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Anatomia e Fisiologia da Orelha Interna e Vestibulopatias

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1 VESTIBULOPATIAS 
Gizelle Felinto 
ANATOMIA DA ORELHA INTERNA 
➢ A orelha interna é formada 
por: 
• Labirinto 
Membranáceo → 
contém endolinfa e fica 
localizado dentro do 
labirinto ósseo, que 
contem endolinfa. A 
movimentação desses 
líquidos permite a 
condução do som 
▪ Contém o labirinto 
vestibular e o coclear 
• Labirinto Ósseo → é formado por 3 partes: 
▪ Cóclea: 
✓ Ducto coclear → estrutura responsável pela 
audição 
✓ Órgão de Corti → contém as células ciliadas, 
que são os órgãos receptores finais, 
responsáveis por gerar impulsos nervosos 
decorrentes da vibração sonora 
▪ Vestíbulo → é uma câmara oval que contém 
estruturas responsáveis pelo equilíbrio 
➢ A orelha interna é uma estrutura membranosa revestida por um 
osso muito rígido denominado cápsula ótica 
➢ Canais Semicirculares → são tubos com a função de manter o 
equilíbrio 
FISIOLOGIA DA ORELHA INTERNA 
 
➢ A orelha interna é composta por: 
• Labirinto anterior (ou Cóclea) → responsável pela 
audição 
• Labirinto Posterior (ou Vestíbulo) → responsável pelo 
equilíbrio 
▪ É composto por → sáculo, utrículo, canais 
semicirculares e suas respectivas ampolas 
➢ Sáculo e Utrículo: 
• Possuem células ciliadas sensitivas que se localizam nas 
máculas e são envoltas pela membrana otolítica (onde se 
encontram os otólitos) 
▪ Células ciliadas → possuem dois tipos diferentes de 
cílios: 
✓ Estereocílios (curtos) 
✓ Cinocílios (mais longos) 
• São responsáveis pela percepção de movimentos lineares da 
cabeça 
➢ Vestíbulo → é responsável pela percepção dos movimentos 
lineares (sensação de movimento para frente e para trás, para 
cima e para baixo) 
➢ Canais Semicirculares: 
• São responsáveis pela percepção das acelerações 
angulares (Ex: rodar a cabeça para a esquerda ou direita) 
• Existem 3 canais: 
▪ Anterior ou superior → é sensível à movimentação 
da cabeça em rotação para cima e para baixo 
▪ Posterior ou inferior → é sensível à movimentação 
da cabeça em rotação para cima e para baixo 
▪ Lateral ou horizontal → é sensível à movimentação 
da cabeça em rotação horizontal 
• Os canais semicirculares têm nas suas extremidades uma 
região mais dilatada denominada ampola, que possui a crista 
ampular, região com células ciliadas com função sensitiva 
➢ Nervo Vestibular: 
• O primeiro neurônio da via vestibular está localizado no 
gânglio vestibular ou de Scarpa 
• Existem 2 subdivisões desse nervo: 
▪ A divisão inferior → parte do sáculo e do canal 
semicircular inferior 
▪ A divisão superior → parte do utrículo e dos canais 
semicirculares lateral e superior 
➢ Equilíbrio e Orientação: 
• Orientação espacial → decorre da associação de diversos 
sistemas (vestibular, oculomotor e proprioceptivo) que 
enviam informações ao Sistema Nervoso Central para que 
ele entenda que o indivíduo se encontra em repouso ou em 
movimento 
• Para que se tenha um equilíbrio perfeito é necessário o 
bom funcionamento: 
▪ Do sistema oculomotor 
▪ Do sistema vestibular 
▪ Da propriocepção → principalmente das grandes 
articulações e da região dorsal 
• Quando se tem alguma alteração em um desses 3 sistemas 
o indivíduo terá vertigem 
• Idoso → é um grupo propenso a desenvolver queixas 
relacionadas à tontura 
▪ Um paciente idoso, naturalmente, terá: 
✓ Presbiacusia → envelhecimento natural da 
audição que se inicia por volta dos 40 anos de 
idade, manifestando-se, na maioria das pessoas, 
por volta dos 60 anos de idade 
✓ Doenças oculares próprias da 
senescência/envelhecimento → presbiopia, 
catarata, degeneração da retina... 
✓ Comprometimento da propriocepção → paciente 
idoso tem reabsorção óssea e muscular mais 
intensa, causando alterações na postura 
✓ Isso tudo pode levar a alterações na orientação 
espacial, gerando alteração do equilíbrio 
 
