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1 RETINOPATIA DIABÉTICA Gizelle Felinto INTRODUÇÃO ➢ DIABETES MELLITUS (DM): • Conceito → doença complexa e multifatorial, caracterizada pela ausência absoluta ou relativa de insulina, acarretando estado crônico de hiperglicemia • Classificação: ▪ Diabetes Mellitus tipo 1 ▪ Diabetes Mellitus tipo 2 ▪ Diabetes Gestacional ▪ Outros tipos específicos de Diabetes • Epidemiologia: ▪ Estima-se que 7 a 8% da população mundial seja portadora de diabetes ▪ Cerca de 5 milhões de brasileiros são diabéticos ➢ RETINOPATIA DIABÉTICA: • Conceito → conjunto de alterações retinianas e vítreas causadas pelo diabetes ▪ A retinopatia diabética é uma complicação crônica do DM e vem cada vez mais aumentando a sua incidência. Além disso, por ser uma condição incapacitante, ela pode gerar a perda visual • Epidemiologia: ▪ A retinopatia diabética acomete cerca de 47% dos pacientes diabéticos ▪ É a segunda causa de cegueira irreversível, ficando atrás somente da Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) ▪ Quando se delimita apenas pessoas entre 25 e 75 anos, a retinopatia diabética passa a ser a principal causa de cegueira irreversível FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DA RETINOPATIA DIABÉTICA ➢ Tempo de diagnóstico da doença: • Segundo o estudo Wiscosin: ▪ Diabetes tipo 1: ✓ 17% dos pacientes irão apresentar retinopatia diabética com apenas 5 anos de doença ✓ 98% dos pacientes apresentarão retinopatia diabética com apenas 15 anos de doença ▪ Diabetes tipo 2: ✓ 23% irão apresentar retinopatia diabética entre 11 e 13 anos após o diagnóstico do DM ✓ 60% apresentarão retinopatia após 16 anos de diagnóstico do diabetes ➢ Controle metabólico: • Os estudos WESDR e DCCT mostraram os seguintes resultados: ▪ Há uma relação significativa entre os níveis de hemoglobina glicada e a incidência da progressão da retinopatia diabética ➢ Ou seja, quanto maior o tempo de diagnóstico e o descontrole clínico da doença, maiores as chances de desenvolver retinopatia ➢ Hipertensão Arterial Sistêmica ➢ Nefropatia ➢ Anemia ➢ Hipercolesterolemia ➢ Obesidade ➢ Sedentarismo ➢ Tabagismo ➢ Hereditariedade ➢ Infecções → geram descontrole na glicemia ➢ Gravidez: • Atenção → Cuidados que a mulher deve ter em relação à prevenção da perda da visão pela retinopatia diabética: toda mulher diabética que deseja engravidar necessita fazer uma programação em relação à prevenção da perda da visão. Assim, antes de engravidar, ela deve procurar um oftalmologista, principalmente um especialista em retina, para que seja realizado o exame da retina, pois, durante a gravidez, por questões hormonais, há um aumento importante da retinopatia diabética. Caso haja algum nível de retinopatia diabética, ela deve ser tratada, para posteriormente a paciente iniciar a gestação. Dessa forma, durante a gravidez, essas mulheres diabéticas devem fazer uma avaliação oftalmológica a cada 3 meses FISIOPATOLOGIA ➢ Inicialmente, tem-se uma hiperglicemia prolongada, que faz com que haja: • O espessamento da membrana basal* • A perda de pericitos* → os pericitos são células estruturais endoteliais • A abertura das junções interendoteliais* • Alterações nas hemácias e aumento da viscosidade plaquetária *Alterações que ocorrem no endotélio retiniano ➢ Essas alterações causadas pelo estado hiperglicêmico geram um extravasamento de líquido para o espaço extracelular (perda de lipídios e proteínas) e hemorragias ➢ Ademais, a continuidade dessa hiperglicemia faz com que ocorre hipóxia e infarto das camadas de fibras nervosas retinianas. Isso faz com que haja uma liberação, na retina e no vítreo, de fatores que são muito importantes na fisiopatologia e nas complicações da retinopatia: • Fator de Crescimento Endotelial Vascular (VEGF) → determina o aparecimento de neovascularização • Citocinas → são mediadores inflamatórios ➢ Por fim, tem-se a formação de neovasos: • A neovascularização da retina é responsável pelas principais complicações da retinopatia diabética, que são a hemorragia vítrea e o descolamento de retina tracional Endotélio Retiniano normal Retinopatia diabética avançada - Pericitos (partes mais escuras) - Perda dos pericitos 2 RETINOPATIA DIABÉTICA Gizelle Felinto QUADRO CLÍNICO ➢ Assintomática → a grande maioria dos casos, desde quadros iniciais até quadros mais avançados, é assintomática ➢ Baixa acuidade visual → só ocorre em fases mais tardias e com complicações • Principais complicações da retinopatia diabética: ▪ Edema de retina ▪ Hemorragia do vítreo ▪ Descolamento de retina tracional DIAGNÓSTICO ➢ A sintomatologia não é um critério para o diagnóstico, pois a maioria dos casos de retinopatia diabética são assintomáticos ➢ MAPEAMENTO DE RETINA: • É o exame mais importante para o diagnóstico • Trata-se de um estudo mais detalhado do fundo de olho • Vê-se várias alterações características da retinopatia diabética • Sinais encontrados: ▪ Microaneurismas → são o primeiro sinal da retinopatia diabética ▪ Hemorragias Retinianas Profundas e/ou Superficiais ▪ Exsudatos Duros → geram o Edema Macular ▪ Manchas Algodonosas → indicam infarto da camada de fibras nervosas ▪ Vênulas em Rosário → é um sinal de isquemia ▪ Anormalidades Vasculares Intra-retinianas (IRMA) → são precursoras da neovascularização ▪ Neovasos Retinopatia diabética avançada - Paciente assintomático → com várias lesões na retina, mas com a visão completamente normal (20/20). Assim, a sintomatologia, do ponto visual, não é critério para o diagnóstico da retinopatia diabética Edema da Retina - É uma complicação bastante comum, principalmente na região da mácula, que é a estrutura responsável pela focalização da imagem Hemorragia do Vítreo Descolamento de Retina Tracional Microaneurismas - São difíceis de serem identificados, pois são pequenos pontinhos avermelhados - Microaneurismas - Exsudatos duros (setas verdes) → têm uma predileção para atingir a região central da retina, que é a mácula. Assim, eles determinam a formação do edema macular - Hemorragias superficiais - Manchas Algodonosas (seta azul) - Microaneurismas - Exsudatos duros → são essas regiões mais amareladas, principalmente próximas à mácula - Hemorragias superficiais - Manchas Algodonosas (seta azul) → indicam infarto da camada de fibras nervosas - Exsudatos duros - Hemorragias profundas (seta amarela) Vênulas em Rosário - Sua presença indica isquemia retinianaAnormalidades Vasculares Intra- retinianas (IRMA) - Quando há um nível importante de isquemia, os vasos têm uma tendência a buscar essas áreas isquêmicas para irrigá-las, fazendo-se um desvio do fluxo sanguíneo. É por isso que as IRMAs são precursoras dos neovasos 3 RETINOPATIA DIABÉTICA Gizelle Felinto ➢ RETINOGRAFIA COLORIDA E FLUORESCENTE: • Como é feita: ▪ Injeta-se um contraste na veia do paciente e esse contraste circula até chegar à vascularização retiniana. Assim, vai-se realizando fotografias da retina e avaliando o comportamento do contraste na circulação retiniana • Quando solicitar: ▪ Normalmente, solicita-se a retinografia fluorescente quando, no mapeamento de retina, encontra-se algum sinal de retinopatia diabética • Esse exame também auxilia na escolha terapêutica ➢ TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA (OCT): • Avalia a espessura retiniana, pois o edema de retina é uma das principais complicações da retinopatia diabética • Também é útil do ponto de vista terapêutico → antes de se iniciar o tratamento para o edema macular realiza-se o OCT e, posteriormente, faz-se outro OCT para avaliar se houve uma diminuição ou um aumento desse edema com o tratamento CLASSIFICAÇÃO ➢ A retinopatia diabética é classificada de acordo com as