guia do animal. 
No meio do caminho para os campos pitiguara, encontrava-se o grande Jatobá, árvore onde 
nasceu Poti, a qual foi abraçada por Martim de modo a demonstrar seu carinho pelo 
“irmão”. 
Martim segue a viagem com Iracema ao seu lado esquerdo, o lado do coração, e Poti ao seu 
lado direito, o lado da força. 
Capítulo 20 
Passaram-se três dias de estadia na cabana de Jacaúna, e o esposo de Iracema sente a tristeza 
vindo dela. Questionada, Iracema lhe conta que sua infelicidade vinha da presença de 
IRACEMA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 
 
13 
ambos na terra que outrora foi inimiga, e cujos guerreiros foram causadores da morte de 
centenas de seus irmãos. 
A fim de suprimir sua melancolia, Martim avisou ao grande chefe Jacaúna que partia, no 
entanto não deveriam ficar tristes, em razão de toda a alegria que passaram juntos. 
Poti acompanhou seu irmão em viagem, já que não queria separar-se mais dele. 
Capítulo 21 
De noite, chegaram à foz do rio que banhava as praias povoadas pelos pitiguaras. Devido à 
importância da família de Poti, eles foram muito bem tratados e os guiaram através do Rio 
Taíba até um alto morro de areia de onde se via a alvura da espuma do mar. 
O poderoso guerreiro pitiguara contou ao Martim sobre seu conhecimento da terra de seu 
povo e sobre o monte Mocoripe, lugar onde situavam-se. 
Martim analisou muito bem a terra e decidiu estender sua cabana lá com o devido 
consentimento da esposa, a qual lhe disse que seria feliz aonde quer que fossem, mas deveria 
estar ao seu lado. 
Capítulo 22 
Poti começa a contar ao amigo que seu avô, um grande guerreiro chamado Batuireté, 
adentrou as praias do continente e expulsou os tabajaras que ali viviam para dentro dos 
campos. Por ser um dos maiores chefes que a nação pitiguara jamais teve, subjugou muitas 
tribos até não aguentar mais, e a velhice lhe alcançou. 
Consequentemente chamou seu filho Jatobá (pai de Jacaúna e Poti) para lhe consignar a 
responsabilidade de toda a nação, em razão de sua incapacidade de protege-los e também 
pela força e coragem do filho. 
Dali em diante o velho se estabeleceu em uma serra bem alta para passar o resto de seus dias 
conversando com Tupã. As pessoas não mais o chamavam pelo próprio nome, e sim por 
Maranguab, o sabedor da guerra. 
Os três iam ao encontro do sábio para lhe pedir sabedoria. Chegando à cabana do velho, 
localizada entre as formosas cascatas e coqueiros, encontraram-no dormindo,careca e com 
muitas rugas. 
 
Seu neto anunciou presença. Quando o velho abriu os olhos exclamou de espanto, 
poisnunca tinha visto um guerreiro branco, e logo em seguida abaixou a cabeça novamente. 
IRACEMA: RESUMO POR CAPÍTULO 
ResumoPorCapítulo.com.br 
 