2 VESTIBULOPATIAS 
Gizelle Felinto 
TONTURA 
➢ Tontura → é um sintoma, e não uma doença 
• A tontura é a ilusão de movimento → ou seja, é a sensação 
de movimento, porém esse movimento não existe 
• Existem vários tipos de tontura e a vertigem é um deles 
• Vertigem → é uma tontura do tipo rotatória que cabe tanto 
ao neurologista quanto ao otorrino tratarem 
➢ CLASSIFICAÇÃO DA TONTURA (segundo Drachmann, em 1998) 
→ a tontura é dividida em 5 grupos principais: 
1. Vertigem → tontura rotatória 
2. Pré-Síncope → sensação iminente de desmaio 
▪ Normalmente, surge em pacientes cardiopatas 
3. Desequilíbrio → dificuldade de se movimentar 
▪ Encontra-se principalmente em diversas doenças 
neurológicas 
4. Flutuação (Light Headness) → é a mais comum 
▪ Quando o paciente não sabe caracterizar 
adequadamente o seu tipo de tontura (Ex: paciente 
afirma que sente a cabeça leve ou pesada, quando vai 
pisar no chão sente que está flutuando ou que está 
pisando em algodão, sensação de embriaguez ou de 
ressaca...) 
5. Síndrome Multissensorial: 
▪ Pode ocorrer em qualquer indivíduo 
▪ É particularmente encontrada, em sua maioria, em 
pacientes idosos 
✓ É multissensorial devido à alteração que os idosos 
tem em sua orelha interna, no sistema oculomotor 
e na propriocepção 
✓ Idosos tem muitas comorbidades e fazem uso de 
muitas medicações para trata-las 
✓ Assim, a polifarmacoterapia associada a essas 
alterações que surgem na senescência faz com 
que o paciente apresente uma síndrome 
multissensorial 
▪ Dificilmente consegue-se estabelecer apenas uma 
única causa para essa tontura da síndrome 
multissensorial, pois sua causa pode ser multifatorial, 
como: 
✓ Efeito colateral de alguma medicação 
✓ Efeito de alguma dieta inadequada 
✓ Falta de exercício físico... 
➢ A vertigem pode ser tanto de origem periférica quanto de origem 
central → assim, é necessário fazer esse diagnóstico logo no 
primeiro atendimento do paciente 
• Esse diagnóstico pode ser clínico (história + exame físico), 
mas quem confirma esse diagnóstico é o teste vestibular, a 
Vectoeletronistagmografia 
• Essa distinção logo na primeira consulta é importante por 
que a vertigem de origem periférica (sintomas são mais 
exacerbados) é mais benigna do que a de origem central 
(sintomas são mais discretos), pois a vertigem de origem 
central pode ocorrer na ruptura de um aneurisma e na 
presença de um tumor cerebral, por exemplo, que são 
doenças graves 
VERTIGEM 
➢ Esse sintoma foi descrito desde a época de Hipócrates 
➢ O que é → trata-se da sensação que o paciente tem de estar 
girando em torno do ambiente ou sensação de que o ambiente 
está girando em torno de si 
• Vertigem Subjetiva (rotação do corpo) → quando o 
paciente se sente girando em torno do ambiente (na qual o 
sujeito está girando) 
• Vertigem Objetiva (rotação do ambiente) → Quando o 
paciente sente que o ambiente está girando em torno dele 
(na qual os objetos estão girando em torno do paciente) 
➢ É um sintoma comum em pacientes de todas as idades, mas é 
mais frequentemente visto em paciente da terceira idade 
➢ CARACTERÍSTICAS: 
• Tem início súbito 
• Geralmente, surge em forma de surtos (paciente entra em 
uma crise de vertigem e depois ela cessa) 
• É desencadeada por gatilhos: 
▪ Ex: em uma paciente portadora de uma Vertigem 
Postural Paroxística Benigna (VPPB), que ocorre devido 
ao deslocamento dos otólitos/otocônias (pedrinhas de 
carbonato de cálcio) dentro da orelha interna, o gatilho 
dessa doença é a movimentação brusca da cabeça 
▪ Ex: paciente com uma vertigem de origem metabólica 
que é diabética e comeu muito doce ou um paciente sem 
doença alguma que comeu muito doce em excesso → 
Isso faz com que se libere muita insulina, causando um 
estado de hiperinsulinemia e insulina é tóxica para a 
orelha interna, fazendo com que o paciente fique tonto. 
Além disso, pode ocorrer uma queda brusca da 
glicemia, causando um quadro de hipoglicemia 
• É acompanhada por: 
▪ Náuseas ou vômitos 
▪ Desvio da marcha 
▪ Oscilopsia (sensação de movimento dosobjetos) → é 
quase uma sensação de diplopia, na qual o paciente vê 
uma imagem real e outra que não é real, não sabendo 
distinguir qual é a verdadeira, o que acaba causando 
muito desconforto no paciente 
 
 
 