alterações encontradas nos exames diagnósticos ➢ A classificação da necessidade de fazer com que uma não proliferativa se transforme/evolua para uma proliferativa, pois é justamente na proliferativa onde ocorrem as principais complicações que vão gerar a perda da visão, podendo ser inclusive uma perda definitiva ➢ RETINOPATIA DIABÉTICA NÃO PROLIFERATIVA → alterações dentro da retina • Leve: ▪ Presença apenas de microaneurismas • Moderada: ▪ Apresenta manchas algodonosas • Grave → leva em conta pelo menos um dos critérios: ▪ Hemorragias em 4 quadrantes ▪ Veias em Rosário em 2 quadrantes ▪ Anormalidades vasculares (IRMA) em um quadrante • Essa classificação, em leve, moderada e grave, é devido à condição que a não proliferativa tem em de se transformar em proliferativa → assim, uma não proliferativa leve ainda se encontra muito longe de se transformar em uma proliferativa. Porém, a grave está a um passo de se transformar na retinopatia diabética proliferativa Neovasos - Já existe uma isquemia importante - Tem-se a vascularização normal da retina → veia (seta azul) e artéria (seta vermelha) - Na região temporal inferior vê-se uma “árvore” de neovascularização (círculo verde), com vários vasos mais finos, que correspondem aos neovasos. Além disso, também se tem neovasos na região superior (círculo amarelo) Áreas de Isquemia - O contraste não consegue penetrar nessas áreas isquêmicas - Como o contraste é fluorescente, os locais em que ele não consegue acessar se tornam hipofluorescentes - Hipofluorescência = déficit de perfusão - A área hipofluorescente na retinografia coincide com as aéreas que têm exsudatos algodonosos no exame de fundo de olho Fundo de olho Retinografia Microaneurismas - São a primeira manifestação da retinopatia diabética - São mais facilmente visualizados na retinografia do que no exame de fundo de olho, pois o contraste de acumula nesses aneurismas - Consistem nesses pontinhos brancos (hiperfluorescentes) na retina - A retinografia orienta bastante na terapêutica com laser, onde se fotocoagula esses microaneurismas Neovascularização (seta vermelha) - O neovaso não tem uma estrutura endotelial igual a de um vaso normal. Assim, sua estrutura não suporta o peso do contraste (fluoresceína), que tem um peso molecular maior do que o do sangue, fazendo com que esse contraste extravase onde existe a neovascularização - Neovasos = área de hiperfluorescencia por extravasamento Isquemia → são essas áreas mais hipofluorescentes na periferia (seta amarela) - Faz-se um corte tomográfico para que se consiga ver todas as camadas retinianas (figura B). Assim, na região central vê-se um aumento da espessura retiniana (seta vermelha) - Assim, o OCT é útil para o diagnóstico do edema de retina e para o acompanhamento do ponto de vista terapêutico Retinopatia Diabética não Proliferativa Leve - Apenas presença de microaneurismas Retinopatia Diabética não Proliferativa Moderada - Microaneurismas + Manchas Algodonosas Retinopatia Diabética não Proliferativa Grave - Hemorragias nos 4 quadrantes (temporal, superior, nasal e inferior) 4 RETINOPATIA DIABÉTICA Gizelle Felinto ➢ RETINOPATIA DIABÉTICA PROLIFERATIVA → ocorre na superfície da retina e vítreo. É classificada quando apresenta pelo menos uma das seguintes características: • Presença de neovasos retinianos → característica principal da retinopatia diabética proliferativa ▪ Esses neovasos podem ser identificados por uma visualização direta ou pode-se ter certeza de que existem neovasos quando há uma hemorragia vítrea • Hemorragia vítrea → só ocorre devido à presença dos neovasos ▪ Algumas vezes, não se consegue visualizar diretamente o neovaso, mas se o paciente apresentar hemorragia vítrea pode-se ter certeza da existência de neovasos • Descolamento tracional da retina → é uma das principais complicações e só ocorre devido