14 
O grupo pensou que ele dormia novamente, mas depois de um tempo ele não se levantou e 
então perceberam que havia falecido. 
Em luto, Poti pronunciou o canto da morte enquanto Martim cuidava de seu vaso fúnebre 
e Iracema lhe recolhia flores. Desde então, o morro foi chamado de Maranguape (este 
monte realmente existe, e encontra-se ao norte do Ceará). 
Capítulo 23 
A alegria inunda o coração de Iracema desde que ela começou a morar com o esposo, mais 
importante do que ter criado um ninho de amor, foi ter achado uma nova pátria para seu 
coração. Pela manhã, Martim e Poti partiam para a caça, ao mesmo tempo em que a índia 
banhava-se na lagoa no meio da verde campina (os outros índios começaram a chamá-la de 
Porangaba, pois nele se banhava a mais bela filha de Tupã). 
Um dia depois dos guerreiros voltarem com a caça, Iracema voltou-se a seu marido e lhe 
disse com muita ternura que estava grávida. Em grande júbilo, Martim afirmou ser de 
incrível necessidade a presença do irmão, que lhe dá força e da esposa que lhe dá alegria; e 
assim celebraram. 
Capítulo 24 
Para adotar por completo a nação do amigo e da esposa, Martim precisava passar por uma 
cerimônia típica para se tornar um guerreiro vermelho, filho de Tupã. Poti começou a 
pintar-lhe o corpo com tinta vermelha e preta, com figuras que simbolizavam sua agilidade, 
força e bondade. 
Para completar a cerimônia, sua esposa lhe escolheu um nome na língua da nação pitiguara, 
Coatiabo. 
Capítulo 25 
Tudo corria bem na cabana: as caças vinham em fartura, Iracema adorava brincar pela praia 
e seu marido a admirava. 
Até que um dia, enquanto ele a observava, seu olhar se alongou ao mar e avistou um barco 
com muitas velas semelhante aos de sua raça. Vários pensamentos começaram a rodeá-lo, 
como a saudade sentida de sua terra e dos seus, e também outra preocupação mais imediata, 
como a possibilidade de um ataque dos seus inimigos tapuias. Em vista disso, ele começou a 
evitar a índia para que não se aborrecesse por seus pensamentos, somente os confiando a 
Poti. 
Preocupado, Poti ofereceu o exército de sua tribo para combater a nação inimiga no 
momento em que seu irmão quisesse. 
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15 
No mesmo dia, chegou a eles um mensageiro de Jacaúna, para lhes avisar que os tapuitingas 
adentraram os campos e fizeram uma aliança com Irapuã para atacarem juntos os pitiguaras 
e que ambos os guerreiros deveriam voltar para ajudar. Depois de a mensagem ter sido 
passada, Coatiabo manda o mensageiro de volta para saberem que estão a caminho. 
Capítulo 26 
Poti interrompeu a caminhada com Coatiabo para lhe perguntar o motivo de sua face tão 
fechada e tristonha. Apesar de querer ir à guerra com o irmão para defender sua nova pátria, 
o mancebo não queria deixar Iracema sozinha na cabana por medo de ela se entristecer e 
abandoná-lo, por isso gostaria de ao menos se despedir. Sob o conselho do guerreiro 
pitiguara, não cumpriu sua vontade para não se abalar com as palavras de resposta da índia. 
Um pouco mais adiante, o índio atirou uma das flechas do irmão, feitas por Iracema, em 
um caranguejo, e o deixou fincado à terra, pois isso era um sinal para que ela, caso seguisse 
seus rastros, entenderia que não deveria continuar. Para a esposa ficar menos desapontada, o 
mancebo colocou um ramo de maracujá (a flor da lembrança) no meio da arma. 
E assim aconteceu: após encontrar aquela cena, Iracema entendeu a mensagem e recuou, 
mas todo dia corria para a flecha para ver se seu marido voltou e ficava lá até a noite, 
deprimida. 
Durante uma dessas esperas, ela ouviu sua antiga amiga jandaia (um periquito de cabeça 
amarela) chamando-a pelo nome, então se relembrou dos felizes anos vividos dentre os 
tabajaras e da cabana de Araquém, mas mesmo assim não se arrependeu de sua decisão, 
somente recarregou suas forças. 
Capítulo 27 
Um dia Iracema avistou os dois guerreiros que retornavam, correu até os braços do amado e 
esqueceu-se de todos os dias de solidão. Eles voltaram vitoriosos da batalha contra os 
tabajaras, mesmo estando em união com os tapuias do Mearim (outro povo indígena do 
outro lado da distante serra). 
Os dois amantes voltam a ser a pura alegria um do outro, como outrora foram. No entanto 
muitas vezes, no alto morro de areia, bem distante da cabana, Martim encontrava-se 
olhando para o grande mar azul e ansiava voltar à terra nativa e aos seus, porém sabia que 
quanto mais longe Iracema fosse com ele, mais infeliz ficaria. 
 