3 VESTIBULOPATIAS 
Gizelle Felinto 
➢ CAUSAS: 
• Na maioria dos casos as vertigens são causadas por 
distúrbio vestibular periférico, que são mais benignos e 
mais fáceis de controlar, como: 
▪ Distúrbio de origem metabólica → 
Hipertrigliceridemia, Hipercolesterolemia, Diabetes... 
➢ Infelizmente, é um sintoma subvalorizado por parte de alguns 
médicos e pelo próprio paciente → muitos consideram a tontura 
como sendo uma única doença, a Labirintite 
• Labirintite → é uma doença infecciosa rara. Ocorre quando 
o processo inflamatório extrapola os limites da orelha média 
ou da base do crânio e consegue penetrar na orelha interna, 
causando uma infecção dessa orelha interna 
▪ É catastrófica 
▪ Causa surdez permanente no paciente 
▪ É uma complicação das otites médias agudas e das 
meningites 
▪ Paciente com labirintite, além da vertigem também 
apresenta perda auditiva e na história clínica relata 
episódio prévio de otite média aguda complicada ou de 
uma meningite bacteriana, por exemplo 
▪ Labirintite não é sinônimo de tontura! Tontura pode 
abranger várias outras doenças, e não apenas a 
labirintite 
▪ Nunca se pede uma Vectoeletronistagmografia 
justificando que é para saber se o paciente tem 
labirintite, pois a labirintite apenas apresenta o 
sintoma tontura e esse teste vestibular é solicitado 
para se confirmar que uma tontura é de origem central 
ou periférica 
TOPODIAGNÓSTICO 
 
➢ Para saber se a tontura é de origem central ou periférica 
➢ TONTURAS DE ORIGEM CENTRAL → são mais graves e, 
normalmente, requerem um exame de imagem e uma atuação 
mais imediatos. Assim, muitas vezes, quando se percebe que a 
tontura do paciente é de origem central deve-se encaminhá-lo 
logo para o pronto-socorro 
AVALIAÇÃO CLÍNICA 
➢ Existem alguns dados da avaliação clínica que vão sugerir se o 
paciente é portador de uma tontura de origem periférica ou 
central 
➢ ANAMNESE: 
CARACTERÍSTICAS DAS SÍNDROMES VESTIBULARES PERIFÉRICAS E 
CENTRAIS 
Topografia da lesão 
vestibular / 
Características 
clínicas 
 
Periférica 
 
Central 
Apresentação Aguda ou 
recorrente 
Lenta, subaguda 
Náusea Intensa Ausente ou variável 
Sintomas otológicos 
(zumbido, sensação de 
perda auditiva, plenitude 
auricular) 
 
Comuns 
 
Raros 
Sintomas 
neurológicos 
Raros Comuns 
Desequilíbrio Leve Intenso ou 
progressivo 
Duração Curta Constante 
Piora com a 
movimentação 
cefálica 
 
Sim 
 
Não 
Chance de tontura 
ser rotatória 
Ambas apresentam a tontura como sendo 
rotatória, configurando uma vertigem 
• Origem central → a tontura tem duração constante, 
podendo durar meses, mas ela é menos exacerbada quando 
comparada a periférica, por isso que não atrapalha tanto o 
paciente na execução das suas atividades diárias 
➢ EXAME FÍSICO: 
• Quando se realiza o exame físico do paciente deve-se 
atentar para analisar a presença de nistagmo (movimento 
aberrante dos olhos) 
▪ Porém, nem todo paciente com vertigem chegará no 
consultório com nistagmo, sendo necessário, muitas 
vezes, desencadear o nistagmo do paciente para poder 
avaliar 
• 5 tópicos para avaliação do nistagmo: 
▪ Latência → tempo para o aparecimento do nistagmo 
após a manobra de Dix-Hallpike 
▪ Fatigabilidade → a repetição da manobra faz a 
intensidade do nistagmo diminuir (repete-se a manobra 
de Dix-Hallpike várias vezes para ver se ela tem 
fatigabilidade) 
PARA A AVALIAÇÃO DO NISTAGMO 
5 tópicos para 
avaliar o nistagmo 
do paciente 
 
Lesão Periférica 
 
Lesão Central 
 
 
Latência 
Até 10s 
(assim, na hora em que se 
pede para o paciente abrir os 
olhos após a realização da 
manobra, ele pode ficar até 10 
segundos sem nistagmo) 
 
Instantâneo 
(na hora em que o 
paciente abre os olhos ele 
já apresenta o nistagmo) 
Fatigabilidade Sim Não 
 
Direção 
Fixa 
(é horizonto-rotatória, ou 
seja, o olho fica sempre na 
horizontal) 
Variável 
(movimentação 
horizontal, vertical e 
torcional do globo ocular) 
Fixação Visual Atenuação/Supressão Nenhum efeito 
Severidade Intensa Tênue 
 