à presença da neovascularização EDEMA MACULAR DIABÉTICO ➢ É a principal causa de cegueira legal em diabéticos ➢ Acomete cerca de 10% dos diabéticos ➢ Pode ocorrer em qualquer fase da retinopatia diabética PREVENÇÃO DA RETINOPATIA DIABÉTICA ➢ O tempo de diagnóstico e o controle do diabetes são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de retinopatia diabética. Assim, elaborou-se critérios para avaliação oftalmológica ➢ CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO OFTALMOLÓGICA: • Diabetes tipo I → sempre que o paciente tiver mais de 5 anos de diagnóstico, ele deve ser encaminhado para o oftalmologista, pois a partir dos 5 anos existe uma chance maior de se desenvolver a retinopatia diabética • Diabetes tipo II → deve-se fazer a avaliação oftalmológica no momento do diagnóstico, já que no diabetes tipo 2 não se sabe há quanto tempo o paciente já é portador da doença (Ex: muitas vezes, o paciente já tem a doença há vários anos e não sabia) • Diabetes Gestacional → avaliação trimestral ➢ CONTROLE GLICÊMICO EFETIVO: • O descontrole clínico da doença é um importante fator de risco para o desenvolvimento da retinopatia diabética. Assim, é essencial manter o controle glicêmico efetivo • Um estudo realizado obteve os seguintes dados: ▪ O controle glicêmico antes da retinopatia diabética diminui seu risco em 76% ▪ O controle glicêmico dos pacientes com retinopatia diabética diminui a progressão da doença em 54% TRATAMENTO DA RETINOPATIA DIABÉTICA ➢ O tripé terapêutico consiste nos seguintes: • Fotocoagulação a laser • Terapia intra-vítreo: ▪ Terapia intra-vítreo (anti VEGF): ✓ O VEGF é o principal fator na fisiopatologia da retinopatia diabética, pois é ele quem vai gerar a neovascularização. Assim, a terapia intra-vítreo tem o objetivo de diminuir a concentração de VEGF ▪ Terapia intra-vítreo (Corticoide): ✓ O corticoidediminui a concentração de citocinas inflamatórias, que fazem parte da fisiopatologia da doença • Cirurgia (Vitrectomia) → reservada para os casos de complicações, como hemorragia vítrea e descolamento de retina tracional ➢ FOTOCOAGULAÇÃO A LASER: • Como é feita → é feita com o auxílio de uma lente de contato específica. Assim, essa lente entra em contato com a córnea do paciente, no sentido de manter o paciente com o olho fixo, sem movimento, já que é necessário gerar a fotocoagulação nas áreas de forma precisa, assim o paciente não pode mexer ou deve mexer apenas o mínimo possível o olho • Tem-se dois tipos de fotocoagulação com formas de tratamento diferentes: ▪ Fotocoagulação Focal → trata o edema macular ✓ O objetivo é fazer a fotocoagulação nas áreas de microaneurismas, pois são eles os responsáveis pela transudação lipídica e proteica, que vão gerar os exsudatos duros e, consequentemente, o edema macular - Imagem da esquerda → Neovascularização - Imagem da direita → desenho esquemático mostrando que os neovasos crescem em direação ao vítreo, não se restringindo apenas à superfície retiniana. Assim, como esses neovasos são frágeis, eles podem acabar se rompendo, formando a hemorragia vítrea. Ou então esses neovasos tomam o vítreo como arcabouço e, à medida em que vão crescendo em direção ao vítreo, vão gerando extravasamentos, formando-se uma rede de fibrinas que traz consigo a retina, gerando um descolamento de retina tracional Descolamento tracional da retina - Paciente com importante descolamento da retina, já em uma fase final da retinopatia diabética - O prognóstico é muito reservado e o tratamento é cirúrgico Edema Macular - Exsudatos duros acometendo a região macular, gerando o edema macular diabético 5 RETINOPATIA DIABÉTICA Gizelle Felinto ✓ É essencial o auxilio da retinografia fluorescente, que mostrar a localização dos microaneurismas que serão fotocoagulados ▪ Panfotocoagulação → indicada na retinopatia diabética proliferativa ✓ Na retinopatia diabética proliferativa tem-se áreas de isquemia/hipóxia importante da retina. Assim, essas áreas vão gerar grande concentração de VEGF, e, como consequência, a formação da neovascularização ✓ Fotocoagula-se toda a retina periférica, deixando- se apenas a retina central, fazendo com que o paciente tenha uma perda da visão periférica de forma irreversível. Assim, sua realização gera uma estabilização da visão do paciente ✓ Tem o objetivo de transformar as áreas hipóxicas em áreas anóxicas. Ou seja, deseja-se gerar uma destruição das áreas retinianas para transformá- las em áreas anóxicas, pois a hipóxia contribui para a formação dos neovasos. Essa área anóxica não irá produzir o VEGF e, como consequência, tem-se uma inibição/diminuição dos neovasos ✓ Muitas vezes, tem-se um paciente com a visão perfeita, mas que tem toda a retina isquêmica e com neovasos que podem romper ou gerar um descolamento de retina tracional a qualquer momento, fazendo com que o paciente saia de uma situação em que enxerga muito bem (20/20) para uma situação de cegueira de um dia para o outro, por exemplo ✓ Esse tratamento necessita de 5 a 6 sessões, é bastante doloroso e vai fazer a visão do paciente diminuir (principalmente a visão periférica, que é onde será feita a fotocoagulação) ✓ A grande dificuldade desse tratamento é convencer o paciente a realizá-lo, pois eles não apresentam sintomatologia e têm a visão normal, mas por trás disso tem-se as complicações que podem surgir a qualquer momento e fazer com que esse paciente perca a visão ➢ TRATAMENTO INTRA-VÍTREO (ANTI-VEGF ou CORTICOIDE): • Com anti-VEGF → é uma injeção intra-vítrea de uma solução de anti- VEGF, no sentido esse fator que está circulando no vítreo e formando a neovascularização • Com Corticoide → é a injeção intra- vítrea com corticoide, com o objetivo de tratar a inflamação causada pelas citocinas inflamatórias, que são substâncias liberadas no final da fisiopatologia da retinopatia diabética e que são responsáveis por causar o edema macular ➢ TRATAMENTO CIRÚRGICO (VITRECTOMIA): • O que é → trata-se da retirada do vítreo por meio de aparelhos específicos ▪ Realiza-se 3 incisões na esclera, que fazem com que se consiga penetrar no olho com uma cânula de iluminação, outra com o vitreófago e a terceira cânula para repor o vítreo que está sendo retirado. Assim, à medida em que o vítreo é retirado pelo vitreófago, uma solução salina balanceada é injetada no olho, para repor o espaço • Indicações → é realizada apenas em quadros de complicações, como: ▪ Hemorragia vítrea → retira-se toda a hemorragia e, ainda no momento da cirurgia, já se realiza a endofotocoagulação (fotocoagulação ao mesmo tempo da cirurgia) Panfotocoagulação a laser Recente (após a panfoto) Tardio - Recente → as áreas arredondadas mais claras são as áreas em que se foi realizado o tratamento a laser - Tradio → com o tempo essas áreas cicatrizam, formando umas áreas mais enegrecidas, que são as cicatrizes do laser INFORMAÇÕES ADICIONAIS • A neovascularização de forma isolada não tem nenhuma relação com o aumento da pressão intraocular! → pode-se ter, indiretamente, o aumento da pressão intraocular se essa neovascularização desenvolver uma complicação chamada de glaucoma neovascular • Glaucoma Neovascular → ocorre quando a neovascularização que atinge a retina migra para o segmento anterior do olho, mais precisamente o ângulo da câmara anterior, que é o local onde se tem a drenagem de humor aquoso. Assim, esses neovasos obstruem a drenagem do humor aquoso, causando um aumento importante da pressão intraocular ▪ Ocorre na retinopatia diabética proliferativa ou em qualquer outra patologia retiniana com uma condição isquêmica (Ex: oclusão de veia central da retina, oclusão de artérias retinianas...)
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