(Nesta parte do texto, o herói volta a um dilema: se deveria ficar ou partir; ele estava 
dividido entre continuar na terra estrangeira com novas aventuras e diferentes culturas e 
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voltar à terra natal, devido a uma forte nostalgia. A princípio ele gostaria de continuar na 
América, com sua doce e amada selvagem, mas começou a sentir muita falta da civilização). 
Após um tempo, Poti nem o acompanhava mais até o morro para que seu irmão pudesse 
refletir melhor. Nem mesmo Iracema ousava ficar perto dele, pois percebera que sua 
presença o deixava ainda mais consternado. 
Capítulo 28 
Coatiabo ouve o choro da amada no meio do bosque e vai a seu amparo. Ela lhe acusa de 
estar distante mentalmente e espiritualmente, embora seu corpo esteja presente. As palavras 
doeram em Martim, que tentou explicar que só estava a observar o mar devido à luta com 
seus inimigos. Ela lhe retrucou dizendo que seu lábio secou para o dela, ele não mais 
acariciava da mesma maneira, nem mesmo a olhava com o mesmo modo. Chegou a dizer 
que quando o seu filho nascesse, ele poderia partir, pois Iracema morreria por amor e ele 
não teria mais nada o prendendo à terra. 
Capítulo 29 
Poti seguiu o rastro do irmão até o alto da Jacarenga, de onde ele observava a grande igara 
dos guerreiros brancos, inimigos de sua raça, com sentimento de vingança. Agora eles 
estavam unidos aos tupinambás e prontos para a guerra. Os dois guerreiros tocaram a 
trombeta da batalha para anunciar a aproximação do inimigo e eles correram para o 
Mocoripe por dentro da mata, para não assustarem os inimigos vindos pelo mar. 
Após Jacúna ser avisado, todos estavam preparados para a guerra que estava por vir. 
Muitos dias se passam até que os guerreiros guaraciabas e tupinambás desembarcam na 
praia e entram em formação de guerra. Eram em grande quantidade, com armas de fogo e 
brandindo o tacape para intimidar o inimigo, porém nenhuma tribo luta tão bem quanto os 
guerreiros pitiguaras. 
Já de noite, começa a guerra com a primeira flecha de Poti, que acerta o líder dos 
guaraciabas. A guerra se desenrolou e novamente os pitiguaras foram vencedores. 
Capítulo 30 
Sentindo fortes contrações, Iracema se ajeita em um coqueiroe com muita dor dá a luz a seu 
filho, o qual chama de Moacir, devido ao sofrimento em meio ao qual ele nasceu. 
Após lavá-lo no lago, arrumou-o em sua faixa, adormecido, para carregá-lo em seu flanco. 
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17 
A recente mãe seguiu o rastro do marido e de seu companheiro para lhes mostrar a criança, 
porém percebeu que foram à guerra por haver sinais de que foram em direção às praias. 
Decepcionada, achou reconforto nos olhos do filho. 
Na manhã seguinte Caubi apareceu à tenda da irmã para vê-la e avisar que já a perdoou. O 
guerreiro lhe diz entre risos que o bebê se parece muito com ela. Em retorno, Iracema lhe 
pede para avisar seu pai, que ainda vivia, que ela estava morta, para que ele não sofresse 
tanto pela sua traição. 
Preocupado, Caubi a interroga pela falta de alegria em seu semblante. Ela lhe respondeque 
a sua felicidade vem do esposo e que quando ele se ausenta sua paz também se vai. 
Capítulo 31 
Iracema implorou a Caubi voltar à cabana de seu pai, não por vergonha de sua tristeza, mas 
por ele ser o único filho restante de Araquém, que o guiaria pela velhice (o velho sábio já 
teve vários filhos, mas alguns foram mortos em guerras e outros começaram suas próprias 
famílias). Caubi cumpriu sua vontade, mas lhe informou que sempre voltaria para visitar ela 
e seu filho. 
O choro da criança fez com que a índia fosse até a cabana para amamenta-lo, mas seu leite 
tornou-se escasso. A mãe chorou muito pelo ocorrido e preparou um mingau para nutri-lo. 
Depois saiu com seu filho para a floresta e achou um leito de irara (animal carnívoro do 
Brasil, com parentesco de cães) com filhotes sem a mãe. Iracema sentou-se e deu aos 
cachorrinhos de mamar. Ela sentiu absurda dor, seu peito inchou e começou a sangrar, 
depois de um tempo o leite começou a esguichar. Então ela afasta os filhotes da irara e dá o 
leite ao seu filho. A partir de agora Moacir era fruto de seu sofrimento não só no 
nascimento, mas também na amamentação. 
Capítulo 32 
Iracema está sentada com o filho no colo quando o fiel cão de Martim, Japi, corre para a 
cabana anunciando a aproximação do dono. Ela tenta se levantar para recepcionar o amado, 
mas os seus membros já estão muito cansados e ela cai desacordada ao chão. 
Japi volta correndo ao dono latindo incessantemente enquanto a ará, amiga da índia, canta 
tristemente. 
Havia oito dias que a nação pitiguara prevalecera novamente na batalha contra os 
tupinambás, que estavam cada vez mais unidos aos guerreiros dos cabelos do sol. 
Quando o cão se aproximou do dono e Poti, eles apertaram o passo de preocupação. Ao 
chegar, se deparam com a filha de Araquém sentada ao chão desacordada, com o filho no 
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18 
colo. Seu esposo chamou por seu nome, então ela acordou e lhe entregou o filho, pedindo 
para recebê-lo com muito amor, explicando que seus seios já não o alimentavam mais. Logo 
após, a índia morreu. 
Poti ajudou Coatiabo a superar a terrível perda e ambos a enterraram próximo ao coqueiro 
que amava pois assim, quando o vento soprasse, ela poderia pensar que é o sussurro do 
amado ao seu ouvido. 
Capítulo 33 
Após quatro anos da partida de Martim, da criança e do cão à terra natal do guerreiro, eles 
voltaram ao Brasil para colonizar e catequizar a terra. 
Durante esse tempo Poti levantou a taba de seus guerreiros na margem do rio em que 
moraram, esperando que o irmão voltasse. O grande Poti foi o primeiro índio a ser 
catequizado naquela região por não querer que a diferença de crença o separasse novamente 
do irmão. Depois toda a terra se curvou à palavra do “Deus verdadeiro”. 
Martim sentiu seu coração arder da mesma maneira que da primeira vez quando pisou a 
areia, pois várias lembranças lhe vieram à mente. Ele foi visitar a terra em que enterrou a 
amada e lamentou a perda da pessoa mais bondosa e carinhosa que já conhecera. O seu jeito 
de apreciar as coisas belas ajudou a superação de Martim. A sua grande amiga ará, que 
estava em cima do coqueiro parou de cantar seu belo nome. 
“Tudo passa sobre a terra”. 
FIM 
 