4 VESTIBULOPATIAS 
Gizelle Felinto 
✓ Na primeira vez em que se realiza a manobra o 
paciente apresenta um nistagmo importante e, à 
medida em que se vai reexecutando a manobra, 
esse nistagmo vai diminuindo de intensidade 
✓ Se ocorre essa fatigabilidade, o diagnóstico é de 
uma vertigem de origem periférica 
✓ Se o nistagmo continuar na mesma intensidade 
mesmo com a manobra sendo realizada várias 
vezes → trata-se de uma vertigem de origem 
central 
▪ Direção 
▪ Fixação visual → pede-se para que o paciente fixe o 
olha em um ponto fixo e observa-se se o nistagmo: 
✓ Melhora → trata-se de uma vertigem periférica 
✓ Continua da mesma forma (sem efeito sobre o 
nistagmo) → vertigem de origem central 
▪ Severidade: 
✓ Os sintomas da tontura de origem periférica são 
muito mais intensos, enquanto a de origem central 
é mais tênue 
• Nistagmo periférico → geralmente tem sentido único, 
sendo horizonto-rotatório ou horizontal e sofre um efeito 
inibidor pela fixação ocular, ou seja, reduz sua intensidade 
com a fixação ocular. Além disso, ele tem uma fase lenta (de 
origem labiríntica) e uma fase rápida (de origem central, no 
tronco encefálico) e geralmente está acompanhado de 
vertigem intensa e sintomas neurovegetativos como 
náuseas 
▪ A fase rápida do nistagmo periférico vai em direção ao 
labirinto sadio, na fase aguda 
• Manobra de Nylen-Bárány (Dix-Hallpike): 
▪ Serve tanto para diagnóstico quanto para ajudar a 
melhorar a tontura do paciente, mas essa manobra que 
melhora o sintoma se chama manobra de Epley 
▪ Como é feita → com o paciente 
sentado em uma maca/cama, faz-
se uma rotação lateral da sua 
cabeça e o deita subitamente, 
deixando o paciente nessa posição 
por alguns segundos. Ao se 
observar os olhos do paciente 
percebe-se que ele apresenta o 
nistagmo no momento da 
realização da manobra (vertigem de origem central) ou 
após cerca de 10s (vertigem de origem periférica) 
• Teste de Romberg → avaliar o equilíbrio estático 
▪ É essencial que os 
pacientes com vertigem ou 
nistagmo tenham seu 
equilíbrio avaliado 
▪ Como é feito → o paciente 
é colocado em posição 
ortostática, com pés juntos 
e braços pendentes e se 
observa se ele apresenta 
tendência de cair para um lado ou para o outro ou 
qualquer oscilação 
▪ Este teste pode também ser sensibilizado ao solicitar 
que o paciente ponha um pé a frente do outro 
▪ Lesão periférica (do labirinto) → o paciente tende a 
cair para o lado do labirinto comprometido 
▪ Lesões centrais → a tendência é que a queda ocorra 
para frente ou para trás 
• Observação da Marcha do Paciente em linha reta → 
avalia o equilíbrio dinâmico 
▪ Marcha atáxica ou espástica → indica lesão central 
▪ Desvios da linha reta → indicam lesão vestibular 
✓ Só são notadas alterações nesse teste quando a 
alteração vestibular é aguda 
• Teste de Fukuda → faz-se quando o quadro é crônico e 
compensado 
▪ Como é feito → solicita-se ao paciente para andar em 
linha reta com os olhos fechados 
▪ Desvio maior que 45° ou um deslocamento maior que 
um metro da linha reta estabelecida → indica 
comprometimento do labirinto do mesmo lado 
CAUSAS PERIFÉRICAS DE VERTIGEM 
➢ VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA (VPPB): 
• É a causa mais comum de tontura periférica 
• DEFINIÇÃO: 
▪ É uma patologia que cursa com vertigem de curta 
duração (segundos a minutos), decorrente da 
movimentação abrupta da cabeça 
▪ É uma vertigem postural 
• EPIDEMIOLOGIA: 
▪ Corresponde a 20% dos casos de vertigem 
▪ Representa 90% dos casos de problemas do labirinto 
▪ Pode acometer pessoas de qualquer idade 
▪É mais comum em indivíduos entre 40 a 60 anos 
• FISIOPATOLOGIA: 
▪ Relembrando a fisiologia → a orelha interna é uma 
estrutura membranosa recoberta por uma cápsula 
ótica. Dentro dela tem-se células ciliares e líquido. 
Assim, se esses cílios das células ficam submersos 
nesse liquido eles ficariam o tempo inteiro em 
movimento, dando uma sensação o tempo inteiro de 
movimento ao indivíduo. Isso não ocorre porque, 
apesar de as células ciliares estarem submersas na 
endolinfa, os cílios estão presos em uma camada 
gelatinosa. Em cima dessa camada gelatinosa tem-se 
uma camada de pedrinhas de carbonato de cálcio, 
chamadas otólitos ou otocônias, e é o seu peso que vai 
fazer com que esses cílios se movimentem dentro 
dessa substância gelatinosa 
▪ A VPPB ocorre pela movimentação dos otólitos dentro 
da orelha interna → a mudança da posição da cabeça 
provoca o deslocamento anormal dos otólitos e 
ocasiona uma vertigem rápida com duração de 
 
5 VESTIBULOPATIAS 
Gizelle Felinto 
segundos associada a um nistagmo posicional 
paroxístico característico 
▪ Pode-se ter 2 subtipos: 
✓ Canalitíase (mais comum) → ocorre quando o 
otólito que se desprendeu ficou solto e boiando na 
endolinfa do canal semicircular 
✓ Cupulolitíase → quando o otólito se fixou à 
cúpula 
▪ Canal Semicircular Posterior → é o mais acometido, 
sendo responsável por mais de 70% dos casos, pois 
tem posição inferior, tanto em ortostase quanto em 
posição supina 
▪ 20% dos casos ocorrem no canal semicircular lateral 
▪ 6% dos casos ocorrem no canal semicircular superior 
• POSSÍVEIS CAUSAS: 
▪ Idiopática → na maioria dos casos a VPPB é idiopática 
▪ Trauma Cranioencefálico 
▪ Repouso prolongado no leito 
▪ Neurite vestibular 
▪ Ménière 
▪ Sedentarismo 
▪ Disfunções hormonais ou metabólicas 
• QUADRO CLÍNICO: 
▪ História típica → paciente relata que a vertigem 
aparece com a mudança brusca de posição da cabeça, 
ao abaixá-la, levantá-la ou rotacioná-la 
▪ Crises breves (< 1min de duraçao) 
▪ Não há sintomas auditivos (hipoacusia, zumbidos, 
plenitude auricular) 
▪ Há resolução espontânea em semanas ou meses 
• TRATAMENTO → pode ser feito por meio da Manobra de 
Epley, que visa o reposicionamento dos otólitos 
▪ Como é feita → A partir da última posição da manobra 
de Dix-Hillpike, vira-se a cabeça do paciente para o lado 
contralateral (mantendo angulação de 30°) por cerca 
de 30 a 60 segundos. O paciente vira-se para decúbito 
lateral, mantendo a rotação da cabeça, e permanece 
nesta posição por 30 a 60 segundos. O paciente é 
levantado e mantido sentado na maca, ainda com a 
rotação da cabeça em 30° para a esquerda, por mais 
30 a 60 segundos 
➢ DOENÇA DE MÉNIÈRE: 
• DEFINIÇÃO: 
▪ É uma patologia que decorre de uma hidropsia 
endolinfática (aumento da pressão na endolinfa), que 
causa hipertensão no labirinto, sobretudo no ducto 
coclear e no sáculo 
▪ Quando é idiopática → Doença de Ménière 
▪ Quando é secundária → Síndrome de Ménière 
✓ Possíveis causas: 
o Infecções virais ou sífilis 
o Doenças autoimunes 
o Doenças metabólicas ou hormonais 
• QUADRO CLÍNICO: 
▪ Apresenta uma Tríade de Sintomas: 
✓ Ataques recorrentes de vertigem intensa 
✓ Hipoacusia progressiva ou flutuante (podendo 
durar várias horas) → é flutuante porque em um 
momento apresenta a audição prejudicada e em 
outro a audição encontra-se normal 
✓ Zumbido 
▪ A flutuação da audição é comum, até que em um 
determinado momento ocorre uma deterioração 
completa da orelha interna e o paciente pode evoluir 
com tontura praticamente intratável, sendo 
necessário, às vezes, realizar a ablação da orelha 
interna desse paciente para poder controlar os 
sintomas do paciente e ele evolui com perda auditiva 
▪ A maioria dos casos é unilateral 
▪ 30% dos casos apresenta-se de forma bilateral 
▪ Na Audiometria → observa-se uma perda auditiva 
neurossensorial inicialmente em frequências graves 
(baixas) 
• TRATAMENTO: 
▪ Além do uso de antivertiginosos, deve-se realizar uma 
dieta com restrição de sódio 
➢ VERTIGEM MEDICAMENTOSA: 
• É provocada pela exposição a agentes químicos e fármacos 
específicos 
• Costuma-se resolver com a retirada do agente causador 
• Algumas medicações que podem causar vertigem: 
▪ Aminoglicosídeos 
▪ Benzodiazepínicos 
▪ Antidepressivos 
▪ Anti-hipertensivos → podem causar tontura quando 
eles provocam uma hipotensão 
➢ LABIRINTITE BACTERIANA: 
• Ocorre por infecção prévia em ouvido médio, meninges ou 
mastoide 
• QUADRO CLÍNICO: 
▪ Vertigem 
▪ Náuseas 
▪ Vômitos 
▪ Hipoacusia 
▪ Sinais toxêmicos 
➢ FALÊNCIA VESTIBULAR SÚBITA ou NEURITE VESTIBULAR: 
• DEFINIÇÃO: 
▪ É a inflamação do nervo vestibular, sendo a divisão 
superior a mais acometida 
▪ É mais comum como um episódio único 
• FISIOPATOLOGIA: 
▪ Durante processos infecciosos de via aérea superior 
(IVAS) ou de Gastroenterocolite Aguda (GECA) alguns 
germes podem fazer com que a orelha interna não 
funcione adequadamente, causando uma neurite 
vestibular 
• ETIOLOGIA: 
▪ Herpes Simples Vírus 1 (HSV-1) → é a etiologia mais 
comum 
• QUADRO CLÍNICO: 
▪ História clínica → comumente, paciente relata 
infecção de vias aéreas superiores (IVAS) recente 
 