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19 
QUESTÕES DE VESTIBULARES 
1. (UFU-MG) Sobre Iracema, de José de Alencar, podemos dizer que: 
1) as cenas de amor carnal entre Iracema e Martim são de tal forma construídas que o leitor 
as percebe com vivacidade, porque tudo é narrado de forma explícita. 
2) em Iracema temos o nascimento lendário do Ceará, a história de amor entre Iracema e 
Martim e as manifestações de ódio das tribos tabajara e potiguara. 
3) Moacir é o filho nascido da união de Iracema e Martim. De maneira simbólica ele 
representa o homem brasileiro, fruto do índio e do branco. 
4) a linguagem do romance Iracema é altamente poética, embora o texto esteja em prosa. 
Alencar consegue belos efeitos lingüísticos ao abusar de imagens sobre imagens, 
comparações sobre comparações. 
Assinale: 
(A) se apenas 2 e 4 estiverem corretas. 
(B) se apenas 2 e 3 estiverem corretas. 
(C) se 2, 3 e 4 estiverem corretas. 
(D) se 1, 3 e 4 estiverem corretas. 
 
2. (PUC-SP) A próxima questão refere-se ao texto abaixo. 
“Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; 
Verdes mares que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as 
alvas praias ensombradas de coqueiros; 
Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa para que o barco aventureiro 
manso resvale à flor das águas.” 
Esse trecho é o início do romance Iracema, de José de Alencar. Dele, como um todo, é 
possível afirmar que: 
(A) Iracema é uma lenda criada por Alencar para explicar poeticamente as origens das raças 
indígenas da América. 
(B) as personagens Iracema, Martim e Moacir participam da luta fratricida entre os 
Tabajaras e os Pitiguaras. 
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(C) o romance, elaborado com recursos de linguagem figurada, é considerado o exemplar 
mais perfeito da prosa poética na ficção romântica brasileira. 
(D) o nome da personagem-título é anagrama de América e essa relação caracteriza a obra 
como um romance histórico. 
(E) a palavra Iracema é o resultado da aglutinação de duas outras da língua guarani e 
significa “lábios de fel”. 
 