6 VESTIBULOPATIAS 
Gizelle Felinto 
▪ A vertigem é moderada a severa, súbita e persistente 
▪ Tem início súbito 
▪ Prostração intensa 
▪ Náuseas e vômitos 
▪ Não há sintomas auditivos (hipoacusia e zumbidos) 
• Ocorre melhora em dias ou semanas 
➢ VERTIGEM POR TRAUMA CRANIANO: 
• É uma vertigem secundária a uma concussão labiríntica 
• Ocorre melhora espontânea em semanas ou meses 
➢ NEURINOMA DO ACÚSTICO / TUMOR DE ÂNGULO 
PONTOCEREBELAR: 
• É o tumor otorrinolaringológico mais comum, que fica no 
ângulo pontocerebelar, justamente onde se tem o conduto 
auditivo interno, pelo qual passam 4 nervos (vestibular 
superior, vestibular inferior, acústico e facial) 
• QUADRO CLÍNICO: 
▪ Tem início com hipoacusia a/ou tinnitus unilateral 
▪ Progride com vertigem e nistagmo, hipoestesia da 
hemiface, diminuição do reflexo corneano, paralisia 
facial homolateral e ataxia ipsilateral dos membros 
➢ FÍSTULAS PERILINFÁTICAS: 
• DEFINIÇÃO: 
▪ São áreas de escape de perilinfa, localizadas na janela 
oval ou na janela redonda, geradas por algum trauma, 
cirurgias otológicas, barotrauma ou de forma 
espontânea 
• QUADRO CLÍNICO: 
▪ Perda auditiva neurossensorial e/ou vertigem 
▪ Pode ocorrer também: 
✓ Fenômeno de Túlio → vertigem ou nistagmo 
desencadeado por som 
✓ Sinal de Hennebert → vertigem ou nistagmo 
desencadeado por pressão aplicada ao ouvido 
• O diagnóstico e o tratamento definitivos são cirúrgicos, mas 
isso só é feito em casos de alta suspeição clínica 
➢ CINETOSE: 
• DEFINIÇÃO: 
▪ É uma síndrome que envolve: 
✓ Náuseas 
✓ Vômitos 
✓ Sialorreia 
✓ Sudorese 
✓ Palidez 
▪ É desencadeada quando se está em movimento (Ex: 
viagens de carro ou embarcação) 
▪ Acomete qualquer idade, sendo mais comum entre 
mulheres 
• FISIOPATOLOGIA: 
▪ É decorrente da estimulação excessiva do sistema 
vestibular e também do conflito entre os sistemas 
responsáveis pela manutenção do equilíbrio: vestibular, 
visual e proprioceptivo 
 
 
 