3. (PUC) Considere os dois fragmentos extraídos de Iracema, de José de Alencar. 
I. “Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a 
grande vela? Onde vai como branca alcíone buscando o rochedo pátrio nas solidões do 
oceano? Três entes respiram sobre o frágil lenho que vai singrando veloce, mar em fora. Um 
jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano; uma criança e um rafeiro que 
viram a luz no berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra 
selvagem.” 
II. “O cajueiro floresceu quatro vezes depois que Martim partiu das praias do Ceará, 
levando no frágil barco o filho e o cão fiel. A jandaia não quis deixar a terra onde repousava 
sua amiga e senhora. O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. 
Havia aí a predestinação de uma raça?” 
Ambos apresentam índices do que poderia ter acontecido no enredo do romance, já que 
constituem o começo e o fim da narrativa de Alencar. Desse modo, é possível presumir que 
o enredo apresenta 
(A) o relacionamento amoroso de Iracema e Martim, a índia e o branco, de cuja união 
nasceu Moacir, e que alegoriza o processo de conquista e colonização do Brasil. 
(B) as guerras entre as tribos tabajara e pitiguara pela conquista e preservação do território 
brasileiro contra o invasor estrangeiro. 
(C) o rapto de Iracema pelo branco português Martim como forma de enfraquecer os 
adversários e levar a um pacto entre o branco colonizador e o selvagem dono da terra. 
(D) a vingança de Martim, desbaratando o povo de Iracema, por ter sido flechado pela 
índia dos lábios de mel em plena floresta e ter-se tornado prisioneiro de sua tribo. 
(E) a morte de Iracema, após o nascimento de Moacir, e seu sepultamento junto a uma 
carnaúba, na fronde da qual canta ainda a jandaia. 
 
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4. (UFU-MG) Sobre Iracema, de José de Alencar, podemos dizer que 
1) as cenas de amor carnal entre Iracema e Martim são de tal forma construídas que o leitor 
as percebe com vivacidade, porque tudo é narrado de forma explícita. 
2) em Iracema temos o nascimento lendário do Ceará, a história de amor entre Iracema e 
Martim e as manifestações de ódio das tribos tabajara e potiguara. 
3) Moacir é o filho nascido da união de Iracema e Martim. De maneira simbólica ele 
representa o homem brasileiro, fruto do índio e do branco. 
4) a linguagem do romance Iracema é altamente poética, emborao texto esteja em prosa. 
Alencar consegue belos efeitos lingüísticos ao abusar de imagens sobre imagens, 
comparações sobre comparações. 
Assinale: 
(A) se apenas 2 e 4 estiverem corretas. 
(B) se apenas 2 e 3 estiverem corretas. 
(C) se 2, 3 e 4 estiverem corretas. 
(D) se 1, 3 e 4 estiverem corretas. 
 
5. Unifor-CE Considere as seguintes afirmações sobre o romance Iracema, de José de 
Alencar: 
I. Ao apresentar esta obra como “lenda do Ceará”, o autor já indica a combinação que fará 
entre elementos históricos e fantasia. 
II. O autor valeu-se de uma narrativa, mas não deixou de explorar sistematicamente 
recursos típicos da linguagem poética. 
III. Aqui, diferentemente do que ocorre na obra de Gonçalves Dias, a personalidade, os 
costumes, os valores e a cultura do índio real estão fielmente retratados. 
Está correto somente o que se afirma em: 
(A) I. 
(B) II. 
(C) III. 
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(D) I e II. 
(E) II e III. 
 
“Iracema, sentindo que se lhe rompia o seio, buscou a margem do rio onde crescia o 
coqueiro. Estreitou-se com a haste da palmeira. A dor lacerou suas entranhas; porém logo o 
choro infantil inundou sua alma de júbilo. (...) 
– Tu és Moacir, o nascido do meu sofrimento.” 
ALENCAR, José de. Iracema. 
 6. U.F. Juiz de Fora-MG Sobre o romance Iracema, de José de Alencar, é incorreto afirmar 
que: 
(A) destaca o elemento indígena como a verdadeira origem do povo brasileiro; 
(B) o sentimento amoroso justifica as duras ações colonizadoras; 
(C) a linguagem é um misto de narração e descrição lírica; 
(D) é uma obra de teor nacionalista em que há uso da cor local. 
 
7. U.F. Juiz de Fora-MG A partir do fragmento acima, e considerando a obra como um 
todo, assinale a alternativa incorreta: 
(A) O amor entre Iracema e Martim desculpa simbolicamente a colonização, na perspectiva 
do idealismo romântico. 
(B) Iracema entrega-se a Martim sem resistência, consciente da sua missão de gerar a nova 
raça, o mestiço povo brasileiro. 
(C) A expressão “nascido do meu sofrimento” pode ser lida como índice da origem violenta 
da formação social brasileira. 
(D) Alencar justifica, a seu modo, a morte da terra virgem pela necessidade se implantar 
nela uma civilização. 
 
8. “Verdes mares bravios de minha terra natal, 
onde canta a jandaia na frondes da carnaúba; / 
IRACEMA: RESUMO POR CAPÍTULO 
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Verdes mares, que brilhais como líquida 
esmeralda aos raios do sol nascente, 
perlongando as alvas ensombradas e 
coqueiros;/ Serenai, verdes mares, e alisai 
docemente a vaga impetuosa, para que o barco 
aventureiro manso resvale à flor das águas.” 
O trecho mostra quanto à obra Iracema: 
(A) sua informatividade 
(B) sua metalinguagem 
(C) seu estilo realista 
(D) sua oralidade 
(E) seu caráter poético 
 
9. Com relação ao romance Iracema é incorreto afirmar: 
(A) Faz parte dos romances indianistas de Alencar juntamente com O guarani e Ubirajara. 
(B) Iracema representa o ser brasileiro nativo enquanto Martin representa o colonizador. 
(C) A relação natureza/personagem ilustra a visão do romântico de que a natureza é um 
prolongamento da própria personagem. 
(D) A comparação de Iracema com os elementos da natureza serve para mostrar que, na 
personagem, eles eram mais intensos que o mundo que o cercava. 
(E) A transcrição da fala da personagem em sua própria língua e a tradução pelo narrador 
deixa claro a crença romântica de superioridade do índio em relação ao branco. 
 
10. Um dos propósitos de José de Alencar, no romance Iracema, é o de aproximar o leitor 
de aspectos expressivos da língua tupi. Ao referir, por exemplo, o nome de Iracema, ele 
acrescenta: a virgem dos lábios de mel; quando a índia dá à luz o filho mestiço, ela diz: Tu 
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és Moacir, o nascido de meu sofrimento. Com esse procedimento, Alencar revela ao leitor 
que, na linguagem dos índios, há: 
(A) um processo de nomeação aleatória, já que se prende a motivações inteiramente 
subjetivas. 
(B) uma relação motivada entre as palavras e a utilidade material das coisas a que se referem. 
(C) absoluta liberdade na criação de palavras, pois cada novo ser merece um nome que 
jamais tenha sido pronunciado. 
(D) uma predileção pela sonoridade mesma dos nomes, considerada mais importante que 
sua significação. 
(E) uma relação motivada entre o nome do novo ser e uma qualidade marcante que o 
identifica. 
 
11. (UEL) Examine as proposições a seguir e assinale a alternativa INCORRETA. 
(A) A relevância da obra de José de Alencar no contexto romântico decorre, em grande 
parte, da idealização dos elementos considerados como genuinamente brasileiros, 
notadamente a natureza e o índio. Essa atitude impulsionou o nacionalismo nascente, por 
ser uma forma de reação política, social e literária contra Portugal. 
(B) Ao lado de O guarani e Ubirajara, Iracema representa um mito de fundação do Brasil. 
Nessas obras, a descrição da natureza brasileira possui inúmeras funções, com destaque para 
a "cor local", isto é, o elemento particular que o escritor imprimia à literatura, acreditando 
contribuir para a sua nacionalização. 
(C) Embora tendo sido escrito no período romântico, Iracema apresenta traços da ficção 
naturalista tanto na criação das personagens quanto na tematização dos problemas do país. 
(D) A leitura de Iracema revela a importância do índio na literatura romântica. Entretanto, 
sabe-se que a presença do índio não se restringiu a esse contexto literário, tendo 
desembocado inclusive no Modernismo, por intermédio de escritores como Mário de 
Andrade e Oswald de Andrade. 
(E) O contraponto poético da prosa indianista de Alencar é constituído pela lírica de 
Gonçalves Dias. Indiscutivelmente, em "O canto do guerreiro" e em "O canto do piaga", 
dentre outros poemas, o índio é apresentado de maneira idealizada, numa perpetuação da 
imagem heróica e sublime adequada aos ideais românticos.

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