➢ LABIRINTOPATIAS METABÓLICAS/HORMONAIS: 
• DEFINIÇÃO: 
▪ Disfunções metabólicas ou hormonais que levam à 
alteração do potencial endococlear, já que a 
composição da endolinfa é afetada principalmente por 
alterações nas concentrações de Sódio e Potássio 
• EPIDEMIOLOGIA: 
▪ É mais comum em mulheres a partis dos 30 anos de 
idade 
• QUADRO CLÍNICO: 
▪ Vertigem → é a queixa mais comum, sendo cíclica 
▪ Sensação de “cabeça vazia” 
▪ Zumbidos 
• Alterações metabólicas e hormonais: 
▪ Hipoglicemias 
▪ Hiperglicemias 
▪ Hiperinsulinemia 
▪ Resistência periférica a insulina 
▪ Hipotireoidismo ou Hipertireoidismo 
▪ Alterações ovarianas → podem ocorrer em todas as 
▪ fases de vidada mulher (ciclo menstrual, gestação, 
climatério) e causam hidropsia endolinfática 
secundária, com os seguintes sintomas: vertigem, 
cefaleia e compulsão por doces 
MIGRÂNEA VESTIBULAR 
➢ DEFINIÇÃO: 
• É uma cefaleia do tipo migrânea que se segue por uma 
vertigem 
➢ EPIDEMIOLOGIA: 
• Acomete 16% da população adulta 
• Mais comum em mulheres 
➢ FISIOPATOLOGIA: 
• A depressão alastrante do sistema nervoso central (SNC) 
ocasiona o vasoespasmo da artéria auditiva interna, o que 
compromete a irrigação do labirinto e desencadeia os 
sintomas labirínticos 
➢ QUADRO CLÍNICO: 
• Cefaleia 
• Vertigem 
• Desequilíbrio 
• Sensação de “cabeça vazia” 
• Ocorrem sintomas auditivos como: 
▪ Hipoacusia 
▪ Zumbidos 
▪ Plenitude auricular 
• Características de cefaleia migrânea → unilateral, pulsátil, 
com fotofobia e fonofobia 
• Geralmente, a audiometria é normal, o que possibilita 
diagnóstico diferencial com Ménière 
INVESTIGAÇÃO 
➢ Anamnese 
➢ Exame Físico → exame otorrinolaringológico 
➢ Pesquisa de Nistagmo: 
 
7 VESTIBULOPATIAS 
Gizelle Felinto 
• Espontâneo → quando o paciente já chega no consultório 
com o nistagmo 
• Semi-espontâneo → quando é necessário desencadear o 
nistagmo através do teste de Dick-Hallpike 
➢ Testar a função cerebelar → através de: 
• Diadococinesia 
• Index-nariz 
• Calcanhar-joelho 
➢ Romberg e Romberg Sensibilizado → avaliação do equilíbrio 
estático 
➢ Apoio Monopodal de Uemura → para avaliar o equilíbrio 
➢ Teste da Marcha (Unterberg-Fukuda e Babinski-Weil) 
➢ Audiometria Tonal e Audiometria Vocal: 
• Por que pedir uma audiometria para avaliar a tontura → 
porque, apesar de serem porções diferentes da orelha 
interna, elas funcionam de forma sinérgica. Assim, pode 
acontecer de um paciente com perda auditiva captar menos 
estímulo externo, o que acaba atrapalhando o funcionamento 
da região central e posterior da orelha interna, fazendo com 
que o paciente tenha sensação de tontura 
➢ Impedanciometria 
➢ BERA → medida dos potenciais elétricos acústicos do sistema 
nervoso central 
➢ Emissões Otoacústicas (EOA) 
➢ Testes Vestibulares com Vectoeletronistagmografia 
➢ Exames de imagem: 
• Ressonância Magnética (RM) → é o ideal, para que se 
consiga ver o ângulo pontocerebelar (pois todas as 
estruturas infratentoriais são melhores vistas na RM) 
• Tomografia de Crânio → na prática, é o exame que mais se 
utiliza, pois é mais disponível do que a ressonância 
▪ Deve-se procurar por sinais de: 
✓ Sangramento 
✓ Tumores do ângulo pontocerebelar 
(principalmente o neurinoma do acústico, que é 
um tumor de crescimento lento. Assim, se a 
tomografia não acusar sua presença, pode-se 
esperar alguns anos para realizar novamente 
essa tomografia) 
• Estudo radiológico da coluna cervical: 
▪ A orelha interna é irrigada pela artéria labiríntica, que 
é uma artéria terminal que é ramo do sistema 
vertebrobasilar. Assim, pinçamentos vasculares na 
cervical, mau formações de base de crânio e 
compressões neurológicas podem fazer com que o 
paciente tenha tontura 
➢ Outros exames: 
• Hemograma → as anemias podem causar tontura 
• Lipidograma (Colesterol total e frações. Triglicerídeos) 
• Provas de função tireoidiana 
• Curva glicêmica de 4 horas 
• Curva insulínica de 4 horas: 
▪ As alterações metabólicas mais comuns de causar 
tontura são as alterações do carboidrato, devido à 
ototoxicidade da insulina na orelha interna 
• Zinco plasmático: 
▪ O zinco funciona como um aditivo em todas as funções 
metabólicas do organismo, auxiliando bastante também 
na imunidade, e o maior reservatório de zinco fica na 
cóclea 
▪ A forma de se adquirir zinco do meio externo é por meio 
da alimentação com grãos integrais → mas nem 
sempre indivíduos se alimentam dessa forma, podendo 
ter uma dosagem de zinco baixa 
• Sorologia para Sífilis e Lyme: 
▪ Sorologia para sífilis → faz-se em pacientes que tem 
uma vida sexual mais promíscua 
▪ Doença de Lyme → também é uma causa importante 
de tontura 
EXAMES COMPLEMENTARES E ENCAMINHAMENTO AO ESPECIALISTA 
➢ Nas vertigens os exames complementares são de pouca valia, 
podendo o diagnóstico ser feito, na maioria das vezes, 
clinicamente 
➢ Quando encaminhar o paciente para o especialista: 
• Quando não se sabe manejar a anamnese corretamente 
• Quando não se tem um otoscópio ou quando não se sabe 
fazer uma otoscopia 
• Quando se suspeita de uma vertigem central → deve-se 
mandar esse paciente imediatamente para o pronto-socorro 
para que sejam realizados exames de imagem 
➢ A maioria das vertigens periféricas pode ser manejada nos 
ambulatórios da atenção básica 
➢ Em quadros agudos muito limitantes → encaminhar o paciente 
para o pronto-socorro 
TRATAMENTO 
➢ A BASE DO TRATAMENTO É: 
• Tratamento Etiológico → tratar a causa base 
▪ Lembrete → a tontura é um sintoma. Assim, é 
necessário tratar a causa base 
✓ Ex: paciente dislipidêmico com tontura → 
acredita-se que a causa é a dislipidemia, devendo-
se tratá-la 
• Reabilitação Vestibular: 
▪ Para os casos de Vertigem Postural Paroxística 
Benigna (VPPB) 
• Tratamento Sintomático com Antivertiginoso 
➢ TRATAMENTO NÃO FARMACOLÓGICO: 
• Restringir o uso de açúcares de absorção rápida 
• Evitar jejum superior a 3 horas 
• Evitar: 
▪ Alimentos fritos ou gordurosos 
▪ Cafeína 
▪ Refrigerante 
▪ Chás estimulantes 
▪ Bebidas alcoólicas 
• Estimular hidratação plena e equilibrada → tomar pelo 
menos 3L de água por dia 
 
8 VESTIBULOPATIAS 
Gizelle Felinto 
• Evitar repouso excessivo → a falta de estímulo externo 
acaba favorecendo que o paciente tenha mais tontura 
• Reabilitação vestibular → em casos crônicos, em casos 
recorrentes e na tontura sem etiologia definida (como na 
tontura multissensorial) 
➢ TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: 
• Antes de prescrever uma medicação é necessário 
saber que: 
▪ A tontura é um sintoma e será tratada 
sintomaticamente (o antivertiginoso o paciente só faz 
uso quando tem tontura), devendo-se buscar a sua 
causa para corrigi-la e melhorar essa tontura → o 
paciente não deve fazer uso contínuo e prolongado do 
antivertiginoso, pois eles tem muitos efeitos colaterais 
e o principal é que o seu uso crônico diminui a 
possibilidade de o sistema nervoso central (SNC) fazer 
uma autocompensação, pois a medicação inibe esse 
mecanismo (pois todo paciente com tontura terá 
melhora desse sintoma porque o organismo, 
principalmente o SNC faz essa autocompensação) 
▪ A medicação é desnecessária na VPPB → esses 
pacientes devem ser encaminhados para a reabilitação 
vestibular 
▪ O antivertiginoso deve ser usado como sintomático e 
por um curto período de tempo, para não alterar a 
compensação natural do SNC 
▪ Paciente em uso de medicação com vertigem que dura 
vários dias (Ex: paciente que faz uso da medicação há 
vários anos e a tontura não cessa) → suspender tudo 
para favorecer a compensação do SNC 
• Objetivos do tratamento farmacológico: 
▪ Controle de náuseas e vômitos 
▪ Reduzir a intensidade da crise 
▪ Restabelecer o equilíbrio corporal 
▪ Reduzir o tempo de tratamento 
▪ Prevenir novas crises 
▪ Melhorar a qualidade de vida do paciente 
• Para a escolha da medicação sempre deve-se avaliar: 
▪ Idade do paciente 
▪ Sexo 
▪ Comorbidades: 
✓ Ex: não se pode fazer uso de corticoide se o 
paciente for diabético 
▪ Medicações em uso → para que não ocorram 
interações medicamentosas 
▪ Intolerâncias (alergias medicamentosas) 
▪ Grau de compreensão das orientações médicas 
• Sonolência → é o principal efeito adverso dos 
antivertiginosos 
 CORTICOIDES → podem ser utilizados como 
antivertiginosos, principalmente na Neuronite Vestibular 
 BETAISTINA → é uma ótima medicação, mas não serve para 
a fase aguda da tontura. Assim, essa medicação não tira o 
paciente da tontura, mas ela mantém o paciente em 
equilíbrio depois que a crise é solucionada

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